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SWITCH NO TRATAMENTO DE HPTEC

SWITCH NO TRATAMENTO DE HPTEC - HPTEC - Pacientes e … · pode ter várias causas, como é possível observar nesse caso. 1 Portanto, optou-se por reavaliar o paciente e decidir

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Dr. Roger Pirath RodriguesCRM-SC 10218

• Mestre em Pneumologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

• Preceptor da residência médica em Pneumologia e coordenador do ambulatório de circulação pulmonar do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Atualmente, o riociguate é o único medicamento aprovado no Brasil e no mundo para tratamento de hipertensão pulmonar tromboem-bólica crônica (HPTEC) inoperável e hipertensão pulmonar (HP) per-sistente/recorrente após trombo-endarterectomia pulmonar (TEAP). Antes disso, a conduta terapêutica para os pacientes com a doença incluía o uso de medicamentos in-dicados para tratamento de hiper-tensão arterial pulmonar (HAP).

O caso clínico apresentado a se-guir destaca os benefícios obser-vados com a troca do tratamento com inibidor da fosfodiesterase-5 (iPDE5, phosphodiesterase 5 inhibitor) para riociguate.

CASO CLÍNICO Paciente masculino, 65 anos, com dispneia progressiva e edema de membros inferiores. Foi encaminhado ao pneumologista em agosto de 2014, após investigação inicial com diagnóstico de hipertensão arterial pulmonar idiopática (HAPI). Foi submetido a tratamento com iPDE5, 20 mg, três vezes ao dia. Persistia com sintomas de dispneia e edema de membros inferiores, além de estar em classe funcional (CF) III, conforme classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O paciente relatou início súbito de dispneia e dor torácica nos 15 meses anteriores à consulta, evoluindo com piora progressiva no último ano. Ainda, informou a ocorrência de tromboembolismo pulmonar (TEP), em 1994, tendo recebido tratamento adequado na ocasião. Negou história de trombose venosa profunda (TVP).

Portador de hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM) tipo 2 e gota, em tratamento com o uso de: diltiazem 60 mg, três vezes ao dia; metformina 500 mg, três vezes ao dia; alopurinol 300 mg, uma vez ao dia; citalopram 20 mg, uma vez ao dia; e zolpidem 10 mg, uma vez ao dia. Na consulta anterior ao encaminhamento ao pneumologis-ta, foi iniciado o uso de furosemida 40 mg, uma vez ao dia, e rivaroxabana 20 mg, uma vez ao dia. Negou tabagismo, etilismo, abuso de drogas ou uso prévio de anorexígenos.

Nos exames físicos, apresentou os seguintes resultados:

frequência respiratória: 24 rpm

saturação de oxigênio (SO2) em ar ambiente: 94%

frequência cardíaca: 96 bpm

pressão arterial: 120/70 mmHg

turgência jugular: 45 graus

ausculta cardíaca: bulhas normofonéticas em ritmo regular em dois tempos, sem sopros

ausculta pulmonar: murmúrio vesicular presente, sem ruídos adventícios

abdome: flácido, sem massas palpáveis, ruídos hidroaé-reos presentes

extremidades: edema de membros inferiores bilateral (+/4), sem empastamentos

SWITCH NO TRATAMENTO DE HPTEC

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Figura 1. Imagem do exame de cintilografia pulmonar V/Q compatível com HPTEC

ventilação

perfusão

V/Q: ventilação/perfusão.

Rodrigues RP. Florianópolis, SC, 2014.

hemograma completo [sódio, potássio, transa-minases, hormônio estimulador da tireoide (TSH, thyroid-stimulating hormone) e T4 livre]: normais

função renal: levemente alterada, creatinina de 1,4 mg/dl e ureia de 60 mg/dl

sorologia para o vírus da imunodeficiência humana (HIV, human immunodeficiency vírus) e hepatites virais: não reagentes

investigação para colagenoses com fator antinu-clear (FAN), fator reumatoide, anticorpos ScI70, anticentrômero, anti-SSA/RO , anti-SSB/LA, anticorpos anti-citoplasma de neutrófilos (ANCA), proteinograma, complementos totais e anti-DNA: normais

peptídeo natriurético cerebral (BNP, brain natriuretic peptide): 127 pg/ml

ecocardiograma:

