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INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA NO ESPAÇO FISICO DAS CRECHES
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
MARIA REGINA CHAVES VELOSO
INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA NO ESPAÇO FISICO DAS CRECHES
CORONEL FABRICIANO
2013
MARIA REGINA CHAVES VELOSO
INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA NO ESPAÇO FISICO DAS CRECHES
Monografia apresentada ao Curso de
Arquitetura e Urbanismo do Centro
Universitário do Leste de Minas Gerais,
como requisito parcial para obtenção do
título de Arquiteto e Urbanista, orientada
pelo Professor Vinícius Ávila.
Coronel Fabriciano, Fevereiro de 2013
Aos colegas de curso, Rayssa, Samira e Nilton, pelo laço
de companheirismo criado nos momentos bons e até
mesmo nos ruins. A todas as crianças em especial meus
sobrinhos Iara e Luís Fernando e principalmente a
memória da minha tia Cláudia Fernanda, por ter sido a
maior motivadora da minha entrada no curso, e por
mesmo ausente, se fazer tão presente em minha vida.
AGRADECIMENTOS
Como é bom poder agradecer!
Deus se mostra presente em todos os momentos da minha vida, agindo com
proteção divina integral, a ELE fica o meu maior agradecimento, por ter mostrado
que tudo é possível, que com determinação conseguimos alcançar nossas metas, e
que tudo que acontece em nossas vidas tem um significado e um motivo, e que lá na
frente tudo se explica.
A meu pai pelo incentivo, investimento e por sempre acreditar no meu potencial.
A minha mãe pela paciência constante nos momentos de estresse e por fazer do
impossível possível para a realização dos meus objetivos.
A Paré pelo cuidado intenso e aos meus colegas de curso pelo companheirismo.
RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo principal analisar a
perspectiva educativa do espaço físico da Educação Infantil, mais especificamente
nas creches. Tem-se como objetivo vencer condições do espaço interno e externo,
desde a organização espacial até a influência que o mesmo exerce no processo de
aprendizado infantil. O estudo foi realizado baseado em pesquisa bibliográfica
contando com documentos produzidos pelo governo federal, textos de teóricos, e
pesquisa realizada com crianças, mães e educadores, integrados com analise
espaços já existente da creche Lar das Crianças de Inhapim. Ao final, foi realizada
uma pesquisa de campo com o intuito de aplicar os preceitos legais associando
semiótica e criatividade em um projeto padrão do governo federal. Com a pesquisa
realizada, tem-se como proposta para realização do TCC02, propor uma reforma
para a creche Lar das crianças, existente hoje na cidade de Inhapim, sendo que está
se depara com estruturas antigas e necessitadas de reforma alem de não ser
devidamente acessível e adequada para circulação e permanência de crianças.
Palavras-chave: CRECHE, EDUCAÇAO INFANTIL, ESPAÇO FÍSICO.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 01 – Obra Análoga centro de educação infantil em Dos Hermanas .....21
Figura 02 – Obra Análoga centro de educação infantil em Dos Hermanas .....21
Figura 03 – Obra Análoga centro de educação infantil em Dos Hermanas .....22
Figura 04 – Obra Análoga centro de educação infantil em Dos Hermanas .....22
Figura 05 – Obra Análoga centro de educação infantil em Dos Hermanas .....22
Figura 06 – Obra Análoga centro de educação infantil em Dos Hermanas .....22
Figura 07– Obra Análoga centro de educação infantil em Dos Hermanas ......23
Figura 08 – Obra Analoga Centro experimental Cícero Dias ..........................24
Figura 09 – Obra Análoga Centro experimental Cícero Dias...........................24
Figura 10 – Obra Análoga escola Adharshila Vatika, Nova Délhi, India ...........26
Figura 11- Obra Análoga Michael Scool, Leeuwardem, Holanda .....................28
Figura 12- Obra Análoga Indian Scool, Novo México, EUA ............................29
Figura 19 - Mapa de localização de Inhapim/Minas Gerais/Brasil ....................33
Figura 20 - Inhapim Vista Centro da Cidade....................................................34
Figura 21- Cidade Inhapim Vista Igreja Matriz.................................................34
Figura 22- Gráfico Número de Escolas por Série............................................36
Figura 23 - Gráfico Alunos Matriculados por Série .........................................36
Figura 24 - Deposito Creche...........................................................................38
Figura 25 - Banheiro Creche ..........................................................................38
Figura 26 - Parquinho Creche.........................................................................38
Figura 27 - Cozinha Creche............................................................................38
