3
TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014 [email protected] /dcnasaladeaula www.dcnasaladeaula.com.br ESCOLAS ESTADUAIS ESCOLA HENRIQUE ESTEFANO KOERICH, em Palhoça, simulou uma eleição para reforçar aprendizado sobre democracia e direitos dos cidadãos. Projeto estimulou o desenvolvimento do senso crítico Um voto pela cidadania C riar uma eleição, com direito a panfletos, dis- cursos e palanques, foi a maneira que a Escola de Educação Básica Henri- que Estefano Koerich, em Palho- ça, na Grande Florianópolis, criou para mostrar aos alunos os con- ceitos de democracia, cidadania e política. Nesta disputa, porém, não houve brigas ou discussões acalo- radas sobre em quem votar. Pelo contrário, a colaboração e a união incentivaram novas amizades. As professoras autoras do traba- lho Andréa Crepaldi, Jeanete Eli Schmitt e Ivania Maria de Souza da Cunha, afirmam que a preten- são da atividade foi despertar o senso crítico dos alunos. Elas afir- mam que durante o projeto a me- ninada incentivou os pais a assistir o horário político na televisão, ob- servou as propostas dos candida- tos e assistiu aos debates. As aná- lises das campanhas eram discuti- das no outro dia em aula. Para tornar o ambiente mais real no dia da votação, foram produzi- das imitações de títulos de eleitor, comprovante de votação e cabine de voto com fiscais e mesários. As educadoras destacam que o trabalho vai além da sala de aula. Com o aprendizado de forma lúdi- ca, os jovens ajudam os pais a saber mais de política. Além da aulas de democracia, os estudantes aprenderam sobre o emprego da fala em situações for- mais e informais, uso de procedi- mentos de negociação, adequação vocabular, entre outros temas. ATIVIDADE EXIGIU MUITA DEDICAÇÃO Embora tenha sido um momen- to de descontração, a atividade não foi tão fácil para os estudantes. Exi- giu muito trabalho e jogo de cintu- ra, principalmente de quem se can- didatou. Em um segundo momen- to da atividade, os alunos criaram projetos de lei para serem enca- minhados aos poderes legislativos municipais, estaduais e federais. eleição, com senso crítico dos alunos. Elas afir- que durante o projeto a me- sistir os estudantes aprenderam sobre o emprego da fala em situações for- mais e informais, uso de procedi- ciação adequação BETINA HUMERES Estudantes criaram santinhos e fizeram discursos para conquistar os votos dos colegas durante a campanha fictícia ESPECIAL

TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014 /dcnasaladeaula www ... · muito bem: a tartaruga. O projeto Um olhar para o fundo do mar, visando à preservação das tartarugas marinhas, propõe

  • Upload
    others

  • View
    4

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014 /dcnasaladeaula www ... · muito bem: a tartaruga. O projeto Um olhar para o fundo do mar, visando à preservação das tartarugas marinhas, propõe

TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014 [email protected]/dcnasaladeaula www.dcnasaladeaula.com.br

ESCOLAS ESTADUAIS

ESCOLA HENRIQUE

ESTEFANO KOERICH,

em Palhoça, simulou

uma eleição para

reforçar aprendizado

sobre democracia e

direitos dos cidadãos.

Projeto estimulou o

desenvolvimento

do senso crítico

Um votopela cidadania

Criar uma eleição, com

direito a panfletos, dis-

cursos e palanques, foi a

maneira que a Escola de

Educação Básica Henri-

que Estefano Koerich, em Palho-

ça, na Grande Florianópolis, cri

ou

para mostrar aos alunos os con-

ceitos de democracia, cidadania e

política. Nesta disputa, porém, não

houve brigas ou discussões acal

o-

radas sobre em quem votar. Pelo

contrário, a colaboração e a uniã

o

incentivaram novas amizades.

