tabuletas sumérias

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TABULETAS SUMRIAS

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http://documentofantastico.blogspot.com/2011/05/atrahasis-texto-acadiano.html FONTE: http://www.sigghil.com/

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Sumrio1. Enil e Ninlil ............................................................................................................................4 2. A rvore Huluppu ...................................................................................................................6 3. Uma Tigi para Enlil por Ur-Namma (Ur-Namma B) ...........................................................9 4. Enlil no E-Kur ..................................................................................................................11 5. Hino ao E-Kur ..................................................................................................................14 6. Hino de louvor Enlil ......................................................................................................16 7. A vingana de Inanna .......................................................................................................18 8. Inanna cortejada ...............................................................................................................21 9. O encanto de Enki (A confuso das lnguas) ...................................................................23 10. A descida de Inanna ao inferno ......................................................................................24 11 Gilgamesh e a terra dos vivos .........................................................................................29 12. Mito cosmognico aqutico (Artigo) .............................................................................32 13. Ugariti e a Bblia (Artigo) ..............................................................................................35 14. Enuma Elish (Texto babilnico) ....................................................................................39 15. O hino dos 50 nomes de Marduk ...................................................................................52 16. Atrahasis ( Texto Acdio ) ..................................................................................................57 17. A estria do Dilvio ...........................................................................................................62 18. Enki e a nova ordem ...........................................................................................................67 19. Inanna e Bilulu ...................................................................................................................74 20. O retorno de Ninurta a Nippur: um Sir-Gida para Ninurta ................................................77 21. As origens do monotesmo bblico .....................................................................................81 22. Marduk ...............................................................................................................................84 23. Ninurta ...............................................................................................................................85 24. Nergal .................................................................................................................................86 25. Nammu ...............................................................................................................................87 26. Ereshkigal ...........................................................................................................................88 27. Ningal .............................................................................................................................89 28. Ninhursag ...........................................................................................................................90 29. Nanna .................................................................................................................................91 30. Antu ....................................................................................................................................92 31. Shamash .............................................................................................................................93 32. Ishkur (Arqutipos: Adad)..................................................................................................94 33. Inanna, deusa do amor e fertilidade (Arqutipos: Ishtar, Afrodite, Vnus)........................95 34. Enki, O Senhor Da Sabedoria.............................................................................................96 35. Enlil (O deus dos ventos) - O maior entre os deuses filhos de Anu. Arqutipos: Zeus......97 36. An (O deus do cu) .............................................................................................................98 37. O pico de Baal .................................................................................................................99 38. Textos ugarticos ..............................................................................................................108 39. Provrbios sumrios .........................................................................................................109 40. Ninurta e a tartaruga .........................................................................................................111 41. Ninurta ..............................................................................................................................112 42. Hino Marduk .................................................................................................................123 43. Enki e Ninma ...................................................................................................................124 44. Enki e Nin?Ursaga ...........................................................................................................127 45. Viagem de Enki a Nippur .................................................................................................131 46. Viagem de Pabilsag a Nippur ...........................................................................................133 47. Viagem de Nanna-Suen Nippur .....................................................................................135 48. Sumria ............................................................................................................................139 3

1. Enlil e Ninlil

1-12. Havia uma cidade, havia uma cidade - a nica em que vivemos. Nippur era a cidade, a nica em que vivemos. Dur-ginimbar era a cidade- a nica em que vivemos.ID-Sala o seu rio sagrado, Kar -getina o seu cais. Kar-Asar o seu cais onde os barcos atracam rpido. Pu-lal a sua gua potvel. Id-tum-nunbir o seu canal de ramificao, e se mede a partir da, sua rea cultivada de 50 sar em cada sentido. Enlil era um de seus jovens, e Ninlil foi uma de suas jovens. Nun-bar-e gn foi uma de suas sbias velhas. 13-21. Naquela poca a jovem foi aconselhada por sua prpria me, Ninlil foi aconselhada por Nungn e-bar: "O rio santo, mulher! O rio sagrado - no se banhe nele!Ninlil no ande ao longo da margem do Id-nunbir-tum Seus olhos so brilhantes, os olhos do Senhor so brilhantes, ele vai olhar pra voc! A Grande Montanha, Pai Enlil - Seu olho claro, ele vai olhar pra voc! O pastor que decide todos os destinos! - seu olho claro, ele vai olhar para voc! logo de cara ele vai querer ter relaes sexuais, ele vai querer beija-la! Ele ter o prazer de derramar smen sensual em seu tero, e ento ele vai te deixar! " 22-34. Ela aconselhou-a em seu corao, ela deu a sabedoria para ela. O rio santo, a mulher tomou banho no rio sagrado. Ento Ninlil caminhou ao longo da margem do Id-nunbir-tum, seu olho era brilhante, os olhos do Senhor eram brilhantes, ele olhou para ela. A Grande Montanha, Pai Enlil seu olho era brilhante, ele olhou para ela. O pastor que decide todos os destinos - os olhos eram bri lhantes, ele olhou para ela. O rei disse-lhe: "Eu quero ter sexo com voc!". Enlil disse a ela: "Eu quero te beijar".Mas ele no conseguia convence-la "Minha vagina pequena, ela no sabe da gravidez. Meus lbios so jovens, eles no sabem beijar. Se minha me descobre, ela vai me bater! Se meu pai descobre, ele vai colocar as mos sobre mim! Mas agora, ningum vai me impedir de dizer isso para minha namorada! " 35-53. Enlil falou com seu ministro Nuska: "Nuska, meu ministro!" "Ao seu servio! O que voc deseja?" "Construtor mestre do E-kur!" "Ao seu servio, meu senhor!" "Algum j teve relaes sexuais com ela? Algum j beijou uma moa to bonita, to radiante? - Ninlil, to bonita, to radiante" O ministro trouxe seu mestre atravs de um barco, trazendo-lhe mais com a corda de um barco pequeno, levando-o ao longo de um grande barco. O senhor, flutuando a jusante (..) - ele estava realmente a ter relaes com ela, ele estava realmente a beij-la! - Pai Enlil, flutuando a jusante ... ... ele estava realmente a ter relaes com ela, ele estava realmente a beij-la! - Ele agarrou-a - ele estava realmente a ter relaes com ela, ele estava realmente a beij-la! - De forma a se deitar com ela sobre um pequeno banco ... .... Ele realmente teve relaes sexuais com ela, na verdade ele a beijou. Nessa relao, neste beijo, ele derramou uma semente de Suen-Aimbabbar em seu ventre. 54-64. Enlil estava andando no Ki-ur. Enlil estava indo sobre no Ki-ur, os cinqenta grandes deuses e os sete deuses que decidem os destinos mantinham Enlil preso no Ki-ur. Enlil, ritualmente impuro, deixou a cidade. Nunamnir, ritualmente impuro, deixou a cidade. Enlil, em conformidade com o que havia sido decidido "Enlil, ritualmente impuro, deixou a cidade Nunamnir, ritualmente impuro, deixou a cidade!" Nunamnir, em conformidade com o que havia sido decidido, Enlil partiu. Ninlil foi atrs dele. Nunamnir passou, a donzela perseguiu

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65-90. Enlil falou com o homem na porta da cidade: "Guardio da Cidade, Guardio da barreira,Porteiro!". Guardio da sagrada barreira!".Quando a senhora Ninlil vier, se ela perguntar de mim, no diga a ela onde eu estou!!". Ninlil dirigiu-se ao guardio da cidade: "Guardio da Cidade, Guardio da barreira,Porteiro!". Guardio da sagrada barreira!". O senhor Enlil passou por aqui!!?" Ela falou com ele; Enlil respondeu como o guardio da cidade: "Meu senhor no tem falado comigo, mais linda Enlil no falou comigo, mais bela.."..."Vou deixar bem claro o meu objetivo e explicar a minha inteno. Voc pode encher meu ventre, uma vez que est vazio -. Enlil, senhor de todas as terras, fez sexo comigo. Assim como Enlil seu senhor, eu tambm sou sua mulher! " "Se voc minha senhora, deixe minha mo tocar sua (..)!" "A semente do seu senhor, a semente brilhante, est no meu ventre. A semente de Suen, a semente brilhante, est no meu ventre.".. " A Semente do meu mestre pode ir at aos cus! Deixe eu derramar a minha semente!". Enlil, como o guardio da cidade, fez a moa deitar-se na cmara. Ele teve relaes sexuais com ela l, ele beijoua l. Nessa relao, neste beijo, ele derramou uma semente de Nergal-ea-Melamta em seu ventre. 91-116. Enlil passou. Ninlil foi em seguida. Nunamnir passou, a donzela perseguiu. Enlil se aproximou do homem do Id kura (rio do submundo), o rio devorador de homens. "Meu homem do Id kura, o rio antropfago! Quando sua senhora Ninlil vir, se ela perguntar de mim, no diga a ela onde eu estou!" Ninlil se aproximou do homem do Id kura, o rio devorador de homens. "Meu homem do Id kura, rio antropfago! Seu senhor Enlil passou por aqui?", Disse ela para ele. Enlil respondeu como o homem do Id kura: "Meu senhor no tem falado comigo, mais linda.Enlil no falou comigo, mais bela.." "Vou deixar bem claro o meu objetivo e explicar a minha inteno. Voc pode encher meu ventre, uma vez que est vazio -. Enlil, senhor de todas as terras, fez sexo comigo. Assim como Enlil seu senhor, eu tambm sou sua mulher! " "Se voc minha senhora, deixe minha mo tocar sua (..)!"A semente do seu senhor, a semente brilhante, est no meu ventre. A semente de Suen, a semente brilhante, est no meu ventre." " A Semente do meu mestre pode ir at aos cus! Deixe eu derramar a minha semente!". Enlil, como o Id kura, fez a moa deitar-se na cmara. Ele teve relaes sexuais com ela l, ele beijou-a l. Nessa relao, neste beijo, ele derramou a semente de Ninazu, o rei que estende linhas de medio sobre os campos. 117-142. Enlil passou. Ninlil foi em seguida. Nunamnir passou, a donzela perseguiu. Enlil aproximou-se de SI.LU.IGI, o homem da balsa. "SI.LU.IGI, meu homem do barco! Quando a senhora Ninlil vir, se ela perguntar de mim, no diga onde estou!" Ninlil aproximou-se do homem da balsa. " homem do barco! Seu senhor Enlil passou por aqui?", Disse ela para ele. Enlil respondeu como o homem SI.LU.IGI: "Meu senhor no tem falado comigo, mais linda Enlil no falou comigo, mais bela.." "Vou deixar bem claro o meu objetivo e explicar a minha inteno. Voc pode encher meu ventre, uma vez que est vazio -. Enlil, rei de todas as terras, fez sexo comigo. Assim como Enlil seu senhor, eu tambm sou sua mulher! " "Se voc minha senhora, deixe minha mo tocar sua (..)!" "A semente do seu senhor, a semente brilhante, est no meu ventre. A semente de Suen, a semente brilhante, est no meu ventre." "A semente do meu mestre pode ir at aos cus! Enlil, como o SI.LU.IGI, fez a moa deitar-se na cmara. Ele teve relaes sexuais com ela l, ele beijou-a l. Nessa relao, neste beijo, ele derramou em seu ventre a semente de Enbilulu, o inspetor de canais. 143-154. Tu s o Senhor! Voc o rei! Enlil, Tu s o Senhor! Voc o rei! Nunamnir, Tu s o Senhor! Voc o rei! o Senhor Supremo, Tu s Senhor poderoso! Senhor, que faz crescer o linho, o senhor que faz crescer a cevada, voc senhor do cu, senhor poderoso, senhor da terra! Voc o senhor da terra, Senhor da abundncia, Senhor do cu! Enlil no cu, Enlil rei! Senhor cujas declaraes(....) Cujos pronunciamentos no pode ser alterado! Suas primordiais declaraes no sero alteradas! Pelo louvor falado me Ninlil, louvado seja (....) a Grande Montanha, Pai Enlil!

