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O
Solidário
- Vida e Dignidade Humanas -
A vida e dignidade humanas são uma dádiva de Deus, criador e fonte de vida. Des-respeitar a vida é desobede-cer e afastar-se de Deus. A vida humana é o valor primordial. Só se pode pedir a verdade, a justiça, a amiza-de, etc. a quem se garante o direito de viver. Amar, defender, estimar, partilhar, servir e respeitar são, entre outros, os melho-res aliados da experiência humana de VIVER. Os códigos de leis, escritos ao longo dos tempos, foram elaborados com vista a de-fender e respeitar a fragilida-de e dignidade da vida hu-mana, tantas vezes ameaça-da. Não darei um remédio mor-tal ou um conselho que leve à sua morte. Hipócrates Não matarás. Decálogo – Bíblia Todos os seres humanos nas-cem livres e iguais em digni-dade. Declaração Universal dos Direitos Humanos A dignidade do ser humano é inviolável. Deve ser respei-tada e protegida. Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia A vida humana é inviolável. Constituição da República Portuguesa O que nos falta? A PAZ para quando ? É Natal mais uma vez. Jesus é o príncipe da Paz, deixemo-lo nascer em nós.
Rosário Virgílio
Uma partilha
Atentados contra a dignidade: A Xenofobia Xenofobia é um medo injustificado perante estranhos; é a aversão e hostili-dade relativamente a povos estrangeiros. Trata-se de um fenómeno que es-teve presente ao longo de toda a história da humanidade e que ainda é atual. A xenofobia pode manifestar-se de várias formas, envolvendo as relações e percep-ções do endogrupo em relação ao exogru-po, incluindo o medo de perda de identi-dades suspeição acerca de suas atividades, agressão e desejo de eliminar a sua presença para assegurar uma suposta pureza. A xenofobia é contra a dignidade da vida humana devido ao desejo de ex-cluir qualquer tipo de pessoa, diferente de si. A dignidade humana enquan-to direito de cada ser humano, de ser respeitado e valorizado como um in-divíduo com suas características particulares e condições, pelo simples fato de ser uma pessoa. não justifica que se atribua um valor diferente às dife-renças entre as pessoas ou grupos humanos. Ser pobre ou rico, europeu ou asiático, preto ou branco, não retira nem acrescenta dignidade ou valor às pessoas. É minha opinião que não devemos tratar nem melhor nem pior a pessoa seja ela quem for. Todos têm os seus princípios, as suas crenças ou o seu tom de pele, … Devemos lembrar-nos que ela também tem direitos como nós.
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de EMRC Isabelly Akemi Maciel Rojas nº11 9ºc.
O Terrorismo O Terrorismo consiste no uso de violência, física ou psicológica, através de ataques localizados a elementos ou instalações de um governo ou da popu-lação governada, de modo a incutir medo, pânico e, assim, obter efeitos psicológicos. Atos como o terrorismo são o contrário da dignidade humana, a violência e a morte de inocentes desrespeitam a dignidade de cada pessoa.
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de EMRC
André Carvalho 9ºA
Página 2 Solidário
«Quentinho»
Um Conto de Natal
Naquela noite tão tempestuosa e sinistra, em
que os deuses pareciam não se apiedar com o so-
frimento humano, o estranho veio ter, inusitada
e subitamente, à porta daquela casa. Vagueara
pelas ruas escuras e gélidas, desorientado e fa-
minto, enregelado e dorido, pelas amarguras da
sua penosa, embora ainda relativamente curta,
caminhada. Rumara noutro sentido mas o des-
tino, numa qualquer encruzilhada do caminho,
talhara-lhe uma direcção diversa. Sem saber co-
mo nem porquê achara-se ali. Em frente àquela
porta.
Propôs-se bater mas encontrou a porta encos-
tada. Perplexo por tamanha improvidência, en-
trou. Era uma casa modesta mas limpa e arru-
mada. Os móveis simples, gastos pelo tempo,
mas impecavelmente conservados por inúmeros
restauros e pinturas, e carinhosamente decorados
com panos de renda que escondiam uma ou ou-
tra racha que o tempo e o uso se haviam encarre-
gado de abrir. No chão de tábua corrida, recente-
mente encerado, dificilmente se distinguiria um
grão de pó. A lareira acesa, atentamente vigiada
e avivada por quem quer que por ela passasse,
dava a toda a casa um calor reconfortante que o
estranho há muito não sentia.
A mesa estava posta e uma azáfama, normal
para a época, animava os habitantes daquela ca-
sa. Era uma mãe e os seus muitos filhos. Seria
difícil contá-los, a agitação era muita. O estra-
nho aproximou-se precisamente no momento em
que a mãe ordenara que todos se sentassem. Re-
parou que, à mesa, ficara um lugar livre. A mãe,
com um olhar carinhoso e quente, estendeu a
mão indicando-lhe que se sentasse.
Fê-lo com hesitação. Incrédulo, reparou que
todos os lugares tinham o nome do seu ocupante
e que também no seu havia um cartão com o seu
nome. O prato era igual ao dos outros, com as
beiras lascadas por anos de uso mas, também o
dele, impecavelmente limpo. Era como se tives-
sem sempre estado à sua espera. Era como se o
conhecessem...
A mãe serviu a todos. Os tempos eram difí-
ceis e a casa era pobre. Com temperança mas
com equidade, a mãe rapidamente esvaziou a
parca travessa, mas não deixou nenhum dos
pratos vazios. Nem o dele...
