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    SENAI SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

    CURSO HABILITAO TCNICA EM SEGURANA DO TRABALHO

    TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    ELIZAMA PEREIRA DA COSTA

    PROTEO CONTRA INCNDIO EM MARCENARIA

    BARRA DO BUGRES MT

    AGOSTO - 2015

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    SENAI SERVIO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

    CURSO HABILITAO TCNICA EM SEGURANA DO TRABALHO

    TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    ELIZAMA PEREIRA DA COSTA

    PROTEO CONTRA INCNDIO EM MARCENARIA

    Trabalho de Concluso de Curso

    apresentado ao SENAI Servio Nacional

    de Aprendizagem Industrial, como requisito

    parcial para obteno do Ttulo Tcnico em

    Segurana do trabalho sob a orientao do

    Professor Odair Rosa Dias.

    BARRA DO BUGRES - MTAGOSTO - 2015

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    PROTEO CONTRA INCNDIO EM MARCENARIA

    Trabalho de Concluso de

    Curso - TCC, apresentado ao Servio

    Nacional de Aprendizagem Industrial-SENAI, como requisito parcial para

    concluso do Curso Habilitao em

    Tcnica em Segurana do Trabalho

    sob a orientao do Professor Odair

    Rosa Dias.

    Aprovado em______/______/______.

    BANCA EXAMINADORA

    __________________________________________________Prof.Orientador ODAIR ROSA DIAS

    _________________________________________________Prof. MAURO JOS PEREIRA

    __________________________________________________Prof. WESLEY AFONSO DA SILVA DIAS

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    NILSON LUIZ DA SILVAGerente

    ADRIANA MATEUS DA MOTACoordenadora de Educao

    ODAIR ROSA DIASInstrutor orientador

    ELIZAMA PEREIRA DA COSTA

    Discente

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    Agradeo primeiramente a Deus, por ter me dado fora e sabedoria para concluir

    esse curso, a meu pai Joo Gualberto, minha me Iraci Marta e meu irmo Lemuel

    pela ajuda, incentivo e apoio, a instituio SENAI em parceria com o PRONATEC

    por proporcionar esse curso aos jovens brasileiros (no qual estou includa) em ter

    uma qualificao para o mercado de trabalho, e no deixar de agradecer tambm

    aos professores (as) e tutores pelo conhecimento transmitido a ns alunos.

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    O fracassado jamais comea;

    O perdedor jamais termina e

    O vencedor jamais desiste

    (Norman Vicent Peale)

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    RESUMO

    Este trabalho tem por objetivo avaliar as condies de segurana e apresentar osriscos de incndio existentes em marcenarias, visando a sua preveno e combatecaso haja algum tipo de acidente neste tipo de atividade. As avaliaes forambaseadas em pesquisas de campo, o meio de ferramenta utilizado para a pesquisafoi registros fotogrficos, tendo como alvo a obteno de aes e melhorias naadequao do sistema de segurana de combate a incndio. A marcenaria em foco,se localiza no interior do estado de Mato Grosso, exerce a atividade de fabricao demoveis sobre medida (grande, mdio ou pequeno porte).

    Palavras-chave: Risco de Incndio. Segurana.

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    ABSTRACT

    This work aims to assess the security situation and present the existing fire risks injoinery, in order to prevent and combat if any kind of accident in this type of activity.The evaluations were based on research in the field, the medium used for theresearch tool was photographic records, survey the area, targeting the obtainingactions and improvements on the adequacy of the safety system of fire fighting. Thejoinery focus, is located in the state of Mato Grosso, holding the furnituremanufacturing activity on measure (large, medium or small).

    Key-words: Fire risk. Safety.

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1: P de serra. ................................................................................................ 32

    Figura 2: Fiao Eltrica prximo ao p de serra. ..................................................... 32

    Figura 3: Armazenamento de tinta. ........................................................................... 33

    Figura 4: Armazenamento de tintas e pincis. .......................................................... 33

    Figura 5: Fiao eltrica. ........................................................................................... 34

    Figura 6: Armazenamento de ferramentas. ............................................................... 34

    Figura 8: Manuseio de cola inflamvel em local inapropriado. .................................. 35

    Figura 9: Madeiras prximo a fiao eltrica. ............................................................ 36

    Figura 10: Disjuntor trifsico e tomada prximo a pia. .............................................. 36

    Figura 11: Placas de aviso. ....................................................................................... 38

    Figura 12: Equipamentos contra incndios. .............................................................. 38

    Figura 13: Local adequado para armazenamento de ferramentas ............................ 39

    Figura 14: Quadro de distribuio de energia ........................................................... 39

    Figura 15: Sirene udio visual. .................................................................................. 40

    Figura 16: Extintor da Marcenaria. ............................................................................ 41

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    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    CIPAComisso Interna de Preveno de Acidente

    CLTConsolidao das Leis Trabalhistas

    CONPATCongresso Nacional de Preveno de Acidente do Trabalho

    DDSDialogo Dirio de Segurana

    EPCEquipamento de Proteo Coletiva

    EPIEquipamento de Proteo Individual

    FUNDACENTROFundao do Centro Nacional de Segurana Higiene e Medicinado Trabalho

    MTEMinistrio do Trabalho e Emprego

    NRNorma Regulamentadora

    PCMSOProgramas de Controle Mdico de Sade Ocupacional

    PNVTPrograma Nacional de Valorizao do Trabalhador

    PPRAPrograma de Preveno de Riscos Ambientais

    SESMTServio Especializado em Engenharia Segurana e Medicina do Trabalho

    SIPATSemana Interna de Preveno de Acidente do Trabalho

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    SUMRIO

    INTRODUO .......................................................................................................... 13

    1

    SEGURANA DO TRABALHO .......................................................................... 16

    1.1 Histria do trabalho......................................................................................... 16

    1.2 Histria da Segurana do Trabalho ................................................................ 17

    2 PROTEO CONTRA INCNDIO EM MARCENARIA ..................................... 29

    2.1 Descrio da marcenaria ................................................................................ 29

    2.2 Risco de incndio em marcenaria .................................................................. 29

    3 MEDIDAS PREVENTIVAS ................................................................................. 37

    CONSIDERAES FINAIS ...................................................................................... 41

    REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS .......................................................................... 42

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    INTRODUO

    O presente trabalho est repartido em trs captulos, sendo eles:

    I Capitulo Segurana do Trabalho, onde descreve a histria do

    trabalho e a histria da segurana do trabalho.

