76
1

TCC Alessandra Boareto

Embed Size (px)

DESCRIPTION

LUMINÁRIA GYPSY: BIOMIMÉTICA APLICADA NO DESIGN

Citation preview

Page 1: TCC Alessandra Boareto

1

Page 2: TCC Alessandra Boareto

FACULDADES DE CAMPINASCURSO DESIGN

LUMINÁRIA GYPSY:BIOMIMÉTICA APLICADA NO DESIGN

ALESSANDRA BOARETO

Orientadores: Gabriel Souza - Paulo Torniziello Rodrigues

CAMPINAS 2015

Page 3: TCC Alessandra Boareto

3

Gostaria de agradecer imensamente a Deus e a minha família e meu namorado por todo o suporte, amor e carinho nesses quatro anos de faculdade.A minha mãe guerreira que sem-pre me apoiou em tudo, ao meu pai querido que sempre esteve presente nos momentos em que mais precisei. Aos meus Professores Paulo Torniziello e Gabriel Souza pelas tardes de orientações e conversas, que foram essen-ciais para a conclusão desse projeto. Agra-deço também a equipe dos vitrais Ton Geuer pelo atendimento e pela força na construção da luminária.Aos técnicos da oficina que tam-bém me ajudaram muito nessa etapa. E a to-dos que de alguma forma me ajudaram para realizar esse projeto

Sou muito grata a vocês! Alessandra Boareto

AGRADECIMENTOS

Page 4: TCC Alessandra Boareto

4

FICHA CATALOGRÁFICABIBLIOTECA DA FACAMP

Ficha Catalográfica Biblioteca da Facamp

B63L

Boareto, Alessandra. Luminária Gypsy: Biomimética aplicada no Design / Alessandra Boareto. – Campinas: [s.n.], 2015. 75 f.

Orientador: Gabriel Barbosa Souza. Co-orientador: Paulo Torniziello Rodrigues Monografia (Graduação em Design) - Faculdades de

Campinas. 1. Biomimética. 2. Design e natureza. 3. Design de luminária. 4. Design e reino mineral. 5. Biomimética aplicada no Design. 6. Design. I. Souza, Gabriel Barbosa. II. Faculdades de Campinas, Curso de Design. III. Título.

CDD: 700

Page 5: TCC Alessandra Boareto

5

FICHA DE APROVAÇÃO

LUMINÁRIA GYPSY:BIOMIMÉTICA APLICADA NO DESIGN

Foi analisado e aprovado com grau:___________

______________________________________________ Gabriel Souza

Professor Orientador

______________________________________________Paulo Torniziello Rodrigues

Professor Co-orientador

______________________________________________Membro Convidado

CAMPINAS 2015

Page 6: TCC Alessandra Boareto

6

ABSTRACTRESUMOThis course conclusion work falls under the Product Design area, and the main objective to try biomi-metics as a creative tool to draw up a design for a decorative luminaire. This work will be carried out in two stages.

The first step is based on the consultation meeting materials; conducting research and case studies in order to learn more about the topic of biomimeti-cs, and any related matters that may answer ques-tions on this subject. Material whose information will be important for the realization of my project.

The second stage involves the experience of desig-ning a lamp based on the principles of biomimeti-cs, from the mineral field of research that will guide the entire project will be the Quartz, preparation of sketches, preparation of studies and prototypes, to the final piece. w

Key words: Biomimicry, product design, luminaire

Este trabalho de conclusão de curso se enquadra na área de Design de produto e tem como ob-jetivo principal experimentar a biomimética como instrumento de criação para elaborar um projeto para uma luminária decorativa. Este trabalho será realizado de em duas etapas.

A primeira etapa baseia-se na reunião de material de consulta; realização de pesquisas e estudos de casos, a fim de aprender mais sobre o tema da biomimética, e outros assuntos semelhantes, que possam esclarecer dúvidas sobre esse tema. Ma-terial cujas informações serão importantes para a realização do meu projeto.

A segunda etapa envolve a experiência de proje-tar uma luminária com base os princípios da bio-mimética, desde a pesquisa de campo do mine-ral que guiará todo o projeto que será o Quartzo, elaboração de sketchs, elaboração de estudos e protótipos, até a peça final.

Palavras chaves:Biomimética, projeto de produto, luminária

Page 7: TCC Alessandra Boareto

SUMÁRIO1. INTRODUÇÃO DO PROJETO 1.1. Objetivo geral 1.2. Objetivos específicos1.3. Justificativa do projeto 1.3.1. Justificativa do tema

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1. Introdução a biomimética 2.1.2. Leonardo da Vinci e a natureza 2.1.3. Biomimética atualmente 2.1.4. Biomimética aplicada no Design 2.2. Processo criativo 2.2.1 Soluções para desenvolvimento do projeto de produto 2.2.2 Princípios de solução da natureza

3. ESTUDO DE CASOS SEMELHANTE 3.1. Projeto Hotel Ametista

4. METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO4.1. Cronograma de trabalho 4.2. Pesquisas gerais 4.3. Pesquisas de campo 4.4. Sketchs e protótipos em escala reduzida 4.5. Modelagem 3D

5. DESENHOS TÉCNICOS E CONSTRUÇÃO DA LUMINÁRIA 5.1. Desenhos técnicos 5.2. Desenvolvimento da luminária 5.3. Desenvolvimento da base da luminária

6 GYPSY: O CONCEITO E FOTOS FINAIS 6.1. Gypsy o conceto 6.2. Fotos finais

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO DO PROJETO 7.1. Considerações finais 7.2. Conclusão do projeto

BIBLIOGRAFIA

8991011

1213141516171819

2324

272829303436

39405762

666770

747575

76

Page 8: TCC Alessandra Boareto

8

Page 9: TCC Alessandra Boareto

9

OBJETIVO GERALA problematização que inicia o pensamento da pesquisa desse trabalho de conclusão de curso é como a biomimética nos ajuda na criação de um produto? Com base nas pesquisas realizadas para esse trabalho, tenho a intenção de mostrar nesse documento as possíveis respostas e suas justificati-vas para tal pergunta.

