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Teoria de desenvolvimento de henri wallon

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Etapa preparatória para a fase adulta. Investir na infância – melhores condições

para garantir a constituição do adulto. Perspectiva psicogenética. Enfoque Interacionista. Todos os aspectos do desenvolvimento

surgem da interação de predisposiçõesgeneticamente determinadas ecaracterísticas da espécie, com uma grandevariedade de fatores ambientais.

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O desenvolvimento da criança se constitui noencontro, no entrelaçamento de suascondições orgânicas e de suas condições deexistência cotidiana, encravada numa dadasociedade, numa dada cultura, numa dadaépoca.

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Oferecem as possibilidades internas, com base nas características da espécie.

Esta estrutura interna se relaciona com as estruturas externas.

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Meio social e físico. Impõe exigências que a criança precisa

responder para se adaptar e para sobreviver. Ao mesmo tempo fornece recursos que darão

forma e conteúdo a essas respostas.

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Determina o que a criança precisa aprender e como, para se adaptar a essa sociedade.

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Está na relação da criança com o meio. Uma relação recíproca, complementar entre

fatores orgânicos e socioculturais. Esta relação está em constante

transformação e é nela que se constitui apessoa.

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Processo constante. Contínuo de transformações dessa relação ao longo da

vida. Não é algo linear. Tem fluxos e refluxos necessários aos ajustes das funções

espontâneas da criança às exigências do meio. Cada estágio não implica apenas acréscimo de atividades

mais coordenadas, mais complexas, mas sim umareorganização qualitativa.

O desenvolvimento é um processo em aberto, porque acada nova exigência do meio (que está sempre emmovimento), novas possibilidades orgânicas poderão serativadas em múltiplas direções.

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Implica transformações nas relações deoposição e de alternância que unem osconjuntos funcionais que compõem opsiquismo: o motor, a afetividade, a cogniçãoe a pessoa.

Cada estágio é marcado por configurações diferentes, que são responsáveis por novas funções e possibilitam novas aprendizagens.

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Oferece funções responsáveis pelosmovimentos das várias partes do corpo.

O ato motor insere a pessoa na situaçãoconcreta do momento presente. É o recursoda visibilidade.

O ato motor é um recurso privilegiado para aconstrução do conhecimento

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Oferece funções responsáveis pelas emoções,pelos sentimentos que são sinalizadores decomo o ser humano é afetado pelo mundointerno e externo.

A condição de ser afetado pelo mundo estimulatanto os movimentos do corpo como a atividademental. São recursos de sociabilidade, decomunicação, exercendo atração sobre o outrocom o apoio do ato motor.

O motor afetivo é indispensável para energizare dar direção ao ato motor e ao cognitivo.

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Funções responsáveis pela aquisição, pelatransformação e pela manutenção doconhecimento por meio de imagens, noções,idéias e representações.

Transforma em conhecimento a misturacombinada de coisa e ação, que constituem aexperiência concreta.

O concreto, a experiência bruta, éindispensável para a elaboração doconhecimento.

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Quarto conjunto funcional Expressa essa integração, em suas inúmeras

possibilidades. A pessoa é a unidade do ser. Cada indivíduo tem uma forma própria e única,

que caracteriza sua personalidade emmovimento contínuo que vai desde a pessoaorgânica (período motor –nos três primeirosmeses), até a pessoa moral (adolescência –predomínio afetivo), passando pelo sensóriomotor e categorial.

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Primeiro Estágio do desenvolvimento.Contém dois momentos:

Total dependência do mundo externo. Incapaz de resolver seus próprios problemas Sensações de bem-estar ou de mal-estar irão

se manifestar mediante descargas motoras. 1 – Impulsividade Motora

2 – Emocional.

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Sua atividade se manifesta apenas porreflexos e movimentos impulsivos.

A impulsividade motora ainda é reflexo. Início do processo de comunicação. No início a atividade da criança está voltada

para as sensações internas, em princípiosviscerais e musculares e depois afetivas.

O movimento é uma das principais formas decomunicação.

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As transformações das descargas motorasem meio de expressão e comunicaçãocaracterizam o estágio emocional.

A linguagem primitiva é constituída deemotividade pura.

Atividades circulares – repetidas.

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Atividade de exploração. Manipulação põe a criança em contato com o

mundo. A inteligência se dedica a construção da

realidade. As possibilidades práticas são ampliadas pela

novidade da marcha e da linguagem. Investigação e exploração dos espaços. Imitação. A criança individualiza a representação de si

mesma. Somente a partir dos 2 anos a criança consegue

atribuir a si mesma sua imagem refletida no espelho.

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Estágio sensório-motor (12 meses aos 24meses) A inteligência, nesse período, étradicionalmente particionadaentre inteligência prática, obtida pelainteração de objetos com o próprio corpo,e inteligência discursiva, adquirida pelaimitação e apropriação da linguagem.

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Estágio Projetivo (2 aos 3 anos) Os pensamentos, muitocomumente se projetam em atos motores. Surge quandoo movimento deixa de se relacionar exclusivamente com apercepção e manipulação de objetos. A expressão gestuale oral é caracterizada pelo pensamento comorepresentação das imagens mentais por meio de ações,cedendo lugar à representação, que independe domovimento. A atividade projetiva produz representação ese opõe a ela, permitindo que a criança avance em relaçãoao pensamento presente e imediato. Wallon dá grandeimportância ao simulacro e á imitação que consideraimprescindíveis para novas aprendizagens. A partir desteestágio a criança é capaz de dar significado ao símbolo eao signo.

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Estágio voltado para a pessoa, para o enriquecimento do eu e a construção da personalidade.

Consciência corporal. Conquistas e conflitos Contradição e crises.

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Estágio do personalismo (3 aos 6 anos) Aoestágio sensório-motor e projetivo sucede ummomento com predominância afetiva sobre oindivíduo: o estágio do personalismo. Esteestágio, que se estende aproximadamente dostrês aos seis anos de idade, é um período crucialpara a formação da personalidade do indivíduo eda auto-consciência. Uma consequência docaráter auto-afirmativo deste estágio é a crisenegativista: a criança opõe-se sistematicamenteao adulto. Por outro lado, também se verificauma fase de imitação motora e social.

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Estágio categorial (6 aos 11 anos) O estágio dopersonalismo é sucedido por um período de acentuadapredominância da inteligência sobre as emoções. Nesteestágio, a criança começa a desenvolver as capacidadesde memória e atenção voluntárias. Este estágiogeralmente manifesta-se entre os seis e os onze anos deidade. Se formam as categorias mentais:conceitos abstratos que abarcamvários conceitos concretos sem se prender a nenhumdeles. No estágio categorial, o poder de abstração dacriança é consideravelmente amplificado. Provavelmentepor isto mesmo, é nesse estágio que o raciocínio simbólicose consolida como ferramenta cognitiva.

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Estágio da adolescência (a partir dos 11 anos) A criançacomeça a passar pelas transformações físicas epsicológicas da adolescência. É um estágiocaracterizadamente afetivo, onde passa por uma série deconflitos internos e externos. Os grandes marcos desseestágio são a busca de auto-afirmação e odesenvolvimento da sexualidade. Os estágios dedesenvolvimento não se encerram com a adolescência, oprocesso de aprendizagem sempre implica na passagempor um novo estágio. O indivíduo, ante algo em relação aoqual tem imperícia, sofre manifestações afetivas quelevarão a um processo de adaptação. O resultado será aaquisição de perícia pelo indivíduo. O processo dialético dedesenvolvimento jamais se encerra.