    II Capitulo Proteo Contra Incndio em Marcenaria, onde

    descreve a marcenaria que foi alvo da pesquisa e relata os riscos de incndio

    existente no ambiente interno e externo do trabalho.

    III CapituloMedidas preventivas, com base nos riscos existentes na

    marcenaria, so dadas as precisas medidas preventivas.

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    JUSTIFICATIVA

    Os trabalhos desenvolvidos em Marcenaria so de grande

    importncia, pois onde que os moveis comuns ou personalizados utilizados emresidncias, comrcios e outros, so fabricados.

    A partir da foi feita a escolha desse tema. Este trabalho apresenta

    os riscos de incndios existente em uma marcenaria localizada no interior do estado

    de Mato Grosso, e apresenta as medidas preventivas que se colocada em pratica ir

    diminuir ou eliminar esses riscos.

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    OBJETIVO GERAL

    Analisar os possveis riscos de incndio na marcenaria, em seu

    ambiente interno e externo, com enfoque nas instalaes eltricas, lquidos

    inflamveis, maquinas, e tudo que derivado da matria-prima (madeira).

    OBJETIVO ESPECFICO

    Verificar se o local de trabalho atende as exigncias normativas;

    Sugerir proposta para melhorias no ambiente de trabalho para

    cumprir com as normas regulamentadoras.

    Orientar os colaboradores sobre os riscos de incndio existente

    na marcenaria e proporcionar medidas preventivas.

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    1 SEGURANA DO TRABALHO

    1.1 HISTRIA DO TRABALHO

    A muito tempo atrs, desde que passou a existir a humanidade

    surgiu o trabalho. Com a tese do criacionismo segundo a Bblia, em Genesis

    Capitulo 2, Versculo 15 a seguir, Deus criou o homem, o ps no jardim do den,

    para cuidar dele e nele fazer plantaes, tambm deu ordem que desse nome a

    cada animal de cada espcie que Ele havia criado, mas devido a desobedincia de

    uma ordem divina o homem foi banido e expulso do Paraiso, tendo assim quetrabalhar arduamente para conseguir o po de cada dia.

    As pessoas eram nmades, e por esse fato no tinham plantaes

    como se tem hoje em dia (soja, milho, cana, etc.), mas elas colhiam frutos,

    pescavam e caavam para se sustentar e sobreviver, essa atividade era repartida

    entre elas, os homens: pescavam e caavam; as mulheres: colhiam, preparava os

    alimentos e cuidavam das crianas; e isso era considerado trabalho.

    Para Oliveira, trabalho a atividade desenvolvida pelo homem, sob

    determinadas formas, para produzir a riqueza.

    O trabalho , em primeiro lugar, um processo entre o homem e a natureza

    um processo integrado no qual o ser humano faculta, regula e controla a

    sua forma material com a natureza atravs de sua atividade... Ao atuar

    sobre a natureza externa a si, modificando-a, o ser humano modifica

    simultaneamente sua prpria natureza... (Marx, 1979, p. 118).

    Com o passar do tempo, o povo passou a se tornar sedentrio (com

    moradia fixa), comearam a se estabelecer em locais de terra frtil, prximo a rio,

    lagos e ento passaram a plantar, colher e criar animais para o consumo prprio, e

    muitas das vezes trocavam e/ou vendiam seus produtos. (MELO, A pr-histria)

    Na Europa, por volta dos sculos XVIII e XIX, deu incio a Revoluo

    Industrial, onde pode ser classificado em trs etapas:

    A Primeira etapa da Revoluo Industrial: Entre 1760 a 1860,

    a Revoluo Industrialficou limitada, primeiramente, Inglaterra. Houve oaparecimento de indstrias de tecidos de algodo, com o uso do tear

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    mecnico. Nessa poca o aprimoramento das mquinas a vapor contribuiu

    para a continuao da Revoluo.

    A Segunda Etapa da Revoluo Industrial: A segunda etapa ocorreu no

    perodo de 1860 a 1900, ao contrrio da primeira fase, pases como

    Alemanha, Frana, Rssia e Itlia tambm se industrializaram. O emprego

    do ao, a utilizao da energia eltrica e dos combustveis derivados do

    petrleo, a inveno do motor a exploso, da locomotiva a vapor e o

    desenvolvimento de produtos qumicos foram as principais inovaes desse

    perodo.

    A Terceira Etapa da Revoluo Industrial: Alguns historiadores tm

    considerado os avanos tecnolgicos do sculo XX e XXI como a terceira

    etapa da Revoluo Industrial. O computador, o fax, a engenharia gentica,

    o celular seriam algumas das inovaes dessa poca. (NIEDERAUER,Revoluo Industrial)

    Algumas pessoas com mais interesse em ser bem-sucedida,

    contratavam outras para desenvolver o trabalho e pagavam um valor inferior do que

    mereciam, foi ento que surgiu a mo de obra barata, e por esse fato aumentava

    cada vez mais a sua lucratividade. O problema que eles no estavam preocupados

    com o bem-estar dos trabalhadores, pois mo de obra no faltava e com isso os

    trabalhadores ficavam expostos a todos os tipos de riscos e doenas existentes na

    poca sem as devidas prevenes.

    As pessoas tinham que trabalhar por dia uma quantidade de hora

    estipulada pelo seu patro (sem distino de idade, sexo e servios pesados), pois

    no havia Normas Regulamentadoras (NR) e nem Leis Trabalhistas para estar a

    favor dos trabalhadores.

    Desde a Antiguidade at a Idade Mdia o trabalho teve um sentido

    negativo, de castigo e sofrimento. Somente a partir do Renascimento, a noo

    negativa associada ao trabalho vai aos poucos tomando uma feio positiva, quando

    surgiram as ideias de valorizao do trabalho como manifestao da cultura, e este

    comeou timidamente a ser visto como um valor da sociedade e do prprio homem.