Também tratarei do papel fundamental que essa área, de características biológicas, esta cada vez mais sendo utilizada como método de criação tanto no design quando em outras áreas que tam-bém exigem pensamento criativo.

Desejo abordar as características dos diversos métodos criativos que envolvem a natureza as-sim como exemplos de gênios que utilizavam tais métodos em seus trabalhos. Por fim constará nesse documento, todo processo de minha experimen-tação utilizando a biomimética como método criativo para projetar minha própria luminária de-corativa e colocando em questão a validação de minhas pesquisas.

Os objetivos específicos para esse projeto são:

• Compreender as fases de criação de um produ-to a partir de métodos criativos.

• Identificar os princípios de solução da natureza, abordados por estudiosos da área, para fins de uti-lização no processo de projeto de produtos.

• Verificar, em alguns exemplares dentro das áreas do design, da arquitetura, da moda e da engenharia, a existência de aplicação de prin-cípios naturais de solução e biomimética na concepção de novos produtos.

• Revisar bibliografia a respeito da biomimética e princípios da natureza com o objetivo de compreender o processo de organização do co-nhecimento;

• Vivenciar a experiência de colocar em prática o conceito da biomimética em um projeto próprio de luminária decorativa.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Page 10: TCC Alessandra Boareto

10

A natureza representa um extenso campo de co-nhecimento para o ser humano. Filósofos, físicos e matemáticos têm demonstrado a excelência de suas soluções quando aplicadas às necessidades da sociedade. Segundo o ponto de vista da filoso-fia clássica, a natureza é fonte inesgotável de sa-bedoria e tem a capacidade de alimentar ampla gama de disciplinas.Como fonte de conhecimen-to, é possível inferir que a natureza contém em si princípios de solução altamente qualificados, os quais podem ser identificados e aplicados na ci-ência, tais como inteligência de funcionalidade, otimização de energia e harmonia de proporções. Algumas destas aplicações podem ser encontra-das na área da engenharia, moda, arquitetura e design como será mostrado ao longo desse docu-mento.

Podemos citar como exemplo mais conhecido: o velcro, que revolucionou o sistema de “abre-fe-cha” em peças como calças, bolsas entre outros, esse produto nasceu da investigação das garras do carrapicho e na transformação inteligente do seu funcionamento em design industrial, é possível

identificar analogias diretas com a natureza em uma infinidade de produtos, inclusive nas grandes invenções da humanidade como aviões e os veí-culos aquáticos, cuja inspiração foram os pássaros e no sistema de propulsão de jatos de água das medusas, respectivamente.

E é com base toda otimização precisa e inteli-gente, proveniente dos estudos da natureza que considero fascinante, o qual me inspirei para a realização desde trabalho, pois me interessei em experimentar um desses conceitos especificamen-te a biomimética para a realização de um projeto ligada a área de desenvolvimento de um produto, cuja peça final resultará em uma luminária deco-rativa, partindo da investigação da morfologia de um elemento no reino mineral, o Quartzo, reino ao qual tenho grande admiração e fascínio, todavia julgo que não é muito explorado pelo tema da biomimética e por isso considerei esse elemento interessante para o meu trabalho. E por via des-te documento gostaria de passar pelo menos um pouco do meu fascínio por esse tema transforman-do os conhecimentos desses conceitos em design.

JUSTIFICATIVA DO PROJETO

Page 11: TCC Alessandra Boareto

11

O tema definido para esse trabalho ficou intitulado como: “Luminária Gypsy: Biomimética aplicado no Design.” Como já evidenciado na justificativa de projeto, meu grande fascínio pelas diversas analo-gias provenientes da natureza, escolhi o conceito da biomimética como guia do meu projeto devi-do a sua grande difusão em diversas áreas de cria-ção. E também escolhi o Quartzo como elemento da natureza a ser investigado, devidos suas carac-terísticas morfológicas que julgo interessante para a aplicação no design e a facilidade de contato que tenho a essas pedras, pois além de colecio-ná-las tenho acesso a várias grutas desse mineral originário em fazenda de propriedade familiar.

Assim como a escolha do elemento da natureza para investigação, a escolha da peça de design que desejo aplicar o conceito do meu projeto é uma peça que tenho grande fascínio, pois além de amenizar a escuridão, trás paz ao meu olhar e enche meu coração de emoções boas, as luminá-rias decorativas. Com suas diversas formas e cores

exibem grande beleza na escuridão, tamanha be-leza que as vezes no meio do dia, tenho vontade de escurecer o quarto e ascende-las para ficar admirando, tal ato, me trás uma paz indescritível.

Devido a essa admiração pelas luminárias deco-rativas, decidi que seria a peça de design perfeita para esse trabalho, que além de conceitos, envol-ve grandes paixões tanto por design de Luminá-rias, quanto pela natureza.