Figura 28 - Escovódromo Creche...................................................................38
Figura 29 - Enfermaria Creche........................................................................38
Figura 30 - Sala de TV Creche......................................................................,39
Figura 31 -Sala de Aula Creche......................................................................39
Figura 35 - Localização do Terreno no Bairro Santo Antonio..........................41
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
1.2 Objetivos
1.3 Justificativa
2 REVISAO BIBLIOGRAFICA
2.1 Histórico da educação infantil no Brasil
2.2 Creche a partir de análise de documentos legais do governo
3 OBRAS ANÁLOGAS
3.1 Centro de educação infantil em Dos Hermanas / Carmen Sánchez
Blanes
3.2 Centro de ensino experimental Cícero Dias
3.3 Entrevista Doris Kowaltowski
4 SEMINÁRIO
5 PESQUISA DE CAMPO
5.1 Definições da área de implantação
5.2 Dados Gerais da Cidade de Inhapim-Mg:
5.3 Contexto histórico-cultural da cidade de Inhapim
5.4 Registros gráficos de escolas de Inhapim
5.5 Creche existente em Inhapim
5.5.1 Breve contexto histórico
5.6 A Creche Escolhida
6 CONCLUSÃO
7 REFERÊNCIAS
11
1 INTRODUÇÃO
Após visita e acompanhamento a entidades que ministram apoio pedagógico e
cuidado a crianças, a preocupação com o bem estar, desenvolvimento e
aprendizado destas, se tornaram foco de pesquisa para desenvolvimento deste
trabalho acadêmico. Como a arquitetura pode influenciar no estímulo do estudo e
desenvolvimento pedagógico? Crianças entre zero e seis anos que contam com
cuidado integral de creches, muitas vezes se deparam com ambientes impróprios,
sendo que estas passam maior parte do dia nessas instituições voltadas para o
apoio a pais trabalhadores.
Por se tratar do primeiro contato das crianças com o estudo, tem-se o cuidado em
proporcionar espaços tanto internos quanto externos, organizados e adequados,
sendo estes lúdicos, convidativos, exploráveis, brincáveis, dinâmicos, e,
principalmente, acessíveis a todos, estimulando assim a curiosidade, interesse e
prazer na busca do saber.
Ambientes adaptados, acolhedores e alegres, no qual a qualidade favorece o
desenvolvimento do potencial infantil, abrangendo as características físicas,
psicológicas, sociais e intelectuais. Pretende-se promover espaços apropriados que
proporcionem diversas atividades educativas ao longo do dia, um projeto convidativo
a infância, que acolha os filhos com segurança e gere tranquilidade aos pais.
A investigação foi realizada por meio de pesquisa bibliográfica e documental tendo
sido analisado documentos produzidos pelo governo federal. Visa-se estabelecer
uma relação entre os textos teóricos estudados, os documentos analisados e a
situação atual do espaço oferecido pelas creches.
O trabalho aborda a evolução do conceito de concepção de infância ao longo da
história, incluindo o surgimento das creches no mundo e no Brasil, além de um
estudo do espaço físico da creche em âmbito legal e obras análogas e de referencia.
12
1.2 OBJETIVOS
- Estudar como o espaço físico das creches é abordado na educação, através de um
estudo sobre intervenções arquitetônicas em creches, que possivelmente melhorem
o desempenho dos educandos.
-Como são constituídos os lugares especificados para a educação infantil? O espaço
influencia realmente no estímulo do aprendizado?
- Procura-se o conhecimento de leis que amparem as crianças, no sentido de que
elas tenham o direito a uma iniciação escolar digna.
- Buscar maior conhecimento através de estudo de caso, para que possa ser
detectadas as maiores necessidades de adaptação do espaço da creche específica
da cidade de Inhapim, para que se tenha resultados satisfatórios na intervenção
desejada.
13
1.3 JUSTIFICATIVA
O interesse em proporcionar ambientes adequados para educação infantil deu-se
pelo convívio diário com crianças.
A necessidade de conhecer a realidade do espaço físico oferecido pelas creches,
relacionadas com a área externa de recreação, área interna e organização dos
espaços e o reconhecimento de tal como elemento educativo tornou-se um foco de
pesquisa.
É de extrema relevância o estudo deste tema no âmbito do setor pedagógico, sendo
que um espaço bem planejado, com ambientes sedutores e aconchegantes,
garantem condições para o pleno desenvolvimento educacional e também
proporcionam as crianças o sentimento de que elas são fundamentais no contexto.
14
2 REVISAO BIBLIOGRAFICA
2.1 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL
Não é de sempre que se tem o devido cuidado e atenção para com a infância no
Brasil, e tal questão só começou a ser discutida e pensada há cerca de cem anos,
quando, o grande número de crianças abandonadas e em estado de miséria foi
determinado como um problema da infância por autoridades, o que se caracterizava
por uma grave questão social brasileira.