As professoras autoras do traba-

lho Andréa Crepaldi, Jeanete E

li

Schmitt e Ivania Maria de Souza

da Cunha, afirmam que a preten-

são da atividade foi despertar

o

senso crítico dos alunos. Elas af

ir-

mam que durante o projeto a me-

ninada incentivou os pais a assist

ir

o horário político na televisão, o

b-

servou as propostas dos candid

a-

tos e assistiu aos debates. As an

á-

lises das campanhas eram discuti-

das no outro dia em aula.

Para tornar o ambiente mais real

no dia da votação, foram produzi-

das imitações de títulos de eleitor,

comprovante de votação e cabine

de voto com fiscais e mesários.

As educadoras destacam que o

trabalho vai além da sala de aula

.

Com o aprendizado de forma lúdi-

ca, os jovens ajudam os pais a saber

mais de política. Além da aulas de de

mocracia,

os estudantes aprenderam sobre o

emprego da fala em situações for-

mais e informais, uso de procedi-

mentos de negociação, adequação

vocabular, entre outros temas.

ATIVIDADE EXIGIU

MUITA DEDICAÇÃO

Embora tenha sido um momen-

to de descontração, a atividade n

ão

foi tão fácil para os estudantes. Ex

i-

giu muito trabalho e jogo de cintu-

ra, principalmente de quem se can-

didatou. Em um segundo momen-

to da atividade, os alunos criara

m

projetos de lei para serem enca-

minhados aos poderes legislativos

municipais, estaduais e federais.

eleição, com senso crítico dos alunos. Elas af

ir-

que durante o projeto a me-

sistir

os estudantes aprenderam sobre o

emprego da fala em situações for-

mais e informais, uso de procedi-

ciação adequação

BETINA H

UMERES

Estudantes criaram

santinhos e fizeram

discursos para

conquistar os votos

dos colegas durante

a campanha fictícia

ESPECIAL

Page 2: TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014 /dcnasaladeaula www ... · muito bem: a tartaruga. O projeto Um olhar para o fundo do mar, visando à preservação das tartarugas marinhas, propõe

DIÁRIO CATARINENSE, TERÇA-FEIRA,

25 DE NOVEMBRO DE 2014

2

Caderno DC na Sala de Aula

O caderno DC na Sala de Aula – que possui edições distintas para escolas estaduais e municipais – é uma publicação voltada à divulga-ção de trabalhos desenvolvidos nas instituições públicas de ensino de Santa Catarina. O projeto é uma parceria com prefeituras e a Secre-taria de Estado da Educação.

O suplemento faz parte do Pro-grama Jornal e Educação do Gru-po RBS, que trabalha a democra-tização da informação, oferecendo oportunidade a estudantes de SC de todos os níveis sociais de de-senvolver o pensamento crítico e a cidadania ativa.

Desde 1998, quando foi criado em Santa Catarina, o programa tem trabalhado na formação de professores e estudantes, ajudan-do-os a refletir sobre a importância de conhecer, interpretar e trabalhar mídias em sala de aula.

Para isso, mais de 7 mil exem-plares dos jornais Diário Catari-nense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina (todos do Grupo RBS) são enviados diariamente a 1,6 mil es-colas conveniadas.

É feito ainda um curso anual de capacitação para auxiliar os profes-sores a utilizar o jornal nas ativida-des escolares.

Participe do

Regras para o envio dematerial para publicação

✔ Enviar um resumo explicativo sobre o trabalho proposto.

✔ Informar o nome completo do professor responsável e telefones de contato (fixo e celular).

✔ Colocar no verso de cada trabalho: nome do aluno, idade, série, escola e o município (em caso de desenhos e redações) em letra legível.

✔ Não enviar textos em pdf. Todos devem vir digitados e corrigidos pelo professor.

✔ As fotos devem ter pelo menos dois megapixels. Devem vir anexadas no e-mail. É obrigatório o nome do fotógrafo.

✔ Não colocar os alunos posando na foto, mas sim fazendo atividades.

✔ Não mandar foto com data e hora.

