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INTRODUÇÃO O objetivo dessa pesquisa é ampliar conhecimentos no que diz respeito, a Teoria Contingencional. 1. ORIGEM No intuito de se verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de indústrias, alguns pesquisadores passaram a abordar os vários aspectos que compunham o êxito ou não de várias organizações procurando compreender e explicar o modo como as empresas funcionavam em diferentes condições. Essas pesquisas quebraram o paradigma de que a teoria clássica era a mais eficiente, surgiu então à teoria da contingência, pois não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Baseados nestes estudos puderam confrontar como (aspecto das organizações) interagem as variáveis ambientais, as técnicas administrativas e a relação funcional dentro das organizações. A abordagem contingencional conclui que os fatores ambientes e tecnologia são fundamentais para o equilíbrio e ponderação dentro das organizações, podendo tais aspectos atuarem como oportunidade ou restrições que influenciam a estrutura e os processos internos da organização e que tais fatores devem ser constantemente identificados, especificados e reformulados para uma administração equilibrada e de acordo com seu objetivo alcançado. A teoria da contingência enfatiza que não há nada de absoluto, ou seja, tudo é relativo nas organizações ou na teoria administrativa 2. AMBIENTE

Teoria contigencional milene

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INTRODUÇÃO

O objetivo dessa pesquisa é ampliar conhecimentos no que diz respeito, a Teoria Contingencional.

1. ORIGEM

No intuito de se verificar os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de indústrias, alguns pesquisadores passaram a abordar os vários aspectos que compunham o êxito ou não de várias organizações procurando compreender e explicar o modo como as empresas funcionavam em diferentes condições. Essas pesquisas quebraram o paradigma de que a teoria clássica era a mais eficiente, surgiu então à teoria da contingência, pois não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Baseados nestes estudos puderam confrontar como (aspecto das organizações) interagem as variáveis ambientais, as técnicas administrativas e a relação funcional dentro das organizações.A abordagem contingencional conclui que os fatores ambientes e tecnologia são fundamentais para o equilíbrio e ponderação dentro das organizações, podendo tais aspectos atuarem como oportunidade ou restrições que influenciam a estrutura e os processos internos da organização e que tais fatores devem ser constantemente identificados, especificados e reformulados para uma administração equilibrada e de acordo com seu objetivo alcançado. A teoria da contingência enfatiza que não há nada de absoluto, ou seja, tudo é relativo nas organizações ou na teoria administrativa

2. AMBIENTE

Ambiente é tudo que acontece externamente, mas influenciando internamente uma organização. A análise do ambiente foi iniciada pelos estruturalistas, como a análise tinha abordagem de sistemas abertos aumentou o estudo do meio ambiente como base para verificar a eficácia das organizações, mas nem toda a preocupação foi capaz de produzir total entendimento do meio ambiente.As teorias da ADM tem ênfase no interior e exterior da organização.O ambiente e o ambiente da tarefa.

O Ambiente Geral: É o macro ambiente, ou seja, o ambiente genérico e comum a todas as organizações. O ambiente geral e constituído de um conjunto de condições semelhantes para todas as organizações. As principais dessas condições são:

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Condições Tecnológicas: É quando ocorre desenvolvimento tecnológico nas outras organizações, é preciso adaptar para não perder a competitividade.

Condições Econômicas: Constituem o que determina o desenvolvimento econômico. Inflação, balança de pagamento do país, distribuição de renda interna etc.; são problemas econômicos que não passam despercebidos pela organização.

Condições Políticas: São decisões e definições políticas.

Condições Legais: Constituem a legislação, são leis trabalhistas, fiscais, civis, de caráter comercial, etc.

Condições Demográficas: Determina o mercado de acordo com a taxa de Crescimento, população, raça, religião, distribuição geográfica, etc.

Condições Culturais: É a expectativa da população que interfere no consumo.

Todas essas condições interagem entre si, e sua força junta tem efeito sistêmico.

O Ambiente de Tarefa: É o de operação de estrada e de saída em casa organização, e é constituído por fornecedores de entradas, clientes ou usuários concorrentes e entidades reguladoras. Os fornecedores de entrada são fornecedores de todos os recursos para trabalhar, tais como matéria-prima, recursos financeiros e recursos humanos.Clientes são consumidores. Concorrentes são tanto de recurso e consumidores.Entidades reguladoras são as que fiscalizam a organização tais como sindicatos, associações de classe, órgãos regulamentares do governo regulador do consumidor, etc.Definir ambiente de tarefa é quando a organização já escolheu o produto ou serviço e o mercado onde vender. É no ambiente de tarefa que a organização se preocupa em estabelecer seu domínio, quanto a consumidores e fornecedores, querem também reduzir a dependência.O ambiente de tarefa depende das oportunidades ou ameaças para a organização.

O AMBIENTE GERAL E AMBIENTE DE TAREFA

Cada um de seus elementos pode ser um grupo,instituição ou individuo, podem ser ameaças ou oportunidades para organização, o que gera a incerteza. A incerteza hoje é um grande desafio tanto da ADM quanto das organizações, mas a incerteza não está no ambiente e sim na percepção das organizações, tanto que o mesmo ambiente pode ser interpretado de maneiras diferentes por duas organizações.