    1.2 HISTRIA DA SEGURANA DO TRABALHO

    Apesar de vrios riscos de vrias atividades serem conhecidos, at

    ento pouco ou quase nada era feito para combat-los ou reduzi-los. Algumas

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    pessoas se preocupavam com a vida dos trabalhadores, pois havia muitos acidentes

    fatais e muitas doenas que deixavam os trabalhadores incapacitados para exercer

    alguns tipos de funes; foi ento que estudiosos comearam a examinar os fatos e

    tiveram iniciativa de tomar providencias para melhorar o andamento do servio, e

    diminuir os nmeros de acidente e doenas do trabalho; mas naquela poca os

    estudos e investigaes das doenas do trabalho eram isolados, como aqueles

    realizados pelo mdico e filosofo grego Hipcrates (460-375 a.C.) que em um de

    seus trabalhos descreveu um quadro de "intoxicao saturnina" em um mineiro (o

    saturnismo o nome dado intoxicao causada pelo chumbo).

    Plnio, que viveu no incio da era Crist (23-79 d.C.), descreveu, em

    seu tratado "De Histria Naturalis", as condies de sade dos trabalhadores comexposio ao chumbo e poeiras. Ele fez uma descrio dos primeiros equipamentos

    de proteo conhecidos, como panos ou membranas de bexiga de animais para o

    rosto (improvisados pelos prprios escravos), servia para bloquear a inalao de

    poeiras nocivas; tambm descreveu diversas molstias (disfuno orgnica,

    manifestada por uma srie de sintomas; mal, doena, enfermidade)do pulmo entre

    mineiros e envenenamento devido ao manuseio de compostos de enxofre e zinco.

    Bernardino Ramazzini, o crebro mdico italiano, em 1700 efetuou aprimeira classificao e sistematizao de doenas do trabalho, Em sua obra prima,

    Ramazzini identificou diversos aspectos concernentes s doenas relacionadas ao

    trabalho, descreveu mais de 50 doenas, adentrando em deveras especialidades

    apresentando-se como clnico geral como Oftalmologia, Estomatologia,

    Dermatologia, Gastroenterologia, Hematologia, Neurologia, Pneumologia,

    Cancerologia, Ginecologia, obstetrcia, alm de Ergonomia, Biorritmo e os agentes

    fsicos Rudo, Calor etc. Ele foi um clnico mdico, no s um mdico do trabalhomas, tambm, um mdico social e prevencionista.

    As pessoas passaram a entender melhor sobre os ricos que

    estavam expostos, e se organizaram em sindicatos para melhor defenderem os seus

    interesses, e foi ento que surgiram os primeiros movimentos operrios contra as

    pssimas condies de trabalho e ambientes insalubres.

    Somente aps muitos conflitos e revoltas, comearam a surgir as

    primeiras leis de proteo ao trabalho, inicialmente das mulheres e crianas. As

    primeiras leis surgiram inicialmente em alguns pases, sendo eles: Inglaterra,

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    Frana, Alemanha e Itlia; e com o passar do tempo estendeu-se por outros lugares.

    Na Inglaterra, em 1819 foi aprovada a lei que proibia o trabalho de

    uma pessoa menor de 9 anos, e para pessoas menores de 16 anos estipulou o limitede 12 horas por dia. Em 1833 surgiu uma nova lei que pessoas menores de 13 anos

    podiam trabalhar no mximo 8 horas por dia, menores de 18 anos trabalhar 12 horas

    por dia, e proibiu o trabalho noturno para menores. (TEIXEIRA, Proteo do trabalho

    do menor)

    Em 1919 foi criada a primeira lei brasileira sobre acidentes de

    trabalho, Lei n3724 de 15/01/19.

    Em 1943 foi aprovada a CLT- Consolidao das Leis Trabalhista, e

    entrou em vigor em 10 de novembro de 1943.

    O Decreto-Lei, em seu artigo 82 criou as CIPAS.

    Em 1953, foi instituda a SIPAT (Semana Interna de Preveno de

    Acidentes do Trabalho) a ser realizada na 4 semana de novembro de cada

    ano. Nesse mesmo ano a Portaria 155 regulamentou e organizou as CIPAs e

    estabeleceu normas para seu funcionamento, Decreto-Lei n 34715, de 27/11/53.

    Em 1955, foi criada a portaria para coordenar e uniformizar as

    atividades das SIPAT, Portaria 157, de 16/11/55. O Ttulo do Congresso passou em

    1961 para Congresso Nacional de Preveno de Acidentes do TrabalhoCONPAT.

    Em 1960, foi regulamentado o uso dos EPIs, Portaria 319 de

    30/12/60.

    Em 1966, foi criada a Fundao Centro Nacional de Segurana

    Higiene e Medicina do Trabalho, atual Fundao Jorge Duprat Figueiredo deSegurana e Medicina do Trabalho, conforme a Lei n 5161 de 21/10/66 (a criao

    da FUNDACENTRO foi sem dvida um dos grandes feitos na histria da segurana

    do trabalho).

    Em 1967, foi integrado o seguro de acidentes de trabalho

    na Previdncia Social, Lei n 5316 de 14/09/67. Em 1976 surgiu a sexta lei de

    acidentes de trabalho, e identifica doena profissional e doena do trabalho como

    sinnimos, e os equipara ao acidente de trabalho.

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    Em 1972, foi estabelecida a prioridade da Poltica do PNVT-

    Programa Nacional de Valorizao do Trabalhador. Selecionou 10 prioridades, entre

    elas a Segurana, Higiene e Medicina do Trabalho, Decreto n 7086 de 25/07/72.

    A Portaria 3237 do MTE de 27/07/72 criou os servios de

    Segurana, Higiene e Medicina do Trabalho nas empresas. Foi o divisor de guas

    entre a fase do profissional espontneo e o legalmente constitudo; e criou os cursos

    de preparao dos profissionais da rea.

    Em 1974, iniciou os cursos para formao dos profissionais de

    Segurana, Higiene e Medicina do Trabalho.