DC NA SA

LA DE AU

LA | ESCO

LAS ESTADUA

ISDIÁRIO CATARINENSE,

TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014

3

Telefone: (48) 3216-3460Endereço Rodovia SC-401, nº 4.190, torre A, Setor de Circulação, Florianópolis (SC) - CEP: 88.032-005

Diretor-geral de Jornais SC: Gabriel Casara

Coordenadora do Projeto Jornal e Educação -

DC na Sala de Aula: Raquel Fabris

Editores responsáveis: Jacson Almeida e Mônica Jorge

Diagramação: Leonardo Gomes da Silva

Endereço

Rodovia SC-401, nº 4.190, torre A, Setor de Circulação,

Florianópolis (SC) - CEP: 88.032-005

Telefone: (48) 3216-3460

DIÁRIO CATARINENSE

Dia para respirar literatura

C om foco na leitura reflexi-va, a Escola Estadual Bá-sica Professora Francisca Alves Gevaerd, em Balne-ário Camboriú, envolveu

alunos de diversos anos dos ensinos fundamental e médio e escritores da região no projeto Encontro Mar-cado. A atividade idealizada pela professora Lia Fausta Bonilla Colo-mé propôs intensificar a formação de leitores críticos e massificar a atividade de leitura no ambiente

escolar, por meio da aproximação dos autores com os estudantes.O projeto realizado no dia 14

contou com diversos tipos de ati-vidades. Os alunos tiveram como base as obras Guatá e Papéis que Voam, O tesouro da Serra do Bem--Bem e Singradura, do escritor Flá-vio José Cardozo. A partir delas, desenvolveram trabalhos apresen-tados em forma de documentários, apresentações musicais, teatro e varal literário.

Pela disciplina de Língua Portu-guesa, a professora Karina Costa Sodré e o professor orientador de leitura Álisson Gregório Nasci-mento organizaram uma visita de autores, entre eles José Cardozo. Ao meio-dia houve um almoço de confraternização com comidas tí-picas do bairro e da cidade de Lau-ro Müller, no Sul de SC, onde nas-ceu o escritor. O Encontro Marcado encerrou com uma mesa redonda com Cardozo, professores e alunos.

ESTUDO DE BIOMAS POR MEIO DE DESENHOSO estudo das vegetações foi um

dos focos do semestre dos alunos do 1o ano do ensino médio inovador da Escola de Educação Básica de São João Batista, na Grande Floria-nópolis. Na disciplina de Geografia, os estudantes aprenderam sobre as formações de vegetações, com os tipos de vegetação facilmente iden-tificáveis na paisagem e as que do-minam extensas áreas.

A atividade desenvolvida pela professora Maria Irene Gomes fo-cou o elemento mais evidente na classificação dos biomas.Após o estudo da teoria, os alu-

nos visualizaram várias imagens de tipos de vegetação na sala de informática. De volta à sala de au-la, reproduziram o aprendizado por meio de desenhos em que es-banjaram a criatividade.

Crianças fizeram cupcakes e utilizaram os conhecimentos

em frações na hora de partir e compartilhar os bolinhos

Alunos passaram para o papel os conteúdos estudados na disciplina de Geografia

Crianças da escola Professora Francisca Alves Gevaerd prepararam apresentações baseadas em histórias de José Cardozo

Crianças criaram imagens do seu cotidiano inspiradas nos traços do artista plástico Gustavo Rosa

Muito coloridos, desenhos foram

expostos na Escola Silva

Jardim, na Grande Florianópolis

MASCOTE SERÁ DIVULGADA DIA 8

Estão encerradas as inscrições para participar do concurso que vai escolher a mascote que irá representar o caderno DC na Sala de Aula. O concurso estava aberto a estudantes do 1o ao 9o ano do ensino fundamental de escolas estaduais e municipais apoiadoras do programa. Os desenhos e as

justificativas da escolha do tema serão avaliados por uma comissão. Os dois desenhos finalistas – um do 1o ao 5o e outro do 6o ao 9o anos – e o grande vencedor serão divulgados na edição do próximo dia 8.A escolha da mascote

é apoiada pela Academia Catarinense de Letras, que faz parte da comissão julgadora dos trabalhos.

