356
Nutrire R E V I S T A D A S O C I E D A D E B R A S I L E I R A D E A L I M E N T A Ç Ã O E N U T R I Ç Ã O J O U R N A L O F T H E B R A Z I L I A N S O C I E T Y O F F O O D A N D N U T R I T I O N ISSN 1519-8928 36 SUPLEMENTO 11º CONGRESSO NACIONAL DA SBAN FORTALEZA-CE. BRASIL 20 A 23 DE JUNHO DE 2011

sociedade brasileira de alimentação e nutrição-sban

  • Upload
    vanlien

  • View
    320

  • Download
    24

Embed Size (px)

Citation preview

  • NutrireR E V I S T A D A S O C I E D A D E B R A S I L E I R A D E A L I M E N T A O E N U T R I O

    J O U R N A L O F T H E B R A Z I L I A N S O C I E T Y O F F O O D A N D N U T R I T I O N

    ISSN

    1519

    -892

    8

    36SUPLEMENTO

    11 CONGRESSONACIONAL DA SBAN

    FORTALEZA-CE. BRASIL20 A 23 DE JUNHO DE 2011

  • NUTRIRE: REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ALIMENTAO E NUTRIO

    Comisso Editorial / Editorial CommitteeClia Colli - Editor Cientfi co / Scientifi c editor

    Faculdade de Cincias Farmacuticas daUniversidade de So Paulo

    Elizabete Wenzel de Menezes - Faculdade de CinciasFarmacuticas da Universidade de So Paulo

    Fernando Salvador Moreno - Faculdade de Cincias Farmacuticas da Universidade de So Paulo

    Franco Maria Lajolo - Faculdade de CinciasFarmacuticas da Universidade de So Paulo

    Hlio Vannucchi - Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto da Universidade de So Paulo

    Conselho Editorial / Editorial Boardlvaro Oscar Campana - Faculdade de Medicina

    de Botucatu da Universidade Estadual Jlio de Mesquita Filho

    Amalia Antezana Valera - Depto de Biologia / Laboratorio de Servicos Academicos Y de Investigacion Universidad Mayor de San Simon, Facultad de Ciencias Y Tecnologia - BOLIVIA

    Anita Sachs - Universidade Federal de So Paulo / Escola Paulista de Medicina

    Dirce Maria Sigulem - Universidade Federal de So Paulo / Escola Paulista de Medicina

    Elizabeth de Souza Nascimento - Faculdade de Cincias Farmacuticas da Universidadede So Paulo

    Elizabeth Aparecida Ferraz Silva Torres - Faculdade de Sade Pblica da Universidade de So Paulo

    Emma Witting de Penna - Universidad do Chile

    Felix Reyes - Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas

    Jos Augusto de Aguiar Taddei - Universidade Federal de So Paulo / Escola Paulista de Medicina

    Jos Alfredo Gomes Aras - Faculdade de Sade Pblica da Universidade de So Paulo

    Jlio Cesar Moriguti - Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto da Universidade de So Paulo

    Jlio Tirapegui - Faculdade de CinciasFarmacuticas da Universidade de So Paulo

    Lilian Cuppari - Universidade Federal de So Paulo / Escola Paulista de Medicina

    Luiz Antonio Gioielli - Faculdade de CinciasFarmacuticas da Universidade de So Paulo

    Maria de Ftima N. Marucci - Faculdade de Sade Pblica da Universidade de So Paulo

    Maria de Lourdes Pires Bianchi- Faculdade de Cincias Farmacuticas de Ribeiro Preto da Universidade de So Paulo

    Maria Lcia Rosa Stefanini - Instituto de Sade da Secretaria da Sade de So Paulo

    Maria Sylvia de Souza Vitalle - Universidade Federal de So Paulo / Escola Paulista de Medicina

    Marina Vieira da Silva - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - ESALQ/Piracicaba da Universidade de So Paulo

    Olga Maria S. Amancio - Universidade Federal de So Paulo / Escola Paulista de Medicina

    Ralf Greiner - Federal Research Institute of Nutrition and Food - Germany

    Regina Mara Fisberg - Faculdade de Sade Pblica da Universidade de So Paulo

    Rejane Andra Ramalho - Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Rui Curi - Instituto de Cincias Biomdicas da Universidade de So Paulo

    Semiramis Martins lvares Domene - Pontifcia Universidade Catlica de Campinas

    Silvia Berlanga de Moraes Barros - Faculdade de Cincias Farmacuticas da Universidade de So Paulo

    Silvia Eloiza Priore - Universidade Federal de Viosa

    Sonia Tucunduva Philippi - Faculdade de Sade Pblica da Universidade de So Paulo

    Sophia Cornbluth Szarfarc - Faculdade de Sade Pblica da Universidade de So Paulo

    Tasso Moraes e Santos - Universidade Federal de Minas Gerais

    Thais Borges Cesar - Faculdade de Cincias Farmacuticas da Universidade Estadual Jlio de Mesquita Filho

    Tullia M. C. C. Filisetti - Faculdade de Cincias Farmacuticas da Universidade de So Paulo

    Normalizao e indexao / Normalization and indexingBibliotecria Maria Cludia Pestana

    Sociedade Brasileira de Alimentao e Nutrio reservam-se todos os direitos, inclusive os de traduo, em todos os pases signatrios da Conveno Panamericana e da Conveno Internacional sobre os direitos autorais. No nos responsabilizamos por conceitos emitidos em matria assinada e tambm no aceitamos matria paga em nosso espao editorial.Os pontos de vista, as vises polticas e as opinies aqui emitidas, tanto pelos autores como pelos anun ciantes, nem sempre refl etem a orientao desta revista.

    The SBAN reserves all rights, including translation rights, in all signatory countries of the Panamerican Copyright Convention and of the International Copyright Convention. The SBAN will not be responsable for concepts expressed in signed articles, and do not accept payed articles.The views, political views and opinions expressed here by authors or by advertisers do not always refl ect the policies or position of the Nutrire.No articles published here may be reproduced or distributed for any purpose whatsoever without theexpress written permision. Reproduction of abstractsis allowed as long as the right source is quoted.

    Revisores: Alvaro Augusto Feitosa Pereira(ingls), Benedita E. S. de Oliveira (portugus),Maria Oriana del Reyes Figueiroa (espanhol).

  • NutrireR E V I S T A D A S O C I E D A D E B R A S I L E I R A D E A L I M E N T A O E N U T R I O

    J O U R N A L O F T H E B R A Z I L I A N S O C I E T Y O F F O O D A N D N U T R I T I O N

    SOCIEDADE BRASILEIRA DE ALIMENTAO E NUTRIO-SBAN

    Nutrire: rev. Soc. Bras. Alim. Nutr.= J. Brazilian Soc. Food Nutr., So Paulo, SP, v. 36, Supl., p. 1-354, junho 2011

    ISSN 1519-8928

    11 CONGRESSO NACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRADE ALIMENTAO E NUTRIO SBAN

    20 a 23 de Junho de 2011 | Hotel Praia Centro Fortaleza CE

  • Sociedade Brasileira de Alimentao e Nutrio-SBANPublicao quadrimestral/ Published three times to the yearTiragem/Print-run:1000Impresso no Brasil/Printed in BrazilCapa: Ademar AssaokaDiagramao: Jotac Desenhos Grfi cos

    ISSN1519-8928 CDD 612.305 664.005

    permitida a reproduo de resumos com a devida citao da fonte/ Reproduction of abstracts is allowed as long as the right source is quoted.

    A Revista Nutrire indexada pelas seguintes bases de dados: CAB, Chemical Abstracts, Lilacs (Literatura Latino--Americana e do Caribe em Cincias da Sade), Peri (Esalq), Peridica e Latindex.

    Nutrire: revista da Sociedade Brasileira de Alimentao e Nutrio=Journal of the Brazilian Society of Food and Nutrition, So Paulo, SP. v.1, (1990) - So Paulo, SP: SBAN, 2000 -

    Quadrimestral. Resumos em portugus, ingls e espanhol. Continuao dos Cadernos de Nutrio, a partir do v. 19/20 (2000). A partir do v. 31 de 2006 a revista passou a ter periodicidade quadrimestral.

