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MARIO VEDOVELLO FILHOE COLABORADORES
Técnicas de Diagnóstico e Procedimentos
Cefalometria2ª Edição
MÉTODO ESTRUTURAL DE BJÖRK
HISTÓRIA DA CEFALOMETRIA
DESENHO ANATÔMICO
LINHAS E PLANOS CEFALOMÉTRICOSConceituação e Tipos
CEFALOMETRIA RADIOGRÁFICA EM ORTODONTIA
ANÁLISE CEFALOMÉTRICA MCNAMARA
PONTOS CEFALOMÉTRICOSDefinição, Localização e Demarcação Pontos Cefalométricos
ANÁLISE CEFALOMÉTRICA USP – UNICAMP
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Mario Vedovello Filho
Carlos Alberto Malanconi Tubel
Silvia Vedovello | Nadia Lunardi
Silvia Vedovello | Eloísa Marcantonio Boeck
Adriana Lucato| Silvia Vedovello
Clayton Silveira | Marden de Oliveira Bastos
Silvia Vedovello| Milton Santamaria-Junior
Heloísa Valdrighi |Alciara Alice de Aguiar Young088
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09SU
MÁRIO
ANÁLISE CEFALOMÉTRICA DE JARABAK
PLANILHAS DE CÁLCULO DO ÍNDICE VERT NA ANÁLISE DE RICKETTS
SOBREPOSIÇÃO DE TRAÇADOS CEFALOMÉTRICOS
ANÁLISE CEFALOMÉTRICA FRONTAL DE RICKETTS
ANÁLISE CEFALOMÉTRICA RESUMIDA DE RICKETTS
ANÁLISE CEFALOMÉTRICA DE BIMLER E ANÁLISE CEFALOMÉTRICA DE LAVERGNE-PETROVIC
O ESTUDO PREDICTIVO NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO-CIRÚRGICO COMBINADO
CEFALOMETRIA 3D
Heloisa Valdrighi
Eduardo Henrique Carneiro de Paiva | Paschoal Alexandre Bello
Edmar Christovam | Cristian Corrêa | Fernando Manhães
Júlio Cesar Bento dos Santos
Paulo César Raveli Chiavini
Arnô Ferreira
Galdino Iague Neto | Sandro Augusto Piragini
Mario Vedovello Filho | Nadia Lunardi
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LINHAS E PLANOS CEFALOMÉTRICOSConceituação e Tipos
Clayton SilveiraMarden de Oliveira Bastos
CAPÍTULO
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Alocalização e posterior demarcação dos pontos cefalométricos completa o dese-
nho anatômico. Faz-se, então, o traçado de orientação unindo-se pontos cefalo-
métricos específicos das estruturas ósseas, dentárias e tegumentares por meio
do desenho de linhas que, por sua vez, permitirão a realização das mensurações
ditadas pelas diferentes análises cefalométricas.
No traçado de orientação, algumas das linhas traçadas representam Planos e, na terminologia
utilizada em cefalometria, recebem essa denominação. Por isso se diz que o traçado de orienta-
ção é constituído por linhas e Planos.
Todas as linhas traçadas unem dois pontos cefalométricos. Quando pelo menos um deles é
bilateral, esta linha representa um Plano. O termo linha é utilizado para designar o traço que une
dois pontos situados no Plano sagital mediano. Nesse sentido, um traço que, no cefalograma,
une os pontos Gônio e Gnátio (pontos localizados no ângulo da mandíbula e no mento ósseo,
respectivamente) representa o Plano Mandibular, uma vez que o Gônio é bilateral. Já, quando se
unem os pontos Násio (situado na sutura frontonasal) e Sela (localizado no centro geométrico da
sela túrcica), ambas estruturas do Plano sagital mediano, tem-se uma linha (Linha Sela-Násio).