JUSTIFICATIVA DO TEMA

Page 12: TCC Alessandra Boareto

12

Page 13: TCC Alessandra Boareto

13

téticos similares aos encontrados nos sistemas bio-lógicos. Este estudo permite desenvolver ou aper-feiçoar novas soluções de engenharia, sendo que os biomimeticistas encontram na Natureza um mo-delo perfeito de inspiração e de imitação( BASSO, LÉO- 2012)

A biomimética é uma área da ciência que tem por objetivo o estudo das estruturas biológicas e das suas funções, procurando aprender com a Natureza, suas estratégias e soluções, e utilizar esse conhecimento em diferentes domínios da ciência. A designação desta recente e promissora área de estudo científico provém da combinação das palavras gregas bios, que significa vida e mimé-sis que significa imitação. Dito de modo simples, a biomimética é a imitação da vida. Vale observar que Biônica, apesar da semelhança da definição, procura a imitação por meio das maquinas. Trata-se de uma área multidisciplinar que pode envolver diversos ramos da ciência, tais como a Biologia, a Química, a Física, a Informática, o Design, a Mate-mática e a Eletrônica. ( BASSO, LÉO- 2012)

Na Natureza existem milhões de espécies das quais menos de dois milhões estão catalogadas até agora. Isto representa uma gigantesca base de dados de soluções inspiradas em sistemas bio-lógicos para a resolução de problemas de enge-nharia e de outros campos da tecnologia. A bio-mimética observa a Natureza e procura estimular novas ideias para finalmente produzir sistemas sin-

INTRODUÇÃO A BIOMIMÉTICA

Figura 1: fotomontagem exemplos da biomimética aplicada.

Page 14: TCC Alessandra Boareto

14

Leonardo da Vinci, pode ser considerado o pai da biomimética, pois seu método de trabalho con-sistia em observar o evento e tudo que viesse a contribuir e possibilitar seu acontecimento, com-preendê-lo e então aplicar esses conhecimentos e conceitos, devidamente depurados e assimilados, ao projeto desejado.

Leonardo Vinci tinha a convicção de que o ho-mem era plenamente capaz de entender as leis e o modo de “raciocínio” da natureza e estimu-lar sua capacidade criativa. Duas características marcantes do gênio eram sua curiosidade e seu instinto, sobre o qual era sempre muito seguro. (EDUARDO DIAS 2015)

No caso de suas máquinas voadoras, Leonardo se pôs primeiro a observar o vôo das aves, Na verda-de, dirigiu sua atenção não apenas ao vôo pro-priamente dito mas também ao vento. Estudou a anatomia, o batimento das asas, a disposição das penas, as articulações e a membrana dos mem-bros superiores do morcego. Chegou a conclusão de que as penas abertas funcionam como as pás

de uma veneziana, incluindo-se conforme a ne-cessidade na hora do vôo. Para complementar essa descoberta, estudou também a libélula, que usa quatro asas de modo a estabilizar seus movi-mentos. (EDUARDO DIAS 2015)

Com base em sua pesquisa, criou uma máquina acionada pela força muscular do homem e que poderia ou ao menos ele assim esperava permitir a este se lançar livre no ar pelo batimento dessas asas mecânicas. Uma máquina que possibilitava ao homem assumir diversas posições: sentado, deitado e inclinado, obviamente sabemos que ele não obteve sucesso, porém Leonardo com essa in-vestigação, alcançou, através de meios imperfei-tos, uma técnica e uma tecnologia de pesquisa, sempre apoiado em seu espírito de observação a natureza. (EDUARDO DIAS 2015)

LEONARDO DA VINCI E A NATUREZA

Figura 2: Esboço da máquina voa-dora.(disponível no site www.leonardo da vinvi.com.br)

Page 15: TCC Alessandra Boareto

15

Atualmente a presença do conceito da biomi-mética pode ser notada em nosso dia-a-dia, bem como observadas na arquitetura e na engenharia, são exemplos famosos de casos de estruturas que se basearam nas formas da natureza, o estágio de futebol da china em forma de ninho, podemos ci-tar Niemeyer pela inspiração nas curvas femininas, assim como o arquiteto espanhol, Santiago Cala-trava, pela sua inspiração nas formas contempo-râneas do corpo humano. (FLORA BITTENCOURT- 2011)

BIOMIMÉTICA ATUALMENTE

Figura 3: Estádio Ninho, China.(disponí-vel em domínio público)

Figura 5: Fotocolagem de desenhos e projetos de Santiago Calatrava (disponível em domínio público)

Figura 4: croquis de Os-car Niemeyer (disponível em domínio público)

Page 16: TCC Alessandra Boareto

16

BIOMIMÉTICA APLICADA NO DESIGN

Figura 6: Fotocolagem de exemplos da biomimética aplica-da no design.

Page 17: TCC Alessandra Boareto

17

A criatividade no processo de projeto é um dos fatores de grande importância para desenvolver produtos diferenciados e mais competitivos. Por muito tempo a criatividade foi vistacomo uma característica de poucas pessoas, como um dom que os indivíduos possuíam quan-do nasciam.(103 DESIGN & TECNOLOGIA 02 (2010)

Porém, esta visão deixou de prevalecer quando se percebeu que os indivíduos poderiam desenvolver soluções criativas quando devidamente capaci-tados e suportados para esse processo, Podemos recorrer para as soluções criativas da natureza por exemplo. No design, a criatividade é entendida como a habilidade dos membros da equipe de ter idéias novas e úteis para resolver o problema proposto ou de sugerir soluções para a concep-ção de um produto.(103 DESIGN & TECNOLOGIA 02 (2010)

Muito se usa os recursos matemáticos como so-lução para esses problemas é o que veremos no próximo capítulo.