    1. Alimentos e alimentao Peridicos. 2. Nutrio Peridicos. I. Sociedade Brasileira de Alimentao e Nutrio-SBAN

  • Temas LivresApresentao Oral

    Concorrente ao Prmio

  • 6

    11 CONGRESSO NACIONAL DA SBAN20 a 23 de Junho de 2011 | Hotel Praia Centro Fortaleza CE

    PR-04 SOBREVIDA DE CRIANAS TRATADAS POR DESNUTRIO NUM CENTRO DE RECUPERAO NUTRICIONAL ENTRE OS ANOS DE 1994 A 2009. MARIANA FACHIM FERNANDES; ANNA CAROLINA MARCHESANO; ANA PAULA GROTTI CLEMENTE; VINCIUS MARTINS; MARIA PAULA ALBUQUERQUE; ANA LYDIA SAWAYA Instituio: Universidade Federal de So Paulo rea: NUTRIO E SADE COLETIVA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL - CONCORRENTE AO PRMIO INTRODUO Aproximadamente 32% de crianas menores de 5 anos nos pases em desenvolvimento apresentam baixa estatura para idade e 112 milhes apresentam baixo peso para idade, este, considerado o maior problema nutricional na atualidade. OBJETIVOS Construir a tbua de vida para determinar os fatores relacionados ao tempo de tratamento de crianas desnutridas num Centro de Recuperao entre os anos de 1994 e 2009. METODOLOGIA Foram avaliadas 240 crianas desnutridas de 0 a 72 meses moradoras de favelas da regio sul de So Paulo. O estado nutricional foi avaliado pelos escores z de peso para idade (P/I), estatura para idade (E/I) e ndice de massa corporal para idade (IMC/I). O desenvolvimento neuropsicomotor foi classificado segundo os marcos do desenvolvimento infantil. Para anlise dos dados, foram utilizadas tcnicas de anlise de sobrevida com tbua de vida, curvas de sobrevida de Kaplan-Meier e regresso de Cox. RESULTADOS A tbua de vida mostrou que 98% das crianas ainda permanecem desnutridas aps 6 meses de ingresso para tratamento no Centro de Recuperao e que aps 5 anos de acompanhamento no servio, esta porcentagem diminuiu para 66%, ou seja, 34% dessas crianas estavam eutrficas em termos de peso e estatura. Cerca de 70% das crianas interromperam o tratamento antes da alta por desistncia, mudana de cidade ou bairro ou por outras causas no relacionadas desnutrio. Nas anlises de Kaplan-Meier se observaram diferenas estatisticamente significativas entre as curvas de sobrevida relativas ao tempo de recuperao entre crianas com desenvolvimento neuropsicomotor adequado, atrasado e com atraso escolar (p=0.010; log-rank=9.202). Estimativas obtidas pelo modelo de Cox indicaram que crianas com idade superior a 24 meses no momento da admisso tiveram maior probabilidade de apresentarem desnutrio no final do perodo observado em aproximadamente 61% em relao a crianas mais novas de 0 a 12 meses (p=0.009). No foram encontradas diferenas significativas para sexo e grau de desnutrio. CONCLUSO A anlise de sobrevida mostrou que a idade da criana e o desenvolvimento neuropsicomotor na admisso no Centro de Recuperao Nutricional so fatores decisivos para o tempo de tratamento.

    PR-03 ASSESSORIA AOS MUNICPIOS GOIANOS NA EXECUO DO PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAO DO ESCOLAR (PNAE): UMA REALIDADE DAS UNIDADES DE ALIMENTAO E NUTRIO (UANS) ESCOLARES KARINE ANUSCA MARTINS; KNIA MACHADO DE ALMEIDA; MARIA RAQUEL HIDALGO CAMPOS; VERUSKA PRADO ALEXANDRE; ESTELAMARIS TRONCO MONEGO; LUCILENE MARIA SOUSA; SIMONI URBANO DA SILVA; SORAYA ANTNIO DE BASTOS RIBEIRO; ELIZANE MELO DE SOUZA Instituio: CECANE-FANUT-UFG rea: NUTRIO E SADE COLETIVA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL - CONCORRENTE AO PRMIO INTRODUO A ao denominada Assessoria aos Municpios realizada pelos Centros Colaboradores em Alimentao e Nutrio do Escolar (CECANEs) em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao (FNDE) leva em considerao a ltima legislao (Lei n 11.947/2009 e a Resoluo FNDE/CD n 38/2009) do Programa Nacional de Alimentao Escolar (PNAE), abordando aspectos prticos e administrativos na execuo do Programa nos estados e municpios brasileiros. Dentre as atividades desenvolvidas visando a melhora do ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) e do ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica (IDEB), esto a formao de atores sociais envolvidos no PNAE e as devidas orientaes para aprimorar e adequar a realidade das UANs escolares. OBJETIVOS Caracterizar as principais irregularidades das UANs das unidades escolares de alguns municpios goianos, em 2010. METODOLOGIA Seguiu-se a metodologia padronizada pelo FNDE, o qual enviou uma lista de municpios a partir da qual foram selecionados os dez com menor IDH e menor IDEB. O desenvolvimento da atividade envolveu desde a apresentao da proposta de assessoria tcnica, at sua execuo in loco, com formao e assessoria tcnica para aprimoramento da execuo do PNAE, incluindo as visitas s unidades escolares para avaliao das instalaes da rea de preparo de alimentos; equipamentos e utenslios; manipuladores; preparo e distribuio da alimentao; higienizao ambiental; e teste de aceitabilidade. RESULTADOS As principais irregularidades encontradas foram a inexistncia de: telas de proteo nas janelas e portas, de protetores nas lmpadas, de uniformes completos para merendeiras, de protetores nos ralos das cozinhas, de formulrios de registro de higienizao do reservatrio de gua e controle de pragas, de forros nos tetos, alimentos crus no higienizados com soluo clorada,presena de caixa de gordura dentro da cozinha, piso inadequados, desorganizao no armazenamento de alimentos, lixeiras inapropriadas na cozinha e a no aplicao do teste de aceitabilidade. CONCLUSO Para cada irregularidade foi proposta uma medida de adequao, com prazo determinado e plano de ao para resoluo dos problemas detectados. Essa atividade possibilitou diagnosticar vrias etapas de execuo do PNAE e propor medidas para aprimorar o programa, buscando melhorar a qualidade dos alimentos oferecidos aos escolares.

    PR-02 ASSOCIAES DAS CONCENTRAES SRICAS DE CIDO RICO COM AS VARIVEIS DIETTICAS, ANTROPOMTRICAS E BIOQUMICAS DE ADULTOS CLINICAMENTE SELECIONADOS PARA PROGRAMA DE MUDANA DE ESTILO DE VIDA ERICK PRADO DE OLIVEIRA; FERNANDO MORETO; RODRIGO MINORU MANDA; ROBERTO CARLOS BURINI Instituio: UNESP - Departamento de Patologia rea: NUTRIO E SADE COLETIVA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL - CONCORRENTE AO PRMIO INTRODUO O cido rico (AU) est associado com a Sndrome Metablica e seus componentes, ou seja, com fatores de risco para doenas cardiovasculares. Dessa forma, a manipulao das concentraes sricas do AU seria essencial para o tratamento e/ou preveno de algumas doenas e para isso, devemos conhecer quais so os principais fatores associado com a elevao da uricemia. OBJETIVOS Verificar quais os principais fatores associados com os maiores valores de uricemia, analisando a dieta, composio corporal e marcadores bioqumicos. METODOLOGIA Foram estudados 1075 indivduos, de ambos os sexos, com idade entre 21 e 82 anos, participantes de projeto de mudana de estilo de vida. A avaliao antropomtrica foi composta pelas medidas de peso e estatura, com posterior clculo do IMC. Tambm se aferiu a circunferncia abdominal. Massa muscular (ndice de Massa Muscular (IMM)) e % de gordura por meio da bioimpedncia. A ingesto diettica foi calculada por recordatrio de 24 horas, com posterior quantificao das pores da pirmide alimentar brasileira e ndice de Alimentao Saudvel. cido rico, glicose, triglicerdios (TG), colesterol total, uria, creatinina, gama-GT, albumina e clcio e HDL-c foram quantificados no soro (qumica seca). Protena C-reativa ultra-sensvel (PCR-US) pelo mtodo de imunoquimioluminecncia. A anlise estatstica foi realizada utilizando o programa SAS verso 9.1. Foi realizada a regresso linear (odds ratio), com intervalo de confiana (IC) de 95%, para observar a razo de chance de apresentar o AU acima do ltimo quartil ( AU > 6,5mg/dL e AU > 5mg/dL). O nvel de significncia adotado foi menor que 5%. RESULTADOS Indivduos com IMC > 25kg/m2 OR=2,28(1,13-4,6) e menor IMM OR=13,4 (5,21-34,56) apresentaram maior chance de AU elevado, mesmo aps todos os ajustes (sexo, idade, PCR, gama-gt, LDL, creatinina, uria, albumina, HDL, TG, hipertenso arterial e glicose). Com relao aos bioqumicos, elevaes de triglicerdio OR=2,62 (1,48-4,63), PCR OR=2,68 (1,04-6,89) e uria OR=2,61 (1,23-5,56) foram associados com maior chance de AU elevado (ajustado para sexo, idade, IMC, circunferncia abdominal, IMM e SM). No houve associao da dieta com o AU. CONCLUSO Os principais fatores associados com a elevao do AU so antropomtricos e bioqumicos; indicativos de hiperadiposidade (IMC), hipotrofia muscular (IMM), dficit glomerular (uria), dislipidemia (triglicerdio) e atividade inflamatria (PCR). No houve participao de componentes alimentares dentre os preditores da uricemia.

    PR-01 CONSUMO EXCESSIVO DE CARNES VERMELHAS E PROCESSADAS EM SO PAULO ALINE MARTINS CARVALHO; SORAYA S. C. SELEM; JACKELINE VENANCIO CARLOS; BARTIRA GORGULHO; REGINA MARA FISBERG; DIRCE MARIA LOBO MARCHIONI Instituio: Faculdade de Sade Pblica da USP rea: NUTRIO E SADE COLETIVA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL - CONCORRENTE AO PRMIO INTRODUO H evidncias convincentes da relao entre o consumo excessivo de carnes vermelhas e processadas e cncer. No Brasil, h poucos estudos de estimativas de consumo de tais alimentos. OBJETIVOS Estimar o consumo de carnes vermelhas e processadas segundo caractersticas sociodemogrficas de residentes do municpio de So Paulo. METODOLOGIA Estudo transversal de base populacional (n=803) realizado entre 2008 e 2009 (170 adolescentes, 344 adultos e 289 idosos). Os dados dietticos foram coletados por meio de um recordatrio alimentar de 24 horas. Foi utilizado o teste de Mann-Whitney ou Kruskal-Wallis para avaliar as diferenas das medianas de consumo entre os diferentes grupos de raa, estado civil, faixa etria, sexo, escolaridade do chefe da famlia, nmero de moradores, renda familiar per capita, hbito de fumar, prtica de atividade fsica e prtica de dieta de emagrecimento. RESULTADOS As carnes vermelhas (bovina ou suna) ou processadas (curada, salgada, defumada e com adio de conservantes) foram consumidas por 66,2% da populao estudada no dia pesquisado. Os paulistanos que relataram a ingesto desses tipos de carne, apresentaram consumo mediano de 100,0g/dia (intervalo interquartil -IIQ: 120,0g) e quase 70,0% dessas pessoas excederam a recomendao do World Cancer Research Fund para a preveno de cncer (71,4g/dia). Houve diferena estatisticamente significante no consumo segundo sexo e escolaridade do chefe da famlia. Os homens tiveram mediana de consumo 120,0g (IIQ 130,0g) em comparao a 100,0g (IIQ 107,0g) das mulheres. Os indivduos com chefe de famlia com maior escolaridade consumiam menor quantidade dessas carnes (105,0g IIQ 122,5g) em comparao aos que tinham chefe de famlia com menor escolaridade (100,0g IIQ 110,0g). No houve diferena estatstica entre raas, estado civil, faixa etria, nmero de moradores, renda familiar per capita, hbito de fumar, prtica de atividade fsica e prtica de dieta de emagrecimento. CONCLUSO Verificou-se que houve consumo excessivo de carne vermelha e processada da populao pesquisada, porm no foram observadas diferenas no consumo segundo as diversas caractersticas sociodemogrficas, mostrando que as polticas de educao devem ser planejadas visando atender a toda populao, a fim de reduzir a participao relativa desses tipos de carne na dieta.