Vale lembrar, entretanto, que a utilização do termo Plano, em cefalometria radiográfica, decor-
re muito mais de uma herança da craniometria e da cefalometria (estudos tridimensionais), do
que, propriamente, de uma nomenclatura proposta nos trabalhos cefalométrico-radiográficos,
uma vez que, a rigor, os Planos trazidos da craniometria transformam-se, nas radiografias, em
linhas, pois, de acordo com o mencionado anteriormente, as imagens das telerradiografias ce-
falométricas correspondem à projeção de todas as estruturas anatômicas (sagitais medianas
e laterais) em um mesmo Plano.
cap. 05
053Cefalometria | Técnicas de Diagnóstico e Procedimentos
Quanto à sua finalidade, os Planos cefalométricas podem ser classifica-
dos em três diferentes tipos. O dito de orientação é o que permite reen-
contrar a mesma posição fisiológica da cabeça, quando da obtenção
de radiografias em intervalos de tempo variados. Esses Planos são im-
portantes, em Ortodontia, na avaliação do grau de prognatismo, na aná-
lise craniofacial. Os chamados Planos de Referência são os que servem
de parâmetro nas avaliações cefalométricas. Finalmente, os Planos de
Sobreposição são aqueles empregados na avaliação das modificações
que se processam durante o tratamento e/ou o crescimento.
Esta classificação, não obstante esteja originalmente relacionada exclu-
sivamente aos Planos, também pode ser aplicada para as linhas cefa-
lométricas, especialmente no sentido de Referência e de Sobreposição,
uma vez que, assim como os Planos cefalométricos, as linhas também
podem apresentar finalidades distintas. A linha Sela-Násio, por exem-
plo, pode ser utilizada tanto como referência como para sobreposição.
Mencionou-se, anteriormente, que, quando da realização do traçado
das linhas e Planos propriamente dita, deve-se interromper o traçado
nas proximidades dos pontos cefalométricos envolvidos para que a sua
visualização seja sempre clara. Além disso, não se deve traçar todas
as linhas por inteiro. Extensões desnecessárias do traçado tendem a
complicar o cefalograma, dificultando a sua interpretação. Quando, por
outro lado, são traçados apenas os segmentos dos Planos e linhas de
interesse para as mensurações, o resultado é um traçado cefalométrico
limpo e de fácil leitura.
Ressaltamos também que os autores preconizam a utilização de Pla-
nos Cefalométricos usando diferentes pontos de referência. Como
exemplo podemos citar os Planos Oclusal e Mandibular. O Plano Oclu-
sal utilizado pela Análise Cefalométrica Padrão USP-UNICAMP foi pre-
conizado por Steiner (1953); o utilizado pelas Análises Cefalométricas
de Ricketts e McNamara é o Plano Oclusal Funcional que foi preconi-
zado por Ricketts, em 1965.
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Fig.01 Plano horizontal de Frankfurt.
Fig.02 Plano palatino.
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O Plano Mandibular também é construído por meio de dife-
rentes pontos de referência. Na Análise do Padrão USP-U-
NICAMP pode ser encontrado pela união dos pontos Go.Gn
(preconizado por Steiner) e Go. Me (preconizado por Interlan-
di). Também pode ser determinado, segundo Ricketts, pela
linha que passa pelo ponto mentoniano e é tangente ao ponto
mais inferior do ramo mandibular.
Plano Horizontal de Frankfur t: Formado entre os pontos Po e
Or (Fig. 01).
Plano Palatino: Formado entre os pontos ENA e ENP (Fig. 02).
Plano Oclusal: Segundo Interlandi, o plano oclusal tem como
referências a borda incisal do incisivo inferior e o ponto médio,
tangente à face oclusal, na direção posteroanterior do último
molar inferior em oclusão. Utilizado na análise cefalométrica
USP - UNICAMP (Fig. 03).
Plano Oclusal Funcional: Linha que passa pelo ponto de conta-
to oclusal dos primeiros molares e pré-molares ou segundos
molares decíduos. Utilizado na análise cefalométrica de Ri-
cketts e McNamara (Fig. 04).
