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  • Laboratorio de Fsica Experimental Experimento realizado em 16/11/2015

    Modelo de relatorio para as disciplinasFsica Experimental III e IV

    Lucas A. de O. Borges, Mariana Tavares, Matheus A. Liao

    Instituto de Fsica, UFG

    Curso de Fsica - Bacharelado

    Resumo

    No presente relatorio medimos de forma precisa e concisa as correntes e as tensoes em resistores as-

    sociados em serie, paralelo e misto. Analisamos, posteriormente, os valores experimentais e os nominais,

    constatando que diferentes rearranjos de resistores resultam em diferentes comportamentos de corrente e

    tensao.

    I. Introducao

    I.1 Objetivos e visao geral

    Uma das aplicacoes mais importantes e comuns

    do estudo da eletricidade e a montagem de circui-

    tos eletricos, que sao a base de todos os aparelhos

    eletronicos que utilizamos diariamente. Nesse traba-

    lho, consideraremos apenas circuitos simples, cons-

    titudos de uma fonte de tensao contnua, um resis-

    tor, cuja funcao e oferecer uma resistencia a` corrente

    eletrica, e um fio, cuja resistencia eletrica pode ser des-

    prezada.

    Nesse experimento serao medidos, com o uso de um

    multmetro digital, os valores das correntes e tensoes

    em circuitos compostos por um unico resistor ou por

    sistemas obtidos atraves de associacoes de resisto-

    res. Objetivamos comparar os resultados experimen-

    tais com os previstos teoricamente pelo estudo do ele-

    tromagnetismo. Iremos determinar os valores de re-

    sistencia dos resistores utilizados, a fim de compara-los

    com os valores nominais prometidos pelo fabricante,

    bem como as resistencias dos resistores equivalentes de

    nosso sistema, que correspondem a associacoes de re-

    sistores, de modo que a associacao e equivalente a esse

    unico resistor. Verificaremos se os resultados obtidos

    para essas resistencias estao de acordo com as previsoes

    teoricas. [1]

    I.2 Revisao Teorica

    O estudo de circuitos, sobretudo no caso de cir-

    cuitos simples, pode ser grandemente simplificado por

    algumas idealizacoes simples e bem conhecidas. Em

    circuitos ideais, as resistencias da fonte e dos fios sao

    desprezadas, e atribuiremos toda a resistencia do sis-

    tema a`s (muito maiores) resistencias dos resistores.

    A resistencia de um condutor e uma medida da

    oposicao enfrentada pela corrente eletrica i que passa

    por ele. Para uma dada diferenca de potencial V, a re-

    sistencia e definida como:

    R = V/i (1)

    No tratamento teorico associacoes de resistores,

    usaremos o conceito de resistencia equivalente, isto e,

    substituiremos um conjunto de resistores associados

    por um unico resistor equivalente, que mantem as ca-

    ractersticas do sistema original e simplifica a analise

    do problema.

    Se os resistores sao associados de tal forma que a

    mesma diferenca de potencial oriunda da fonte seja

    aplicada a todos os resistores individuais, dizemos que

    associacao e em paralelo. Nesse caso, a resistencia equi-

    valente obedece a` relacao:

    1

    Req=

    1

    R1+

    1

    R2+ + 1

    Rn(2)

    Onde R e a capacitancia equivalente e R1, . . . , Rnsao as resistencias individuais dos resistores do sis-

    tema. Se os resistores sao ligados um apos o outro, e

    a diferenca de potencial e aplicada a`s extremidades da

    ligacao, temos uma associacao em serie, e a resistencia

    equivalente e dada por:

    Req = R1 + R2 + + Rn (3)

    E tambem possvel combinar associacoes em para-

    lelo e em serie, obtendo o que chamamos de associacao

    mista, com a qual podemos lidar dividindo o circuito

    em partes convenientes e estudando-as separadamente

    em termos das associacoes em paralelo e em serie.

    II. Metodologia

    Na realizacao desde experimento foram utilizados

    um multmetro, uma fonte (EMG18134) e 3 resisto-

    1

  • Laboratorio de Fsica Experimental Experimento realizado em 16/11/2015

    res R1, R2 e R3, de resistencias iguais a` 47, 120 e

    220 respectivamente. A partir destes tres resistores

    foram construdas tres configuracoes: uma associacao

    em serie, uma associacao em paralelo e uma associacao

    mista (Figura 5). A tensao da fonte foi fixada 4,5V.

    R1 = 47

    R2 = 120 4, 5V

    R3 = 220

    V

    Figura 1: Esquema de resistores em uma associacao

    mista.

    As correntes e tensoes totais dos circuitos citados

    (paralelo, serie e misto) foram medidas (a figura 01

    exemplifica como tais medidas sao feitas), bem como

    as tensoes e correntes de cada resistor independente-

    mente, porem ligados aos circuitos. Tambem medimos

    R1, R2 e R3 dos resistores fora do circuito, afim de

    comparar com os valores nominais. Todas as medidas

    foram feitas utilizando um multmetro Fluke 117.