Como podemos observar no painel da figura 6, a biomimética é uma ferramenta muito utilizada no Design, ela garante resultados diferenciados e sur-preendentes em diversas áreas, podemos desta-car a área de design de jóias, que se beneficia das estruturas da fauna e flora para garantir jóias to-talmente exclusivas e inusitadas. (EDUARDO DIAS 2015)

Nota-se também a biomimética no design de inte-riores e superfície que a utiliza e abusa de suas pos-sibilidades para decoração. (EDUARDO DIAS 2015)

No design automobilístico, cada vez mais, busca -se soluções com base na estruturas dos animais, como mostrado no painel, desse modo é possível explorar novos conceitos de aerodinâmica para serem aplicados em motos e carros. Assim como no design de utilitário e ferramentas para melho-rar a qualidade de seus produtos segunda a ob-servação da natureza, nota-se que a Biomimética já virou tendência entre os designers. (EDUARDO DIAS 2015)

BIOMIMÉTICA APLICADA NO DESIGN PROCESSO CRIATIVO

Page 18: TCC Alessandra Boareto

18

partes menores ou mesmo utilizando uma base de conhecimento para determinados problemas comuns ou similares para estimular o processo criativo. Dentre tantas ferramentas, a biomimética também pode ser considerada como um método criativo, o qual é aplicado através de analogia com elementos da natureza, em âmbito formal, comportamental ou funcional. Contudo esse co-nhecimento, que é vastíssimo, ainda não foi siste-matizado, o que dificulta e limita o uso. (BASSETTO, E. L.- 2014)

A etapa do esforço concentrado se baseia es-sencialmente na aplicação de métodos para geração de soluções alternativas. Esses métodos são classificados de diferentes formas na litera-tura e, segundo Back, podem ser agrupados em dois grandes grupos: métodos intuitivos e métodos sistemáticos. Dentre os métodos intuitivos estão brainstorming e suas variações, o método de Del-phi, analogia direta, simbólica e pessoal, método sinético, método da listagem de atributos e méto-do da instigação de questões. Já os sistemáticos são o método da matriz morfológica, o método da análise de valor e o método da função síntese.( BACK, N.- 2008)

Segundo Basseto, os métodos intuitivos estão as-sociados à imaginação, inspiração, iluminação e, a partir deles, pode surgir inesperadamente uma idéia, seja em uma conversa informal ou mesmo quando estamos distantes do problema. Os mé-todos sistemáticos também estão associados aos métodos intuitivos, mas apresentam procedimen-tos para geração de idéias criativas como, por exemplo, através da divisão do problema em

SOLUÇÕES PARA DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE PRODUTO

Page 19: TCC Alessandra Boareto

19

das com a seção áurea, delimitando uma frontei-ra entre as formas inorgânicas e formas vivas.O autor afirma que embora exista uma tendência as formas pentagonais nos seres vivos não deve-mos tratar isso como uma ditadura absoluta como acontece no reino inorgânico. Em muitos casos o que se observa é uma geometria regida por uma estratégia da natureza no que se refere a econo-mia de matéria e substâncias, em um sistema pura-mente físico-químico. Muitas espécies são geradas a partir de uma luta contra a gravidade terrestre. Sendo assim a natureza tem a buscar o equilíbrio com todas as forças de perturbações naturais as quais estão expostas, adaptando a fenômenos naturais como: vento, sol, chuva,...(GHYCA -1953)

Bonell (1999) apresenta que razão áurea de a / b que resulta na divisão da metade da linha reta e extrema direita (ver fig. 7) que já teve di-versos nomes ao longo do tempo, foi batizada por Luca Pacioli no Renascimento de Divina Proporção. Essa seção áurea foi batizada por ele e por Leonardo da Vinci de seção doura-

Sobre essa evolução e as relações da geome-tria com a natureza orgânica e inorgânica, Ghy-ca afirma que em um estado final de equilíbrio os elementos como cristais, atingem configurações rígidas de equilíbrio de energias e simetria. Nos es-tudos, combinações de leis da teoria da partição homogênea e do espaço, se encontram sempre redes cúbicas e hexagonais, nunca pentagonais.(GHYCA -1953)

Da mesma forma em formações cristalinas e reino inorgânico a geometria encontrada são tetrae-dros, cubos, octaedros e derivados arquimedia-nos, com simetrias ortogonais e oblíquas, contudo, nunca os corpos platônicos pentagonais, dode-caedro, icosaedro e derivados. As leis dos índices racionais excluem a possibilidade desses elemen-tos aparecerem em formas cristalinas inorgânicas, sendo esses associados e observados nos serem vivos da botânica e da zoologia. (GHYCA -1953)

F.M Jaeger apud Ghyca (1953) observou que tan-to os animais quanto as plantas existe uma certa preferência pelas simetrias pentagonais relaciona-

PRINCÍPIOS DE SOLUÇÃO DA NATUREZA

Page 20: TCC Alessandra Boareto

20

O pentágono também possui diversas razões áu-reas, relações matemáticas de números impares e pares e ainda, analogia com diversos elemen-tos da natureza biológica, inclusive as proporções humanas, fatores que segundo Bonell (1999) o le-vou a ser escolhido como símbolo universal beleza, perfeição e amor. O autor apresenta as seguintes relações (1) AC / AB = AB / AG = AG / GH = Ø. (ver fig. 9) (2) relações áureas entre o lado do pentá-

da ou seção de Ouro (que possui 1,618 como número de ouro). (BONELL -1999)

Segundo Ghyka devemos a Aristóteles o teorema fundamental sobre gnomon. O teorema afirma que para qualquer triângulo ABC podemos ter ou-tro semelhante em seu interior. A medida que rea-lizamos essa operação continuamente criamos o princípio do fractal e seu crescimento forma uma espiral logarítmica em progressão geométrica, semelhante ao crescimento homotético das con-chas, fig 8 (GHYCA -1953)

Figura 7: Desenho do processo de construção do retângulo áureo a partir do quadrado e construção de espiral logarít-mico ligando os pontos áureos e que seguem o processo de crescimento de alguns elementos vivos da natureza. (fonte: Bonell, 1999)

Figura 8: Desenho do processo de construção do retângulo áureo a partir do quadrado e construção de espiral logarít-mico ligando os pontos áureos e que seguem o processo de crescimento de alguns elementos vivos da natureza. (FONTE: BONELL, 1999)

Page 21: TCC Alessandra Boareto

21

elementos vivos da natureza com plantas e ani-mais. Encontramos relações entre a série Fibonac-ci com a proporção áurea e com o pentágono. Como podemos observar em flores e em organis-mos marinhos. Na série de Fibonacci cada numero corresponde a soma de 2 números anteriores: (1,2,3=(1+2),5=(3+2),8=(3+5),13,21,34,55....) Elam (1999) apresenta exemplos do crescimento de pinhas e girassóis seguem a geometria de espirais que se movem no sentido horário e anti-horário. Suas in-terseções criam os espaços para as sementes (8 horárias e 13 anti-horárias na pinha e 21 e 34 no girassol). Números esses pertencentes à série de Fi-bonacci. (fig. 12)

gono da diagonal estrelada (AC) com o lado do pentágono (AB), (3) a geração de triângulos isós-celes sublimes internos ou seja formado por vérti-ces com ângulo igual a 36°) (ex: Ângulo AFG) e 4 segmentos áureos gerados ela interseção das diagonais do desenho estrelado (ver fig. 11 seg-mentos A e B).