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2. A rvore Huluppu

Nos primeiros dias, nos muito primeiros dias,Nas Primeiras noites, nas muitas primeiras noites, Nos primeiros anos, nos muitos primeiros anos, Nos primeiros dias, quando cada uma das coisas estava sendo criada, Nos primeiros dias, quando cada uma das necessidades estava sendo dimensionada, Quando o po deixou de ser um segredo na terra, Quando o po era assado nas casas da terra, Quando o cu se afastou da terra, Quando a terra foi separada do cu, E as naves dos homens aterrissaram; Quando deus do cu, Ann, chegou dos cus, Quando o deus do AR, Enlil, chegou da terra, Quando a rainha do abismo, Ereshkigal, teve O submundo por domnio, Ele navegava, O Pai navegava, Enki, o deus da Sabedoria, ele navegou para o mundo inferior. Pequenas pedras passaram por ele, Por grandes pedras ele passou, Como se fossem tartarugas, Foram recolhidas no barco de Enki. As guas do mar abatiam-se sobre seu barco como lobos, As guas do mar abatiam-se sobre seu barco como lees. Neste tempo, uma rvore, uma rvore solitria, a rvore Huluppu Foi plantada nas margens do Eufrates. A rvore nutria-se das guas do Eufrates. O vento sul a embalava, e suas razes E galhos ramificavam-se At onde as guas do Eufrates desaguavam. Uma mulher que caminhava com temor das palavras do deus do cu, Ann, Com temor do deus do ar, Enlil, Encontrou a rvore no rio e falou: "Eu levarei esta rvore para Uruk, Eu plantarei esta rvore no meu jardim particular". Inana tomou a rvore com cuidado em suas mos Ela revolveu a terra em torno da rvore com seus ps Ela maravilhou-se: "Como crescer at que eu tenha um trono para sentar-me? Como crescer at que eu tenha uma cama para dormir?" Os anos passaram; cinco anos passaram, e ento dez. A rvore germinou rpido, 6

Mas sua casca no se dividia. Ento a serpente que no pode se encantada Fez seu ninho nas razes da rvore Huluppu. O pssaro Anzu fez seu ninho em seus ramos. E a sombria Lilith fez sua casa em seu tronco. A jovem mulher que gostava de sorrir, chorou. Como Inana chorou! (Ela no podia mais se aproximar de sua rvore) Quando os pssaros comeam a cantar, com a chegada da aurora, O deus do Sol, Utu, deixou seu quarto. Inana chamou seu irmo Utu, dizendo: "Utu, nos dias em que os destinos foram decretados, Quando a abundncia da terra foi descoberta, Quando o deus do Cu ( An ) fz os cus, e o deus do ar ( Enlil ) Fez a Terra, Quando Ereshkigal ganhou o grande abaixo por domnio, O deus da Sabedoria, Pai Enki, navegou pelas guas do mundo inferior, E o submundo o atacou ... Neste tempo, uma rvore, uma rvore solitria, a rvore Huluppu Foi plantada nas margens do Eufrates. O vento sul a embalou e suas razes e ramos cresceram At onde o Eufrates desagua. Eu peguei esta rvore do rio, E a plantei em meu jardim particular. Eu cuidei da rvore, esperando que ela fosse meu trono e minha cama. Ento a serpente que no pode ser encantada Aninhou-se em suas razes, E o pssaro Anzu aninhou-se em seus galhos, E a sombria Lilith construiu sua casa em seu tronco. Eu chorei. Como eu chorei! ( porque no podia mais aproximar-me de minha rvore ) " Utu, o valente guerreiro, Utu, No podia ajudar sua irm, Inana. Quando os pssaros comeam a cantar com a Segunda aurora, Inana chamou seu irmo, Gilgamesh, dizendo: "Gilgamesh, nos dias em que os destinos foram criados, Quando a abundncia foi descoberta no local da aterrissagem, Quando o deus do cu criou os cus e o deus do ar A Terra, Quando Ereshkigal ganhou o grande abaixo para seu domnio, O deus da sabedoria, Pai Enki, navegou Pelo submundo, E o submundo o atacou. Neste tempo, uma rvore, uma rvore solitria, a rvore Huluppu Foi plantada nas margens do Eufrates. O vento sul a embalou e suas razes e ramos cresceram At onde o Eufrates desagua. 7

Eu peguei esta rvore do rio, E a plantei em meu jardim particular. Eu cuidei da rvore, esperando que ela fosse meu trono e minha cama. Ento a serpente que no pode ser encantada Aninhou-se em suas razes, E o pssaro Anzu aninhou-se em seus galhos, E a sombria Lilith construiu sua casa em seu tronco. Eu chorei. Como eu chorei! ( porque no podia mais aproximar-me de minha rvore ) " Gilgamesh, o valente guerreiro Gilgamesh, O heri de Uruk, chamado por Inanna. Gilgamesh vestiu sua armadura de cinqenta minas como proteo. Cinqenta minas eram para ele como cinqenta plumas. Pegou seu machado de bronze, o machado do caminho, Pesando sete talentos e sete minas, em seu ombro. Ele entrou no jardim de Inana. Gilgamesh atacou a serpente que no podia ser encantada. O pssaro Anzu fugiu para as montanhas; E Lilith abandonou sua casa e fugiu no vento, para lugares desabitados. Gilgamesh ento cortou as razes da rvore Huluppa; E os filhos da cidade, que o acompanhavam, cortaram seus ramos. Do tronco ele fez um trono para sua irm. Do tronco, Gilgamesh fez uma cama para Inana. Das razes ela fez um pukku para seu irmo. Da coroa da rvore ela fez um mikku para Gilgamesh, O heri de Uruk.

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3. Uma Tigi para Enlil por Ur-Namma (Ur-Namma B)

1-6 Exaltado Enlil, ...... famoso ......, senhor que ...... seu grande principado, Nunamnir, rei do cu e da terra ......, observa atravs das pessoas. A Grande Montanha, Enlil, escolheu Ur-Namma o bom pastor para a multido de pessoas: "Ele ser o pastor de Nunamnir!" Ele os far Ter respeito. 7-19 Os divinos planos de construir o E-kur aonde esto. A grande Montanha, Enlil, tinha em sua mente, encheu-o com pureza e utilidade, para fazer o santurio como o sol no E-Kur, seu augusto santurio. Ele instruiu o pastor Ur-Name para fazer o E-Kur com brilho intenso; o rei o fez poderoso na Terra, ele o fez com as primeiras pessoas. O bom pastor Ur-Namma, ...... cuja verdade se fundamenta em Nunamnir , o juiz conhecedor, o senhor de grande sabedoria, preparou o molde.. Enlil trouxe as terras rebeldes e hostis para o pastor Ur-Namma, e fez a Sumria florir com alegria, nos dias cheios de prosperidade. As fundaes assentou firmemente e as sagradas fundaes construiu. O enkum e ninkum agradeciam e Enki fazia o templo alegrar-se com suas frmulas cheias de arte. 20-30 O pastor Ur-Namma fez o E-kur brilhar em Dur-an-ki. Ele o fez maravilhar a multido de povos. Ele fez brilhar o arco-ris do Porto Perdido, o Grande Porto, o Porto da Paz, a Habilidosa Montanha de Construir e o Porto do Eterno Suprimento de Gros, cobrindo-os com prata refinada. O pssaro Anzud correu de l e a guia agarrou os inimigos com as garras. Suas portas so altas, elas enchem-se de alegria. O templo alto, ele tem uma radiao que amedronta. Ele amplo, ele infunde respeito. Nele, a Hbil Montanha de construir, o tempo nascente, a sagrada habitao caminha rpida para a Grande Montanha como uma torre elevada. 31-38 No Gagiccua do grande palcio, onde se pronunciam grandes verdades, ele fez a grande me Ninlil alegrar-se. Enlil e Ninlil estabelecem-se aqui. Em sua grande sala-de-jantar, o verdadeiro heri escolhido por Nunamnir faz suas refeies com o trigo: o E-kur alegrava-se. Eles observam com aprovao o pastor Ur-Namma, e a Grande Montanha decreta um grande destino para Ur-Namma por todo o tempo, fazendo-o poderoso sobre o povo de povo de cabea preta. 39 O sagida.-------------------------------------------------------------------------------40-45" Eu sou Nunamnir, cujos firmes comandos e decises so imutveis! Voc fez meu elevado santurio E-kur brilhar gloriosamente, voc fez com que brilhasse alto com um brilhante crenellation. Verdadeiro heri, voc fez o santurio glorioso na Terra. Ur-Namma, senhor poderoso, voc entrar no navio real, sem paralelos, possa sua fama espalhar-se nos limites do cu, to rpido como se pisasse montanhas!" 46-51"Eu sou a grande Montanha, pai Enlil, cujos firmes comandos e decises so imutveis. Voc fez meu elevado santurio E-kur brilhar gloriosamente, voc fez com que brilhasse alto com um brilhante crenellation. Verdadeiro heri, voc fez o santurio glorioso na Terra. Ur-Namma, senhor poderoso, voc entrar no navio real, sem paralelos, possa sua fama espalhar-se nos limites do cu, to rpido como se pisasse montanhas!" 52-57 Senhor Nunamnir deu ao meu rei a maa elevada com que empilha cabeas humanas como 9

pilhas de gros, nas terras hostis, e esmaga as terras rebeldes;, e agora ele pode pisar as terras estrangeiras e destruir suas armadilhas. Senhor Nunamnir deu ao pastor Ur-Namma.

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4. Enlil no E-Kur

As ordens de Enlil seguem rpidas para o alto, suas palavras so sagradas, sua pronncia imutvel. Os destinos ele decide inteiramente, seu olhar torna as montanhas ansiosas, sua ... enche o interior das montanhas. Todos os deuses da Terra inclinam-se diante do pai Enlil, que senta-se confortavelmente nos sagrados dais, diante de Nunamnir, cujo capito e prncipe da barca so perfeitos. Os deuses Anunnaki entram diante dele e obedecem suas instrues, completamente. O poderoso senhor, o grande no cu e na terra, o juiz que tudo conhece, o amplo de sabedoria, tomou seu assento no Dur-an-ki , e fez o Ki-ur , o grande palcio, resplandecer em majestade. Ele fez sua residncia em Nibiru, a corrente elevada entre o cu e a terra. A Frente da cidade carregado com terrveis e ameaadoras radiaes, ele volta seu empuxo de poderoso deus para atacar, ningum ousa atac-lo, e seu interior espada como dente afiado de tubaro, uma lmina de catstrofe. Para as terras rebelder ele uma armadilha, uma astcia, uma rede. Ele corta cedo a vida dos que falam poderosamente. Ele no permite palavras assassinas no julgamento ... decepo, falar inamistosamente, hostilidade, impropriedade, fala malvada, engano, erro, ultraje, violncia, escravido, arrogncia, licenciosidade, egosmo, e embustes so abominaes intolerveis em sua cidade. Os limites de Nibiru formam uma grande rede, sobre a qual a guia abre suas grandes asas. O assassino ou mentiroso no escapam suas garras. Em sua cidade firmemente assentada, para a qual o direito e a justia so como uma possesso, e que est vestida com o mais puro do quay, o jovem irmo honra o irmo mais velho e o trata com dignidade, atenta o povo s palavras do pai, e coloca-se sob sua proteo; as crianas crescem com humildade e modestamente obedecem sua me, e atem-se aos mais velhos. Na cidade, a construo sagrada de Enlil, em Nibiru, o sagrado santurio do pai Grande Montanha, ele fez os dias de abundncia, o E-kur, o templo brilhante, elevar-se do solo; ele fez o cho de pura terra, alta como uma torre na montanha. Seu prncipe, o grande Montanha, pai Enlil, sentou-se nos dais do E-kur, o santurio elevado. Nenhum deus causa dano aos divinos poderes do templo. Seus ritos de lavar as mos so difundidos sobre a Terra. Seus divinos poderes so divinos poderes do abzu: ningum pode olh-lo. Seu interior mar imenso que toca o horizonte. Em seus ...... brilhando como bandeira, as correntes e os divinos poderes antigos so perfeitos. Suas palavras so oraes, e seus encantos so splicas. Suas palavras so favorveis ... , seus ritos so os mais preciosos. Em seus festivais, plenos de gordura e manteiga, h abundncia. Seus divinos planos alegram e rejubilam, seu veredicto grande. Diariamente h o grande festival, e ao final do dia a abundncia permanece. O tempo de Enlil uma montanha de abundncia; olh-lo com inveja e medi-lo so abominaes. O lagar de seu templo sua palavra vem Terra, sempre com uma sbia beno; o gudu do abzu instrui-se nos ritos ilustres; seu nuec perfeito para os oradores sagrados. Seu fazendeiro o bom pastor da Terra, que nasceu forte em dias propcios. Seu fazendeiro para os campos frteis, ricos de oferendas, ele no ... no brilhante E-Kur. Enlil , quando voc delimitou os lugares sagrados, voc tambm construiu Nibiru, sua 11