Antes disso, porém, em meados de 300, o problema com a infância já dominava a
sociedade. Os motivos do abandono eram sempre ligados a pobreza, escravidão e
até mesmo a sociedade não admitir mães solteiras.
Com o elevado crescimento das grandes cidades, obteve-se também um
considerável aumento no índice de crianças abandonadas, sendo estas muito
maiores que as câmaras e casas de misericórdia podiam prestar assistência. Foi a
partir daí que se deu início a prática do abandono de recém nascidos em locais
públicos e nas portas de casas de famílias, onde os pequenos contavam com a sorte
e a compaixão de quem os achasse.
Por ordem do vice-rei Vasco Meneses, no ano de 1726, foi determinado que todas
as crianças abandonadas fossem acolhidas em asilos, inaugurando assim à primeira
“rodas dos expostos” do Rio de Janeiro. Este sistema que consistia em um espaço
de abrigo para crianças abandonadas, já era utilizado na Europa desde a Idade
média, e funcionou no Brasil por mais de 200 anos. Treze unidades da roda foram
implantadas do Brasil até o fim do segundo reinado.
15
Os avanços no atendimento as crianças brasileiras são tardias devido à “[...] quase
por século e meio a roda de expostos foi praticamente a única instituição de
assistência à criança abandonada em todo o Brasil” (MARCILIO, 2006, p. 53).
A roda era a maior fonte de esperança de sobrevivência para os abandonados.
Segundo Maria Luiza Marcílio, presidente da Comissão de Direitos Humanos da
USP :
[...] dispositivo onde se colocavam os bebês que se queriam abandonar. Sua forma cilíndrica, dividida ao meio por uma divisória, era fixada no muro ou na janela da instituição. No tabuleiro interior e em sua abertura externa, o expositor depositava a criancinha que enjeitava. A seguir, ele girava a roda e a criança já estava do outro lado do muro. Puxava-se uma cordinha, com uma sineta, para avisar a vigilante ou rodeira que um bebê acabava de ser abandonada e o expositor furtivamente se retirava do local sem ser identificado"
Com a expansão do capitalismo no século XIX, houve grandes mudanças na área
do trabalho. O que ocasionou na necessidade das mães em conseguirem um local
para deixar seus filhos enquanto trabalhavam, e assim foram criadas as primeiras
instituições voltadas para acolher filhos das operárias. Estas não contavam com
pessoal preparado para exercer as funções a eles atribuídas, além de espaços
precários sem os mínimos cuidados básicos de higiene.
Na década de 30, o grande foco da creche era a preocupação dos sanitaristas com
as condições de higiene das populações mais pobres e através da creche seria feito
esse controle iniciando com as crianças que eram vítimas de doenças por más
condições de moradia e carência de tratamento médico. O que se priorizavam no
atendimento feito às crianças era a alimentação, higiene, segurança física, ou seja,
um atendimento assistencial que não direcionava a atividades que estimulassem seu
desenvolvimento intelectual e social.
Por outro lado, tinha os jardins de infância, que se destinavam somente às crianças
que pertenciam às famílias ricas. Dessa forma, em 1875 ,foi criado na cidade do Rio
de Janeiro o primeiro jardim e após dois anos surge outro em São Paulo, sob o
16
cuidado de entidades privadas que cuidavam de crianças com maiores poderes
aquisitivas.
Defendendo a idéia que o jardim de infância poderia ser a primeira fase da educação
de uma pessoa, Rui Barbosa apresentou em 1822 um projeto que visava uma
reforma da instituição dos pais.
Futuramente, sua ideia foi concretizada com a criação da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação.
Tornar realidade o direito das crianças a terem uma educação de qualidade é um
grande desafio nos dias atuais.
17
2.2 CRECHE A PARTIR DE ANÁLISE DE DOCUMENTOS LEGAIS
Em 1889, foi criado o Instituto de Proteção e Assistência à Infância que antecedeu a
criação do Departamento da Criança em 1919. As duas consistiram em uma
iniciativa governamental, porém voltada à saúde pública.
O atendimento a criança no Brasil teve um grande avanço em 1922 com a realização
do primeiro Congresso Brasileiro de Proteção a Infância, que tratava de todos os
assuntos voltados a crianças, ampliando o atendimento às pequenas e grandes
campanhas de vacinação.
[...] O 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, de 1922, apelara
justamente para o apoio das autoridades governamentais. No intervalo do 1º
ao 2º Congresso – realizado em 1933 - foram introduzidos órgãos novos na
aparelhagem da assistência à infância, tais como lactários, jardins de
infância, gotas de leite, consultórios para lactentes, escolas maternais,
policlínicas infantis. (KRAMER, 1995, p. 59)
Então nasce às primeiras regulamentações do atendimento de crianças em escolas
maternais e jardins de infância.