• pressão sistólica de artéria pulmonar (PSAP): 70 mmHg

• ventrículo direito (VD): 32 mm

• fração de ejeção (FE): 51%, com deficit diastólico

• ventrículo esquerdo (VE): hipocinesia difusa leve e sobrecarga de cavidades direitas

espirometria com prova broncodilatadora: dentro dos limites da normalidade

difusão de monóxido de carbono: 5,7 mmol/kPa.min (88%)

ecodoppler venoso profundo de membros infe-riores: sem sinais de trombose venosa

teste de caminhada de seis minutos (TC6M):

• distância percorrida: 433 metros, com dessaturação de 96% para 86%

• escala modificada de Borg de dispneia: 4 pontos (inicial) e 7 pontos (final)

• escala modificada de Borg de membros inferiores: 3 pontos (inicial) e 5 pontos (final)

cintilografia pulmonar de ventilação/perfusão (V/Q): presença de múltiplas falhas de enchi-mento pulmonar direito, compatíveis com HPTEC (wgura 1)

EXAMES INICIAIS

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Os resultados dos exames confirmaram o diag-nóstico de HPTEC. Quanto ao esquema de an-ticoagulação, optou-se pela troca para o uso de varfarina e pela suspensão do uso de riva-roxabana. Ademais, o diltiazem foi substituído por losartana e recomendou-se a realização de nova avaliação clínico-hemodinâmica do paciente em três meses.

Próximo da reavaliação, por conta de uma crise relacionada à gota, o paciente fez uso de anti- inflamatório não esteroide (AINE) sem prescri-ção médica, apresentando piora clínica de CF (de III para IV) e edema de membros inferiores.

CONDUTA

Figura 2. Imagem do exame de arteriografia pulmonar

Rodrigues RP. Florianópolis, SC, 2014.

Novembro de 2014

Foi hospitalizado com quadro de insuficiência cardíaca diastóli-ca (ICD) e piora de função renal, com aumento dos níveis de BNP (1.240 pg/ml). Apresentou melhora após manejo com vasodila-tadores e hidratação. Após melhora da função renal, foi realizado novo cateterismo cardíaco direito, que mostrou aumento da pres-são capilar pulmonar (20  mmHg) e piora do índice cardíaco (IC). Arteriografia pulmonar mostrou hipoperfusão difusa à direita, e segmentar em terço superior do pulmão direito (Figura 2). Ao rea-lizar coronariografia esquerda, foi revelada lesão de 50% no terço médio da artéria coronária direita, lesão de 30% proximal da coro-nária descendente anterior e lesão de 60% no início do terço mé-dio, emitindo grande ramo diagonal com lesão de 95%.

O paciente evoluiu com hipoxemia durante a internação, apresen-tando saturação recorrente abaixo de 90%, razão pela qual foi ini-ciada a oxigenoterapia. Foi feito ajuste da dose de anti-hipertensi-vos e do diurético de alça (furosemida), troca da metformina por insulina protamina neutra de Hagedorn (NPH, neutral protamine Hagedorn) para ajuste de glicemias, evoluindo com melhora da função renal. Houve também melhora da CF (III) e BNP (606 pg/ml). O paciente recebeu alta com ajuste medicamentoso e oxigenotera-pia domiciliar, além de plano de reavaliação após três meses.

Março de 2015

O paciente retornou ao consultório com CF III e nível de BNP estável (153 pg/ml). O ecocardiograma de controle apresentou resultado estável, com melhora dos tamanhos da cavidade direita e do átrio esquerdo. Com nova alta hospitalar, permaneceu em CF III e sob uso de oxigenoterapia domiciliar. Não foi realizado novo TC6M em função de o paciente sentir dores no membro inferior direito por crise de gota.

Julho de 2015

O paciente foi encaminhado para avaliação em centro especializa-do em HPTEC. Confirmou-se o diagnóstico da doença com possível indicação cirúrgica, porém a TEAP foi contraindicada tecnicamente por presença de trombos periféricos.

Janeiro e julho de 2016

O paciente teve novas pioras clínicas, com dispneia, retorno para CF IV e edema de membros inferiores. Como ele tinha ten-dência à hipotensão e já havia apresentado intolerância ao iPDE5, optou-se por não aumentar a dose. O manejo clínico foi feito com diurético e aumento da oxigenoterapia.