Segundo Ghyca (1953), outro esquema impor-tante para analisar a geometria da natuereza se encontra na sucessão numérica de Fibonacci (1,2,3,5,8,13,21,34,55....) encontrada em diversos

Figura 9: Fractal a partir de pentágono estrelado com propor-ções áureas (cada duas pétalas inseridas no retângulo áureo) (fonte: Elam, 2010) , Figura 10: pentágono com linhas que ao se cruzarem geram segmentos áureos (fonte: Bonell, 1999) e Figura 11: Desenho de segmentos áureos gerados.

Figura 12 : imagens da construção geométrica de Pinhas e Girassóis que utilizam número de espirais que seguem a série de Fibonacci (ELAM, 1999 )

Page 22: TCC Alessandra Boareto

22

A pesquisa e observação da natureza certamente nos fornecerá muito mais do que um repertório de formas, relações geométricas e matemáticas que podem ser aplicados nos artefatos desenvolvidos pelos designers para deixá-los melhores estetica-mente. Ela pode nos fornecer princípios: físicos, geométricos, mecânicos e químicos que podem ajudar diversas áreas do conhecimento a encon-trar soluções funcionais para problemas e a desen-volver idéias interessantes.

Page 23: TCC Alessandra Boareto

23

Page 24: TCC Alessandra Boareto

24

PROJETO HOTEL AMETISTA

Figura 13: Fotocolagem da analogia entre os geodos de ametista e o projeto arquitetônico chinês

Page 25: TCC Alessandra Boareto

25

Os quartos do hotel seriam organizados em torno de um átrio central, com corredores de acesso que funcionam em torno do perímetro exterior (Figura 14). Isso permitiria que cada quarto se alojasse no vazio central, sendo decorada por vitrificação for-mando um aglomerado cristalino que organica-mente emolduram os interiores (Figura 15 ,16 e 17) (NL ARCHITECTS 2015)

Os Cristais de ametista roxo formados dentro de rochas forneceu a inspiração para este ambicio-so hotel de design, proposto pelo estúdio holan-dês NL Architects para uma ilha ao largo da costa sul da China Descrito por NL Architects como um “projeto ligeiramente insano”, o Amethyst Hotel é concebido como o primeiro de uma cadeia de hotéis de inspiração em minerais onde os quartos estão alojados atrás do vidro facetado que com-põe seus cristais da fantasia.(NL ARCHITECTS 2015)

A pedra ametista tem sido objeto de numerosos mitos através da história - na Grécia, acreditava-se para evitar a embriaguez, enquanto os soldados medievais usavam para proteção durante as ba-talhas, e outros achavam que poderia fortalecer o sistema imunológico ou prevenir pesadelos. (NL ARCHITECTS 2015)

Arquitetos Kamiel Klaasse e Pieter Bannenberg acreditam em um design inspirado em “pedras preciosas” muito sedutor, além de beneficiar as as-sociações com esses supostos “poderes de cura”. (NL ARCHITECTS 2015)

PROJETO HOTEL AMETISTA

Figura 14: Fotocolagem de exemplos da disposição dos quartos do hotel (NL ARCHITECTS 2015)

Page 26: TCC Alessandra Boareto

26

O primeiro hotel é proposto para uma ilha artificial conhecida como flor do oceano, que está em desenvolvimento no mar ao norte de Hainan, sul da China. A visão é, eventualmente, construir mais em todo o mundo, cada um com um pouco dife-rentes formas. (NL ARCHITECTS 2015)

CONCLUSÃO: Esse projeto é o mais próximo que achei em ter-mos de conceito que quero implementar em meu projeto, e por isso considero um excelente caso se-melhante para ajudar e exemplificar minha ideia.

Figura 15: Fotocolagem de exemplos da disposição dos quartos do hotel (NL ARCHITECTS 2015)

Figura 16: Fotocolagem de exemplos da disposição dos quartos do hotel (NL ARCHITECTS 2015)

Figura 17: Fotocolagem de exemplos da disposição dos quartos do hotel (NL ARCHITECTS 2015)

Page 27: TCC Alessandra Boareto

27

Page 28: TCC Alessandra Boareto

28CRONOGRAMA DE TRABALHO

METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO

ATIVIDADES 2015

Pesquisas gerais

Leitura

Pesquisas de Campo

Elaboração de Sketchs

Modelagem 3D

Construção do Protótipo

Redação

Banca

Detalhamentos/Revisão

Impressão do TCC

Jan. Fev. Mar. Abr. Jun.Mai. Jul. Ago. Set. Nov. Dez.Out.

Page 29: TCC Alessandra Boareto

29

Na etapa de pesquisas gerais, dediquei vários me-ses reunindo informações, conteúdos, livros, arti-gos, sites e projetos que poderiam agregar conhe-cimentos sobre os temas referentes ao meu TCC, principalmente sobre a biomimética, natureza e de-sign de produto. Foi nessa etapa em especial que entrei em contato com o tema em si e pude realizar várias conexões entre os textos e o desenvolvimento do meu trabalho. Os conteúdo e informações re-colhidas para base desse trabalho encontra-se nas referencias bibliográficas, na qual podem ser aces-sadas a qualquer momento.