prpria cidade. Voc ... o Ki-ur, a montanha, seu lugar puro. Voc o fundou no Dur-an-ki, no meio dos quatro cantos da Terra ; a vida da Terra, e a vida de todos os pases estrangeiros. Seus tijolos so ouro vermelho, sua fundao de lapis lazuli. Voc o fez brilhar no alto da Sumria como os chifres de um touro selvagem. Ele faz os pases estrangeiros tremerem com medo. Como um grande festival, seu povo vive em abundncia. Enlil , o sagrado Urac favorecido com beleza por voc; voc grandemente seguido pelo abzu, o trono sagrado (1 ms. engur) ; voc se refresca nas guas do mundo inferior, a cmara sagrada. Sua presena espalha-se sobre o E-kur , o templo brilhante, a morada elevada. Corajosos e radiantes elevam-se ao cu, suas sombras espalham-se sobre todas as terras estrangeiras, e sua crenellation chega ao meio do cu. Todos os senhores e soberanos regularmente suplicam e fazem oferendas, aproximando Enlil com oraes e splicas. Enlil , se voc olhar o pastor favoravelmente, se voc eleva o nico realmente chamado na Terra, ento os pases estrangeiros estaro em suas mos, os pases estrangeiros estaro a seus ps. Ele ento causar enormes remessas e pesados tributos, como se fossem gua fria, para enriquecer o tesouro. Na grande corte, ele suplica com oferendas. Ao E-kur , o templo brilhante, ele trar .......Enlil , pastor enternecido das multides, vaqueiro, lder de todas as criaturas vivas, manifestou os domnio do grande prncipe, adornando-se com a sagrada coroa. Como o Vento da Montanha ocupa os dais, ele divide os cus como o arco-ris. Como uma nuvem flutuando, ele move-se sozinho.Ele sozinho o prncipe do cu, o drago da terra. O deus elevado dos Anunnaki, ele determina os destinos. Nenhum deus pode olha-lo. Seu grande ministro e comandante, Nuska, ouve suas ordens e suas intenes, consulta-se com ele e ento executa suas instrues. Ele fala palavras sagradas para os divinos poderes.. Sem a Grande Montanha Enlil , nenhuma cidade seria construida, nenhum edifcio seria fundado; nenhum couro seria usado, nenhum curral seria estabelecido; nenhum rei se elevaria, nenhum senhor nasceria; nenhuma orao ou orador poderia estar no espao exterior; soldados no teriam generais ou capites; nenhuma carpa encheria o rio ... os rios em suas nascentes; a carpa no ... viria do mar, elas no nadariam neles. O mar no produziria o pesado tesouro, nenhum peixe do rio desovaria nas cabeceiras, nenhum pssaro do cu faria seus ninhos na terra espaosa; os cu as nuvens no abririam suas bocas; nos campos o gro no germinaria nas terras arveis, vegetao no haveria na plancie; nos jardins, as rvores espalhariam-se na montanha sem frutos. Sem a Grande Montanha, Enlil , Nintud no mataria, ela no atacaria a morte; nenhuma vaca teria cria, nenhuma ovelha viria ...... nos currais ; as criaturas viventes que se multiplicam por si mesmas no dormiriam em seus ...; os animais de quatro patas no propagariam, eles no teriam companheiros. Enlil , a ingenuidade de sua respirao continua! Por sua natureza, ele como razes que no podem ser reveladas, razes cruzadas que o olho no pode seguir. Sua divindade pode ser apreciada. Voc seu prprio conselheiro e mensageiro, voc o senhor de si mesmo. Quem pode compreender suas aes? Nenhum divino poder resplandece como o seu. Nenhum deus pode olhalo na face. Voc, Enlil , o senhor, deus, rei.. Voc o juiz que toma decises sobre o cu e sobre a Terra. Suas palavras elevadas so pesadas como o cu, e no existe quem possa elevar-se como elas. Os Anunnaki ... a sua palavra. Suas palavras so pesadas no cu e so fundamentos da Terra. Nos cus, so grandes ... enriquecem o cu. Na terra, sua fundao no pode ser destruda. Quando se relaciona ao cu, eles trazem abundncia. Quando se relaciona com a Terra, ela prspera: a terra produz prosperidade. Suas palavras significam flax, suas palavras significam gros. Suas palavras significam sangue fluindo, a vida das terras. Ela faz as criaturas, os animais que copulam e que vem alegremente sobre o verde. Voc, Enlil, o bom pastor, conhece seus caminhos ... as estrelas esparsas. Voc desposou Ninlil , a consorte sagrada, cujas palavras so do corao, sua nobreza um sagrado ornamento de sabedoria, sua beleza supera todos os limites, a verdadeira senhora de sua 12

escolha. Veste-se com seduo, a senhora conhece aqueles que atacam o E-kur. Suas palavras so avisos perfeitos, suas palavras trazem conforto como fino leo ao corao, que partilha o trono sagrado, o puro trono, ela aconselha-se e discute com voc. Voc decide os destinos no lugar diante do sol nascente. Ninlil, a senhora do cu e da terra, a senhroa de todas as terras, honrada na orao para a Grande Montanha. A pronncia destas palavras esto bem estabelecidas, cujo comando e apoio so coisas imutveis, cujas expresso tem precedncia, cujos planos so palavras decididas, a Grande Montanha, pai Enlil: sua orao sublime!

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5. Hino ao E-kur

1-13 A grande casa grande como uma montanha. A casa de Enlil grande como uma montanha. A casa de Ninlil grande como uma montanha. O quarto grande como uma montanha. A casa que no conhece a luz do dia grande como uma montanha. A casa no Porto Lofty grande como uma montanha. A casa no Porto do Bem-Feito grande como uma montanha. O palcio de Enlil grance como uma montanha. O Hursaj-galama grande como uma montanha. O sagrado Porto Renowned grande como uma montanha. O porto do qual o cereal nunca perdido grande como uma montanha. O ubcu-unkena grande como uma montanha. O Jac-jic-cua grande como uma montanha. 14-27A casa de Ninlil grande como uma montanha. O porto Innamra grande como uma montanha. O E-itida-buru grande como uma montanha. O palcio de Egal-mah grande como uma montanha. O logty E-itida-buru grande como uma montanha. O Innam-gidazu grande como uma montanha. O porto Suen grande como uma montanha. O Dul-kug, o lugar sagrado, grande como uma montanha. O campo de E-dima grande como uma montanha. O Ane-jara grande como uma montanha. O Acte, o lugar puro, grande como uma montanha. O Etilla-mah grande como uma montanha. O j-apina grande como uma montanha. 28 Sa-gida. 29Ele declara: "Aviso dos Cus (?)!" 30Seu jicgijal. 31-41 Para ele que diz isto, para ele cuja fortaleza brilha como luz do dia. Para ele que declara isto, cuja casa como a montanha, a casa que brilha como o dia. Para aquele que declara isto, que como a casa de Enlil, a casa forte que brilha como o dia. Para o que declara isto, a casa como a casa de Nilil, a fortaleza que brilha como dia. Para o que declara que a casa de Ninurta, a fortaleza que brilha como o dia, para o que declara que ele da casa do Prncipe e Filho. 42 Kirugu. 43-52 As torres da casa so altssimas, no meio das montanhas de cedros aromticos. As torres da casa de Enlil so altssimas, no meio das montanhas de cedros aromticos. As torres da casa de Ninlil so altssimas, no meio das montanhas de cedros aromticos. As torres do palcio de Enlil so altssimas, no meio das montanhas de cedros aromticos. As torres do palcio de Ninlil so altssimas, no meio das montanhas de cedros aromticos. 53 Sa-jara. 54...... alegrem-se ....... 55 jicgijal. 56-68 Seu rei worthy de Enlil o rei na verdadeira casa da juventude. O heri Ninurta worthy de Enlil o rei da verdadeira casa da juventude. A primavera de Ninlil worthy de Enlil o rei na verdadeira casa da juventude. O senhor, o heri (?) do E-kur, worthy de Enlil a verdadeira casa da juventude. A primavera de Enlil worthy de Enlil a verdadeira casa da juventude. O senhor 14

Acimbabbar worthy de Enlil o rei da casa da verdadeira juventude. O Filho-Prncipe do E-kur worthy de Enlil o rei da verdadeira casa da juventude. 69...... (A assinatura foi omitida acidentalmente) 70Ele o favorito de Enlil. 71 jicgijal.

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6. Hino de louvor a Enlil

Enlil, cujas ordens alcanam a distncia, cuja palavra santa, O senhor cuja deciso imutvel, que decreta para sempre os destinos, Cujos olhos erguidos percorrem as terras, Cuja luz levantada prescruta o corao de todas as terras, Enlil, que est sentado com abandono sobre o altar branco, sobre o altar sublime, Que consuma os decretos da fora, da realeza, da soberania, Perante o qual se inclinam, temerosos, os deuses da Terra, Perante o qual se humilham os deuses do Cu (...), A cidade (Nippur), seu aspecto inspira terror e respeito (...), O mpio, o mau, o opressor, O denunciante, O arrogante, o violador dos pactos, Ele no tolera os seus malefcios na cidade, A grande rede (...) Ele no deixa os opressores e malfeitores escapar s suas malhas. Nippur o santurio onde habita o pai, a "grande montanha", O altar da abundncia, o Ekur que se ergue, A alta montanha, o nobre lugar, Seu prncipe, a "grande montanha", pai Enlil, Estabeleceu a sua morada no altar de Ekur, sublime santurio; O templo as suas divinas leis, como o Cu, no podem ser subvertidas, Os seus puros ritos, como a Terra, no podem ser abalados, As suas divinas leis so como as divinas leis do abismo, ningum as pode olhar, O seu corao como um distante santurio, desconhecido como o znite do Cu..., As suas palavras so oraes, Os seus propsitos so splicas, O seu ritual precioso, Nas suas festas jorram a gordura e o leite, so ricas e abundantes, Os seus armazns do felicidade e alegria, A casa de Enlil uma montanha de abundncia, O Ekur, a casa de lpis-lazli, a sublime morada, que inspira medo, Cujo medo e terror esto prximos do Cu, Cuja sombra se estende sobre todas as terras, Cuja majestade atinge o corao do Cu, Onde os senhores e os prncipes levam os seus presentes sagrados, as suas oferendas, Vm dizer as suas oraes, as suas splicas, os seus pedidos. Enlil, o pastor que contemplais favoravelmente, A quem chamastes e tornastes eminente na Terra, Que prostra todas as terras estranhas por onde passa, Libaes apaziguadoras de toda a parte, 16

