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FACULDADE DE PAULÍNIA – FACP
ALEXANDRE T. KUSAHARAMÁRCIA PEREIRA
MÁRCIO FERNANDES
AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE RELATORIOS CONTABEIS NA GESTÃO DA
MICRO E PEQUENA EMPRESA
Paulínia- 2013
FACULDADE DE PAULÍNIA – FACP
ALEXANDRE T. KUSAHARAMÁRCIA PEREIRA
MÁRCIO FERNANDES
AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE RELATORIOS CONTABEIS NA GESTÃO DA
MICRO E PEQUENA EMPRESA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Colegiado do Curso de BACHAREL EM
CIÊNCIAS CONTÁBEIS da Faculdade de
Paulínia – FACP, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Bacharel em
Ciências Contábeis.
Paulínia- 2013
FACULDADE DE PAULÍNIA – FACP
ALEXANDRE T. KUSAHARAMÁRCIA PEREIRA
MÁRCIO FERNANDES
AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE RELATORIOS CONTABEIS NA GESTÃO DA
MICRO E PEQUENA EMPRESA
Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi julgado adequado para obtenção do título de
Bacharel em Ciências Contábeis e aprovado em sua forma final junto à Faculdade de Paulínia
- FACP.
Paulínia, 08 de Novembro de 2013.
Banca examinadora:
________________________________
Msc. Sidinei Aparecido Pereira
________________________________
Prof. Constatino Marques Neto
________________________________
________________________________
Aprovado em _____/____/____
A Deus, que com Seu amor, nos guiou, inspirou e
protegeu durante essa jornada, não deixando que o
desânimo nos desviasse sempre nos provendo de
determinação para enfrentar as dificuldades.
Aos familiares, principalmente aos nossos filhos, pela
paciência e compreensão pelas muitas horas em que
precisamos nos dedicar inteiramente a esse trabalho
acadêmico, deixando reduzido o tempo de convívio com
eles.
AGRADECIMENTOS
Ao nosso professor e orientador Constantino pela disponibilidade de tempo e boa vontade em
transmitir seu conhecimento e experiência que tanto nos ajudou na elaboração deste trabalho.
A nossa professora e orientadora Elisabete que muito nos auxiliou com sua sabedoria e nos orientou com infinita dedicação e paciência com nossas dúvidas e limitações.
As empresas em que trabalhamos pelas muitas vezes em que se dispôs a nos fornecer
informações ou tornaram nossos horários de trabalho mais flexíveis para que pudéssemos nos
dedicar aos estudos.
“O Sucesso nasce do querer, da determinação e
persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não
atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no
mínimo fará coisas admiráveis”.
José de Alencar
RESUMO
Este trabalho buscou investigar o uso dos relatórios contábeis na micro e pequena empresa e teve como objetivo principal identificar o uso das informações dos relatórios contábeis pelos empresarios para a tomada de decisão. Participaram deste estudo (numero de participantes), que atuam como administradores, gerentes ?? (vamos aguardar o resultado da aplicação do questionário). Para tanto, utilizamos uma pesquisa qualitativa o que permitiu identificar os relatórios utilizados por estes gestores com o propósito de levantar suas reais necessidades. Os resultados alcançados apontaram que os gestores necessitam de informações... (vamos aguardar o resultado da aplicação do questionário. Pode-se concluir que os gestores tomam decisões baseados em??? (vamos aguardar o resultado da aplicação do questionário). Assim, recomendamos.... O trabalho apresentou ainda, modelos simplificados de Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado e Demonstração de Fluxo de Caixa, possibilitando a visualização da situação econômica e financeira da empresa, para a tomada de decisão e o planejamento administrativo da empresa com maior segurança.
Finalizamos com a conclusão da importância da união entre administração e contabilidade para a “sobrevivência” e sucesso das empresas estudadas. Este trabalho define os micros e pequenas empresas, dando uma visão do ambiente onde está inserida e os desafios que essas organizações enfrentam, mostrando quão importante é a contabilidade gerencial como instrumento de gestão dessas empresas. Coloquem este parágrafo na conclusão.
Palavras-chaves: Contabilidade. ContabilidadeGerencial. RelatóriosContábeis. Micro Empresas.
ABSTRACT
Palavras-chaves: Contabilidade. Contabilidade Gerencial. Relatórios Contábeis. Micro Empresas.