Kramer (1995, p.56) destaca que “essa valorização da criança seria gradativamente
acentuada nos anos pós-1930”. Porém, foi desintegrada a criação de vários órgãos
de atendimento à criança brasileira.
A ausência de verbas e recursos que invistam na educação das crianças revela o
fato do poder público não se responsabilizar pelo problema, causando assim,
acusações entre as diversas áreas de atuação tais como a educação, saúde e
assistência social.
18
[...] Neste quadro, percebem-se duas tendências que até hoje os dias de
hoje caracterizam o atendimento à criança em idade pré-escolar: o governo
proclama a sua importância e mostra a impossibilidade de resolvê-lo dada
as dificuldades financeiras em que se encontra , enquanto imprimia uma
tendência assistencialista e paternalista à proteção de infância brasileira, em
que o atendimento não se constituía em direito, mas em favor. (KRAMER,
1995, p. 61)
Em 1943, realizou-se uma mudança na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT);
tal lei explica que cada empresa teria de organizar um berçário para que assim suas
funcionárias pudessem amamentar seus filhos no trabalho durante o período de
amamentação. Infelizmente, por falta de fiscalização do governo, esta lei não foi
cumprida por grande parte das empresas.
A constituição federal de 1988 foi um grande progresso na educação infantil, sendo
esta a primeira constituição a tratar a criança como sujeito de direitos e por apontar a
creche e a pré-escola como sendo direito dos trabalhadores: “direito à assistência
gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em
creches e pré-escolas” (inciso XXV-artigo7). Também foi considerado que tanto
creche como pré-escola são um dever do estado e um direito da criança (artigo 208,
inciso IV).
No ano de 1990 foi divulgado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), lei
8.069/90, que trata dos direitos da criança, assim citado no pronunciamento do
Ministério da Criança (pág.14).
• Direito a um nível de vida adequado ao seu desenvolvimento, físico, mental,
espiritual, moral e social.
• Direito ao lazer, ao divertimento, à participação em atividades recreativas e na
vida cultural e artística.
• O estatuto prioriza creches e pré-escolas como um direito da criança:
“atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade”
(artigo 54, inciso IV).
19
Complementando esse direito, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, lei
n° 9.394 (lei vigente), foi promulgada em dezembro de 1996, garantindo atendimento
gratuito a crianças de zero a seis anos em pré-escolas e creches.
A educação escolar é composta por:
I – Educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e
ensino médio;
II - Educação superior.
Sendo função municipal:
Título IV
Art.11 os municípios incumbir-se-ão de:
V - oferecer à educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o
ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente
quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de
competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela
Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino.
Finalidade:
Art.29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e
da comunidade.
Divisão por faixa etária:
Art.30. A educação infantil será oferecida em:
20
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade.
II - pré-escola, para crianças de quatro a seis anos de idade.
Avaliação: 17
Art.31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e
Registro do seu desenvolvimento, sem objetivo de promoção, mesmo para o
acesso ao ensino fundamental.
Professores habilitados para atuar na educação infantil:
Art.62. A formação de docentes para atuar na educação far-se-á em nível
superior, em curso de licenciatura, de graduação plena em universidades e institutos
superiores de educação, admitida como formação mínima para o exercício do
magistério na educação infantil e nas quatro séries do ensino fundamental, a
oferecida em nível médio, na modalidade Normal. Integração ao sistema de ensino:
Art.89. As creches e pré-escolas existentes ou que venham ser criadas
deverão no prazo de três anos, a contar da publicação desta lei, integrar-se ao
respectivo sistema de ensino.
A educação infantil tornou-se então um sistema de educação, objetivando o
desenvolvimento integral infantil, com destaque na relação família/instituição e
principalmente a participação dos poderes públicos para a positivação da mesma.
21
3 OBRAS ANÁLOGAS
3.1 Centro de educação infantil em Dos Hermanas / Carmen Sánchez Blanes
Arquitetos:Carmen Sánchez Blanes
Ano Projeto: 2009
Área construída: 1319.0 m²
Localização: Dos Hermanas, Sevilha, Espanha, Dos Hermanas, Andalucía.
Tipo de Projeto: Educacional
Status: Construído
Materialidade: Concreto
Estrutura: Concreto
Fotógrafo:Lolo Vasco
A proposta vencedora do concurso para a construção de um centro de educação
infantil em Dos Hermanas, Sevilha, desenvolve-se em um só pavimento. O projeto
busca a relação com as crianças, integrando a arquitetura, não como um mero
contentor, mas como um objeto em seu espaço de atividade. “Nossa tarefa consiste
em ensinar às crianças a crescer e desenvolver-se através de seu próprio esforço.