Sacrifcios dos pesados produtos, Foram trazidos; no armazm Nos altos ptios determinou as suas oferendas; Enlil, o digno pastor, sempre em movimento, O rei do principal pastor de tudo o que respira, Trouxe existncia o seu principado, Colocou a coroa sagrada na sua cabea. No Cu o prncipe; na Terra o grande, Os Anunnaki o seu exaltado deus; Quando no seu poder aterrador, ele decreta os destinos, Nenhum deus se atreve a olh-lo. S ao seu exaltado vizir, o camarista Nusku, A ordem, a palavra do seu corao, Deu a conhecer, s a ele informou, Mandou-o executar todas as ordens que a todos obrigavam, Confiou-lhe todas as regras sagradas, todas as sagradas leis. Sem Enlil, a grande montanha, Nenhuma cidade seria construda, nenhumas instituies fundadas, No seriam construdos quaisquer estbulos, nem feito nenhum redil, Ningum seria levado realeza, no nasceria qualquer grande sacerdote, Nenhum sacerdote-mah, nenhuma grande sacerdotisa seriam escolhidos pelo carneiro-pressgio, Os trabalhadores no teriam nem chefe nem superintendente, Os caudais dos rios no teriam transbordado, O peixe do mar no depositaria os ovos no canavial, Os pssaros do Cu no construiriam ninhos na vasta Terra, No Cu as arrastadas nuvens no produziriam a sua humidade, Plantas e ervas, a glria da plancie, no poderiam crescer, No campo e no prado o rico gro no poderia florir, As rvores plantadas na floresta da montanha no produziriam o seu fruto (...) FONTE: http://www.pauloliveira.com/MySiteOLD/Zigurate/Zigurates.htm

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7. A vingana de Inanna

Shukallituda, Quando deitava gua nos regos, Quando cavava sulcos ao longo dos canteiros, Tropeava nas razes, era arranhado por elas; Os ventos furiosos, com tudo o que trazem, Com a poeira das montanhas, fustigavam-lhe o rosto, No seu rosto e mos, Eles sopravam a poeira, e ele j no reconhecia os seus (...) Ele ento levantou o seu olhar para as terras do sul, Olhou as estrelas do leste, Levantou os olhos para as terras do norte, Olhou para as estrelas do oeste, Contemplou o Cu, onde se inscreviam os auspcios, Aprendeu os pressgios inscritos no Cu, Neles aprendeu a observar as leis divinas, Estudou as decises dos deuses. No jardim, em cinco para dez lugares inacessveis, Em cada um destes lugares plantou uma rvore como sombra protectora, A sombra protectora da rvore, a rvore sarbatu de muita folhagem A sombra que ela d ao alvorecer, Ao meio-dia e ao crepsculo nunca desaparece. Ora, um dia, a minha rainha, depois de ter atravessado o Cu, atravessado a Terra, Inanna, a minha rainha, depois de ter atravessado o Cu, atravessado a Terra, Depois de ter atravessado Elam e Shubur, Depois de ter atravessado (...), A hierodula (Inanna), exausta, aproximou-se do jardim, deixou-se adormecer, Shukallituda viu-a do extremo do seu jardim, Possuiu-a, beijou-a, E regressou ao extremo do seu jardim. Ao alvorecer, quando o sol se ergueu, A mulher olhou sua volta horrorizada. Inanna olhou sua volta horrorizada. Ento, a mulher, por causa do seu sexo, que mal fez! Inanna, por causa do seu sexo, que fez ela! Encheu de sangue todos os poos do pas, Encheu de sangue todos os bosques e jardins do pas, O escravos (vares) que vinham buscar lenha para o lume s tiveram sangue para beber, Os escravos (fmeas) que vinham buscar gua s tiveram sangue para levar, "Eu quero encontrar aquele que me possuiu procurando em todas as terras", disse a deusa. 18

Mas ela no encontrou aquele que a tinha possudo, Porque o homem entrou em casa de seu pai, Shukallituda disse a seu pai: "Pai, quando deitava gua nos regos, Quando abria sulcos ao longo dos canteiros, Tropeava nas razes, era por elas arranhado; Os ventos furiosos, com tudo o que eles trazem, Com a poeira das montanhas, fustigavam-me o rosto, No meu rosto e mos, Eles sopravam a poeira, e eu j no reconhecia os seus (...) Eu ento levantei os meus olhos para as terras do sul, Olhei as estrelas do leste, Levantei os meus olhos para as terras do norte, Olhei para as estrelas do oeste, Contemplei o Cu, onde se inscrevem os auspcios, Aprendi os pressgios inscritos no Cu, Neles aprendi a observar as leis divinas, Estudei as decises dos deuses. No jardim, em cinco para dez lugares inacessveis, Em cada um deles plantei uma rvore como sombra protectora. A sombra protectora da rvore a rvore sarbatu de muita folhagem A sombra que ela d ao alvorecer Ao meio-dia e ao crepsculo nunca desaparece. Um dia a minha rainha, depois de ter atravessado o Cu, atravessado a Terra, Inanna, depois de ter atravessado o Cu, atravessado a Terra, Depois de ter atravessado Elam e Shubur, Depois de ter atravessado (...), A hierodula (Inanna), exausta, aproximou-se do jardim, deixou-se dormir; Eu vi-a do extremo do meu jardim, Possu-a, beijei-a, E voltei para o extremo do meu jardim. Ao alvorecer, quando o sol se ergueu, A mulher olhou sua volta horrorizada, Inanna olhou sua volta horrorizada, Ento, a mulher, por causa do seu sexo, que mal fez! Inanna, por causa do seu sexo, que fez ela! Encheu de sangue todos os poos do pas, Encheu de sangue todos os bosques e jardins do pas, O escravos (vares) que vinham buscar lenha para o lume s tiveram sangue para beber, Os escravos (fmeas) que vinham buscar gua s tiveram sangue para levar, "Hei-de encontrar aquele que me possui", disse ela". Mas aquele que a possuiu no foi encontrado, Porque o pai respondeu ao jovem, O pai respondeu a Shukallituda: "Filho, conserva-te junto das cidades dos teus irmos, Dirige os teus passos para junto dos teus irmos, o povo da cabea preta, A mulher (Inanna) no te encontrar no meio das terras". Ele (Shukallituda) conservou-se junto das cidades dos seus irmos, Dirigiu os seus passos para junto dos seus irmos, o povo da cabea preta, A mulher no o encontrou no meio de todas as terras. 19

Ento a mulher, por causa do seu sexo, que mal fez! Inanna, por causa do seu sexo, que fez ela! (...) FONTE: http://www.pauloliveira.com/MySiteOLD/Zigurate/Zigurates.htm

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8. Inanna cortejada

Seu irmo, o heri, o guerreiro Utu, Diz pura Inanna - minha irm, deixa que o pastor case contigo, virgem Inanna, porque no queres? A sua nata boa, o seu leite bom, O pastor, tudo o que a sua mo toca brilhante, , Inanna, deixa que o pastor Dumuzi case contigo, tu, que ests adornada com jias, porque no queres? Ele comer a sua boa nata contigo, protectora do rei, porque no queres? Eu no casarei com o pastor, Com o seu novo traje ele no me vestir, A sua fina l no me cobrir, Eu, a virgem, casarei com o lavrador, O lavrador que faz as plantas desenvolverem-se abundantemente, O lavrador que faz a semente desenvolver-se abundantemente. O Pastor: O lavrador mais do que eu, o lavrador mais do que eu, o lavrador o que tem ele mais do que eu? Enkimdu, o homem do dique, valas e arado, Mais do que eu, o lavrador, que tem ele mais do que eu? Se ele me desse o seu fato preto, Dar-lhe-ia, ao lavrador, a minha ovelha preta, Se ele me desse o seu fato branco, Dar-lhe-ia, ao lavrador, a minha ovelha branca, Se ele me servisse a sua primeira cerveja, Servir-lhe-ia, ao lavrador, o meu leite amarelo, Se ele me servisse a sua boa cerveja, Servir-lhe-ia, ao lavrador, o meu leite kisim, Se ele me servisse a sua apetitosa cerveja, Servir-lhe-ia, ao lavrador, o meu leite. Se ele me servisse a sua cerveja aguada, Servir-lhe-ia, ao lavrador, o meu leite de planta, Se ele me desse os seus bons bocados, Dar-lhe-ia, ao lavrador, o meu leite itirda, Se ele me desse o seu bom po, Dar-lhe-ia, ao lavrador, o meu queijo de mel, Se ele me desse os seus feijezinhos, Dar-lhe-ia, ao lavrador, os meus queijinhos; 21

Depois de eu ter comido, de ter bebido, Ainda lhe deixaria os sobejos da nata, Ainda lhe deixaria os sobejos do leite; Mais do que eu, o lavrador, o que tem ele mais do que eu? Disputa do Pastor e Enkimdu: Ele alegrava-se, ele alegrava-se no barro da margem do rio, ele alegrava-se, Na margem do rio, o pastor na margem do rio alegrava-se, O pastor, alm disso, conduzia os carneiros na margem do rio. Do pastor andando de um lado para o outro na margem do rio, Dele, que um pastor, se aproximou o lavrador, O lavrador Enkimdu aproximou-se. Dumuzi (...) do lavrador, o rei dos diques e valas, Na sua plancie, o pastor, na sua plancie, inicia uma disputa com ele, O pastor Dumuzi, na sua plancie, inicia uma disputa com ele. Enkimdu no quer discusses: Eu, contra ti, pastor, contra ti, pastor, contra ti o que poderei eu disputar? Deixa que os teus carneiros comam a erva da margem do rio, Nas minhas terras cultivadas deixa que os teus carneiros andem, Nos campos brilhantes de Uruk deixa-os comer a semente, Deixa que os teus cabritos e cordeiros bebam a gua do meu unun (canal). Dumuzi: -Quanto a mim, que sou um pastor, no meu casamento, Lavrador, podes ser considerado como meu amigo, Lavrador Enkimdu, como meu amigo, lavrador, como meu amigo, Que sejas considerado como meu amigo. Enkimdu: Eu trar-te-ei trigo, trar-te-ei feijes, Trar-te-ei lentilhas... Tu, donzela, seja o que for para ti Donzela Inanna, trar-te-ei (...) FONTE: http://www.pauloliveira.com/MySiteOLD/Zigurate/Zigurates.htm

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9. O encanto de Enki (A confuso das lnguas)

"Era uma vez, no havia cobras, no havia escorpies No havia hienas, no havia lees, No havia ces selvagens, no havia lobos, No havia medo nem terror, O homem no tinha rival. Era uma vez as terras Shubur e Hamazi, A Sumria de lngua harmoniosa, a grande terra das divinas leis dos principados, Uri, a grande terra que tem tudo o que prprio, A terra Martu, que descansa em segurana, O universo inteiro, o povo em unssono, A Enlil numa lngua fizeram preces. Mas ento o senhor-pai, o prncipe-pai, o rei-pai, Enki, o senhor da abundncia, cujas ordens eram confiantes Senhor da Sabedoria que vigia a terra, Senhor dos deuses, Senhor de Eridu, dotado de sabedoria Nas suas bocas trocou as palavras, instalou a discrdia, Na fala do homem que havia sido nica. O texto O Encanto de Enki faz parte do conto pico mais vasto Enmerkar e o senhor de Aratta. FONTE: http://www.pauloliveira.com/MySiteOLD/Zigurate/Zigurates.htm

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10. A descida de Inanna ao inferno

