131
1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE PASSOS FACULDADE DE ENGENHARIA DE PASSOS ORÇAMENTAÇÃO, PLANEJAMENTO E PREÇO DE VENDA NA CONSTRUÇÃO CIVIL DIEGO HENRIQUE GODOI OLEGÁRIO PASSOS - MG 2008

TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

Embed Size (px)

DESCRIPTION

tese sobre planejamento e orçamento de obras residenciais multifamiliares

Citation preview

Page 1: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

1

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE PASSOS

FACULDADE DE ENGENHARIA DE PASSOS

ORÇAMENTAÇÃO, PLANEJAMENTO E PREÇO DE VENDA NA

CONSTRUÇÃO CIVIL

DIEGO HENRIQUE GODOI OLEGÁRIO

PASSOS - MG

2008

Page 2: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

2

ORÇAMENTAÇÃO, PLANEJAMENTO E PREÇO DE VENDA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

DIEGO HENRIQUE GODOI OLEGÁRIO

Monografia apresentada à Faculdade de

Engenharia de Passos da Universidade

do Estado de Minas Gerais, como parte

dos requisitos para obtenção do título de

graduado em Engenharia Civil.

ORIENTADOR: Prof. ANTÔNIO ROGÉRIO DANIEL

PASSOS - MG

2008

Page 3: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

3

Catalogação na fonte Biblioteca Central da FESP

Olegário, Diego Henrique Godoi O45o Orçamento, planejamento e preço de venda na construção civil [manuscrito] / Diego Henrique Godoi Olegário. – 2008. 113 f. + anexos, enc. Orientador : Antônio Rogério Daniel. Monografia (graduação) – Fundação de Ensino Superior de Passos, Universidade do Estado de Minas Gerais, Faculdade de Engenharia, para obtenção do título de Engenheiro Civil. Bibliografia : f. 113.

1. Orçamento. 2. Planejamento. 3. Custos de obras. 4. Preço de venda. I. Daniel, Antônio Rogério. II. Fundação de Ensino

Superior de Passos. Universidade do Estado de Minas Gerais.

Faculdade de Engenharia. III. Título.

CDU- 69

Page 4: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

4

Dedico este trabalho aos meus pais,

Eustáquio Olegário de Moraes (em

memória) e Ildani Godoi de Moraes por

sempre me mostrarem o caminho certo e

pelo apoio que nunca faltou.

Page 5: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

5

AGRADECIMENTOS

A Deus, que me concedeu o dom da vida e graça de poder estar aqui

concluindo mais esta etapa da minha caminhada;

Aos meus pais, os quais constituíram os alicerces a partir do qual venho

edificando a minha vida, além de possibilitar percorrer o longo caminho para

acrescentar mais este tijolo à minha obra;

Ao Professor Antônio Rogério Daniel, pelos ensinamentos e pela orientação na

realização desse trabalho;

Aos professores da nossa turma, pelo exemplo, carinho, dedicação e

competência com que fizeram deste curso uma experiência inesquecível para minha

vida;

Aos colegas da turma, junto com os quais tive a oportunidade de compartilhar

grandes alegrias e aprender muito de todos.

Page 6: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

6

SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

RESUMO

1 – INTRODUÇÃO ...........................................................................................

2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................

2.1 – Planejamento e orçamento de obras ......................................................

2.1.1 – Conceito de planejamento .......................................................

2.1.2 – Importância e vantagens do planejamento ..............................

2.1.3 – Relações do planejamento com o custo final da obra .............

2.1.4 – Conceito de orçamento ............................................................

2.1.5 – Importância e vantagens do orçamento ...................................

2.1.6 – Relações do orçamento com o custo final da obra ..................

2.2 – O planejamento e orçamento na implantação de uma obra ...................

2.2.1 – Planejamento de projetos ........................................................

2.3 – Elaboração orçamentária de uma obra na construção civil ....................

2.3.1 – Organização orçamentária de uma obra ..................................

2.3.2 – Codificação de serviços e custos de uma obra ........................

2.4 – Os componentes do preço ......................................................................

2.4.1 – Custos diretos de uma obra .....................................................

2.4.2 – Custos indiretos de uma obra ..................................................

2.4.3 – Custos acessórios de uma obra ...............................................

2.4.4 – Correção monetária .................................................................

2.4.5 – O lucro ......................................................................................

2.5 – BDI (Benefício e Despesas Indiretas) .....................................................

01

02

02

02

02

04

04

05

05

06

09

13

13

15

16

18

20

25

25

27

32

Page 7: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

7

2.6 – Gerenciamento de custos .......................................................................

2.6.1 – Captação de recursos ..............................................................

2.6.2 – Estimativa de custos ................................................................

2.6.3 – Controle dos custos e plano de contas ....................................

2.7 – Análise de risco em projetos e obras ......................................................

2.8 – Relação tempo-custo em projetos ..........................................................

2.9 – Preço de venda da obra ..........................................................................

2.9.1 – Formação do preço de venda do empreendimento ..................

2.9.2 – Módulo de venda do empreendimento .....................................

2.9.3 – Viabilidade da construção ........................................................

3 – MATERIAIS E MÉTODOS .........................................................................

3.1 – Contexto da pesquisa e descrição da área de estudo ................

3.2 – Amostra da pesquisa (edificação) ...............................................

3.3 – Procedimentos de coleta de dados .............................................

3.4 – Procedimentos informatizados de manipulação de dados ..........

4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES ...............................................................

4.1 – Valores unitários .........................................................................

4.2 – Quantificação de serviços ..........................................................

4.3 – Cronograma físico-financeiro .....................................................

5 – ANÁLISES DOS RESULTADOS ...............................................................

5.1 – Valor total de produção ...............................................................

5.2 – Composição do lucro ..................................................................

5.3 – Preço de venda da obra ..............................................................

6 – CONCLUSÃO ............................................................................................

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................

ANEXOS

36

37

37

38

41

53

62

62

65

68

76

76

76

76

77

78

78

104

109

110

110

110

110

111

113

Page 8: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

8

LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Fluxograma simplificado de uma obra (Assed,1986) ...........................

Figura 02: Exemplo de seqüência lógica de atividades de um empreendimento

(Varalla, 2003)........................................................................................................

Figura 03: Exemplo de seqüência lógica de atividades de uma obra

(Varalla, 2003)........................................................................................................

Figura 04: Divisão de trabalhos (Halpin & Woodhead, 2004)................................

Figura 05: Principais aspectos de um projeto (Woiler & Mathias, 1996)...............

Figura 06: Esquema dos principais passos para a organização orçamentária de

uma obra (Halpin & Woodhead, 2004)...................................................................

Figura 07: A estrutura de um setor de planejamento técnico (Goldman, 1997)....

Figura 08: Fluxograma de composição de custos (Dias, 2005).............................

Figura 09: Variação tempo-custo (Limmer, 1997)..................................................

Figura 10: Custo marginal de aceleração (Limmer, 1997).....................................

Figura 11: Rede de atividades e variação UC/UT por atividade (Limmer, 1997)...

Figura 12: Cronograma de barras (Limmer, 1997)................................................

Figura 13: Controle de prazos – Curva S (Limmer, 1997).....................................

Figura 14: Cronograma de barras do 3º. Nível da EAP (Limmer, 1997)................

Figura 15: Estrutura de custos de uma obra (Gehbauer, 2002)............................

Figura 16: Representação esquemática do cálculo de custos a partir do preço

da proposta (Gehbauer, 2002)...............................................................................

Figura 17: Resumo geral dos procedimentos da orçamentação (Gehbauer,

2002)......................................................................................................................

03

07

07

11

12

14

15

22

54

54

55

57

57

58

63

63

64

Page 9: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

9

LISTA DE TABELAS

Tabela 01: Participação de cada etapa da obra no custo de construções

(modificado de Mascaró, 1985 apud Varalla, 2003)..............................................

Tabela 02: Custos indiretos da obra, dependentes e independentes do tempo

gasto no serviço (Gehbauer, 2002)........................................................................

Tabela 03: Contratos por Empreitada (TCPO, 2008).............................................

Tabela 04: Contratos por Administração (TCPO, 2008)........................................

Tabela 05: Faixas de lucro orçado (Silva, 2006)...................................................

Tabela 06: Itens de situações previsíveis (Silva, 2006).........................................

Tabela 07: Itens de riscos propriamente ditos (Silva, 2006)..................................

Tabela 08: Itens de incertezas econômicas (Silva, 2006)......................................

Tabela 09: Itens de incertezas de força maior (Silva, 2006)..................................

Tabela 10: Objetivos dos responsáveis pela execução e pelo estudo de

viabilidade do empreendimento (Gehbauer, 2002)................................................

08

24

29

29

30

49

50

50

52

68

Page 10: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

10

RESUMO

Olegário, D. H. G. (2008) Orçamentação, planejamento e preço de venda na

construção civil, 2008. 113p. Monografia (Graduação) – Faculdade de Engenharia

de Passos – Universidade do Estado de Minas Gerais.

O estudo dos custos para a construção de um empreendimento civil,

bem como o cálculo de seu lucro ou benefício, que por fim, é transformado em preço

de venda são os objetivos principais desta pesquisa. Partindo de um estudo de

bibliografias técnicas sobre planejamento e gerenciamento financeiro no atual

mercado brasileiro de construção civil, este trabalho baseia-se no levantamento

quantitativo dos insumos necessários à execução da obra assim como seu

cronograma físico-financeiro, obtendo o valor total de produção, e assim, a

composição do lucro e preço de venda do empreendimento.

PALAVRAS CHAVE: orçamento, planejamento, custos de obras, preço de venda.

Page 11: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

11

1 – INTRODUÇÃO

A construção civil representa uma grande contribuição para a economia

brasileira, participando ativamente no desenvolvimento da nação, e encontra-se

diretamente relacionada aos setores econômico e financeiro do país que definem a

estabilidade, os investimentos e o desenvolvimento das empresas e profissionais de

vários setores.

As empresas construtoras buscam diminuir custos e competir no mercado, e

têm direcionado seus esforços aos setores de planejamento e orçamento de seus

empreendimentos para que os resultados sejam economicamente positivos.

Atualmente o processo de planejamento e gerenciamento de um

empreendimento de construção civil é fator determinante de lucro ou prejuízo, e

define o futuro da empresa empreendedora no mercado da construção civil.

A indústria da construção civil passa por um longo ciclo de transformação no

que se referem aos processos, tecnologias e metodologias de execução, com

reflexos imediatos no aumento da produtividade e na capacitação de pessoal.

A preparação de um orçamento é fundamental para o sucesso de

construtores, incorporadores e contratantes de obras públicas ou privadas, o

orçamento não constitui um exercício de futurologia ou de adivinhação. Por isso,

manter uma base de composição confiável é primordial para a elaboração de um

bom orçamento.

A engenharia de custos não termina com a previsão de custos de

investimentos, prossegue, necessariamente na fase de construção, com o mesmo

rigor, através do planejamento, controle, acompanhamento de custos e definição dos

custos de manutenção das mesmas.

Serve ainda para a montagem de bancos de dados com as composições

analíticas de custo de interesse da empresa, com base nos resultados obtidos nas

obras que vão sendo executadas, uma vez que isto virá consolidar o trabalho de

estimativas de custo de futuras obras.

Neste contexto, procura-se estabelecer neste trabalho um sistema de

controle de custos, tendo por finalidade, dar noções do seu dimensionamento em

uma fase de esforço econômico e de concentração de recursos, ou de

investimentos, que uma vez implementados, permitirão a geração de benefícios, ou

seja, do lucro de um empreendimento civil.

Page 12: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

12

2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 – Planejamento e orçamento de obras

2.1.1 – Conceito de planejamento

Varalla (2003) define que planejar é estabelecer, antecipadamente, com as

informações fornecidas na atualidade, o que se imagina ser a melhor seqüência de

atividades e a melhor forma de utilização dos recursos, de maneira a não haver

interrupções durante o processo de produção da edificação.

Em contraponto, Ackoff (1970, apud Limmer, 1997) considera que

planejamento é o que se faz antes de agir, ou seja, é a tomada antecipada de

decisões. Afirma ainda que o planejamento se destina a prever as situações futuras

e a antecipar as ações futuras que ocorrerão para a execução da tarefa. Limmer

(1997) complementa que planejamento é “o processo por meio do qual se

estabelecem objetivos, discutem-se expectativas de ocorrências de situações

previstas, veiculam-se informações e comunicam-se resultados pretendidos entre

pessoas, entre unidades de trabalho, entre departamentos de uma empresa e,

mesmo, entre empresas”.

Assed (1986) complementa ainda, que o planejamento é a função

administrativa que compreende a seleção de objetivos, diretrizes, planos, processos

e programas, e que tais funções devem ser efetuadas utilizando-se da lógica

operacional do empreendimento, buscando adaptar o planejamento aos efeitos das

interações das atividades.

2.1.2 – Importância e vantagens do planejamento

Conforme Goldman (1997), o planejamento é essencial ao sucesso de um

empreendimento de construção civil, e considera necessária a criação de um

sistema capaz de garantir o cumprimento das metas preestabelecidas para a

execução do empreendimento.

De acordo com Assed (1986), podem ocorrer prejuízos para os resultados

finais de um empreendimento quando o planejamento não é bem detalhado e

Page 13: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

13

estudado. A sistematização do processo construtivo possibilita a atualização das

informações necessárias às tomadas de decisões a tempo de realimentar o setor de

planejamento e orçamento da obra. A figura 1 apresenta o fluxograma simplificado

da organização de uma obra.

Figura 01: Fluxograma simplificado de uma obra (Assed, 1986).

Krick (1970) afirma que existem muitas maneiras de se atingir o resultado

desejado, mas que é muito importante e necessário encontrar dentre as várias

alternativas possíveis, a melhor forma de realizar a atividade proposta.

Page 14: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

14

2.1.3 – Relações do planejamento com o custo final da obra

Segundo Assed (1986), o custo de uma obra decresce à medida que ela é

planejada e controlada, pois se eliminam custos adicionais provenientes de

improvisações, perdas, baixa produtividade e acidentes. Mas afirma que planejar e

controlar também implica despesas que não podem ultrapassar os limites razoáveis.

Goldman (1997) afirma que a sistematização do planejamento da obra em

conjunto com escolhas econômicas para as diversas especificações de materiais,

reduz custos e promove a evolução financeira e tecnológica das empresas

construtoras.

2.1.4 – Conceito de orçamento

Limmer (1997) define orçamento como sendo “o processo por meio do qual

se determinam os gastos necessários para a realização de um empreendimento, de

acordo com um plano de execução previamente estabelecido, gastos esses

traduzidos em termos quantitativos”, e Hollanda (s/d, apud Varalla, 2003)

complementa que orçamento é o cálculo dos gastos para realização de uma obra.

Em contraponto, Varalla (2003) define orçamento como sendo uma

ferramenta a ser elaborada antes que a construção aconteça, e não durante ou

depois de sua realização. E Giammusso (1991, apud Varalla, 2003), o define como

sendo a determinação do custo de um empreendimento antes de sua realização.

Para TCPO (2008), Orçamento é o cálculo que se faz para determinar todos

os gastos de uma obra ou de um serviço de construção.

Assed (1986) complementa que orçamento é a previsão do custo total da

construção a partir da fragmentação da obra em busca do custo unitário de cada

tarefa. Para a composição do custo total, multiplicam-se as quantidades previstas de

cada tarefa pelo seu custo unitário.

TCPO (2008) considera dois tipos de orçamento:

- Orçamento estimativo: quando é calculado com base no Projeto Básico

sem se ater a detalhes da construção e sujeito a alterações posteriores;

- Orçamento definitivo: quando calculado com base em Projeto Executivo

completo com todos os projetos complementares definitivos.

Page 15: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

15

TCPO (2008) afirma ainda que Orçamento é composto de duas partes:

- Custo Direto que designamos simplesmente por CD – é representado por

todos os valores constantes da planilha de custos;

- BDI – é uma margem que se adiciona ao Custo Direto para determinar o

valor do Orçamento.

2.1.5 – Importância e vantagens do orçamento

De acordo com Goldman (1997), o orçamento é uma das primeiras

informações que o empreendedor deseja conhecer sobre a obra, seja um

empreendimento com fins lucrativos ou não. A construção civil implica custos

consideráveis e que devem ser determinados para que, em função de seu valor, o

empreendimento estudado seja viável ou não.

Segundo TCPO (2008), pode-se dizer que para montar um orçamento é

necessário conhecer os coeficientes de produtividade da mão-de-obra, consumo de

materiais e consumo horário dos equipamentos utilizados para fazer os serviços de

obra.

TCPO (2008) afirma que além desses consumos são necessários os preços

unitários de cada insumo, que podem ser consultados na revista “Construção

Mercado” (ou ser pesquisados diretamente no mercado), e as quantidades de

serviço envolvidas na obra. A multiplicação do consumo pelo custo unitário e pelas

quantidades de serviços da obra nos dará o custo diretamente utilizado na produção

de cada um dos serviços de construção.

Goldman (1997) afirma que a partir do orçamento detalhado de uma obra é

que se faz o cronograma financeiro que, em geral, é o item utilizado pela construtora

para a previsão de fluxo de desembolso para o período de execução do

empreendimento. Considera ainda, que sem o cronograma físico-financeiro torna-se

impossível executar a obra com boa margem de fidelidade ao que foi planejado.

2.1.6 – Relações do orçamento com o custo final da obra

Assed (1986) considera que o cálculo do orçamento deve compreender

todas as despesas da obra, dividindo os custos em dois grupos:

Page 16: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

16

- custos empresariais que compreendem os custos administrativos,

comerciais, tributários e financeiros;

- custos de produção que compreendem os custos necessários à produção

da obra (mão-de-obra, materiais de construção e equipamentos).

Para Cyrillo & Sáfadi (2001), por mais que se planeje uma obra, no decorrer

de sua execução pode haver imprevistos. As utilizações de mãos-de-obra

desqualificadas e materiais inadequados (ou não especificados em projeto) são

fatores que afetam a estrutura do planejamento e do orçamento da obra, podendo

causar prejuízos.

Halpin & Woodhead (2004) afirmam que uma boa estimativa de preços é a

chave para um bom trabalho e para um controle de custos bem-sucedido. Essa

estimativa representa o planejamento de custos que será seguido pelo empreiteiro e

que o ajudará na obtenção de lucro. Se o planejamento de custos não for realista ou

contiver erros básicos, o empreiteiro perderá dinheiro no empreendimento.

Segundo Halpin & Woodhead (2004), estudos indicam que uma das

principais razões para a falência de empresas de construção civil é a prática não

realista de orçamento de obras, portanto, deve-se adotar um procedimento

consistente para a elaboração de orçamentos, pois esse procedimento é fator

importante para a minimização de erros e para a obtenção de resultados confiáveis.

2.2 – O planejamento e o orçamento na implantação de uma obra

Segundo Limmer (1997), a execução de uma obra de construção civil é um

sistema de produção onde o produto fica fixo no local de sua produção, e os

insumos (mão-de-obra, materiais de construção e equipamentos) é que são

deslocados em torno do produto (edificação).

Varalla (2003) considera que ao estar em poder das informações do projeto,

ao ter definido os responsáveis para cada área e ao estarem disponíveis os recursos

previstos no orçamento, deve-se definir a seqüência lógica das atividades, tais como

exemplos apresentados pelas figuras 2 e 3.

Page 17: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

17

Figura 02: Exemplo de seqüência lógica de atividades de um empreendimento

(Varalla, 2003).

Figura 03: Exemplo de seqüência lógica de atividades de uma obra (Varalla, 2003).

Page 18: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

18

Segundo TCPO (2008), após os cálculos dos custos diretos (mão-de-obra,

materiais, equipamentos e leis sociais), necessita-se apurar os custos indiretos

envolvidos na administração dos negócios da empresa executante. Tais custos são

geralmente chamados de BDI (benefício e despesas indiretas).

De acordo com Varalla (2003), no orçamento são definidos os custos totais

previstos para a construção (custos diretos e indiretos), ou seja, definem-se as

quantidades de cada um dos vários serviços, materiais e equipamentos necessários

à execução da obra.

Conforme TCPO (2008), para a aplicação de uma taxa de BDI, deve-se

considerar as particularidades da administração e da estrutura financeira de cada

empresa, para que não haja influências negativas na definição do preço final da

construção a ser cobrado pela empresa construtora.

Varalla (2003) afirma que a estimativa preliminar de custos define a ordem

de grandeza dos investimentos necessários à execução de cada etapa do

empreendimento, e para essa estimativa, recomenda a utilização de informações e

índices de custos provenientes de publicações especializadas e de construções

semelhantes já executadas pela empresa. A tabela 1 apresenta um modelo de

participação de cada etapa dentro da previsão de custo da obra.

Tabela 01: Participação de cada etapa da obra no custo de construções (modificado

de Mascaró, 1985 apud Varalla, 2003).

Item Participação sobre

o custo total (%)

Observações

Canteiro de obras 5,09 Amortização dos equipamentos

0,44%; trabalhos preliminares

0,48%; previdência 1,25%; seguros

e vigilância 2,26% e vários 0,66%.

Fundações 4,48 Fundações diretas.

Estrutura resistente

(sem fundações)

20,13 Lajes, vigas, pilares e paredes de

contraventamento.

Contrapisos 2,22 Contrapisos em geral.

Alvenarias e 8,72 Impermeabilização 0,30%

Page 19: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

19

impermeabilização (incluindo cobertura).

Acabamentos

verticais

14,49 Rebocos exteriores 3,49%; rebocos

interiores 5,24%; revestimentos

1,65%; pintura 3,18%; e rodapés

0,93%.

Acabamentos

horizontais

6,99 Forros 2,06%; terraços 0,71%;

soleiras 0,42%; e pisos 3,80%.

Esquadrias internas e

externas

14,14 Internas em madeira 8,21%;

externas metálicas 5,32%; e vidros

0,61%.

Instalações sanitárias

e contra incêndio

8,22 Aparelhos das instalações.

Instalações de gás 4,69 Aparelhos das instalações.

Instalações elétricas 5,45 Aparelhos das instalações.

Elevadores 4,79 Elevadores para 4 pessoas,

45m/min.; portas telescópicas; e

comando simples.

Compactador de lixo 0,59 Aparelhos das instalações.

Para Goldman (1997), o setor de planejamento deve buscar o máximo de

informações dos outros setores do empreendimento, para que o planejamento da

obra considere todos os detalhes referentes à execução e conclusão do projeto.

Dias (2005) considera que os processos de planejamento de projetos e

racionalização da produção de edifícios devem buscar diminuir o desperdício de

matérias, mão-de-obra e tempo (o que certamente diminuiria significativamente os

custos do empreendimento).

2.2.1 – Planejamento de projetos

Halpin & Woodhead (2004) afirmam que no planejamento de um projeto, o

trabalho é dividido em vários pacotes (ver fluxograma ilustrativo da figura 4) ou

atividades que definem o cronograma (duração de cada uma das atividades) e os

prazos para desembolso dos valores previstos no orçamento do projeto.

Page 20: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

20

Goldman (1997) considera que o planejamento dos projetos determina as

especificações técnicas do empreendimento, tais como:

- equipes de trabalho;

- equipamentos e ferramentas a serem utilizados;

- sistemas de execução de serviços;

- previsões de entrega de materiais;

- e programação detalhada do andamento físico da obra.

Segundo Halpin & Woodhead (2004), para o desenvolvimento de projetos

de construção civil, deve-se respeitar a seguinte seqüência:

1- o proprietário (ou empreendedor) identifica a necessidade do

empreendimento;

2- desenvolvem-se os estudos de viabilidade inicial e projeções de custos;

3- a partir dos estudos iniciais, decide-se a continuação ou o

encerramento do empreendimento;

4- define-se o projeto básico de forma a incluir uma estimativa

aproximada de custo;

5- o empreendedor aceita ou recusa o empreendimento (ao aceitar,

define-se o projeto final);

6- com base nos elementos que compõem o projeto final faz-se o

levantamento final de custos;

7- iniciam-se os processos de planejamento e definição do cronograma

físico-financeiro;

8- executa-se a obra respeitando o orçamento e o cronograma físico-

financeiro;

9- o trabalho finalizado fica a disposição para uso e ocupação;

10- a obra está em utilização e é mantida durante a vida útil especificada

no projeto.

Page 21: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

21

Figura 04: Divisão de trabalhos (Halpin & Woodhead, 2004).

Para Woiler & Mathias (1996), a elaboração e análise de um projeto de

engenharia envolvem uma série de etapas interativas que devem ser bem

ordenadas de forma a balancear e equilibrar os diferentes setores do

empreendimento. Apresentam na figura 5 os principais aspectos a serem

observados na elaboração de projetos.

Page 22: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

22

Figura 05: Principais aspectos de um projeto (Woiler & Mathias, 1996).

Page 23: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

23

2.3 – Elaboração orçamentária de uma obra

Segundo Halpin & Woodhead (2004), a elaboração do orçamento de uma

obra deve seguir uma seqüência lógica das tarefas e processos de trabalho, que

formam uma operação de construção com elementos de modelagem para as

estruturas de operação das construções.

Segundo Vieira Netto (1993), o orçamento deve estar a cargo de uma

equipe formada por profissionais certos nas posições compatíveis com seus perfis

de desempenho, para que os problemas enfrentados sejam resolvidos com eficácia

e nas necessidades do proprietário.

2.3.1 – Organização orçamentária de uma obra

Para Halpin & Woodhead (2004), o projeto, a implementação e a

manutenção de um sistema de controle de custos de empreendimentos de

engenharia, podem ser considerados os diferenciais de uma obra de engenharia no

que diz respeito ao sucesso financeiro do empreendimento.

Halpin & Woodhead (2004) apresentam na figura 6 o esquema dos

principais passos para a organização orçamentária de uma obra de engenharia.

Para Vieira Netto (1993), o gerenciamento orçamentário deve ser feito por

grupos preparados para desempenhar essas funções específicas, e esses

profissionais devem ser conhecedores de técnicas apropriadas e estar prontos em

deslocarem-se em suas áreas de atuação, desde as fases de concepção,

viabilidade, projetos básicos, execução e fiscalização.

Vieira Netto (1993) considera que para o dimensionamento dos recursos,

deve-se analisar os seguintes itens:

- produtividade horária da mão-de-obra;

- índice de consumo de materiais básicos;

- produtividade horária dos equipamentos;

- cronograma físico dos serviços.

Page 24: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

24

Figura 06: Esquema dos principais passos para a organização orçamentária de uma

obra (Halpin & Woodhead, 2004).

Para Goldman (1997), o planejamento se constitui hoje em um dos

principais fatores para o sucesso de qualquer empreendimento. Na construção

predial, faz-se necessário um sistema que possa canalizar informações e

conhecimentos dos mais diversos setores e, posteriormente, direcioná-los de tal

forma que todas essas informações e conhecimentos sejam utilizados para a

construção.

Segundo Goldman (1997), o setor de planejamento técnico (ver figura 7)

surge exatamente desta necessidade de organização, deste complexo que é um

empreendimento de construção predial.

Page 25: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

25

Figura 07: A estrutura de um setor de planejamento técnico (Goldman, 1997).

2.3.2 – Codificação de serviços e custos de uma obra

Segundo Halpin & Woodhead (2004), existem vários sistemas de

codificação de custos e algumas organizações, como a: (American Road Builders

Association Specifications Institute) que publicam planilhas padronizadas para a

composição de custos.

Halpin & Woodhead (2004) complementam que muitas indústrias utilizam

códigos de custos com foco nas contas de toda a companhia enfatizando a geração

de despesas com base na divisão da empresa em departamentos. E em empresas

de construção, os códigos para os custos têm uma seqüência estruturada que

correspondem à ordem em que aparecem os diversos tipos de processos de

construção, típicos das atividades de construção da companhia.

De acordo com Halpin & Woodhead (2004), o primeiro passo para se

estabelecer um sistema de controle é a criação de uma tabela de custos que divide

o empreendimento em unidades de controle significativas, cada uma delas

consistindo em certo tipo de trabalho que pode ser medido no campo.

Conforme Halpin & Woodhead (2004), as empresas construtoras utilizam

códigos detalhados de custos de empreendimentos. E esse método reconhece o

fato de que os trabalhos de construção seguem um projeto, e que para alcançar a

Page 26: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

26

meta do gerenciamento de custos de maximização dos lucros, deve-se considerar

os empreendimentos individualmente.

Segundo Gehbauer (2002), o princípio básico utilizado no método de

orçamentação é de que todos os custos decorrentes da execução de um produto

devem ser incluídos nos cálculos do custo final desta produção.

Gehbauer (2002) afirma que isto é de grande importância nos cálculos de

uma construção, pois as quantidades descritas no caderno de encargos ou na lista

dos serviços a serem realizados, geralmente não coincidem com aquelas que foram

realmente empregadas na execução dos serviços. É necessário que os custos dos

serviços realizados sejam ordenados o mais exatamente possível de acordo com a

sua origem, para que, no caso de desvios em relação às quantidades/custos

calculados, todos os custos ocorridos possam ser controlados.