    III. Resultados e Analises

    Os dados obtidos no experimento estao listados nas

    tabelas abaixo.

    Valores nominais e experimentais para os resistores

    Associacoes Tensao na

    fonte(V )

    Resistencias

    nominais()

    Tensoes

    medidas(V )

    Correntes

    medidas(A)

    Resistenicas

    medidas()

    R1 4,5 47 5% 4,481 0,024 0,095 0,004 47,2 2,0R2 4,5 120 5% 4,484 0,024 0,037 0,003 121,2 9,8R3 4,5 220 5% 4,485 0,024 0,020 0,003 224 34

    Tabela 1: Resistores individuais (nao associados)

    Valores nominais e experimentais para os resistores associados em serie

    Associacoes Tensao na

    fonte(V )

    Resistencias

    nominais()

    Tensoes

    medidas(V )

    Correntes

    medidas(A)

    Resistenicas

    medidas()

    R1 4,5 47 5% 0,543 0,005 0,012 0,003 45 11R2 4,5 120 5% 1,387 0,009 0,012 0,003 116 29R3 4,5 220 5% 2,555 0,015 0,012 0,003 213 53R 4,5 387 5% 4,485 0,024 0,012 0,003 374 93

    Tabela 2: Resistores em associacao em serie

    Valores nominais e experimentais para os resistores associados em paralelo

    Associacoes Tensao na

    fonte(V )

    Resistencias

    nominais()

    Tensoes

    medidas(V )

    Correntes

    medidas(A)

    Resistenicas

    medidas()

    R1 4,5 47 5% 4,408 0,024 0,094 0,004 46,9 2,0R2 4,5 120 5% 4,408 0,024 0,037 0,003 119,14 9,7R3 4,5 220 5% 4,408 0,024 0,020 0,003 220 33R 4,5 253,77 5% 4,485 0,024 0,150 0,004 29,0 1,0

    Tabela 3: Resistores em associacao em paralelo

    2

  • Laboratorio de Fsica Experimental Experimento realizado em 16/11/2015

    Os valores das propagacoes de erros foram obtidos,

    atraves da seguinte formula:

    f =

    (f

    x1x1

    )2+ +

    (f

    xnxn

    )2(4)

    Como R = V/i temos

    R(V, i) =

    (R

    VV

    )2+

    (R

    ii

    )2(5)

    As incertezas associadas aos valores medidos

    (teoricos) dos resistores foram obtidas a partir das es-

    pecificacoes do proprio multmetro [3]. As tolerancias

    dos resistores sao fornecidas pelos fabricantes.

    A partir dos dados das tabelas podemos verifi-

    car que os dados medidos encontram-se em perfeito

    acordo com os valores dos fabricantes. Tal observacao

    evidencia-se dados os diagramas abaixo (nos diagra-

    mas, os subndices s e p em Rs e Rp por exemplo,

    indicam que os resistores entao associados em serie e

    paralelo, respectivamente). Nota-se tambem que nao

    existem barras de incerteza ou tolerancia para os valo-

    res teoricos de i e V uma vez que a tolerancia da fonte

    foi considerada nula.

    2

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    R1s R2s R3s Rs R1p R2p R3p Rp

    Res

    ist

    ncia

    ()

    Associaes

    Comparao dos Valores Nominais e Experimentais dos Resistores

    Valores nominaisValores Experimentais

    Figura 2: Comparacao dos valores nominais e experimentais das resistencias

    3

  • Laboratorio de Fsica Experimental Experimento realizado em 16/11/2015

    0

    0.05

    0.1

    0.15

    0.2

    R1s R2s R3s Rs R1p R2p R3p Rp

    Corre

    nte(A

    )

    Associaes

    Comparao dos Valores Nominais e Experimentais das correntes

    Valores nominaisValores Experimentais

    Figura 3: Comparacao dos valores nominais e experimentais das correntes.

    4

  • Laboratorio de Fsica Experimental Experimento realizado em 16/11/2015

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    R1s R2s R3s Rs R1p R2p R3p Rp

    Tens

    es(V

    )

    Associaes

    Comparao dos Valores Nominais e Experimentais das tenses

    Valores nominaisValores Experimentais

    Figura 4: Comparacao dos valores nominais e experimentais das tensoes.

    Levando em conta a associacao mista de resistores

    R1 = 47

    i1

    i

    4, 5V

    ii

    i

    R3 = 220

    i3

    V

    R2 = 120

    i2

    Figura 5: Esquema de resistores em uma associacao mista. i = i3 = 0, 018A, i1 = 0, 013A e i2 = 0, 005A

    Os valores apresentados no circuito acima sao previsoes teoricas, isto e, calculados a partir da tensao da

    fonte e dos valores nominais de resistencias. Tais calculos sao feitos a partir de

    V = Reqi = i = VReq

    (6)

    i = i1 + i2 e i2 =R1i

    R1 + R2(7)

    Logo Vj = Rjij (j = 1, 2, 3) (8)

    5

  • Laboratorio de Fsica Experimental Experimento realizado em 16/11/2015

    Donte conseguimos V1, V2, V3, i1, i2 e i3. A comparacao desses resultados com os dados obtidos no experi-

    mento para a associacao mista mais uma vez confirma os excelentes resultados obtidos.