Neste sentido é decisivo um entorno no qual elas possam adquirir suas próprias
experiências básicas.”
A organização funcional é definida por diferentes áreas que são distribuídas a partir
das mais públicas para as mais íntimas, ou seja, áreas de jogos conjuntas, áreas de
jogos e áreas de aprendizagem. O terreno sobre o qual é situado possui uma forma
irregular, com área total de 4.050 m2, pertencente a um lote de 11.562 m², onde será
executada uma ampliação posterior.
22
Figura 01 - Obra Análoga Figura 02– Obra Análoga
Fonte: http://www.archdaily.com.br
Figura 04 – Obra Análoga
Fonte: http://www.archdaily.com.br
Figura 05 –Herma nas Figura 06– Obra Análoga
Fonte: http://www.archdaily.com.br
De acordo com o programa que exigia um grande número de metros quadrados de
pátios cobertos, decidiu-se fragmentar estas áreas em quatro pátios menores, em
vez de só um, com a função de proteção da chuva e sol nas horas de jogos ao ar
livre, e um maior ordenamento das atividades. Por tal motivo, as salas agrupam-se
de duas em duas, compartimentando a área de jogos externa e o pátio coberto.
23
Cada grupo de salas de aula é identificado com uma cor diferente, de modo que o
material de fundo neutro de cores (cor branca, na fachada de placas de concreto
pré-moldado) permite que as pinceladas de cores vivas nas ripas das esquadrias
sejam destacadas e atuem como estimulantes sensitivos para as crianças. Além
disso, permite uma clara orientação, onde se pode associar uma classe a uma cor.
Figura 07 – Obra Análoga
Fonte: http://www.archdaily.com.br
24
3.2 Centro de ensino experimental Cícero Dias
Obra: CENTRO DE ENSINO EXPERIMENTAL CÍCERO DIAS
Local: Recife - PE
Ano: 2006
Autor do Projeto: Ana Paula Polizzo, Gustavo Martins e Marco Milazzo
Figura 08 – Obra Análoga Figura 09– Obra Análoga
Fonte: www.plataformaarquitectura.com
Escola pública modelo, funciona em período integral. Os alunos fazem três refeições
por dia e contam com aulas especiais, como língua estrangeira e filosofia. A escola
não possui muros nem portões, partindo da ideia que o conhecimento não deve ser
concentrado e sim difundido para além das barreiras e muros da escola. Usando
técnicas tradicionais de modulação foi possível a construção mais rápida e
econômica. O volume foi dividido em cinco blocos: de administração e professores,
de salas de aula e laboratórios, de serviço e refeitório, de biblioteca e informática,
e de auditório. Esse conjunto possui um e dois andares unidos por um conjunto de
estruturas metálicas. O projeto atende todos os requisitos de acessibilidade e
conforto térmico, utiliza-se de rampas e bom aproveitamento de ventilação e
25
iluminação natural. Outro fator importante é o entendimento de que todas as
fachadas deveriam ser trabalhadas como principais.
O programa para a escola foi elaborado de forma a iniciar um novo conceito de
ensino.As nove salas de aula foram dimensionadas para um específico número de
alunos e são divididas entre si por painéis móveis, que permitem a configuração de
um espaço único, se necessário. As salas são equipadas para que possam ser
informatizadas, o auditório localizado no térreo possibilita fácil acesso de visitantes
em caso de eventos e o programa da escola também inclui uma biblioteca
informatizada. A ideia é formar uma escola para ensino diferenciado, buscamos criar
um projeto de fácil execução, racionalidade construtiva, sem perder de vista a sua
estética, volumetria importância como formadora de cidadãos.
26
3.3 Entrevista Doris Kowaltowski
Arquitetura da escola deve dialogar com o projeto pedagógico, afirma arquiteta Doris
Kowaltowski.
Figura 10– Obra Análoga
AdharshilaVatika, Nova Délhi, Índia
Voltada para educação infantil, essa escola propõe um espaço de fácil acesso para
as crianças. Os móveis e cores são um convite para as crianças brincarem.
Deixada de lado pela maioria dos debates sobre a qualidade de ensino no Brasil, a
arquitetura escolar tenta há anos ser reconhecida pelo papel que desempenha no
aprendizado dos alunos. Uma das defensoras dessa abordagem é a arquiteta e
professora titular da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC)
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Doris Kowaltowski.