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
Lista de Abreviaturas e Siglas
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
Como a maioria das empresas no Brasil é de micro e pequeno porte,
o funcionamento delas é de vital importância para a economia do país, pois
contribuem significativamente para a geração de empregos e riquezas. (Vamos
conversar sobre esta afirmação!!) Portanto o fato delas não contarem com um
sistema de administrativo eficiente merece estudo detalhado, pois tal situação
quase sempre as leva a mortalidade logo nos primeiros anos de atividade. Muitas
vezes, por falta de preparo ou por falta de assessoria por parte de seus
contadores, os pequenos empresários não utilizam os recursos gerados pelas
informações contábeis que poderão ser de grande utilidade na gestão do negócio
e recorrem aos contadores somente para cumprir obrigações fiscais. A
contabilidade é uma ciência capaz de fornecer informações seguras para que as
decisões sejam tomadas com o máximo de segurança ao invés dos
administradores se basear unicamente na experiência que acreditam ter o que na
maioria das vezes gera resultados abaixo do esperado. Nesse sentido, o objetivo
geral do trabalho foi identificar o uso dos relatórios contábeis utilizadas pelos
gestores na gestão da micro e pequenaempresa no processo de tomada de
decisão pelos........ É necessário definir que termo vocês irão usar:
(GESTORES, ADMINISTRADORES, EMPRESÁRIOS).
Com a adequação dos relatórios contábeis para atender as necessidades dessas
empresas e parceria entre contadores e administradores os benefícios serão
observados no sucesso e crescente ascensão das pequenas organizações.
FALTA OBJETIVO – Vejam texto acima!!
1. IMPORTÃNCIA DA CONTABILIDADE
As empresas, independente do seu tamanho, necessitam de um sistema de
contabilidade, que por mais básico e simples que seja, torne possível a obtenção de
informações sobre seu desempenho, para a mensuração do patrimônio e como ferramenta
facilitadora na tomada de decisão.
A Comissão de Valores Mobiliários (1986) descreve a contabilidade como sendo uma
ciência com finalidade social (que estuda e controla os diferentes aspectos patrimoniais da
sociedade humana), e como instrumento gerencial de tomada de decisão uma vez que coleta e
registra os dados econômicos mensurando-os monetariamente e que posteriormente são
transformados em relatórios. Nessa perspectiva, a metodologia contábil torna possível, aos
seus usuários, a visualização da evolução das entidades, tornando claro e visível sua estrutura
financeira e grau de rentabilidade. (o que serve como facilitador da administração).
Segundo Marion (1988) a contabilidade se constitui de um instrumento útil para a
administração devido ao fato dela coletar dados econômicos, organizando, mensurando e
registrando-os em relatórios de forma a facilitar as decisões administrativas e financeiras.
Simom (1970) compartilha dessa opinião ao citar a informação contábil como decisiva para o
exercício das funções administrativas.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC, 1995) visualiza os dados contábeis como:
“As informações geradas pela contabilidade devem propiciar aos seus usuários base
segura a suas decisões, pela compreensão do estado em que se encontra a Entidade,
seu desempenho, sua evolução, riscos e oportunidades que oferece”.
Deitos (2003) ressalta que os sistemas de informações contábeis devem procurar
atender as necessidades de seus usuários, portanto, deve conforme observado por OLIVEIRA,
Muller e Nakamura (2000)se certificar se a informações contábeis apresentam as
características necessárias para cumprir sua função administrativa: ser oportuna, clara, integra
relevante, flexível, completa e capaz de identificar tendências e padrões.
Entretanto, o administrador necessita, para um melhor desempenho, das informações
ferramentas que possibilite um acompanhamento do andamento das atividades para poder
analisar os resultados obtidos, visando planejamento, metas e projetos para realização dos
objetivos da empresa., para tanto é necessário criar uma parceria entre a contabilidade e
a administração, pois somente ela pode fornecer ao administrador as informações
necessárias. (PITELA, 2000). ( REVER FICOU SEM SENTIDO)
A informação contábil pode ser demonstrada por diferentes meios, como
demonstrações contábeis, escrituração ou registros permanentes e sistemáticos, documentos,
livros, planilhas, listagens, diagnósticas e descrições críticas (CFC, 1995; FIPECAFI, 1994).