    Em 1978, foram criadas as NRs -Normas Regulamentadoras

    aprovadas pela Portaria 3.214 de 08/06/78 do MTE, e ampliou as Portarias

    existentes e Atos Normativos. Na ocasio foram criadas 28 NRs. No entanto,

    atualmente, temos 36 (trinta e seis) NRs aprovadas pelo o Ministrio do Trabalho e

    EmpregoMTE.

    Conforme as evolues dos meios de trabalho vo se consolidando,

    o MTE busca estabelecer o desenvolvimento e a atualizao das NR, com objetivo

    de preservar a sade e a integridade dos trabalhadores, tal como a proteo do

    meio ambiente e dos recursos naturais.

    As atuais NRs referentes Segurana e Medicina do Trabalho so:

    Norma Regulamentadora N 01Disposies Gerais;

    As Normas Regulamentadoras so obrigatrias em todo tipo de

    empresa, pblica ou privada, e pelos rgos pblicos de administrao direta e

    indireta.

    Norma Regulamentadora N 02Inspeo Prvia;

    Antes de iniciar atividade em um estabelecimento novo, deve ser

    solicitado a aprovao de suas instalaes ao rgo do Ministrio do Trabalho.

    Norma Regulamentadora N 03Embargo ou Interdio;

    Se houver um laudo tcnico (documento emitido aps percia tcnica

    realizada no ambiente a ser vistoriado, a fim de se comprovar a condio de

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    insalubridade ou periculosidade) que demonstre grave e iminente risco para o

    trabalhador, a Delegacia Regional do Trabalho poder interditar: estabelecimentos,

    setor de servio, maquinas e/ou equipamentos, ou embargar (parar) a obra.

    Norma Regulamentadora N 04 Servios Especializados em

    Engenharia de Segurana e em Medicina do TrabalhoSESMT;

    O SESMT tem por objetivo a preveno de acidentes tanto quanto

    de doenas ocupacionais, e tem por finalidade promover a sade e proteger a

    integridade do trabalhador no seu ambiente de trabalho.

    Norma Regulamentadora N 05 Comisso Interna de

    Preveno de AcidentesCIPA;

    A CIPA tem como objetivo a preveno de acidentes e doenas

    decorrentes do trabalho; todas empresas privadas, pblicas e rgos

    governamentais que possuem empregados regidos pela CLT, so obrigados a

    organizar e manter o funcionamento da CIPA.

    Norma Regulamentadora N 06 Equipamentos de Proteo

    IndividualEPI;

    Considera-se EPI todo dispositivo de uso individual, destinado a

    proteger a sade e a integridade fsica do trabalhador, as empresas tem por

    obrigao fornecer os EPIs necessrios aos seus colaboradores.

    Norma Regulamentadora N 07 Programas de Controle

    Mdico de Sade OcupacionalPCMSO;

    Esta NR tem objetivo de promover e preservar a sade do conjunto

    de trabalhadores.

    Norma Regulamentadora N 08Edificaes;

    Estabelece requisitos tcnicos mnimos que devem ser observados,

    e garante o conforto e segurana em edificaes.

    Norma Regulamentadora N 09 Programas de Preveno deRiscos AmbientaisPPRA;

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    A elaborao e implementao do Programa de Preveno de

    Riscos Ambientais PPRA uma obrigatoriedade por parte do empregador e visa

    identificar, avaliar e controlar os riscos ambientais do ambiente de trabalho, a fim de

    preservar a sade e integridade dos colaboradores.

    Classificao dos riscos; os riscos e seus agentes so:

    Riscos de acidentes

    Qualquer fator que coloque o trabalhador em situao vulnervel e

    possa afetar sua integridade, e seu bem-estar fsico e psquico. So exemplos de

    risco de acidente: as mquinas e equipamentos sem proteo, probabilidade de

    incndio e exploso, arranjo fsico inadequado, armazenamento inadequado, etc.

    Riscos ergonmicos

    Qualquer fator que possa interferir nas caractersticas

    psicofisiolgicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua sade. So

    exemplos de risco ergonmico: o levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho,

    monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho, etc.

    Riscos fsicos

    Consideram-se agentes de risco fsico as diversas formas de energia

    a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: rudo, calor, frio, presso,

    umidade, radiaes ionizantes e no-ionizantes, vibrao, etc.

    Riscos qumicos

    Consideram-se agentes de risco qumico as substncias, compostosou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratria,

    nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, nvoas ou vapores, ou que seja, pela

    natureza da atividade, de exposio, possam ter contato ou ser absorvido pelo

    organismo atravs da pele ou por ingesto.

    Riscos biolgicos

    Consideram-se como agentes de risco biolgico as bactrias, vrus,fungos, parasitos, entre outros.

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    Norma Regulamentadora N 10 Segurana em Instalaes e

    Servios em Eletricidade;

    Estabelece condies mnimas exigidas para garantir a seguranados empregados que trabalham em instalaes eltricas, em suas etapas, e ainda a

    segurana de usurio e terceiros.

    Norma Regulamentadora N 11 -Transporte, Movimentao,

    Armazenagem e Manuseio de Materiais;

    Estabelece os requisitos de segurana a serem observados nos

    locais de trabalho, no que se refere ao transporte, movimentao, armazenagem

    e ao manuseio de materiais.

    Norma Regulamentadora N 12 Segurana no Trabalho em

    Mquinas e Equipamentos;

    Esta NR contem medidas prevencionistas de segurana e higiene do

    trabalho a serem adotadas pelas empresas em relao a instalao, operao e

    manuteno de maquinas e equipamentos.

    Norma Regulamentadora N 13Caldeiras, Vasos de Presso

    e Tubulaes;

    Estabelece todos os requisitos tcnicos-legais relativos a instalao,

    operao e manuteno de caldeiras e vasos de presso, para prevenir a ocorrncia

    de acidentes do trabalho.

    Norma Regulamentadora N 14Fornos;

    H nessa NR recomendaes tcnicos-legais pertinentes

    construo, operao e manuteno de fornos industriais nos ambientes de

    trabalho.