EEB SILVA JARDIM, DIVULGAÇÃO

FLÁVIO BO

OZ , EEB SÃO

JOÃO

BATISTA

ARTE | ACRÍLICO SOBRE TELA

Obras de pequenos artistasPROFESSOR DA ESCOLA Silva Jardim apresenta o pintor brasileiro Gustavo Rosa a alunos do ensino fundamental e propõe criação de novas obras

C om o objetivo de incentivar es-tudantes a pintarem em acrílico sobre tela, o professor arte-educa-dor Jorge Luís Kuntze, da Escola de Educação Básica Silva Jardim,

de Alfredo Wagner, na Grande Florianó-polis, usou as obras do pintor brasileiro Gustavo Rosa, que morreu no ano passado, para ensinar sobre arte contemporânea.Após intensa pesquisa, as turmas dos

5o anos do ensino fundamental criaram suas próprias telas, com muitas cores e desenhos inspirados nos traços utilizados nas obras do artista. Apesar da pouca ida-de, em média com 10 anos, os estudantes criaram belas obras.– Gustavo Rosa foi pintor, desenhista,

gravador e artista plástico. Sua arte não pertence a uma escola específica nem se-gue nenhuma tendência ou modismo. Ele criou uma obra pessoal com linguagem própria e personagens com um enorme humor caricatural, destacando-se pela

Algumas crianças têm resistência à Matemática, outras possuem até um cer-to medo da disciplina. Para quebrar este paradigma, a Escola de Educação Básica Vereador Paulo França, em Ituporanga, no Vale do Itajaí, realizou uma atividade diferenciada. Reuniu alunos do terceiro ano do ensino fundamental em uma ati-vidade pra lá de saborosa.Orientados pela professora, os peque-

nos fizeram cupcakes em sala de aula. A ideia era trazer uma atividade gostosa e descontraída para tornar a disciplina mais atrativa. Na divisão dos bolinhos, a criançada utilizou as lições sobre frações aprendidas na sala de aula. A hora mais aguardada, segundo a es-

cola, foi a de degustação. Cada aluno par-tia o bolo de acordo com as instruções recebidas da professora e comia o peda-ço indicado por ela. A instituição afirma que a união de diversão com aprendiza-do rendeu ótimos resultados.

Uma aula de Matemática mais saborosaMÉTODO | DOCE EM SALA

PROJETO INSTIGAA PRESERVAÇÃODAS TARTARUGASCrianças do 3o ano do ensino

fundamental da Escola Estadual Básica Rosinha Campos, de Florianópolis, aprenderam mais sobre um animal que, apesar de não terem em casa, conhecem muito bem: a tartaruga. O projeto Um olhar para o fundo do mar, visando à preservação das tartarugas marinhas, propõe uma reflexão sobre a espécie e a existência do projeto Tamar.Foram utilizados como recursos

para a atividade notícias, jornais, trabalhos manuais com colagem e garrafas, leitura de textos científicos, poesias, histórias, leitura de mapas para localização das espécies, apresentação dos animais em cenários com espaços reais e virtuais. Para encerrar, as crianças

conheceram o projeto Tamar.

criatividade – diz o professor. Ele lembra que em 2009 Gustavo expôs

no Museu do Louvre, em Paris, numa ex-posição em homenagem à artista brasilei-ra Tarsila do Amaral.

EEB PROFESSO

RA FRANCISCA ALVES GEVAERD

, DIVU

LGAÇÃO

EEB VEREADOR PAU

LO FRAN

ÇA, DIVU

LGAÇÃO

Page 3: TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014 /dcnasaladeaula www ... · muito bem: a tartaruga. O projeto Um olhar para o fundo do mar, visando à preservação das tartarugas marinhas, propõe

DIÁRIO CATARINENSE, TERÇA-FEIRA,

25 DE NOVEMBRO DE 2014

4

Pequenos jornalistas

TERÇA-FEIRA - 18/11/2014 NOTÍCIAS 12

Uma temporada sem radaresContrato com a Kopp Tecnologia não será renovado devido a supostas irregularidades apontadas pela PF

MÔNICA FOLTRANFlorianópolis

A Ilha de Santa Catarina fi-cará sem radares no verão. A Prefeitura de Florianópolis não vai renovar o contrato com a Kopp Tecnologia, que vence no dia 19 de dezembro. A abertu-ra de uma nova licitação ainda está em análise pelo Executivo. Ou seja, Florianópolis não terá controladores de velocidade no trânsito na temporada.