CONTABILIDADE: FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO E TOMADA DE DECISÕES
Diante da complexidade do ambiente gerencial, é fundamental que o gestor tenha as
informações confiáveis e em tempo hábil, portanto. O administrador necessita, para um
melhor desempenho, de informações que possibilite um acompanhamento do andamento
das atividades para poder analisar os resultados obtidos, planejar metas e projetos a fim de
realizar os objetivos da empresa, portanto é vital que o administrador conte uma
ferramenta gerencial essencial: a contabilidade.
Com essa finalidade administrativa, surgiu a Contabilidade Gerencial. Iudicibus
(1998) nos dá uma definição clara dessa ciência quando diz que ela pode ser caracterizada
como um mix de varias técnicas e procedimentos contábeis extraídos da contabilidade
financeira e de custos que utilizadas com analise financeiras e de balanço consegue
evidenciar detalhes mais analíticos, que são apresentados, classificados e demonstrados
através de informações mais detalhadas e diferenciadas, facilitando aos gerentes a tarefa
de analise desses dados antes da tomada de decisão.
A qualidade, confiabilidade e disponibilidade em tempo hábil dessas informações são
fundamentais para que o gestor possa visualizar um amplo panorama da situação
financeira e econômica da sua empresa. A informação contábil pode ser demonstrada por
diferentes meios, como demonstrações contábeis, escrituração ou registros permanentes e
sistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, diagnósticas e descrições críticas
(CFC, 1995; FIPECAFI, 1994).
Santos (1998) destaca que as informações contábeis devem ser úteis para prever,
comparar, avaliar a capacidade de uma empresa em gerar riqueza futura e julgar a
habilidade do administrador em utilizar os recursos da empresa com eficiência no
atendimento de seu objetivo principal.
Apesar de a contabilidade gerencial ser extremamente útil dentro das organizações,
independente de seu porte, sua utilização é mais difundida dentro de grandes empresas,
sendo raridade sua aplicação nas micro e pequenas empresas.
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS E SUA RELAÇÃO COM A CONTABILIDADE
Para definir micro e pequena empresa é necessário consultar a Lei geral da micro e
pequena empresa. Essa legislação define como micro empresas as que auferiram nos últimos
12 meses, um faturamento máximo de R$ 240.000,00 e como pequena empresa aquela que
apresenta um faturamento entre R$ 240.000,00 e R$ 2.400.000,00.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também adota o
faturamento como critério de avaliação do porte da empresa, mas utilizam valores diferentes,
uma microempresa pode ter uma receita anual de até 1.200.000,00 e as pequenas empresas
tem o faturamento na faixa de R$ 1.200.000,01 a R$ 10.500.000,00.
Mas existem outros critérios de definição, como o do SEBRAE (Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas) que leva em consideração o número de funcionários.
As empresas do setor industrial que empreguem até 19 empresas e as do comercio e prestação
de serviços com até 9 empregados estão classificadas como micro empresas. Como empresas
de pequeno porte seriam as indústrias com um quadro de funcionários entre 20 e 99 pessoas e
os comércios e prestadores de serviços com 10 a 49 funcionários.
Acima de toda essa conceituação, está a constatação da relevância dessas empresas no
cenário econômico atual, colaborando para o crescimento econômico e gerando empregos o
que contribui para a geração de renda. O IBGE constatou (incluir a data) que as MPEs
representam 20% do PIB brasileiro, 60% dos empregados do país atuam em micro e pequenas
empresas. O crescimento delas também é notável, no primeiro semestre de 2010 foi
constatado um aumento de 10,7% nas suas receitas em comparação com o mesmo período do
ano anterior, isso mostra que as pequenas empresas apresentam um crescimento superior ao
da economia brasileira.
Mesmo com esse panorama promissor, as perspectivas de crescimento não são a
realidade de muitas MPEs. Tal estagnação se deve, principalmente, ao despreparo e a
improvisação dos administradores na gestão dos negócios.
A improvisação provém da confiança desses gestores na sua experiência, não atentando
para o fato de estarem inserido um ambiente dinâmico, que sofre mudanças frequentes, onde
fatos novos, nem sempre podem ser solucionados com métodos antigos.
O despreparo técnico leva esses empreendedores a dispensar o uso de ferramentas
gerenciais, com pouca noção da importância da implantação de procedimentos e métodos de
controles internos a tomada de decisão nessas empresas ocorre sem a analise de informações
confiáveis.