Após reavaliação e tratando-se de caso de HPTEC inoperável, optou-se pelo uso de riociguate, em substituição ao iPDE5.

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Início do tratamento (março de 2017)

Foi realizada titulação em doses de 1 mg, três vezes ao dia, atingindo a dose de 2,5 mg, três vezes ao dia, após dois meses.

O iPDE5 foi suspenso por 36 horas antes do início do riociguate.

O indivíduo apresentou boa tolerância ao novo medicamento, sem relatar episódios de hipotensão.

4 meses após início do tratamento

O paciente encontrava-se com melhora da CF (II) e do nível de BNP (90 pg/ml), sem edema de membros inferiores e evoluindo para a retirada da oxigenoterapia domiciliar. Optou-se por man-ter a droga prescrita.

14 meses após início do tratamento

O paciente foi submetido a nova avaliação clínico-hemodinâmica em maio de 2018, mostrando manutenção da CF (II) e melhora do nível de BNP (34 pg/ml), assim como da resistência vascular pulmonar (RVP) e do IC.

21 meses após início do tratamento

Houve interrupção da droga por falta da medicação, razão pela qual optou-se por retomar o uso do iPDE5. O paciente sofreu rápida piora para CF IV e retornou à oxigenoterapia domiciliar. O for-necimento da medicação foi regularizada após 15 dias, quando foi recomendada a reintrodução do riociguate, com a dose de 2,5 mg, três vezes ao dia. Após uma semana do reinício da medi-cação, não havia mais a necessidade de uso de oxigenoterapia e o paciente voltou a apresentar CF II, retornando à prática de caminhadas por 40 minutos, três vezes por semana.

EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO COM RIOCIGUATE

DISCUSSÃOO caso clínico apresentado demonstra a evolução de paciente portador de HPTEC, com his-tórico de TEP há 20 anos e piora clínica-funcional, mesmo em uso de iPDE5, além de exa-cerbação súbita do quadro por uso indevido de AINE. Importante ressaltar que, mesmo em pacientes com TEP já definido, mas com múltiplas comorbidades, a piora clínica-funcional pode ter várias causas, como é possível observar nesse caso.1 Portanto, optou-se por reavaliar o paciente e decidir sobre o melhor manejo somente após o ajuste terapêutico. O tratamento de escolha para HPTEC é a TEAP; porém, 37% dos pacientes podem ser inoperáveis pela pre-sença de trombos distais ou de comorbidades.2,3

Até recentemente, não havia tratamento medicamentoso disponível para HPTEC no Brasil. O rio-ciguate foi a primeira droga com indicação em bula para terapia de HPTEC inoperável ou HP persistente/recorrente após TEAP.1 Esta droga age na via do óxido nítrico (NO, nitric oxide) como estimulador da guanilato ciclase solúvel (sGC, soluble guanylate cyclase) e sensibilizador do NO endógeno do paciente, levando à vasodilatação e redução da proliferação vascular.4 Seu uso parece ser mais efetivo por não depender apenas do NO endógeno, como no caso do iPDE5.

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O estudo pivotal CHEST-15 mostrou os efeitos benéficos do riociguate no TC6M, como desfecho primário, e na CF e RVP, como desfechos secundários, além da sua segurança, resultados sustentados também no estudo de longo prazo CHEST-26.

No processo de switch, faz-se necessário um período de wash-out na suspensão do iPDE5, que pode variar de 24 a 72 horas, a depender da substância de uso prévio.7 Devido ao risco de hipotensão e à experiência prévia do Serviço, optou-se por iniciar riociguate 36 horas após a suspensão da última dose noturna do iPDE5, com boa evolução.

A boa resposta clínica, com retirada da oxigenoterapia, melhora em CF e BNP, ocorreu 4 meses após o switch da droga, persistindo com melhora em CF, BNP e hemodinâmica em 12 meses sob uso de riociguate, como mostram as Figuras 3 e 4. Essa resposta hemodinâmica foi demonstrada no estudo retrospectivo de Darocha S et al8. Já o estudo prospectivo de Yamamoto K et al 9, que avaliou 32 pacientes com HPTEC após 6 a 12 meses do switch de iPDE5 para riociguate, observou melhora em CF, BNP e pressão arterial pulmonar média (PAPm), além de adequada segurança.