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3. TECNOLOGIA

Sob um ponto de vista administrativo, consideraremos a tecnologia como algo que se desenvolve predominantemente nas organizações, em geral, e nas empresas, em particular, através de conhecimentos acumulados e desenvolvidos sobre o significado e execução de tarefas – know-how – e pelas suas manifestações físicas decorrentes máquinas, equipamentos, instalações – constituindo um enorme complexo de técnicas usadas na transformação dos insumos recebidos pela empresa em resultados, isto é em produtos e serviços. A tecnologia pode estar ou não incorporada a bens físicos. A tecnologia incorporada está contida em bens de capital, matérias-primas intermediárias e componentes etc. (hardware). A tecnologia não incorporada encontra-se nas pessoas como técnicos, peritos, especialistas, engenheiros, pesquisadores sob formas de conhecimentos intelectuais ou operacionais, facilidade mental ou manual para executar as operações, ou em documentos que a registram e visa assegurar sua conservação e transmissão como mapas, plantas, desenhos, projetos, patentes, relatórios (software).Em suma, tecnologia é o conhecimento que pode ser utilizado para transformar elementos materiais em bens ou serviços, modificando sua natureza ou suas características. A tecnologia tem a propriedade de determinar a natureza da estrutura e do comportamento organizacional. Existe um forte impacto da tecnologia sobre a vida, natureza e funcionamento das organizações.A tecnologia em nome do progresso cria incentivos em todos os tipos de empresas, para levar os administradores a melhorarem cada vez mais a eficácia, mas sempre dentro do critério normativo de produzir eficiência.Para a teoria da Contingência não existe uma universalidade dos princípios de administração e nem uma única e melhor maneira de organizar e estruturar as organizações. A estrutura e o comportamento organizacional são variáveis dependentes enquanto as variáveis independentes são o ambiente e a tecnologia. O ambiente impõe desafios externos á organização, enquanto a tecnologia impõe desafios internos. Para se defrontar com os desafios externos e internos, as organizações diferenciam-se em 3 níveis organizacionais como:

Nível institucional ou Nível Estratégico: É o nível mais alto de uma empresa, composto pelos diretos, proprietários, acionistas e é onde as decisões são tomadas, onde são traçados os objetivos a serem alcançados.

Nível Intermediário ou Mediador: É composto pela média administração de uma empresa e se localiza entre o Nível Institucional e o Nível Operacional. Seu objetivo é unir internamente estes dois níveis, gerenciando o comando de ações, ajustando as decisões tomadas pelos níveis institucionais com o que é realizado pelo nível operacional.

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Ao nível Intermediário está à responsabilidade também de administrar o nível operacional, pois é ele que está frente a frente com as incertezas do ambiente, intervindo e amortecendo estes impactos afins de não prejudicar as operações internas dentro do nível.

Nível Operacional, Técnico ou Núcleo Técnico: Estão ligados aos problemas básicos do dia a dia e é onde as tarefas e operações são realizadas, envolvendo os trabalhos básicos tanto relacionados com a produção de produtos como o de serviços da organização. É um nível que comanda toda a operação de uma organização e são nele que se localizam máquinas, os equipamentos, instalações físicas, a linha de montagem, os escritórios, tendo a responsabilidade de assegurar o funcionamento de um sistema.

A teoria da contingência preocupou-se com o desenho das organizações devido à influência da abordagem de sistemas abertos, pois o desenho da estrutura deve ser função de um ambiente complexo e mutável e requer a identificação das seguintes variáveis como: Entradas, Tecnologias, Tarefas, Estruturas e Saídas ou resultados. Como as organizações vivem em um mundo de mudança a sua estrutura deve-se caracterizar pela flexibilidade e adaptabilidade ao ambiente e à tecnologia.

4. PESQUISAS

ALFRED CHANDLER: Pesquisa sobre mudanças estruturais nas organizações e as suas relações com a estratégia de negócios utilizada.Conclusão: A estrutura organizacional (desenho da organização) das grandes empresas americanas foi sendo determinada pela estratégia mercadológica, dadas as diferentes estratégias e ambientes, diferentes estruturas organizacionais são necessárias.

JOAN WOODWARD: Procurou estabelecer uma relação entre sistemas de produção, tecnologia e gerenciamento.Concluiu que a tecnologia adotada pela empresa determina a sua estrutura e o seu comportamento organizacional, ou seja, que as empresas de sucesso adotavam uma estrutura que variava de acordo com a sua tecnologia de produção.

TOM BURNS & G.M STALKER: Pesquisa visando conhecer a relação entre as práticas administrativas e o ambiente externo de vinte indústrias inglesas.Resultado: Classificaram as indústrias em dois tipos:Mecanísticas: Mais apropriadas sob condições ambientais estáveis, com ênfase nos princípios da Teoria Clássica (características: divisão do trabalho, cargos ocupados por especialistas, muito centralizadas, hierarquia rígida, formais, predomínio da interação vertical com sistemas de controle simples).Orgânicas: Mais apropriadas para condições ambientais de mudança e inovação, com ênfase nos princípios da Teoria das Relações Humanas (características: estruturas flexíveis que nem sempre podem ser fragmentadas, relativamente descentralizadas, tarefas executadas com base no conhecimento, interação lateral, maior confiança nas comunicações) para Burns e Stalker o ambiente é que determina a estrutura e o funcionamento das organizações.Conclusões: As indústrias com elevado desempenho apresentam as seguintes características: Melhor ajustamento às necessidades do ambiente através de alta

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diferenciação principalmente nos departamentos relacionados diretamente com o problema ambiental;Integração interdepartamental através de uma necessidade de trabalho conjunto e integrado.

CONCLUSÃO

Para cada uma das “Teorias Administrativas”, há uma maneira diferenciada de administrar.Não podemos dizer que uma é mais certa que a outra.Para cada situação são utilizados critérios diferenciados, pois depende da situação do ambiente.As atitudes administrativas deverão ser tomadas de acordo com o momento, já que a situação é que mostrará qual o procedimento correto a ser adotado para a solução dos problemas.

Bibliografia

Básica

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução á Teoria Geral da Administração. São Paulo:

Editora Atlas,2000.

Complementar

MORGAN, Gareth.Imagens da Organização. São Paulo:Editora Atlas,1996.

www.administradores.com.br/artigos.