  • 7

    11 CONGRESSO NACIONAL DA SBAN20 a 23 de Junho de 2011 | Hotel Praia Centro Fortaleza CE

    PR-08 TRATAMENTO TRMICO MELHORA A QUALIDADE PROTEICA IN VIVO DE GENTIPOS DE SORGO (SORGHUM BICOLOR L. MOENCH) BRBARA NERY-ENES; ERICA AGUIAR MORAES; VALRIA A VIEIRA QUEIROZ; ROBERT EUGENE SHAFFERT; SNIA MACHADO R RIBEIRO; HRCIA STAMPINI D MARTINO Instituio: Universidade Federal de Viosa rea: NUTRIO EXPERIMENTAL Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL - CONCORRENTE AO PRMIO INTRODUO O teor de protenas do sorgo (Sorghum bicolor (L.) Moench) corresponde a, aproximadamente, 11,3% do gro. Esta protenas so deficientes em aminocidos essenciais, e esto associadas a compostos fenlicos e cianognicos, taninos e dhurrina, respectivamente, que afetam negativamente a qualidade protica do cereal. O processamento trmico constitui um dos mtodos de processamentos que podem acarretar modificaes na estrutura das protenas e influenciar na digestibilidade e disponibilidade de aminocidos. OBJETIVOS O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade protica de farinhas de novos gentipos de sorgo cruas e submetidas ao tratamento trmico. METODOLOGIA A qualidade protica foi avaliada em ratos 48 Wistar recm-desmamados. As dietas foram baseadas na AIN-93G com o teor de protenas alterado para 9 %. Foram preparadas as dietas aprotica, de casena e as dietas testes, cujas fontes proticas foram fornecidas pelas farinhas dos gentipos BRS 305 (gros marrons, com tanino), BRS 309 (gros brancos, sem tanino, com dhurrina) e BRS 310 (gros vermelhos, sem tanino), cruas (FSC) ou submetidos ao tratamento trmico a 105oC/ 30 minutos em estufa (FSTT). Determinou-se o coeficiente de eficcia alimentar (CEA), digestibilidade verdadeira (DV), Quociente de Eficincia Protica (PER) e a Razo Protica Lquida (NPR), assim como o Escore Qumico e o Escore Qumico Corrigido pela Digestibilidade (PDCAAS) das farinhas submetidas ao tratamento trmico. RESULTADOS No houve diferena para o CEA entre os grupos experimentais (p>0.05). A FSTT do gentipo BRS 309 apresentou valores de PER e NPR superiores aos da FSC desse mesmo gentipo, ao da FSC e FSTT do BRS 305 (p 0.05), e no diferiu das FSC e FSTT do gentipo BRS 310 (p>0.05). No foi observado efeito do tratamento trmico sobre a digestibilidade verdadeira (DV) entre as FSC e FSTT dos trs gentipos (p>0.05). A lisina foi o primeiro aminocido limitante das trs FSTT. O BRS 305 FSTT apresentou o menor valor de PDCAAS (p 0.05), sendo semelhante para BRS 309 FSTT e BRS 310 FSTT (p>0.05). CONCLUSO O tratamento trmico melhorou a qualidade protica do gentipo BRS 309, no entanto, para os demais gentipos no houve diferena.

    PR-07 INGESTO DE GORDURA INFLUENCIA O EFEITO DO POLIMORFISMO DA LIPASE HEPTICA C-514T NO HDL-COLESTEROL E APOA1 EM CRIANAS EMILIA ALONSO BALTHAZAR; BETZABETH SLATER VILLAR; ROZANGELA VERLENGIA; CARLA CRISTINA ENES; SILVIA MARIA VOCI; MARIA RITA MARQUES OLIVEIRA Instituio: UNESP- Fcfar rea: NUTRIGENMICA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL - CONCORRENTE AO PRMIO INTRODUO Polimorfismos do gene da lipase heptica tm sido relacionados com a variabilidade das concentraes plasmticas de HDL-C. A variante -480T associada com o aumento da concentrao de HDL-C e pesquisadores tem verificado que esta associao tambm est ligada ao efeito da dieta em adultos OBJETIVOS O objetivo foi verificar se a presena de polimorfismo C-514T no gene da lipase heptica associa-se a efeitos da ingesto de gordura diettica sobre as concentraes plasmticas de componentes das lipoprotenas sricas em escolares de um municpio do interior do estado de So Paulo METODOLOGIA Trata-se de um estudo transversal com adolescentes freqentadores de escolas pblicas de Piracicaba- SP. O estudo pertence a primeira etapa de estudo de coorte financiado pela FAPESP (2006/ 61085-0) O clculo do tamanho da amostra foi baseado no valor da menor freqncia genotpica p=0.26, com margem de erro de 10%, com poder de 80% e com nvel de significncia de 5%. Nessas condies, o nmero mnimo estimado para a amostra foi de 210 escolares. O polimorfismo C-514T LIPC foi determinado pela anlise de PCR real time em 214 crianas saudveis, com mdia de 11 anos de idade. Informaes sobre o consumo das crianas em nutrientes foram obtidas por meio de um questionrio validado de freqncia alimentar. Foram dosados colesterol total (CT) e suas fraes, triglicrides (TG) e apolipoprotena A1 (APOA1). RESULTADOS As freqncias dos gentipos LIPC C-514T foi de 40,2% para CC, de 47,7% para CT, e 12,1% para TT. Na nalise global, nenhuma associao significativa foi encontrada entre LIPC-480T e os componetes das lipoproteinas sricas, com exceo do triglicrides. Porm quando o consumo de gordura monoinsaturada foi dividido em tercis, verificou-se que os escolares que apresentam o gentipo TT e consomem uma maior quantidade de gordura monoinsaturada (tercil 3) apresentam uma maior quantidade de HDL-C (58,1mg/dL) e APOA1 (151,2 mg/dL) em comparao aos escolares com gentipo CT (HDL-C= 45,9 mg/dL; APOA1 =132,6 mg/dL), sendo o nvel de significncia corresponte a p= 0,02 e p=0,03 para HDL-C e APOA1, respectivamente No foi verificada associao com CC, mesmo no tercil 3 de consumo de gordura monoinsaturada. CONCLUSO Os resultados mostram que a ingesto de gordura monoinsaturada modifica o efeito do polimorfismo C-514T LIPC no HDL-C e nas concentraes de APO A1 em crianas.

    PR-06 CIDOS GRAXOS INSATURADOS REDUZEM A EXPRESSSO DO GENE SLC2A4: PARTICIPAO DOS FATORES TRANSCRICIONAIS NFKAPPAB E HIF-1A ANA CLUDIA POLETTO; DANIELA TOMIE FURUYA; ROSNGELA APARECIDA DOS SANTOS; GABRIEL FORATO ANH; ALINE DAVID SILVA; RAQUEL SALDANHA CAMPEL; UBIRATAN FABRES MACHADO Instituio: Universidade de So Paulo rea: NUTRIGENMICA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL - CONCORRENTE AO PRMIO INTRODUO Introduo: O aumento nos nveis circulantes de alguns cidos graxos (AGs), pode estar relacionado com o surgimento de desordens metablicas como, reduo na sensibilidade ao da insulina em msculo esqueltico e tecido adiposo. Ambos tecidos expressam a protena transportadora de glicose GLUT4 e por isto, so considerados importantes stios de captao de glicose em resposta ao estmulo insulnico. Reduo na expresso gnica e/ou na densidade deste transportador na superfcie celular pode estar relacionada com o quadro de resistncia insulina. AGs e/ou seus metablitos bioativos podem controlar a atividade de fatores transcricionais, como: PPARs (peroxissomal proliferator activated receptors), LXR alfa (liver X receptor alpha) e/ou a expresso destes, como: SREBP (sterol regulated binding protein), NFkappaB (nuclear factor kappa B) e HIF-1a (hypoxia inducible factor - 1a). Alguns destes fatores j foram descritos como reguladores da expresso do gene SLC2A4. OBJETIVOS Objetivo: Avaliar o efeito dos AGs insaturados olico (OFA) (C18:1, n9) e linolico (C18:2, n6) (LFA) na regulao da expresso do gene SLC2A4. At o presente momento a participao dos fatores transcricionais NFkappaB e HIF-1a foi verificada. METODOLOGIA Mtodos: Clulas musculares diferenciadas pertencentes linhagem L6 foram mantidas em meio DMEM/BSA1% e expostas a diferentes concentraes dos cidos graxos OFA (12.5-400 microM) e LFA (50-400 microM), por 16h. Aps este perodo, foram coletadas amostras para avaliar a expresso protica por Western blotting, mRNA por Real time PCR e atividade de ligao por Gel shift. RESULTADOS Resultados: Reduo significativa no contedo protico e do mRNA do GLUT4 foi observada na presena de ambos os AGs estudados. Aumento na expresso do mRNA e atividade do NFkappaB foi verificada na presena de altas doses de OFA e LFA. Todavia, apenas aumento na expresso do mRNA do HIF-1a foi observada na presena de ambos AGs. CONCLUSO Concluso: O tratamento com os cidos graxos, olico e linolico reduziu a expresso do gene SLC2A4 em clulas musculares L6. At o momento, a participao do NFkappaB, mas no do HIF-1a, sugerida no controle deste mecanismo. Apoio financeiro: FAPESP 07/56091-3.