27
Em sua entrevista, Doris defende que, se o ambiente for apropriado para as
atividades que o professor quer desenvolver, ele vai ajudar nessas atividades,
influenciando no aprendizado do aluno. E que se esse ambiente não tem elementos
básicos como, por exemplo, organização para a criança enxergar a lousa, ler com
tranquilidade os materiais que estão na mesa dela, ter calma suficiente para refletir e
escutar o que os professores ou os próprios alunos falam, ou seja, se o conforto não
está minimamente resolvido, isso pode afetar – e muito – o aprendizado do aluno.
Mas que também é preciso ressaltar que cada aprendizado precisa de um ambiente
apropriado. A sala de aula tradicional nem sempre serve para produzir o que uma
boa pedagogia gostaria de fazer. Precisaria então de mais possibilidades para o
professor alterar esse ambiente. Existem estudos que demonstram que não faz
sentido os móveis serem iguais, pois há alunos grandes, pequenos, que sentam de
formas diferentes, ou seja, até as carteiras poderiam ter uma variedade maior. Essas
são questões que, infelizmente, ainda não estamos discutindo.
Ainda de acordo com Doris, o projeto arquitetônico deve dialogar com o projeto
pedagógico.
Segue abaixo um pedaço da entrevista :
Portal Aprendiz – O projeto arquitetônico deveria dialogar com o projeto
pedagógico?
Doris – Exato. As escolas que trabalham com as pedagogias Montessoriana e
Waldorf, por exemplo, têm um projeto arquitetônico bem específico. A Montessori
propõe um espaço que seja igual ao lar, para que a criança aprenda a fazer
atividades cotidianas, então às salas são como as salas de uma casa.
O projeto dessa escola Waldorf obedece aos princípios antroposóficos. Há grande
preocupação com a iluminação natural dos espaços e com a conectividade das
áreas de tráfego. Arquiteto: Alex van de Beld
28
Portal Aprendiz – Como à senhora avalia a configuração tradicional da sala de aula,
ou seja, carteiras individuais dispostas em fileiras e mesa do professor em frente?
Que situações ela favorece?
Doris – Essa tradição existe por alguma razão. Ela funciona muito bem para
algumas coisas. Existem situações no ensino em que o professor precisar estar na
frente, mostrando coisas e pedindo aos alunos que façam exercícios individuais,
para que possam absorver o que ele está tentando explicar. Nesse sentido, não
precisaríamos jogar fora a sala de aula tradicional.
Um trabalho recente mostra, por outro lado, que um ambiente muito confortável
também não garante o aprendizado, pois o aluno precisa ser desafiado, colocado
em situações não tão confortáveis, para que ele reaja e busque o conhecimento. O
problema é quando todos os espaços são iguais e não há flexibilidade, nada
diferente. Aí se instala uma situação de monotonia e, tanto o aluno como o
professor, não têm as melhores condições para criar um clima de aprendizado.
Portal Aprendiz – Mas a senhora propõe uma mudança nessa configuração?
Doris – Eu defendo que o projeto arquitetônico escolar saia de uma discussão. Em
cada instância é preciso repensar o que foi feito, se funcionou naquela comunidade,
se aquela pedagogia está pedindo outros espaços. Os professores sempre têm
novas ideias para ensinar e isso deve ser levado para o projeto. E o arquiteto deve
fazer parte dessa discussão e conhecer as questões sobre as quais ele precisa
refletir. Eu sou a favor de um processo participativo da comunidade escolar, onde
alunos, pais, professores e diretores, junto ao arquiteto, discutem como deve ser
essa nova escola.
Figura 12 – Obra Analoga
29
IndianSchool, Novo México, EUA
A proposta da escola é resgatar a cultura indígena das populações que vivem na
região. Edifício dialoga com a paisagem local e oferece um espaço adequado às
necessidades do projeto pedagógico.
Portal Aprendiz – Do ponto de vista das políticas públicas, como à senhora avalia a
questão da edificação escolar no Brasil? Ela tem sido levada em conta no debate
sobre a qualidade do ensino?
Doris – Pelos números que estamos vendo, pelas avaliações, sabemos que temos
problemas graves. Mas não somos os únicos, os Estados Unidos também têm
grandes problemas na educação. A gente precisa investir mais, não podemos achar
que o Enem vai resolver nossos problemas.
Essas avaliações fornecem um termômetro de que alguma coisa não está
funcionando. Os nossos professores ganham tão pouco que não há interesse em se
atualizar. Claro que não são todos, mas a grande maioria não tem interesse em
mudar essa situação.
Retirado de: http://educ-acao.com, acessado em 06/05/2013.