    Norma Regulamentadora N 15 Atividades e Operaes

    Insalubres;

    Descreve as atividades, operaes e agentes insalubres, inclusiveseus limites de tolerncia.

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    Norma Regulamentadora N 16 Atividades e Operaes

    Perigosas;

    Regulamenta as atividades e as operaes legalmente consideradasperigosas, estipulando as recomendaes prevencionistas correspondentes.

    Norma Regulamentadora N 17Ergonomia;

    Visa estabelecer parmetros que permitam a adaptao das

    condies de trabalho s condies psicofisiolgicas dos trabalhadores, de modo a

    proporcionar um mximo de conforto e segurana e desempenho eficiente.

    Norma Regulamentadora N 18Condies e Meio Ambientede Trabalho na Indstria da Construo;

    Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de

    organizao, que objetivem a implementao de medidas de controle e sistemas

    preventivos de segurana nos processos, as condies e no meio ambiente de

    trabalho na indstria da construo civil.

    Norma Regulamentadora N 19Explosivos;

    Esta NR regulamenta o deposito, manuseio e transporte de

    explosivos.

    Norma Regulamentadora N 20 Segurana e Sade no

    Trabalho com Inflamveis e Combustveis;

    Estabelece as disposies regulamentares acerca do

    armazenamento, manuseio e transporte de lquidos combustveis e inflamveis.

    Norma Regulamentadora N 21Trabalho a Cu Aberto;

    Esta NR contem medidas prevencionistas relacionadas com a

    preveno de acidentes nas atividades desenvolvidas a cu aberto.

    Norma Regulamentadora N 22 Segurana e Sade

    Ocupacional na Minerao;

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    Estabelece mtodos de segurana a serem observados pelas

    empresas que desenvolvam trabalhos subterrneos.

    Norma Regulamentadora N 23Proteo Contra Incndios;

    Estabelece medidas de proteo contra incndios que devem dispor

    os locais de trabalho, visando a preveno da sade e da integridade fsica dos

    trabalhadores.

    Norma Regulamentadora N 24 Condies Sanitrias e de

    Conforto nos Locais de Trabalho;

    Disciplina os preceitos de higiene e de conforto, especialmente noque se refere a: banheiros, vestirios, refeitrios, cozinhas, etc.

    Norma Regulamentadora N 25Resduos Industriais;

    Estabelece medidas preventivas que os resduos industriais devem

    ter em seu destino final.

    Norma Regulamentadora N 26Sinalizao de Segurana;

    Estabelece a padronizao das cores a serem utilizadas como

    sinalizao de segurana nos ambientes de trabalho.

    Norma Regulamentadora N 27 (Revogada pela Portaria GM

    n. 262, 29/05/2008) Registro Profissional do Tcnico de Segurana do Trabalho

    no MTB;

    Estabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo profissional que

    desejar exercer as funes de tcnico de segurana do trabalho, em especial no que

    diz respeito ao seu registro profissional como tal, junto ao Ministrio do Trabalho.

    Norma Regulamentadora N 28Fiscalizao e Penalidades;

    Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalizao

    trabalhista de Segurana e Medicina do Trabalho, tanto no que diz respeito a

    concesso de prazos s empresas para a correo das irregularidades tcnicas,

    como tambm, no que concerne ao procedimento de autuao por infrao as NR

    de Segurana e Medicina do Trabalho.

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    Norma Regulamentadora N 29 Segurana e Sade no

    Trabalho Porturio;

    Tem por objetivo regular a proteo obrigatria contra acidentes edoenas profissionais, facilitar os primeiros socorros, e alcanar as melhores

    condies possveis de segurana e sade aos trabalhadores porturios.

    Norma Regulamentadora N 30 Segurana e Sade no

    Trabalho Aquavirio;

    Aplica-se aos trabalhadores de toda embarcao comercial utilizada

    no transporte de mercadorias ou de passageiros.

    Norma Regulamentadora N 31 Segurana e Sade no

    Trabalho na Agricultura, Pecuria Silvicultura, Explorao Florestal e Aquicultura;

    Estabelece os preceitos a serem observados na organizao e no

    ambiente de trabalho, de forma a tornar compatvel o planejamento e o

    desenvolvimento das atividades.

    Norma Regulamentadora N 32 Segurana e Sade noTrabalho em Estabelecimentos de Sade;

    Estabelece as diretrizes bsicas para a implementao de medidas

    de proteo segurana e a sade dos trabalhadores.

    Norma Regulamentadora N 33 Segurana e Sade no

    Trabalho em Espaos Confinados;

    Esta NR estabelece os requisitos mnimos para identificao deespaos confinados e o reconhecimento, avaliao, monitoramento e controle dos

    riscos existentes.

    Norma Regulamentadora N 34 Condies e Meio Ambiente

    de Trabalho na Indstria da Construo e Reparao Naval;

    A finalidade estabelecer os requisitos mnimos e as medidas de

    proteo nas atividades da industrias de construo e reparao naval.

    Norma Regulamentadora N 35Trabalho em Altura;

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    Esta NR fala sobre trabalho em altura com os requisitos mnimos e

    as medidas de proteo para o trabalhador que est envolvido direto ou

    indiretamente nas atividades acima de 2 metros de altura.

    Norma Regulamentadora N 36 Segurana e Sade no

    Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados.

    Estabelece requisitos mnimos para a avaliao, controle e

    monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indstria de

    abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano.

    (SENAI, Fundamentos de sade e segurana do trabalho 1)

    Em 1979 foi regulamentado a criao de cursos para profissionalizar

    pessoas pra compor o SESMT, Resoluo n 262.

    Em 1983, a Portaria n 33 introduziu na NR 5 os Riscos Ambientais.

    Em 1985, foi oficializado a especializao em Engenharia de

    Segurana do Trabalho e criou a categoria profissional de Tcnico em Segurana do

    Trabalho, Lei n7410 de 27/11/85.

    Em 1986, foi regulamentado a categoria de Tcnico de Segurana

    do Trabalho, na dcada de 50 eram chamados de Inspetores de Segurana, Lei

    n9235 de 09/04/86.