    PR-05 INVESTIGAO DA CONCENTRAO DE SELNIO E DOS COMPOSTOS FENLICOS PRESENTES NA CASTANHA-DO-BRASIL (BERTHOLLETIA EXCELSA H.B.K.) E SUA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE IN VITRO LILIANE VIANA PIRES; ANA MARA OLIVEIRA SILVA; LUCIANE LUCA ALENCAR; JOS ALEXANDRE COELHO PIMENTEL; JORGE MANCINI-FILHO; SILVIA MARIA F. COZZOLINO Instituio: Universidade de So Paulo rea: ALIMENTOS Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL - CONCORRENTE AO PRMIO INTRODUO A atividade antioxidante das nozes e de seus subprodutos tem sido avaliada, considerando que alm do seu contedo em lpides, podem ser tambm fonte de antioxidantes naturais e possurem outras atividades biolgicas e efeitos sobre a sade. A castanha-do-brasil o alimento mais rico em selnio; este mineral faz parte da enzima glutationa peroxidase, porm, pouco se conhece a respeito da presena de outros compostos com atividade sobre o sistema de defesa antioxidante. OBJETIVOS Avaliar o teor de selnio, compostos fenlicos e atividade antioxidante in vitro dos compostos presentes na castanha-do-brasil. METODOLOGIA A concentrao de selnio foi determinada pelo mtodo de espectrofotometria de absoro atmica por gerao de hidretos acoplados a cela de quartzo. Foram obtidas fraes de cidos fenlicos livres (AFL), cidos fenlicos solveis (AFS) e insolveis (AFI) da castanha desengordurada. Foi realizada a quantificao dos compostos fenlicos das fraes pelo mtodo do Folin Ciocalteau. A atividade antioxidante in vitro foi realizada pelos mtodos de inibio da peroxidao espontnea em crebro de ratos (concentraes utilizadas: 10 a 30 g de peso seco) e capacidade de varredura do radical DPPH (concentraes testadas: 2,5 a 80 g de peso seco). RESULTADOS A mdia da concentrao de selnio foi 111,10 6,26 g/g de castanha in natura. Entre as fraes, a AFL apresentou a maior quantidade de compostos fenlicos expressa em mg/g de amostra desengordurada (6,95), seguida da AFS (4,11) e AFI (1,76). No mtodo de inibio da peroxidao, as fraes AFL e AFI apresentaram elevada atividade antioxidante que foi independente das concentraes testadas obtendo o percentual de inibio que variou de 71,60 a 88,61 % e de 73,24 a 80,61 %, respectivamente. J os resultados obtidos para a AFS foi 28,40 % de inibio na menor concentrao e de 81,18 % na concentrao de 30 g. Na atividade antiradical, o comportamento dose-resposta foi observado nas trs fraes (31,93 a 93,45%; 17,50 a 48,82%; 42,68 a 91,40%, respectivamente). No entanto, a AFS apresentou menor capacidade antioxidante por este mtodo. CONCLUSO Os resultados obtidos mostram que a castanha-do-brasil, alm de ser uma boa fonte de selnio, apresenta quantidades elevadas de compostos fenlicos e expressiva atividade antioxidante por mecanismos distintos, inibindo a peroxidao lipdica em cascata e promovendo a varredura do radical DPPH. Esta atividade dependente da quantidade de compostos fenlicos e do sinergismo entre estas substncias.

  • 8

    11 CONGRESSO NACIONAL DA SBAN20 a 23 de Junho de 2011 | Hotel Praia Centro Fortaleza CE

    PR-10 EFEITOS DE DIETA CETOGNICA BASE DE LEO DE COCO NOS EPISDIOS CONVULSIVOS DE RATOS PORTADORES DE EPILEPSIA INDUZIDA POR PILOCARPINA SUZANA LIMA DE OLIVEIRA; ELISABETE MENDONA REGO; TMARA KELLY DE CASTRO GOMES; TEREZINHA DA ROCHA ATAIDE; EUCLIDES MAURCIO TRINDADE FILHO; CYRO RGO CABRAL FILHO; TACY SANTANA MACHADO; ISABELLE TENRIO MELO; JAQUELINE ALMEIDA GALVO; ELENITA MARINHO ALBUQUERQUE BAR Instituio: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS rea: NUTRIO EXPERIMENTAL Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL - CONCORRENTE AO PRMIO INTRODUO A epilepsia um dos mais freqentes e graves distrbios neurolgicos, afetando, aproximadamente, 50 milhes de pessoas no mundo, principalmente crianas. Dentre estas, 20% a 30% apresentam crises refratrias s drogas antiepilpticas existentes. Opes no-farmacolgicas para o tratamento da epilepsia refratria so oportunas, dadas as evidncias de que a freqncia das crises correlaciona-se fortemente com o prognstico da doena e de que o risco de letalidade na infncia mais alto nos pacientes intratveis. Dentre tais opes tm-se as intervenes cirrgicas, a estimulao do nervo vago e a dieta cetognica. OBJETIVOS Investigar os efeitos de dieta cetognica base de leo de coco na freqncia e na durao das crises convulsivas de ratos epilpticos. METODOLOGIA Procedeu-se induo do Status Epilepticus, em ratos Wistar, por meio de injeo intraperitoneal de pilocarpina. Aps o surgimento das crises recorrentes espontneas, os animais foram divididos em trs grupos: Controle (dieta padro), CetoTAGsoja (dieta cetognica base de leo de soja; 69,79% de lipdeos) ou CetoTAGcoco (dieta cetognica base de leo de coco; 69,79% de lipdeos). Os animais foram filmados, para registro da frequncia e da durao (seg) das crises recorrentes espontneas, por 19 dias. RESULTADOS Os animais submetidos aos tratamentos cetognicos apresentaram consumo alimentar (g) inferior, porm, consumo energtico e ganho de peso semelhantes ao grupo Controle. Os animais dos grupos experimentais no diferiram entre si quanto freqncia e durao total das crises; entretanto, os animais do grupo CetoTAGcoco tiveram menor durao mdia de crises no 19 dia, que o grupo Controle (0,000,00 contra 22,7812,95, respectivamente; p

  • Temas LivresApresentao Oral

  • 10

    11 CONGRESSO NACIONAL DA SBAN20 a 23 de Junho de 2011 | Hotel Praia Centro Fortaleza CE

    OR-004 COMPARAO ENTRE DUAS REFERNCIAS ANTROPOMTRICAS UTILIZADAS PARA ADOLESCENTES DANIELA ALVES SILVA; SYLVIA C. CASTRO FRANCESCHINI; LUCIANA F. R. SANT ANA; SILVIA ELOIZA PRIORE Instituio: Universidade Federal de Viosa rea: NUTRIO E SADE COLETIVA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO A avaliao do estado nutricional na adolescncia fundamental para identificar indivduos em risco e assim estabelecer aes de interveno. No entanto, esta prtica tem sido dificultada pela falta de consenso entre os estudos quanto referncia antropomtrica utilizada. OBJETIVOS O objetivo deste estudo foi comparar o estado nutricional avaliado por duas referncias antropomtricas. METODOLOGIA Estudo transversal, com dados secundrios de 1107 adolescentes de 10 a 18 anos, de ambos os sexos, sendo uma parte atendida em um Programa de Sade de Viosa-MG e outra participante de um projeto multicntrico com adolescentes do sexo feminino, no qual esta cidade esteve envolvida. A partir dos dados de peso (kg) e estatura (m) calculou-se o ndice de massa corporal (IMC) e procedeu-se a classificao do estado nutricional pelas referncias Center for Disease Control and Prevention National Center for Health Statistics modificado (CDC/NCHS, 2000) e World Health Organization (WHO, 2007). Indivduos que apresentaram IMC >p85 foram agrupados em excesso de peso. A anlise dos dados foi realizada nos programas Antroplus e Epi Info verso 6.04. Utilizou-se a estatstica Kappa, considerando de 0,81 a 1,00, concordncia tima; de 0,61 a 0,80, boa; de 0,41 a 0,60, regular; de 0,21a 0,40, ruim e menor que 0,20, pssima, sendo o nvel de significncia de p1. RESULTADOS Em cada sexo, os primeiros 5 componentes explicaram aproximadamente 50% da variao total da alimentao dos jovens estudados. O padro derivado do componente 1 explica em torno de 14% da variabilidade alimentar em ambos os sexos e caracterizado pelo maior consumo de lanches tipo fastfood, frituras, uso de instantneos/congelados e refrigerantes. J o componente 2 - caracterizado pelo consumo de verduras/legumes, frutas, leites/derivados, carnes e baixa ingesto de refrigerantes - traduz em torno de 12% da variabilidade alimentar da amostra. O padro alimentar descrito pelo componente 3 caracterizado, em homens, pelo baixo consumo de refrigerante e doces, porm com elevado consumo de sucos de pacote e instantneos/ congelados e, no sexo feminino, pelo baixo consumo de sucos de pacote e carnes e elevado consumo de frutas, verduras/legumes, refrigerantes e lanches tipo fast food. O componente 3 explica 9% da variabilidade alimentar em homens e 7% em mulheres. CONCLUSO O padro alimentar caracterizado pelo elevado consumo de alimentos ultraprocessados 1,2 vez mais frequente que aquele caracterizado pelo consumo de alimentos mais saudveis e frescos entre os jovens estudados. No houve diferena significante entre os padres alimentares praticados por homens e mulheres.