Um dado interessante no caso apresentado foi que houve a interrupção da droga por motivos de dispensação do Estado, resultando em uma piora imediata da CF e retorno ao uso de oxigenoterapia, mesmo com a administração de iPDE5. Esse quadro foi prontamente revertido após adequada dispensação e reintrodução de riociguate.

Figura 3. Evolução dos valores de BNP e CF antes e após o switch para riociguate

Figura 4. Evolução do quadro clínico do paciente antes e após switch para riociguate

BNP: brain natriuretic peptide (peptídeo natriurético cerebral). CF: classe funcional. iPDE5: phosphodiesterase type 5 inhibitor (inibidor de fosfodiestarase do tipo 5). AINE: anti-inflamatório não esteroide. OMS: Organização Mundial da Saúde.

Rodrigues RP. Florianópolis, SC, 2014.

iPDE5: phosphodiesterase type 5 inhibitor (inibidor de fosfodiestarase do tipo 5). AINE: anti-inflamatório não esteroide. PAPm: pressão arterial pulmonar média. POAP: pressão de oclusão de artéria pulmonar. PAD: pressão do átrio direito. DC: débito cardíaco. IC: índice cardíaco. RVP: resistência vascular pulmonar.

Rodrigues RP. Florianópolis, SC, 2014.

08/2013início do uso de iPDE5

08/2013início do

uso de iPDE5

_

II

46

6

9

3,6

1,9

11,1

BNP (pg/ml)

CF (OMS)

PAPm (mmHg)

POAP (mmHg)

PAD (mmHg)

DC (l/min)

IC (l/min/m2)

RVP (unidades Wood)

03/2015reavaliação após ajuste terapêutico

05/201812 meses sob uso

de riociguate

153

III

34

8

8

6,8

4

3,7

11/2014piora clínica após uso de

AINE

03/2015reavaliação após

ajuste terapêutico

1.270

IV

39

12

8

3

1,7

9,3

07/20174 meses

sob uso de riociguate

90

II

08/2014 avaliação

inicial

11/2014piora clínica após

uso de AINE

127

III

48

20

18

2,63

1,4

10

08/2016nova piora

clínica-funcional

168

III

11/2014alta

hospitalar

08/2016nova piora

clínica-funcional

606

III

42

10

8

4,2

2,2

6,4

05/201812 meses

sob uso de riociguate

34

II

parâmetro

parâmetro

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CONSIDERAÇÕES FINAISEm pacientes com HPTEC inoperável e deterioração clínica, a ausência de res-posta com o uso de medicações indicadas para o tratamento de HAP e sem indicação em bula para HPTEC, como iPDE5, leva à necessidade de nova abor-dagem. Estudos com maior número de pacientes, controlados e randomizados, são necessários para a comprovação científica dos resultados já mostrados na prática clínica e nos estudos menores específicos para HPTEC.8,9

Na prática clínica, em virtude da baixa resposta dos pacientes já em uso de iPDE5, da deterioração clínica e do risco de hipotensão, é recomendável aguardar de 24 a 48 horas após a suspensão do antigo medicamento para a introdução de riociguate, controlando rigorosamente os níveis de pressão arterial sistêmica. As suspensões forçadas do uso de riociguate, concomitantes à piora clínica e à melhora do paciente após a sua reintrodução, corroboram a adequada resposta terapêutica de riociguate.

Referências:

1. Galiè N, Humbert M, Vachiery JL, et al; ESC Scientific Document Group. 2015 ESC/ERS guidelines for the diagnosis and treatment of pulmonary hypertension: the joint task force for the diagnosis and treatment of pulmonary hypertension of the European Society of Cardiology (ESC) and the European Respiratory Society (ERS): Endorsed by: Association for European Paediatric and Congenital Cardiology (AEPC), International Society for Heart and Lung Transplantation (ISHLT). Eur Heart J. 2016;37(1):67-119. 2. Mayer E, Jenkins D, Lindner J, et al. Surgical management and outcome of patients with chronic thromboembolic pulmonary hypertension: results from an international prospective registry. J Thorac Cardiovasc Surg. 2011;141(3):702-10. 3. Lang IM. Managing chronic thromboembolic pulmonary hypertension: pharmacological treatment options. Eur Respir Rev. 2009;18(111):24-8. 4. Stasch JP, Pacher P, Evgenov OV. Soluble guanylate cyclase as an emerging therapeutic target in cardiopulmonary disease. Circulation. 2011;123(20):2263-73. 5. Ghofrani HA, D’Armini AM, Grimminger F, et al; CHEST-1 Study Group. Riociguat for the treatment of chronic thromboembolic pulmonary hypertension. N Engl J Med. 2013;369(4):319-29. 6. Simonneau G, D’Armini AM, Ghofrani HA, et al. Riociguat for the treatment of chronic thromboembolic pulmonary hypertension: a long-term extension study (CHEST-2). Eur Respir J. 2015;45(5):1293-302. 7. Hoeper MM, Simonneau G, Corris PA, et al. RESPITE: switching to riociguat in pulmonary arterial hypertension patients with an inadequate response to phosphodiesterase-5 inhibitors. Eur Respir J. 2017;50(3). pii: 1602425. doi: 10.1183/13993003.02425-2016. 8. Darocha S, Banaszkiewicz M, Pietrasik A, et al. Sequential treatment with sildenafil and riociguat in patients with persistent or inoperable chronic thromboembolic pulmonary hypertension improves functional class and pulmonary hemodynamics. Int J Cardiol. 2018;269:283-8. 9. Yamamoto K, Tanabe N, Suda R, et al. Riociguat for patients with chronic thromboembolic pulmonary hypertension: usefulness of transitioning from phosphodiesterase type 5 inhibitor. Respir Investig. 2017;55(4):270-5.

ExpedienteSwitch no tratamento de HPTEC 460/22019 – maio, 2019

Produção Editorial

[email protected] www.congressesupdate.com.br

Consultoria científica Dr. Roger Pirath Rodrigues (CRM-SC 10218) Direção Magali A. Luiz Martins Coordenação e Edição Fabiane Martins (Mtb 45459) Produção Vinícius Enguel Revisão Carolina Guimarães Projeto Gráfico Vivian Luis Produção gráfica e Distribuição Bayer

É proibida a reprodução parcial ou total desta publicação sem autorização prévia da editora. O anúncio publicado nesta edição é de exclusiva responsabilidade do anunciante, assim como os conceitos emitidos em artigo assinado são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo necessariamente a opinião da editora e do patrocinador. Todos os direitos reservados à Luiz Martins Editorial Ltda.

Distribuição exclusiva à classe médica.

PP-ADE-BRA-0099-1 Maio/2019

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REFERÊNCIAS: 1. GHOFRANI HA. ET AL. N ENGL J MED 2013;369:319-29. 2. SIMONNEAU G ET AL. LANCET RESPIR MED 2016;4: 372–80.

MATERIAL DESTINADO EXCLUSIVAMENTE A PROFISSIONAIS DA SAÚDE HABILITADOS A PRESCREVER OU DISPENSAR MEDICAMENTOS. PP-ADE-BRA-0023-1