    Em 1990, a NR 4 foi atualizada e o SESMT passou a ser formado

    por:

    Engenheiro de Segurana do Trabalho;

    Mdico do Trabalho;

    Enfermeiro do Trabalho;

    Auxiliar de Enfermagem do Trabalho;

    Tcnico em Segurana do Trabalho.

    Em 1991, foi estabelecido o conceito legal do Acidente de Trabalho

    e de Trajeto nos artigos 19 a 21, no artigo 22 foi estabelecido a obrigao da

    empresa em comunicar os Acidentes do Trabalho as autoridades competentes, Lei

    8.213/91.

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    Em 2001 foi proibido o trabalho infantil no Brasil pois entrou em vigor

    a Portaria n458 de 04/10/01. (NETO, Histria da segurana do trabalho.)

    Segundo o blog segurana no trabalho no Brasil, 2013 existem trs

    nveis de Segurana do Trabalho:

    Nvel 1 Intuitivo: quando o trabalhador no conhece nenhuma

    tcnica de Segurana do Trabalho e se protege intuitivamente, ou seja, se protege

    apenas quando percebe alguma situao de risco.

    Nvel 2 Reativo: quando o trabalhador cobrado para que

    cumpra com normas e procedimentos de segurana do trabalho e o mesmo s

    cumpre porque cobrado. O trabalhador no tem conscincia de que o controle dos

    riscos realizado para a manuteno de sua segurana e sade.

    Nvel 3Pr Ativo: O trabalhador e sua equipe tem conscincia dos

    riscos procurando sempre utilizar as melhores prticas para se proteger dos riscos e

    tem responsabilidade para com a equipe onde todos cuidam de sua segurana

    levando em conta que o maior bem que tem a VIDA. (RIGONI, Total Qualidade.)

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    2 PROTEO CONTRA INCNDIO EM MARCENARIA

    2.1 DESCRIO DA MARCENARIA

    A marcenaria se localiza no interior do estado de Mato Grosso, foi

    fundada no ano de 2008; atualmente ela contm 10 funcionrios, 2 donos e no

    possui filiais. Essa marcenaria trabalha na fabricao de mveis sobre medida, de

    grande ou pequeno porte, ela atende a vrios municpios de Mato Grosso, sendo

    eles: Assari (Distrito de Barra do Bugres), Arenpolis, Barra do Bugres, Cuiab,

    Denise, Porto Estrela, Rondonpolis e Tangara da Serra, tendo como veculo detransporte um caminho. A empresa mede aproximadamente 16m X 40m, e o

    terreno mede aproximadamente 32m X 55m. Seu horrio de funcionamento

    repartido em dois perodos, perodo matutino: 07:00 s 11:00 e Vespertino: 13:00 s

    17:30.

    2.2 RISCO DE INCNDIO EM MARCENARIA

    Mas o que significa incndio? Para Bueno (1991), a destruio

    pelo fogo. E o que fogo? Para Brentano (2004, p. 39), pode ser definido como:

    Uma reao qumica, denominada combusto, que uma oxidao rpida

    entre o material, combustvel, liquido, solido ou gasoso e o oxignio do ar,

    provocado por uma fonte de calor que gera luz e calor.

    Segundo Piolli (2003), devem coexistir quatro componentes para que

    ocorra o fenmeno do fogo:

    Combustvel todo material que possui a propriedade de

    queimar, de entrar em combusto; com maior ou menor facilidade.

    Comburente o elemento que se combina com os vapores

    inflamveis dos combustveis, possibilitando a expanso do fogo. Normalmente o

    oxignio se combina com o material combustvel, dando incio combusto. O ar

    atmosfrico contm, na sua composio cerca de 21% de oxignio, tornando-se

    assim, o principal comburente existente.

    Calor uma forma de energia que provoca a liberao de

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    vapores dos materiais. O calor exerce influncia fundamental tanto para o incio

    como para a manuteno da queima.

    Combusto (Reao em cadeia) toda a reao qumica queh entre uma substncia qualquer (combustvel) e o oxignio do ar (comburente) na

    presena de uma fonte de calor.

    A partir dos acidentes ocorridos ao longo do tempo, normas e

    cdigos foram surgindo, na perspectiva de minimizar esses eventos, com um

    principal objetivo que a segurana contra o incndio.

    Para facilitar a adequao dos mtodos de extino de incndios,

    adotou-se classifica-los em classes:

    Incndio de Classe A: So incndios em combustveis slidos

    (ex. madeiras, papel, tecido, borracha, etc.) a queima se d na superfcie e em

    profundidade.

    Incndio de Classe B: So incndios em lquidos e gases

    inflamveis (ex. gasolina, lcool, gs de cozinha, etc.) caracterizados por no deixar

    resduos e queimar apenas na superfcie exposta.

    Incndio de Classe C: So incndios em materiais e

    equipamentos eltricos energizados, no se caracterizam pelo estado fsico do

    material nem pelo modo como se queimam, e sim pelo risco de vida que oferece.

    Incndio de Classe D: So incndios em metais combustveis

    (ex. magnsio, selnio, antimnio, ltio, potssio, alumnio fragmentado, etc.)

    caracterizado pela queima em alta temperatura e pela necessidade de aplicao deprodutos qumicos especiais para cada material que queima. (Classificao dos

    Incndios)

    Na marcenaria em foco, existe probabilidade de ocorrer incndio,

    pois no ambiente de trabalho existem vrios materiais que podem facilmente pegar

    fogo, exemplo: p de cerra, tinta, fiao eltrica, madeira e cola; podendo ser

    classificado como risco de incndio de classe A, B, e C.

    O p de serra fica exposto em local inapropriado, ocupando espao

    e tambm dificultando a passagem dos colaboradores; por esse fato, h risco de

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    incndio, pois prximo do local h maquinas e fios eltricos que podem dar curto

    circuito e pegar fogo facilmente. Figura 1 e Figura 2.

    As tintas que so usadas para pintar as madeiras j moldadas e

    pronta para a montagem, esto armazenadas em uma prateleira de madeira (Figura

    3), e sobre um armrio de madeira, juntamente com pinceis (Figura 4) de forma

    incorreta e desorganizada.