Esses fatores poderiam ser sanados através da utilização, de uma ferramenta acessível a
qualquer empresa: a contabilidade. Qualquer empresa formal, por menor que seja, tem um
contador e mesmo que contrate os serviços mais básicos, apenas para cumprir as obrigações
fiscais, esse profissional é capaz de fornecer informações úteis ao gerenciamento.
Para cumprir sua função gerencial, PAIVA ressalta a necessidade de o sistema contábil
gerar, além dos demonstrativos obrigatórios, relatórios personalizados e adaptados ás
necessidades das empresas nas tomadas de decisão. Nesse sentido, o contador pode
identificar a melhor forma de contribuir para que a organização alcance seus objetivos, a
partir do conhecimento das variáveis que influenciam o processo decisório nas
organizações (PAIVA, 2000).
O CRC também recomenda em seu manual de contabilização de MPES, o uso criativo
dos dados obtidos pela escrituração contábil para que se fuja da acusação freqüente de que os
contabilistas só atendem ao interesse do fisco.
RELATORIOS CONTÁBEIS e
A Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 1000 e a Resolução CFC nº 1418/2012 trata da contabilização das micro e pequenas empresas e em conformidade com essa norma serão descritos os demonstrativos contábeis aptos a serem utilizados pelas Micro e Pequenas Empresas, para que o pequeno empresário tome conhecimento das ferramentas administrativas que a contabilidade disponibiliza para o gerenciamento de seu negócio.
Dentre os relatórios contábeis mais usuais, podemos citar dois cuja elaboração
é obrigatória, portanto fazem parte dos serviços básicos de contabilidade: o balanço
patrimonial e a demonstração de resultados.
- BALANÇO PATRIMONIAL
O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e
qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade,
através da analise desse demonstrativo, o gestor poderá criar mecanismo no processo
decisório na empresa.
Sua estrutura é composta por : ativo, passivo e balanço patrimonial.
Segundo a NBC TG 1000, definiu ativo como um recurso controlado pela entidade como
resultado de eventos passados e do qual se espera que benefícios econômicos futuros fluam
para a entidade.
Passivo é uma obrigação atual da entidade como resultado de eventos já ocorridos, cuja
liquidação se espera resulte na saída de recursos econômicos.
Patrimônio líquido é o valor residual dos ativos da entidade após a dedução de todos os seus
passivos.
O Balanço Patrimonial deve obedecer as diretrizes da NBC TG 1000 – Contabilidade para
Pequenas e Médias Empresas.
A entidade cujas demonstrações contábeis estiverem em conformidade com esta Norma deve
fazer uma declaração explicita e sem reservas dessa conformidade nas notas explicativas.
O balanço patrimonial demonstra de forma estruturada o patrimônio da empresa, que é
composto de bens e direitos (ativo), deveres e obrigações (passivo) e seu capital social,
reservas e resultados acumulados (PL).
Para Avila (2006, p.132) “essa demonstração contábil é a mais importante da empresa
por apresentar a sua situação econômica e financeira”.
Matarazzo (2008, pg.18) informa que da sua analise é possível extrair as seguintes
informações:
- situação econômica
- situação financeira
- Desempenho
- Eficiência na utilização dos recursos
- Pontos fortes e fracos
- Tendências e perspectivas
- Quadro evolutivo
- Adequação das fontes as aplicações de recursos
- Causas das alterações na situação financeira
- Causas das alterações na rentabilidade
- Evidencia de erros da administração
- Providencia a serem ou não tomadas
- Avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras
Segue o modelo desse relatório disponibilizado na Resolução CFC 1418/2012 através Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte.
BALANÇO PATRIMONIALem 31.12.x1 e 31.12.x0
Expresso em R$
31.12.X1 31.12.X0
31.12.X1 31.12.X0
ATIVO PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CIRCULANTE CIRCULANTECaixa e Equivalentes de Caixa
Fornecedores
Contas a Receber Empréstimos e Financiamentos
Estoques Obrigações FiscaisOutros Créditos Obrigações Trabalhistas e
SociaisContas a Pagar Provisões
NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTEContas a Receber FinanciamentosInvestimentosImobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDOIntangível Capital Social (-) Depreciação e Reservas de Capital
Amortização AcumuladasReservas de LucrosLucros Acumulados(-) Prejuízos Acumulados
TOTAL TOTAL
- DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCICIO
Pela definição de Camargo (2007, p.170) o Demonstrativo de Resultado do Exercício
destaca a situação econômica de uma empresa, através da dedução dos custos, impostos e
despesas do valor da receita operacional bruta se obtém o resultado (lucro ou prejuízo).