Do "Grande Superior" ela dirigiu o seu pensamento ao "Grande Inferior" A deusa, do "Grande Superior" ela dirigiu o seu pensamento ao "Grande Inferior" Inanna, do "Grande Superior" ela dirigiu o seu pensamento ao "Grande Inferior" A minha senhora abandonou o Cu, abandonou a Terra, Ao mundo inferior ela desceu, Inanna abandonou o Cu, abandonou a Terra, Ao mundo inferior ela desceu, Abandonou o poder de rei, abandonou o poder de rainha, Ao mundo inferior ela desceu. As sete leis divinas, ela as uniu a um lado, Juntou todas as leis divinas, tomou-as na mo, Todas as leis, ela p-las aos seus ps, que esperavam, A shugurra, a coroa da plancie, ela colocou-a sobre a cabea, Anis de cabelo ela ajustou na testa, A vara e a linha de medir de lpis-lazli, ela as apertou na mo, Pequenas pedras de lpis-lazli ela cingiu ao pescoo, Duas pedras nunuz gmeas ela atou ao peito, Um anel de ouro apertou na mo, O peitoral "Vem, homem, vem" atou ao peito, Com o vestido pala de rainha cobriu seu corpo, Com o unguento "Que ele venha", que ele venha" ungiu os seus olhos. Inanna caminhou para o mundo inferior, O seu vizir Ninshubur seguia a seu lado, A pura Inanna diz para Ninshubur: " tu que s o meu apoio constante, Meu vizir das palavras favorveis, Meu cavaleiro das palavras verdadeiras, Estou descendo ao mundo inferior. Quando eu tiver chegado ao mundo inferior, Solta lamentaes por mim, como nas runas, Na sala de reunio dos deuses toca o tambor por mim, Na casa dos deuses procura-me, Abaixa os teus olhos por mim, abaixa a tua boca por mim, Como um pedinte, um traje pobre veste por mim, Para o Ekur, a casa de Enlil, sozinho dirige os teus passos. Ao entrares no Ekur, a casa de Enlil, Chora perante Enlil: " pai Enlil, que a tua filha no seja ferida de morte no mundo inferior, Que o tem bom metal no se cubra da poeira do mundo inferior, Que o teu bom lpis-lazli no seja quebrado dentro da pedra do canteiro, 24

Que a caixa de madeira no seja entalhada dentro da madeira do lenhador, Que a donzela Inanna no seja condenada morte no mundo inferior". Se Enlil se no puser do teu lado, segue para Ur. Em Ur, ao entrares em casa, da terra, O Ekishnugal, a casa de Nanna, Chora perante Nanna: " pai Nanna, que a tua filha no (...) repetio da estrofe anteriorrelativa " Se Nanna no se puser do teu lado, segue para Eridu. Em Eridu, ao entrares em casa de Enki, Chora perante Enki: " pai Enki, que a tua filha no (...) repetio da estrofe anterior relativa " O pai Enki, senhor da sabedoria, Que conhece o "alimento da vida", que conhece a "gua da vida", Certamente te trar vida. Inanna desceu ao mundo inferior, Ao seu mensageiro Ninshubur ela diz: "Vai, Ninshubur, No esqueas as ordens que te dei". Quando Inanna chegou ao palcio, montanha de lpis-lazli, porta do mundo inferior, ela agiu temerariamente, No palcio do mundo inferior ela falou temerariamente: "Abre a casa, Neti, abre a casa, eu, sozinha, quero entrar". Neti, o porteiro principal do mundo inferior, Responde pura Inanna: "Diz-me, por favor, quem s!" "Eu sou a rainha do Cu, o stio onde nasce o Sol". "Se a rainha do Cu, o stio onde nasce o Sol, Diz-me porque vieste terra donde no se volta! estrada cujo viajante no mais volta, porque te conduziu o teu corao?" A pura Inanna responde-lhe: "A minha irm mais velha, Ereshkigal, Por causa do seu marido, o senhor Gugalanna, que foi assassinado, Para assistir aos ritos funerrios, (...), assim seja". Neti, o porteiro principal do mundo inferior, Entra em casa da sua rainha Ereshkigal e diz-lhe: " minha rainha, uma donzela que, como um deus (...) s sete leis divinas (...) repetio da terceira estrofe completa (...) Ento Ereshkigal mordeu a sua coxa, estava cheia de ira, E disse a Neti, o seu porteiro principal: "Vem, Neti, porteiro principal do mundo inferior, A ordem que eu te der, no a esqueas. Levanta os ferrolhos das sete portas do mundo inferior, Do seu nico palcio, Ganzir, o "rosto" do mundo inferior, abre as portas. Quando ela entrar, Subjuga-a e que seja trazida nua minha presena". Neti, o porteiro principal do mundo inferior, Escutou as palavras da sua rainha. Levantou os ferrolhos das sete portas do mundo inferior, 25

Do seu nico palcio, Ganzir, o "rosto" do mundo inferior, ele abriu as portas. "Vem, Inanna, entra". Quando ela entrou, A shugurra, a "coroa da plancie", da sua cabea foi retirada, "Por favor, que isto?" "Cala-te, Inanna, as leis do mundo inferior so perfeitas, Inanna, no desprezes os ritos do mundo inferior". Quando ela entrou na segunda porta, A vara e o fio de medir de lpis-lazli foram-lhe retirados. "Por favor, que isto?" "Cala-te, Inanna, as leis do mundo inferior so perfeitas, Inanna, no desprezes os ritos do mundo inferior". Quando ela entrou na terceira porta, As pequenas pedras de lpis-lazli foram retiradas do seu pescoo. (repetio idntica s estrofes anteriores) Quando ela entrou na quarta porta, As pedras gmeas de nunuz foram retiradas do seu peito. (repetio idntica s estrofes anteriores) Quando ela entrou na quinta porta, O anel de ouro foi retirado da sua mo. (repetio idntica s estrofes anteriores) Quando ela entrou na sexta porta, O peitoral "Vem, homem, vem" foi retirado do seu peito. (repetio idntica s estrofes anteriores) Quando ela entrou na stima porta, O vesturio pala da realeza foi retirado do seu corpo. (repetio idntica s estrofes anteriores) Subjugada, foi trazida nua perante ela. A pura Ereshkigal sentou-se no seu trono, Os Anunnaki, os sete juzes, pronunciaram perante ela o seu julgamento, Ela fixou o seu olhar sobre Inanna, o olhar da morte, Disse contra ela a palavra, palavra da ira, Pronunciou contra ela o grito, o grito da culpa, A mulher doente tornou-se um cadver, O cadver ficou pendurado num gancho. Depois de terem passado trs dias e trs noites, O seu vizir Ninshubur, O seu vizir das palavras favorveis, O seu cavaleiro das palavras verdadeiras, Soltou uma lamentao por ela, como (se faz) nas runas, Tocou por ela o tambor na sala de reunio dos deuses, Perguntou por ela na casa dos deuses, Baixou por ela os olhos, baixou por ela a boca(...), Como um pedinte, vestiu por ela um traje pobre, Ao Ekur, a casa de Enlil, sozinho, dirigiu os seus passos. Ao entrar no Ekur, a casa de Enlil, Perante Enlil ele chora: " pai Enlil, que a tua filha no seja morta no mundo inferior, Que o tem bom metal no se cubra da poeira do mundo inferior, Que o teu bom lpis-lazli no seja quebrado dentro da pedra do canteiro, 26

Que a caixa de madeira no seja destruda dentro da madeira do lenhador, Que a donzela Inanna no seja morta no mundo inferior". Como o pai Enlil no se ps a seu lado, dirigiu-se a Ur. Em Ur, ao entrar na casa da Terra, O Ekishnugal, a casa de Nanna, Perante Nanna ele chora: " pai Nanna, que a tua filha no seja morta no mundo inferior, Que o tem bom metal no se cubra da poeira do mundo inferior, Que o teu bom lpis-lazli no seja quebrado dentro da pedra do canteiro, Que a caixa de madeira no seja destruda dentro da madeira do lenhador, Que a donzela Inanna no seja morta no mundo inferior". Como o pai Nanna no se ps a seu lado, partiu para Eridu. Em Eridu, ao entrar na casa de Enki, Perante Enki ele chora: " pai Enki, que a tua filha no seja morta no mundo inferior, Que o tem bom metal no se cubra da poeira do mundo inferior, Que o teu bom lpis-lazli no seja quebrado dentro da pedra do canteiro, Que a caixa de madeira no seja destruda dentro da madeira do lenhador, Que a donzela Inanna no seja morta no mundo inferior". O pai Enki responde a Ninshubur: "O que aconteceu ento a minha filha? Estou inquieto. O que aconteceu ento a Inanna? Estou inquieto. O que aconteceu ento rainha de todas as terras? Estou inquieto. O que aconteceu ento hierodula do Cu? Estou inquieto". Ele tirou sujidade da sua unha e moldou o kurgarru Ele tirou sujidade da sua unha pintada de vermelho e moldou o kalaturru Ao kurgarru deu o "alimento da vida", Ao kalaturru deu a "gua da vida", O pai Enki disse para kalaturru e kurgarru (...) Eles os deuses do mundo inferior - oferecer-vos-o a gua do rio, no a aceitem, Oferecer-vos-o o gro do campo, no o aceitem, "D-nos o corpo pendurado do gancho", digam a ela, a Ereshkigal, Um de vs derrame sobre ela o "alimento da vida", o outro a "gua da vida", Ento Inanna erguer-se-". - O kurgarru e o kalaturru cumprem as ordens Eles oferecem-lhes a gua do rio, eles no a aceitam, Eles oferecem-lhes o gro do campo, eles no o aceitam, "D-nos o corpo pendurado do gancho", dizem a ela. A pura Ereshkigal responde ao kalaturru e ao kurgarru: "O corpo o da vossa rainha". "Apesar de o corpo ser o da nossa rainha, d-no-lo", disseram-lhe. Eles do-lhes o corpo pendurado do gancho, Um derramou sobre ela o "alimento da vida", o outro a "gua da vida". Inanna ergueu-se. Inanna est quase a ascender do mundo inferior, Os Anunnaki agarram-na dizendo: "Aquele que tenha descido ao mundo inferior jamais subir ileso do mundo inferior! Se Inanna ascender do mundo inferior, Que d algum em sua substituio". Inanna ascende do mundo inferior, 27

Os pequenos demnios como canas shukur, Os grandes demnios como canas dubban, Puseram-se ao lado dela. O que estava na sua frente, apesar de no ser um vizir, segurava na mo um ceptro, O que estava a seu lado, apesar de no ser um cavaleiro, tinha uma arma cingida cintura. Os que a acompanhavam, Os que acompanhavam Inanna, Eram seres que no conheciam alimento, que no conheciam a gua, No comiam farinha espalhada, No bebiam gua derramada, Roubavam a mulher do regao do homem, Roubavam a criana do seio da ama. Dumuzi vestiu um traje nobre, sentou-se no seu assento, Os demnios agarraram-no pelas coxas... Os sete demnios largaram-se sobre ele como se se dirigissem a um doente, Os pastores no tocaram a flauta e a gaita perante ele. Ela Inanna fixou o olhar sobre ele, o olhar da morte, Pronunciou contra ele a palavra, a palavra da ira, Soltou contra ele o grito, o grito da culpa: "Quanto a ele, levem-no". A pura Inanna entregou-lhes o pastor Dumuzi. Os que o acompanhavam, Os que acompanhavam Dumuzi, Eram seres que no conheciam o alimento, que no conheciam a gua, No comiam farinha espalhada, No bebiam gua derramada, No se acolhiam com prazer no regao da mulher, No beijavam crianas bem alimentadas, Arrancavam o filho do homem de seus joelhos, Levavam a enteada de casa do padrasto. Dumuzi chorou, seu rosto tornou-se verde, Para o Cu, para Utu deus do Sol ergueu a mo: " Utu, tu s o irmo de minha mulher, eu sou o marido de tua irm, Eu sou aquele que traz a nata a casa de tua me, Eu sou aquele que traz o leite a casa de Ningal, Transforma a minha mo na mo duma cobra (de um drago), Transforma o meu p no p de uma cobra (de um drago), Que eu escape aos meus demnios, que eles no me apanhem". FONTE: http://www.pauloliveira.com/MySiteOLD/Zigurate/Zigurates.htm

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11. Gilgamesh e a terra dos vivos