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cap. 05
055Cefalometria | Técnicas de Diagnóstico e Procedimentos
Fig.03 Plano oclusal.
Fig.04 Plano oclusal funcional.
Fig.05 Plano oclusal (Análise de Ricketts).
Fig.06 Plano mandibular.
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Plano Mandibular: Formado pelos pontos Go e Me. Preconizado por Interlan-
di e utilizado na análise cefalométrica USP - UNICAMP (Fig. 07).
Plano Mandibular: Linha que passa pelo ponto Mentoniano e é tangente ao
ponto mais inferior do ramo mandibular. Utilizado na análise cefalométrica
de Ricketts.
Plano Mandibular (Me-Goc): É o plano que, passando pelo ponto Me (men-
toniano), tangencia a borda inferior da mandíbula, na região goníaca. Uti-
lizado na análise cefalométrica de Jarabak (Fig. 08).
Plano do Ramo da Mandíbula (Ar-Goc): É o plano que, passando pelo ponto Ar
(articular), tangencia a borda posterior do ramo ascendente da mandíbula,
no seu contorno inferior mais saliente. Utilizado na análise cefalométrica de
Jarabak (Fig. 09).
Plano Ba-Na: Este plano constitui o limite entre a face e o crânio. Utilizado na aná-
lise cefalométrica de Ricketts (Fig. 10).
Plano Facial: Linha que passa pelos pontos Násio ao Pogônio. Utilizado na análise
cefalométrica de Ricketts (Fig. 11).
Plano Vertical Pterigoide: Linha que passa pelo bordo posterior da Fossa Pte-
rigomaxilar e é perpendicular ao Plano de Frankfurt. Utilizado na análise
cefalométrica de Ricketts e McNamara (Fig. 12).
Plano Dentário: Conhecido também como Linha Facial Inferior, liga o ponto A
ao Pogônio. Utilizado na análise cefalométrica de Ricketts (Fig. 13).
Plano Estético: Linha que passa pelo ponto mais anterior da ponta do nariz
(EN) ao ponto mais anterior do mento (EM). Utilizado na análise cefalomé-
trica de Ricketts (Fig. 14).
Fig.07 Plano mandibular (Análise de Ricketts).
Fig.08 Plano mandibular Me-Goc (Análise de Jarabak).
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cap. 05
057Cefalometria | Técnicas de Diagnóstico e Procedimentos
Fig.09 Plano ramo mandibular Ar-Goc (Análise de Jarabak).
Fig.10 Plano Ba-Na (Análise de Ricketts).
Fig.11 Plano facial (Análise de Ricketts).
Fig.12 Plano vertical pterigóide.
Fig.13 Plano dentário.
Fig.14 Plano estético.
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Linha Sela-Násio: Traçada entre os pontos S e N. Utilizada na
análise cefalométrica USP UNICAMP (Fig. 15).
Linha N-A: Formada entre os pontos N e A. Utilizada na aná-
lise cefalométrica USP UNICAMP (Fig. 16).
Linha N-B: Formada entre os pontos N e B. Utilizada na aná-
lise cefalométrica USP UNICAMP (Fig. 17).
Linha N-D: Formada entre os pontos N e D. Utilizada na
análise cefalométrica USP UNICAMP (Fig. 18).
Linha I: Preconizada por Holdaway, é formada pelos pontos
P’ e E (Eminência) e traçada cruzando o Plano Oclusal.
Utilizada na análise cefalométrica USP UNICAMP (Fig. 19).
Linha Z: Preconizada por Merrifield, é formada pela união
do ponto Pg’ (pogônio mole) ao lábio mais proeminente.
Utilizada na análise cefalométrica USP UNICAMP (Fig. 20).
Linha H: Formada pelo ponto mais saliente do perfil do
lábio superior, e pogônio (ponto mais saliente do men-
to tegumentar). Utilizada na análise cefalométrica USP
UNICAMP (Fig. 21).