4 SEMINÁRIO
30
Foi realizado um seminário no espaço infantil “Despertar, Berçário e Maternal” , no
dia 10 de abril de 2013, às 14 horas, cumprindo assim parte do cronograma de
TCC01.
O seminário foi realizado com o tema: “A creche que eu queria ter”, onde crianças
matriculadas na escola, com idades entre 03 e 05 anos, relataram através de
desenhos como seria a creche ideal ao olhar deles.
O resultado foi satisfatório, tendo em vista a empolgação e entusiasmo das crianças
em desenhar e contar como seria a melhor creche, variando entre sonhos abstratos
e realidades distantes de um espaço físico normal para tal, como uma creche feita
de chocolates e sorvetes a uma creche espacial repleta de astronautas. As crianças
revelaram também através de desenhos, o encanto por espaços com grande
diversificação de cores e brinquedos.
A realização do seminário foi de grande importância para esta pesquisa, sendo que a partir da observação dos desenhos, a conversa com as crianças e estudo do local, obteve-se maior conhecimento do espaço físico legal existente, associando-o com a insatisfação espacial e o desejo dos educandos e educadores em obter um espaço mais convidativo e alegre. Foi analisada também a madeira como é realizada a rotina da creche, a partir do principio que a creche não é um espaço para cuidados básicos, mas também um espaço para educação infantil.
Figura 13 Figura 14 Figura 15
31
Sala de aula Despertar Sala de aula Despertar Sala de aula Despertar
Figura 16 Figura 17 Figura 18
Sala de aula Despertar Sala de aula Despertar Sala de aula Despertar
5 PESQUISA DE CAMPO
32
5.1 Definições da área de implantação
O projeto será implantado em Inhapim, cidade do interior de Minas Gerais, por se
tratar de uma cidade pequena com grande ambição de crescimento e haver a
necessidade de um lugar para que as mães possam deixar seus filhos enquanto
trabalham. A creche existente hoje na cidade não tem capacidade para abrigar a
demanda de crianças da cidade.
Figura 19 - Mapa de localização de Inhapim/Minas Gerais/Brasil
Fonte :WikimediaCommons
33
Figura 20 - Vista Centro Inhapim Figura 21 - Vista Igreja Matriz
Fontes: http://pt.db-city.com Fontes: http://pt.db-city.com
5.2 Contexto histórico-cultural da cidade de Inhapim
Em 1811, com a passagem de tropas de transporte de cargas, inicia-se a história de
Inhapim, pois o local era caminho para Degredo de Cuieté. João Caetano, fundador
de Caratinga, registra que ao descer o rio Caratinga se deparou com a
desembocadura de um córrego ao qual chamou de São Silvestre. A fundação de
Inhapim se deu em 1865, quando, no decorrer da Guerra do Paraguai, chegou à
barra do ribeirão Santo Antônio, Joaquim José Ribeiro que, ao perceber a fertilidade
da terra considerou-a propícia para o plantio de café. As primeiras safras foram boas
e então, Joaquim e seu amigo José Ribeiro Veloso decidiram ficar no local.
Em 1880, Inhapim era um núcleo com população crescente. Destacam-se entre os
primeiros moradores Francisco Silva, José Joaquim da Silva Pereira, José Francisco
Furtado Torres e Teobaldo José Melo. O povoado surgiu em 1882, quando os
moradores se reuniram e fundaram uma caixa comum, arrecadando duzentos e
cinquenta mil réis em dinheiro, quantia com a qual a adquiriram uma pequena gleba
de terra que, acrescida pela doação de dois hectares, feita por Francisco da Silva e
Teobaldo José de Melo constituiu o Patrimônio de São Sebastião de Inhapim. Em
1885 o patrimônio contava com 14 casas, das quais três de comércio, um farmácia,
uma oficina de funileiro e uma capela.
34
Inhapim foi elevado a Distrito de Paz pelo Decreto de 21 de dezembro de 1890.
Neste mesmo ano, foi instalado o Cartório de Paz de Inhapim, sendo seu primeiro
escrivão Aquiles de Sá Quintela. Em 1938 foi elevado a município, sendo seu
primeiro prefeito Antônio Fernandes Filho. Sua posição geográfica foi fator
determinante para o crescimento registrado a partir das décadas de 40 / 50. Em
1998, Inhapim foi desmembrado, perde os distritos de São Sebastião do Anta e São
Domingos das Dores.
Na Década de 90, foi fundado o sindicato dos trabalhadores rurais de Inhapim. Seus
fundadores foram Luis Marinho e seu filho Gilson Odilon Marinho.