ADEMPASTM – RIOCIGUATE - USO ADULTO. REG. MS-1.7056.0107. INDICAÇÕES: HIPERTENSÃO PULMONAR TROMBOEMBÓLICA CRÔNICA (HPTEC) INOPERÁVEL OU HPTEC PERSISTENTE OU RECORRENTE APÓS TRATAMENTO CIRÚRGICO PARA MELHORAR A CAPACIDADE PARA O EXERCÍCIO E A CLASSE FUNCIONAL DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). CONTRAINDICAÇÕES: GRAVIDEZ, COADMINISTRAÇÃO COM NITRATOS OU DOADORES DE ÓXIDO NÍTRICO (COMO AMILNITRATO) E COM INIBIDORES DE FOSFODIESTERASE TIPO 5 (PDE-5), TAIS COMO SILDENAFILA, TADALAFILA E VARDENAFILA, E PACIENTES COM HIPERTENSÃO PULMONAR ASSOCIADA A PNEUMONIAS INTERSTICIAIS IDIOPÁTICAS. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: NÃO É RECOMENDADA A ADMINISTRAÇÃO DE RIOCIGUATE EM PACIENTES COM DOENÇA VENO-OCLUSIVA PULMONAR. PODE AUMENTAR O RISCO DE SANGRAMENTO GRAVE E FATAL DO TRATO RESPIRATÓRIO, QUEDA NA PRESSÃO ARTERIAL. NÃO É RECOMENDADO O USO CONCOMITANTE DE RIOCIGUATE COM POTENTES INIBIDORES DAS VÁRIAS VIAS DO CITOCROMO P450 (CYP) E INIBIDORES DA P-GP/BCRP COMO ANTIMICÓTICOS AZÓLICOS (POR EXEMPLO, CETOCONAZOL, ITRACONAZOL) OU INIBIDORES DE PROTEASE DO HIV. A SEGURANÇA E EFICÁCIA DE RIOCIGUATE NÃO FOI AVALIADA EM PACIENTES ABAIXO DE 18 ANOS; PACIENTES COM PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA < 95 MMHG NO INÍCIO DO TRATAMENTO; PACIENTES COM DISFUNÇÃO HEPÁTICA GRAVE (CHILD PUGH C); PACIENTES COM DEPURAÇÃO/CLEARANCE DE CREATININA <15ML/MIN OU EM DIÁLISE. GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: O USO DE RIOCIGUATE DURANTE A GRAVIDEZ É CONTRAINDICADO. NÃO ESTÃO DISPONÍVEIS DADOS SOBRE O USO DE RIOCIGUATE EM LACTANTES. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: A EXPOSIÇÃO DE RIOCIGUATE PODE SER AFETADA COM A ADMINISTRAÇÃO CONCOMITANTE COM INIBIDORES OU INDUTORES DO CYP, SOBRETUDO POTENTES INIBIDORES DO CYP1A1, COMO ERLOTINIBE E GEFITINIBE. NÃO É RECOMENDADO O USO CONCOMITANTE COM POTENTES INIBIDORES DAS MÚLTIPLAS VIAS DO CYP E DA P-GP/BCRP, COMO ANTIMICÓTICOS AZÓLICOS OU INIBIDORES DE PROTEASE DO HIV. É CONTRAINDICADO O USO CONCOMITANTE COM NITRATOS E/OU INIBIDORES DE PDE-5. NÃO HÁ INTERAÇÃO FARMACOCINÉTICA COM VARFARINA, ÁCIDO ACETILSALICÍLICO E ALIMENTOS. EM FUMANTES, A EXPOSIÇÃO AO RIOCIGUATE É REDUZIDA EM 50-60%. REAÇÕES ADVERSAS: AS REAÇÕES ADVERSAS MAIS COMUMENTE RELATADAS, OCORRENDO EM > 10% DOS PACIENTES EM TRATAMENTO COM RIOCIGUATE, FORAM CEFALEIA, TONTURA, DISPEPSIA, EDEMA PERIFÉRICO, NÁUSEA, DIARREIA E VÔMITO. REAÇÃO COMUM: > 1/100 A < 1/10: GASTROENTERITES, ANEMIA, PALPITAÇÕES, HIPOTENSÃO, HEMOPTISE, EPISTAXE, CONGESTÃO NASAL, GASTRITE, DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO, DISFAGIA, DORES ABDOMINAIS, CONSTIPAÇÃO, DISTENSÃO ABDOMINAL. POSOLOGIA: A DOSE INICIAL RECOMENDADA É 1,0 MG, TRÊS VEZES AO DIA POR 2 SEMANAS. OS COMPRIMIDOS DEVEM SER TOMADOS TRÊS VEZES AO DIA, CERCA DE 6 A 8 HORAS, COM OU SEM ALIMENTOS. A DOSE DEVE SER AUMENTADA EM INTERVALOS DE 2 SEMANAS EM 0,5 MG ATÉ NO MÁXIMO 2,5 MG, TRÊS VEZES AO DIA, CASO A PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA SEJA ≥ 95 MMHG E O PACIENTE NÃO TENHA SINAIS OU SINTOMAS DE HIPOTENSÃO. APÓS A FASE DE TITULAÇÃO, A DOSE INDIVIDUAL ESTABELECIDA DEVE SER MANTIDA A MENOS QUE OCORRAM SINAIS E SINTOMAS DE HIPOTENSÃO (DOSE DIÁRIA TOTAL É 7,5 MG). VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA. PARA INFORMAÇÕES COMPLETAS, VIDE BULA DO PRODUTO. ADE 2018-07-05-134.

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