Para TCPO (2008), existem alguns documentos necessários à montagem

do orçamento, sendo:

- Projetos executivos de todos os elementos da obra ou serviço, necessários

à exata execução técnica e artística da edificação;

- Memorial descritivo que tem por objetivo caracterizar as condições e

métodos de execução e o padrão de acabamento para cada tipo de serviço,

indicando os locais de aplicação deles;

- Condições contratuais claras, inclusive com critérios de medição, definição

de responsabilidades, definindo demais fatores que possam influenciar no

custo total.

2.4 – Os componentes do preço

Para TCPO (2008), a classificação técnica dos componentes do preço é

composta de três categorias, diferenciadas pelas suas bases de cálculo, a saber:

a) Custo direto: o gasto direto ou facilmente correlacionado com a

quantidade do serviço de construção;

b) Despesa indireta: o gasto vinculado ao tempo, às contingências ou ainda

ao próprio preço, devido ao fato de não variar diretamente com a

quantidade de cada serviço em particular;

c) Benefício: margem de segurança vinculada a um conjunto de custos

diretos e despesas indiretas, reservada para possibilitar a superação das

Page 27: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

27

incertezas do contrato de construção e recompensar a construtora pelos

serviços prestados.

Limmer (1997) afirma que um orçamento pode ser definido como a

determinação dos gastos necessários para a realização de um projeto, de acordo

com um plano de execução previamente estabelecido e, gastos esses traduzidos em

termos quantitativos.

Um orçamento de um projeto deve satisfazer aos seguintes objetivos:

- definir o custo de execução de cada atividade ou serviço;

- constituir-se em documento contratual, servindo de base para o

faturamento da empresa executora do projeto, empreendimento ou obra, e

para dirimir dúvidas ou omissões quanto a pagamentos;

- servir como referência na análise dos rendimentos obtidos dos recursos

empregados na execução do projeto;

- fornecer, como instrumento de controle da execução do projeto,

informações para o desenvolvimento de coeficientes técnicos confiáveis,

visando ao aperfeiçoamento da capacidade técnica e da competitividade da

empresa executora do projeto no mercado.

Segundo Silva (2006), custo é o esforço empregado na produção de bens

ou serviços, ou a importância com que se adquirem bens ou serviços. Despesa é o

desembolso de dinheiro, o ato ou efeito de gastar.

TCPO (2008) afirma que os maiores tratadistas da Contabilidade de Custos

estabelecem a seguinte definição para o custo e despesa:

Custo é todo gasto envolvido na produção:

- todos os insumos (mão-de-obra, materiais e equipamentos);

- toda a infra-estrutura necessária para a produção (canteiros, administração

local, mobilização e desmobilização, etc.).

Despesa é todo o gasto necessário para a comercialização do produto:

- gastos com a administração central e financeira;

- gastos com pagamento de tributos;

- gastos de comercialização (participação em licitações, remuneração de

agentes comerciais, viagens, propostas técnicas, etc.).

Também a TCPO (2008) diferencia custo de preço, definindo custo, como

sendo o resultado da soma de todos os custos unitários dos serviços necessários

para a construção mais os custos de infra-estrutura necessária para a realização de

Page 28: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

28

uma obra. E preço ou preço de venda é o valor monetário do custo acrescido do

BDI.

Conforme Tisaka (2006), o orçamento para a execução de obras e serviços

na construção civil é composto pelos seguintes elementos ou etapas de cálculo:

a) Cálculo do Custo Direto: despesas com material e mão-de-obra que

serão incorporadas ao estado físico da obra. Despesas da administração

local, instalação do canteiro de obras e sua manutenção, mobilização e

desmobilização.

b) Cálculo das Despesas Indiretas: despesas que, embora não

incorporadas à obra, são necessárias para sua execução, mais os

impostos, taxas e contribuições.

c) Cálculo do Benefício ou Lucro: previsão de benefício ou lucro esperado

pelo construtor mais uma taxa de despesas comerciais e reserva de

contingência.

Parga (2003) aponta cinco grupos distintos de custos: os custos diretos, os

custos indiretos, os custos acessórios, correção monetária e o lucro.

2.4.1 – Custos diretos de uma obra

Limmer (1997) define custo direto, como sendo o custo dos insumos que

são agregados ao produto, isto é, os que são incorporados ao mesmo. Esses gastos

têm origem na mão-de-obra, materiais e, ainda, equipamentos e meios,

incorporados ou não ao produto.

Assim, de acordo com Parga (2003), os custos diretos estão ligados

intimamente e diretamente, ao serviço que se executa e sua avaliação obtida das

quantidades previstas no projeto.

De acordo com Gehbauer (2002), os custos diretos estão diretamente

relacionados com a produção ou execução de um determinado serviço. Destes

custos fazem parte os custos salariais, custos de materiais de construção, custos de

equipamentos, etc.

Para Tisaka (2006), as despesas ou custos diretos são todos os custos

diretamente envolvidos na produção da obra, que são os insumos constituídos por

materiais, mão-de-obra e equipamentos auxiliares, mais toda a infra-estrutura de

apoio necessária para a sua execução no ambiente da obra.

Page 29: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

29

Estes custos diretos são representados numa planilha de custos, em que

fazem parte:

- quantitativos de todos os serviços e respectivos custos obtidos através da

composição de custos unitários;

- custo de preparação do canteiro de obras, sua mobilização e

desmobilização;

- custos de administração local com previsão de gastos com o pessoal

técnico (encarregado, mestre de obras, engenheiro, etc.), administrativo

(encarregado do escritório, de higiene e segurança, apontador, escriturário,

motorista, vigia, porteiro, etc.) e de apoio (almoxarife, mecânico de manutenção,

enfermeiro, etc.).

Silva (2006) relata que o custo direto é orçado ou estimado, fato que por si

só, já introduz um grau de incerteza, quando comparando com o custo direto das

demais indústrias.

Tisaka (2006) esclarece que diferentemente dos serviços de elaboração de

projetos e de consultoria na Engenharia Civil, o cálculo da remuneração está

associado ao levantamento dos custos diretos representados pelo valor dos insumos

utilizados e horas de utilização de mão-de-obra e de equipamentos que compõem

seus custos unitários dos serviços.

Segundo Tisaka (2006), para o cálculo dos custos de mão-de-obra há que

se acrescentar aos salários todos os encargos sociais, básicos, incidentes,

reincidentes e complementares (alimentação, transportes, EPI’s e ferramentas), que

são encargos obrigatórios que incidem sobre os trabalhadores e determinados pela

legislação trabalhista específica.

TCPO (2008) observa que somente custos diretos não são suficientes para

orçar uma obra. É preciso conhecer também os custos indiretos envolvidos.

Em contraponto, TCPO (2008) complementa que quando falamos em

levantamento das quantidades (áreas, volumes, perímetros, unidades) que entram

na planilha orçamentária, é preciso saber exatamente quais são os serviços que

compõem os projetos executivos, vinculados às respectivas especificações técnicas

e critérios de medição.

Segundo TCPO (2008), o critério para o levantamento das quantidades de

serviços deve estar em sintonia com a classificação adotada na planilha

orçamentária da obra.

Page 30: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

30

Para TCPO (2008), as quantidades dos vários serviços assim obtidas são

associadas às respectivas composições de preços unitários, criando-se a planilha de

quantidades da obra.

2.4.2 – Custos indiretos de uma obra

Limmer (1997) define custos indiretos, como o somatório de todos os gastos

com elementos coadjuvantes necessários à correta elaboração do produto ou,

então, de gastos de difícil alocação a uma determinada atividade ou serviço, sendo

por isso diluídos por certo grupo de atividades ou mesmo pelo projeto todo.

Parga (2003) afirma que os custos indiretos, ao contrário dos custos diretos,

não são parte integrante do serviço em questão, apesar de essenciais na sua

obtenção. São, via de regra, de mesma natureza para todas as etapas da obra e

igualmente indispensáveis. Dão suporte técnico e administrativo aos custos diretos

e, na realidade, é o motor que impulsiona, promove e assiste a construção em todas

as suas fases.

Para Gehbauer (2002), os custos indiretos não permitem que se estabeleça

uma relação direta entre eles e um determinado produto ou serviço. Por isto eles

têm que ser calculados separadamente, para depois serem rateados e acrescidos

aos custos de todos os serviços da obra. Dentre os custos que são calculados desta

maneira estão os Custos Indiretos da Obra (CIO) e os Custos Gerais de Negócios

(CGN).

Conforme Dias (2005), o custo indireto é representado pelos itens de custo

que não são facilmente mensuráveis nas unidades de medição dos serviços, isto é,

engenheiro, mestre de obra, outras categorias profissionais, veículos de passeio e

de carga de apoio, contas das concessionárias (energia, água, correio, telefone e

etc.) e outros, que são normalmente considerados por mês ou aqueles calculados

sobre o custo total ou sobre o preço final (faturamento), ou seja, administração

central, impostos (ISS, COFINS, PIS, CSLL e IR) ou juros sobre capital investido.

Segundo TCPO (2008), o custo indireto também é composto por serviços

auxiliares (infra-estrutura) para possibilitar a execução do objeto do contrato

(canteiro de obras, alojamentos, administração local, mobilização e desmobilização,

etc.).

Page 31: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

31

TCPO (2008) também relata que os custos indiretos são os gastos de infra-

estrutura necessários para a consecução do objetivo que é a realização física do

objeto contratado.

Chamamos de custos indiretos todos os custos envolvidos necessários para

a produção do objeto contratado, mas que não estarão incorporados ao objeto.

Conforme TCPO (2008) podemos chamar também de custos de infra-estrutura

necessária para a produção do objeto contratado, seja de edificação, construção de

estradas, usinas etc. Não se deve confundir com despesas indiretas que irão compor

o BDI.

TCPO (2008) considera basicamente três os itens que compõem as

despesas indiretas:

- taxa de despesas de administração central;

- taxa de risco do empreendimento;

- taxa de despesas financeiras.

Para Dias (2005) qualquer empreendimento de engenharia apresenta custo

indireto, o valor encontrado é que depende da localização, exigências do edital e do

porte da obra. Por princípio cada empresa deve encontrar um custo diferente das

demais em função da sua estrutura administrativa e do planejamento do

empreendimento.

De acordo com Dias (2005), os custos indiretos são decorrentes da

estrutura da obra e da empresa e que não podem ser atribuídos diretamente à

execução de um dado serviço.

Para Dias (2005), os custos indiretos variam muito, principalmente, em

função do local de execução dos serviços, do tipo de obra, impostos incidentes, e

ainda com as exigências do edital ou contrato. Devem ser distribuídos pelos custos

unitários diretos totais dos serviços na forma de percentual destes.

De acordo com TCPO (2008), para atuar no mercado da construção, além

do custo para fabricar seus produtos e do benefício esperado pelo construtor, as

empresas efetuam despesas indiretas de várias naturezas, que devem ser

classificadas, para fins de elaboração de um orçamento preciso, em seis grupos, a

saber: administração local, administração central, despesa financeira, despesa

tributária, despesa comercial e contingências.

Segundo TCPO (2008), estas categorias de despesas estão vinculadas ao

prazo de execução da obra e a diversos outros fatores administrativos, e se referem

Page 32: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

32

à prestação de serviços associados aos serviços de construção, com participações

financeiras variáveis na composição do preço, em função do tipo de contrato, do tipo

de fornecimento do porte da empresa construtora e da obra, do nível de

desenvolvimento técnico e gerencial e até do nível de ousadia de cada empresário

em particular.

TCPO (2008) considera que as despesas indiretas estão relacionadas com

a garantia de qualidade da obra, uma provisão de recursos para garantir o bom

desempenho geral e a manutenção do custo orçado.

Dias (2005) considera que os custos indiretos que mais afetam a construção

são: encargos financeiros, administração central, administração local, mobilização e

desmobilização. Entretanto, o Engenheiro de Custos deve analisar em cada caso

sua viabilidade.

A figura 8 apresenta um fluxograma que identifica os custos indiretos que

mais afetam a construção.

Figura 08: Fluxograma de composição de custos (Dias, 2005).

Page 33: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

33

Conforme Gehbauer (2002), como já foi mencionado anteriormente, os

custos indiretos da obra compreendem todos aqueles custos que resultam de sua

execução e que não podem ser incorporados nos custos de nenhum dos serviços

individualmente. Eles têm que ser calculados separadamente e entram como

parcelas de acréscimo no levantamento dos custos unitários dos serviços da obra.

Para Gehbauer (2002), em alguns casos, é possível calcular determinadas

partes dos custos indiretos da obra, como por exemplo, a instalação do canteiro de

obras como custo unitário de um serviço, mas para isto é preciso que este item

esteja especificado no caderno de encargos. Nesse caso, os custos da instalação e

preparação do canteiro de obras podem ser retirados do grupo custos indiretos da

obra e ser incluídos nos custos unitários dos serviços, no item “canteiro de obras”.

Segundo Gehbauer (2002), esta forma de calcular oferece algumas

vantagens para a construtora. Desta maneira, ela pode recuperar rapidamente o

capital investido na instalação do canteiro de obras, pois estes custos podem ser

apresentados ao cliente no início da construção, em forma de parcela de pagamento

pelo serviço já executado. Assim, o volume de capital a ser financiado será menor,

reduzindo, conseqüentemente, os custos relativos aos juros.

Gehbauer (2002) relata que além dos custos já mencionados de

preparação, instalação e equipamentos do canteiro de obras, fazem parte dos

custos indiretos da obra os custos relativos ao funcionamento da obra, aos trabalhos

técnicos e aos custos especiais como seguros, dentre outros.

Todos estes custos podem, por sua vez, ser subdivididos em custos

dependentes ou não do tempo gasto para a execução do serviço correspondente.

Para Gehbauer (2002), a divisão dos custos nestes dois grupos é recomendável,

pois desta maneira pode-se perceber claramente a conseqüência direta das

alterações no prazo de execução dos serviços sobre os custos.

Gehbauer (2002) apresenta na tabela 2 uma relação de custos indiretos da

obra, dependentes e independentes do tempo gasto no serviço. Entretanto, alguns

destes custos podem migrar de um para outro grupo, segundo o entendimento da

empresa construtora, em função de sua sistemática de trabalho. O importante é que

todos estes custos devem ser considerados no orçamento e que, após classificados,

sejam alocados sempre no mesmo centro de custo para que se procedam as

devidas avaliações durante e após a execução da obra.

Page 34: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

34

Tabela 02: Custos indiretos da obra, dependentes e independentes do tempo gasto

no serviço (Gehbauer, 2002).

CUSTOS INDEPENDENTES DO TEMPO CUSTOS DEPENDENDES DO TEMPO

Custos da instalação do canteiro de obras:

- carga e descarga de materiais e equipamentos;

- frete;

- implantação, transferência e desmobilização do

canteiro de obras.

Custos de disponibilidade de equipamentos

no canteiro de obras:

- disponibilidade de equipamentos de uso

múltiplo;

- disponibilidade das instalações especiais.

Custos de equipamentos do canteiro de

obras:

- materiais de apoio;

- ferramentas e pequenos equipamentos;

- equipamentos de escritório e demais

acomodações da obra.

Custos de funcionamento do canteiro de

obras:

- equipamentos para alojamento;

- funcionamento de equipamentos e instalações

da obra.

Custos de trabalhos técnicos:

- projetos;

- planejamento prévio da execução;

- controle tecnológico de materiais e análises de

solo.

Custos de gestão local da obra:

- pessoal de supervisão da obra;

- telefone, material de escritório;

- viagens e veículos.

Custos decorrentes de riscos da construção:

- riscos da execução;

- seguros e garantias.

Custos gerais de obra:

- pessoal de serviços de apoio e manutenção;

- transporte;

- arrendamentos e aluguéis;

- outros custos. Custos especiais:

- custos financeiros;

- custos administrativos em caso de consórcio de

empresas;

- outros.

Page 35: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

35

2.4.3 – Custos acessórios de uma obra

Para Parga (2003), os custos acessórios são os mais complexos, incidem

de forma variável e dissimulada no custo dos serviços, e sua omissão ou inserção

incorreta nos orçamentos é motivo freqüente de preços sub-avaliados e origem

perigosa de queda na rentabilidade dos contratos.

São exemplos os custos de financiamento da obra e do prazo para

liquidação das faturas de serviço; de retenção de parte do faturamento; as multas

por atraso na entrega da obra; os impostos, os seguros, as fianças bancárias;

comissões comprováveis ou não e outros que possam ser criados por condições

especiais e particulares em cada caso.

Segundo Parga (2003), esses custos acessórios devem ser analisados

cuidadosamente para que medidas pertinentes de defesa se adotem contra seus

efeitos. Esses custos serão analisados com detalhe nas situações que tivermos

oportunidade de encontrar.

Conforme Parga (2003), os impostos sobre a receita total da obra, são

devidos mesmo ocorrendo prejuízo, o que não acontece com os impostos sobre o

resultado, só cabíveis se ocorrer sob o ponto de vista fiscal. Prejuízos apurados em

exercícios financeiros podem ser absorvidos em até 30% dos resultados positivos

dos subseqüentes.

2.4.4 – Correção monetária

Vieira Netto (1993) considera que como a construção acontece dentro de

um período relativamente longo e a inflação, contínua, leva à perda da noção dos

preços, o acompanhamento e a avaliação quanto aos custos tornam-se uma

ginástica de números, índices, regressões e cálculos intermináveis.

Segundo Parga (2003), a correção monetária, cujo objetivo é proteger, em

razão da queda progressiva do poder aquisitivo da moeda, o preço determinado em

função dos custos diretos, indiretos, acessórios e o lucro. Não é um custo no sentido

de despesa, de gasto para aquisição de alguma coisa; não acrescenta nada em

termos reais, meramente transpõe valores expressos com base em determinado

padrão monetário para outro.

Page 36: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

36

Parga (2003) complementa que a correção monetária provê uma proteção,

uma capa, um revestimento ao núcleo básico formado pelos custos e o lucro,

oferecendo-o ao desgaste ocasionado pela inflação ao longo da obra, de forma que

ao recebermos todas as parcelas do preço, aquele embrião se revele inalterado em

sua essência, íntegro, sem danos. Não age na intimidade do preço, altera-o como

um todo, mantendo intacta sua substância, aquela expressa pelos custos e o lucro.

Parga (2003) considera que é necessária muita atenção na identificação dos

casos em que a intervenção da correção monetária se impõe. Sua omissão ou sub-

avaliação pode comprometer todo o lucro de uma obra e até decretar o

sepultamento de vez, sem glórias, dos menos avisados.

Para Parga (2003), são exemplos de situações em que devem ser

considerados os contratos sem e, particularmente, os com reajuste insuficiente:

- os prazos excessivos de liquidação das faturas de serviço;

- e as retenções sem correção (fruto de armadilhas acoitadas em editais e

contratos cavilosos, fáceis de serem armadas em conjunturas complexas).

Parga (2003) afirma que na construção civil o tempo para elaboração do

“produto” é sempre muito elevado e por isso a inflação, entre os componentes do

preço, desempenha papel dos mais relevantes.

Segundo Parga (2003), com a desvalorização progressiva da moeda que

mede o valor dos serviços que irão ter curso, corre-se o risco, se medidas corretivas

não forem tomadas, de ver perdido todo o resultado do trabalho sério exigido por

uma obra.

Para Parga (2003), as variáveis decisivas que determinam as correções são

o tempo e a intensidade dessa desvalorização, intimamente ligadas e objeto de

previsão. Risco apreciável, pois, envolve a solução do problema, reduzindo-o ao

mínimo aceitável. Obtendo-se razoável garantia de prazos e satisfatória justeza na

medida da depreciação da moeda, únicas armas de que se dispõe para eliminar ou

reduzir os efeitos danosos da inflação, limitando-se consideravelmente esse risco.

Parga (2003) considera que é vital manter-se um acompanhamento próprio

da evolução dos preços unitários dos serviços que mais pesam nos custos das

obras que, com mais freqüência, somos levados a orçar. Na era do computador esta

tarefa é em muito simplificada e, por isso mesmo, enfaticamente recomendada.

Page 37: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

37

2.4.5 – O lucro

TCPO (2008) define lucro como sendo a recompensa final pela prestação

de seus serviços, o prêmio que a ela deve ser creditado pela superação das

incertezas da construção através da entrega da obra.

TCPO (2008) descreve a construtora como uma pessoa, uma pessoa

jurídica, que deve receber o seu “salário”. Não considerar lucro na composição do

preço, equivale, numa comparação com a relação trabalhista, a impor ou se

submeter a trabalho escravo.

Silva (2006) identifica o lucro orçado como uma quantidade de moeda

embutida no preço teoricamente não comprometida com o pagamento de nenhum

custo ou despesa. O lucro orçado que é considerado no preço é apenas uma meta,

pois o lucro só poderá ser apurado após o final da execução da obra, inclusive após

as despesas com a manutenção pós-entrega.

Segundo Limmer (1997), o lucro é o principal objetivo de um

empreendimento e pode ser definido como a diferença entre o preço de venda (PV)

e o custo de produção (CP) de um produto. Sobre este lucro, contabilizado

anualmente e caracterizado como lucro bruto (LB), a empresa terá que pagar

impostos que, efetuando os cálculos conclui-se que eles representam em média

23% do lucro bruto (LB), ou seja, da diferença entre o preço de venda (PV) e o custo

de produção (CP).

Segundo TCPO (2008), o valor do lucro ou benefício é normalmente

calculado em forma de taxa, numa porcentagem sobre a soma do custo direto,

despesas administrativas, despesas financeiras e contingências.

Para Gehbauer (2002), o lucro ou benefício, não é um fator de custo; pelo

contrário, ele é o estímulo para que a empresa invista capital em um

empreendimento, com o objetivo de obter rendimentos sobre o capital investido,

como uma remuneração pelo serviço de construção efetuado.

Gehbauer (2002) afirma que este lucro é utilizado na formação de reservas

para a empresa, para fins particulares do empreendedor, e também como fonte

para novos investimentos.

TCPO (2008) relata que a taxa de benefício é prevista através da adoção de

uma margem de acréscimo no momento da formação do preço chamada de B (%),

Page 38: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

38

interpretada como uma provisão da qual será retirado o lucro do construtor, após o

pagamento do ônus gerado pelas incertezas, na conclusão da obra.

O fator B (%), assim chamado conforme TCPO (2008) por ter sido projetado

visando ser transformado em benefício para o construtor, depende da conjuntura

econômica, das exigências da comunidade, da capacitação técnica, administrativa e

financeira da empresa construtora e da empresa contratante, e deve englobar os

seguintes itens:

a) encargos gerados por taxas de inflação e de juros surpreendentes,

acima da tendência previsível;

b) variação anormal da taxa de câmbio, em obras em que se utilizem

componentes importados ou no caso de financiamentos lastreados em

moeda estrangeira;

c) gastos inesperados com a comunidade e a imprensa;

d) impasses com desapropriações e reassentametos;

e) lentidão exagerada para concessão de autorizações ambientais;

f) interferência não prevista em redes de instalação de serviços públicos;

g) falhas no orçamento: esquecimentos na quantificação de serviços,

adoção de metas insuficientes para consumo de materiais,

equipamentos e serviços, erros de conta;

h) improdutividade da mão-de-obra indireta;

i) problemas de saúde com funcionários importantes;

j) pagamento de reclamações trabalhistas injustas;

k) desentendimento entre sócios da construtora;

l) insolvência da construtora;

m) descumprimento de obrigações contratuais pelo contratante inclusive em

função de falhas de terceiros (agentes financeiros, órgãos de proteção

ao consumidor, organizações não-governamentais);

n) atrasos de pagamento;

o) aplicação de rigor fiscal excessivo;

p) insolvência do contratante;

q) mudança de poder político;

r) questões judiciais.

Page 39: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

39

Conforme TCPO (2008), a margem de benefício do construtor tem duas

conotações importantes:

a) Para o contratante: é a margem de segurança que vai garantir a entrega

da obra, através da existência de uma verba que vai possibilitar a

superação de todas as incertezas e riscos;

b) Para o construtor: é o valor máximo que ele poderá obter de lucro.

Segundo TCPO (2008), existe a possibilidade de repasses de incertezas

para o contratante, sócios do empreendimento, agentes financeiros ou

fornecedores. Deve ser considerada no preço apresentado apenas a incerteza

que, se ocorrer, deverá ser suportada pelo construtor.

Sugere-se a adoção dos valores de B (taxa de benefício do construtor)

conforme apresentados nas tabelas abaixo:

Tabela 03: Contratos por Empreitada (TCPO, 2008).

CONTRATOS POR EMPREITADA (lucro líquido)

Para obras de curto prazo e/ou muita concorrência 5,00%

Para obras com prazo e concorrência normais 10,00%

Para obras de longo prazo e pouca concorrência 15,00%

Tabela 04: Contratos por Administração (TCPO, 2008).

CONTRATOS POR ADMINISTRAÇÃO (lucro bruto)

Taxa mínima 4,00%

Taxa média 6,00%

Taxa máxima 9,00%

Page 40: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

40

Para Parga (2003), o lucro é entendido como uma porcentagem incidente

sobre todo e qualquer gasto, sem exceção, que tenha como fato gerador a obra, nas

suas mais distintas fases, destinado a remunerar a empresa pelos serviços que irá

prestar.

Silva (2006) expressa o lucro de várias maneiras, entre as quais citamos:

- o valor absoluto da diferença entre a receita e a despesa;

- uma proporção do custo direto da obra;

- uma proporção do preço da obra.

O lucro orçado sobre o preço da obra está sugerido na tabela 5, válido para

o caso de serem calculados todos os demais componentes da taxa de BDI

(benefícios e despesas indiretas).

Tabela 05: Faixas de lucro orçado (Silva, 2006).

Faixas de lucro orçado Lucro bruto Lucro líquido

Mínimo 1% 0,76%

Muito baixo 2% 1,52%

Baixo 3% 2,28%

Médio 4% 3,04%

Intermediário 6% 4,56%

Alto 8% 6,08%

Máximo 10% 7,6%

TCPO (2008) identifica lucro ou benefício como uma parcela destinada a

remunerar o custo de oportunidade do capital aplicado, a capacidade administrativa,

gerencial e tecnológica adquirida ao longo de anos de experiência no ramo, a

responsabilidade pela administração do contrato e condução da obra pela estrutura

organizacional da empresa e investimentos na formação profissional do seu pessoal

e a criação da capacidade de reinvestir no próprio negócio.

TCPO (2008) complementa que segundo os tratadistas o lucro é o retorno

positivo de um investimento feito por um indivíduo ou uma pessoa de negócios. E

conforme os princípios da Economia, o lucro pode ser originário do exercício de uma

atividade (lucro operacional) e do crédito (lucro da gestão econômica).

Page 41: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

41

Pela estrutura de Demonstrações Contábeis de resultados utilizados no

Brasil, o lucro é desdobrado nos seguintes tipos:

- Lucro Bruto: diferença positiva entre receitas e despesas;

- Lucro Operacional: diferença positiva entre o lucro bruto e despesas

operacionais;

- Lucro não Operacional: resultado positivo das receitas e despesas não

operacionais;

- Lucro Líquido: diferença positiva do lucro bruto menos o lucro operacional

e o não operacional;

- Lucro a ser distribuído: lucro líquido menos a reserva de lucros ou

compensada com prejuízos acumulados.

Conforme TCPO (2008), além disso, a legislação tributária brasileira criou,

entre outros, mais duas modalidades de Lucro que vão compor o BDI:

- Lucro Presumido: resultante da aplicação de alíquotas do IRPJ e CSLL

sobre determinada base de cálculo, proporcional à receita bruta de pessoas

jurídicas;

- Lucro Real: é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas

adições, exclusões ou compensações prescritas pelo Decreto nº 3.000/99

(Art. 247).

Portanto, conforme TCPO (2008), quando falamos de lucro na composição

do BDI para empresas optantes do Lucro Real não é simplesmente o Lucro Líquido

como muitos acreditam ser, mas devem ser consideradas todas as adições e

exclusões referidas nos artigos 249 e 250 do Decreto nº 3.000/99 de modo que o

estabelecimento da sua taxa não pode ser feito ao sabor da subjetividade.

Para TCPO (2008), o lucro aqui considerado não trata apenas do

rendimento líquido que sobrou de todas as operações que envolvem os gastos da

empresa, mas incorporam os gastos não previstos nas adições e exclusões que

definem o conceito de Lucro Líquido. É por isso que se passou a chamar esse tipo

de lucro de “Benefício” para diferenciar do conceito de Lucro Líquido, sem as

obrigações empresariais inerentes a sua responsabilidade econômica e social.

Finalmente podemos considerar, segundo TCPO (2008), que devido aos

enormes riscos financeiros envolvidos numa empreitada de construção, os

benefícios embutidos a que já nos referimos e a sua complexidade em estabelecer

parâmetros matemáticos que possam chegar a algum número objetivo e

Page 42: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

42

considerando que o significado do Lucro a ser utilizado na composição do BDI, no

caso de empresas optantes do Lucro Real, tem no seu conteúdo componentes que

extrapolam a simples conceituação do Lucro Líquido com todos os ajustes, adições

e exclusões constantes do Decreto nº 3.000/99, e, considerando o valor médio de

todas as avaliações apresentadas pelos vários setores interessados, concluímos

que a taxa de Lucro a ser atribuída no BDI deva ficar em torno de 10% qualquer que

seja o tipo e montante da obra considerada, podendo ter variações de 5% para mais

ou para menos.