Linha AP: Formada pelos pontos A e Pogônio. Utilizado na
análise cefalométrica de Ricketts (Fig. 22).
Fig.15 Linha Sela-Násio (SN).
Fig.16 Linha N-A.
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cap. 05
059Cefalometria | Técnicas de Diagnóstico e Procedimentos
Fig.17 Linha N-B.
Fig.18 Linha N-D.
Fig.19 Linha I.
Fig.20 Linha Z.
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Fig.21 Linha H.
Fig.22 Linha AP.
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Linha N-perp: Para a construção da Linha N-perp deve-se traçar o
Plano Horizontal de Frankfurt, usando como pontos de referência o
Pório anatômico e a Órbita. Uma linha vertical é construída a partir
do ponto Násio, ortogonalmente ao Plano Horizontal de Frankfurt.
Utilizada na análise cefalométrica de McNamara (Fig. 23).
Linha N-lábio superior: Linha formada pelo ponto N e até a tan-
gente do lábio superior. Utilizada na análise cefalométrica de
McNamara (Fig. 24).
Base do nariz: Linha tangente à base do nariz (Fig. 25).
Lábio superior: Linha tangente ao lábio superior (Fig. 26).
Linha S-Goc: Altura facial posterior, determinada pela união dos
pontos S (sela) e Goc (gônio construído). Utilizada na análise cefa-
lométrica de Jarabak (Fig. 27).
Linha N-Goc: Profundidade facial, determinada pela união dos pon-
tos N (násio) e Goc (gônio construído). Utilizada na análise cefalo-
métrica de Jarabak (Fig. 28).
Linha S-Ar: Base posterior do crânio, determinada pela união dos
pontos S (sela) e Ar (articular). Utilizada na análise cefalométrica
de Jarabak (Fig. 29).
Linha Facial Superior: Linha que liga o ponto Násio ao ponto A. Utili-
zada na análise cefalométrica de Ricketts (Fig. 30).
cap. 05
061Cefalometria | Técnicas de Diagnóstico e Procedimentos
Fig.23 Linha N-perp.
Fig.24 Linha N-labio superior.
Fig.25 Base do nariz.
Fig.26 Lábio superior.
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Fig.27 Linha S-goc.
Fig.28 Linha N-goc.
Fig.29 Linha S-Ar.
Fig.30 Linha facial superior.
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cap. 05
063Cefalometria | Técnicas de Diagnóstico e Procedimentos
Linha Xi – ENA: Linha que liga os pontos Xi e Ena (Espinha Nasal Ante-
rior). Utilizada na análise cefalométrica de Ricketts (Fig. 31).
Eixo Facial: Linha que une o ponto Pterigóide e o ponto Gnátio Virtual.
Utilizada na análise cefalométrica de Ricketts e McNamara (Fig. 32).
Eixo do Corpo Mandibular: Linha que vai do ponto Xi ao ponto Pm. Utilizada
na análise cefalométrica de Ricketts (Fig. 33).
Eixo Condilar: Linha que vai do ponto Xi ao ponto Dc (condilar). Utilizada
na análise cefalométrica de Ricketts (Fig. 34).
Eixo Y: Preconizado por Downs, é a linha que vai do ponto Sela ao ponto Gn.
Longo Eixo dos Incisivos Superiores: Linha que passa pelo longo eixo do
incisivo superior, respeitando a incisal e o ápice (Fig. 35).
Longo Eixo dos Incisivos Inferiores: Linha que passa pelo longo eixo do
incisivo inferior, respeitando a incisal e o ápice (Fig. 36).
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Fig.31 Linha Xi-ENA.
Fig.32 Eixo facial.32
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cap. 05
065Cefalometria | Técnicas de Diagnóstico e Procedimentos
Fig.33 Eixo do corpo mandibular.
Fig.34 Eixo condilar.
Fig.35 Longo eixo do incisivo superior.
Fig.36 Longo eixo do incisivo inferior.
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ISBN 978-85-60842-76-6