SUPERFÍCIE - TERRITÓRIO:o design de superfícies como articulador de valores da paisagem urbana

do Núcleo Histórico de Triunfo-PE

Caruaru, 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE | CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE - CAA| NÚCLEO DE DESIGN - CURSO DE DESIGN

Janderson Rodrigo Bezerra de Aquino

Orientadora: Dra. Maria Teresa Lopes

OBJETIVO GERAL

Desenvolver uma coleção de estampas com referência napaisagem urbana do Núcleo Histórico de Triunfo-PE, através dosfundamentos do design de superfícies, para valorização do seupatrimônio histórico material.

ESPECÍFICOS

Mapear as fachadas dos casarios da paisagem urbana do NúcleoHistórico da cidade;

Criar um banco de dados com os elementos (cor, forma/texturae tipografia) que compõem as fachadas mapeadas;

Pensar o design como um conhecimento que articula valores àpaisagem urbana do Núcleo Histórico;

Identificar os fundamentos do design de superfícies que melhorse adéquem e aplica-los na criação de dez estampas;

Aplicar as estampas desenvolvidas em uma série de dez cartõespostais.

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JUSTIFICATIVA

Acredita-se que o design de superfícies associado ao patrimôniopaisagístico histórico de Triunfo em sua capacidade evocativa dopassado enquanto memória possibilite a imaginação e fruiçãodos sentidos ao criar novas experiências e demandas demercado.

Propõe-se criar um ordenamento dos elementos estéticospaisagísticos e históricos de forma a torna-los legíveis a umconsumo simbólico e afetivo da memória triunfense.

Este projeto propõe a transposição da expressão da linguagemarquitetônica da cidade no desenvolvimento de dez estampasde design de superfícies de forma a contribuir para a exploraçãoe difusão da sua identidade cultural.

Contribuindo para a produção científica na relação dosconhecimentos do design de superfícies – área ainda nova noBrasil, por isso, tão pouco explorada -, e da paisagem urbanacom a aplicação do Modelo de Intervenção de Design – MEID.

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1 | TRIUNFO: da origem ao Oásis do Sertão

Colonizada por religiosos franceses, italianos e alemães.

O Município está localizado no Sertão pernambucano, Vale doPajeú, a 1.004 metros de altitude e a 402 km do Recife.

A cidade possui um clima de montanha, rica em flora e fauna,com abundância de recursos hídricos, em nada se assemelhacom as características do Sertão, por isto passou a serconhecida como “Oásis do Sertão”.

Com temperaturas que variam de 15 a 6 graus nos meses defrio, a cidade é coberta pela neblina na temporada de inverno.Devido a esses atrativos o município é um dos polos turísticosmais procurados no estado de Pernambuco.

Além dos aspectos naturais, Triunfo tem uma estruturaarquitetônica aos moldes europeus, apresentada nas fachadasdas residências, centros comerciais e culturais.

LOPES D., 2008; SILVA, 2001

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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Fonte: Adaptado de Cullen (2013)

ÓTICA OU VISÃO SERIAL | LOCAL | CONTEÚDO

CULLEN, 2013

1.3 | PAISAGEM URBANA

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A paisagem se revela por uma sucessão de acontecimentos; elementos dão vida ao percurso exercendo impacto emocional. Sensações provocadas pelo espaço, despertadas pelo sentido de localização. Relaciona-se à configuração da cidade quanto aos elementos.

2 | DESIGN DE SUPERFÍCIE

RÜTHSCHILLING, 2008

SCHWARTZ, 2008

Fonte: Adaptado de Rüthschilling (2008)

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Elementos

Especialidade nova do design. É um atividade criativa e técnica que se ocupa da criação e desenvolvimento de qualidades estéticas, práticas e simbólicas. (Schwartz, 2008).

3 | METODOLOGIA

LOPES M. T., 2014;

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FASE 1

Fonte: Adaptado de Lopes M. T. (2014)

Pesquisa exploratória que gera dados qualitativos através de pesquisa de campo e iconográfica, ambos que compõem o MEID. Possibilita o diálogo e compreensão entre o pesquisador e objeto de estudo em forma de mapeamentos (visuais e discursivos).

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4 | APLICAÇÃO DO MEID

Delimitação do espaço por ruas da ZEPNH;

Detalhes e ornamentos arquitetônicos em alto e baixo relevo nas fachadas.

M1 - MAPEAMENTO ICONOGRÁFICO

Registro fotográfico de 23 ruas e 116

fachadas (+500 fotos fachadas e detalhes);

Entrevista aberta com Diana Rodrigues.