A Demonstração do Resultado do Exercício apresenta todos os itens de receita e despesas
reconhecidas no período.
A demonstração do resultado do período deve incluir, no mínimo, as seguintes informações,
obedecendo as determinações legais:
(a) receitas;
(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos;
(c) lucro bruto;
(d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais;
(e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método de
equivalência patrimonial;
(f) resultado antes das receitas e despesas financeiras;
(g) despesas e receitas financeiras;
(h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;
(i) despesa com tributos sobre o lucro;
(j) resultado líquido das operações continuadas;
Abaixo apresentamos o modelo desse relatório extraído da Resolução CFC 1418/2012 - Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADOem 31.12.x1 e 31.12.x0
Expresso em R$
31.12.x1 31.12.x0
VENDAS DE PRODUTOS, MERCADORIAS E SERVIÇOS
Vendas de Produtos, Mercadorias e Serviços
(-) Deduções de Tributos, Abatimentos e Devoluções = RECEITA
(-) CUSTO DAS VENDAS
Custo dos Produtos, Mercadorias e Serviços
= LUCRO BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
Despesas Administrativas
Despesas com Vendas
Outras Despesas Gerais
= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO
(+/-) RESULTADO FINANCEIRO
Receitas Financeiras
(-) Despesas Financeiras
(+/-) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
= RESULTADO ANTES DAS DESPESAS COM TRIBUTOS SOBRE O LUCRO
(-) Despesa com Contribuição Social (*)
(-) Despesa com Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (*)
= RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
(*) As entidades que estão enquadradas no Simples Nacional devem evidenciar os tributos na linha
“Deduções de Tributos, Abatimentos e Devoluções”.
Além do Balanço Patrimonial e do DR, a NBC TG 1000 - Manual de Contabilidade
das Micro e Pequenas Empresas recomenda a elaboração dos seguintes demonstrativos
contábeis:
DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA (DFC)
Esse relatório indica a origem do dinheiro que entrou e saiu do caixa da empresa em
determinado período, sendo muito útil, para fornecer uma base para avaliação da capacidade
da empresa gerar recursos financeiros e a sua disponibilidade para aplicação em
investimentos.
Seguindo as tendências internacionais, o fluxo de caixa pode ser incorporado às
demonstrações contábeis tradicionalmente publicadas pelas empresas. Basicamente, o
relatório de fluxo de caixa deve ser segmentado em três grandes áreas:
I - Atividades Operacionais;
II - Atividades de Investimento;
III - Atividades de Financiamento.
As Atividades Operacionais são entendidas pelas receitas e gastos decorrentes da atividade
econômica da empresa, seja ela industrialização, comercialização ou prestação de serviços
da empresa.
As Atividades de Investimento são as receitas e gastos classificados Realizável à Longo
Prazo, Investimentos, Imobilizado ou no Intangível, se referem as entradas por venda dos
ativos ou a aquisição de bens a serem imobilizados ou destinados a investimentos.
As Atividades de Financiamento são os recursos obtidos através de empréstimos e
financiamentos de curto prazo. As saídas correspondem à amortização destas dívidas e os
valores pagos aos acionistas a título de dividendos, distribuição de lucros.
Abaixo um modelo de DFC Direto e Indireto baseado na ???NBC TG 1000 – PME???
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS E PREJUÍZOS ACUMULADOS
A DLPA ( Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ) é a demonstração contábil
que tem por objetivo principal a distribuição do resultado obtido no período e demonstrado na
Demonstração do Resultado , isto é , mostra como a empresa diluirá o prejuízo ou distribuirá
o lucro.
???Atualmente o DLPA está sendo substituída da lei/76 pela DMPL , pois esta
implicitamente agregada neste último, de acordo com artigo .
???Abaixo, um modelo de DLPA conforme a NBC TG 1000 – PME.???