    OR-002 QUALIDADE DA DIETA DE JOVENS TRABALHADORES NO MUNICPIO DE SO PAULO BARTIRA MENDES GORGULHO; DIRCE MARIA LOBO MARCHIONI; JOSIANE STELUTI; ADRIANA BAILAN DA CONCEIO; MARINA MUSSI; ROBERTA NAGAI; ROBERTO JUN MATSUMURA; ANDREA APARECIDA DA LUZ; FRIDA MARINA FISCHER Instituio: Faculdade de Sade Pblica rea: NUTRIO E SADE COLETIVA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO A Organizao Mundial da Sade considera jovens os indivduos com idade entre 15 e 24 anos, fase caracterizada pela adoo de estilos de vida que podem contribuir para o desenvolvimento de doenas crnicas no transmissveis. OBJETIVOS Avaliar a qualidade da dieta de jovens universitrios trabalhadores. METODOLOGIA Avaliou-se a qualidade da dieta de 43 universitrios com idade entre 18 e 25 anos que possuam atividade laborativa sistemtica, remunerada ou no, de no mnimo 6 horas dirias, 5 dias por semana. Os jovens, alunos do perodo noturno de uma faculdade pblica no municpio de So Paulo, receberam explicaes sobre os objetivos da pesquisa e assinaram um Termo de Consentimento livre e esclarecido. Para a coleta de dados dietticos aplicou-se um registro alimentar de sete dias, abrangendo todos os dias da semana. A estimativa do consumo de alimentos e ingesto de nutrientes foi realizada no software Nutrition Data System for Research. A seguir, calculou-se o ndice de Qualidade da Dieta Revisado (IQD-R), que formado por 12 componentes expressos em densidade energtica ou percentual calrico da dieta e que avaliam a dieta de acordo com as recomendaes do Guia Alimentar para a Populao Brasileira, pontuando de 0 a 100. Os componentes: frutas totais; frutas integrais; vegetais totais; vegetais verdes escuros, alaranjados e leguminosas; cereais totais; cereais integrais, pontuam de 0 a 5. Os componentes: leite e derivados; carnes, ovos e leguminosas; leos; gordura saturada e sdio pontuam de 0 a 10, e o ltimo componente, calorias provenientes da gordura slida, lcool e acar de adio, pontuam de 0 a 20. RESULTADOS A pontuao mdia do IQD-R foi 53.47.8. Os escores observados foram: 4.80.5 para cereais totais; 0.72.0 para cereais integrais; 4.80.5 para vegetais verdes escuros, alaranjados e leguminosas; 5,00.0 para vegetais totais; 2.32.1 para frutas totais; 0.10.1 para frutas integrais; 6.62.1 para leite e derivados; 9.90.3 para carnes, ovos e leguminosas; 10.00.0 para leos; 4.32.8 para gordura saturada; 0.10.08 para sdio; e 5.14.3 para calorias provenientes da gordura slida, lcool e acar de adio. CONCLUSO A pontuao media do IQD-R foi baixa indicando que a qualidade da alimentao poderia melhorar pelo aumento do consumo de frutas e cereais integrais e diminuio dos alimentos ricos em sdio e acar. A melhoria da qualidade da dieta deste grupo, visando reduzir o risco de desenvolvimento de doenas crnicas no transmissveis, deve ser estimulada.

    OR-001 O MODELO TRANSTEORTICO APLICADO AO COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE ADOLESCENTES DE ESCOLAS PBLICAS DIANA BARBOSA CUNHA; BRBARA S. N. SOUZA; ROSELY SICHIERI Instituio: Instituto de Medicina Social - UERJ rea: NUTRIO E SADE COLETIVA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO Freqentemente, observa-se alta prevalncia de inadequao do consumo de alimentos entre adolescentes, o que favorece a ocorrncia de desvios nutricionais. O reconhecimento da necessidade de modificao no comportamento alimentar um importante fator a ser considerado no delineamento de orientaes para este grupo etrio. OBJETIVOS Identificar os estgios de motivao para mudana do comportamento alimentar de adolescentes segundo o estado nutricional e a freqncia de consumo de frutas, bebidas adoadas e biscoitos. METODOLOGIA Na linha de base de um ensaio comunitrio randomizado por conglomerados, conduzido em 20 escolas pblicas, 478 alunos do 5 ano do ensino fundamental responderam uma questo sobre estgios de motivao para mudana do comportamento alimentar. A questo com cinco opes contemplou os cinco estgios (pr-contemplao, contemplao, deciso, ao e manuteno) do modelo transteortico. O diagnstico do estado nutricional foi realizado de acordo com os critrios recomendados pela Organizao Mundial da Sade (2007), e categorizado em: com e sem excesso de peso. O ponto de corte utilizado para o consumo de biscoitos e bebidas adoadas foi duas vezes por semana e o de frutas uma vez por dia. RESULTADOS Observou-se prevalncia de 27% de excesso de peso. Mais da metade dos adolescentes (52%) encontrava-se na fase de pr-contemplao, ou seja, no pensavam em mudar sua alimentao. Dentre os adolescentes sem excesso de peso, 58% se encontravam na fase de pr-contemplao. Dos 11% que se encontravam na fase de manuteno (j modificaram seus hbitos alimentares, e com sucesso), a maioria apresentou consumo mais freqente de bebidas adoadas e biscoitos e menos freqente de frutas, quando comparados aos que se encontravam na fase de pr-contemplao. Em relao aos estudantes com excesso de peso, 39% se encontravam na fase de pr-contemplao e 7% na fase de manuteno; a freqncia de consumo de bebidas adoadas e biscoitos foi menor e a de frutas foi maior dentre os que se encontravam na fase de manuteno. CONCLUSO Os indivduos com excesso de peso que se encontravam em fase de manuteno relataram consumo alimentar condizente com as recomendaes e guias nutricionais. Contudo, a percepo errnea quanto s caractersticas de uma dieta saudvel entre os indivduos sem excesso de peso merece ateno na formulao de estratgias de estmulo de prticas alimentares saudveis.

  • 11

    11 CONGRESSO NACIONAL DA SBAN20 a 23 de Junho de 2011 | Hotel Praia Centro Fortaleza CE

    OR-008 INSATISFAO COM A IMAGEM CORPORAL COMO FATOR DE RISCO PARA TRANSTORNOS ALIMENTARES. EM ADOLESCENTES ESTUDANTES DE ESCOLAS PBLICAS E PRIVADAS GLORIA VALERIA DA VEIGA; JULIA BENITES S DE AZEVEDO; MILENA MIRANDA DE MORAES; VVIANE SCHULTZ STRAATAMANN; MARA LIMA DE CNOP; ANELISE BEZERRA V DE MORAES Instituio: Universidade Federal do Rio de Janeiro rea: NUTRIO E SADE COLETIVA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO A insatisfao com a imagem corporal (IC), muitas vezes gerada pela necessidade de aceitao e pela influncia da mdia para obteno de um corpo magro, pode constituir em risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares (TA) em adolescentes. OBJETIVOS Verificar a associao entre insatisfao com a IC e comportamento de risco para o desenvolvimento de TA em adolescentes estudantes de escolas pblicas (EPU) e privadas (EPR) METODOLOGIA Foram analisados dados de 1.020 estudantes do 1 ano do Ensino, Mdio, de 12 e 19 anos, de duas EPU (n = 513) e quatro EPR (n = 507), os quais participaram de um projeto mais amplo intitulado Estudo Longitudinal de Avaliao Nutricional de Adolescentes Projeto ELANA. Foi aplicado um questionrio simplificado a fim de investigar a freqncia, ao menos, uma vez por semana, de comportamento de risco para TA, tais como episdios de compulso alimentar (CA), dietas restritivas ou jejum (DR), uso de diurticos, de laxantes e auto-induo de vmito, A insatisfao com a IC foi avaliada com base em uma escala composta por um conjunto de 9 silhuetas que variam desde a extrema magreza at a extrema obesidade, considerando-se insatisfao quando a silhueta assinalada como a desejada era maior ou menor do que a considerada a atual. As frequncias foram comparadas pelo teste qui-quadrado, aceitando-se p < 0,05 para significncia estatstica. RESULTADOS Cerca de 40% dos adolescentes em ambos os tipos de escolas tinham, ao menos, um comportamento de risco para TA e os mais freqentes foram CA (27,9% na EPU e 26,6% na EPR (p >.0,05) e dietas restritivas (14,8% na EPU e 17,8% na EPR p > 0,05). A insatisfao com a IC foi verificada em cerca de 75% dos adolescentes em ambos os tipos de escolas. Nas EPU no se verificou associao entre estar insatisfeito com a imagem corporal e presena de comportamentos de risco para TA, mas nas EPR a prevalncia de dietas restritivas foi 2,3 vezes maior nos insatisfeitos com a imagem corporal (p < 0,01) quando comparados com os satisfeitos CONCLUSO A presena de insatisfao com a imagem corporal e de comportamentos de risco para TA foi elevada em ambos os tipos de escolas, mas a insatisfao com o prprio corpo s implicou em risco para TA nos adolescentes das EPR. para os quais devem ser intensificadas medidas de interveno que incentivem a aceitao da imagem corporal como forma de prevenir TA e as conseqncias deletrias destes transtornos