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M2 - MAPEAMENTO DOS FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM GRÁFICA

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9 grupos de cores, CMYK/RGB;

Diferenciação na vizinhança, contraste dos elementos e monocromia/branco;

Projeto ‘Tudo de Cor pra Você’ (contemporanização das fachadas no sentido de preservação).

COR

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Iniciativa socioambiental da empresa das tintas Coral com objetivo de restaurar áreas e patrimônios históricos contribuindo para a preservação com a participação da cidade na ação. 10 dez 2014.

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FORMA/TEXTURA

Vetorização;

380 elementos e ornamentos

arquitetônicos.

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TIPOGRAFIA

Industrial e letreiramento;

Nome do proprietário, prédio ou ano.

Técnica manual de confeccionar letras. (FINIZOLA et. al., 2013).

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M3 – MAPEAMENTO DE ORDEM SUBJETIVA

Preservação do passado por meio do Núcleo Histórico.

Época áurea da cana-de-açúcar, café e comercio. Eclético, Art

Nouveau e Art Déco. Importante Núcleo Histórico do estado;

Paisagem Urbana; Plano Diretor.

Plano Diretor; Híbrido de tradição e Inovação.

DISCURSO

IMAGINÁRIO

MATERIALIZAÇÃO

ESPÍRITO DO TEMPO

M4 – MAPEAMENTO SOCIAL IMPLÍCITO AO DESIGN

Reconhecer e tornar reconhecível para incentivar sua valorização;

Desenvolver condições que se transformem em benefícios a

partir da mediação entre tradição e inovação (consumo

simbólico/afetivo);

Possibilitar o rastreamento e avaliação do produto a partir dos

valores locais possibilitando um diálogo global local.

DESIGN COMO ARTICULADOR DE VALORES AO PATRIMÔNIO LOCAL

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Presença da memória visual. Pautado pelo retrato; Souto Maior. Aponta diretrizes para continuidade na paisagem. Preserva a integridade da paisagem de futuras reformas; Apropriação do tempo histórico como valorização da sua ident., fen. próprio da contemporanização que este estudo vigora. | Torna agente de conservação do patrimônio.

5 | DESENVOLVIMENTO DAS ESTAMPAS Aplicação das técnicas de repetição e repetição por

anomalia | Software Corel Draw X7 | Coleção Território

Criativo.

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Grupo 1 Grupo 2

Com referencial paisagístico. Como argumento para inovação.

MODELO DE CONSTRUÇÃO

REFERÊNCIAS

CHATAIGNIER, Gilda. Fio a fio: tecidos, moda e linguagem. Estação dasLetras, 2006.

CULLEN, G. Paisagem urbana. São Paulo: Martins Fontes, 1983.

LOPES, D. R.. Triumpho a Corte do Sertão. 2ª. ed. Santa Cruz da BaixaVerde: Gráfica Folha do Interior, 2006.

LOPES, M. T.. Rio Grande do Sul. O design de moda como diferencialinovador para o mapeamento do potencial do Pólo de confecção doAgreste pernambucano. Rio Grande do Sul: 10º Colóquio de Moda,2014. 11 p. Disponível em:<http://www.coloquiomoda.com.br/anais/anais/10-Coloquio-de-Moda_2014/ARTIGOS-DE-GT/GT02-CONSUMO-DE-MODA/GT-2-O-DESIGN-DE-MODA-COMO-DIFERENCIAL-INOVADOR-PARA-O-MAPEAMENTO.pdf>. Acesso em: 01 jun. 2015.

NÚCLEO DE DESIGN DE SUPERFÍCIE (Rio Grande Sul). UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul. Design de Superfície. 2014. Disponívelem: <http://www.nds.ufrgs.br/novo/index.html>. Acesso em: 01 jun.2015.

PEZZOLO. Dinah Bueno. Tecidos: histórias, tramas, tipos e usos. SãoPaulo, SP: Senac São Paulo, 2007.

RUBIM, Renata. Desenhando a superfície. 2ª. ed. São Paulo: EdiçõesRosari, 2005.

RÜTHSCHILLING, Evelise Anicet. Design de superfície. Porto Alegre: Ed.da UFRGS, 2008.

SCHWARTZ, Ada R.; Design de Superfície: por uma visão projetualgeométrica e tridimensional, 2008. Dissertação (Mestrado em DesenhoIndustrial) - Universidade Estadual Paulista, Bauru.

SILVA, Alcira Pereira Carvalho. Triunfo: Baixa Verde dos Meus Sonhos.Salvador: Helvécia, 2001.

OBRIGADO!