Como visto na página anterior desenvolvi um cro-nograma para guiar o meu trabalho, desse modo garanti não perder tempo para concretizar todas as etapas que planejei durante no ano. As etapas a seguir foram fundamentais para realizar esse tra-balho de conclusão de curso:

• Pesquisas gerais

• Pesquisas de Campo

• Elaboração de Sketchs e protótipos em escala reduzida

• Modelagem 3D

• Elaboração de desenhos técnicos

• Construção do Protótipo em escala real.

Cada qual será detalhado de acordo com o que foi desenvolvido e catalogado durante cada eta-pa de trabalho.

METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO PESQUISAS GERAIS

Page 30: TCC Alessandra Boareto

30

Depois de alguns meses procurando a ponta de quartzo que daria forma a luminária, uma em es-pecial se destacou das demais devido a morfolo-gia do pequeno cristal de apenas dois centímetros e meio. As pontas de cristais de quartzo são liga-das por seis faces geométricas, na qual uma das faces, geralmente, é maior que as demais, essa é uma característica específica do quartzo, como podemos ver na figura 17. O quartzo escolhido, além de contar com as características descritas anteriormente, tinha arestas bem definidas e um ângulo da face maior muito interessante. Em seu interior era possível ver diversas ranhuras, e sinais do que podem ser possíveis restos de material or-gânico que foi petrificado.

A segunda etapa fundamental para o desenvol-vimento do trabalho, foram as pesquisas de cam-po realizadas para obter recursos e definir uma série de parâmetros para o projeto prático expe-rimental. A primeira pesquisa de campo realizada se aplicou na escolha do mineral que iria inspirar o design da luminária. O mineral escolhido foi a ponta de quartzo, visto que uma drusa( cristal de quartzo com mais de uma ponta) implicaria em certas dificuldades de implementação devido a sua complexidade.

PESQUISAS DE CAMPO

Figura 18: fotos referente as pontas de quartzo (acer-vo do autor)

Figura 19: fotos referente a ponta de quartzo escolhida para dar for-ma a luminária (acervo do autor)

Page 31: TCC Alessandra Boareto

31

da luminára.Tais características foram fundamentais para a definição dos futuros materiais e texturas para o projeto da luminária. Escolhido o quartzo, a minha próxima pesquisa de campo se aplicou nos mate-riais necessários para que o projeto fosse concreti-zado. Todos os materiais referente a parte elétrica da luminária fios, bocal e lampada de LED foram adquiridas via internet.

Escolhi a lampada de LED RGB de 3W para atri-buir valores emocionais a luminária, pois cada cor pode dar novos significados ao ambiente; e ao se tratar de uma luminária decorativa inspirada num quartzo, a possibilidade de poder escolher uma cor ou deixa-la em modo de fade com um mix de várias cores, torna a luminária muito mais interes-sante, visto que o quartzo em si, tem conotações esotéricas de boas vibrações e certos poderes do bem que o tornam especial.

Além de poder contar com as vantagens que a lampada de LED oferece em termos de tempo de vida útil, e dissiparão de calor. Ao lado fotos e al-guns detalhes sobre os materiais da parte elétrica.

Figura 20: fotos refe-rente a lampada de LED RGB de 3W, uti-lizada na luminária (acervo do autor)

Figura 21: fotos refe-rente ao rabicho de 1,20 metro com bo-cal E-27 e interruptor, marca PACO utilizada na luminária (acervo do autor)

Page 32: TCC Alessandra Boareto

32

Como foi escolhida uma lampada de LED RGB, o vidro deveria ser transparente, e como já mencio-nado tal vidro deveria ter uma textura particular que remetesse as ranhuras do quartzo, o vidro es-colhido pode ser conferido a baixo:

Definida a parte elétrica, fui a campo novamente buscar apoio e recursos para a cúpula da luminá-ria, buscava um material com textura e que em contato com a luz resultasse em um efeito estético atraente e ao mesmo tempo semelhante as ra-nhuras naturais do meu cristal de quartzo, visitei lo-jas de acrílicos e vidraçarias e foi na casa de vitrais Ton Geuer que encontrei o que procurava, vidros importados de diversas cores e texturas.

Figura 22: Fotocolagem de amostras de vidros da casa de Vi-trais Ton Geuer (acervo do autor)

Figura 23: Foto do vidro escolhido para a cúpula da Luminária origem da casa de Vitrais Ton Geuer (acervo do autor)

Page 33: TCC Alessandra Boareto

33

Com a pedra de quartzo, materiais de estrutura, LED, fiação e a parceria estabelecida encerrei a etapa de Pesquisas de Campo e dei início a ela-boração de Sketchs e protótipos em escala redu-zida da luminária, como veremos a seguir.

Depois de escolher o vidro, o pessoal dos vitrais Ton Geuer, se dedicou em me ajudar no desenvolvi-mento da cúpula de vidro da luminária, apresen-tei o projeto para eles e fiquei de levar o caderno de desenhos técnicos para fosse possível o de-senvolvimento dessa etapa, que foi catalogada e será apresentada nos próximos capítulos desse documento. A parceria foi muito importante para a conclusão do projeto, pude aprender e conhe-cer os projetos da casa e assim adaptar alguns de-senhos do projeto para a técnica de solda com chumbo que foi utilizada na fabricação da cúpula da luminária.

Figura 24: Luminárias do portifólio da casa de vitrais Ton Geuer (acervo do autor)

Figura 25: Portifólio da casa de vitrais Ton Geuer (acervo do autor)

Page 34: TCC Alessandra Boareto

34

Em seguida essa folha de papel foi levada ao scanner e digitalizada, o desenho foi convertido em vetor no Illustrator e organizada.