    OR-007 A COMPOSIO CORPORAL DE MES ADOLESCENTES INFLUENCIA A COMPOSIO CORPORAL DE SEUS BEBS NO PRIMEIRO MS PS-PARTO ELAINE PEREIRA REZENDE; MARIA EDUARDA LEO DIGENES; CARMEN MARINO DONANGELO; FLVIA FIORUCI BEZERRA Instituio: Universidade do Estado do Rio de Janeiro rea: NUTRIO E SADE COLETIVA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO A determinao precoce da composio corporal vem sendo considerada um importante instrumento na avaliao da qualidade do crescimento infantil. Diversos fatores potencialmente associados composio corporal de bebs precisam ser investigados e podem contribuir para uma melhor adequao da conduta nutricional neste perodo. OBJETIVOS Investigar associaes entre a composio corporal de mes adolescentes (12 a 19 anos, n=34) e a composio corporal de seus bebs no primeiro ms ps-parto. METODOLOGIA As participantes do estudo eram todas primparas e em amamentao exclusiva. Dados de peso e estatura ao nascer foram coletados da caderneta de vacinao do beb. Peso e estatura atual do beb foram aferidos respectivamente por balana peditrica eletrnica e rgua antropomtrica. Peso e estatura da me foram aferidos respectivamente por balana eletrnica e antropmetro vertical. A massa gorda (MG), a massa magra (MM) e o contedo mineral sseo (CMO) da me e do beb no primeiro ms ps-parto foram determinados por densitometria de dupla emisso de raios X (DXA). Associaes entre a composio corporal da me e do beb foram avaliadas por anlise de correlao de Pearson. RESULTADOS O ganho de peso gestacional (14,16,9 Kg), o peso ao nascer (3,20,6 Kg) e a estatura ao nascer (48,82,7 cm) foram considerados, em mdia, adequados. No primeiro ms ps-parto, o IMC das mes foi em mdia 23,74,4 Kg/m2 e o percentual de gordura 36,96,1%. Os bbes foram avaliados entre o 15 e o 51 dia ps-parto e apresentaram, em mdia, peso (4,20,7 Kg) e estatura (54,32,6 cm) adequados para a idade. No perodo ps-parto, o peso da me apresentou associao positiva com o peso do beb (r=0,37, P3, enquanto para as meninas esses valores foram >3, >1 e >3, respectivamente. CONCLUSO A verso completa do AUDIT e suas verses reduzidas mostraram boa capacidade de discriminao. Ressalta-se que os pontos de corte para deteco de binge drinking em adolescentes so distintos daqueles definidos para a populao adulta.

    OR-005 NDICE DE QUALIDADE DA DIETA E SUA ASSOCIAO COM O ESTADO NUTRICIONAL ENTRE ADOLESCENTES DE ESCOLAS PBLICAS DE BRASLIA-DF HELOISA RODRIGUES GOUVA; NATACHA BERTOLIN TORAL Instituio: Universidade de Braslia rea: NUTRIO E SADE COLETIVA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO A mdia, amigos e famlia modelam o comportamento e influenciam o consumo alimentar de adolescentes, culminando em alteraes nos hbitos de vida que facilitam o consumo de junk food, alimentos de alta densidade energtica e com baixa quantidade de micronutrientes e fibras, que determinante do aumento da prevalncia de obesidade nessa fase da vida. fundamental avaliar a alimentao dos adolescentes quantitativamente e qualitativamente; para tanto, uma estratgia importante o uso do ndice de Qualidade da Dieta (IQD). OBJETIVOS Avaliar a qualidade da dieta de adolescentes de 7 e 8 sries da rede pblica de ensino de Braslia-DF por meio do IQD e sua associao com o estado nutricional. METODOLOGIA Adotou-se uma amostra representativa de alunos adolescentes de 7 e 8 sries de dez escolas da rede pblica de ensino de Braslia-DF. Coletaram-se dados de sexo, idade e medidas de peso e altura, em duplicata, para avaliao do estado nutricional por meio do ndice de Massa Corporal para idade. Para avaliao do IQD, utilizou-se o formato adaptado para adolescentes, que avalia a participao dos seguintes itens na dieta: cereais, tubrculos e razes; verduras e legumes; frutas; leguminosas; leite e derivados; carnes, peixes e ovos; gorduras totais; sdio; colesterol; e variedade de alimentos. Adotaram-se trs classificaes da dieta pelo IQD: inadequada, necessita de modificaes e saudvel. Por meio do teste Qui-quadrado, identificou-se associao entre o IQD e o estado nutricional dos adolescentes. RESULTADOS A amostra abrangeu 849 participantes, de 11 a 19 anos de idade, sendo 59,5% do sexo feminino. Observou-se que 18,1% apresentavam algum grau de excesso de peso, com maiores percentuais entre meninos. Quanto ao IQD, 37,8% dos adolescentes apresentavam uma dieta inadequada, 61,1% uma dieta que necessita de modificaes e somente 1,1% uma dieta saudvel, sendo esta ltima mais prevalente entre meninos (p

  • 12

    11 CONGRESSO NACIONAL DA SBAN20 a 23 de Junho de 2011 | Hotel Praia Centro Fortaleza CE

    OR-012 NUTRIO PARENTERAL AGRESSIVA EM PREMATUROS DE MUITO BAIXO PESO: RISCOS E BENEFCIOS. ANGELA VALERIA P. BARBIN; THAIS FRANA BUSTAMANTE; LIGIA URBAN T. DE MENEZES; LIGIA MSS RUGULO; GRASIELA BOSSOLAN; MARIA REGINA BENTLIN; ANA KARINA C DE LUCA; GLAUCE M FERNANDES; ANTONIO RUGULO JUNIOR; JOO C LYRA Instituio: Hospital das Clinicas - FMB - Botucatu rea: NUTRIO CLNICA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO Garantir a adequada nutrio do prematuro (PT) muito baixo peso (MBP) um grande desafio para o neonatologista. No h consenso, sobre a melhor forma de administrao e a quantidade ideal dos nutrientes. OBJETIVOS Avaliar benefcios e riscos de um protocolo de nutrio parenteral (NP) agressiva em PTMBP. METODOLOGIA Estudo observacional prospectivo com PTMBP internados na UTI Neonatal de um servio tercirio entre julho de 2008 e dezembro de 2009. Foram includos os PTMBP sem malformaes que receberam nutrio parenteral na 1a semana e internados por 7dias. Protocolo da NP prev oferta protica inicial de 3g/kg/dia e mximo de 4 g/kg/d; lipdio inicial de 1g/kg/dia e aumento at 3g/kg/dia. As variveis de estudo foram: tempo de incio e durao da nutrio parenteral, quantidade de nutrientes ofertados, complicaes da NP, evoluo clinica e nutricional dos RN na internao. Dados foram analisados com clculo de mdia desvio-padro e proporo de eventos. RESULTADOS Includos 49 PTMBP, sendo 34 deles 74%) a equao preditiva superestimou a altura real; j em relao ao peso a variao foi quase que similar para superestimar e subestimar essa medida. Assim devido as diferenas encontradas faz-se necessrio cautela na utilizao essas frmulas de estimativa na prtica clnica.

    OR-010 O DIMETRO ABDOMINAL SAGITAL COMO PREDITOR DA MAGNITUDE DAS GORDURAS EPICRDICA E VISCERAL ABDOMINAL ANA CAROLINA JUNQUEIRA VASQUES; JOS ROBERTO MATOS SOUZA; ADEMAR YAMANAKA; JOS CARLOS PAREJA; MARCOS ANTONIO TAMBASCIA; MRIO JOS ABDALLA SAAD; BRUNO GELONEZE Instituio: Universidade Estadual de Campinas rea: NUTRIO CLNICA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO O interesse clnico e cientfico na avaliao do acmulo das gorduras epicrdica (GE) e visceral abdominal (GV) crescente devido associao de ambas com fatores de risco cardiovascular independente do grau de obesidade. OBJETIVOS Investigar as correlaes de diferentes medidas antropomtricas com as espessuras da GE e da GV, devido facilidade de utilizao dessas medidas na prtica clnica. METODOLOGIA Foram avaliadas 46 mulheres na menacme em uma ampla faixa de IMC (30,2 7,1 kg/m). Os indicadores antropomtricos estudados foram: circunferncia da cintura (CC) aferida nas posies em p e supina, dimetro abdominal sagital aferido na posio supina (DAS) e as relaes cintura-quadril, cintura-estatura e cintura-coxa. O ecocardiograma transtorcico foi utilizado para a mensurao da espessura da GE no ventrculo direito. A espessura da GV foi medida por ultrassom abdominal. A anlise estatstica foi realizada com base no teste de correlao de Spearman, no teste de correlao parcial e na anlise ROC (Receiver Operating Characteristic Curve). RESULTADOS Todos os indicadores antropomtricos estudados apresentaram correlao significante com as espessuras da GE e da GV (p < 0,05). Contudo, para a GE, o DAS (r = 0,63) seguido da CC aferida na posio supina (r = 0,60) apresentaram as correlaes mais fortes (p < 0,001). Para a GV, o DAS (r = 0,89) seguido da relao cintura-estatura (r = 0,87) e da CC aferida na posio supina (r = 0,85) apresentaram as correlaes mais fortes (p < 0,001). Nas correlaes parciais ajustadas para o ndice de massa corporal, o DAS foi o nico indicador antropomtrico que permaneceu com significncia estatstica para a GE (r = 0,39; p < 0,05) e, em paralelo, foi o indicador que apresentou a correlao mais forte com a GV, (r = 0,65; p < 0,001). Na anlise ROC, o DAS apresentou maior rea abaixo da curva para a GE (0,79; p < 0,01) e GV (0,96; p < 0,001) em comparao com os demais indicadores. CONCLUSO O DAS foi o indicador antropomtrico estudado que apresentou as correlaes mais fortes e o melhor poder discriminante para a avaliao das gorduras epicrdica e visceral em mulheres na menacme. O DAS pode ser caracterizado como uma ferramenta bastante til do ponto de vista clnico e, ao mesmo tempo, econmica e no invasiva que pode ser utilizada como marcador do acmulo das gorduras epicrdica e visceral.