Assim, de acordo com Gehbauer (2002), no orçamento, chama-se Riscos e

Lucro a parcela de custos pré-determinada que permita ao construtor incluir no

orçamento os custos imprevistos e o lucro planejado para o empreendimento. Esta

parcela de custos é determinada através de uma taxa percentual única em relação

ao valor total da proposta (taxa para riscos somada à taxa para benefícios). O valor

desta taxa varia de acordo com a situação do mercado.

Gehbauer (2002) considera que através do lucro, é possível também

compensar a diferença que sempre ocorre entre o valor calculado para a

reposição de equipamentos, através das taxas de depreciação, e o valor de

compra de novos equipamentos.

Conforme Gehbauer (2002), o valor da taxa percentual estipulada para o

lucro, que entrará no orçamento como uma parcela dos custos de produção,

depende das condições de mercado e dos objetivos da empresa com relação ao

empreendimento. Entretanto, pode-se dizer que atualmente ela fica entre 10% a

12% do custo de produção.

2.5 – BDI (Benefício e Despesas Indiretas)

Segundo TCPO (2008), quando é solicitado a um profissional ou a uma

empresa construtora orçamento para a execução de obra, seja residencial,

comercial ou industrial, a primeira providência a ser tomada é ter os projetos em

mãos e verificar a quantidade dos materiais e os equipamentos necessários e

dimensionar a mão-de-obra a ser utilizada.

TCPO (2008) relata que mediante as especificações constantes dos

projetos (arquitetônico, instalações elétricas e hidráulicas, ar-condicionado,

Page 43: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

43

paisagismo etc.) é necessário pesquisar os preços no mercado e calcular o seu

custo. Mas todos eles são custos e não preços.

Conforme TCPO (2008), para que esses dados se transformem em preço,

ou preço de venda, é necessário adicionar o BDI (Benefício e Despesas Indiretas),

que são as despesas indiretas do construtor ou do profissional responsável pela

obra.

TCPO (2008) relata que alguns órgãos da Administração Pública Federal

têm usado a sigla LDI (Lucros e Despesas Indiretas) em substituição ao BDI, que é

uma sigla mais comumente utilizada e consagrada no meio técnico e empresarial.

Alguns autores atribuem o BDI como originário do termo em inglês “Budget

Difference Income”.

TCPO (2008) define BDI como sendo uma taxa que se adiciona ao custo de

uma obra para cobrir as despesas indiretas que o construtor tem, mais o risco do

empreendimento, as despesas financeiras incorridas, os tributos incidentes na

operação e eventuais despesas de comercialização. O lucro do empreendedor e o

seu resultado são frutos de uma operação matemática baseada em dados objetivos

envolvidos em cada obra.

Para Tisaka (2006), a remuneração propriamente dita que poderia ser

chamada de lucro ou benefício, está integrada no fator de BDI ou simplesmente

custos indiretos, que, se acrescido ao custo direto, se chega ao valor de venda.

Conforme Dias (2005), temos ainda que a soma do custo indireto e do

resultado geram o percentual de BDI quando se divide esta adição pelo custo total

direto da obra.

Dias (2005) afirma que no BDI apenas o resultado estimado não é custo

efetivo do contrato e correspondente a uma parcela muito pequena do percentual

total. Tanto o custo direto quanto o custo indireto são sempre calculados por projeto

ou orçamento enquanto que o lucro é estimado. Geralmente é representado por um

percentual que varia de 5 a 12% do faturamento.

Dias (2005) define BDI como a parcela do custo do serviço independente,

do que se domina custo direto, ou seja, o que efetivamente fica incorporado ao

produto. Desta maneira o BDI é afetado entre outros, pela localização, pelo tipo de

administração local exigido, pelos impostos gerais sobre o faturamento, exceto leis

sociais sobre a mão-de-obra aplicada no custo direto, e ainda deve constar desta

parcela o resultado ou lucro esperado pelo construtor.

Page 44: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

44

Assim, o BDI é composto de duas parcelas distintas:

- “B” denominado Benefício ou Bonificação, que corresponde ao resultado

estimado do contrato;

- “DI” abreviação de Despesas Indiretas, que corresponde aos custos

considerados indiretos.

Para Dias (2005), o BDI nada mais é do que o percentual relativo às

despesas indiretas que incidirá sobre os custos diretos, uma vez que, de maneira

geral, é exigido que os preços unitários de venda incorporem todos os encargos que

oneram os serviços a serem executados.

Segundo TCPO (2008), o BDI é o resultado de uma operação matemática

para indicar a “margem” cobrada do cliente incluindo todos os custos indiretos,

tributos, etc., e a sua remuneração pela realização de um determinado

empreendimento.

Para TCPO (2008), o resultado dessa operação depende de uma série de

variáveis entre as quais podemos apresentar algumas mais importantes:

- tipo de obra;

- valor do contrato;

- prazo de execução;

- volume de faturamento da empresa;

- local de execução da obra.

TCPO (2008) ressalta que para a execução de obras com projetos

especiais, complexos ou de maior porte recomenda-se calcular o BDI

especificamente para cada situação, observadas as peculiaridades físicas e técnicas

de cada uma delas.

Conforme TCPO (2008), a taxa de Benefício e Despesas Indiretas BDI é a

margem de acréscimo que se deve aplicar sobre o custo direto para incluir as

despesas indiretas e o benefício do construtor na composição do preço da obra. Em

palavras mais simples, é a porcentagem de aumento que o orçamentista deve

aplicar sobre o custo dos serviços listados na planilha do orçamento, para incluir as

demais despesas que não foram discriminadas, inclusive o lucro do construtor.

Silva (2006) relata que a taxa de BDI é um coeficiente de caráter simples

utilizado correntemente como indicador da qualidade do orçamento de obra por

contratantes e construtores.

Page 45: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

45

Construtores podem elaborar seus orçamentos manualmente ou utilizando

técnicas orçamentárias modernas e sofisticadas para definir o preço que desejam

propor pela obra, afinal, o preço, seja unitário ou global, é o que efetivamente

interessa. Mas não há quem resista, segundo Silva (2006), depois do levantamento

do custo direto, dos orçamentos das despesas indiretas e da inclusão dos

benefícios, a calcular o indicador de desempenho tradicional, a taxa de BDI.

Segundo Silva (2006), alguns construtores calculam uma taxa de 70% e

alguns contratantes acham 20% um exagero, o que gera infindáveis discussões

sobre conceitos de economia e classificações contábeis, principalmente em

licitações, demonstrando a eficiência do índice, que quantifica a diferença entre os

interesses envolvidos.

Silva (2006) apresenta BDI Formal como sendo um indicador que avalia o

preço oficial de obras no regime de empreitada. É a taxa que aparece nos

documentos apresentados no mercado. BDI e custos formais são negociados com

base no conceito de valor.

Para Silva (2006), a noção de valor do contratante define o quanto ele

aceita pagar por uma obra, em um determinado tipo de prestação de serviço e de

contrato.

Silva (2006) afirma que o conhecimento dos preços, taxas de BDI e custos

apresentados oficialmente por contratantes e construtores é muito importante. É

possível fazer uma pesquisa de mercado e conhecer a noção de valor existente.

Para Silva (2006), Custo Formal é o gasto dos itens discriminados nas

propostas, contratos e demais documentos técnicos ou administrativos. Nem sempre

o Custo Formal é o Custo Direto. Quanto mais itens forem incluídos na WBS, maior

é o custo formal e menor a taxa de BDI Formal, responsável por incluir no preço as

despesas indiretas não discriminadas.

Para Tisaka (2006), o BDI (Benefício e Custos Indiretos) é composto dos

seguintes elementos:

- despesas ou custos indiretos;

- taxa de risco do empreendimento;

- custo financeiro do capital de giro;

- tributos;

- taxa de comercialização;

- benefício ou lucro.

Page 46: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

46

Tisaka (2006) define despesas ou custos indiretos como sendo os custos

específicos da Administração Central diretamente ligados a uma determinada obra,

tais como: Gerente de Contrato, Engenheiro Fiscal e as respectivas despesas de

viagem e alimentação e o rateio de todos os custos da Administração Central

constituídos por salários de todos os funcionários, pró-labore de diretores, apoio

técnico-administrativo e de planejamento, compras, contabilidade, contas a receber

e a pagar, almoxarifado central, transporte de material e de pessoal, impostos,

taxas, seguros, etc.

2.6 – Gerenciamento de custos

Parga (2003) afirma que orçamento é pura previsão. Sendo sua precisão,

em maior parte, depende da qualidade e inteireza do projeto, da fidelidade dos

dados obtidos junto as fontes de fornecimento de material, da familiaridade com a

mão-de-obra disponível, da intimidade com os índices inflacionários que afetam os

serviços que se está a orçar, da confiança que inspirem garantias contratuais de

cumprimento dos prazos de pagamento dos créditos e o rigor das penalidades para

o inadimplente, do equilíbrio e da imparcialidade dos termos do ajuste, do

conhecimento da legislação fiscal e trabalhista vigentes, da vivência no canteiro de

obras, de sólida experiência técnica, da consciência das particularidades das partes

contratantes e, muito especialmente, da perícia e do bom senso de quem o faz,

atributos que se conquistam com a prática freqüente orientada pelo confronto

constante entre os custos previstos e os que decorrem da apropriação minuciosa

das obras executadas.

Para Parga (2003), é importante então, manter-se controle contábil

individual e minucioso, simples, sem sofisticação, das obras em andamento,

grupando as despesas segundo as verbas do orçamento que lhes deram origem, de

modo que, ao término de cada uma delas, se possa, de imediato, aferir as previsões

feitas e ponderar sobre os ajustes necessários a implementar sua precisão.

Segundo Parga (2003), embora simples, mas trabalhosa, esta tarefa não

deve ser omitida, pois da análise dos seus resultados dependerá, em grande parte,

a rentabilidade das obras por vir, fator fundamental que irá determinar o sucesso ou

insucesso da empresa na atividade.

Page 47: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

47

Fala-se em gerenciamento de custos e em estimativas de custos. Para Silva

(2006) o foco é o esforço para executar o projeto inteiro, a totalidade da obra ou do

empreendimento na perspectiva do contratante ou proprietário. Nesta visão macro,

usa-se simplesmente a palavra custo.

2.6.1 – Captação de recursos

Para Azevedo (1992), os recursos financeiros são o combustível e a energia

indispensáveis à operação das empresas, para que estas possam atingir seus

objetivos. Seja para a implantação de um empreendimento, seja para uma

ampliação ou, ainda, em momento de eventual retração do mercado consumidor, o

certo é que nenhuma empresa poderá se colocar a salvo de uma escassez

transitória de recursos financeiros. Contorná-la e superá-la de forma adequada são

tarefas difíceis com que se defronta a administração das empresas.

Azevedo (1992) afirma que dentro do esquema de desenvolvimento traçado,

tornou-se necessário estimular a implantação de novas indústrias, ativar aquelas de

maior relevância para a economia do país, amparar a pequena e média empresa e

proteger as regiões menos favorecidas economicamente. Para tanto, valeram-se as

autoridades governamentais, de revolucionário complexo de incentivos fiscais,

aliados a medidas de irrestrito apoio ao mercado de capitais.

Segundo Azevedo (1992), dependendo da área de atuação do

empreendimento, temos uma grande gama de fontes de recursos.

2.6.2 – Estimativa de custos

Para Azevedo (1992), as estimativas de custos objetivam prover bases para

ações decisivas, com a finalidade de responder ao: Quanto isto custará? Poderemos

construir a planta? Poderemos expandir a indústria? As estimativas de custo são

usadas para formalizar decisões técnicas e administrativas. Quando se toma

decisão com referência à construção de uma planta, a estimativa de custo é o

instrumento principal.

Segundo Dias (2005), não devemos confundir estimativa de custo com

orçamento de uma construção, a estimativa é um cálculo expedito para avaliação de

um serviço, podendo para tanto, ser adotado como base índices conhecidos no

Page 48: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

48

mercado (por exemplo, custo do metro quadrado de construção predial divulgado

pelos Sindicatos de Empresas), portanto, não devendo ser utilizado em propostas

comerciais ou para fechar contratos.

Azevedo (1992) considera que as empresas vivem ou morrem em função de

suas estimativas. Se elas, consistentemente, são feitas por baixo, a empresa, com

certeza, não se sustentará por muito tempo. Se, por outro lado, jogam com a

segurança e estimam por alto, é pouco provável que obtenham algum contrato. Por

essas razões, os estimadores ou orçamentistas das empresas são geralmente

respeitados.

Dias (2005) afirma que a estimativa de custo deve ser utilizada em etapas

iniciais dos estudos de um empreendimento, ou seja, na viabilidade econômica ou

projeto básico, quando as informações ainda não são completas para a elaboração

do orçamento detalhado. As contratações devem ser orientadas por orçamentos

criteriosos de acordo com a metodologia adiante apresentada.

Assim, de acordo com Dias (2005), com a “Lei das Licitações”, cabe ao

contratante das obras a definição do orçamento estimado, e dos serviços a serem

executados, assim, entendemos que este poderá estimar o custo do

empreendimento a partir de preços unitários de tabelas oficiais ou não, ou ainda, de

revistas especializadas acrescidos de BDI analisado e tecnicamente conveniente

para o caso.

Segundo Azevedo (1992), muitos engenheiros gostariam de ter mais a dizer

sobre a administração dos negócios de sua empresa. Poucos, no entanto, se dão

conta do que tem realmente a dizer quando fazem estimativas de custo. E o modo

pelos quais estas são feitas, é um dos principais fatores que influenciam o nível da

profissão do engenheiro aos olhos da administração.

2.6.3 – Controle dos custos e plano de contas

Vieira Netto (1993) relata que um dos principais sinais de demonstração que

uma empresa está merecendo uma revisão de seus métodos de trabalho e do

modelo de gerenciamento que adota, é o seu descontrole quanto aos custos. Na

construção civil este descontrole é comum, criando dificuldades graves em termos

econômico-financeiros podendo, inclusive, ser responsável pela “quebra” de

empresas.

Page 49: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

49

Para Goldman (1997), o primeiro passo necessário para que se tenha um

bom planejamento e controle de obras é a organização. A construção de um modo

geral é um complexo que deve ser bem caracterizado quanto aos seus insumos

(materiais, mão-de-obra e equipamentos). É baseando-se neste fato que se verifica

a necessidade de um plano, discriminando-o e procurando-se organizar as várias

fases de execução da obra e, ao mesmo tempo, englobando tudo que afete

diretamente a construção. Chamaremos tal organização de “Plano de Contas de

Construção”.

Conforme Goldman (1997), para fins de organização empresarial, adota-se

que cada obra tenha um número que a identificará. Em seguida, cada serviço terá

uma conta de identificação e cada um dos itens de serviço terá uma sub-conta como

identificação.

Vieira Netto (1993) afirma que descontrole é a falta de controle total quanto

aos custos. Em geral, os controles são parciais e a empresa acaba não tendo um

domínio sobre os custos. Esta situação, certamente, impossibilita o conhecimento

dos resultados reais, que deveriam ser alcançados pelas empresas.

Segundo Vieira Netto (1993), o descontrole dos custos pode gerar prejuízos

incalculáveis, e a saúde financeira da construtora pode ser comprometida, mesmo

que a empresa esteja com sua carteira de empreendimentos lotada.

Segundo Goldman (1997), o plano de contas visa codificar cada material,

mão-de-obra, ferramentas, equipamentos, sub-empreiteiros e seus respectivos

custos em uma ordem numérica, segundo os principais serviços que a empresa

executa. Portanto, o plano de contas é dinâmico porque varia com a evolução

tecnológica e com as características particulares de cada empresa. Ao mesmo

tempo, ele deve ser simples o bastante para ser manuseado e adotado por toda a

empresa.

Goldman (1997) ressalta que o plano de contas possui uma estrutura de

modo a se adequar às construções em geral. Esta estrutura deve ser modelada e

detalhada, a cada caso e a cada empresa, junto às suas necessidades e nas

diversas formas de trabalho.

Goldman (1997) afirma que, é em função do plano de contas que obteremos

a distribuição da obra em serviços, sendo mais específicos quanto mais

detalhadamente se quiser controlar a obra. Através do plano de contas obteremos a

sistemática do controle dos materiais por serviço e, finalmente, a integração dos

Page 50: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

50

custos e materiais por serviço, que é sobretudo “o abrir de portas” para todas as

possibilidades de planejamento, apropriação e controle de obras.

Para Goldman (1997), o plano de contas deve ser dinâmico, porque no

decorrer do tempo novos materiais, técnicas de execução e mudanças de critérios

de apropriação fazem com que deva ser sempre atualizado para que não ocorram

discrepâncias entre o que é realizado nas obras e o que é apropriado a elas.

Segundo Goldman (1997), o funcionamento do plano deve ser feito da

seguinte forma: todas as notas fiscais, faturas e outros tipos de recebimento deverão

levar um carimbo em que constará o código da obra, o valor do recebimento, a conta

e a sub-conta. Após esse processo, serão enviados ao escritório central (ou ficar na

própria obra), onde serão contabilizados.

De acordo com Goldman (1997), os custos da construção apropriados

contabilmente, segundo o plano de contas de construção, são comparados com os

custos previstos em orçamento, também segundo o mesmo plano de contas, e

atualizados com base nos índices de variação dos custos de construção. Destas

comparações resultam as análises de custos por serviços:

- as produções dos serviços apropriados nas planilhas de produção são

comparadas com as previstas em orçamento. Destas comparações resultam

as análises de quantidades e de custos por serviços;

- as quantidades de horas consumidas pela mão-de-obra, apropriadas na

planilha referente, são comparadas com as previstas em orçamento. Destas

comparações resultam as análises de custos unitários e índices de

produtividade de mão-de-obra;

- os contratos fechados, apropriados segundo a planilha referente, são

comparados com os previstos em orçamento. Destas comparações resultam

as análises de custos.

Todas estas comparações, análises e conclusões são desenvolvidas e

relatadas sob a forma de relatório gerencial mensal, mencionando inclusive medidas

que venham melhorar performances presentes e futuras, para os serviços de

construção.

Para Goldman (1997), se o sistema de planejamento de custos for adotado

de maneira criteriosa, sem dúvida, conquista resultados expressivos na otimização

dos serviços e, conseqüentemente, na redução dos custos da construção.

Page 51: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

51

Para Vieira Netto (1993), as metas incorporadas ao planejamento, devem

ser superadas quanto à qualidade, produtividade, prazos e, claramente, quanto aos

custos, representando melhorias em relação a tudo que envolva o processo

construtivo. Os custos, portanto, ao mesmo tempo em que atenda as outras metas,

precisam ser minimizados. Sob controle, se tornará mais um importante aspecto de

satisfação do cliente, e na medida em que a economia caminhe para a

normalização, exigirá cada vez mais preços compatíveis, e barrará os repasses

considerados de responsabilidade do construtor.

De acordo com Vieira Netto (1993), a missão de alcançar resultados de

forma geral, e quanto aos custos, tem como objetivo fazer mais com menos. Deve-

se, portanto, atacar com coragem todos os desperdícios, utilizando-se o

planejamento, a programação, os métodos executivos e a execução de forma

permanente. “Fazer mais com menos”, este é o segredo.

2.7 – Análise de risco em projetos e obras

Silva (2006) considera que a procura pelos serviços de construção civil é

direcionada pelo nível de aversão ao risco do contratante.

Assim, de acordo com Silva (2006), os tipos de serviço característicos do

mercado definem o conteúdo das ofertas (materiais de construção e serviços), o

regime contratual (administração, empreitada por preço unitário, empreitada por

preço global) e ajustam o nível de incertezas.

Como a iniciativa é do contratante, cabe a ele decidir se assume ou repassa

o risco em seus contratos. Segundo Silva (2006), o construtor responde ativamente

ao risco colocando uma margem de segurança em seu preço, ou repassando o risco

para seus fornecedores. Ou, ainda, em uma postura passiva, pode expor-se à

ocorrência de despesas extras, sem fazer uso de contingências ou repasses, para

não perder uma oportunidade de negócio. As respostas aos riscos constituem o

elemento balizador do preço e da taxa de BDI.

Para Silva (2006), até o perfil da estrutura técnica e administrativa do

construtor e a despesa indireta dela decorrente configuram uma reação ao risco.

Colocar uma equipe pequena para gerenciar muitas obras pode resultar em gastos

inesperados. Colocar uma grande equipe de funcionários para acompanhar poucas

Page 52: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

52

obras traz a segurança de um alto nível de controle, mas gera um pesado ônus no

preço, reduzindo a competitividade.

Silva (2006) afirma que estando todo relacionamento técnico e comercial do

setor da construção estruturado em função do risco, não há como examinar taxas de

BDI fora deste contexto, nem como desprezar a utilização de margens de

segurança.

Conforme Gehbauer (2002), como já foi mencionado, podem ocorrer na

execução de uma obra, além dos custos já considerados no orçamento, custos não

previstos anteriormente que irão aumentar os custos de produção da empresa.

Estes custos extras são denominados riscos.

Segundo Gehbauer (2002), quando este aumento nos custos diz respeito a

uma determinada obra apenas, ele será incluído nos custos desta obra, como parte

dos custos indiretos da obra. Entretanto, sabe-se pela experiência adquirida ao

longo dos anos, que além destes custos decorrentes de uma única obra, existem em

todo e qualquer empreendimento custos extras, que não são considerados nos

cálculos de custos, por serem decorrentes de situações específicas e imprevisíveis.

Para Gehbauer (2002), estes custos extras podem ser ocasionados por

atrasos na execução da obra, incidentes imprevistos ou erros na determinação de

valores durante a orçamentação. Eles devem ser incluídos no grupo de riscos e

lucro como riscos gerais, para os quais deverá ser determinada uma parcela de

custo. Além destes custos extras (riscos) das obras em geral, deve ser previsto

também, um valor para cobrir aqueles custos imprevistos decorrentes do

funcionamento da empresa (chamados riscos da construtora) que não podem ser

relacionados diretamente com uma determinada obra.

Gehbauer (2002) considera que aí estão compreendidos, por exemplo,

riscos decorrentes da dependência da construtora em relação às medidas e tarefas

que competem ao setor público, como por exemplo, a construção de ruas ou

estradas. Os riscos da obra e os da construtora devem ser levantados por cada

empresa individualmente, em forma de taxa percentual do preço da proposta, e

incluídos nos custos de produção desta empresa.

Para Limmer (1997), o risco é uma constante ao longo da implementação de

um projeto ou obra e pode ser definido como a perda potencial resultante de um

incidente futuro, sendo, geralmente, subestimado antes da sua ocorrência e

superestimado depois.

Page 53: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

53

Limmer (1997) afirma que o planejamento de um projeto ou obra toma por

base parâmetros estimados que, ao longo da sua execução, sofrem influências dos

seus ambientes interno e externo e tendem a alterar o cenário inicialmente

imaginado. Daí tem crescido em importância, nos últimos tempos, a análise de riscos

em projetos e obras, atestando sua aplicabilidade na solução de problemas como o

da probabilidade de ocorrência da duração planejada de um projeto e o risco

embutido nas estimativas de custo e nas alternativas de uma proposta de execução

de uma obra.

Segundo Limmer (1997), a análise de risco baseia-se na identificação dos

elementos que podem acarretar risco à implementação de um projeto ou obra, na

previsão e na avaliação de suas conseqüências, no estabelecimento de estratégias

para sua minimização e de sistemas para seu controle.

Limmer (1997) considera que o risco pode ser avaliado de várias maneiras,

sendo que a maioria delas lança mão de métodos quantitativos baseados em teorias

matemáticas bastante complexas e em métodos estatísticos e probabilísticos, o que

torna difícil sua aplicação e difusão.

Para Limmer (1997), o risco, como qualquer outro elemento de um projeto

ou obra, deve ser gerenciado, compreendendo quatro fases distintas:

a) Identificação do risco: explicitação de todos os prováveis fatores que

poderão influenciar o atingimento do objetivo final do projeto. Explicitados

esses fatores, identificar os obstáculos contidos em cada situação, suas

prováveis causas e quais as conseqüências, caso venham a ocorrer.

b) Previsão e estimação do risco: inicia-se com a identificação dos recursos

sujeitos a risco e das condições de risco específicas às quais poderão ser

expostos, a fim de se aplicarem métodos de avaliação de risco, como o do

PERT-Risco, o de simulação de Monte Carlo ou o de Estimativa do Intervalo

de Risco, que se baseiam na estimação do risco a partir da seguinte

fórmula:

R = CAE x POE

A qual se lê: o Risco (R) decorre das Conseqüências Adversas de um Evento (CAE),

resultantes da Probabilidade de Ocorrência desse Evento (POE).

Limmer (1997) afirma que é necessário cuidado na aplicação desta fórmula,

uma vez que um evento específico poderá ocorrer ou não, independentemente de

Page 54: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

54

sua probabilidade de ocorrência. A esses métodos, todos com fundamentação

matemática, podem-se acrescentar os de caráter qualitativo, que buscam avaliar a

influência que o comportamento dos envolvidos na execução do projeto exerce no

risco de não-atingimento dos seus objetivos.

c) Formulação da estratégia para redução do risco.

A tentativa de redução do risco admite uma das quatro estratégias

seguintes:

1. Esperar para ver o que acontece. Estratégia de assumir risco, confinado

nas margens de risco embutidas nas estimativas de tempo de duração e

de custos do projeto.

2. Submeter-se ao risco, minimizando, posteriormente, as conseqüências

das possíveis perdas, também conhecida como estratégia de “apagar

incêndios” ou de “colocar a tranca depois da casa arrombada”.

3. Fazer o que é esperado, reduzindo as margens de risco mediante um

gerenciamento eficaz. Nesta estratégia procura-se, pelo

acompanhamento passo a passo do projeto, prever as tendências de

seu andamento e por meio de ações adequadas corrigir desvios de

rumo.

4. Converter o risco em oportunidades sempre que possível.

Segundo Silva (2006), o contratante procura a prestação de serviços que

sejam compatíveis com suas exigências contratuais.

Silva (2006) relata que as exigências do contratante se expressam nos

projetos de arquitetura e engenharia, nos editais, nos contratos e nos memoriais

descritivos. Estão relacionadas com entregas externas, por exemplo, os serviços de

construção e com entregas internas, entre as quais, a mobilização, os serviços de

vigilância e a manutenção após a entrega da obra.

Conforme Silva (2006), as exigências demandam a alocação de recursos

que geram os custos que deverão ser estimados pelo processo de orçamentação.

Elas deverão ser garantidas através da existência de uma fiscalização eficiente,

tanto preventiva quanto punitiva, visando a assegurar que as entregas serão

efetuadas de acordo com o estabelecido no contrato. Assim, o orçamento elaborado

permanecerá válido até o final da obra.

Para Silva (2006), o nível de exigências praticado nas obras brasileiras é

muito variável. Em algumas construções, operários trabalham sem camisa e de

Page 55: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

55

chinelos de dedos. Em outras, só entram no canteiro-de-obra depois de fazerem um

curso de segurança de uma semana de duração e após receberem um cartão

eletrônico de acesso. A taxa de BDI varia nesta mesma amplitude.

Assim, de acordo com Silva (2006), quanto maiores forem as exigências,

maior tende a ser o risco, o preço e a taxa de BDI, por isso, é preciso ter o bom

senso de se especificar somente o que for necessário.

Segundo Silva (2006), percebe-se claramente a importância atribuída ao

risco, que é definida como o “desconhecido conhecido”, um evento ou condição

incerta que, se ocorrer, terá um efeito positivo ou negativo em algum dos objetivos

do projeto.

Para Silva (2006), a análise de riscos, na visão internacional, é interesse

que tem origem no contratante e se estende até ao construtor. O gerenciamento de

projetos é visto por muitos como sendo a melhor resposta que se pode dar às

incertezas que acompanham os empreendedores.

Conforme Silva (2006), a aversão ao risco é um conceito econômico

importante, definido como o posicionamento que se tem frente ao risco (no seu

aspecto desfavorável) que pode gerar um forte receio e a disposição de se pagar

mais para reduzi-lo.

Silva (2006) considera que o risco também tem um lado favorável que pode

ser chamado de oportunidade. Caso as condições de execução da obra sejam

excelentes e o custo real seja inferior ao custo orçado, gerando economia. Somente

no caso de o orçamento ter sido preparado com condições excessivamente

otimistas, com o custo direto adotado no nível mínimo possível, o risco teria uma

conotação exclusivamente ruim.

Contratantes podem ter grande aversão aos seguintes riscos, a exemplo de:

- a obra desabar, com ou sem aviso prévio;

- a obra permanecer com patologias graves, entre as quais: recalques,

rachaduras, umidade;

- a obra ser construída com falhas estéticas sérias, tais como pilares fora de

prumo, azulejos desalinhados, degraus indesejados em pisos e saliências

não projetadas em paredes;

- atrasos na entrega;

- solicitações constantes de reivindicações da parte do construtor.