A medida é uma consequ-ência de supostas irregularida-des – que vieram à tona com a Operação Ave de Rapina quarta-feira passada – na contratação da empresa. Na ação policial, foram cumpridos 38 mandados de busca e apreensão e 14 foram presos, sendo que uma pessoa ainda está foragida. Segundo a polícia, a Kopp é suspeita de par-ticipar de um rodízio com ou-tras empresas para vencer licita-ções no Estado. Os proprietários chegaram a ser presos semana passada no Rio Grande do Sul.

Prefeito afirma que decisão é irreversível

Segundo a assessoria de im-prensa da prefeitura, no perío-do entre junho a dezembro de 2013, os radares registraram 61 mil infrações – apenas 12.426 foram pagas pelos contribuintes. O valor recebido no período foi R$ 991 mil. Semana passada, o Executivo decidiu suspender os pagamentos aos fornecedo-res dos contratos envolvidos na investigação.

A Kopp é responsável pela fiscalização de 30 milhões de veículos, que geram em média 8 mil infrações por mês. Se-gundo o procurador de Flo-rianópolis, Alessandro Abreu, a determinação de rompi-mento do contrato é do prefei-to Cesar Souza Junior. A partir disso, a cidade fica sem os 69 radares em 116 faixas.

Mesmo que a empresa venha a recorrer na Justiça, o prefeito considera essa uma decisão ir-reversível. O chefe do Executivo afirma estar disposto a enfrentar um processo judicial para que a empresa não opere mais os equi-pamentos nos próximos anos em Florianópolis.

Com a divulgação das ir-regularidades apuradas pela Operação Ave de Rapina, três

POLÍTICA | AVE DE RAPINA

Câmara de Vereadores monta CPI para analisar contrato

A Câmara de Vereadores de Florianópolis aprovou a instalação de uma Comis-são Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar supostas ir-regularidades na contratação da Kopp Tecnologia. Ontem, o Legislativo escolheu cinco vereadores que irão compor o grupo (ao lado). Na quinta-feira serão definidos os cargos de cada um.

A CPI dos Radares, como ficou conhecida, voltou a ser discutida após a deflagração da Operação Ave de Rapina. A comissão já havia sido proposta pelo vereador Edmilson Pereira (PSB) em setembro, quando dois servidores municipais de Florianópolis foram flagrados com R$ 100 mil após visitarem uma empresa do ramo no RS. A criação do grupo ganhou força após as últimas prisões.

Os cinco membros da co-missão de inquérito foram indicados pelos partidos que compõem a Câmara levando em conta o número de vereado-res de cada bancada.

Composição da Mesa Diretora será votada hoje

Por conta da indicação de dois membros do PSB, o ve-reador Roberto Katumi Oda (PSB) recusou a indicação do PSD, que escolheu Pedrão (PP) no lugar. A CPI não impe-diu a realização da Mesa Dire-tora da Câmara marcada para hoje. Os vereadores vão votar a composição para 2015 e 2016. Embora negociações ocorram internamente, vereadores evi-tam falar em nomes para a pre-

PONTO CENTRALAvenida Beira-Mar Norte de Florianópolis, uma das mais movimentadas, possui radares de velocidade da Kopp Tecnologia

servidores municipais foram exonerados e 23 processos da prefeitura estão sendo analisados em busca de possíveis fraudes.

Além de supostas irregu-laridades na contratação da Kopp Tecnologia, a investigação aponta desvio de dinheiro na realização de eventos.