    OR-009 "A EDUCAO NUTRICIONAL, EM AMBIENTE ESCOLAR, COMO ESTRATGIA PARA PREVENCO E REDUO DO EXCESSO DE PESO EM CRIANAS E ADOLESCENTES: UMA REVISO SISTEMTICA DE ENSAIOS CONTROLADOS RANDOMIZADOS" JONAS AUGUSTO CARDOSO SILVEIRA; JOS AUGUSTO AGUIAR CAR TADDEI; MOACYR ROBERTO CUCE NOBRE; PAULO HENRIQUE GUERRA Instituio: Universidade Federal de So Paulo rea: NUTRIO E SADE COLETIVA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO H dcadas a obesidade vem crescendo em todo mundo. Devido ineficcia teraputica, a melhor estratgia a preveno a partir da promoo de hbitos alimentares saudveis e estilo de vida no-sedentrio. A escola, freqentada pela maioria de crianas e adolescentes, ambiente propcio para aes de preveno da obesidade. Os dados disponveis so insuficientes para inferir quanto efetividade de intervenes de promoo de hbitos saudveis em escolas. OBJETIVOS Descrever a base conceitual e a efetividade, por medidas antropomtricas e de consumo alimentar, de intervenes em ambiente escolar que utilizaram a educao nutricional(EN) como estratgia de reduo ou preveno do excesso de peso. METODOLOGIA Esta reviso sistemtica(RS) foi delineada a partir do Centre for Reviews and Disseminations Guidance for Undertaking Reviews in Health Care e registrada no ClinicalTrials.gov-NCT00985972. A questo de pesquisa e a estratgia de busca foram organizadas partir da estratgia PICOCS, acrnimo em ingls para Population(indivduos entre 518 anos), Intervetion(EN), Comparators(controle contemporneo), Outcomes(antropometria ou consumo alimentar), Context(escolar), Study design(ensaios controlados randomizados). Foram includos trabalhos que preencheram todos critrios da estratgia. Foram excludos trabalhos que utilizaram drogas ou suplementos alimentares como componentes da interveno ou que estudaram indivduos apresentando distrbios alimentares,dislipidemia, diabetes e deficincias cognitivas ou motoras. A seleo por titulo e resumo(TR) e a avaliao da qualidade metodolgica foram realizadas independentemente por dois pesquisadores. A extrao de dados(ED)foi feita em dupla de modo no independente. Todas as fases da RS foram conduzidas no Eppi-Reviewer3, software de caracterstica web-based. RESULTADOS As buscas nas 14 bases retornaram 4667 artigos. Aps remoo de duplicatas, obteve-se 3556. Foram excludos 3360 artigos por leitura de TR. Os 196 resultantes foram lidos integralmente, permanecendo 32 para a ED. A anlise dos dados extrados demonstra que, como ocorre em RS anteriores, no existe comprovao de efeitos antropomtricos. Por outro lado, foram identificados efeitos de modificao de consumo ainda no completamente esclarecidos nas RS anteriores. CONCLUSO RS sobre temas cujas evidncias so duvidosas devem ser realizadas periodicamente devido ao potencial de que novos ensaios possam modificar as recomendaes subsidiando polticas e programas de controle de desvios nutricionais.

  • 13

    11 CONGRESSO NACIONAL DA SBAN20 a 23 de Junho de 2011 | Hotel Praia Centro Fortaleza CE

    OR-016 RELATION OF PARAOXONASE (PON-1) ACTIVITY AND LEPTIN LEVELS IN OBESE ADOLESCENTS CLAUDIA ASSEF SANIBAL; TICIANA MACHADO SAMPAIO; NAGILA R.TEIXEIRA DAMASCENO Instituio: Faculdade de Cincias Farmaceuticas - PRONUT/USP rea: NUTRIO CLNICA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO Introduction: Modern life has brought profound alterations in lifestyle, promoting an increase in the prevalence of obesity and co-morbidities. Obesity is a complex physiopathology disorder and its prevalence represents an important problem of Public Health in the world. Additionally, unbalances of leptin and lipid metabolism have a great impact on the development of atherosclerosis in obesity. However, the precise mechanism that links this adipokine to paraoxonase (PON-1) is not clear yet. OBJETIVOS Objective: Our goal was investigate the impact of obesity on the relation between leptin and paroxonase in adolescents. METODOLOGIA Methods: One hundred and sixty-two (n = 156) adolescents, puberty, both sexes (male= 48.7% and female =51.3%) and mean age of 14.4 2.3 years were distributed in groups: Normal weight: NW (n = 52) Overweight: OW (n = 53) and Obese: OB (n = 51) according body mass index (BMI). Anthropometric profile was evaluated also by waist circumference (WC). Fasting blood samples were obtained and from plasma lipid analysis (total cholesterol, LDL-C, HDL-C and triglycerides) and leptin were determined. From serum, PON-1 activity was monitored by spectrophotometer method. RESULTADOS Results: The groups had similar profiles regarding total COL, LDL-C, and triglycerides. However, HDL-C (NW: 42 14; OW: 37 13 and OB: 34 13 mg/dl, P

  • 14

    11 CONGRESSO NACIONAL DA SBAN20 a 23 de Junho de 2011 | Hotel Praia Centro Fortaleza CE

    OR-020 EFEITOS DA ASSOCIAO ENTRE A DIETA HIPERLIPDICA, RICA EM CIDOS GRAXOS POLIINSATURADOS, E A DEFICINCIA DE ESTERIDES SEXUAIS SOBRE A MORFOLOGIA DO TECIDO ADIPOSO E O PERFIL LIPDICO DA RATAS ALINE SOUSA SANTOS; GABRIELLE P LOPES GONZALEZ; ALUANA CARLOS SANTANA; CARLOS ALBERTO SOARES COSTA; MARIANA SANTOS RIBEIRO; LARISSA L OLIVEIRA PAIXO; CELLY CRISTINA ALVES NASCIMENTO-SABA Instituio: Universidade do Estado do Rio de Janeiro rea: NUTRIO EXPERIMENTAL Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO A fonte e o teor lipdico presente na dieta influenciam o metabolismo levando alteraes da composio corporal, principalmente, pelo desenvolvimento da adiposidade, que se mostra regio-dependente. Os estrgenos possuem efeito lipoltico sobre o tecido adiposo, e em sua deficincia, ocorre a redistribuio e o aumento da deposio de tecido adiposo na regio abdominal. Dietas hiperlipdicas e estrgenos tambm atuam sobre o perfil lipdico, podendo ocasionar mudanas metablicas significativas como, hipertrigliceridemia, aumento de LDL e reduo de HDL. OBJETIVOS Avaliar o tecido adiposo intra-abdominal e os lipdios sricos de ratas deficientes de esterides sexuais alimentadas com dieta hiperlipdica, rica em cidos graxos poliinsaturados, oriundos do leo de soja. METODOLOGIA Ratas Wistar adultas foram ovariectomizadas (OVX) ou pseudo-operadas. Aps 1 semana passaram a receber dieta manipulada contendo 4ml (normo) ou 19ml (hiperlipdica) de leo de soja, por um perodo de 45 dias, formando os grupos: C, C19, OVX e OVX19. Ao longo do estudo foram avaliadas a ingesto alimentar e a massa corporal. No final do perodo experimental, os animais foram sacrificados por exsanguinao, e o soro obtido utilizado para dosagem de triglicerdeos (TG), colesterol (COL), HDL e VLDL. O tecido adiposo intra-abdominal foi coletado e pesado, processado por tcnica de rotina histolgica, e corado com HE para anlise morfolgica e morfomtrica. RESULTADOS No houve diferena significativa na ingesto alimentar entre os grupos. O grupo OVX19 apresentou ganho de massa corporal mais precocemente que os demais. Em relao massa de tecido adiposo intra-abdominal, todos os grupos experimentais apresentaram aumento em relao ao grupo C (C19=48%; OVX=57%; OVX19=86%), sendo o mesmo observado quanto rea do adipcito (C19=53%; OVX=50%; OVX19=128%). Dentre os lipdios sricos, o colesterol estava aumentado em todos os grupos (C19=27%; OVX=71%; OVX19=56%), enquanto os TG e o VLDL estavam aumentados apenas no grupo OVX19 (53% e 48%). Entretanto, o HDL no diferiu entre os grupos. CONCLUSO A dieta hiperlipdica e a deficincia de esterides sexuais, isoladamente, aumentaram a massa corporal, o colesterol, a deposio de gordura intra-abdominal e promoveram hipertrofia dos adipcitos. Associadas exacerbaram as alteraes sobre adiposidade, TG e VLDL, mas, sem afetar a ingesto alimentar e o HDL; sugerindo um efeito metablico deletrio sem transtorno vascular, nesse perodo estudado.

    OR-019 EFEITOS DA SOBRECARGA DIETTICA DE FERRO EM RATOS SADIOS CASSIANA G. ACHTSCHIN; ALEXANDRE R. LOBO; LLIAN R.M. DE S; CRISTIANE H. SALES; AMANDA R. CRISMA; KARINA NAKAJIMA; PRIMAVERA BORELLI; CLIA COLLI Instituio: Dep de Alimentos e Nutrio Experimental (FCF/USP) rea: NUTRIO EXPERIMENTAL Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO A sobrecarga de Fe (SF) condio que pode resultar em estresse oxidativo e leso tissular em indivduos susceptveis, uma condio resultante do aumento na produo de espcies reativas de oxignio. OBJETIVOS No presente estudo, avaliou-se os efeitos da sobrecarga diettica de Fe no perfil lipdico e em parmetros de leso heptica de ratos. METODOLOGIA Ratos Wistar, machos e recm-desmamados (n = 40) foram alimentados com raes AIN-93 por 90 dias, com diferentes concentraes de Fe (como FeSO4 microencapsulado): 52 mg Fe/kg (grupo controle; G1) ou 389 (G2), 762 (G3) e 1620 (G4) mg Fe/kg (SF). As concentraes de Fe e de Cu nas raes e no fgado foram determinadas por espectrofotometria de absoro atmica. Parmetros bioqumicos (colesterol, triacilglicerol, HDL, VLDL; AST e ALT) e hematolgicos foram analisados utilizando-se mtodos padres. Fragmentos do fgado foram coletados e processados para avaliao histolgica (depsitos de Fe, apoptose). RESULTADOS A SF nas raes resultou em aumento dose-dependente na concentrao heptica de Fe, condio que foi associada com maior nmero de corpsculos apoptticos no tecido heptico (r = 0,75; P < 0,001). Alm disso, a concentrao de Hb e o volume corpuscular mdio foram ligeiramente maiores como resultado da SF. No foram observadas diferenas entre os grupos na concentrao heptica de Cu, nas transaminases e no perfil lipdico no sangue e na incorporao de cidos graxos no fgado. CONCLUSO O consumo de raes com sobrecarga de Fe resultou em maior reteno heptica de Fe, que pode ter contribudo para o aumento na quantidade de clulas em apoptose no fgado. Por outro lado, esses resultados no foram acompanhados por alteraes em marcadores de oxidao lipdica e dano heptico avaliados no sangue, conforme avaliados nas condies experimentais do presente trabalho.