Naquela noite gélida e parda o estranho sen-
tiu-se, pela primeira vez desde há muito tempo...
tanto que se não lembrava mais, aquecido nas
mãos gretadas, nos pés dormentes, no corpo do-
rido, na alma dolente. Estava muito quentinho
ali dentro.
Alguns olhavam-no com dúvida, outros
com brandura; outros ainda nem haviam dado
pela sua entrada! Mas nenhum lhe foi hostil,
nenhum o questionou. Alguns, eventualmente,
o fariam no seu íntimo, mas o acanhamento ou
a sobriedade certamente lhes haviam tolhido as
palavras. A mãe dirigiu-se a ele, como se de ou-
tro filho se tratasse – como se o conhecesse... e
estendeu-lhe as mãos para que despisse o casaco
sujo, encharcado e esfarrapado que trajava. Co-
mo fera ferida de morte, arreganhou os dentes e
encolheu-se num grito horrendo de dor. A mãe
estacou franzindo o sobrolho. Alguns dos filhos
afastaram-se, estranhando também aquela ma-
nifestação.
Página 3 O
(Continuação)
E porque não?
Como não estranhar?
Como poderiam eles saber que o seu mais delicado toque lhe proporcionava o mais lancinante
sofrimento?
Como adivinhariam eles que por baixo daquele casaco maltrapilho se escondia a sua carne viva
e ensanguentada, as suas costas alquebradas repletas dos vergões infligidos pelo algoz que na
sua casa entrara, a casa que também ele ajudou a construir, pedra a pedra, tijolo a tijolo, e da qual
fugira para não sucumbir, também ele, sob as ruínas em que o verdugo havia transformado o seu
lar?
Como desconfiariam eles que os seus punhos conservavam ainda, gravados a ferro e sangue,
as marcas das grilhetas que, durante tanto tempo, o confinaram?
Como suspeitariam eles de que na sua alma chorava em silêncio as memórias dos irmãos que
também lá haviam perecido às mãos do cruel tirano?
Como, se não se conheciam?
Como poderiam eles imaginar que aquele estranho já fora outrora feliz e risonho como eles,
num lar quentinho e cheio como o deles?
Como calculariam eles, uma família tão bem-afortunada, que algures no mesmo mundo, um
seu igual pudesse ter suportado semelhante perfídia, tivesse visto o seu lar ser reduzido a cinzas e
sido obrigado a mergulhar naquela noite fria para escapar à chacina?
Sentaram-se todos e jantaram. Partilharam do que havia, contaram histórias, das suas e de
outras vidas, conversaram sobre si, confessaram fraquezas, ampliaram feitos!, mas todos estive-
ram juntos, em igualdade e respeito mútuo.
E naquele ambiente tão, tão quentinho... o estranho experimentou uma sensação extraordiná-
ria!
Era como se no seu espírito, negro e acre pelas desventuras, nascesse um raio de esperança e re-
nascesse uma vontade de viver que ele temia ter já perdido para sempre. Tê-lo-ia o destino conduzi-
do à porta certa por caminhos incertos? Seria aquele o porto de abrigo que almejara?
A mãe olhou-o com candura e adopção.
Afinal sim, conheciam-se. Eram
seres do mesmo mundo, lutando
com mãos semelhantes por objectivos
comuns. Queriam torná-lo melhor,
para eles também, claro. Mas para os
que vêm, para os de amanhã, princi-
palmente. Eram iguais, lutando pela
igualdade num mundo desigual.
Sim, conheciam-se. Como o pode-
riam não fazer?
Bruno Teixeira
Natal 2006
Organização
Podes encontrar-nos em:
http:emrcpoiares.
blogspot.pt/ Alunos inscritos em EMRC
Página 4 Solidário A violência doméstica
A violência doméstica, são os atos entre pessoas residentes no mesmo núcleo doméstico, que inflijam sofrimento. Esse sofrimento pode ser: físico, psicológico, sexual e/ou eco-nómico. A violência doméstica, é uma violação da dignidade da pes-soa humana pois consiste em humilhar uma outra pessoa (na teoria de quem o agressor gos-ta) se sentir inferior a ela. Sendo que todos nós somos iguais e temos todos os mes-mos direitos, não deve haver ninguém que nos possa fazer crer que somos inferiores, di-ferentes dela. Muitas vezes a violência do-méstica, infelizmente, leva à morte da vítima, o que vai con-tra o 3º artigo da DUDH que é o «o direito à vida». Os agressores também tentam controlar a vida pessoal, priva-da da vítima o que vai contra o 12º artigo da DUDH, a saber: «o direito á privacidade». E também vai contra ao 5º arti-go «nenhuma tortura», pois a vítima, a maioria das vezes sofre maus tratos físicos. É um crime que, na minha opi-nião, deve ter uma pena pesa-da, e que se algum de nós sou-ber de alguém que seja vítima deste crime, devemos encora-jar a denunciar o agressor. ( a maioria das vezes a vítima não tem coragem, por ser ameaça-da, a denunciar o agressor. )
Trabalho realizado no âmbito
da disciplina de EMRC Rui Costeira 9ºA
É Natal… Há uma
estrela a brilhar!
Natal é deixar as trevas, e abrir as mãos para o sol. É criar a eternidade, sendo homens de verdade. Natal é quem ofere-cer, de nós mesmos o melhor. Gritar mais alto do que as armas, que é possível o amor É viver em união, o grande mistério da fé. É já hoje semear, um amanhã bem melhor .