O senhor para a Terra dos Vivos dirigiu o seu pensamento, O senhor Gilgamesg para a Terra dos Vivos dirigiu o seu pensamento, Ele diz ao seu servidor Enkidu: " Enkidu, o tijolo e o selo ainda no deram origem ao fim fatal, Eu entraria na "terra", eu elevaria o meu nome, Nos lugares onde os nomes foram elevados eu elevaria o meu nome, Nos lugares onde os nomes ainda no foram elevados eu elevaria os nomes dos deuses". O seu servidor Enkidu respondeu-lhe: " meu senhor, se tu queres entrar na "terra", informa Utu, Informa Utu, o heri Utu A "terra" est a cargo de Utu, A terra dos cedros abatidos est a cargo do heri Utu informa Utu". Gilgamesh poisou as suas mos sobre um cabrito todo branco, Um cabrito castanho, uma oferenda, ele apertou contra o peito, Na sua mo colocou o basto de prata (...) Diz a Utu do Cu: " Utu, eu quereria entrar na "terra", s meu aliado, Eu quereria entrar na terra do cedro abatido, s meu aliado". Utu do Cu respondeu-lhe: " verdade que tu (...), mas o que s tu para a "terra"?" " Utu, eu quereria dizer-te uma palavra, para a minha palavra o teu ouvido, Eu f-la-ia chegar a ti, d-lhe ouvidos. Na minha cidade morre-se, oprimido est o corao, O homem perece, pesado est o corao. Eu espreitei sobre o muro, Vi os cadveres... flutuando no rio; Quanto a mim, eu terei o mesmo destino; verdadeiramente assim ser. O homem, por mais alto, no pode chegar ao Cu, O homem, por mais largo, no pode cobrir a Terra. O tijolo e o selo no decretaram ainda o fim fatal Eu quereria entrar na "terra", fixaria o meu nome, Nos lugares onde os nomes foram erguidos eu ergueria o meu nome, Nos lugares onde os nomes no foram erguidos ergueria o nome dos deuses". Utu aceitou as suas lgrimas como oferenda, Como um homem de misericrdia, mostrou-lhe misericrdia, Os sete heris, os filhos de uma me, (...) Ele trouxe para dentro das cavernas da montanha. Quem abateu o cedro agiu alegremente, O senhor Gilgamesh agiu alegremente, Na sua cidade, como um homem, ele 29

Como dois companheiros, ele "Quem tem casa, para sua casa! Quem tem me, para a sua me! Que os homens solteiros que fariam como eu, cinquenta, permaneam a meu lado". casa dos forjadores ele se dirigiu, O machado, o seu "poder de herosmo" ele ali mandou fundir. Ao jardim da plancie se dirigiu, A rvore, o salgueiro, a macieira, o buxo, a rvore ali derrubou. Os "filhos" da sua cidade que o acompanhavam colocaram-nos nas suas mos. Aps passarem as montanhas, Gilgamesh adormeceu. Enkidu tenta despert-lo. Toca-lhe, ele no se ergue, Fala-lhe, ele no responde. "Tu que ests deitado, tu que ests deitado, Gilgamesh,, senhor, filho de Kullab, por quanto tempo permanecers deitado? A "terra" escureceu, as sombras derramaram-se sobre ela, O crepsculo fez brotar a sua luz, Utu foi de cabea erguida para o seio de sua me, Ningal, Gilgamesh, por quanto tempo permanecers deitado? No deixes que os filhos da tua cidade que te acompanham Permaneam esperando por ti ao p da montanha, No permitas que a tua me que te deu o ser seja conduzida "praa" da cidade". Ele consentiu, Com a sua "palavra de herosmo" cobriu-se como um vesturio, O seu vesturio de trinta siclos que levava na mo cruzou sobre o peito, Como um touro, fixou-se na "grande terra", Encostou a boca ao solo, os seus dentes abanaram. "Pela vida de Ninsun, minha me que me deu o ser, e do puro Lugalbanda, meu pai, Possa eu tornar-me como algum que se senta, para ser admirado, nos joelhos de Ninsun, a me que me deu o ser": Uma segunda vez ele lhe diz: "Pela vida de Ninsun, minha me que me deu o ser, e do puro Lugalbanda, meu pai, At que eu tenha morto esse homem, se ele for um homem, at que o tenha morto, se ele for um deus, Os meus passos dirigidos para o campo, no os dirigirei para a cidade". O atento servidor suplicou, (...) ou a vida, Ele respondeu ao senhor: " meu senhor, tu, que nunca viste este homem, no ests aterrorizado, Eu, que vi este homem, estou aterrorizado. O guerreiro, os seus dentes so os dentes de um drago, O seu rosto, o rosto de um leo, O seu (...) o curso de gua torrencial, Da sua fronte, que devora rvores e juncos, nada escapa. meu senhor, parte para o campo, eu partirei para a cidade, Direi a tua me da tua glria, que ela te louve, Dir-lhe-ei da tua morte prxima, que ela verta lgrimas amargas. Por mim um outro no morrer, o barco carregado no se afundar, O fato de trs pregas no ser cortado, O (...) no ser submergido, O fogo no destruir a casa e a cabana. Ajudai-me e ajudar-te-ei, o que pode acontecer-nos? Vem, vamos para a frente, fix-lo-emos com os nossos olhos, Se avanarmos, 30

E se houver medo, se houver medo, f-lo arrepiar caminho, Se houver terror, se houver terror, f-lo arrepiar caminho, No teu (...), vem, vamos para a frente". Quando ainda no tinha chegado a uma distncia de 1200 ps, Huwawa, a sua casa de cedro, Fixou o seu olhar sobre ele, o olhar da morte, Inclinou a cabea sobre ele, agitou a cabea para ele, Ele prprio Gilgamesh arrancou a primeira rvore, Os filhos da sua cidade que o acompanhavam Cortaram-lhe a rama, apanharam-na, Puseram-na no sop da montanha. Depois ele prprio, tendo arrancado a stima, aproximou-se do seu quarto, Dirigiu-se para a cobra do cais do vinho na sua parede, Como algum depondo um beijo, ele esbofeteou-lhe a face. Huwawa, o seu dente abanou, a sua mo tremeu, "Eu gostaria de te dizer uma palavra, ( Utu), no conheo a me que me deu o ser, no conheo o pai que me criou, Na terra deste-me o ser, criaste-me". Ele esconjurou Gilgamesh pela vida do Cu, pela vida da Terra, pela vida do mundo inferior, Tomou-o pela mo (...). Ento o corao de Gilgamesh teve piedade, Diz ao seu servo Enkidu: " Enkidu, deixa o pssaro cativo voltar para o seu lugar, Deixa o homem cativo voltar ao seio de sua me". Enkidu responde a Gilgamesh: "O mais alto que no tem razo, Namtar (demnio da morte) o devorar, Namtar que no conhece distines. Se o pssaro cativo voltar ao seu lugar, Se o homem cativo voltar ao seio de sua me, Tu no voltars cidade da me que te deu o ser". Huwawa diz a Enkidu: "De mim, Enkidu, tu disseste-lhe mal, homem vendido (...) tu disseste-lhe mal". Quando ele assim falou, Eles cortaram-lhe o pescoo; Colocaram sobre ele (...) Trouxeram-no perante Enlil e Ninlil (...). Fonte: http://www.pauloliveira.com/MySiteOLD/Zigurate/Zigurates.htm

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12. Mito cosmognico aqutico (Artigo)

A influncia do mito cosmognico aqutico nos relatos da Criao do Mundo de Gnesis: Apontamentos sobre a viso cosmolgica dos antigos hebreus. Aristteles, em seu livro "Metafsica", faz aluso a crena de Tales de Mileto, da seguinte maneira: "Tales, o fundador de tal filosofia, diz ser gua [o princpio] ( por este motivo tambm que ele declarou que a terra est sobre gua)....". Simplcio, em seu livro "Fsica", diz a mesma coisa sobre Tales, de acordo com o livro citado: "[...] pois supuseram que a gua o princpio de tudo e afirmaram que a terra est deitada sobre ela. Os que supem um s elemento afirmam-no ilimitado em extenso, como Tales diz da gua". Desses textos, depreendem-se duas idias defendidas por Tales de Mileto, que encontram eco nas Mitologias do Oriente Prximo: 1) Os mares no foram criados; j existiam desde sempre. Essa crena se encontra refletida em vrios textos mesopotmicos, como "A Descida de Ereshkigal", que fala sobre as "guas de Mamu", que existiam antes mesmo do universo ter sido criado; 2) Que a terra, quando criada, foi criada sobre os mares, ou seja, em cima das guas. Essa crena se encontra nos textos babilnicos cujo ttulo "Encantao para o estabelecimento da casa de um deus", que traz o seguinte relato mitolgico: "Marduk montou uma jangada na superfcie da gua, formou a terra e a colocou na jangada". O prprio poema babilnico da criao, Enuma Elish, versa sobre o "caos" aqutico, Tiamat, que representava o oceano primervo. por isso que os estudiosos notaram uma correspondncia muito mais profunda do que lingstica na palavra hebraica "TEHOM", usada em Gensis 1.2 para se referir a "abismo", que denota o caos do oceano primervo. O fato que a Bblia reflete esses mesmos pensamentos pr-cientficos: 1) O Genesis afirma que "no principio Deus criou os cus e a terra". No entanto, no afirma que ele criou o mar. Sobre as guas, apenas diz que "o Esprito pairava sobre as faces das guas". Genesis 1.6 pressupe a existncia de um "Universo Aqutico", afirmando que o "firmamento" (o cu) serviu de separao para as guas. Isso notrio, porque textos judaicos como O Livro de Enoch, o Testamento dos Doze Patriarcas, etc., afirmavam que havia um "Oceano Celestial", e que o Cu foi feito pra no deix-lo inundar a terra. Foi da que veio toda a gua do Dilvio, quando Deus "abriu as janelas do cu". Se para ns, o espao sideral um conjunto de poeira estelar e vcuo, para os antigos hebreus era um imenso oceano sem fim. Logo abaixo do firmamento, o sol e as estrelas "deslizavam". dentro desse quadro que aparece a "poro seca", a terra. 2) A Bblia endossa a idia de que "a terra est estendida sobre os mares". Em Salmos 24,2 diz: "Fundou a terra sobre os mares, e sobre as correntes a estabeleceu". A palavra hebraica para "correntes" "NAHAR", que faz referncia as correntes marinhas, ou rios. A palavra terra usada aqui TEBEL, que significa "mundo em sua totalidade". Tambm usada em 2Sm 2.8 no caso das pilastras que sustentam (e suspendem) a terra sobre (acima do) 32