DMPL: DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
A demonstração das mutações do patrimônio líquido apresenta o resultado da entidade para
um período contábil, os itens de receita e despesa reconhecidos diretamente no patrimônio
líquido no período, os efeitos das mudanças de práticas contábeis e correção de erros
reconhecidos no período, os valores investidos pelos proprietários e os dividendos e outras
distribuições para os proprietários durante o período.
A DMPL deve incluir as seguintes informações:
a) o resultado abrangente do período, apresentando-se separadamente o montante total
atribuível aos proprietários da entidade controladora e o montante correspondente à
participação de não controladores;
b) para cada componente do Patrimônio Líquido, os efeitos da aplicação retrospectiva ou
da representação retrospectivas reconhecidas de acordo com o Pronunciamento Técnico
CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro;
c) para a cada componente do Patrimônio Líquido, a conciliação do saldo no início e no
final do período, demonstrando-se separadamente as mutações decorrentes:
c.1) do resultado líquido;
c.2) de cada item dos outros resultados abrangentes; e
c.3) de transações com os sócios realizadas na condição de proprietário, demonstrando-
se separadamente suas integralizações e distribuições realizadas, bem como as
modificações nas participações em controladas que não implicaram perda do controle.
Abaixo um modelo de DMPL segundo a NBC TG 1000 - PME
FATORES QUE AFETAM A UTILIZAÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL
Apesar das informações contábeis darem suporte para que seus usuários possam ter
uma base segura na tomada das decisões gerenciais, financeiras e administrativas ainda é
muito comum que os empresários, principalmente os micro empresários, solicitem dos seus
contadores os serviços meramente fiscais para cumprir as obrigações essenciais junto ao
Fisco. (buscar autores)
Essa falta de visão do poder de atuação da Contabilidade provém do preparo técnico
dos administradores e empresários. A falta de conhecimento e despreparo para analisar os
relatórios contábeis e extrair delas informações para a tomada de decisão os leva a não utilizar
esse recurso e tomar decisões sem embasamento.
Outro fator que contribui para a não utilização da contabilidade gerencial é a economia
que os administradores buscam quando contratam os serviços contábeis. Para reduzir custos,
eles optam somente pelos serviços fiscais (apuração de impostos, folha de pagamento, entrega
de declaração...) e dispensam uma ferramenta preciosa para a boa gestão de sua empresa. Essa
diferença entre o serviço contábil formal e um serviço diferenciado e focado no
gerenciamento é bem demonstrada por (Matarazzo), que explica que os serviços contábeis
básicos e obrigatórios se baseiam na captação, organização, compilação dos dados e obtém
como produto final as demonstrações financeiras, e que o processo de analise começa onde
termina a contabilidade formal. Sendo um serviço adicional, a maioria dos empresários não se
interessa em investir nesse serviço contábil-gerencial.
O desinteresse dos empresários em serviços contábeis diferenciados se reflete nos
escritórios de contabilidade que, por falta de recursos, deixam de investir na contratação de
profissionais mais especializados, capazes de atuarem diretamente na empresa para analisar
suas necessidades e elaborar relatórios gerenciais personalizados.
Essa busca por serviços básicos de contabilidade faz com que os escritórios
consolidados sofram com a concorrência desleal. Na busca por clientes, alguns escritórios
diminuem os valores dos honorários a níveis muito baixos, mas para manter um preço abaixo
do praticado no mercado esses profissionais comprometem a qualidade oferecendo serviços
mínimos, às vezes sem cumprir todas as obrigações tributárias. Com os empresários sempre
buscando reduzir custos e desvalorizando a ferramenta contábil esses contadores levam
vantagem em relação aos contadores que primam pela qualidade e valorização da ciência
contábil. (10 e 16 Resultados)
Além dos fatores expostos, ainda existe uma dificuldade para prestar serviços mais
especializados devido à falta de organização nas empresas que impossibilitam obter
informações essenciais para a realização de tais tarefas. Por exemplo, a simples emissão do
livro de inventario é complicada se a empresa não mantém um controle eficiente do estoque.
Exemplos dessa desorganização não faltam, mas como os mais corriqueiros podem citar:
● Erros na emissão de documentos fiscais, falta de documentos ou demora na entrega
deles para contabilização geram atrasos na apuração de imposto, entrega de declarações que
podem gerar penalidade como juros e multas;
● Uso da conta bancaria ou saldo em caixa da pessoa jurídica para quitar dividas
pessoais dos proprietários, ou o contrario, pagamentos de contas empresariais através de
recursos pessoais.
