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Crescimento internacional[editar | editar código-fonte] Em 2006, três das quatro maiores congregações dos Estados Unidos seguiam a teologia da prosperidade.[6] A maioria dos fiéis de igrejas que adotam a doutrina é oriunda do Cinturão do Sol.[12] No final da década de 2000, seguidores da doutrina afirmavam qu e dezenas de milhões de cristãos haviam adotado-na naquele país.[12] Uma pesquisa cond uzida em 2006 pela revista Time informava que 17% dos cristãos estadunidenses se i dentificavam com o movimento.[6] Em 2007, o senador estadunidense Chuck Grassley abriu um inquérito para investigar as finanças de seis ministérios que promovem a teo logia da prosperidade. Em janeiro de 2011, Grassley concluiu as investigações afirma ndo acreditar que a autorregulação das organizações religiosas era preferível à ação do gov [50] Apenas dois ministérios colaboraram com o inquérito.[50] Paralelamente, o crescimento das igrejas que seguem a doutrina da prosperidade f oi notável no Terceiro Mundo durante a mesma década.[51] Uma região que presenciou o c rescimento explosivo foi a África, em especial a Nigéria.[51] Segundo Philip Jenkins , da Universidade Estadual da Pensilvânia, cidadãos pobres de países empobrecidos gera lmente acham a doutrina atraente por causa de sua impotência econômica e da ênfase que ela dá aos milagres financeiros.[52] Para Rowan Moore Gerety, na África a "memória da antipatia marxista à religião" durante as lutas pela descolonização e do "catolicismo p aternalista do estado colonial" permitiu que igrejas seguidoras da teologia da p rosperidade encontrassem um povo "aberto a uma nova forma de expressão religiosa". [53] No início dos anos 1990, a Igreja Universal do Reino de Deus se instalou em outros países lusófonos. Em Moçambique, conta com o apoio de vários membros do governo e, apes ar das críticas, prosperou, obtendo o controle da TV Miramar, líder de audiência no país .[53] Em Angola, reivindica ter 400 mil fiéis, mas suas atividades foram suspensas pelas autoridades por dois meses após uma vigília de Ano-Novo num estádio superlotado causar 16 mortes.[54] [55] Além disso, foram suspensas outras seis igrejas neopen tecostais que atuavam sem autorização no país (Mundial do Poder de Deus, Mundial do Re ino de Deus, Mundial Internacional, Mundial da Promessa de Deus, Mundial Renovad a e Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém).[56] Também em Angola, a Igreja Maná, de orig em portuguesa, foi fechada após acusações de desvio de fundos doados pela petrolífera So nangol para a construção de uma escola.[57] A teologia da prosperidade também forçou mudanças na Igreja Católica para impedir a deba ndada de fiéis para as igrejas neopentecostais.[58] Segundo Lucelmo Lacerda, a Ren ovação Carismática, no Brasil, "sofre um processo de neopentecostalização", embora reconheç que o movimento católico possua termos e enfoque um pouco diferentes do evangelho da prosperidade.[59] Nas Filipinas, o movimento El Shaddai, parte da Renovação Cari smática, espalhou os ensinamentos da doutrina para fora do cristianismo protestant e.[60] Também na Ásia, uma igreja sul-coreana seguidora da teologia da prosperidade, a Igreja do Evangelho Pleno, ganhou atenção na década de 1990 após afirmar ter a maior congregação do mundo.[4]

Teologia Da Prosperidade - Parte 07

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Teologia Da Prosperidade - Parte 07

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Crescimento internacional[editar | editar código-fonte]Em 2006, três das quatro maiores congregações dos Estados Unidos seguiam a teologia da prosperidade.[6] A maioria dos fiéis de igrejas que adotam a doutrina é oriunda do Cinturão do Sol.[12] No final da década de 2000, seguidores da doutrina afirmavam que dezenas de milhões de cristãos haviam adotado-na naquele país.[12] Uma pesquisa conduzida em 2006 pela revista Time informava que 17% dos cristãos estadunidenses se identificavam com o movimento.[6] Em 2007, o senador estadunidense Chuck Grassley abriu um inquérito para investigar as finanças de seis ministérios que promovem a teologia da prosperidade. Em janeiro de 2011, Grassley concluiu as investigações afirmando acreditar que a autorregulação das organizações religiosas era preferível à ação do gove[50] Apenas dois ministérios colaboraram com o inquérito.[50]

Paralelamente, o crescimento das igrejas que seguem a doutrina da prosperidade foi notável no Terceiro Mundo durante a mesma década.[51] Uma região que presenciou o crescimento explosivo foi a África, em especial a Nigéria.[51] Segundo Philip Jenkins, da Universidade Estadual da Pensilvânia, cidadãos pobres de países empobrecidos geralmente acham a doutrina atraente por causa de sua impotência econômica e da ênfase que ela dá aos milagres financeiros.[52] Para Rowan Moore Gerety, na África a "memória da antipatia marxista à religião" durante as lutas pela descolonização e do "catolicismo paternalista do estado colonial" permitiu que igrejas seguidoras da teologia da prosperidade encontrassem um povo "aberto a uma nova forma de expressão religiosa".[53]

No início dos anos 1990, a Igreja Universal do Reino de Deus se instalou em outros países lusófonos. Em Moçambique, conta com o apoio de vários membros do governo e, apesar das críticas, prosperou, obtendo o controle da TV Miramar, líder de audiência no país.[53] Em Angola, reivindica ter 400 mil fiéis, mas suas atividades foram suspensas pelas autoridades por dois meses após uma vigília de Ano-Novo num estádio superlotado causar 16 mortes.[54] [55] Além disso, foram suspensas outras seis igrejas neopentecostais que atuavam sem autorização no país (Mundial do Poder de Deus, Mundial do Reino de Deus, Mundial Internacional, Mundial da Promessa de Deus, Mundial Renovada e Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém).[56] Também em Angola, a Igreja Maná, de origem portuguesa, foi fechada após acusações de desvio de fundos doados pela petrolífera Sonangol para a construção de uma escola.[57]

A teologia da prosperidade também forçou mudanças na Igreja Católica para impedir a debandada de fiéis para as igrejas neopentecostais.[58] Segundo Lucelmo Lacerda, a Renovação Carismática, no Brasil, "sofre um processo de neopentecostalização", embora reconheça que o movimento católico possua termos e enfoque um pouco diferentes do evangelho da prosperidade.[59] Nas Filipinas, o movimento El Shaddai, parte da Renovação Carismática, espalhou os ensinamentos da doutrina para fora do cristianismo protestante.[60] Também na Ásia, uma igreja sul-coreana seguidora da teologia da prosperidade, a Igreja do Evangelho Pleno, ganhou atenção na década de 1990 após afirmar ter a maior congregação do mundo.[4]