"nada". Salmos 136.6 diz a mesma coisa, quando afirma que: "Aquele que estendeu a terra sobre as guas". No entanto, de fato, sabemos que o planeta terra no est "estendido sobre os mares", pois a terra no uma "ilha flutuante" no formato de "disco" (como afirma Isaias 40.22: "Deus est assentado sobre o disco terrestre"). Algumas tradues bblicas da passagem de Isaias 40.22 trazem: "Redondeza da terra", dando a entender que o faz aluso ao formato esfrico da terra. No entanto, essa tradio est equivocada. A palavra hebraica usada em Isaias 40.22 para "redondeza" "HUG". Esta usada em Provrbios 8.27 se relacionando com "traar": "Quando 'TRAAVA' um circulo sobre a face do abismo". Traar um circulo sobre a face do abismo? O que isso significa?Significa que, se algum olhar 360 ao seu redor para o horizonte, ter a impresso de que a terra possui um formato de pizza. Os antigos hebreus pensavam que o oceano ("abismo") era circular, e por isso usaram essa palavra. "HUG" faz referncia a delineamentos bidimensionais. por isso que Isaias 40.22 usa essa palavra: "Deus est assentado sobre o 'DISCO TERRESTRE'" (traduo correta). Note em Provrbios 8.27 que se usa a palabra hebraica "HAQAQ" (traar) antes de "HUG" (circulo). Traamento de crculos s ocorrem em figuras bidimensionais. O interessante que todos os povos da antiguidade, principalmente logo depois da Era do Ferro, acreditavam que a terra tinha o formado de disco. O texto de J 26.7 traz a seguinte passagem: "Ele estende o norte sobre o vazio, Suspende a terra sobre o nada". A palavra hebraica usada em J 26:7 "Talah". De acordo com o Dicionrio Internacional de Teologia do Antigo Testamento, esta palavra significa "pendurar, enforcar". Is. 22.24 a usa para "estaca". Ester 7.9 a usa para "empalar". Esta palavra tambm usada em Dt 21.22 para "pendurar" o "maldito" no madeiro. "Suspender", no contexto da palavra hebraica talah, o mesmo que "levantar", "pendurar", "elevar", que implica "tirar do cho", "elevar", "segurar em cima", "no deixar cair". Logo, se a biblia afirma que a terra est "suspensa" sobre o nada, porque ela pode cair sobre esse nada. Todas as culturas tinham essa concepo de que a natureza do universo se consistia nos conceitos de cima e baixo. A terra est suspensa "acima do nada", o que o texto de J 26.7 quer dizer. Ela est elevada a altura. Ou seja, segundo J 26.7, a terra est "pendurara sobre o Nada". A viso mitolgica do universo em J 26.7 se adequa com o termo usado "Norte". Norte em hebraico nesse texto "TSAPON". De acordo com o Dicionrio Internacional de teologia do Velho testamento: "Na mitologia canania o norte era considerado o lugar de reunio dos deuses, Os deuses reuniam-se no monte tsapn" (p. 1302). Desse modo, a palavra hebraica para "norte" no texto de J faz referncia ao monte mtico Saponu. Desse modo, pode-se constatar que a cosmologia bblia se adequa perfeitamente a cosmologia pag, que fazia parte de seu contexto histrico. Outros comentaristas colocam "tsapon" como uma estrela. Logo, o texto s faz sentido em um contexto mitologico. Pois que sentido h em "estender o Norte sobre o vazio?". Os antigos egpcios, mesopotmicos e hindus tambm acreditavam que a terra estava "suspensa" sobre o "nada". Tanto egpcios como mesopotamicos acreditavam que "pilares" suspendiam a terra sobre o nada. J os hindus afirmavam que a tartaruga que levava a terra nas costas nadava sobre o "nada". A Bblia cita esses "pilares" em 1Samuel 2.8: "porque do SENHOR so os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo". A palavra terra TEBEL, que significa "mundo em sua totalidade". Tambm usada em 1Sm 2.8 no caso das pilastras que sustentam (e suspendem) a terra sobre o nada. Referncias ALMEIDA, Joo Ferreira de (trad.). Bblia: verso revista e atualizada. 2. ed. Barueri/SP: 33

Sociedade Bblica do Brasil, 1993. BRIEND, J. (org.) A Criao e o Dilvio Segundo os Textos do Oriente Mdio Antigo. 2. ed. So Paulo: Paulus, 1990. CAVALCANTE DE SOUSA, Jos. Os Pr-Socrticos. So Paulo: Ed. Abril, 1973 (Coleo Os Pensadores vol. I ). HARRIS, R. Laird, ARCHER Jr., Gleason L. e WALTKE, Bruce K., Dicionrio internacional de teologia do Antigo Testamento, So Paulo: Vida Nova, 1998. Autor: Francisco Chagas Vieira Lima Jnior

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13. Ugariti e a Bblia (Artigo)

A descoberta da literatura ugartica aumentou consideravelmente nossa compreenso do mundo pago ao qual a religio israelita foi desenvilvida. Em 1928, um campons Srio desenterrou acidentalmente um pedao de laje, no muito longe da Lataquia, na costa mediterrnea da Sria. A laje era parte de uma cmara funerria antiga. O Bureau Francs de Antiguidades, em Damasco, ficou sabendo da descoberta e as escavaes foram realizadas. Foi descoberta a Ugarit da Idade do Bronze, seus palcios, seus templos, suas obras de arte; e, o mais importante, os seus arquivos. Antes de analisar lngua de Ugarit e sua literatura, vamos delinear a histria da SriaPalestina, e ver onde Ugarit se encaixa no quadro geral. Histria srio-palestina para a criao da antiga Israel A pr-helenstica (ou seja, 332 aC) da histria Sria-Palestina muito menos compreendida do que o Egito e a Mesopotmia, no porque a alfabetizao era desconhecida, mas porque a escrita foi gravada em papiro e madeira, materiais que se deterioram rapidamente,sobretudo no clima das reas de assentamento da Sria-Palestina. Por outro lado, as civilizaes da Mesopotmia usaram os quase indestrutveis tabletes de argila de quase 3000 aC. Assim, nos deixaram um enorme nmero de contratos, cartas pessoais, picos etc. Estes documentos permitem-nos analisar assuntos to variados como a linguagem, as doenas, a inflao, mudanas tnicas, teologia e histria. No Egito, os meios de comunicao escrita tendem a ser papiro e as paredes do templo. Ambos podem sobreviver a milhares de anos. Os dados literrios do antigo Egito, embora no to amplos e variados como os da Mesopotmia, ainda so relativamente abundantes. A situao muito diferente para as sociedades letradas da Sria-Palestina, situada entre o Egito e a Mesopotmia, incluindo a antiga Israel. Na Bblia hebraica, as referncias escrita so freqentes e muitas vezes a alfabetizao um dado adquirido. A Bblia hebraica em si claramente remanescente de uma literatura muito mais ampla, contudo, todas as inscries a partir de, digamos, 1200 aC a 300 aC encontradas em Israel, provavelmente o pas mais escavado no mundo, dificilmente poderia abranger uma ou duas pginas impressas atentamente. A maior parte destas inscries foram escritas em pedaos de cermica quebrada com tinta solvel em gua, que somente a sorte salvou-as da degradao. claro, ns tambm temos a Bblia Hebraica como documento. No entanto, devemos lembrar que qualquer documento preservado, como a Bblia hebraica foi preservada, se deve ao fato de que algum grupo considera que, por qualquer motivo, ela extraordinariamente importante. Assim, para tal documento chegar ao nosso tempo, foi exigido um enorme esforo de cpia e preservao, certamente esse esforo no foi empregado aos demais documentos da poca. Alm disso, a Bblia Hebraica foi criada, editada e redigida por um longo perodo de tempo por vrios grupos e isso nos impossibilita localizar com preciso a data em que se passa a narrativa.Abaixo, acompanharemos um resumo da histria srio-palestina desde o incio da Idade do Bronze at as invases rabes. Duas grandes descontinuidades ocorreram antes da poca do rei David: 35

A queda ou destruio, no final do terceiro milnio aC, da cultura urbana do incio da Idade do Bronze. Alguns estudiosos supem que isso est relacionado a uma invaso amorita nmade ou afluxo macio da populao a partir do deserto srio. Se Abrao foi uma figura histrica, ele poderia ter feito parte desse movimento populacional. A passagem de quase todo o Oriente Mdio por vrios grupos a cerca de 1200 aC. Entre estes estavam, provavelmente, os israelitas As interrupes afetaram mais ou menos todo o Crescente Frtil, incluindo o Egito. Os primeiros israelitas surgiram, provavelmente, a coalescncia de: (a) imigrantes trazendo alguns elementos do culto de Jav, tradies egpcias e srias, e (b) grupos descontentes da canania. As primeiras povoaes israelitas estavam nas quase desocupadas regie montanhosas. Quando os israelitas se consolidaram eles comaeram seus ataques, e eventualmente destruam as cidades-estado canania. Possivelmente estes esforos foram ajudados por divises, e at mesmo rebelies, dentro da sociedade canania. O rei Davi foi capaz de absorver as restantes enclaves cananias cerca de 1000 aC. Os israelitas, assim, viveram, durante sculos, lado a lado com as falecidas cidades cananias da Idade do Bronze e suas populaes. Sntese e Sincretismo - Israel assimila cultura cananita. Como os israelitas tinham pouca experincia no governo e no tinham uma cultura superior, em um sentido literrio e artstico, eles pegaram emprestado. O reino unido de Israel sob Salomo adquiriu seu sistema administrativo e tradio da "Sabedoria" dos egpcios. A "arma fumegante" encontrada no livro bblico dos Provrbios, que provavelmente comeou como um livro de Sabedoria. Provrbios 22:17-24:22 ".. um trabalho inspirado no Egito, mais precisamente, as Instrues de Amen-em-ope. Isso pode ter sido composto j no sculo XIII aC, mas ainda estava sendo copiado sculos mais tarde, e pode muito bem ter sido estudado durante a sua formao por um escriba israelita do perodo proftico." J a cultura literria e artstica mais elevada, os israelitas adquiriram dos cananeus. O canal foi tanto os escribas, os arquitetos e artistas locais das cidades, como Jerusalm, cuja jebuseu, populao canania, permaneceu na cidade depois que se tornou a capital israelita, ou das cidades fencias do Lbano, atual canania, cuja cultura floresceu ininterrupta desde a Mdia idade do Bronze at os tempos helensticos. A adoo do sistema administrativo egpcio e seus valores culturais, podem ter conduzido a uma maior estratificao na sociedade israelita, um afastamento deliberado dos governantes de governados, a diviso do reino aps a morte de Salomo e os problemas sociais agravados denunciados por alguns dos profetas. No entanto, alguns destes processos foram simplesmente intrnsecos institucionalizao de um Estado.A interao cultural com os cananeus foi ainda mais problemtica.Os israelitas viveram face-a-face com os cananeus durante sculos. Eles falavam a mesma lngua e, de fato, grande parte da populao israelita pode ter sido cananita, por origem. Ugarit Quando o palcio real de Ugarit foi descoberto, um grande nmero de tabletes cuneiformes foram encontrados. Alguns estavam em lnguas conhecidas da Idade do Bronze. A maioria, por exemplo, Acadiano e sumrios, foram escritos no sistema de escrita conhecido como cuneiforme, que envolve centenas de diferentes sinais. No entanto, h muitos cilindros com inscries cuneiformes de um composto totalmente desconhecido, at ento, de apenas 30 sinais. Este nmero demasiado baixo para permitir que ele represente um sistema silbico e muito menos um sistema misto logogrfico-silbico, como o antigo acdio ou o moderno japons. Tal sistema tinha de ser fontico com cada sinal representando um ou dois fonemas. Este sistema de escrita era o mais antigo sistema alfabtico j descoberto! Dentro de um ano, dois pesquisadores que trabalharam de 36

forma independente tinham decifrado o alfabeto e a linguagem atravs da utilizao de algumas brilhantes suposies, dedues e muito trabalho. Estes cilindros revelaram, aos olhos incrdulos dos epgrafos, que houve uma literatura escrita a aproximadamente 1375 aC, e que tinha sua origem muito mais antiga. Essa literatura descreveu as faanhas dos deuses cananeus, conhecidos da Bblia hebraica, na forma de ciclos de grandes picos. Entre as interessantes revelaes, nas palavras de Pfeiffer:"Muitos dos sacrifcios mencionados nos textos ugarticos tm seus equivalentes idnticos aos descritos no livro Levtico. Os textos ugarticos falam dos holocaustos aos deuses, da expiao da culpa, da oferta pela expiao da alma, a Oferta do tributo, a oferta de paz, e a oferta da Lua Nova. A "oferta sem mcula" tambm aparece na literatura ugartica". Antes de discutir os pontos detalhados de comparao, podemos mencionar alguns pontos de interesse: At agora temos analisado apenas a perspectiva israelita da religio canania. Os autoreseditores, redatores da Bblia repudiavam e denunciavam a religio canania pelo fato do povo israelita ter sido atrado por ela. Pode-se imaginar o quo imprecisa uma imagem pode ficar de qualquer fenmeno cultural complexo, se a nica descrio disponvel fornecida pelos ataques virulentos da propaganda de um inimigo mortal. Hoje, a literatura ugartica nos fornece o ponto de vista dos escribas e poetas que eram defensores do culto cananeu. Isso, pela primeira vez, permite que os estudiosos possam contrastar e comparar valores morais e religiosos de israelitas e cananeus , suas cerimnias, etc. No entanto, o material ugartico no pode ser usado indiscriminadamente, porque: Ugarit foi um estado cosmopolita com muitos grupos tnicos. No podemos saber em que medida os textos religiosos refletem a cultura nativa no influenciada por culturas estrangeiras. Em contrapartida, os israelitas se estabeleceram em regies isoladas do interior de Cana, onde as influncias estrangeiras seriam mnimas. Ugarit estava mais ao norte das reas liquidadas por Israel e por isso poderia ter mantido suas tradies religiosas. Literatura Ugartica Fica evidente que o ugartico e os textos hebraicos mais antigos compartilham uma tradio literria comum. Eles usam as mesmas tcnicas poticas e at mesmo compartilham o mesmo paralelismo. Com base no estudo cuidadoso da poesia ugartica, tornou-se possvel distinguir rpido e com xito, poesias bblicas arcaicas. Assim, fica agora claro que o xodo 15, a Cano do Mar, trata-se de um poema antigo- talvez j no tempo do xodo. Quando passamos a analisar os hinos do Mar Morto, (sculo I aC ao primeiro sculo dC), no entanto, fica evidente que o antigo costume cananita das tradies poticas estava atrofiado. Ns podemos criar o cenrio que possivelmente tenha ocorrido: Os israelitas aceitavam a tradio canania potica que ento mantida na escola real de escribas; Com a destruio de Jerusalm pela Babilnia (587 aC) o conhecimento da tradio declina, e, com a conquista de Alexandre (332 aC), e as subseqentes helenizaes srio-palestina, acabam por desfigurar toda a antiga tradio. As trs principais vantagens oferecidas pela literatura ugartica so: i. Ela nos oferece uma viso independente sobre a tradio canania potica de uma forma semelhante a que foi aprovada pelos primeiros poetas de Israel. Podemos, assim, compreender alguns aspectos da poesia bblica arcaica, provavelmente melhor do que teria sido entendida desde os tempos pr-helnicos.