    A fiao eltrica um dos maiores riscos existentes, (no s em

    marcenaria mais em todos lugares) pois ela est espalhada por toda parte: em cima

    (no teto), nas paredes, no cho (extenso); alguns fios esto expostos, podendo

    ocasionar um incndio, pois se encontra mal instalado, sem manuteno peridica, esem isolantes adequado; conforme a Figura 5.

    No local onde est armazenado algumas ferramentas de trabalho,

    h risco de incndio pelo fato de haver fiao eltrica exposta, pode se observar

    conforme a Figura 6, que h materiais inflamveis como por exemplo: isopor,

    papelo, plstico e outros.

    Pode se observar na Figura 7, que a fiao eltrica, a mquina e os

    restos de p de serra so materiais que pode ocasionar um incndio, caso ocorra da

    mquina ao ser manuseada solte fasca, esse local pode pegar fogo e se expandir

    rapidamente.

    A cola utilizada na marcenaria tem liquido e vapores inflamveis (ex:

    Cola Formica); se no for armazenada e manuseada de forma correta, pode causar

    um grande estrago. Conforme a Figura 8, pode se observar que o local

    inapropriado para o manuseio, pois a temperatura elevada, estando fora do

    padro, podendo assim ocasionar um incndio.

    Algumas madeiras (depois de moldadas) so armazenadas em um

    local prximo a fiao eltrica, esse local considerado inapropriado pelo fato da

    instalao eltrica estar exposta, e estando exposta pode acontecer um curto

    circuito, soltar fascas e a madeira pegar fogo e se expandir. Figura 9.

    O disjuntor trifsico que distribui energia para o estabelecimento se

    encontra prximo a pia que os colaboradores usam para se lavar, contm tambm

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    uma tomada no local, podendo ocasionar um curto circuito que acarretara um

    incndio. Figura 10.

    Figura 1: P de serra.

    FONTE: Arquivo da autora.

    Figura 2: Fiao Eltrica prximo ao p de serra.

    FONTE: Arquivo da autora.

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    Figura 3: Armazenamento de tinta.

    FONTE: Arquivo da autora.

    Figura 4: Armazenamento de tintas e pincis.

    FONTE: Arquivo da autora.

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    Figura 5: Fiao eltrica.

    FONTE: Arquivo da autora.

    Figura 6: Armazenamento de ferramentas.

    FONTE: Arquivo da autora.

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    Figura 7: Fiao inapropriada, maquinas desorganizadas e resto de p de serra.

    FONTE: Arquivo da autora.

    Figura 8: Manuseio de cola inflamvel em local inapropriado.

    FONTE: Arquivo da autora.

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    Figura 9: Madeiras prximo a fiao eltrica.

    FONTE: Arquivo da autora.

    Figura 10: Disjuntor trifsico e tomada prximo a pia.

    FONTE: Arquivo da autora.

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    3 MEDIDAS PREVENTIVAS

    A preveno compreende um conjunto de medidas que visa evitar os

    acidentes que causam uma ocorrncia indesejvel. Por isso muito importante ter

    cuidado para no ocorrer inesperados incidentes como o incndio.

    Dada a natureza altamente inflamvel da madeira (especialmente

    nas formas de serragem e aparas), e dos demais produtos existentes nas

    marcenarias, como diluentes, colas e revestimentos, nunca ser demasiado insistir

    na necessidade de preveno de incndios. Existem medidas que podem

    reduzir/eliminar o risco de incndio, a seguir algumas medidas mais importantes:

    Instalao de equipamentos automticos de extrao da

    serragem e aparas nas mquinas.

    Com esse equipamento automtico o ambiente de trabalho no

    ficara com acumulo e p de serra, pois o equipamento se encarregara de extrair toda

    serragem e aparas. O colaborador s se encarregara de transportar as mesmas para

    o local de armazenagem em silos a espera de sua eliminao ou recuperao;

    Local adequado para armazenamento de materiais inflamveis

    (tinta e cola);

    No armazenamento de tintas e colas recomendvel prateleiras de

    ao com tamanho adequado a quantidade.

    Instalaes eltricas a prova de fogo (exploso);

    A fiao eltrica deve ser interna, ou protegida com canaleta.

    Aplicar os 5S;

    Seiri (Senso de utilizao), Seiton (Senso de ordenao), Seisou

    (Senso de limpeza), Seiketsu (Senso de sade), Shitsuke (Senso de autodisciplina).

    Local adequado para manuseio de produtos inflamveis;

    Para manuseio de produtos inflamveis, recomendado uma rea

    especifica para esse fim; a rea deve ser: ventilada (com mais de um ventilador, e

    entrada de ar para remover os vapores com mais eficcia), isolada, identificada e

    exclusiva.

    Placas de avisou ou sinalizao;

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    Placa com aviso de proibio de fumar no local de trabalho, e

    eliminao de todos os focos de combusto; sinalizao de sada de emergncia,

    local onde est o extintor ou mangueira de incndio.

    Figura 11: Placas de aviso.

    FONTE: https://www.google.com.br/search?q=PLACA+PROIBIDO+FUMAR

    Sada de emergncia (rota de fuga);

    Deve haver sada suficiente com sinalizaes necessrias (portas

    corta fogo), inclusive da rota de fuga para rpida retirada das pessoas em caso de

    incndio.

    Equipamento contra incndio (extintor);Deve haver equipamentos suficiente para controlar o princpio de um

    incndio, esse equipamento deve estar em local de fcil acesso sem estar encoberto

    por materiais, para isso deve ser pintado no piso (em baixo do extintor) na cor

    vermelha uma rea de no mnimo 1m a qual no dever ser obstruda; na

    marcenaria recomendvel ter extintor P Qumico,combate incndios de classe

    B (lquidos inflamveis). Age por abafamento quebrando a reao em cadeia e

    interrompendo o processo de combusto. Pode ser utilizado tambm em incndiosde classe A e C. (MIKAIL. Blog da Engenharia)

    Figura 12: Equipamentos contra incndios.

    FONTE: https://www.google.com.br/search?q=equipamento+de+incendio

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    Fazer treinamento com os colaboradores (como utilizar EPIs,

    EPCs, manuseio de equipamento contra incndio).