Page 56: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

56

Já os construtores podem ter grande aversão aos seguintes riscos, como:

- ficar sem obras, tendo de desativar parte de sua estrutura técnica e

administrativa mínima;

- cobrar preços baixos, que não possibilitem o pagamento das despesas

administrativas, da retirada pró-labore dos sócios e dos demais gastos;

- ter de fazer empréstimos bancários a juros elevados para concluir a

execução da obra;

- prejudicar sua imagem no mercado.

Segundo Silva (2006), a aversão ao risco e a busca por conforto e

segurança contribuem para a formação do conceito de valor, a percepção de

utilidade ou benefício atribuído à posse de um bem ou a contratação de um serviço,

que direciona o quanto se aceita pagar ou o quanto se pode cobrar pelo bem ou

serviço.

Silva (2006) relata que como a maioria dos riscos da construção civil são

repassados aos construtores por contratos de empreitada, resta ao construtor saber

identificá-los e embuti-los no seu orçamento através de uma margem de segurança.

Silva (2006) afirma que entre os componentes da taxa de BDI existem

alguns itens que podem ser classificados como mais concretos e mais imediatos,

enquanto outros, por terem cálculo mais complexo, são mais intangíveis.

Segundo Silva (2006), como o preço de mercado é supostamente conhecido

e os componentes básicos podem ser definidos por cálculos simples, propõe-se,

neste item, o cálculo de um primeiro indicador para avaliação dos riscos de um

contrato. Sua utilização possibilita o cálculo de uma margem de segurança

preliminar, mesmo antes de serem calculadas as despesas indiretas

complementares.

Para Silva (2006), a busca de segurança pelo construtor também está

relacionada com a sua estrutura administrativa. Ela é que vai dirigir e controlar as

atividades para que o custo real seja igual ao orçamento. O construtor com aversão

ao risco tende a aumentar sua despesa fixa. Por outro lado, quanto mais seguro for

o esquema de execução, mais caro fica o preço e a competitividade do construtor

pode ficar prejudicada. Percebe-se que até a despesa administrativa faz parte do

gerenciamento do risco.

Page 57: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

57

O gerenciamento de riscos deve ser efetuado pelo desenvolvimento de seis

atividades:

1. Planejamento do gerenciamento de riscos;

2. Identificação de riscos;

3. Análise qualitativa;

4. Análise quantitativa;

5. Planejamento de respostas a riscos;

6. Monitoramento e controle de risco.

Silva (2006) afirma que é necessário ajustar os encargos da estrutura

administrativa ao custo direto da obra. Sendo que esse equilíbrio vai depender do

volume de produção. E com base no preço de mercado e no seu custo direto, a

preocupação do construtor passa a ser o ponto de equilíbrio.

Conforme Silva (2006), o preço praticado deve gerar um volume de obras

mínimo que mantenha em atividade uma estrutura administrativa mínima, que

possibilite o gerenciamento da construção e as retiradas pró-labore dos sócios e que

garanta que não haverá prejuízo no final do ano.

Para Silva (2006), o gerenciamento de projetos é a melhor resposta que se

pode dar às incertezas que acompanham os empreendedores. Ao definir uma data

de início, um prazo e um objetivo específico a ser alcançado, o sucesso do projeto

depende da superação das barreiras que aparecerem pelo caminho, muitas óbvias,

algumas possíveis e outras imprevisíveis.

O gerenciamento de riscos exige um plano de ação. Segundo Silva (2006),

“o lucro é a remuneração da competência”, logo, quanto mais arriscada a operação,

mais competência se exige para manejá-la”.

Conforme Silva (2006), a definição do preço é uma decisão tomada no

presente objetivando alcançar resultados posteriores. O ponto-chave desta decisão

estratégica é a percepção do futuro e, embora essencialmente subjetiva, não pode

ser classificada como irracional. Pode-se incluir na noção de competência o conceito

de racionalidade subjetiva.

Segundo Silva (2006), quando acreditamos que os conhecimentos

passados se manterão no futuro, analisamos os dados disponíveis para fazer

previsões que consistem em projeções do passado. Os resultados esperados podem

ser expressos em termos probabilísticos e apresentam boa precisão. Quando o

passado é de pouca serventia, em face da possibilidade de ocorrerem muitos fatos

Page 58: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

58

novos, estamos diante de uma situação de incerteza. A incerteza a respeito do

futuro é expressa em termos de probabilidades subjetivas. Os fenômenos são

complexos demais para que um profissional possa acertar suas previsões com base

no passado. Utilizando informações do momento da análise, experiência acumulada

e muita intuição, desenvolvemos nossas percepções.

Conforme Silva (2006), o planejamento do gerenciamento de riscos diz

respeito à decisão de como elaborar, planejar e executar as atividades relacionadas

com o tratamento dos riscos. Assim considera-se que, “os riscos devem estar

balizados e o preço deve sempre ter cobertura para absorver desvios até um certo

limite, pois, no setor, em relação ao cenário esperado, eles ocorrerão”.

Para Silva (2006), o plano adotado no texto é o de classificar

detalhadamente os riscos e calcular o impacto de seus componentes no custo, pela

definição de um conjunto de probabilidades subjetivas obtidas por um estudo de

caso desenvolvido para obras de edificações. A meta é apresentar uma abordagem

matemática para tratar o assunto e apresentar parâmetros para uso imediato, que

poderão ser otimizados pela experiência de cada um.

Silva (2006) afirma que a classificação dos riscos segue os conceitos

jurídicos de contrato e teoria da imprevisão que, sintetizando, afirmam que tudo o

que for contratado no regime de empreitada deverá ser executado de qualquer

forma, no preço pactuado, salvo se ocorrerem gastos impossíveis de serem

previstos no momento em que foi assumida a obrigação, decorrentes de fatos

imprevisíveis ou previsíveis, mas de conseqüências incalculáveis, ou em caso de

força maior. Em outras palavras: tudo que for considerado previsível e calculável

deverá ser considerado no orçamento da obra.

Para Silva (2006), o planejamento do gerenciamento de riscos precisa

responder o que deve ser considerado previsível e qual o tratamento matemático a

aplicar sobre os fatos previsíveis. Exige uma reflexão sobre a possibilidade de

previsão de custos pelos orçamentistas de obras e uma definição mais detalhada

dos parâmetros relacionados com o risco.

Os riscos serão classificados da seguinte forma:

a) Situações previsíveis: fatos práticos que, embora não mencionados

explicitamente nos documentos, tem grande probabilidade de acontecer

na prática e são tidos como conhecidos pelo construtor, que deverá arcar

Page 59: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

59

integralmente com os gastos por eles gerados. Trata-se de previsão

confiável com base nos dados estatísticos disponíveis.

b) Riscos: eventos aleatórios, que podem ou não acontecer, cuja

probabilidade de ocorrência e estimativas dos impactos por eles gerados

podem ser estimadas matematicamente, sendo, se acontecerem, de

responsabilidade do construtor. Utiliza-se a racionalidade subjetiva.

c) Incertezas: eventos aleatórios, que podem ou não acontecer, cuja

probabilidade de ocorrência e estimativas de impacto são de difícil

previsão, sendo, mesmo assim, se acontecerem, de responsabilidade do

construtor. Aqui entramos definitivamente no mundo da probabilidade

subjetiva, os fenômenos são complexos demais para se calcular

probabilidades de eventos históricos. Utilizando informações disponíveis,

muita experiência acumulada e muita intuição, as variáveis são definidas.

d) Incertezas de força maior: eventos aleatórios, que podem ou não

acontecer, cuja probabilidade de ocorrência e estimativas de gastos são

impossíveis de prever, sendo, se acontecerem, de responsabilidade do

contratante.

Com exceção das incertezas de força maior, todos os demais itens listados

são considerados previsíveis e precisam fazer parte do preço.

Segundo Silva (2006), as situações previsíveis devem ter seus gastos

embutidos nos custos ou nas despesas indiretas que são apresentadas na tabela 6.

Tabela 06: Itens de situações previsíveis (Silva, 2006).

Item Riscos classificados de situações previsíveis

1 Atrasos de pagamento rotineiros já conhecidos no mercado.

2 Falta de correção monetária integral em contratos com correção monetária anual.

3 Dificuldades para executar serviços externos em época de chuvas.

4 Inundações contínuas em locais conhecidos.

5 Qualquer custo ou despesa aleatória com grande probabilidade de ocorrência.

Page 60: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

60

Os riscos devem ter seus gastos embutidos nas despesas indiretas e são

apresentados na tabela 7.

Tabela 07: Itens de riscos propriamente ditos (Silva, 2006).

Item Riscos propriamente ditos

6 Desperdício de materiais decorrentes de projetos complexos.

7 Desperdício de materiais decorrentes de projetos incompatíveis.

8 Desperdício no transporte e aplicação de materiais.

9 Desperdício devido a retrabalho.

10 Prejuízo com material defeituoso não repassável ao fabricante.

11 Prejuízos com furto ou roubo de materiais não cobertos por seguro.

12 Prejuízo com materiais não cobertos por seguro.

13 Baixa produtividade de equipamentos gerada por projetos complexos.

14 Baixa produtividade de equipamentos gerada por projetos incompatíveis.

15 Baixa produtividade de equipamentos no transporte e aplicação de materiais.

16 Baixa produtividade de equipamentos ocasionada por retrabalho.

17 Baixa produtividade de equipamentos gerada por reinstalação de material defeituoso.

18 Prejuízos com furto ou roubo de equipamentos não cobertos por seguro.

19 Prejuízos com equipamentos não cobertos por seguro contra incêndio.

20 Horas paradas de equipamentos de produção por falta de frente de trabalho.

21 Baixa produtividade de mão-de-obra gerada por projetos complexos.

22 Baixa produtividade de mão-de-obra gerada por projetos incompatíveis.

23 Baixa produtividade de mão-de-obra no transporte e aplicação de materiais.

24 Baixa produtividade de mão-de-obra ocasionada por retrabalho.

25 Baixa produtividade de mão-de-obra gerada por reinstalação de material defeituoso.

26 Perda do ganho de escala na aquisição de materiais por alongamento de prazos e ineficiência.

27 Aumento salarial de operários em função de escassez de mão-de-obra na região.

Page 61: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

61

28 Aumento salarial devido à periculosidade e insalubridade não previstas.

29 Maiores custos de rescisão em função de rotatividade de operários maior que a prevista.

30 Despesas com a morte de operários não cobertos por seguro de vida coletivo.

31 Despesas com acidentes de trabalho não cobertas por seguro coletivo.

32 Pagamento de dias não trabalhados referente à doença de operários acima do nível previsto.

33 Aumento nas leis sociais decorrente de pagamento de horas extras não previstas.

34 Prejuízo com roubo do pagamento de operários.

35 Aumento do prazo da obra por responsabilidade do construtor.

36 Erro na estimativa do volume de obras no BDI.

37 Horas paradas de equipamentos de produção de responsabilidade do construtor.

38 Horas paradas de mão-de-obra de produção de responsabilidade do construtor.

39 Acertos indevidos efetuados por pressão da Justiça do Trabalho.

40 Riscos de engenharia não cobertos por seguro.

As incertezas devem ter seus gastos embutidos nas despesas indiretas e

são apresentadas na tabela 8.

Tabela 08: Itens de incertezas econômicas (Silva, 2006).

Item Riscos classificados como incertezas

41 Atrasos de pagamento das receitas, não previstos, com despesa financeira não repassável.

42 Inflação superior à prevista no orçamento, não repassável.

43 Custo do capital superior ao previsto no orçamento e não repassável.

44 Danos contra terceiros não cobertos por seguro de danos contra terceiros.

45 Excesso de chuvas fora ou dentro da época.

46 Gastos com a comunidade e a imprensa não repassáveis ao cliente.

47 Rigor fiscal excessivo na medição.

48 Mudança de poder político.

Page 62: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

62

49 Despesas com acertos amigáveis.

50 Despesas com ações judiciais.

51 Prejuízo quando o cliente não paga medições além da quantidade orçada.

52 Erro no levantamento de quantidades de serviço em orçamentos de contratos por preço global.

Para Silva (2006), a identificação de riscos vem pela discussão do assunto

entre a equipe do projeto e, eventualmente, consultores externos, que conduz à lista

dos eventos “desconhecidos conhecidos”.

As incertezas de força maior não entram na formação do preço e são

apresentadas na tabela 9.

Tabela 09: Itens de incertezas de força maior (Silva, 2006).

Item Riscos classificados como incertezas de força maior

53 Pacotes econômicos.

54 Confiscos governamentais.

55 Criação de novos impostos após a assinatura do contrato.

56 Alteração na jornada de trabalho após assinatura do contrato.

57 Queda de raios.

58 Inundações.

59 Terremotos.

60 Maremotos.

61 Guerras.

62 Revoluções.

63 Depredações.

64 Saques.

65 Golpe de estado.

66 Aumento elevado de item de fabricante único.

67 Toda exigência ou imposição do cliente não prevista em contrato.

Page 63: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

63

Silva (2006) afirma que são fatos cuja probabilidade de ocorrência não se

consegue prever, e nem a intensidade do impacto se pode avaliar, mas que podem

gerar grandes perdas, impossíveis de serem previamente quantificadas e orçadas. A

ocorrência destes fatores poderá gerar a imediata paralisação da obra ou um pedido

amigável ou judicial de equilíbrio econômico-financeiro do contrato, solicitando uma

revisão no preço para tornar possível a continuidade da execução da obra.

Segundo Silva (2006), a análise qualitativa consiste na avaliação da

importância do item de risco. Isso pode ser feito classificando-se os itens que podem

gerar maior impacto em pelo menos um dos objetivos do projeto e os que têm maior

probabilidade de acontecer.

Silva (2006) considera que entrevistas com os membros da equipe interna

do projeto e com especialistas externos podem questionar a existência de novos

fatores de risco ou a exclusão de itens sem maior expressão do sistema de

gerenciamento de riscos.

Para Silva (2006), análise quantitativa consiste no cálculo do impacto que a

ocorrência do risco vai gerar no custo do projeto. Isso pode ser feito por técnicas

conhecidas como Árvore de Decisão, Simulação de Monte Carlo, ou ainda por

Análises de Sensibilidade, ou da definição de estimativas de custo nas faixas

mínimo esperado e máximo, com base em critérios estatísticos.

2.8 – Relação tempo-custo em projetos

Para Limmer (1997), ocorre frequentemente de o prazo do empreendimento

ser prefixado, tendo seu executor que ajustar-se a esse prazo. Como o custo varia

em função do tempo, é interessante conhecer esta variação a fim de computá-la no

orçamento do projeto.

Limmer (1997) afirma que para encurtar (ou expandir) a duração de um

projeto, é preciso usar mais (ou menos) certos recursos, como mão-de-obra, que os

utilizados na execução de suas atividades em condições normais. Aumentando-se o

prazo, os custos fixos crescem. Conseqüentemente, o custo do projeto aumentará.

Assim, de acordo com Limmer (1997), se para executar uma atividade em

menor prazo, lançar-se mão de horas extras, prolongando a jornada diária de

trabalho, o custo variável da mão-de-obra aumentará, não só porque será maior o

número de horas trabalhadas em um prazo menor, como sobre a mão-de-obra

Page 64: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

64

incidirão encargos sociais maiores (horas extras) que os normalmente incidentes

sobre horas normais de trabalho. Em contrapartida, os custos fixos diminuirão em

função do prazo menor de execução da atividade.

Como um projeto é um conjunto de atividades ordenadas logicamente, ele

refletirá uma variação de custo em função do prazo de execução dessas atividades,

conforme mostrado na figura 9.

Figura 09: Variação tempo-custo (Limmer, 1997).

Para Limmer (1997), o problema da variação tempo-custo é analisado em

dois estágios, considerando-se no primeiro a variação do custo direto (ou, conforme

alguns autores, o custo interno) e, no segundo, a variação do custo indireto (ou

externo) das atividades que compõem o caminho crítico do projeto.

Conforme Limmer (1997), a variação do custo direto de uma atividade

ocorre ao longo da curva ABC (figura 10), de difícil determinação, o que faz com que

seja substituída pelo segmento da reta AC, aproximação aceitável, considerando-se

que os custos compreendidos no intervalo AC sobre a reta são superiores aos

obtidos sobre a curva no mesmo intervalo.

Figura 10: Custo marginal de aceleração (Limmer, 1997).

Page 65: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

65

Segundo Limmer (1997), para comprimir (ou descomprimir) o prazo de

duração de um projeto, escolhe-se, entre as atividades que compõem o seu caminho

crítico, aquela que tiver o menor custo marginal, reduzindo (ou aumentando) a sua

duração em uma unidade de tempo UT, determinando o novo custo do projeto que

no caso da compressão, podem tornar-se críticas e, no da descompressão, podem

ter suas folgas aumentadas e, conseqüentemente o seu grau de críticidade

diminuído. Este procedimento é repetido até que se tenham comprimido todas as

atividades críticas, respeitados os respectivos limites de compressão, ou até que se

tenha atingido o prazo pretendido para duração do projeto.

De acordo com Limmer (1997), com os valores assim determinados, traça-

se a curva de variação dos custos internos, acrescentando-se no mesmo gráfico as

curvas correspondentes às variações dos custos externos. A composição destas

duas famílias de curvas resulta na curva de variação do custo total, mostrando a

variação custo-tempo do projeto.

A título de ilustração, seja o seguinte exemplo de uma rede (figura 11)

constituída por três atividades, A, B, e C.

Figura 11: Rede de atividades e variação UC/UT por atividade (Limmer, 1997).

Page 66: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

66

O controle de prazos e de recursos alocados ao projeto é feito através de

cronogramas, objetivando:

- determinar os desvios dos tempos reais de execução em relação aos

tempos planejados;

- determinar diferenças de quantidades de recursos utilizados no projeto,

com base em cronogramas de mão-de-obra, de materiais e de

equipamentos;

- determinar a variação de valor de salários, de preços de materiais e de

custos de equipamentos;

- analisar as causas de desvios e avaliar seus efeitos sobre prazos e custos

do projeto;

- determinar alternativas de correção dos desvios significativos, adotando

uma delas e implementando a sua aplicação.

O controle de prazos é feito por meio de cronogramas, buscando-se:

- registrar os prazos de execução de cada atividade com uma freqüência de

apropriação adequada. Assim, uma atividade que se desenvolva em ritmo

acelerado, que seja complexa ou abranja muitos itens, deve ser

acompanhada com freqüência maior do que aquela que se desenvolva

lentamente, seja simples e tenha poucos itens;

- determinar os atrasos e os avanços em relação às datas previstas de início

e de fim de cada atividade e;

- registrar no cronograma, na freqüência preestabelecida, o percentual, em

relação ao total previsto, da quantidade realizada de cada atividade.

Giammusso (1988) afirma que o acompanhamento de uma obra é uma

atividade gerencial típica que constitui quase que uma complementação do

orçamento. Visa à execução da obra dentro de um menor prazo e menor custo

possível. Esse duplo objetivo se traduz em custo menor ou retorno maior do

investimento.

Conforme Limmer (1997), nos cronogramas de barras costuma-se

representar o realizado por uma barra paralela à do planejado, caracterizada por

cores ou simbologias distintas, conforme mostrado na figura 12. Na barra que

representa o planejado indica-se para cada período o percentual acumulado de

atividade a realizar.

Page 67: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

67

Figura 12: Cronograma de barras (Limmer, 1997).

Outra forma de mostrar o progresso é através de Curva S, representada na

figura 13.

Figura 13: Controle de prazos – Curva S (Limmer, 1997).

De acordo com Limmer (1997), o procedimento para o controle de prazos

obedece à mesma metodologia adotada no estabelecimento da estrutura analítica

de partição do projeto, ou seja, decompor as atividades até chegar-se aos

componentes do projeto em nível de pacote de trabalho e, uma vez aferidos os

prazos gastos na execução de cada uma de suas atividades, compará-los com os

prazos previstos e, então, sumariar os resultados obtidos num nível acima (por

exemplo, o nível de sistema) até chegar ao todo, que é o produto acabado.

Assim, parte-se da rede de tempo planejado, seja ela PERT, COM ou Roy,

e detalha-se esta rede até o terceiro nível da EAP, que é, digamos, o de sistemas. A

partir dessa rede detalhada no nível de sistemas constrói-se o correspondente

gráfico de barras, conforme exemplificado na figura 14.

Page 68: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

68

Figura 14: Cronograma de barras do 3º. Nível da EAP (Limmer, 1997).

Limmer (1997) considera nesse cronograma, que cada atividade tem a sua

duração assinalada por uma barra horizontal (gráfico de Gantt) e a cada período de

duração da atividade consta o percentual acumulado do progresso planejado. Indica-

se também, para cada atividade, o seu peso percentual dentro do conjunto de

atividades a serem executadas, obtido da divisão do valor em moeda da atividade

pela soma dos valores de todas as atividades a serem executadas no nível de

sistema, multiplicado por cem.

Para Dias (2005), o cronograma físico-financeiro é a representação gráfica

do plano de execução da obra e deve cobrir todas as fases de execução desde a

mobilização, passando por todas as atividades previstas no projeto, até a

desmobilização do canteiro. No caso do cronograma físico adota-se normalmente o

Diagrama de Gantt para sua representação.

Dias (2005) complementa que o cronograma financeiro é a representação

monetária do cronograma físico, tendo como resultado os valores mensais de

medições, e através do somatório destes, o valor global da obra. Sendo que muitas

vezes as planilhas englobam ambos os casos e, portanto, é denominado de

cronograma físico-financeiro, tendo por objetivo o seguinte:

- Fisicamente: demonstrar a previsão da evolução física dos serviços na

unidade de tempo, permitindo avaliações periódicas de acerto;

- Financeiramente: converter a demonstração física em termos monetários

através do somatório dos quantitativos pelos preços unitários em cada etapa

do cronograma físico, que representará o desembolso do contratante por

etapa. Normalmente é elaborado mês a mês.

Page 69: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

69

Conforme Dias (2005), é muito comum exigir-se nestes cronogramas a

apresentação dos valores em percentuais, seja para cada atividade ou seja por cada

período, e também para acumuladores. Assim sendo, cabe ao engenheiro de custo

ao elaborar este gráfico, ter em mente o prazo final de cada projeto, quase sempre

exigido pelo edital de concorrência, pois este não pode ser excedido. Os prazos de

cada atividade é critério do construtor, considerando-se a interdependências

existentes entre elas.

Segundo Goldman (1997), o setor financeiro deverá ser alimentado das

informações de previsão, periodicamente, afim de não permitir distorções grandes

em previsões de médio e longo prazo. Às vezes ocorre o inverso, ou seja, por

questões de ordem financeira, a obra poderá reduzir o seu ritmo ou até mesmo

aumentá-lo, caso seja de interesse da política da empresa naquele determinado

momento. As previsões financeiras, em geral, são divididas em duas partes:

1ª – a previsão de compromissos já assumidos (contas a pagar);

2ª – a previsão de compromissos a assumir, em geral, elaborada pelo setor

de planejamento em conjunto com o setor de produção.

Conforme Goldman (1997), as previsões financeiras são feitas em parcelas

semanais, podendo ser de curto, médio e longo prazo. Muitas empresas elaboram

uma previsão completa na fase de planejamento e, ao longo da obra, previsões

mensais (previsão bem detalhada) e de períodos em períodos (exemplo: de três em

três meses) uma previsão financeira de médio prazo. Com isso, o setor financeiro

pode alterar as previsões conforme os resultados obtidos, a fim de não permitir um

grande desvio entre o previsto e o gasto.

Goldman (1997) considera que o cronograma financeiro é o item de que em

geral as empresas mais necessitam quando da previsão de seu fluxo de desembolso

para o período de execução do empreendimento. O cronograma financeiro da obra é

elaborado com base no seu cronograma físico, levando-se em conta as

características técnicas de execução, assim como a política da empresa no tocante

à compra de materiais, fechamento de grandes contratos, condições de pagamento

e reajustamentos. Sem levar em conta estas considerações, torna-se quase

impossível executar um cronograma com boa margem de precisão.

Dias (2005) considera que principalmente em nossos dias, onde as taxas de

juros cobradas pelas instituições financeiras são elevadas, torna-se necessário à

construtora identificar em cada projeto os recursos monetários exigidos pelo

Page 70: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

70

contrato, tendo em vista adequar este resultado ao tesouro da empresa. Desta

maneira é importante a elaboração do fluxo de caixa da obra, que resultará no saldo

ou déficit de caixa do contrato na unidade de tempo escolhida, por exemplo mensal.

Para tanto deverão ser conhecidos dois elementos: desembolso e recebimento.

Segundo Dias (2005), o desembolso corresponde a alocação dos custos

orçados na unidade de tempo correta, isto é, de acordo com as condições

estabelecidas com os fornecedores e contratos de sub-empreiteiros.

A partir do cronograma físico, deve-se identificar os custos separadamente:

- de pessoal, inclusive encargos sociais(independente);

- equipamentos próprios, descontando-se a parcela de depreciação e juros,

pois estes não são considerados como desembolso;

- materiais, dividido em grupos de mesmas condições de pagamento;

- sub-empreiteiros e transportes, nas mesmas considerações adotadas para

os materiais.

A seguir identificam-se as despesas normalmente exigidas para montagem

perfeita do fluxo de caixa.

- pessoal;

- encargos sociais;

- equipamentos próprios, desconsiderando-se os itens de custo referentes a

depreciação e juros;

- equipamentos alugados de terceiros;

- sub-empreiteiros, obrigatória análise contrato a contrato;

- materiais, com respectivos prazos de pagamento;

- impostos devidos na emissão da nota fiscal e que têm prazo curtíssimo de

pagamento;

- outros itens que tenham características especiais, inclusive a critério do

engenheiro de custos.

Para Dias (2005), no caso do recebimento pelos serviços prestados,

proceder de modo semelhante as despesas, verificando a previsão de execução, as

épocas de medições e os prazos de pagamento descritos no contrato.

Segundo Dias (2005), uma das mais versáteis técnicas de planejamento e

controle de empreendimentos é conhecida sob a sigla PERT/CPM (Program

Evaluation and Review Technique – Critical Path Method), em nosso meio técnico

mais conhecido como Método do Caminho Crítico. PERT nada mais é do que um

Page 71: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

71

método de planejamento, replanejamento e avaliação de progresso, destinado ao

controle do projeto. Lembramos que é possível se efetuar com facilidade o PERT-

TEMPO, e ainda, o PERT-CUSTO.

De acordo com Dias (2005), muitas vezes, este método não é empregado

em função de suas dificuldades, se ainda, que o mesmo se destine a grandes

empreendimentos, o que não é verdade. Recomendamos seu emprego em

pequenos e médios projetos e a leitura de vasta bibliografia existente, bem como,

programas de computador que auxiliam e facilitam bastante a elaboração da rede,

seu cálculo e revisões periódicas.

Segundo Tisaka (2006), para determinados tipos de obras, geralmente de

médio e grande porte, é possível aplicar uma outra modalidade de contrato onde a

contratada assume parte dos riscos financeiros da operação e recebe um percentual

sobre os custos da obra condicionando ao desempenho físico e financeiro da obra

em execução.

Para Tisaka (2006), esse percentual pode variar para mais ou para menos

dependendo das metas de custos maiores ou menores atingidos em função do

orçamento inicial aprovado por ocasião da assinatura do contrato. Além disso, são

estabelecidas no cronograma metas de prazos parciais chamadas de “datas-marco”,

para a conclusão de determinadas etapas ou partes importantes da obra.

Tisaka (2006) complementa que para a antecipação de prazos, a partir de

uma determinada data até a data-marco, são instituídos prêmios em função dos

ganhos de dias, da mesma forma que são estabelecidas multas progressivas,

compensáveis ou não até a próxima data-marco. Este sistema de contrato permite

ao contratante uma melhor garantia no cumprimento dos prazos e de preços,

através do estabelecimento de condições e limites de remuneração, simples ou

compostas, dependendo das características da obra e das negociações entre as

partes.

Para Giammusso (1988), o cronograma é a maneira mais intuitiva de se

acompanhar uma obra. Consiste em representar, graficamente, a distribuição das

várias etapas da obra ao longo do tempo. Cronograma financeiro é aquele que se

refere ao desembolso necessário ao andamento da obra ao longo do tempo. Esses

desembolsos são devidos aos pagamentos de serviços de materiais e de quaisquer

despesas necessárias ao andamento da construção como, por exemplo: licenças,

seguros, transportes, cópias de plantas, documentos, telefonemas e outras.

Page 72: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

72

2.9 – Preço de venda da obra

2.9.1 – Formação do Preço de Venda do empreendimento

Segundo TCPO (2008), a formação do preço na construção civil deve levar

em consideração a projeção de todos os gastos gerados pela prestação dos

serviços a serem produzidos em benefício do cliente, acrescidos de uma margem

bruta suficiente para garantir a entrega da obra.

TCPO (2008) considera que o orçamento, depois de aprovado, transforma-

se em Preço de Venda. E que os Preços de Venda, podem ser compostos por:

- Preços Unitários;

- Preço Global;

- Preço Integral.