A decisão foi tomada pelo prefeito em virtude

das informações que colhemos da

investigação, da prisão dos proprietários e das pessoas que estavam envolvidas na época.

Alessandro AbreuProcurador da Prefeitura de Florianópolis

COMISSÃO

❚ Deglaber Goulart (PMDB) ❚ Vanderlei Farias “Lela” (PDT) ❚ Pedro de Assis Silvestre, o Pedrão (PP) ❚ Edmilson Pereira (PSB) ❚ Ricardo Camargo Vieira (PCdoB)

sidência. As apostas giram em torno de Celso Francisco San-drini (PMDB) e Erádio Manoel Gonçalves (PSD), mas fala-se também em uma terceira via, composta por Lino Peres (PT) e Afrânio Boppré (PSOL).

Ao menos dois nomes considerados fortes para a presidência afirmaram à re-portagem não ter interesse em disputá-la: Jerônimo Alves (PRB) e Tiago Silva (PDT).

ANEXO NA WEB

Facebook/cadernoanexo Curta a nossa página!

Blog an.com.br/anexoemcartazCobertura de shows, eventos e vernissages.

Site an.com.br/anexoMatérias com conteúdo extra como vídeo e áudio.

Agenda cultural an.com.br/guiaan

Pouco destaque nas prateiras e vitrines somado à falta de interesse por parte dos leitores: situação da literatura catarinense nas livrarias do Estado não é das mais animadoras

CAROL MACÁ[email protected]

Santa Catarina vive um momento interessante de produção literária (confira matéria nas páginas 4 e 5

sobre o boom literário em Blumenau), mas que esbarra em dois fatores fun-damentais: a distribuição e a venda das obras. Em geral, as principais livrarias do Estado oferecem espaços exclusivos para autores locais, contudo falta me-lhor destaque nas lojas e mais interesse por parte dos leitores.

As vitrines e estantes de evidência são reservadas aos best-sellers e lança-mentos de grandes editoras. Entram na fila alguns poucos catarinenses e apenas quando o apelo popular é grande, como é o caso da autobiografia de Guga Kuerten.

Na Livrarias Catarinense, rede presen-te em cinco cidades e com cerca de 500 títulos de autores do Estado no catálogo, os clientes encontram um espaço dedi-cado à literatura de SC.

– Colocamos escritores locais em es-tante exclusiva por opção deles próprios.

Já outros preferem estar separados por gênero. Alguns vêm, conversam, pedem para ficar na vitrine. Mas muitos novos não nos procuram – comenta Rosinete Werle, gerente da loja localizada no Cen-tro da Capital.

Na Saraiva, outra grande livraria da região, a situação é oposta: além de não oferecer espaço exclusivo, praticamente não tem em seu acervo obras de catari-nenses. A exceção são os mais conheci-dos, como Cruz e Sousa e Salim Miguel. Contemporâneos de destaque, como Carlos Henrique Schroeder e Patrícia Galelli, raramente são encontrados.

– Não acredito na separação entre literatura catarinense ou paulista. Não concordo com a divisão geográfica. Te-mos sim literatura nacional e estrangei-ra – opina a escritora Patrícia Galelli.

Estratégia é realizar eventos culturais

Em Joinville, a Livraria Midas tem no catálogo 150 autores catarinenses e ven-de uma média de 10 exemplares por mês.

Em épocas movimentadas, esse número sobe para 60.

– Organizamos lançamentos e toda sexta promovemos conversas entre escri-tores da cidade e de Santa Catarina com leitores – diz a gerente Maria Dolores.

Em Blumenau, a tradicional Blulivros vende mensalmente cerca de 20 títulos dos 30 autores do Estado de seu acervo. As duas lojas na cidade têm espaço espe-cífico para obras regionais.

A Academia Catarinense de Letras (ACL) está começando um programa de visitas nas livrarias de Santa Catarina pa-rar mostrar a produção estadual e buscar mais espaço.

– Estamos fazendo um levantamen-to junto à Câmara Catarinense do Livro e politicamente é mais fácil defender a estante de autores locais – diz Salomão Ribas Junior, presidente da instituição.