    IV. Conclusao

    Uma rapida comparacao entre os valores experi-

    mentais e nominais revela que todos os valores de re-

    sistencia relativos aos resistores individuais estao em

    plena concordancia com o que foi prometido pelo fabri-

    cante, isto e, se encontram dentro do intervalo que com-

    preende os valores nominais e e limitado superior e infe-

    riormente pela tolerancia prometida. Alem disso, os va-

    lores de resistencia relativos a`s associacoes em paralelo

    e em serie concordam, dentro das incertezas, com as

    previsoes teoricas, mostrando que os modelos escolhi-

    dos funcionaram dentro do esperado, o que corrobora a

    viabilidade das hipoteses adotadas para a simplificacao

    do modelo, tais quais a negligencia da resistencia in-

    terna da fonte e da resistencia dos fios. Os resultados

    relativos aos resistores sao muito uteis, pois nos dao

    maior confianca quanto a` confiabilidade dos resistores

    utilizados, e nos permitem utilizar os resultados expe-

    rimentais, que contem intervalos de confianca [2] muito

    mais estreitos que o intervalo maximo prometido pelo

    fabricante, nos nossos calculos.

    No que diz respeito a`s tensoes, temos resultados

    muito proximos aos que eram esperados pelos ajustes

    da fonte utilizada. Quando medimos a tensao final da

    associacao em serie encontramos novamente um inter-

    valo de confianca que compreende o valor mostrado

    pela fonte. No entanto, no caso das associacoes em pa-

    ralelo e da associacao mista, o valor indicado pela fonte

    nao esta contido no intervalo de confianca de nossa me-

    dida. Novos estudos precisam ser feitos a fim de identi-

    ficar com clareza a natureza dessa discordancia, mas e

    nossa opiniao, devido a experimentos passados e conhe-

    cimento do equipamento, que o multmetro utilizado

    e bastante confiavel, e consideramos, portanto, mais

    provavel que o erro esteja no mostrador da fonte do que

    no valor mostrado no multmetro. Alem disso, o uso

    da Equacao 01, com os valores obtidos experimental-

    mente para as resistencias e correntes, bem como uma

    propagacao de erro adequada, nos revelam resultados

    contidos, em todos os casos, dentro dos intervalos de

    confianca obtidos experimentalmente para as tensoes

    pelo multmetro, o que e uma forte evidencia de que

    os valores deste estao mais proximos dos exatos do que

    aqueles mostrados pelo mostrador da fonte, os quais

    nao estao sempre em concordancia com a Equacao 01.

    Podemos ainda ampliar nossa analise sobre as

    tensoes e correntes ao considerarmos, respectivamente,

    a lei das malhas e a lei dos nos. A lei das malhas e

    perfeitamente satisfeita, em todos os casos, como uma

    simples soma algebrica dos valores obtidos nos revela.

    A lei dos nos e valida nas associacoes em que existem

    nos. Na associacao em serie, nao ha nenhum no, e a lei

    nao pode ser usada nesse contexto, a corrente e simples-

    mente mantida constante, como era esperado, uma vez

    que a mesma corrente passa por todos os resistores ate

    retornar ao multmetro. Na associacao em paralelo, ha

    um no logo no comeco do circuito, e esperamos entao

    que i1+i2+i3=i, com a devida propagacao das incerte-

    zas, o que de fato ocorre. Na associacao, mista ha um

    no depois da passagem da corrente por R3, indicando

    que ela e divida nesse no (ver diagrama na sessao me-

    todologia) , e esperamos que a soma algebrica de i1 e

    i2 tenha o mesmo valor de i3, o que novamente ocorre.

    Conclumos, finalmente, que todos os resultados ex-

    perimentais estao em perfeito acordo com as previsoes

    da teoria do eletromagnetismo classico, e todos os re-

    sultados obtidos sao, alem de precisos (pois a incerteza

    relativa associada a eles e baixa) , qualitativamente

    corretos, sendo, portanto, bastante satisfatorios.

    Referencias

    [1] Halliday, David; Resnick, Robert, Walker, Jearl.

    Fundamentos de Fsica. 8aed. LTC, 2009. Vol. 03.

    [2] VUOLO, J.H. Fundamentos da Teoria de Erros.

    Sao Paulo: Ed. Edgard Blucher Ltda, 1992.

    [3] FLUKE 117: Multmetro para eletricistas. 2006.

    Disponvel em:http://www.instrucamp.com.br/

    dropbox/2c003956ae00e74bb296ae698bd1f85e.

    pdf. Acesso em: 27 nov. 2015.

    6

    IntroduoObjetivos e viso geralReviso Terica

    MetodologiaResultados e AnlisesConcluso