Para TCPO (2008), o preço de venda é o resultado da aplicação de uma

margem denominada BDI sobre o custo direto calculado na planilha de custos.

Notas: 1ª) não confundir planilha de custos com planilha de orçamento;

2ª) o orçamento depois de aprovado transforma-se em preço de

venda.

De acordo com TCPO (2008), para a obtenção do Preço de Venda, aplica-

se a fórmula: PV = CD x [ 1 + (BDI / 100) ] onde,

PV = Preço de Venda

BDI = Benefício e Despesas Indiretas

CD = Custo Direto

Segundo Silva (2006), de posse dos dados técnicos que refletem a

qualidade e a quantidade dos serviços da obra, deve-se definir o processo de

elaboração do orçamento.

Para Silva (2006), o ponto de partida consiste em estimar os gastos que

forem possíveis pelas quantidades de serviços constantes dos projetos de

arquitetura, engenharia e complementares, chamados de custos diretos. Em

seguida, estimam-se os gastos que são proporcionais ao total do orçamento,

despesas indiretas que podem ser chamadas de contas vinculadas ao preço.

Concluindo, identificam-se os gastos e provisões que estão diretamente

Page 73: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

73

relacionadas com o prazo da obra, as despesas indiretas com a estrutura técnica e

administrativa de suporte à produção.

Na figura 15, Gehbauer (2002) demonstra as etapas de uma orçamentação

com seus respectivos grupos de custos.

Figura 15: Estrutura de custos de uma obra (Gehbauer, 2002).

Agora Gehbauer (2002) apresenta na figura 16 a forma esquemática para o

cálculo de custos a partir do preço da proposta.

Figura 16: Representação esquemática do cálculo de custos a partir do preço da

proposta (Gehbauer, 2002).

Page 74: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

74

Gehbauer (2002) apresenta abaixo o resumo geral dos procedimentos da

orçamentação.

Figura 17: Resumo geral dos procedimentos da orçamentação (Gehbauer, 2002).

Page 75: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

75

Conforme Silva (2006), o preço será composto com base no custo direto, no

prazo da obra e nos encargos sobre ele incidentes, definindo assim, as despesas

indiretas e a taxa de BDI reais.

Silva (2006) define uma rotina interna para a formação do preço, composta

por cinco passos:

1. Definição do orçamento da produção;

2. Elaboração do orçamento base projetada, que contém proteção contra a

perda de correção monetária, seja por falta de índice de reajuste ou por

descolamento entre o índice de inflação da produção e o índice de inflação

do contrato;

3. Formação de um preço básico, levando-se em consideração a estrutura

das contas gerais da administração da empresa construtora, seu portfólio de

obras em andamento, uma margem para a cobertura de custos financeiros e

uma margem de resultado;

4. Formação de um preço com margem para cobertura de riscos, com base

na consideração de cenários para análise de risco e sua interferência no

passo 3;

5. Definição do preço para contratar, com a inclusão das contas vinculadas

ao preço, com impostos e despesas com comercialização.

Assim, de acordo com Silva (2006), supondo alterações posteriores na

descrição dos itens da planilha orçamentária ou a solicitação de um desconto sobre

o preço para o fechamento do contrato, caso comum, pode-se incluir um sexto

passo, que será denominado de comercialização. Sintetizando, e fazendo uso da

terminologia do Project Management Institute (PMI) e da Epusp, podem ser definidas

três fases de trabalho para a composição de preços:

1. A estimativa de custo (passos 1 e 2);

2. A orçamentação (passos 3, 4 e 5);

3. A comercialização (incluindo a apresentação do preço).

2.9.2 – Módulo de venda do empreendimento

Segundo Goldman (1997), um empreendimento da construção civil envolve

na maioria dos casos investimentos muito altos. Para serem bem sucedidos tais

empreendimentos devem ser trabalhados de maneira extremamente profissional. No

Page 76: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

76

caso de vendas do empreendimento, não poderia ser diferente. Deve-se trabalhar

com empresas tradicionais do mercado, renomadas, que tenham estrutura para

suportar a capacidade de venda necessária.

De acordo com Goldman (1997), muitos empreendimentos hoje em dia

distribuem suas vendas com mais de uma empresa imobiliária. Além de aumentar a

perspectiva de vendas, tais empresas têm carteira de bons investidores, o que

permite boa alavancagem de vendas. Trata-se também de criar uma espécie de

competição positiva, onde todos têm a ganhar.

Segundo Parga (2003), após calculados os custos diretos, indiretos e

acessórios, e assim fixado o lucro, cabe-nos a tarefa de determinar para o cliente o

preço de venda.

Goldman (1997) afirma que para a obtenção de uma tabela de vendas

realista é preciso uma boa pesquisa mercadológica. O perfil dos futuros

compradores, o preço unitário de vendas do mercado, as mercadorias em oferta, a

localização do empreendimento, as áreas das unidades e das partes comuns do

empreendimento, as áreas de lazer, o número de vagas de garagem, entre outros,

são alguns dos aspectos a serem considerados.

De acordo com Silva (2006), em uma construção de natureza comercial ou

industrial, na qual é efetuado um investimento que precisa retornar o mais rápido

possível, o senso de valor da empresa contratante está muito relacionado com a

garantia de obtenção de um prazo urgente. Quanto maior a noção de valor do

contratante, mais facilmente será aceito o preço do construtor.

Segundo Tisaka (2006), para o cálculo do preço de venda é necessário

inicialmente levantar todos os custos diretos envolvidos numa construção civil e

depois adicionar uma margem sobre ele de modo a cobrir todos os gastos

incidentes.

Para Tisaka (2006), este trabalho ensina a calcular a margem de

remuneração pelos serviços a serem executados, tradicionalmente chamados pelas

iniciais BDI. Nesta margem estão incluídos todas as despesas indiretas da

administração, custos financeiros, taxas, impostos e o lucro.

Tisaka (2006) afirma que para isso é necessário entender como é feita a

composição dos preços para a venda de um serviço de execução na construção

civil, onde entram não somente os materiais a serem utilizados, como também a

mão-de-obra necessária para a execução e todas as demais despesas com a

Page 77: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

77

administração, fiscalização, impostos, taxas, ferramentas e, evidentemente, o lucro

esperado pelo prestador dos serviços.

De acordo com Giammusso (1988), na formulação do preço de uma obra ou

empreendimento calcula-se o seu custo direto, através das quantidades de serviços

e respectivos preços unitários. O custo direto assim obtido e outros fatores como a

natureza, a envergadura e finalidade do empreendimento permitem a fixação dos

custos indiretos incluindo, se for o caso, o custo de comercialização.

Segundo Giammusso (1988), a apresentação do preço pode ser feita de

diversas maneiras, dependendo da modalidade de contrato. São três as

modalidades básicas de contrato:

a) Administração: é quando, em geral, não são conhecidas nem as

quantidades nem a natureza desses serviços. Essa modalidade se aplica

em situações em que não se dispõe de projeto no momento do contrato.

Nesse caso o preço apresentado se refere a uma taxa denominada de

administração, que será cobrada sobre os custos dos serviços executados que, por

sua vez, serão obtidos através das despesas com materiais, mão-de-obra e

equipamentos aplicados à obra.

b) Preços unitários: é o orçamento que consiste em se apresentarem os

preços unitários de todos os serviços que constam das especificações da

obra, incluindo-se os materiais, equipamentos e BDI.

Esta modalidade de contrato se aplica quando se conhecem os tipos de

serviços, mas não se conhecem exatamente as quantidades, ou seja, não se dispõe

ainda de projeto executivo.

c) Preço global: é o orçamento que consiste em se apresentar o preço

global da obra completa.

Esta modalidade de contrato é utilizada assim que se disponha do projeto

executivo completo, estando portanto, definidas tanto a natureza quanto as

quantidades dos diversos serviços.

d) Contrato misto: podem surgir vários casos em que se pode recorrer a um

contrato misto que exija um preço global. Mas, esperando-se que ocorram

variações de quantidades, pedem-se também preços unitários. Em

situações onde ocorram serviços não previstos, pede-se taxa de

administração a ser cobrada nesses casos.

Page 78: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

78

2.9.3 – Viabilidade da construção

De acordo com Gehbauer (2002), um fator importante para o sucesso de um

empreendimento é a existência de uma divisão clara entre as atribuições do

responsável pelo estudo de viabilidade do mesmo e as do responsável pela

execução da obra. Deve ser evitado que um profissional trabalhe ao mesmo tempo

em ambos os setores de atividade. Sendo que experiências obtidas na construção

civil mostram que a falta desta divisão clara, coloca em risco o sucesso do

empreendimento. Isso se deve principalmente, ao fato de estarem as pessoas que

executam a obra, pelas suas atividades, na posição característica do construtor; ao

passo que o responsável pelo estudo de viabilidade do empreendimento representa

os interesses do empreendedor.

Gehbauer (2002) complementa que a mistura destes dois campos de

atividade contradiz com as exigências que se impõe a estas funções, no que diz

respeito ao tipo de raciocínio e às ações necessárias. A tabela 10 mostra os

objetivos principais destes dois grupos de interesse.

Tabela 10: Objetivos dos responsáveis pela execução e pelo estudo de viabilidade

do empreendimento (Gehbauer, 2002).

Responsáveis pela execução (construtor) Responsáveis pelo estudo de viabilidade do

empreendimento (empreendedor/ incorporador)

- levantamento de custos;

- fidelidade no cumprimento de prazos;

- garantia da qualidade na execução.

- determinação da localização do empreendimento;

- concepção do produto;

- definição do padrão de qualidade;

- análise de perspectivas de venda ou locação;

- análise de mercado de investidores.

Para Gehbauer (2002), a separação destes dois grupos de interesses não

deve significar obrigatoriamente que eles pertençam a empresas distintas; pelo

contrário, o efeito interativo entre eles pode aumentar as chances de sucesso do

empreendimento. As vantagens da coexistência destes dois grupos, como setores

distintos de uma mesma empresa são: o conhecimento do potencial financeiro e

Page 79: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

79

técnico do construtor; a sua presença no mercado local; o grau de conhecimento

técnico que ele possui, significando uma maior segurança quanto ao levantamento

de custos da construção, além da possibilidade de se ter o planejamento e a

execução integrados.

O estudo de viabilidade do empreendimento deve considerar como fatores

de sucesso:

a) conhecimento do mercado regional:

- é de fundamental importância para o empreendimento um estudo

cuidadoso de estruturas políticas, órgãos públicos, concorrentes,

investidores, segmentos de mercado existentes, etc.;

- análise do mercado, do ponto de vista dos consumidores/usuários,

cosiderando-se, também, a disponibilidade financeira destes em

relação ao produto a ser oferecido.

b) bom aproveitamento do terreno:

- os valores dados pelo Código de Posturas Municipais (coeficiente de

aproveitamento, taxa de ocupação, etc.) devem ser aproveitados da

melhor forma possível, o que não significa, aqui, aproveitar o máximo

possível em área. A otimização do uso do terreno deve ter prioridade

sobre o esgotamento máximo do aproveitamento permitido pelo Código

Municipal.

c) aperfeiçoamento da concepção do projeto:

- através de um trabalho conjunto do arquiteto com a construtora e os

demais projetistas, devem ser feitas otimizações no projeto que

reduzam os custos do empreendimento.

d) rede de contados:

- naturalmente, uma maior experiência e rede de contatos aumentam

as possibilidades de sucesso de um empreendimento.

Gehbauer (2002) complementa que junto aos fatores de sucesso citados

acima, existem também os fatores de risco que podem, principalmente no caso de

pouca experiência do empreendedor, reduzir um pouco, bastante ou até totalmente,

os lucros estabelecidos. Sendo que estes fatores de risco podem ser:

- decorrentes de falhas no estudo de viabilidade do empreendimento como,

por exemplo, uma concepção de projeto não correspondente ao mercado,

Page 80: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

80

ou pouca adequação do produto ao local ou ao usuário, acarretando

dificuldades na venda do produto;

- falhas no planejamento: imposições dos órgãos públicos não consideradas

previamente, ocasionando a não concessão de aprovações necessárias,

gerando assim atrasos ou impedimentos no desenvolvimento do

empreendimento que podem provocar o fracasso deste;

- escassez de venda devido a uma recessão econômica;

- riscos quanto ao custo, prazo e qualidade, ocasionados por um processo

lento de desenvolvimento do empreendimento, com o conseqüente aumento

dos custos. Outros fatores que provocam aumento nos custos são as

alterações do projeto durante a fase de execução, assim como reparos de

danos provocados por uma execução de baixa qualidade;

- riscos provenientes do solo no terreno de implantação do

empreendimento, devido a empecilhos não previstos como contaminações

ou, no caso de solo com pouca resistência, custos extras com fundações

especiais;

- risco financeiro decorrente de juros muito altos.

Para Gehbauer (2002), o estudo de viabilidade econômica de um

empreendimento não deve ser considerado como um tópico à parte. Ele deve ser

realizado periodicamente, em espaços de tempo tão curtos quanto possível, e várias

vezes em cada etapa do planejamento, permitindo uma rápida reação aos desvios,

que otimize ou interrompa o desenvolvimento do empreendimento. A interrupção

deste deve ser levada em consideração mesmo que o estudo de viabilidade já se

encontre em estágio avançado.

Segundo Gehbauer (2002), outro aspecto a ser considerado diz respeito à

situação do próprio empreendedor ou construtor, pois quanto maior a sua

experiência e o potencial da empresa em pessoal especializado, tanto mais etapas

de trabalho podem ser executadas e fiscalizadas por ele mesmo.

Segundo Silva (2006), o conhecimento dos benefícios e despesas indiretas

é fundamental para a viabilização das empresas construtoras. Imagine a situação de

um engenheiro iniciando suas atividades empresariais e precisando calcular seus

preços e elaborar seus primeiros orçamentos de obra.

Silva (2006) afirma que os custos diretos unitários dos serviços de

construção são conhecidos pela consulta a tabelas de composições de consumo

Page 81: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

81

unitário, em conjunto com a cotação dos preços de insumos no mercado e com a

quantificação dos serviços da obra. Os consumos de cimento, areia, pedra, horas de

betoneira e horas de mão-de-obra para produzir um metro cúbico de concreto, e os

consumos unitários de milhares de outros serviços se encontram disponíveis na

literatura técnica.

Para Silva (2006), os preços unitários de mercado de cada serviço podem

ser pesquisados nos orçamentos de referência de obras públicas ou nos orçamentos

de obras particulares a que se tenha acesso. Com estes dados, poderá ser

elaborado um orçamento e calculada a margem de contribuição que cada preço

unitário de mercado oferece para o pagamento das despesas indiretas. No entanto,

ficarão pendentes algumas questões empresariais, entre as quais:

- Quanto será possível gastar por mês na estrutura administrativa de seu

novo escritório?

- Quantos metros cúbicos de concreto (em conjunto com outros serviços)

serão necessários construir por mês no caso de trabalhar com os preços

pesquisados de mercado?

- Quais os benefícios que sua empresa terá se conseguir produzir serviços

numa quantidade razoável, gastando as despesas administrativas que

foram julgadas necessárias?

- Valeria a pena oferecer um desconto para conseguir contratar uma

quantidade de serviços maior?

Silva (2006) relata que esta é uma situação de mercado comum que ilustra

a importância de se conhecer e saber calcular as despesas indiretas e os benefícios.

Não é aconselhável dirigir uma empresa com dúvidas tão importantes. É necessário

dispor de um método de cálculo para tratar estas questões, inclusive para calcular

detalhadamente os preços internos e elaborar orçamentos mais personalizados.

Para Silva (2006), a questão é ainda de maior impacto para a empresa

contratante de obras. As vantagens de dispor de uma obra com a qualidade

necessária, dentro do prazo estipulado e no custo previamente contratado são

inúmeras. Os ganhos com a venda, locação ou utilização da obra são muito maiores

do que a obtenção de alguns pontos percentuais de desconto no preço do

construtor.

Assim, de acordo com Silva (2006), para elaborar um bom orçamento de

referência, o contratante precisa estimar as despesas administrativas de uma

Page 82: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

82

construtora (de preferência de um que seja técnica, administrativa e financeiramente

capacitado para executar adequadamente sua obra) e uma série de outras despesas

indiretas da obra.

Segundo Silva (2006), os níveis médios do custo direto de produção são

bem conhecidos, mas estimar as despesas indiretas das empresas parceiras é mais

complicado do que estimar os próprios gastos. Assim sendo, para um mercado

competitivo como o da construção civil brasileira, o conhecimento destas

informações estratégicas é uma base necessária para a tomada das melhores

decisões empresariais.

Conforme Gehbauer (2002), o estudo de viabilidade do empreendimento é a

comparação entre a estimativa de custo do mesmo e os rendimentos que se espera

obter por meio da sua comercialização. Ele compreende todo o planejamento

técnico básico necessário, desde a idéia inicial, até a elaboração do anteprojeto.

Segundo Gehbauer (2002), para empresas de incorporação/construção, é

durante o estudo de viabilidade do empreendimento que fatores como localização,

capital e concepção do produto são combinados, de tal forma que se obtenha uma

incorporação bem sucedida. Isto significa colocar no mercado imóveis de vida útil

longa e rentável, cuja produção seja economicamente competitiva para a empresa.

Do ponto de vista social e ambiental, a realização de um empreendimento deve

gerar trabalho, aprimoramento técnico, desenvolvimeto tecnológico, promovendo

assim benefícios sociais, além de ser ambientalmente sustentável.

Gehbauer (2002) relata que observando-se o histórico de um

empreendimento imobiliário, pode-se constar a existência de três fases distintas ao

longo de sua existência:

a) o estudo de viabilidade do empreendimento:

- concepção do produto, análise do potencial técnico e financeiro da

empresa em relação ao empreendimento, análise do mercado e das

possibilidades de rendimento, aquisição do terreno, caso este ainda

não exista e contratação do arquiteto e demais projetistas.

b) gestão do empreendimento:

- elaboração e coordenação dos projetos;

- planejamento;

- orçamentação;

- legalização do empreendimento;

Page 83: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

83

- comercialização;

- execução.

c) administração posterior à construção:

- atendimento ao cliente;

- manutenção e administração ao longo de sua vida útil.

Segundo Goldman (1997), um elemento que hoje também é fundamental a

uma correta viabilidade e que não se pode deixar de levar em conta é o prazo da

obra. Considerando que o prazo é um pouco delimitado pelo prazo técnico de

execução, não faz mal lembrar que a sua variação implica alterações no custo direto

e indireto de construção e nas despesas financeiras, entre outros. E a sua

importância aumenta ainda mais, com acréscimo real dos custos da mão-de-obra e

seus respectivos encargos sociais.

Goldman (1997) afirma que de posse do estudo do projeto arquitetônico, do

terreno em questão, ou opção para a sua compra, é preciso elaborar um estudo de

viabilidade econômica do empreendimento, para que os incorporadores tenham a

dimensão exata das despesas, riscos e margem de lucratividade do

empreendimento. Esta talvez seja a fase mais importante do processo, pois é nela

que será decidido o destino do empreendimento. Caso se confirme a sua execução,

deve-se avaliar a forma financeira a ser adotada.

Goldman (1997) considera como principais variáveis para a viabilidade do

empreendimento:

Despesas:

- custo do terreno;

- custo do projeto e viabilidade econômica;

- custos da construção;

- custo de venda (lançamento, corretagem);

- custos financeiros por empréstimos ou financiamentos;

- despesas jurídicas, impostos, taxas, doações;

- despesas administrativas da construção e das vendas.

Receitas:

- venda das unidades do empreendimento.

Algumas metodologias são usadas nas análises de viabilidade de um

empreendimento. Podemos citar, entre elas:

- percentual do valor do lucro em relação ao valor do terreno;

Page 84: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

84

- percentual do valor do lucro em relação ao valor das despesas do

empreendimento;

- valor do lucro em relação ao número de meses de duração do

empreendimento;

- renda mensal decorrente da locação do empreendimento pronto;

- percentual da renda mensal total em relação às despesas do

empreendimento;

- percentual dos lucros em relação aos recursos próprios alocados.

Goldman (1997) relata que cada empreendedor tem sua maneira de

analisar a viabilidade do empreendimento e suas margens mínimas de lucratividade.

Muitas vezes estes empreendedores comparam os resultados com os outros tipos

de investimento, não necessariamente na área imobiliária.

Goldman (1997) considera que um fator extremamente importante na

viabilidade econômica são as condições de venda do empreendimento e de

pagamentos, e a época de venda. Isto porque no estudo de viabilidade econômica é

feita uma projeção de custeio ao longo do tempo e também das receitas.

Conforme Goldman (1997), um empreendimento pode dar resultados

conservadores, caso tudo se confirme como o previsto em planejamento. Já em

contrapartida, poderemos obter resultados absolutamente surpreendentes, quando

se lançam à venda as unidades de um bom projeto, em condições financeiras

favoráveis ao mercado, ainda na fase inicial ou até mesmo antes do início do

empreendimento.

Para Goldman (1997), um fluxo de caixa bem elaborado, em casos de

vendas bem sucedidas, possibilita um desembolso muito reduzido dos recursos

próprios, resultando em lucratividades altas na análise de lucros obtidos pelos

recursos próprios alocados.

Goldman (1997) afirma que para o estudo de viabilidade é importante a

participação conjunta dos profissionais envolvidos diretamente com o

empreendimento, tais como:

- incorporadores;

- escritório de arquitetura;

- escritório de planejamento e gerenciamento;

- escritório de promoção e propaganda;

- escritório de vendas;

Page 85: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

85

- escritório jurídico.

Goldman (1997) considera três setores envolvidos para o estudo de

viabilidade da construção, sendo: vendas, financeiro e arquitetura.

Segundo Goldman (1997), as empresas de construção ou têm no seu

quadro de funcionários profissionais altamente especializados no ramo de

corretagem e vendas, ou trabalham com empresas especializadas. Em função de

uma série de fatores, tais como localização do terreno, padrão social da região,

características do projeto, situação do mercado comprador e vendedor entre outros

aspectos.

Goldman (1997) relata que o setor de corretagem e vendas fornecerá para

a viabilidade da construção:

- Valor de terreno: pode ser obtido diretamente com proprietários que

tenham interesse na venda ou através de um custo médio por m² de terreno

(valores estimativos), entre outros.

- Valor de venda dos imóveis: pode ser obtido através de vendas de

imóveis semelhantes, em regiões próximas ao local em estudo, através de

anúncios publicados nos meios de comunicação ou por estimativas do

custo/m² de área útil da unidade, entre outros.

- Despesas com promoções: em função da política promocional da

empresa ou através de percentual do volume geral de vendas, cobrado

pelas empresas especializadas em vendas.

Para Goldman (1997), na obtenção da viabilidade econômica, outro setor de

fundamental importância é o financeiro. Isto porque, em função da política da

empresa empreendedora, pode-se empreender um projeto com recurso próprio, ou

através de recursos de terceiros; entre eles, os financiamentos são os mais comuns.

Tanto na utilização de recursos próprios como na utilização de recursos de terceiros,

a empresa incorre em despesas financeiras que devem ser computadas na

viabilidade do empreendimento.

Segundo Goldman (1997), na primeira fase do empreendimento, ou seja, a

fase de viabilidade, em geral as empresas ainda não têm o projeto arquitetônico

detalhado. Mas o ideal seria que mesmo nesta fase, já se tenha esse projeto. Ocorre

que por questões de negociações nem sempre é possível esperar que o projeto

esteja pronto, e por isso mesmo a viabilidade é feita de maneira “estimativa”.

Page 86: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

86

3 – MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 – Contexto da pesquisa e descrição da área de estudo

No caso em questão, foi pesquisada uma obra fictícia desenvolvida através

de projetos executivos (ver anexo 1) pelo próprio autor deste trabalho, com

finalidade acadêmica.

A área de estudo em questão seria o levantamento orçamentário da obra

em projeto, com a finalidade de apresentar todas as etapas previstas em orçamento,

desde o levantamento quantitativo dos materiais, até o preço de venda da obra.

3.2 – Amostra da pesquisa (edificação)

Esta pesquisa foi realizada tendo como amostra (ou objeto de estudo) um

edifício residencial mono-famíliar, contendo os respectivos projetos:

- Projeto de Canteiro de Obras;

- Projeto de Fundações;

- Projeto Arquitetônico;

- Projeto Estrutural;

- Projeto de Instalações Hidráulicas;

- Projeto de Instalações Elétricas;

- Projeto de Racionalização.

- Projeto de Telhado.

3.3 – Procedimentos de coleta de dados

Os dados da presente pesquisa foram obtidos através do trabalho “manual”

de quantificação de todos os elementos necessários à execução do edifício.

O levantamento quantitativo dos materiais e mão-de-obra foi feito a partir

das análises dos projetos executivos.

Os dados quantitativos de planejamento foram transportados para o

software Microsoft Excel, onde foi feita toda a implantação dos preços dos materiais

e mão-de-obra.

Page 87: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

87

3.4 – Procedimentos informatizados de manipulação de dados

O trabalho de orçamento de obras de engenharia civil tem hoje ferramentas

imprescindíveis ao engenheiro devido à forma com que essas ferramentas agilizam

a execução de serviços que em outras épocas demandavam muito tempo para

serem executados.

As ferramentas em questão são os computadores e os softwares

direcionados aos trabalhos de engenharia civil, que vêm dando uma nova dinâmica

aos engenheiros projetistas e orçamentistas.

Neste trabalho foram utilizados os seguintes softwares:

- AutoCAD (prancheta eletrônica utilizada para o desenvolvimento de

projetos);

- CypeCAD (cálculo estrutural e detalhamento de armaduras);

- TigreCAD (dimensionamento de instalações sanitárias);

- AutoPower (dimensionamento e detalhamento de instalações elétricas);

- Microsoft Excel (planilha eletrônica com recursos de operações

matemáticas).

Page 88: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

88

4 – RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os dados do levantamento orçamentário da obra foram representados em

planilhas do software Microsoft Excel, conforme parâmetros estabelecidos pelas

técnicas usuais de engenharia e pela TCPO (2008).

4.1 – Valores unitários

ORÇAMENTO, PLANEJAMENTO E CONTROLE DAS CONTRUÇÕES

RELAÇÃO DE SERVIÇOS PARA COMPOSIÇÃO DE PREÇOS UNITÁRIOS

CÓD. ATIVIDADE Preço Unitário

Preço Total Quantidade Componentes Consumo UN.

1. SERVIÇOS INICIAIS

010201 1.1 - Sondagem de reconhecimento do subsolo com tubo de revestimento de 2 1/2"de dâmetro. M

20,00

Serviço de sondagem 1 m R$ 24,50 R$ 24,50

Leis Sociais 122,5% R$ 30,01

BDI 2% R$ 1,09

Preço Total Unitário R$ 55,60

2. INSTALAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS

020202 2.1 - Raspagem e limpeza de terreno M²

261,25

Servente 0,25 h R$ 1,80 R$ 0,45

Leis Sociais 122,5% R$ 0,55

BDI 2% R$ 0,02

Preço Total Unitário R$ 1,02

020301 2.2 - Ligação provisória de água para a obra e instalação provisória de sanitário para uso dos operários. UN.

1,00

Tábua de Pinho de terceira de 1x12" 8 m2 R$ 14,80 R$ 118,40

Pontalete de Pinho de terceira de 3x3" 25 m R$ 1,90 R$ 47,50

Tijolo comum 30 un R$ 0,18 R$ 5,40

Areia Média 0,0189 m3 R$ 38,43 R$ 0,73

Manilha e conexões de barro vibrado de 100 mm 5 un R$ 4,26 R$ 21,30

Bacia turca ou sifinada 1 un R$ 71,00 R$ 71,00

Caixa d'água de fibrocimento de 1000 L 1 un R$ 161,67 R$ 161,67

Tubo galvanizado e conexões de 20 mm 30 m R$ 1,95 R$ 58,50

Hidrômetro 1 m R$ 60,00 R$ 60,00

Prego 15x15 1 kg R$ 4,50 R$ 4,50

Taxa de ligação 1 Tx R$ 200,00 R$ 200,00

Pedreiro 8 h R$ 2,80 R$ 22,40

Carpinteiro 8 h R$ 2,80 R$ 22,40

Servente 8,12 h R$ 1,80 R$ 14,62

Encanador 8 h R$ 2,80 R$ 22,40

Page 89: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

89

Ajudante 4 h R$ 2,11 R$ 8,44

Leis Sociais 122,5% R$ 110,56

BDI 2% R$ 10,48

Preço Total Unitário R$ 960,29

020302 2.3 - Ligação provisória de luz e força para obra, com distribuição interna. UN.