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ii. Gostaria de salientar, contudo, que, conhecendo a natureza original da cultura superior adotada e adaptada pelos antigos israelitas, podemos entender melhor as perspectivas religiosas radicalmente diferentes que os autores bblicos expressaram utilizando o amontoado de fraseologia da literatura canania. iii. Adquirimos o conhecimento de uma lngua cananita antiga, da qual o hebraico se desenvolveu. Isto oferece recursos lexicais para ajudar a definir palavras raras do hebraico antigo. Por David Steinberghttp://www.adath-shalom.ca/ugarit.htm

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14. Enuma Elish (Texto babilnico)

1 Quando no havia Universo, nem terra, nem peso, nem profundezas. Quando o Apsu estava sozinho, Ele, as guas doces, o iniciador da criao, e Tiamat ( donzela da vida ), as guas salgadas, e aquele que voltou para onde nasceu, seu Mummu, quando no existiam os deuses.... Quando doce e salgado estavam juntos, sem separao, Os juncos no estavam tranados, ou galhos sujavam as guas, quando os deuses no tinham nome, natureza ou futuro, ento a partir de Apsu e Tiamat, nas nuvens dele e dela, foram criados os deuses, e nas guas a terra precipitou-se, Lahmu e Lahumu foram nomeados; no eram nem bem velhos, nem bem crescidos quando Anshar e Kishar os dominaram, e as linhas do cu e da terra se estabeleceram onde os horizontes se encontram para separar o que era nuvem do que era terra. Dias seguiram dias, anos seguiram anos, At An , o cu vazio, herdeiro e conquistador, primognito de seu pai, imagem de sua prpria natureza, fez nascer Nudimud-Ea, intelecto e sabedoria maiores do que o horizonte dos cus, o mais forte de todos os de sua espcie. Discrdia rompeu entre os deuses, apesar de serem irmos, e a brigar eles comearam na barriga de Tiamat, fazendo o cu tremer, e comearam a danar; o Apsu no pode silenciar o clamor, seus modos eram ruins, altaneiros e orgulhosos. Tiamat continuava inerte at que Apsu, o pai dos deuses, chamou por seu conselheiro, Mummu: - Caro conselheiro, vem comigo at Tiamat. Eles assim o fizeram, e em frente de Tiamat eles se sentaram, falando sobre os jovens deuses, seus filhos primognitos; Apsu falou: - Os modos deles me revoltam, dia e noite, sem cessar, sofremos. Minha vontade destru-los, todos os de sua espcie, para que possamos Ter paz e dormir novamente. Quando Tiamat isto escutou, ela se sentiu atingida, e se retorceu, em solitria desolao, o corao cheio de paixo mantida em segredo. Disse Tiamat: - Por que devemos destruir os filhos que fizemos? Se os modos deles so o problema, esperemos um pouco mais. Ento Mumu aconselhou Apsu, e ele falou com maldade: Pai, destrua-os todos numa rebelio completa, e teremos calma durante o dia, e noite poderemos dormir. Quando Apsu ouviu os objetivos contra seus filhos, sua face inflamou-se com o prazer do mal; mas a Mummu ele abraou, pendurou-se ao seu pescoo, colocou-o nos seus joelhos e o beijou. Esta deciso foi conhecida por todas as crianas, a confuso tomou-os e em seguinda um grande silncio, porque estavam confusos. O deus que a fonte da sabedoria, a inteligncia brilhante que percebe e planeja, Nudimud-Ea, examinou a questo, sondou o tumulto do caos, e contra isto deliberou o artfice do universo . 39

Ele disse a palavra que encanta as guas, e este encanto caiu sobre o Apsu, que dormiu. As guas doces dormiram, Apsu dormiu, Mummu foi ento derrotado , e Apsu permaneceu inerte, sem ao. Ea ento rasgou o manto de glria flamejante e tomou sua coroa, vestindo a si mesmo com a aurola de rei. Quando Ea prendeu Apsu, ele o matou, e Mummu, o conselheiro sombrio, pegou pelo nariz, aprisionando-o. Ea derrotou seus inimigos, pisando por cima deles. Agora que seu triunfo estava completo, em profunda paz, ele descansou, em seu palcio sagrado, Ea adormeceu. Por sobre o abismo, distncia, ele construiu sua casa e templo, e ali, com toda magnificncia, ele foi viver com sua esposa Damkina . Naquela sala, no ponto das decises onde o que deve vir a ser pr-determinado, ele foi concebido, o mais sagaz, aquele que veio do poder mais absoluto em ao. No abismo profundo ele foi concebido, MARDUK foi criado no corao do Apsu, MARDUK foi criado no corao do Apsu sagrado. Ea seu pai e Damkina a ele deu luz, pai e me; ele foi amamentado pelas deusas, suas amas dotaram-no com grande poder. O corpo de Marduk era lindo; quando erguia seus olhos, luzes dele irradiavam , seu passo era majestoso, ele foi um lder desde o incio. Quando Ea o viu ele estava exultante, radiante, brilhante, porque ele era perfeito, e multiplicou seus dons divinos, para ser o primeiro e o mais alto Os membros de Marduk eram imaculados, sua forma um mistrio amedrontador alm da compreenso, com quatro olhos para viso sem limite , e quatro ouvidos que ouviam tudo, quando seus lbios se moviam, uma lngua de fogo se projetava. Membros fortes, titnicos, de p, ele ultrapassava em altura os outros deuses, to forte ele era, pois vestia a glria de dez e raios se projetavam ao seu redor . - Meu filho, meu filho, filho do sol, e sol do firmamento! Ento An criou os ventos, colocou-os nos quatro quadrantes, para que ele pudesse comandar a poeira e formar o tornado, uma tempestade para atormentar Tiamat Mas agora os outros deuses no tinham paz, atormentados pela tempestade, eles conspiraram em segredo e levaram a Tiamat a razo de suas tramas. me Tiamat, eles disseram: - Quando eles mataram Apsu, voc no se moveu, voc no fez nada para ajudar teu esposo. Agora An chamou estes ventos abominveis dos quatro quadrantes para rugir nas tuas entranhas. Quanto a ns, no podemos descansar, tal a dor. Lembra de Apsu no teu corao, teu esposo, lembra de Mummu, que foi derrotado, agora ests sozinha, desolada, e ns perdemos teu amor. Nossos olhos doem, e queremos dormir. Acorda, me, vai forra e acaba com eles como o vento! Tiamat aprovou, dizendo: - Aprovo tal conselho: faremos monstros, e os monstros e os deuses iro marchar juntos na batalha. Juntos eles marcharo com Tiamat, dia e noite furiosamente eles tramaro, prontos para a batalha, enquanto a Velha Bruxa, a primeira me, comeou a gerao dos monstros Ela soltou o vento irresistvel, ela gerou serpentes enormes com mandbulas afiadas, cheios de veneno ao invs de sangue, drages ruidosos vestidos de glria como deuses. (Quem olhasse estas coisas recebia o choque da morte, pois quando tinham estes corpos, no voltavam retrocediam). - Ela criou a Minhoca, o Drago o Monstro Mulher o Grande Leo o Cachorro Louco o Homem Escorpio a Tempestade Ruidosa Kulili Kusariqu No havia misericrdia nas armas deles, eles no fogem da batalha, pois a lei de Tiamat os une, 40

irrevogvel. Onze destes monstros ela criou, entretanto, tomando dentre os deuses o trabalhador desastrado KINGU Um dos da primeira gerao para ser seu Capito, Lder de Guerra, Lder da Assemblia, o organizador dos suprimentos para liderar a vanguarda da batalha Tal posto ela deu a Kingu quando criou a companhia, dizendo: - Agora est em tuas mos. Meu encanto ir mant-los unidos, eles devem obedecer minha vontade. s supremo, meu marido sem igual, tua palavra ir segurar as hordas rebeldes. Ela deu a ele as Tbuas do Destino e amarrou-as no peito dele: - Agora e para sempre tua palavra irrevogvel, teu julgamento a ltima palavra! Eles iro apagar o fogo e a clava vai perder sua fora! Quando Kingu recebeu tal autoridade, que anteriormente pertencia a Anu, em suas vrias naturezas, eles confirmaram a gerao de monstros. 2 Quando seus trabalhos na criao terminaram, contra seus filhos Tiamat comeou a fazer os preparativos de guerra. Estas foram as ms novas que chegaram at Ea. Quando ele soube das ms novas, Ea ficou prostrado, sentando-se em silncio at encher-se de ira. Ento ele lembrou-se dos outros deuses. Ele foi at Anshar, pai de seu pai, para relatar-lhe dos planos tramados por Tiamat. - Ela nos odeia, pai, nossa me Tiamat levantou as hordas, ela ruge com turbulncia e outros se juntaram a ela, todos os deuses a quem deste a vida. Juntos, eles esto para marchar com Tiamat, dia e noite, furiosamente eles tramam, bradando e rugindo, prontos para batalha, enquanto que a Velha Bruxa, a primeira de todas as mes, nutre uma nova gerao. Ela soltou o vento irresistvel, ela gerou serpentes enormes com mandbulas afiadas, cheios de veneno ao invs de sangue, drages ruidosos vestidos de glria como deuses. (Quem olhasse estas coisas recebia o choque da morte, pois quando tinham estes corpos, no voltavam retrocediam). - Ela criou a Minhoca, o Drago o Monstro Mulher o Grande Leo o Cachorro Louco o Homem Escorpio a Tempestade Ruidosa Kulili Kusariqu No havia misericrdia nas armas deles, eles no fogem da batalha, pois a lei de Tiamat os une, irrevogvel. Onze destes monstros ela criou, entretanto, tomando dentre os deuses o trabalhador desastrado KINGU Um dos da primeira gerao para ser seu Capito, Lder de Guerra, Lder da Assemblia, o organizador dos suprimentos para liderar a vanguarda da batalha Tal posto ela deu a Kingu quando criou a companhia, dizendo: - Agora est em tuas mos. Meu encanto ir mant-los unidos, eles devem obedecer minha vontade. s supremo, meu marido sem igual, tua palavra ir segurar as hordas rebeldes Ela deu a Kingu as Tbuas do Destino e amarrou-as no peito dele: - Agora e para sempre tua palavra irrevogvel, teu julgamento, duradouro! Eles iro apagar o fogo e a clava vai perder sua fora! Portanto Kingu recebeu tal autoridade, que anteriormente pertencia a An, em suas vrias naturezas. 41

Quando Anshar soube de como a tempestade de Tiamat estava se levanta