A segunda etapa de desenvolvimento do projeto foi a elaboração de sketchs, seguidos de protótipos em escala reduzida. Para obter o desenho do cristal de quartzo escolhido para dar forma a luminária, foi desenhado sobre as faces do cristal com uma ca-neta nanquim, em seguida usando uma folha de papel sulfite fui carimbando as faces do cristal na folha, desse modo, consegui planificar a geometria do cristal; e usando uma régua e a mesma caneta nanquim foi definido o traçado das faces em meio ao borrão carimbado, como podemos ver a seguir:

SKETCHS E PROTÓTIPOS EM ESCALA REDUZIDA

Figura 26: Planificação do cristal de quartzo (acervo do autor)Figura 27: Screenshots de tela da vetorização, primeira ima-gem, e organização segunda imagem da planificação do quartzo (acervo do autor)

Page 35: TCC Alessandra Boareto

35

Esse vetor me proporcionou dois caminhos, o primei-ro foi imprimir em uma folha, recorta-lo e obter um modelo em diferentes escalas em papel e isopor.

O primeiro caminho me proporcionou análises da forma em papel e em chapa de isopor de 4mm, em escala reduzida, média e uma escala real

Figura 29: Colagem de fotos dos processos de desenvolvimen-to dos protótipos em isopor, a última imagem é referente aos 3 tipos de protótipos desenvolvidos em diferentes escalas re-duzida, médio e escala real. (acervo do autor)

Figura 28: Colagem de fotos de algumas etapas do desenvol-vimento do protótipo em papel (acervo do autor)

Page 36: TCC Alessandra Boareto

36

Com o modelo em 3D foi possível desenvolver Renders muito realistas do produto final, para isso foi acrescentado o detalhe da solda de chumbo e uma base que será desenvolvida para segurar a cúpula de vidro e acomodar a fiação de modo discreto e funcional.

O segundo caminho foi enviar esse mesmo ve-tor para o Rhinoceros e obter um modelo em 3D montado no próprio programa.

Figura 30: fotocolagem dos modelos em 3D (acervo do autor)

Figura 31: fotocolagem dos detalhamentos e base do mo-delos em 3D (acervo do autor)

MODELAGEM 3D

Page 37: TCC Alessandra Boareto

37Figura 27: Colagem de fotos de algumas etapas do desenvol-vimento do protótipo em papel (acervo do autor)

Page 38: TCC Alessandra Boareto

38

Page 39: TCC Alessandra Boareto

39

Page 40: TCC Alessandra Boareto

40

Foi elaborado um caderno de desenhos técnicos para projetar a luminária, nele consta as principais informações técnicas para concepção do produ-to. As próximas páginas serão destinadas aos dese-nhos técnicos da luminária em tamanho reduzido, o caderno em tamanho original, estará disponível no dia da banca final com a autora.

DESENHOS TÉCNICOS

Page 41: TCC Alessandra Boareto

41

Page 42: TCC Alessandra Boareto

42

Page 43: TCC Alessandra Boareto

43

Page 44: TCC Alessandra Boareto

44

Page 45: TCC Alessandra Boareto

45

Page 46: TCC Alessandra Boareto

46

Page 47: TCC Alessandra Boareto

47

Page 48: TCC Alessandra Boareto

48

Page 49: TCC Alessandra Boareto

49

Page 50: TCC Alessandra Boareto

50

Page 51: TCC Alessandra Boareto

51

Page 52: TCC Alessandra Boareto

52

Page 53: TCC Alessandra Boareto

53

Page 54: TCC Alessandra Boareto

54

Page 55: TCC Alessandra Boareto

55

Page 56: TCC Alessandra Boareto

56

Page 57: TCC Alessandra Boareto

57

DESENVOLVIMENTO DA LUMINÁRIADepois de cortar todos os vidros utilizando tal técnica, cada vidro recebeu uma moldura de chumbo figura 33:

O processo de desenvolvimento da luminária foi possível devido o auxílio dos desenhos técnicos, pois através deles a equipe do Vitrais Ton Geuer fizeram moldes de tamanhos exatos de cada vi-dro, figura 32:

Figura 32: Processo de corte dos vidros da luminária via mol-de de papel com medidas do desenho técnico( acervo do autor)

Figura 33: Processo de moldura de chumbo nas arestas do vidro. (acervo do autor)

Page 58: TCC Alessandra Boareto

58

Logo após, os vidros começaram a ser soldados seguindo o guia de montagem do caderno de desenhos técnicos, figura 35:

Esse mesmo processo foi aplicado em todas as fa-ces de vidro da luminária, figura 34:

Figura 34: Processo de moldura de chumbo realizado em todas as faces de vidro (acervo do autor.)

Figura 35: Proces-so de moldura de chumbo realizado em todas as faces de vidro (acervo do autor)

Page 59: TCC Alessandra Boareto

59

Agradeço a dupla Adilson e Gustavo do Vitrais Ton Geuer, pela grande ajuda na parte da cons-trução da minha luminária.

Nas próximas páginas segue as fotos da cúpula em forma de cristal pronta:

Foram soldados as 6 faces do corpo da luminária primeiro e em seguida as 6 faces do topo e por ul-timo o vidro da base, que foi bem reforçado para aguentar seu peso , figura 36:

Figura 36: fotocolagem do processo de soldade dos vidros da luminária (acervo do autor)

Figura 37: Adilson (esquerda) e Gustavo ( Direita) funcioná-rios da casa de vitrais Ton Geuer em Barão Geraldo, grandes aliados para a realização desse projeto (acervo do autor)

Page 60: TCC Alessandra Boareto

60

Page 61: TCC Alessandra Boareto

61

Page 62: TCC Alessandra Boareto

62

A base da luminária foi desenvolvida no Rhinoce-ros a partir da face de vidro inferior da cúpula de cristal. Com o modelo em 3D pronto, este foi trans-ferido para o Pepakura para obter a planificação da forma em vetor, pois seria cortada a laser na oficina da Facamp. Figura 38

Figura 38: Screenshots da tela referente ao desenvolvimento da base da luminária em softwares para obter a planificação em vetor da peça. (acervo do autor).