1,00

Caixa para entrada de força, inclusive acessórios 1 un R$ 73,30 R$ 73,30

Poste de ferro 4 1/2" x 6 m 1 un R$ 240,00 R$ 240,00

Taxa de ligação 1 Tx R$ 200,00 R$ 200,00

Cabo de 6 mm2 27 m R$ 1,95 R$ 52,65

Eletricista 24 h R$ 2,80 R$ 67,20

Ajudante 24 h R$ 2,11 R$ 50,64

Leis Sociais 122,5% R$ 144,35

BDI 2% R$ 16,56

Preço Total Unitário R$ 844,71

020403 2.4 - Tapume de chapa de madeira cmpensada de 6mm de espessura, de 2,44 x 1,22m, dispondo de abertura e portão M²

148,00

Tábua de Pinho de terceira de 1x12" 1,1 m2 R$ 14,80 R$ 16,28

Pontalete de Pinho de terceira de 3x3" 3,15 m R$ 1,90 R$ 5,99

Ripa de peroba de 5x1 cm 3,3 m R$ 0,89 R$ 2,94

Prego 0,3 kg R$ 4,50 R$ 1,35

Ferragens 0,5 kg R$ 30,50 R$ 15,25

Carpinteiro 1 h R$ 2,80 R$ 2,80

Ajudante 1 h R$ 2,11 R$ 2,11

Leis Sociais 122,5% R$ 6,01

BDI 2% R$ 1,05

Preço Total Unitário R$ 53,78

020404 2.5 - Abrigo provisório, com um pavimento, para alojamento e depósito de materiais e ferramentas, com cobertura em telhas de fibrocimento e tesouras de madeira, portas e janelas em chapa compensada e piso de concreto desempenado.

1,00

Tábua de Pinho de terceira de 1x12" 1,08 m2 R$ 14,80 R$ 15,98

Pontalete de Pinho de terceira de 3x3" 4,9 m R$ 1,90 R$ 9,31

Ripa de peroba de 5x1 cm 8 m R$ 0,89 R$ 7,12

Sarrafo de pinho 1 x 4" 3 m R$ 1,45 R$ 4,35

Tabua de pinho de terceira 1x6" 4 m² R$ 14,80 R$ 59,20

Viga de peroba 6x12cm 0,8 m R$ 10,38 R$ 8,30

chapa compensada de 12mm 1,9 m² R$ 8,42 R$ 16,00

Telha ondulada de fibrocimento de 4 mm 1,2 m2 R$ 11,92 R$ 14,30

Cumeeira de fibrocimento 0,25 m R$ 6,25 R$ 1,56

Prego 18x27 0,8 kg R$ 4,41 R$ 3,53

Prego 15x15 0,2 kg R$ 4,50 R$ 0,90

Cimento 26,18 kg R$ 0,22 R$ 5,76

Areia 0,0805 m³ R$ 38,51 R$ 3,10

Brita 1 0,0313 m³ R$ 32,01 R$ 1,00

Page 90: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

90

Brita 2 0,0732 m³ R$ 32,01 R$ 2,34

Betoneira 0,085 h R$ 0,80 R$ 0,07

Pedreiro 0,3 h R$ 2,80 R$ 0,84

Carpinteiro 12 h R$ 2,80 R$ 33,60

Servente 16 h R$ 1,80 R$ 28,80

Leis Sociais 122,5% R$ 77,47

BDI 2% R$ 5,14

Preço Total Unitário R$ 298,68

020501 2.6 - Locação da obra. M²

136,90

Tábua de Pinho 1x9" 0,09 m2 R$ 14,80 R$ 1,33

Pontalete de Pinho de terceira de 3x3" 0,04 m R$ 1,90 R$ 0,08

Prego 0,012 kg R$ 4,50 R$ 0,05

Arame galvanizado 0,02 kg R$ 5,29 R$ 0,11

Carpinteiro 0,13 h R$ 2,80 R$ 0,36

Servente 0,13 h R$ 1,80 R$ 0,23

Leis Sociais 122,5% R$ 0,73

BDI 2% R$ 0,06

Preço Total Unitário R$ 2,96

040704 2.7 - Construção e demolição de andaime para 1 m² de alvenaria de 1/2 tijolo - reaproveitamento de 10 vezes M²

16,29

Madeira 0,000327 m³ R$ 532,00 R$ 0,17

Pregos e grampos 0,015 kg R$ 4,50 R$ 0,07

Carpinteiro 0,04 h R$ 2,80 R$ 0,11

Servente 0,12 h R$ 1,80 R$ 0,22

Leis Sociais 122,5% R$ 0,40

BDI 2% R$ 0,02

Preço Total Unitário R$ 0,99

3. MOVIMENTO DE TERRA

030201 3.1 - Escavação manual em campo aberto, solo de qualquer categoria, exceto rocha, até 2m de profundidade. M³

10,21

Servente 2,93 h R$ 1,80 R$ 5,27

Leis Sociais 122,5% R$ 6,46

BDI 2% R$ 0,23

Preço Total Unitário R$ 11,97

040110 3.2 - Transporte a 30 m, em direção horizontal, de materiais a granel UN.

15,00

Servente 2,5 h R$ 1,80 R$ 4,50

Leis Sociais 122,5% R$ 5,51

BDI 2% R$ 0,68

Preço Total Unitário R$ 10,69

030101 3.3 - Escavação manual de valas, solo de qualquer categoria, exceto rocha, até 2m de profundidade. M³

10,21

Servente 3,25 h R$ 1,80 R$ 5,85

Leis Sociais 122,5% R$ 7,17

BDI 2% R$ 0,69

Page 91: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

91

Preço Total Unitário R$ 13,70

030158 3.4 - Reaterro apiloado de valas. M³

10,21

Pedreiro 0,35 h R$ 2,80 R$ 0,98

Servente 3,5 h R$ 1,80 R$ 6,30

Leis Sociais 122,5% R$ 8,92

BDI 2% R$ 0,32

Preço Total Unitário R$ 16,52

030122 3.5 - Apiloamento de fundo de valas com maço de 30 kg. M²

25,51

Servente 1,5 h R$ 1,80 R$ 2,70

Leis Sociais 122,5% R$ 3,31

BDI 2% R$ 0,12

Preço Total R$ 6,13

3.6 - Aterro interno com camadas de 20cm, fortemente umedecidas e apiloadas. M³

030158 36.1 - Reaterro apiolado de valas. M³

25,51

Pedreiro 0,35 h R$ 2,80 R$ 0,98

Servente 3,5 h R$ 1,80 R$ 6,30

Leis Sociais 122,5% R$ 8,92

BDI 2% R$ 0,32

Preço Total R$ 16,52

4. INFRA-ESTRUTURA

050105 4.1 - Execução de estaca moldada "in loco", diâmetro de 32 cm, concreto controle tipo "C"- Fck 13,5 MPa para cargas máximas de travalho à compressão axial de 30 t.

M

0,00

Cimento 24 kg R$ 0,22 R$ 5,28

Areia Média ou grossa 0,048 m3 R$ 38,51 R$ 1,85

Brita 2 0,064 m3 R$ 32,02 R$ 2,05

Aço CA 25 de 9,52 mm 0,46 kg R$ 2,72 R$ 1,25

Equipamento e mão de obra para cravação 1 h R$ 5,88 R$ 5,88

Leis Sociais 122,5% R$ 7,20

BDI 2% R$ 0,47

Preço Total Unitário R$ 23,98

4.2 - Viga baldrame de concreto armado, Fck 20Mpa, controli tipo B, com betoneira, com 5 ferros corridos de 12.5mm e estribos 5,0mm a cada 20cm, dimensões 0,25 x 0,35m M³

050511 4.2.1 - Preparo de concreto estrutural, com betoneira, controle tipo "B", Fck = 20 Mpa. M³

10,21

Cimento (352 KG + 5%) 369,6 kg R$ 0,22 R$ 81,31

Areia Média 0,6139 m3 R$ 38,51 R$ 23,64

Brita 1 0,263 m3 R$ 32,02 R$ 8,42

Brita 2 0,615 m3 R$ 32,02 R$ 19,69

Betoneira 0,714 h R$ 0,80 R$ 0,57

Servente 6 h R$ 1,80 R$ 10,80

Leis Sociais 122,5% R$ 13,23

BDI 2% R$ 3,15

Preço Total Unitário R$ 160,82

Page 92: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

92

050301 4.2.2 - Fôrma de tábua de pinho para concreto armado em fundações, levando-se em conta a utilização cinco vezes. M²

81,64

Tábua de pinho de 3ª 1 x 12" 1 m R$ 14,80 R$ 14,80

Sarrafo de pinho de 10 x 2,5 cm (travessas) 0,5 m R$ 1,45 R$ 0,73

Prego 18 x 27 0,15 kg R$ 4,50 R$ 0,68

Desmoldante para fôrmas 0,4 L R$ 6,56 R$ 2,62

Carpinteiro 1,3 h R$ 2,80 R$ 3,64

Ajudante 1,3 h R$ 2,11 R$ 2,74

Leis Sociais 122,5% R$ 7,82

BDI 2% R$ 0,66

Preço Total Unitário R$ 33,69

050405 4.2.3 - Armadura CA 50 A ou B - média, diâmetro de 6,35 a 9,52 mm (1/4"a 3/8"). Kg

152,00

Aço CA 50 A ou B de 6,35 a 9,52 mm 1,15 kg R$ 2,72 R$ 3,13

Arame recozido n. 18 0,02 kg R$ 4,19 R$ 0,08

Ferreiro 0,08 h R$ 2,80 R$ 0,22

Ajudante 0,08 h R$ 2,11 R$ 0,17

Leis Sociais 122,5% R$ 0,48

BDI 2% R$ 0,08

Preço Total Unitário R$ 4,17

050406 4.2.4 - Armadura CA 50 A ou B - grossa, diâmetro de 12,7 a 25,4 mm (1/2"a 1"). Kg

409,00

Aço CA 50 A ou B de 12,7 a 25,4 mm 1,15 kg R$ 2,72 R$ 3,13

Arame recozido n. 18 0,03 kg R$ 4,19 R$ 0,13

Ferreiro 0,1 h R$ 2,80 R$ 0,28

Ajudante 0,1 h R$ 2,11 R$ 0,21

Leis Sociais 122,5% R$ 0,60

BDI 2% R$ 0,09

Preço Total Unitário R$ 4,43

050517 4.2.5 - Lançamento e aplicação de concreto em fundação. M³

10,21

Pedreiro 2 h R$ 2,80 R$ 5,60

Servente 6 h R$ 1,80 R$ 10,80

Leis Sociais 122,5% R$ 20,09

BDI 2% R$ 0,73

Preço Total Unitário R$ 37,22

050215 4.2.6 - Alvenaria de embasamento com tijolos comuns, dimensões 5x10x20cm, asssentados com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média no traço 1:2:8. M²

30,62

Cimento 51,87 kg R$ 0,22 R$ 11,41

Cal hidratada 51,87 kg R$ 0,28 R$ 14,52

Areia média 0,3198 kg R$ 38,51 R$ 12,32

Tijolo comum 795 un R$ 0,20 R$ 159,00

Pedreiro 7 h R$ 2,80 R$ 19,60

Servente 9,63 h R$ 1,80 R$ 17,33

Leis Sociais 122,5% R$ 45,24

BDI 2% R$ 5,59

Page 93: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

93

Preço Total Unitário R$ 285,02

5. IMPERMEABILIZAÇÃO

120101 5.1 - Impermeabilização de alvenaria de embasamento, no respaldo, empregando argamassa de cimento e areia no traço 1:3, com aditivo impermeabilizante, espessura de 2cm. M²

86,75

Argamassa 1:3 com impermeabilizante 0,02 m3 R$ 2,00 R$ 0,04

Cimento 9,72 kg R$ 0,22 R$ 2,14

Areia média 0,0243 m3 R$ 38,51 R$ 0,94

Impermeabilizante 0,4 kg R$ 2,40 R$ 0,96

Pedreiro 0,75 h R$ 2,80 R$ 2,10

Servente 0,95 h R$ 1,80 R$ 1,71

Leis Sociais 122,5% R$ 4,67

BDI 2% R$ 0,25

Preço Total Unitário R$ 12,80

6. ALVENARIA DE ELEVAÇÃO (VEDAÇÃO)

070106 6.1 - Alvenaria de elevação com tijolos comuns, dimensões 5x10x20cm, assentados com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou grossa sem peneirar, no traço 1:2:8. Espessura das juntras 12 mm - espessura da parede (chato) sem revestimento: 10 cm.

162,90

Cimento 4,55 kg R$ 0,22 R$ 1,00

Cal hidratada 4,55 kg R$ 0,28 R$ 1,27

Areia média ou grossa 0,0304 m3 R$ 38,51 R$ 1,17

Tijolo comum 84 un R$ 0,20 R$ 16,80

Andaimes 1 un R$ 1,00 R$ 1,00

Pedreiro 1,6 h R$ 2,80 R$ 4,48

Servente 1,85 h R$ 1,80 R$ 3,33

Leis Sociais 122,5% R$ 9,57

BDI 2% R$ 0,77

Preço Total Unitário R$ 39,40

070110 6.2 - Alvenaria de elevação com tijolos comuns, dimensões 5x10x20cm, assentados com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou grossa sem peneirar, no traço 1:2:8. Espessura das juntras 12 mm - espessura da parede sem revestimento: 20 cm.

143,25

Cimento 10,37 kg R$ 0,22 R$ 2,28

Cal hidratada 10,37 kg R$ 0,28 R$ 2,90

Areia média ou grossa 0,0693 m3 R$ 38,51 R$ 2,67

Tijolo comum 159 un R$ 0,20 R$ 31,80

Andaimes 1 un R$ 1,00 R$ 1,00

Pedreiro 2,5 h R$ 2,80 R$ 7,00

Servente 3,07 h R$ 1,80 R$ 5,53

Leis Sociais 122,5% R$ 15,34

BDI 2% R$ 1,37

Preço Total Unitário R$ 69,89

7. CINTAS DE CONCRETO

7.1 - No respaldo do embasamento (viga baldrame) M³

050511 7.1.1 - Preparo de concreto estrutural, com betoneira, controle tipo "B", Fck = 20 Mpa. M³

2,04 Cimento (352 KG + 5%) 369,6 kg R$ 0,22 R$ 81,31

Page 94: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

94

Areia Média 0,6139 m3 R$ 38,51 R$ 23,64

Brita 1 0,263 m3 R$ 32,02 R$ 8,42

Brita 2 0,615 m3 R$ 32,02 R$ 19,69

Betoneira 0,714 h R$ 0,80 R$ 0,57

Servente 6 h R$ 1,80 R$ 10,80

Leis Sociais 122,5% R$ 13,23

BDI 2% R$ 3,15

Preço Total Unitário R$ 160,82

050405 7.1.2 - Armadura CA 50 A ou B - média, diâmetro de 6,35 a 9,52 mm (1/4"a 3/8"). Kg

25,00

Aço CA 50 A ou B de 6,35 a 9,52 mm 1,15 kg R$ 2,72 R$ 3,13

Arame recozido n. 18 0,02 kg R$ 4,19 R$ 0,08

Ferreiro 0,08 h R$ 2,80 R$ 0,22

Ajudante 0,08 h R$ 2,11 R$ 0,17

Leis Sociais 122,5% R$ 0,48

BDI 2% R$ 0,08

Preço Total Unitário R$ 4,17

050407 7.1.3 - Armadura CA "60 B - fina, diâmetro de 3,4 a 6,0 mm. Kg

0,00

Aço CA 60 B de 3,4 a 6,0 mm 1,15 kg R$ 2,72 R$ 3,13

Arame recozido n. 18 0,02 kg R$ 4,19 R$ 0,08

Ferreiro 0,07 h R$ 2,80 R$ 0,20

Ajudante 0,07 h R$ 2,11 R$ 0,15

Leis Sociais 122,5% R$ 0,42

BDI 2% R$ 0,08

Preço Total Unitário R$ 4,06

7.2 - No respaldo da alvenaria de elevação em concreto Fck 20MPa, com 4 ferros de 6.3mm, estribos 5,0mm a cada 25cm, dimensões de 0,10 x 0,25m M³

050511 7.2.1 - Preparo de concreto estrutural, com betoneira, controle tipo "B", Fck = 20 Mpa. M³

2,04

Cimento (352 KG + 5%) 369,6 kg R$ 0,22 R$ 81,31

Areia Média 0,6139 m3 R$ 38,51 R$ 23,64

Brita 1 0,263 m3 R$ 32,02 R$ 8,42

Brita 2 0,615 m3 R$ 32,02 R$ 19,69

Betoneira 0,714 h R$ 0,80 R$ 0,57

Servente 6 h R$ 1,80 R$ 10,80

Leis Sociais 122,5% R$ 13,23

BDI 2% R$ 3,15

Preço Total Unitário R$ 160,82

050405 7.2.2 - Armadura CA 50 A ou B - média, diâmetro de 6,35 a 9,52 mm (1/4"a 3/8"). Kg

25,00

Aço CA 50 A ou B de 6,35 a 9,52 mm 1,15 kg R$ 2,72 R$ 3,13

Arame recozido n. 18 0,02 kg R$ 4,19 R$ 0,08

Ferreiro 0,08 h R$ 2,80 R$ 0,22

Ajudante 0,08 h R$ 2,11 R$ 0,17

Leis Sociais 122,5% R$ 0,48

Page 95: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

95

BDI 2% R$ 0,08

Preço Total Unitário R$ 4,17

050407 7.2.3 - Armadura CA "60 B - fina, diâmetro de 3,4 a 6,0 mm. Kg

0,00

Aço CA 60 B de 3,4 a 6,0 mm 1,15 kg R$ 2,72 R$ 3,13

Arame recozido n. 18 0,02 kg R$ 4,19 R$ 0,08

Ferreiro 0,07 h R$ 2,80 R$ 0,20

Ajudante 0,07 h R$ 2,11 R$ 0,15

Leis Sociais 122,5% R$ 0,42

BDI 2% R$ 0,08

Preço Total Unitário R$ 4,06

8. VERGAS

070401 8.1 - Vergas retas de concreto armado, controle tipo "B" Fck 20,0 Mpa. M³

2,66

Cimento 327,6 kg R$ 0,22 R$ 72,07

Areia média ou grossa 0,6235 m3 R$ 38,51 R$ 24,01

Brita 1 0,263 m3 R$ 32,02 R$ 8,42

Brita 2 0,615 m3 R$ 32,02 R$ 19,69

Betoneira 0,714 h R$ 0,80 R$ 0,57

Pontalete de Pinho de terceira de 3x3" 0,6 m R$ 1,90 R$ 1,14

Tábua de Pinho de terceira de 1x12" 5 m2 R$ 14,80 R$ 74,00

Aço CA 25 de 7,94 mm 60 kg R$ 2,63 R$ 157,80

Arame recozido n. 18 1,2 kg R$ 4,19 R$ 5,03

Prego 18x27 2 kg R$ 4,50 R$ 9,00

Armador 4,8 h R$ 2,80 R$ 13,44

Carpinteiro 7,5 h R$ 2,80 R$ 21,00

Pedreiro 2 h R$ 2,80 R$ 5,60

Servente 12 h R$ 1,80 R$ 21,60

Ajudante 12,3 h R$ 2,11 R$ 25,95

Leis Sociais 122,5% R$ 107,30

BDI 2% R$ 11,33

Preço Total Unitário R$ 577,96

9. LAJE DE FORRO

060501 9.1 - Laje pré fabricada para forro, intereixo de 41 cm, espessura de 10 cm (capeamento de 2cm), consumo de concreto controle tipo "B" Fck 20 Mpa = 0,028m3/m2.

136,90

Laje pré-fabricada 8 cm 1 m2 R$ 11,69 R$ 11,69

Cimento 9,53 kg R$ 0,22 R$ 2,10

Areia média 0,0174 m3 R$ 38,51 R$ 0,67

Brita 1 0,0074 m3 R$ 32,02 R$ 0,24

Brita 2 0,0172 m3 R$ 32,02 R$ 0,55

Betoneira 0,02 h R$ 0,80 R$ 0,02

Aço CA 50 A ou B de 6,35 mm 0,03 kg R$ 2,63 R$ 0,08

Tábua de Pinho de terceira de 1x12" 0,59 m R$ 14,80 R$ 8,73

Pontalete de Pinho de terceira de 3x3" 1,06 m R$ 1,90 R$ 2,01

Page 96: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

96

Sarrafo de pinho 1x4" 0,67 m R$ 1,45 R$ 0,97

Prego 18x27 0,03 kg R$ 4,50 R$ 0,14

Pedreiro 0,35 h R$ 2,80 R$ 0,98

Servente 0,7 h R$ 1,80 R$ 1,26

Leis Sociais 122,5% R$ 2,74

BDI 2% R$ 0,64

Preço Total Unitário R$ 32,82

10. TELHADO

110102 10.1 - Estrutura de madeira, vão de 7 a 10 m, para telhas cerâmicas ou de concreto, 330x419mm. M²

177,50

Madeira 0,026 m3 R$ 1.310,33 R$ 34,07

Prego 0,12 kg R$ 4,50 R$ 0,54

Ferragem 0,23 kg R$ 6,80 R$ 1,56

Carpinteiro 1,5 h R$ 2,80 R$ 4,20

Ajudante 1,5 h R$ 2,11 R$ 3,17

Leis Sociais 122,5% R$ 9,02

BDI 2% R$ 1,05

Preço Total Unitário R$ 53,61

110403 10.2 - Cobertura com telha cerâmica, tipo paulista ou colonial, empregando argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou fina sem peneirar, no traço 1:2:9. M²

177,50

Telha paulista ou colonial 25 un R$ 0,67 R$ 16,75

Cimento 0,486 kg R$ 0,22 R$ 0,11

Cal hidratada 0,486 kg R$ 0,28 R$ 0,14

Areia média ou fina 0,0038 m3 R$ 38,51 R$ 0,15

Pedreiro 1,5 h R$ 2,80 R$ 4,20

Servente 2,03 h R$ 1,80 R$ 3,65

Leis Sociais 122,5% R$ 9,62

BDI 2% R$ 0,69

Preço Total Unitário R$ 35,31

11. REVESTIMENTO

11.1 - Externo

- 11.1.1 - Barra de chapisco de cimento e areia no traço 1:3 com impermeabilizante, em todo o perímetro externo, com altura mínima de 0,50cm.

122,5%

2%

Preço Total Unitário

160101 11.1.2 - Chapisco sobre superfícies verticais, empregando argamassa de cimento e areia média ou grossa sem peneirar no traço 1:3, espessura 5mm. M²

143,25 Cimento 2,43 kg R$ 0,22 R$ 0,53

Areia média ou grossa 0,0061 m3 R$ 38,51 R$ 0,23

Page 97: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

97

Andaimes 1 un R$ 1,00 R$ 1,00

Pedreiro 0,1 h R$ 2,80 R$ 0,28

Servente 0,15 h R$ 1,80 R$ 0,27

Leis Sociais 122,5% R$ 0,67

BDI 2% R$ 0,06

Preço Total Unitário R$ 3,05

160210 11.1.3 - Emboço para paredes internas ou externas, empregadno argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou grossa sem peneirar no traço 1:2:11, espessura 20 mm. M²

143,25

Cimento 2,66 kg R$ 0,22 R$ 0,59

Cal hidratada 2,66 kg R$ 0,28 R$ 0,74

Betoneira 0,0143 h R$ 0,80 R$ 0,01

Areia média ou grossa 0,0243 m3 R$ 38,51 R$ 0,94

Andaimes 1 un R$ 0,00 R$ 0,00

Pedreiro 0,6 h R$ 2,80 R$ 1,68

Servente 0,72 h R$ 1,80 R$ 1,30

Leis Sociais 122,5% R$ 3,65

BDI 2% R$ 0,18

Preço Total Unitário R$ 9,08

11.2 - Interno

150101 11.2.1 - Chapisco sobre superfícies verticais, empregando argamassa de cimento e areia média ou grossa sem peneirar no traço 1:3, espessura 5mm.

129,40

Cimento 2,43 kg R$ 0,22 R$ 0,53

Areia média ou grossa 0,0061 m3 R$ 38,51 R$ 0,23

Andaimes 1 un R$ 0,00 R$ 0,00

Pedreiro 0,1 h R$ 2,80 R$ 0,28

Servente 0,15 h R$ 1,80 R$ 0,27

Leis Sociais 122,5% R$ 0,67

BDI 2% R$ 0,04

Preço Total Unitário R$ 2,03

140202 11.2.2 - Emboço para forros, empregando argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou grossa sem peneirar no traço 1:2:11, espessura 20mm. M²

76,90

Cimento 3,24 kg R$ 0,22 R$ 0,71

Cal hidratada 3,24 kg R$ 0,28 R$ 0,91

Areia média ou grossa 0,0243 m3 R$ 38,51 R$ 0,94

Andaimes 1 un R$ 0,00 R$ 0,00

Pedreiro 0,7 h R$ 2,80 R$ 1,96

Servente 0,9 h R$ 1,80 R$ 1,62

Leis Sociais 122,5% R$ 4,39

BDI 2% R$ 0,21

Preço Total Unitário R$ 10,73

11.3 - Azulejos

150413 11.3.1 - Assentamento de azulejos, com juntas a prumo, empregando pasta de argamassa colante. M²

52,50 Azulejo 1,05 m² R$ 11,25 R$ 11,81

Cola especial de PVA 0,9 kg R$ 0,36 R$ 0,32

Page 98: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

98

Andaimes 1 un R$ 0,00 R$ 0,00

Azulejista 0,5 h R$ 2,80 R$ 1,40

Servente 0,14 h R$ 1,80 R$ 0,25

Leis Sociais 122,5% R$ 2,02

BDI 2% R$ 0,32

Preço Total Unitário R$ 16,13

150415 11.3.2 - Rejuntamento para azulejos, usando cimento branco, para juntas de no máximo 3mm de espessura. M²

52,50

Cimento branco 0,25 kg R$ 2,52 R$ 0,63

Andaimes 1 un R$ 0,00 R$ 0,00

Rejuntador / Azulejista 0,25 h R$ 2,80 R$ 0,70

Servente 0,2 h R$ 1,80 R$ 0,36

Leis Sociais 122,5% R$ 1,30

BDI 2% R$ 0,06

Preço Total Unitário R$ 3,05

12. PISOS

170102 12.1 - Execução de lastro impermeabilizado de concreto não estrutural, espessura de 6 cm. M²

50,65

Cimento 13,2 kg R$ 0,22 R$ 2,90

Areia média 0,0406 m3 R$ 38,51 R$ 1,56

Brita 1 0,0158 m3 R$ 32,02 R$ 0,51

Brita 2 0,0369 m3 R$ 32,02 R$ 1,18

Impermeabilizante 1,2 kg R$ 2,40 R$ 2,88

Pedreiro 0,4 h R$ 2,80 R$ 1,12

Servente 1,4 h R$ 1,80 R$ 2,52

Leis Sociais 122,5% R$ 4,46

BDI 2% R$ 0,34

Preço Total Unitário R$ 17,48

170311 12.2 - Colocação de taco de madeira, empregando argamassa de cimento e areia média ou fina, seca e peneirada no traço 1:4, com aditivo impermeabilizante, inclusive desbastamento de superfície de base. M²

70,09

Taco comum 1,05 m² R$ 52,00 R$ 54,60

Cimento 10,95 kg R$ 0,22 R$ 2,41

Areia média ou grossa 0,0365 m3 R$ 38,51 R$ 1,41

Impermeabilizante 0,6 kg R$ 2,40 R$ 1,44

Taqueiro 1 h R$ 2,80 R$ 2,80

Servente 1,97 h R$ 1,80 R$ 3,55

Leis Sociais 122,5% R$ 7,77

BDI 2% R$ 1,48

Preço Total Unitário R$ 75,45

170304 12.3 - Assentamento de piso cerâmico esmaltado, empregando argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou fina sem peneirar no traço 1:0,5:5, espessura 2,5 cm. M²

63,17

Piso cerâmico esmaltado 1,1 m² R$ 26,58 R$ 29,24

Cimento 10,65 kg R$ 0,22 R$ 2,34

Cal hidratada 1,83 kg R$ 0,28 R$ 0,51

Areia média ou fina 0,0304 m3 R$ 38,51 R$ 1,17

Page 99: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

99

Ladrilhista 1,5 h R$ 2,80 R$ 4,20

Servente 1,5 h R$ 1,80 R$ 2,70

Leis Sociais 122,5% R$ 8,45

BDI 2% R$ 0,97

Preço Total Unitário R$ 49,59

170361 12.4 - Pisos cimentados impermeabilizados, empregando argamassa de cimento e areia média ou grossa sem peneirar no traço 1:3, com impermeabilizante, espessura 1,5 cm. M²

12,00

Cimento 5,48 kg R$ 0,22 R$ 1,21

Areia média ou grossa 0,0182 m3 R$ 38,51 R$ 0,70

Impermeabilizante 0,3 kg R$ 2,40 R$ 0,72

Pedreiro 1 h R$ 2,80 R$ 2,80

Servente 1,15 h R$ 1,80 R$ 2,07

Leis Sociais 122,5% R$ 5,97

BDI 2% R$ 0,27

Preço Total Unitário R$ 13,73

13. RODAPÉS, SOLEIRAS E PEITORIS

170401 13.1 - Rodapés de cerâmica 7,5 x 15 cm, assentados com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou fina sem peneirar no traço 1:0,5:5. M

74,30

Rodapé 7,5 x 15 cm 1,1 m R$ 3,57 R$ 3,93

Cimento 0,76 kg R$ 0,22 R$ 0,17

Cal hidratada 0,13 kg R$ 0,28 R$ 0,04

Areia média ou fina 0,0019 m3 R$ 38,51 R$ 0,07

Ladrilhista 0,8 h R$ 2,80 R$ 2,24

Servente 0,6 h R$ 1,80 R$ 1,08

Leis Sociais 122,5% R$ 4,07

BDI 2% R$ 0,23

Preço Total Unitário R$ 11,82

170405 13.2 - Rodapés de peroba de 7 x 1,5 cm, fixados sobre tacos embutidos na parede, espaços de 50 cm. M

76,90

Rodapé de peróba 7 x 1,5 cm 1,03 m R$ 3,57 R$ 3,68

Tacos 2 un R$ 1,00 R$ 2,00

Pregos 0,006 kg R$ 4,50 R$ 0,03

Carpinteiro 0,4 h R$ 2,80 R$ 1,12

Ajudante 0,3 h R$ 2,11 R$ 0,63

Leis Sociais 122,5% R$ 2,15

BDI 2% R$ 0,19

Preço Total Unitário R$ 9,80

170402 13.3 - Soleiras de cerâmica de 15 cm, assentados com agarmassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou fina sem peneirar no traço 1:0,5:5.