A sede da ACL fica num prédio histó-rico na Avenida Hercílio Luz, Centro de Florianópolis, e não tem livraria especia-lizada. Segundo Ribas Junior, há planos para montar uma biblioteca de referên-cia sobre o Estado.

QUARTA-FEIRA, 5 DE NOVEMBRO DE 2014 EDIÇÃO: CLÁUDIA MORRIESEN - [email protected] - (47) 3419-2176

Autores de SC mais procurados* Salim MiguelUrda Alice KruegerAlcides BussFranklin CascaesBernadete CostaWilson GelbkeCláudia E. ObenausFernando Henrique Becker Silva

Livros catarinensesmais vendidos** 1. Dicionário da Ilha – Falar e Falares da Ilha de SC, de Fernando Alexandre2. Florianópolis a 10ª Ilha dos Açoresde Joel Pacheco3. Canoa Baleeira dos Açores e da Ilha de Santa Catarina, de Joel Pacheco4. Florianópolis Memória Urbana,de Eliane Veras Veiga5. Voo da Pandorga Mágica, de Eliane Veras Veiga

* Livrarias da Grande Florianópolis, Blumenau

e Joinville consultadas na reportagem

** Livrarias Catarinense

ATIVIDADES

PARA O PROFESSOR

DIÁRIO DO ESTUDANTE

Ler reportagens, identificar o que pode ser pauta, conhecer as dúvidas dos leitores e analisar fatos do cotidiano são algumas atividades da rotina do jornalis-ta. Esse universo também pode ser explorado na sala de aula. As crianças e adolescentes costu-mam mostrar entusiasmo quan-do conhecem, compreendem e aplicam coisas praticadas no jornalismo em sala de aula.A maioria das escolas cata-

rinenses trabalha com jornais para incentivar a leitura e o conhecimento geral sobre a re-gião e o País. Além disso, com os periódicos as turmas refletem sobre comunicação, linguagem, cidadania e direitos.O DC na Sala de Aula em par-

ceria com o AN Escola traz nes-ta edição propostas de trabalhos que podem ser aplicados na sala de aula. O professor terá uma série de atividades para passar aos alunos, de acordo com cada editoria do jornal. A partir do editorial, por exemplo, os educa-dores podem pedir para as crian-ças identificarem os comentários e as opiniões que evidenciam a linha de pensamento do jornal e, após, sugerir que escrevam outro editorial sustentando a própria opinião. Confira ao lado algumas propostas:

EDITORIAL• Identificar os comentários e as opiniões que evidenciam a linha de pensamento do jornal• Escrever um editorial sustentan-do a própria opinião, deixando claro o posicionamento sobre determinado assunto

ENTREVISTA • Acrescentar perguntas à entrevista lida• Realizar a mesma entrevista com outra pessoa e comparar as opiniões• Elaborar perguntas para uma entrevista

NOTÍCIAS• Criar um título principal e um título auxiliar para uma deter-minada notícia• Selecionar uma imagem e redigir um texto parecido com uma notícia• Explorar os elementos básicos da notícia: o que aconteceu, quando, onde, como e por que

CARTA DO LEITOR• Investigar qual o fato (anteriormente publicado) que gerou a manifestação do leitor• Analisar as críticas e os comentários dos leitores quanto ao seu conteúdo e linguagem empregada• Escrever cartas do leitor

CHARGE• Identificar uma notícia que gerou a charge• Reconhecer a ironia presente na charge em relação ao fato• Identificar qual é o problema social, econômico ou político criticado• Observar a linguagem não verbal (imagem) e comentar outras ideias expressas no texto

REPORTAGEM• Identifi car ou analisar o título da manchete da reportagem• Criar um título para a reportagem lida eanalisar as formas empre-gadas pelo repórter na apresentação do conteúdo• Escrever uma reportagem a partir de uma imagem

Observe as editorias destacadas (entrevista, editorial, notícias, charge, reportagem e carta do leitor) e peça para o aluno fazer as atividades sugeridas em cada tópico.