Se procedimentos simples, mas essenciais e obrigatórios como a emissão do livro
caixa e de inventario já são dificultados pela falta de controle e procedimentos operacionais
internos da empresa, a realização de serviços mais complexos como rateio de custo se torna
quase impossível para os escritórios contábeis. (08 Resultados)
Os contadores também têm uma parcela de contribuição pela não utilização da
Contabilidade Gerencial nas empresas quando não oferecem e expõem, de maneira clara, aos
seus clientes todas as ferramentas contábeis que poderiam estar disponíveis para facilitar a
gestão e maximização dos resultados.
Essa falta de dialogo entre o contador e seus clientes é uma consequência do fato dos
escritórios contábeis serem tão penalizados pelo excesso de burocracia do sistema tributário.
Com tantos procedimentos, obrigações e alterações constantes da legislação tributária quase a
totalidade do tempo de atuação fica comprometida com essas atividades não deixando espaço
para o contador investir na conscientização dos seus clientes quanto ao uso gerencial da
contabilidade.
BANNER
Os resultados das analises das informações obtidas através dos questionários evidenciaram
que os micros e pequenos empresários utilizam somente os serviços básicos de
contabilidade, ou seja, os essenciais para cumprirem as obrigações tributárias: escrituração
fiscal / contábil e departamento de pessoal.
A constatação do alto grau de satisfação com os serviços contábeis contratados vem
ratificar que os empresários não têm interesse nos serviços focados na área gerencial
disponibilizados pelos contadores.
Os resultados apontam que tal desinteresse está associado à falta de preparo e instrução
dos empresários para analisar e utilizar as informações contábeis na gestão de suas empresas
como ferramenta para a tomada de decisão.
4. BIBLIOGRAFIA (Primeiramente organizem por ordem alfabética,
depois vamos rever a forma de citações)
DEITOS, M.L.M.S. Conhecer as especificidades das pequenas e médias empresas:
uma necessidade que se impõe ao contador. Revista do CRCPR, ano 27, n.136, maio/jun./jul./ago. 2003. Disponível em: <www.crcpr.org.br>. Acesso em: 24 mai. 2005.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC). Resolução CFC n. 785/95 – Aprova a NBCT 1: Das características da informação contábil. 1995. Disponível em:<www.cfcspw.cfc.org.br/resolucoes_cfc/RES_785.DOC>. Acesso em: 29 Nov. 2012.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM). Deliberação CVM n. 29/86. Brasília: CVM,1986.
DEITOS, M.L.M.S. Conhecer as especificidades das pequenas e médias empresas: uma necessidade que se impõe ao contador. Revista do CRCPR, ano 27, n.136, maio/jun./jul./ago. 2003. Disponível em:<www.crcpr.org.br>. Acesso em: 29 Nov. 2012.
MARION, J.C. Contabilidade empresarial. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1988. 540p.OLIVEIRA, A.G.; MÜLLER, A.N.; NAKAMURA, W.T. A utilização das informações geradas pelo sistema de informação contábil como subsídio aos processos administrativos nas pequenas empresas.
PITELA, A.C. O desempenho profissional do contador na opinião do empresário. Revista PublicatioUEPG, Universidade Estadual de Ponta Grossa, ano 8, n.1, 2000. Disponível em:
<www.uepg.br/propesp/publicatio/ant.htm>. Acesso em: 29 jun. 2005.
SIMON, H.A. Comportamento administrativo. 2.ed. Rio de Janeiro: FGV, 1970. 277p.
MATARAZZO, Dante Carmine – Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 6 edição – São Paulo: Atlas,2008.
CAMARGO, Camila. Analise de investimentos e demonstrativos financeiros.Curitiba: Ibpex, 2007.
SANTOS, E.S. Objetividade x Relevância: o que o modelo contábil deseja espelhar. Caderno de estudos Fidecafi, São Paulo, v10, n.18, pg 1-16, 1998.
PAIVA,S.B. O processo decisório e a informação contábil: entre objetividades e subjetividades. Revista Brasileira de Contabilidade, ano XXIX, n.123, pg 76-83, maio/junho 2000.
RODOLFO, Leandro de Faria Olivio – Análise de investimentos: edição especial – São Paulo: Atlas,Alínea,Pag 33-60MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
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