M

5,30

Soleira cerâmica de 15 cm 1,1 m R$ 1,68 R$ 1,85

Cimento 1,51 kg R$ 0,22 R$ 0,33

Cal hidratada 0,25 kg R$ 0,28 R$ 0,07

Areia média ou fina 0,0039 m3 R$ 38,51 R$ 0,15

Ladrilhista 0,6 h R$ 2,80 R$ 1,68

Page 100: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

100

Servente 0,5 h R$ 1,80 R$ 0,90

Leis Sociais 122,5% R$ 3,16

BDI 2% R$ 0,16

Preço Total Unitário R$ 8,30

170403 1.3.3.2 - Soleiras de cerâmica de 25 cm, assentados com agarmassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou fina sem peneirar no traço 1:0,5:5. M

0,80

Soleira cerâmica de 25 cm 1,1 m R$ 1,68 R$ 1,85

Cimento 2,52 kg R$ 0,22 R$ 0,55

Cal hidratada 0,42 kg R$ 0,28 R$ 0,12

Areia média ou fina 0,0065 m3 R$ 38,51 R$ 0,25

Ladrilhista 0,65 h R$ 2,80 R$ 1,82

Servente 0,55 h R$ 1,80 R$ 0,99

Leis Sociais 122,5% R$ 3,44

BDI 2% R$ 0,18

Preço Total Unitário R$ 9,20

170404 1.3.4 - Peitoris de cerâmica de 17 cm, assentadaos com agarmassa mista de cimento, cal hidratada e areia média ou fina sem peneirar no traço 1:0,5:5. M

5,80

Peitoril de cerâmica boleada de 17 cm 1,05 m R$ 1,88 R$ 1,97

Cimento 1,71 kg R$ 0,22 R$ 0,38

Cal hidratada 0,29 kg R$ 0,28 R$ 0,08

Areia média ou fina 0,0044 m3 R$ 38,51 R$ 0,17

Ladrilhista 0,6 h R$ 2,80 R$ 1,68

Servente 0,5 h R$ 1,80 R$ 0,90

Leis Sociais 122,5% R$ 3,16

BDI 2% R$ 0,17

Preço Total Unitário R$ 8,51

14. ESQUADRIAS DE MADEIRA

14.1 - Portas Externas

080111 14.1.1 - Colocação de porta externa de madeira, uma folha, 0,80x2,10 m, com batentes, guarnições e ferragens. UN.

2,00

Porta interna 0,80 x 2,10 m 1 fl R$ 38,70 R$ 38,70

Batente 0,80 x 2,10 m 1 cj R$ 43,25 R$ 43,25

Guarnição de madeira 1 cj R$ 17,77 R$ 17,77

Taco de madeira 6 un R$ 1,00 R$ 6,00

Parafuso 80 mm 8 un R$ 0,60 R$ 4,80

Prego 0,25 kg R$ 4,50 R$ 1,13

Cimento 1,72 kg R$ 0,22 R$ 0,38

Cal hidratada 1,72 kg R$ 0,28 R$ 0,48

Areia média 0,0106 m3 R$ 38,51 R$ 0,41

Dobradiça 3 un R$ 7,60 R$ 22,80

Fechadura completa 1 cj R$ 40,00 R$ 40,00

Carpinteiro 3,75 h R$ 2,80 R$ 10,50

Ajudante 3,75 h R$ 2,11 R$ 7,91

Pedreiro 1,4 h R$ 2,80 R$ 3,92

Page 101: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

101

Servente 1,4 h R$ 1,80 R$ 2,52

Leis Sociais 122,5% R$ 30,44

BDI 2% R$ 4,62

Preço Total Unitário R$ 235,63

14.2 - Portas Internas

080102 14.2.1 - Colocação de porta interna de madeira, uma folha, 0,70x2,10 m, com batentes, guarnições e ferragens.

UN.

3,00

Porta interna 0,70 x 2,10 m 1 fl R$ 38,70 R$ 38,70

Batente 0,70 x 2,10 m 1 cj R$ 43,25 R$ 43,25

Guarnição de madeira 2 cj R$ 17,77 R$ 35,54

Taco de madeira 6 un R$ 1,00 R$ 6,00

Parafuso 80 mm 8 un R$ 0,60 R$ 4,80

Prego 0,2 kg R$ 4,50 R$ 0,90

Cimento 1,72 kg R$ 0,22 R$ 0,38

Cal hidratada 1,72 kg R$ 0,28 R$ 0,48

Areia média 0,0106 m3 R$ 38,51 R$ 0,41

Dobradiça 3 un R$ 7,60 R$ 22,80

Fechadura completa 1 cj R$ 40,00 R$ 40,00

Carpinteiro 3,75 h R$ 2,80 R$ 10,50

Pedreiro 1,4 h R$ 2,80 R$ 3,92

Servente 1,4 h R$ 1,80 R$ 2,52

Ajudante 3,75 h R$ 2,11 R$ 7,91

Leis Sociais 122,5% R$ 30,44

BDI 2% R$ 4,97

Preço Total Unitário R$ 253,53

080103 14.2.2 - Colocação de porta interna de madeira, uma folha, 0,80x2,10 m, com batentes, guarnições e ferragens. UN.

3,00

Porta interna 0,80 x 2,10 m 1 fl R$ 38,70 R$ 38,70

Batente 0,80 x 2,10 m 1 cj R$ 43,25 R$ 43,25

Guarnição de madeira 2 cj R$ 17,77 R$ 35,54

Taco de madeira 6 un R$ 1,00 R$ 6,00

Parafuso 80 mm 8 un R$ 0,60 R$ 4,80

Prego 0,2 kg R$ 4,50 R$ 0,90

Cimento 1,72 kg R$ 0,22 R$ 0,38

Cal hidratada 1,72 kg R$ 0,28 R$ 0,48

Areia média 0,0106 m3 R$ 38,51 R$ 0,41

Dobradiça 3 un R$ 7,60 R$ 22,80

Fechadura completa 1 cj R$ 40,00 R$ 40,00

Carpinteiro 3,75 h R$ 2,80 R$ 10,50

Pedreiro 1,4 h R$ 2,80 R$ 3,92

Servente 1,4 h R$ 1,80 R$ 2,52

Ajudante 3,75 h R$ 2,11 R$ 7,91

Leis Sociais 122,5% R$ 30,44

Page 102: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

102

BDI 2% R$ 4,97

Preço Total Unitário R$ 253,53

15. ESQUADRIAS DE FERRO

090202 15.1 - Colocação e acabamento de caixilhos de ferro, de correr ou tipo maximar. M²

15,00

Caixilhos de ferro 1 m² R$ 112,26 R$ 112,26

Cimento 2,67 kg R$ 0,22 R$ 0,59

Cal hidratada 0,73 kg R$ 0,28 R$ 0,20

Areia média 0,0097 m3 R$ 38,51 R$ 0,37

Pedreiro 4 h R$ 2,80 R$ 11,20

Servente 1 h R$ 1,80 R$ 1,80

Leis Sociais 122,5% R$ 15,93

BDI 2% R$ 2,85

Preço Total Unitário R$ 145,20

090201 15.2 - Colocação e acabamento de caixilhos de ferro, basculante ou fixo. M²