Figura 39: Vetor da planificação da base (acervo do autor)

DESENVOLVIMENTO DA BASE DA LUMINÁRIA

Page 63: TCC Alessandra Boareto

63

Com auxílio dos Técnicos da oficinas as peças foram lixadas e colada com fita crepe e super bonder para ficarem bem fixas, figura 41

O vetor foi passado para a máquina de corte a laser, e depois de alguns minutos as peças foram impressas e prontas para o manuseio, figura 40

Figura 40: Processo de corte a laser das peças da base da luminária (acervo do autor)

Figura 41: Processo de colagem das peças da base (acervo do autor)

Page 64: TCC Alessandra Boareto

64

Por fim, a base foi pintada por inteira, o LED RGB foi instalado e a fiação passada. Finalizando todas as etapas de construção da luminária, figura 43:

Logo após a secagem das peças, uma camada de massa plástica foi passada nas arestas da base tan-to no lado de fora quanto no lado de dentro, para reforçar e dar acabamento a peça, figura 42:

Figura 42: Processo de reforço e acabamento da peça (acervo do autor)

Figura 43: Base pronta com LED e fiação (acervo do autor)

Page 65: TCC Alessandra Boareto

65

Page 66: TCC Alessandra Boareto

66

Page 67: TCC Alessandra Boareto

67

GYPSY ( CIGANA) foi o nome escolhido para a lu-minária com base ao universo da Bohemian Style.Que se caracteriza por ser um estilo eclético uma mistura livre, com ar de hippie, étnico, boêmio, folk, punk, vintage… O estilo conta com acessórios ca-racterístico com muitos cristais, penas, franjas, cha-péus head-band e vem conquistando cada vez mais jovens em todo mundo.Modernizando o estilo cigano. A seguir um painel semântico com várias referencias do estilo citado:

GYPSY: CONCEITO

Page 68: TCC Alessandra Boareto

68

Page 69: TCC Alessandra Boareto

69

Page 70: TCC Alessandra Boareto

70

Page 71: TCC Alessandra Boareto

71

Page 72: TCC Alessandra Boareto

72

Page 73: TCC Alessandra Boareto

73

Page 74: TCC Alessandra Boareto

74

Page 75: TCC Alessandra Boareto

75

Com a realização desse projeto, coloquei em prática os conceitos da biomimética num produto e fiquei muito satisfeita com os resul-tados. Esse projeto me proporcionou muito aprendizado e me fez por em prática todos os meus conhecimentos em projeto de produ-to. Agradeço a todos que fizeram parte desse trabalho de conclusão de curso.

Minhas conclusões a respeito desse trabalho foram as seguintes: ao contrário do que eu imaginava, as medidas da natureza não são perfeitas para serem aplicadas no meio indus-trial; me deparei com uma série de dificulda-des em razão as medidas quebradas que a natureza oferece e descobri na prática que para um projeto de produto, tais medidas deveriam ser sempre adaptadas, pois para o meio industrial as medidas exatas são melhor aceitas, pois implica em otimização de tempo, e por mais que eu tentei não mudar as medi-das tive que adaptá-las em certos momentos, por isso minha conclusão é que as medidas da natureza são perfeitas na natureza sem inter-venção humana.

CONSIDERAÇÕES FINAIS CONCLUSÃO DO PROJETO

Page 76: TCC Alessandra Boareto

76

Produto; UFRGS; 2010.

BRANCO, Pércio de Moraes. Dicionário de Mine-ralogia e Gemologia. São Paulo: Oficina de Tex-tos, 2008. 608 p. il.

DUDA, Rudolf & REJL, Lubos. La gran enciclopedia de los minerales. 2 ed. Praga: Susaeta, 1990. 520 p. il.

NEVES, Paulo César P. das et al. Introdução à Mi-neralogia Prática. 2 ed. Porto Alegre: Ulbra, 2008. 336 p. il.

BACK, N.; OGLIARI, A.; DIAS, A. & SILVA, J. C. Proje-to Integrado de Produtos: planejamento, concep-ção e modelagem. Porto Alegre, Manoele, 2008.

. BASSETTO, E. L. Proposta de Metodologia para o Ensino das Fases de Projeto Informacional e Proje-to Conceitual. Florianópolis, 2004

BENYUS, Janine M. Biomimética - Inovação Inspi-rada Pela Natureza; editora: CULTRIX; 2003.

DIAS, Eduardo. A natureza no processo de design e no desenvolvimento do projeto; editora: SENAI-SP; 2014.

CORNEJO, Carlos; BATORELLI, Andrea. Minerais e Pedras Preciosas do Brasil –Vol. 2; editora: SOLARIS EDICOES CULTURAIS; 2014;

HÁLL, JUDY. A Bíblia dos Cristais - Vol. 2; editora: PENSAMENTO; 2014.

GUEDES A. Manoel, ALCARRIA DO NASCIMENTO, Roberto; FARAH NEVES, Aniceh; Artigo: A GEOME-TRIA DA NATUREZA: UM ESTUDO DA FUNCIONALI-DADE DAS FORMAS BIOLÓGICAS PARA APLICA-ÇÃO NO DESIGN; Florianópolis-SC; XXI Simpósio nacional de geometria descritiva e Desenho técnico¬¬.

DETANICO, F.B; TEIXEIRA, F.G; SILVA, T.K. A Biomi-mética como Método Criativo para o Projeto de

BIBLIOGRAFIA