    Cada colaborador deve ter o treinamento de como utilizar

    corretamente os Equipamentos de Proteo Individual, Equipamento de Proteo

    Coletiva e os Equipamentos Contra Incndio, pois assim ir beneficiar seu prprio

    bem-estar e o da empresa.

    Procedimentos peridicos de limpeza no ambiente de trabalho;

    A fim de manter um ambiente de trabalho agradvel, deve haver

    procedimentos peridicos de limpeza, tais como: lavagem do piso, limpeza do teto,

    limpeza das maquinas, etc.

    Local adequado para armazenamento de ferramentas;O local onde as ferramentas so armazenadas deve estar sempre

    organizado, com espao suficiente para guardar as ferramentas, de forma que asmesmas no fiquem amontoadas.

    Figura 13: Local adequado para armazenamento de ferramentas.

    Quadro de distribuio de energia;

    O quadro de distribuio de energia no deve estar instalado emlocal molhado, recomenda se que coloque o em um local sem nada que atrapalhe o

    acesso ao mesmo.

    Figura 14: Quadro de distribuio de energia.

    FONTE: https://www.google.com.br/search?q=armazenamento+marcenaria

    FONTE: https://www.google.com.br/QUADRO+DE+DISTRIbuio+DE+ENERGIA

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    Sistema de alarme;

    Existe vrios tipos de sistema de alarme, na marcenaria pode ser

    utilizado o tipo sirene udio visual, que emite som de alarme de incndio e luz de

    cor vermelha para chamar a ateno de todos sobre possveis riscos. Tambm

    utilizadas nos sistemas de deteco de fumaa. (Risco zero, preveno contra

    incndio.)

    Figura 15: Sirene udio visual.

    FONTE: http://riscozerobh.com.br/wp-content/uploads

    PPRA;Deve haver o Programa de Preveno de Riscos Ambientais, com

    intuito de preservar a sade e a integridade dos trabalhadores, atravs da

    antecipao, reconhecimento, avaliao e consequente controle da ocorrncia de

    riscos ambientais existente ou que venham existir no ambiente de trabalho.

    DDS;

    O Dialogo Dirio de Segurana, deve ser realizado no local de

    trabalho, com durao mdia de 10 minutos, com objetivo de conscientizar ofuncionrio antes de iniciar as atividades laborais, informar sobre procedimentos de

    segurana que devem ser adotados por todos os colaboradores envolvidos.

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    CONSIDERAES FINAIS

    O estudo realizado neste trabalho, possibilitou observar os riscos deincndio presentes no ambiente interno e externo da marcenaria. Foi possvel

    identificar os fatores que contribuem diretamente para ocorrncia de incndio noambiente de trabalho, sendo eles: equipamentos e fiao eltrica, agentes qumicos,resduos e a prpria matria-prima (madeira).

    Conclui-se que a empresa parcialmente se encontra irregular, ouseja, no est de acordo com a Norma Regulamentadora 23 - Proteo ContraIncndio; pois ela no possui: sadas com portas adequadas (sentido da aberturapara o lado externo do ambiente de trabalho), pessoas adestradas para manusearcorretamente os equipamentos contra incndio (extintor), e sistema de alarme. Amarcenaria possui extintor P Qumico que combate incndio em lquidos

    inflamveis (classe B), que serve tambm para combater incndio de classe A e C,

    mas o local onde est localizado inadequado de acordo com a NR 23, pois no hsinalizao para identificar o agente extintor, a rea no est demarcada, a alturasuperior do extintor est a mais de 1,60m acima do piso, e h obstculos dificultandoo acesso ao mesmo, conforme a Figura 16.

    Figura 16: Extintor da Marcenaria.

    FONTE: Arquivo da autora.

    Atravs da anlise, foi possvel identificar medidas preventivas, quese colocadas em pratica ir minimizar ou eliminar consideravelmente os riscos deincndio existentes. Consequentemente trar benefcios aos trabalhadores (dando-lhes segurana e preservando a vida) e a empresa (poupando de um alto prejuzofinanceiro).

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    REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS

    BRENTANO, T., Instalaes Hidrulicas de Combate a Incndios/ Telmo

    Brentano. Porto Alegre, EDIPUCRS, 2004.

    Classificao dos Incndios. Disponvel emhttp://www.cimi.com.br/Site/conceitos/Classifincendios.htm . Acesso em 30 de julho2015.

    MELO, Teodoro.A Pr-Histria.Disponvel emhttp://professorteodoromelo.blogspot.com.br/p/historia.html . Acesso em 17 de julho2015.

    MIKAIL, Eduardo. Blog da Engenharia, Voc sabe para que serve cada tipo deextintor?.Disponvel emhttp://blogdaengenharia.com/voce-sabe-para-que-serve-cada-tipo-de-extintor/ . Acesso em 20 de agosto de 2015.

    NETO, Nestor Waldhelm. Histria da Segurana do Trabalho. Disponvel emhttp://segurancadotrabalhonwn.com/historia-da-seguranca-do-trabalho/ . Acesso em18 de julho 2015.

    NIEDERAUER, Juliano. Revoluo Industrial. Disponvel emhttp://www.sohistoria.com.br/resumos/revolucaoindustrial.php. Acesso em 17 de

    julho 2015.

    OLIVEIRA, Carlos Roberto. Histria do trabalho. So Paulo: Ed. tica, 1995.

    RIGONI, Jos Ricardo. Nveis de Conscientizao em Segurana do Trabalho.Sitehttp://www.totalqualidade.com.br/2013/03/niveis-conscientizacao-em-seguranca-do.html . Acesso em 30 de julho 2015.

    Risco zero, Preveno Contra Incndio.Produtos. Disponvel emhttp://riscozerobh.com.br/produtos/ . Acesso em 20 de agosto de 2015.

    SENAI, Fundamentos De Saude e Segurana do Trabalho 1. Cuiaba/MT.

    TEIXEIRA, Ludmila Celistrino. Proteo do Trabalho do Menor.Disponvel emhttp://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewFile/2340/1836.Acesso em 17 de julho 2015.

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