1,08

Caixilhos de ferro 1 m² R$ 112,26 R$ 112,26

Cimento 2,67 kg R$ 0,22 R$ 0,59

Cal hidratada 0,73 kg R$ 0,28 R$ 0,20

Areia média 0,0097 m3 R$ 38,51 R$ 0,37

Pedreiro 2,5 h R$ 2,80 R$ 7,00

Servente 1 h R$ 1,80 R$ 1,80

Leis Sociais 122,5% R$ 10,78

BDI 2% R$ 2,66

Preço Total Unitário R$ 135,67

- 15.3 - Caixilhos venezianas. M²

122,5%

2%

Preço Total Unitário

16. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

190309 INSTALAÇÃO DE CAIXA DE ENTRADA 50 X 60 X 27 10 A 15 Kw UN.

1,00

Caixa 50x60x27 1,00 un R$ 18,57 R$ 18,57

Bucha de 32mm 3,00 un R$ 0,25 R$ 0,75

Arruela 32mm 3,00 m R$ 0,20 R$ 0,60

Fio 16mm² 1,000 un R$ 1,62 R$ 1,62

Chave 3 x 100A 1,00 m R$ 45,00 R$ 45,00

haste 19mm x 3m 1,00 un R$ 12,00 R$ 12,00

Cabo de cobre nu 25mm 2,00 m R$ 2,64 R$ 5,28

Page 103: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

103

Eletrooduto pvc rÍgido 20mm 1,50 un R$ 2,57 R$ 3,86

Conector para haste 1,00 un R$ 0,58 R$ 0,58

Eletricista 4,80 un R$ 2,80 R$ 13,44

Ajudante 4,80 h R$ 2,11 R$ 10,13

Leis Sociais 122,5% R$ 28,87

BDI 2% R$ 2,81

Preço Total Unitário R$ 143,51

190401 ABERTURA DE RASGOS EM ALVENARIA ELETRODUTOS DE 15 A 25MM M

72,00

Eletricista 0,10 h R$ 2,80 R$ 0,28

Ajudante 0,25 h R$ 2,11 R$ 0,53

Leis Sociais 122,5% R$ 0,99

BDI 2% R$ 0,04

Preço Total Unitário R$ 1,83

190402 ABERTURA DE RASGOS EM ALVENARIA ELETRODUTO DE 32 A 50MM M

65,00

Eletricista 0,15 h R$ 2,80 R$ 0,42

Ajudante 0,40 h R$ 2,11 R$ 0,84

Leis Sociais 122,5% R$ 1,55

BDI 2% R$ 0,06

Preço Total Unitário R$ 2,87

190407 ENCHIMENTO DE RASGOS PARA ELETRODUTOS DE 15 A 25 MM M

72,00

Cimento 0,03 Kg R$ 0,22 R$ 0,01

Cal Hidratado 0,04 Kg R$ 0,28 R$ 0,01

Areia média 0,00 m³ R$ 38,51 R$ 0,01

Pedreiro 0,15 h R$ 2,80 R$ 0,42

Servente 0,10 h R$ 1,80 R$ 0,18

Leis Sociais 122,5% R$ 0,74

BDI 2% R$ 0,03

Preço Total Unitário R$ 1,39

190408 PREENCHIMENTO DE RASGOS PARA ELETRODUTOS DE 32 A 50MM M

65,00

Cimento 0,06 Kg R$ 0,22 R$ 0,01

Cal Hidratado 0,07 Kg R$ 0,28 R$ 0,02

Areia média 0,00 m³ R$ 38,51 R$ 0,02

Pedreiro 0,2 h R$ 2,80 R$ 0,56

Servente 0,15 h R$ 1,80 R$ 0,27

Leis Sociais 122,5% R$ 1,02

BDI 2% R$ 0,04

Preço Total Unitário R$ 1,94

190603 INSTALAÇÃO DE FIO OU CABO ISOLADO DE PVC 10MM² M

161,91

Fio ou cabo 10mm² 1,02 Kg R$ 1,50 R$ 1,53

Eletricista 0,14 h R$ 2,80 R$ 0,39

Ajudante 0,14 h R$ 2,11 R$ 0,30

Leis Sociais 122,5% R$ 0,84

Page 104: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

104

BDI 2% R$ 0,06

Preço Total Unitário R$ 3,12

190552 ASSENTAMENTO DE ELETRODUTO DE PVC RIGIDO 25MM M

72,00

Eletroduto 25mm 1,00 Kg R$ 4,40 R$ 4,40

Eletricista 0,17 h R$ 2,80 R$ 0,48

Ajudante 0,17 h R$ 2,11 R$ 0,36

Leis Sociais 122,5% R$ 1,02

BDI 2% R$ 0,13

Preço Total Unitário R$ 6,38

190626 INSTALAÇÃO DE DISJUNTOR TRIPOLAR ATÉ 63 A UN.

6,00

Disjuntor de 50A 1,00 un R$ 33,70 R$ 33,70

Eletricista 1,00 h R$ 2,80 R$ 2,80

Ajudante 1,00 h R$ 2,11 R$ 2,11

Leis Sociais 122,5% R$ 6,01

BDI 2% R$ 0,89

Preço Total Unitário R$ 45,52

190801 INSTALAÇÃO DE QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO 207X332X95MM COM 12 DIVISÕES UN.

1,00

Quadro 207x332x95mm 1,00 un R$ 23,00 R$ 23,00

Barramento principal 1,00 un R$ 12,00 R$ 12,00

Barramento Neutro 1,00 un R$ 12,00 R$ 12,00

Barramento Terra 1,00 un R$ 12,00 R$ 12,00

Equipamentos 1,00 Cj R$ 4,00 R$ 4,00

Eletricista 2,00 h R$ 2,80 R$ 5,60

Ajudante 2,00 h R$ 2,11 R$ 4,22

Leis Sociais 122,5% R$ 12,03

BDI 2% R$ 1,70

Preço Total Unitário R$ 86,55

190912 INSTALAÇÃO DE DISJUNTOR MONOPOLAR 10A UN.

8,00

Disjuntor de 10A 1,00 un R$ 8,05 R$ 8,05

Eletricista 0,30 h R$ 2,80 R$ 0,84

Ajudante 0,30 h R$ 2,11 R$ 0,63

Leis Sociais 122,5% R$ 1,80

BDI 2% R$ 0,23

Preço Total Unitário R$ 11,55

190923 INSTALAÇÃO DE DISJUNTOR BIPOLAR 10A UN.

1,00

Disjuntor Bi 10A 1,00 un R$ 45,29 R$ 45,29

Eletricista 0,60 h R$ 2,80 R$ 1,68

Ajudante 0,60 h R$ 2,11 R$ 1,27

Leis Sociais 122,5% R$ 3,61

BDI 2% R$ 1,04

Preço Total Unitário R$ 52,88

191005 INSTALAÇÃO FIO 2,5MM² M

Page 105: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

105

137,00

Fio 2,5 mm² 1,02 un R$ 0,24 R$ 0,24

Eletricista 0,11 h R$ 2,80 R$ 0,31

Ajudante 0,11 h R$ 2,11 R$ 0,23

Leis Sociais 122,5% R$ 0,66

BDI 2% R$ 0,03

Preço Total Unitário R$ 1,48

191006 INSTALAÇÃO FIO 4MM² M

12,15

Fio 2,5 mm² 1,02 un R$ 0,38 R$ 0,39

Eletricista 0,12 h R$ 2,80 R$ 0,34

Ajudante 0,12 h R$ 2,11 R$ 0,25

Leis Sociais 122,5% R$ 0,72

BDI 2% R$ 0,03

Preço Total Unitário R$ 1,73

191201 INSTALAÇÃO DE INTERRUPTOR UMA TECLA SIMPLES UN.

10,00

Interruptor Simples 1,00 un R$ 2,76 R$ 2,76

Eletricista 0,21 h R$ 2,80 R$ 0,59

Ajudante 0,21 h R$ 2,11 R$ 0,44

Leis Sociais 122,5% R$ 1,26

BDI 2% R$ 0,10

Preço Total Unitário R$ 5,16

191207 INSTALAÇÃO DE INTERRUPTOR PARALELO UN.

5,00

Interruptor paralelo 1,00 un R$ 3,97 R$ 3,97

Eletricista 0,29 h R$ 2,80 R$ 0,81

Ajudante 0,29 h R$ 2,11 R$ 0,61

Leis Sociais 122,5% R$ 1,74

BDI 2% R$ 0,14

Preço Total Unitário R$ 7,28

191219 INSTALAÇÃO DE TOMADAS DOIS POLOS MAIS TERRA UN.

32,00

Interruptor duas teclas paralelas 1,00 un R$ 6,90 R$ 6,90

Eletricista 0,29 h R$ 2,80 R$ 0,81

Ajudante 0,29 h R$ 2,11 R$ 0,61

Leis Sociais 122,5% R$ 1,74

BDI 2% R$ 0,20

Preço Total Unitário R$ 10,27

191302 INSTALAÇÃO DE LUMINÁRIA A2 UN.

17,00

Luminária completa 2x20W 1,00 un R$ 20,74 R$ 20,74

Eletricista 1,10 h R$ 2,80 R$ 3,08

Ajudante 1,10 h R$ 2,11 R$ 2,32

Leis Sociais 122,5% R$ 6,62

BDI 2% R$ 0,66

Preço Total Unitário R$ 33,41

191601 INSTALAÇÃO DE CHUVEIRO UN.

Page 106: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

106

2,00

Chuveiro elétrico 1,00 un R$ 35,00 R$ 35,00

Tubo de ligação cromado 1,00 un R$ 1,50 R$ 1,50

Eletricista 0,50 h R$ 2,80 R$ 1,40

Ajudante 0,50 h R$ 2,11 R$ 1,06

Leis Sociais 122,5% R$ 3,01

BDI 2% R$ 0,84

Preço Total Unitário R$ 42,80

17. INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

180101 CONSTRUÇÃO DE ABRIGO PARA CAVALETE 65X85X30 UN.

1,00

Cal hidratada 11,31 Kg R$ 0,28 R$ 3,17

Areia média 0,13 m³ R$ 38,51 R$ 4,96

Cimento 33,06 Kg R$ 0,22 R$ 7,27

Tijolo comum 90,00 un R$ 0,20 R$ 18,00

Brita 01 0,05 m³ R$ 32,02 R$ 1,47

Betoneira 0,04 h R$ 0,80 R$ 0,03

Tábua de Pinho 0,76 m² R$ 14,80 R$ 11,25

Sarrafo de pinho 1,24 m R$ 1,45 R$ 1,80

prego 18x27 0,16 Kg R$ 4,50 R$ 0,72

Aço # 4,2mm 2,44 Kg R$ 2,72 R$ 6,64

Arame recozido 18mm 0,04 Kg R$ 5,29 R$ 0,21

Portinhola de chapa 85x65 1,00 un R$ 2,20 R$ 2,20

Pedreiro 5,74 h R$ 2,80 R$ 16,07

Servente 7,29 h R$ 1,80 R$ 13,12

Leis Sociais 122,5% R$ 35,76

BDI 2% R$ 2,45

Preço Total Unitário R$ 125,12

180102 INSTALAÇÃO DE CAVALETE UN.

1,00

Cotovelo de aço 20x15mm 1,00 un R$ 2,02 R$ 2,02

Tubo de aço de 20mm 2,50 m R$ 4,57 R$ 11,43

Registro de pressão 1,00 un R$ 7,82 R$ 7,82

Cotovelo de aço 20mm 3,00 un R$ 1,26 R$ 3,78

Te de aço 20mm 1,00 un R$ 1,64 R$ 1,64

Luva de aço 20mm 1,00 un R$ 1,13 R$ 1,13

Torneira de pressão 20mm 1,00 un R$ 3,50 R$ 3,50

Tampão de aço 20mm 1,00 un R$ 0,94 R$ 0,94

Fita de vedação 7,99 m R$ 0,01 R$ 0,08

Encanador 4,90 h R$ 2,80 R$ 13,72

Ajudante 4,90 h R$ 2,11 R$ 10,34

Leis Sociais 122,5% R$ 29,47

BDI 2% R$ 1,72

Preço Total Unitário R$ 87,58

180201 ABERTURA DE RASGOS PARA TUBULAÇÕES DE 15 A 25 MM M

Page 107: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

107

28,36

Encanador 0,10 h R$ 2,80 R$ 0,28

Ajudante 0,25 h R$ 2,11 R$ 0,53

Leis Sociais 122,5% R$ 0,99

BDI 2% R$ 0,04

Preço Total Unitário R$ 1,83

180207 ENCHIMENTO DE RASGOS PARA TUBULAÇÃO DE 15 A 25 MM M

28,36

Cal hidratada 0,04 Kg R$ 0,28 R$ 0,01

areia média 0,00 m³ R$ 38,51 R$ 0,08

Cimento 0,03 Kg R$ 0,22 R$ 0,01

Pedreiro 0,15 h R$ 2,80 R$ 0,42

Servente 0,10 h R$ 1,80 R$ 0,18

Leis Sociais 122,5% R$ 0,74

BDI 2% R$ 0,03

Preço Total Unitário R$ 1,46

180511 ASSENTAMENTO DE TUBOS SOLDÁVEIS DE PVC 25MM INCLUSIVE CONEXÕES M

28,36

Tubo de pvc de 25mm 1,60 m R$ 1,18 R$ 1,89

Adesivo para pvc 0,01 l R$ 65,00 R$ 0,52

Solução limpadora 0,00 l R$ 20,00 R$ 0,06

Encanador 0,40 h R$ 2,80 R$ 1,12

Ajudante 0,40 h R$ 2,11 R$ 0,84

Leis Sociais 122,5% R$ 2,41

BDI 2% R$ 0,14

Preço Total Unitário R$ 6,97

181103 REGISTRO DE GAVETA 25MM UN.

2,00

Registro de gaveta 25mm 1,00 un R$ 13,00 R$ 13,00

Fita de vedação 1,20 m R$ 0,01 R$ 0,01

Encanador 0,54 h R$ 2,80 R$ 1,51

Ajudante 0,54 h R$ 2,11 R$ 1,14

Leis Sociais 122,5% R$ 3,25

BDI 2% R$ 0,38

Preço Total Unitário R$ 19,29

181117 REGISTRO DE PRESSÃO COM CANOPLA CROMADA 25MM UN.

2,00

Registro de pressão 25mm 1,00 un R$ 13,00 R$ 13,00

Fita de vedação 1,20 m R$ 0,01 R$ 0,01

Encanador 0,61 h R$ 2,60 R$ 1,59

Ajudante 0,61 h R$ 1,67 R$ 1,02

Leis Sociais 122,5% R$ 3,19

BDI 2% R$ 0,38

Preço Total Unitário R$ 19,18

181138 VALVULA DE DESCARGA UN.

3,00 Válvula de descarga 1,00 un R$ 75,23 R$ 75,23

Tubo de pvc soldável 50mm 0,60 m R$ 4,23 R$ 2,54

Page 108: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

108

Solução limpadora 0,01 l R$ 20,00 R$ 0,10

Adesivo de pvc 0,01 l R$ 65,00 R$ 0,78

Encanador 1,00 h R$ 2,60 R$ 2,60

Ajudante 1,00 h R$ 1,67 R$ 1,67

Leis Sociais 122,5% R$ 5,23

BDI 2% R$ 1,76

Preço Total Unitário R$ 89,91

181201 RESERVATÓRIO DE FIBROCIMENTO CAPACIDADE 500L UN.

2,00

Reservatório com tampa 1,00 un R$ 123,00 R$ 123,00

Viga de peroba 6x16 5,00 m R$ 4,63 R$ 23,15

Fita de vedação 3,03 m R$ 0,01 R$ 0,03

Flange 20mm 2,00 un R$ 2,62 R$ 5,24

Flange de 25mm 2,00 un R$ 3,46 R$ 6,92

Flange de 50mm 4,00 un R$ 7,49 R$ 29,96

Massa para vidro 0,10 Kg R$ 1,24 R$ 0,12

Encanador 7,70 h R$ 2,80 R$ 21,56

Ajudante 7,70 h R$ 2,11 R$ 16,25

Leis Sociais 122,5% R$ 46,31

BDI 2% R$ 5,45

Preço Total Unitário R$ 278,00

181203 COLOCAÇÃO DE TORNEIRA BOIA 20MM UN.

2,00

Torneira boia 1,00 un R$ 2,50 R$ 2,50

Fita de vedação 0,47 m R$ 0,01 R$ 0,00

Encanador 0,28 h R$ 2,80 R$ 0,78

Ajudante 0,28 h R$ 2,11 R$ 0,59

Leis Sociais 122,5% R$ 1,68

BDI 2% R$ 0,11

Preço Total Unitário R$ 5,67

182788 COLOCAÇÃO DE CAIXA SINFONADA UN

5,00

Caixa sinfonada com grelha 1,98 un R$ 3,79 R$ 7,50

Encanador 0,98 h R$ 2,80 R$ 2,74

Ajudante 0,98 h R$ 2,11 R$ 2,07

Leis Sociais 122,5% R$ 15,09

BDI 2% R$ 0,55

Preço Total Unitário R$ 27,95

183207 CAIXA DE INSPEÇÃO - 40x40x60 EM ALVENARIA UN

1,00

Tijolo comum 100,80 un R$ 0,20 R$ 20,16

Cal hidratada 5,46 Kg R$ 0,28 R$ 1,53

Areia 0,11 m³ R$ 38,51 R$ 4,04

Cimento 26,18 Kg R$ 0,22 R$ 5,76

Brita 01 0,01 m³ R$ 32,02 R$ 0,32

Brita 02 0,03 m³ R$ 32,02 R$ 1,02

Page 109: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

109

Chapa compensada 12mm 0,10 m² R$ 5,54 R$ 0,55

Tábua de pinho de 3ª 0,03 m² R$ 14,80 R$ 0,44

Arame recozido 18 0,02 Kg R$ 4,19 R$ 0,09

Aço CA 60B 1,32 Kg R$ 2,72 R$ 3,58

Carpinteiro 0,61 h R$ 2,80 R$ 1,69

Ajudante 0,61 h R$ 2,11 R$ 1,28

Ferreiro 0,12 h R$ 2,80 R$ 0,32

Ajudante 0,12 h R$ 2,11 R$ 0,24

Pedreiro 2,91 h R$ 2,80 R$ 8,14

Servente 5,31 h R$ 1,80 R$ 9,55

Leis Sociais 122,5% R$ 26,01

BDI 2% R$ 1,69

Preço Total Unitário R$ 86,44

184101 INSTALAÇÃO DE CALHA GALVANIZADA M

62,20

Calha calvanizada 1,03 m³ R$ 4,61 R$ 4,75

Calha de chapa 0,07 Kg R$ 4,61 R$ 0,32

Prego 15x15 0,03 Kg R$ 2,18 R$ 0,07

Rebite 0,03 Kg R$ 20,00 R$ 0,60

Solda 70/30 1,00 Kg R$ 15,00 R$ 15,00

Encanador 1,00 h R$ 2,80 R$ 2,80

Ajudante 1,00 h R$ 2,11 R$ 2,11

Leis Sociais 122,5% R$ 6,01

BDI 2% R$ 0,63

Preço Total Unitário R$ 32,29

184106 INSTALAÇÃO DE RUFO M

11,45

Rufo de chapa galvanizada 1,01 m³ R$ 5,54 R$ 5,60

Prego 15x15 1,03 Kg R$ 4,50 R$ 4,64

Encanador 0,07 h R$ 2,80 R$ 0,20

Ajudante 0,60 h R$ 2,11 R$ 1,27

Leis Sociais 122,5% R$ 1,79

BDI 2% R$ 0,27

Preço Total Unitário R$ 13,75

184302 LAVATÓRIO E ACESSÓRIOS UN

2,00

Lavatório com coluna 1,00 un R$ 124,52 R$ 124,52

Torneira de pressão 1,00 un R$ 40,31 R$ 40,31

Válvula cromada de 1" 1,00 un R$ 12,18 R$ 12,18

Sifão cromado de 1 1/2 1,00 un R$ 93,48 R$ 93,48

Ligação flexivel 1,00 un R$ 2,50 R$ 2,50

Fita de vedação 0,84 m R$ 0,01 R$ 0,01

Parafuso com bucha 8 2,00 pr R$ 0,80 R$ 1,60

Encanador 2,75 h R$ 2,80 R$ 7,70

Ajudante 2,75 h R$ 2,11 R$ 5,80

Page 110: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

110

Leis Sociais 122,5% R$ 16,54

BDI 2% R$ 6,09

Preço Total Unitário R$ 310,73

184303 BACIA DE LOUÇA E ACESSÓRIOS UN

1,00

Bacia sinfonada 1,00 un R$ 126,22 R$ 126,22

Assento para bacia 1,00 un R$ 15,00 R$ 15,00

Anel de borracha 40mm 1,00 un R$ 0,10 R$ 0,10

Bolsa de borracha 1,00 un R$ 0,80 R$ 0,80

Tubo de ligação cromado 40mm 1,00 un R$ 2,30 R$ 2,30

Cotovelo de pvc 100mm 1,00 un R$ 11,25 R$ 11,25

Parafuso com bucha 8 2,00 pr R$ 0,80 R$ 1,60

Massa para vidro 0,25 Kg R$ 0,65 R$ 0,16

Encanador 3,30 h R$ 2,80 R$ 9,24

Ajudante 3,30 h R$ 2,11 R$ 6,96

Leis Sociais 122,5% R$ 19,85

BDI 2% R$ 3,87

Preço Total Unitário R$ 197,35

184312 SABONETEIRA DE LOUÇA UN

2,00

Saboneteira de loça 1,00 un R$ 6,50 R$ 6,50

Cimento 1,45 Kg R$ 0,22 R$ 0,32

Areia média 0,00 m³ R$ 38,51 R$ 0,04

Azulejista 1,00 h R$ 2,80 R$ 2,80

Servente 1,00 h R$ 1,80 R$ 1,80

Leis Sociais 122,5% R$ 5,64

BDI 2% R$ 0,34

Preço Total Unitário R$ 17,43

184315 PORTA TOALHA DE LOUÇA UN

3,00

Suporte para toalha 2,00 un R$ 3,70 R$ 7,40

Cimento 0,62 Kg R$ 0,22 R$ 0,14

Areia média 0,01 m³ R$ 19,47 R$ 0,10

Azulejista 1,10 h R$ 2,80 R$ 3,08

Servente 1,10 h R$ 1,80 R$ 1,98

Leis Sociais 122,5% R$ 6,20

BDI 2% R$ 0,38

Preço Total Unitário R$ 19,27

184317 PORTA PAPEL DE LOUÇA UN

3,00

Porta papel 1,00 un R$ 6,50 R$ 6,50

Cimento 0,45 Kg R$ 0,22 R$ 0,10

Areia média 0,00 m³ R$ 19,47 R$ 0,02

Azulejista 1,10 h R$ 2,80 R$ 3,08

Servente 1,10 h R$ 1,80 R$ 1,98

Leis Sociais 122,5% R$ 6,20

Page 111: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

111

BDI 2% R$ 0,36

Preço Total Unitário R$ 18,23

184320 TANQUE DE CONCRETO UN

2,00

Tanque de concreto 1,00 un R$ 22,00 R$ 6,50

Válvula 2" 1,00 un R$ 15,00 R$ 0,10

Sifão plástico 2" 1,00 un R$ 5,45 R$ 0,02

Fita de vedação 0,75 m R$ 0,01 R$ 3,08

Encanador 3,00 h R$ 2,80 R$ 1,98

Ajudante 3,00 h R$ 2,11 R$ 0,00

Leis Sociais 122,5% R$ 2,43

BDI 2% R$ 0,28

Preço Total Unitário R$ 14,39

184327 PIA DE COZINHA AÇO INOXIDÁVEL UN

1,00

Pia de aço 2x0,58 1,00 un R$ 387,08 R$ 15,00

Válvula americana 2,00 un R$ 18,00 R$ 5,45

Sifão cromado 2" 2,00 un R$ 99,44 R$ 0,01

Fita de vedação 2,26 m R$ 0,01 R$ 8,40

Encanador 4,00 h R$ 2,80 R$ 6,33

Ajudante 4,00 h R$ 2,11 R$ 0,00

Leis Sociais 122,5% R$ 7,75

BDI 2% R$ 0,86

Preço Total Unitário R$ 43,80

184334 TORNEIRA DE PRESSÃO USO GERAL UN

2,00

Torneira de pressão 1,00 un R$ 75,00 R$ 36,00

Fita de vedação 0,28 m R$ 0,01 R$ 198,88

Encanador 0,65 h R$ 2,80 R$ 0,02

Ajudante 0,65 h R$ 2,11 R$ 11,20

Leis Sociais 122,5% R$ 13,75

BDI 2% R$ 5,20

Preço Total Unitário R$ 265,05

184335 TORNEIRA DE PRESSÃO PARA PIA UN

2,00

Torneira de pressão 1,00 un R$ 40,81 R$ 40,81

Fita de vedação 0,28 m R$ 0,01 R$ 0,0028

Encanador 0,65 h R$ 2,80 R$ 0,00

Ajudante 0,65 h R$ 2,11 R$ 1,82

Leis Sociais 122,5% R$ 2,23

BDI 2% R$ 0,90

Preço Total Unitário R$ 45,77

18. MUROS DIVISÓRIOS

210101 18.1 - Construção de muros divisórios com blocos de cocreto, dimenções 14x19x39 cm, altura 1,80m com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia no traço 1:2:8 e sapata corrida. M

161,25 Bloco 14x19x39cm 29 un R$ 1,06 R$ 30,74

Page 112: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

112

Cimento 37,67 kg R$ 0,22 R$ 8,29

Cal hidratada 1,08 kg R$ 0,28 R$ 0,30

Areia média ou grossa 0,0818 m3 R$ 38,51 R$ 3,15

Brita 1 0,0184 m3 R$ 32,02 R$ 0,59

Brita 2 0,0429 m3 R$ 32,02 R$ 1,37

Betoneira 0,0498 h R$ 0,80 R$ 0,04

Tábua de pinho 1 x 12" 0,28 m2 R$ 14,80 R$ 4,14

Prego 18 x 27 0,08 kg R$ 4,50 R$ 0,36

Aço CA 25 de 6,3 mm 2,38 kg R$ 2,63 R$ 6,26

Arame recozido n 18 0,08 kg R$ 4,19 R$ 0,34

Ferreiro 0,32 h R$ 2,80 R$ 0,90

Carpinteiro 0,72 h R$ 2,80 R$ 2,02

Ajudante 1,04 h R$ 2,11 R$ 2,19

Pedreiro 2,53 h R$ 2,80 R$ 7,08

Servente 6,39 h R$ 1,80 R$ 11,50

Leis Sociais 122,5% R$ 29,02

BDI 2% R$ 2,17

Preço Total Unitário R$ 110,46

19. GRADIL

090107 19.1 - Colocação e acabamento de gradis e portões, considerando-se peças de 1m de altura. M²

15,08

Gradis e portões 1 m² R$ 46,14 R$ 46,14

Cimento 21,09 kg R$ 0,22 R$ 4,64

Cal hidratada 4,79 kg R$ 0,28 R$ 1,34

Areia média 0,061 m3 R$ 38,51 R$ 2,35

Pedreiro 1,5 h R$ 2,80 R$ 4,20

Servente 1,5 h R$ 1,80 R$ 2,70

Leis Sociais 122,5% R$ 8,45

BDI 2% R$ 1,40

Preço Total Unitário R$ 71,22

20. VIDROS

100101 20.1 - Vidro cristal comum, colocado em caixilhos com ou sem baguetes, com duas demãos de massa. M²

15,00

Cristal comum 1 m² R$ 37,00 R$ 37,00

Massa para vidro 2 kg R$ 6,00 R$ 12,00

Mão de obra por m² para colocação com massa 1 h R$ 5,60 R$ 5,60

Leis Sociais 122,5% R$ 21,56

BDI 2% R$ 2,95

Preço Total Unitário R$ 150,33

100201 20.2 - Vidro temperado, laminado ou isolante acústico, colocado em caixilhos com ou sem baguetes, com duas demãos de massa.

1,08

Vidro 1 m² R$ 92,06 R$ 92,06

Massa Igás 2 kg R$ 6,00 R$ 12,00

Mão de obra 1 h R$ 5,60 R$ 5,60

Leis Sociais 122,5% R$ 6,86

Page 113: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

113

BDI 2% R$ 5,34

Preço Total Unitário R$ 121,86

21. PINTURA

200203 21.1 - Emassamento de paredes internas, com duas demãos de massa corrida à base de PVA, para pintura látex. M²

220,15

Massa a base de PVA 0,7 kg R$ 1,89 R$ 1,32

Lixa 0,4 un R$ 0,50 R$ 0,20

Pintor 0,3 h R$ 2,80 R$ 0,84

Ajudante 0,25 h R$ 2,11 R$ 0,53

Leis Sociais 122,5% R$ 1,68

BDI 2% R$ 0,09

Preço Total Unitário R$ 4,66

200205 21.2 - Pintura látex em paredes internas, três demãos, sem massa corrida. M²

76,90

Tinta látex 0,24 L R$ 6,60 R$ 1,58

Líquido selador 0,12 L R$ 6,30 R$ 0,76

Lixa 0,25 un R$ 0,50 R$ 0,13

Pintor 0,5 h R$ 2,80 R$ 1,40

Ajudante 0,4 h R$ 2,11 R$ 0,84

Leis Sociais 122,5% R$ 2,75

BDI 2% R$ 0,15

Preço Total Unitário R$ 7,61

200304 21.3 - Pintura látex em paredes externas, com três demãos, sem massa corrida. M²

143,25

Tinta látex 0,24 L R$ 6,60 R$ 1,58

Líquido preparador 0,12 L R$ 6,30 R$ 0,76

Águarras mineral 0,05 L R$ 3,00 R$ 0,15

Lixa 0,25 un R$ 0,50 R$ 0,13

Pintor 0,5 h R$ 2,80 R$ 1,40

Ajudante 0,4 h R$ 2,11 R$ 0,84

Leis Sociais 122,5% R$ 2,75

BDI 2% R$ 0,15

Preço Total Unitário R$ 7,76

200405 21.4 - Pintura com verniz acrílico, sobre paredes de concreto, duas demãos. M²

161,25

Verniz acrílico 0,29 L R$ 24,00 R$ 6,96

Pintor 0,15 L R$ 2,80 R$ 0,42

Ajudante 0,1 h R$ 2,11 R$ 0,21

Leis Sociais 122,5% R$ 0,77

BDI 2% R$ 0,32

Preço Total Unitário R$ 16,45

22. LIMPEZA GERAL

210501 22.1 - Limpeza de pisos e reves timentos, empregado solução de ácido muriático em água, na proporção 1:6, e solução neutralizada de amônica, na proporção 1:4.

178,32 Ácido muriático 0,14 L R$ 1,50 R$ 0,21

Amônia 0,2 L R$ 1,35 R$ 0,27

Page 114: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

114

Limpador 0,4 h R$ 2,80 R$ 1,12

Leis Sociais 122,5% R$ 1,37

BDI 2% R$ 0,06

Preço Total Unitário R$ 3,03

210502 22.2 - Limpeza de vidros. M²

16,08

Limpador 0,6 h R$ 2,80 R$ 1,68

Leis Sociais 122,5% R$ 2,06

BDI 2% R$ 0,07

Preço Total Unitário R$ 3,81

210503 22.3 - Limpeza geral. M²

261,25

Limpador 0,7 h R$ 2,80 R$ 1,96

Leis Sociais 122,5% R$ 2,40

BDI 2% R$ 0,09

Preço Total Unitário R$ 4,45

170315 22.4 - Raspagem, calafetagem e sintecagem dos tacos. M²

70,09

Cera 0,075 kg R$ 12,00 R$ 0,90

Raspador 0,75 h R$ 2,80 R$ 2,10

Calafetador 0,3 h R$ 2,80 R$ 0,84

Máquina (100% sobre a mão de obra) 1 h R$ 10,00 R$ 10,00

Leis Sociais 122,5% R$ 16,95

BDI 2% R$ 0,62

Preço Total Unitário R$ 31,41

4.2 – Quantificação de serviços

QUANTIFICAÇÃO DE SERVIÇOS: Pedreiro Servente

CÓDIGO ESPECIFICAÇÕES UN QUANT. h

UNITÁRIO h TOTAL h

UNITÁRIO h TOTAL

1. serviços iniciais

10201 1.1 sondagem M 20,00 1,00 20,00 0,00 0,00

20,00 0,00

2. inst.canteiro obra

20202 2.1 limpeza terreno M2 261,25 0,00 0,00 0,25 65,31

20301 2.2 lig.água e sanitarios UN 1,00 24,00 24,00 12,12 12,12

20302 2.3 lig.luz e força UN 1,00 24,00 24,00 24,00 24,00

20403 2.4 tapume de madeira compensada M2 148,00 1,00 148,00 1,00 148,00

20404 2.5 abrigo provisório M2 1,00 12,30 12,30 16,00 16,00

20501 2.6 locação de obra M2 136,90 0,13 17,80 0,13 17,80

40704 2.7 cons. e dem. de andaime M2 16,29 0,04 0,65 0,12 1,95

226,75 285,18

Page 115: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

115

3. movimentação terra

30201 3.1 escavação campo aberto M3 10,21 0,00 0,00 2,93 29,90

40110 3.2 transporte UN 15,00 0,00 0,00 2,50 37,50

30101 3.3 escavação manual de valas M3 10,21 0,00 0,00 3,25 33,17

30158 3.4 reaterro apilolado valas M3 10,21 0,35 3,57 3,50 35,74

30122 3.5 apiloamento fundo vala M2 25,51 0,00 0,00 1,50 38,27

3,57 174,57

4. infra-estrutura

50105 4.1 execução de estaca moldada "in loco" M 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

50511 4.2.1 preparo do concreto estrutural c/ betoneira M3 10,21 0,00 0,00 6,00 61,26

50301 4.2.2 forma de tabua de pinho M2 81,64 1,30 106,13 1,30 106,13

50405 4.2.3 armadura CA50A - média kg 152,00 0,08 12,16 0,08 12,16

50406 4.2.4 armadura CA50A - grossa kg 409,00 0,10 40,90 0,10 40,90

50517 4.2.5 lançamento e aplicação de concreto M3 10,21 2,00 20,42 6,00 61,26

50215 4.2.6 alvenaria de embasamento M2 30,62 7,00 214,31 9,63 294,82

393,92 576,53

5. impermeabilização

120101 5.1 impermeabilização de alv. embasamento M2 86,75 0,75 65,06 0,95 82,41

65,06 82,41

6. alvenaria de elevação

70106 6.1 alvenaria de elevação (10 cm) M2 162,90 1,60 260,64 1,85 301,37

70110 6.2 alvenaria de elevação (20 cm) M2 143,25 2,50 358,13 3,07 439,78

618,77 741,14

7. cintas de concreto

50511 7.1 preparo do concreto estrutural c/ betoneira M3 4,08 0,00 0,00 6,00 24,49

50405 7.2 armadura CA50A - média kg 50,00 0,08 4,00 0,08 4,00

50407 7.3 armadura CA50A - fina kg 0,00 0,07 0,00 0,07 0,00

4,00 28,49

8. vergas

70401 7.1 vergas retas de concreto armado M3 2,66 14,30 38,00 24,30 64,57

38,00 64,57

9. laje de forro

60501 9.1 laje pré-fabricada p/ forro M2 136,90 0,35 47,92 0,70 95,83

47,92 95,83

10. telhado

110102 10.1 estrutura de madeira vão de 7 a 10m M2 177,50 1,50 266,25 1,50 266,25

110403 10.2 cobertura com telha ceramica M2 177,50 1,50 266,25 2,03 360,33

532,50 626,58

11.1 revestimento externo

- 11.1.1 barra de chapisco M2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

160101 11.1.2 chapisco M2 143,25 0,10 14,33 0,15 21,49

Page 116: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

116

160210 11.1.3 emboço M2 143,25 0,60 85,95 0,72 103,14

100,28 124,63

11.2 revestimento interno

150101 11.2.1 chapisco M2 129,40 0,10 12,94 0,15 19,41

140202 11.2.2 emboço M2 76,90 0,70 53,83 0,90 69,21

66,77 88,62

11.3 azulejos

150413 11.3.1 assentamento de azulejos M2 52,50 0,50 26,25 0,14 7,35

150415 11.3.2 rejuntamento de azulejos M2 52,50 0,25 13,13 0,20 10,50

39,38 17,85

12. pisos

170102 12.1 lastro de concreto M2 50,65 0,40 20,26 1,40 70,91

170311 12.2 colocação de taco de madeira M2 70,09 1,00 70,09 1,97 138,08

170304 12.3 assentamento piso ceramico esmaltado M2 63,17 1,50 94,75 1,50 94,75

170361 12.4 cimentado M2 12,00 1,00 12,00 1,15 13,80

197,10 317,53

13. rodapé, soleira, peitoril

170401 13.1 rodapés de cerâmica M 74,30 0,80 59,44 0,60 44,58

170405 13.2 rodapés de peroba M 76,90 0,40 30,76 0,30 23,07

170402 13.3 soleiras de ceramica (15 cm) M 5,30 0,60 3,18 0,50 2,65

170403 13.4 soleiras de ceramica (25 cm) M 0,80 0,65 0,52 0,55 0,44

170404 13.5 peitoril M 5,80 0,60 3,48 0,50 2,90

97,38 73,64

14. esquadrias de madeira

80111 14.1 porta externa 0,80 x 2,10m UN 2,00 5,15 10,30 5,15 10,30

80102 14.2 porta interna 0,70 x 2,10m UN 3,00 5,15 15,45 5,15 15,45

80103 14.3 porta interna 0,80 x 2,10m UN 3,00 5,15 15,45 5,15 15,45

41,20 41,20

15. esquadrias de ferro

90202 15.1 caixilhos de ferro de correr M2 15,00 4,00 60,00 1,00 15,00

90201 15.2 caixilho de ferro basculante ou fixo M2 1,08 2,50 2,70 1,00 1,08

- 15.3 caixilho veneziana M2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

62,70 16,08

16. instalação elétrica

190309 16.1 caixa de entrada UN 1,00 4,80 4,80 4,80 4,80

190401 16.2 abertura de rasgos para eletrodutos M 72,00 0,10 7,20 0,25 18,00

190402 16.3 abertura de rasgos para eletrodutos M 65,00 0,15 9,75 0,40 26,00

190407 16.4 enchimento de rasgos M 72,00 0,15 10,80 0,10 7,20

190408 16.5 preenchimento de rasgos 32 a 50mm M 65,00 0,20 13,00 0,15 9,75

190603 16.6 instalação de fio ou cabo isolado de pvc M 161,91 0,14 22,67 0,14 22,67

190552 16.7 assentamento de eletroduto 25mm M 72,00 0,17 12,24 0,17 12,24

Page 117: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

117

190626 16.8 disjuntor tripolar ate 63A UN 6,00 1,00 6,00 1,00 6,00

190801 16.9 quadro de distribuição para 12 divisões UN 1,00 2,00 2,00 2,00 2,00

190912 16.10 instalação de disjuntor tripolar ate 63A UN 8,00 0,30 2,40 0,30 2,40

190923 16.11 disjuntor bipolar 10A UN 1,00 0,60 0,60 0,60 0,60

191005 16.12 fio isol.PVC 750v/2,5mm2 M 137,00 0,11 15,07 0,11 15,07

191006 16.13 fio isol.PVC 750v/4mm2 M 12,15 0,12 1,46 0,12 1,46

191201 16.14 conj.interrup.tecla simples UN 10,00 0,21 2,10 0,21 2,10

191207 16.15 inst. interruptor paralelo UN 5,00 0,29 1,45 0,29 1,45

191219 16.16 tomada dois polos mais terra UN 32,00 0,29 9,28 0,29 9,28

191302 16.17 luminária UN 17,00 1,10 18,70 1,10 18,70

191601 16.18 instalaçao do chuveiro UN 2,00 0,50 1,00 0,50 1,00

140,52 160,72

17.instalação hidráulica

180101 17.1 construção de abrigo p/cavalete UN 1,00 5,74 5,74 7,29 7,29

180102 17.2 instalação de cavalete de 20 mm UN 1,00 4,90 4,90 4,90 4,90

180201 17.3 abertura de rasgos p/tubulações 15 a 25mm M 28,36 0,10 2,84 0,25 7,09

180207 17.4 ench. de rasgos p/tubulação de 15 a 25mm M 28,36 0,15 4,25 0,10 2,84

180511 17.5 assentamento de tubos 25mm M 28,36 0,40 11,34 0,40 11,34

181103 17.6 registro gaveta bruto 25mm UN 2,00 0,54 1,08 0,54 1,08

181117 17.7 registro pressão crom. 25 mm UN 2,00 0,61 1,22 0,61 1,22

181138 17.8 valvula de descarga UN 3,00 1,00 3,00 1,00 3,00

181201 17.9 reservatório fibrocim.500L UN 2,00 7,70 15,40 7,70 15,40

181203 17.10 torneira bóia 20mm UN 2,00 0,28 0,56 0,28 0,56

182788 17.11 colocação de ralo seco ou caixa sinfonada UN 5,00 0,98 4,90 0,98 4,90

183207 17.12 caixa inspeção 40x40x60cm UN 1,00 4,25 4,25 5,43 5,43

184101 17.13 instalação calha galvanizada M 62,20 1,00 62,20 1,00 62,20

184106 17.14 instalação de rufo M 11,45 0,07 0,80 0,60 6,87

184302 17.15 lavat.louça branca s/ coluna UN 2,00 2,75 5,50 2,75 5,50

184303 17.16 bacia louça branca caix.acop UN 1,00 3,30 3,30 3,30 3,30

184312 17.17 saboneteira de louça UN 2,00 1,00 2,00 1,00 2,00

184315 17.18 porta toalha de louça UN 3,00 1,10 3,30 1,10 3,30

184317 17.19 porta papel de louça UN 3,00 1,10 3,30 1,10 3,30

184320 17.20 tanque de concreto UN 2,00 3,00 6,00 3,00 6,00

184327 17.21 pia de cozinha aço inox UN 1,00 4,00 4,00 4,00 4,00

184334 17.22 torneira pressão uso geral UN 2,00 0,65 1,30 0,65 1,30

184335 17.23 torneira pressão cromada UN 2,00 0,65 1,30 0,65 1,30

152,49 164,12

18. muros divisórios

210101 18.1 muros nas laterais e fundo do lote M2 161,25 3,57 575,66 7,43 1.198,09

575,66 1.198,09

19. gradil

90107 19.1 colocação e acabamento gradis e portões M2 15,08 1,50 22,62 1,50 22,62

Page 118: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

118

22,62 22,62

20. vidros

100101 20.1 vidro cristal comum M2 15,00 0,00 0,00 1,00 15,00

100201 20.2 vidro temperado e laminado M2 1,08 0,00 0,00 1,00 1,08

0,00 15,00

21. pintura

200203 21.1 emassamento M2 220,15 0,30 66,05 0,25 55,04

200205 21.2 pintura latex (interna) M2 76,90 0,50 38,45 0,40 30,76

200304 21.3 pintura latex (externa) M2 143,25 0,50 71,63 0,40 57,30

200405 21.4 pintura com verniz acrílico (muros divisórios) M2 161,25 0,15 24,19 0,10 16,13

200,31 159,22

22. limpeza geral

210501 22.1 pisos e revestimento M2 178,32 0,00 0,00 0,40 71,33

210502 22.2 vidros M2 16,08 0,00 0,00 0,60 9,65

210503 22.3 limpeza geral M2 261,25 0,00 0,00 0,70 182,88

170315 22.4 raspagem, calafetagem e sintecagem dos tacos. M2 70,09 0,00 0,00 2,05 143,68

0,00

407,54

TOTAL 3.646,87 5.482,16

Page 119: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

119

4.3 – Cronograma físico-financeiro

Page 120: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

120

5 – ANÁLISES DOS RESULTADOS

5.1 – Valor total de produção

O valor de produção ou custo de produção da obra após levantamento

orçamentário, com os devidos acréscimos de BDI e leis sociais ficou definido num

valor total de R$ 128.083,81.

5.2 – Composição do lucro

O lucro ficou devido através de um percentual de 12% sobre o custo total de

produção da obra, sendo assim, foi encontrado o valor de lucro do empreendimento

de R$ 15.370,06.

5.3 – Preço de venda da obra

Já o preço de venda da obra é determinado pelo valor total de produção

acrescido do lucro, sendo assim, ficou definido o valor de R$ 143.453,87.

Page 121: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

121

6 – CONCLUSÃO

Toda construção começa com uma pergunta: os recursos disponíveis serão

suficientes para concluir a obra? Em tempos de ajustamento à economia

globalizada, aonde as margens vão diminuindo à proporção inversa da

competitividade empresarial, poucos especialistas brasileiros estão tão qualificados

a respondê-la.

Nos dias de hoje, o cálculo financeiro e o planejamento total de um

empreendimento, antes mesmo de seu início efetivo, assumiram a mesma

importância de um cálculo estrutural, uma vez que as margens de negócio atingiram

a um patamar menor que no passado. Hoje, o erro é a linha divisória entre sucesso

e fracasso, lucro e prejuízo.

No mundo inteiro têm-se observado, na área da engenharia civil, que a

qualidade dos métodos de construção e a intensidade com a qual a execução de

uma obra é planejada e controlada não se desenvolveram tanto, ficando a execução

muitas vezes aquém da sofisticação e qualidade com que são elaborados os

projetos. Mesmo nos cursos superiores pode-se perceber que é dedicado muito

mais atenção a como projetar do que a como executar a obra.

Da mesma maneira, em diversos países discute-se que a integração entre o

projeto e a execução está longe da ideal, indicando existir também nessa interface a

possibilidade de promover maior racionalização da execução.

Assim sendo, no planejamento e no gerenciamento de uma obra há um

grande potencial de melhoria do processo de construção. Afinal, a execução de um

empreendimento deve ser realizada com o mesmo cuidado e qualidade com que os

engenheiros desenvolveram seus projetos.

É de grande responsabilidade profissional a preparação correta de um

orçamento, uma vez que quanto mais competitiva se torna a área de engenharia

civil, mais importante se torna a aplicação consciente dos princípios da engenharia

de custo. Pois, não basta saber elaborar o orçamento, e sim, desenvolvê-lo em

período curto, através de métodos atuais de execução, mas, prioritariamente,

conseguir preço competitivo e mínimo.

Por fim, concluímos que, face à estabilização de nossa moeda e à elevada

concorrência entre as construtoras, é muito importante para as empresas o acerto

do orçamento da construção e a minimização do custo. Pois, somente desta forma

Page 122: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

122

as empresas prestadoras de serviço de engenharia terão êxito e sairão vitoriosas

das licitações, alcançando seu objetivo principal que é o lucro estabelecido na

proposta de preço. Por isso, se diz que o engenheiro é fundamentalmente um

controlador de custos na área em que se dedica, “pois faz por um real o que

qualquer leigo não faria por dois”, demonstrando sempre o sentido econômico em

suas pesquisas.

Page 123: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

123

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSED, J. A. Construção civil: viabilidade, planejamento e controle. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1986. AZEVEDO, A. C. S. Introdução à engenharia de custos e fase de investimento. 3. ed. São Paulo: Pini, 1992. CYRILLO, L. F.; SÁFADI, R. S. Construção do começo ao fim. São Paulo: Pini, 2002. DIAS, P. R. V. Engenharia de custos: uma metodologia de orçamentação para obras civis. 5. ed. Itaperuna-RJ: Editora Hoofmann, 2005. GEHBAUER, F. Planejamento e gestão de obras: um resultado prático da cooperação técnica Brasil-Alemanha. Curitiba: CEFET, 2002. GIAMMUSSO, S. E. Orçamento e custos na construção civil. São Paulo: Pini, 1988. GOLDMAN, P. Introdução ao planejamento e controle de custos na construção civil brasileira. 3. ed. São Paulo: Pini, 1997. HALPIN, D. W.; WOODHEAD, R. W. Administração da construção civil. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 2004. KRICK, E. V. Introdução à engenharia. Rio de Janeiro: Livro Técnico S. A. , 1970. LIMMER, C. V. Planejamento, orçamento e controle de projetos e obras. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e científicos, 1997. VIEIRA NETTO, A. Construção civil e produtividade: ganhe pontos contra o desperdício. São Paulo: Pini, 1993. PARGA, P. Cálculo do preço de venda na construção civil. São Paulo: Pini, 2003. SILVA, M. B. Manual de BDI: como incluir benefícios e despesas indiretas em orçamentos de obras de construção civil. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 2006. TCPO. Tabelas de composições de preços para orçamentos. 13. ed. São Paulo: Pini. 2008. TISAKA, M. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. São Paulo: Pini, 2006. VARALLA, R. Planejamento e controle de obras. São Paulo: Atlas, 2003. WOILER, S.; MATHIAS, W. F. Projetos: planejamento, elaboração e análises. São Paulo: Atlas, 1996.

Page 124: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

124

ANEXO 1 - Projeto Arquitetônico (plantas, cortes, fachadas) do edifício pesquisado.

Page 125: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

125

ANEXO 2 - Projeto de Canteiro de Obras do edifício pesquisado.

Page 126: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

126

ANEXO 3 - Projeto de Fundações do edifício pesquisado.

Page 127: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

127

ANEXO 4 - Projeto Estrutural do edifício pesquisado.

Page 128: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

128

ANEXO 5 - Projeto Hidráulico do edifício pesquisado.

Page 129: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

129

ANEXO 6 - Projeto Elétrico do edifício pesquisado.

Page 130: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

130

ANEXO 7 - Projeto de Racionalização do edifício pesquisado.

Page 131: TCC Orçamentação, Planejamento e Preço de Venda Na Construção Civil (Diego Godoi)

131

ANEXO 8 - Projeto de Telhado do edifício pesquisado.