35
5.3 Registros gráficos de escolas de Inhapim
Figura 22- Gráfico Número de Escolas por Série
Fonte: IBGE
Figura 23- Gráfico Alunos Matriculados por Série
Fonte : IBG
A Creche Escolhida
36
Por supervisão e incentivo do Padre Otton Fernandes Loures, fundada em meados
em meadas de 1930, o Lar das Crianças foi projetado para ser um orfanato. Este
funcionou por 42 anos, e logo após o fechamento, o prédio veio a ficar abandonado
por cerca de 10 anos.
A edificação foi construída em um lote da Igreja Católica Matriz São Sebastião de
Inhapim, e se localiza a Rua Padre Vigilato, número 134.
Com a grande necessidade de trabalhar, as mães se deparavam com a dificuldade
de onde deixar seus filhos no horário do expediente. Foi a partir de então que a
Prefeitura Municipal de Inhapim teve a iniciativa da abertura de uma creche
municipal, para apoio a essas mães.
Atualmente, a cidade de Inhapim conta com apenas uma creche localizada no centro
da cidade, na qual presta suporte crianças da sede, e distritos mais próximos da
cidade. Com funcionamento de 07h às 16h30min, a Creche Lar das Crianças,
recebem crianças na faixa etária de um a cinco anos.
Foi realizada uma pesquisa em forma de questionário (em anexo), para que mães e
educadoras da creche Lar das Crianças avaliassem o grau de satisfação para com a
Creche, tendo sido constatada através desse, e assimilado ao registro fotográfico,
grande deficiência no espaço físico, com necessidades essências para o bom
funcionamento da mesma.
A necessidade de um espaço voltado para brincadeiras, salas com entrada de
iluminação e ventilação natural e acessibilidade foram pontos marcantes
diagnosticados pela entrevista.
5.5.2 Registro fotográfico
37
Figura 24 – Deposito Creche Figura 25– Banheiro Creche
Fonte : Autora Fonte : Autora
Figura 26 – Parquinho Creche
Fonte : Autora
Figura 28Escovódromo Creche Figura 29 – Enfermaria
Fonte : Autora Fonte : Autora
38
Figura 30 – Sala de TV Creche Figura 31– Sala aula Creche
Fonte : Autora Fonte : Autora
6 CONCLUSÃO
O conceito de infância passou por transformações consideráveis no decorrer da
historia. O surgimento de creches e jardins de infância ocasionada por grandes
mudanças na sociedade vem nos mostrar um grande passo na conquista de direitos
das crianças, informações essas dadas a partir da pesquisa bibliográfica.
A pesquisa documental põe à tona o quanto o espaço físico é valorizado pela
legislação, e que se propõe em obter espaços que eduquem e cuidem nos
39
pequenos, alem de lhes proporcionarem sensações de tranquilidade, confiança e
estimulo do saber.
Unindo a pesquisa documental a bibliográfica, é evidente o avanço na valorização
dos espaços voltados para creches, todavia, não foi notado o cumprimento destes
preceitos legais na pesquisa de campo. A creche visitada, comparada com obras
análogas, sofre uma grande deficiência no âmbito do espaço que traduza o mundo
infantil.
É de grande relevância ressaltar o quão importante é a união dos educadores na
construção das creches, sendo que esses são os mais capacitados
profissionalmente no conhecimento dos espaços físicos, e o quanto tem interferência
negativa na aprendizagem. Infelizmente em grande maioria dos casos essa opinião
não é levada em consideração, ocasionando assim danos aos pequenos educandos,
que passam a não ter acesso a espaços devidamente equipados e adequados para
sua formação.
Sendo assim este trabalho reflete em como a arquitetura influencia no contato com a
primeira infância, e como o espaço físico e sua organização refletem no
desempenho pedagógico dos profissionais da área, e no aprendizado dos
educandos.
Após estudo qualificado da relação do espaço físico das creches com o
aprendizado, propõe-se reforma e intervenção na creche Lar das Crianças de
Inhapim, com objetivo de tornar o espaço acessível e também promover espaços
lúdicos e convidativos que os tornem aconchegante e transmitem segurança e
tranquilidade aos pequenos.
40
7 REFERÊNCIAS
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comunitária “Casinha da Vovó”: prática de manutenção/prática de educação. In:
ROSEMBERG, F. (Org.) Temas em destaque: creche. São Paulo: Cortez/Fundação
Carlos Chagas, 1989. p. 135-178.
44
ANEXOS :
CRONOGRAMA
- 1º semana: Apresentação do regulamento
-2º semana:Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-3º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-4º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-5º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-6º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-7º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-8º semana:. Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-9º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
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-10º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-11º semana: Banca Intermediária
-12º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-13º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
- 14º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-15º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-16º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-17º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-18º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-19º semana: Desenvolvimento dos objetivo do trabalho
-20º semana:Banca Final