    OR-018 ERVA MATE TOSTADA (ILEX PARAGUARIENSIS) REDUZ A GLICEMIA DE JEJUM EM PACIENTES DIABTICOS GRAZIELA ALESSANDRA KLEIN; ALINY STEFANUTO; BRUNNA BREMER BOAVENTURA; ELAYNE CRISTINA DE MORAIS; LUCIANA SILVEIRA CAVALCANTE; FERNANDA DE ANDRADE; ELISABETH WAZLAWIK; PATRCIA FARIA DI PIETRO; EDSON LUIZ DA SILVA Instituio: Universidade Federal de Santa Catarina rea: NUTRIO CLNICA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO A erva-mate (Ilex paraguariensis) apresentou efeito hipoglicmico em animais e hipolipidmico em animais e seres humanos, podendo ser benfica para a preveno do diabetes mellitus tipo 2 (DM2) ou suas complicaes. OBJETIVOS Verificar o efeito da ingesto de ch mate tostado (Ilex paraguariensis) nos perfis glicmico e lipdico de pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e indivduos com pr-diabetes. METODOLOGIA Pacientes com DM2 (n=29) ou indivduos com pr-diabetes (n=29) foram distribudos em trs grupos: i) Ch Mate (CM); ii) Interveno Diettica (DI) e; iii) Ch Mate e Interveno Diettica (CM-ID), com 9-11 participantes em cada grupo. Os participantes dos grupos CM e CM-ID ingeriram 330 mL de ch mate tostado, 3 vezes/dia, e os indivduos dos grupos ID e CM-ID receberam aconselhamento nutricional qualitativo, durante 60 dias. Amostras de sangue foram coletadas, aps jejum de 12-14 h, antes (basal) e aps 20, 40 e 60 dias dos tratamentos para as anlises laboratoriais. RESULTADOS Pacientes com DM2 do grupo CM apresentaram reduo significativa de HbA1c (0,8% ponto percentual) e LDL-c (13,5 mg/dL) aps 20 dias e reduo na glicemia de jejum (25 mg/dL) aps 60 dias. A interveno diettica, isolada ou associada ao ch mate, no melhorou o perfil glicmico ou lipdico dos pacientes. Para os indivduos com pr-diabetes, os trs tratamentos no diminuram a glicemia de jejum ou a HbA1c. No entanto, a ingesto de ch mate associado interveno diettica melhorou significativamente o perfil lipdico, provavelmente devido diminuio na ingesto de gorduras, incluindo cidos graxos saturados (AGS) e colesterol, e aumento de fibras. CONCLUSO Sugere-se que o ch mate tostado possa ser benfico para melhorar o perfil glicmico de pacientes com DM2 e os parmetros lipdicos de pacientes com DM2 e indivduos com pr-diabetes, particularmente quando associado a uma interveno/aconselhamento diettico/nutricional.

    OR-017 AVALIAO DA COMPOSIO CORPORAL DE ADOLESCENTES OBESOS MENSURADA PELO MTODO DA DILUIO DE XIDO DE DEUTRIO E PELA IMPEDNCIA BIOELTRICA. CRISTINA MARIA MENDES RESENDE; JOS SIMON CAMELO JNIOR; MARTA NEVES CMARAL VIEIRA; JACQUELINE PONTES MONTEIRO Instituio: Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto USP rea: NUTRIO CLNICA Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO A avaliao nutricional realizada apenas pelo ndice de massa corporal se torna limitada, pois impossibilita determinar se a variao do peso devido alterao de massa corporal magra (MCM) ou massa corporal gorda (MCG). A Impedncia Bioeltrica (BIA) um mtodo simples e rpido para avaliao da composio corporal, porm necessrio ajustar frmulas direcionadas a adolescentes obesos por meio de um mtodo referncia, levando em considerao que esses indivduos apresentam alterao de gua corporal total (ACT), MCG e MCM. OBJETIVOS Descrever a composio corporal de adolescentes obesos avaliada pela BIA e pelo mtodo da diluio de xido de deutrio (MDOD), calcular possveis correlaes entre os dois mtodos, ajustar modelo de regresso linear (frmulas) incluindo medidas antropomtricas. METODOLOGIA Foram estudados 66 adolescentes obesos, com idade entre 10 e 19 anos. Estes foram avaliados pela antropometria e composio corporal segundo a BIA e o MDOD. RESULTADOS Os resultados obtidos pela BIA, quando comparado com os dados do MDOD, apresentaram correlao positiva significativa em relao s variveis: MCM (kg) (r=0,90; p

  • 15

    11 CONGRESSO NACIONAL DA SBAN20 a 23 de Junho de 2011 | Hotel Praia Centro Fortaleza CE

    OR-024 SUPLEMENTAO DE VITAMINA D E REMODELAO CARDACA INDUZIDA PELA EXPOSIO FUMAA DE CIGARRO EM RATOS BRUNA PAOLA MURINO RAFACHO; PAULA SCHMIDT AZEVEDO; MARCOS FERREIRA MINICUCCI; ANA ANGLICA FERNANDES; MELIZA GOI ROZCANI; PRISCILA PORTUGAL DOS SANTOS; HELOISA BALAN ASSALIN; BEATRIZ BOJIKIAN MATSUBARA; LEONARDO A. MAMEDE ZORNOFF; SERGIO ALBERTO RUPP PAIVA Instituio: Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP) rea: NUTRIO EXPERIMENTAL Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO A vitamina D (VD) tem se destacado por atenuar a remodelao cardaca em modelos de agresso. A exposio fumaa do cigarro (EFC) resulta em remodelao cardaca e est relacionada com disfuno ventricular. Estratgias tm sido estudadas com o objetivo de atenuar o processo de remodelao. OBJETIVOS Avaliar a suplementao de VD sobre a remodelao cardaca induzida pela EFC em ratos. METODOLOGIA Ratos Wistar com 250g foram alocados em seis grupos: 1) VD0-NEFC, sem suplementao de VD e no EFC; 2) VD1-NEFC, suplementao de 1000UI VD/kg de rao e no EFC; 3) VD3-NEFC, suplementao com 3000UI e no EFC; 4) VD0-EFC, sem suplementao de VD e EFC; 5) VD1-EFC, suplementao de 1000UI e EFC; 6) VD3-EFC, suplementao de 3000UI e EFC. Aps dois meses, os animais foram submetidos ecocardiografia e foram avaliados: porcentagem de colgeno e rea seccional do micito (ASM), estresse oxidativo e produo de citocinas no tecido cardaco e concentrao srica de 25-hidroxicolecalciferol. Os dados foram analisados por teste ANOVA de duas vias. No caso das variveis que no preencheram os critrios de normalidade e de igualdade de varincia, foram realizadas comparaes entre os diferentes grupos no expostos ao cigarro e expostos ao cigarro e entre as diferentes doses de VD por meio de teste ANOVA de uma via ou Kruskal-Wallis, teste t Student ou Mann Whitney e o valor de alfa, ajustado por Bonferroni. RESULTADOS EFC promoveu: maior parede posterior do ventrculo esquerdo (p=0,009), maior dimetro diastlico do VE/tbia (p=0,033), maior massa do VE (MVE) (p=0,007), maior ndice MVE (p=0,004), maior ASM (p=0,01), maior concentrao de hidroperxido de lipdeo (p

  • 16

    11 CONGRESSO NACIONAL DA SBAN20 a 23 de Junho de 2011 | Hotel Praia Centro Fortaleza CE

    OR-028 PERFIL FSICO-QUMICO, COMPOSTOS BIOATIVOS E PROPRIEDADE ANTIOXIDANTE DO MURICI (BYRSONIMA VERBASCIFOLIA) MARIANA SFORA SOUSA; LUANNE MORAIS VIEIRA; ALESSANDRO LIMA Instituio: IFPI rea: ALIMENTOS Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO O Murici (Byrsonima verbascifolia) um fruto tpico da regio nordeste, o qual tem sido utilizado pela populao como alimento ou como agente teraputico, por sua ao cicatrizante e anti-inflamatria. Considerando-se a avidez do mercado consumidor por sabores exticos, o murici apresenta grande potencial de aproveitamento e expanso na culinria brasileira e mundial. Informaes a respeito das caractersticas qumicas, valor nutricional e propriedades funcionais dos alimentos so importantes para avaliao do consumo e formulao de novos produtos. Entretanto, poucos dados esto disponveis na literatura com relao composio e propriedades funcionais do murici, ressaltando a necessidade de pesquisas cientficas sobre o assunto. OBJETIVOS Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar as caractersticas fsico-qumicas, os teores de compostos bioativos (polifenis totais, carotenides totais e vitamina C) e a atividade antioxidante do murici inteiro (polpa e pele). METODOLOGIA Os teores de slidos solveis totais (Brix), pH e acidez total titulvel (ATT) foram determinados segundo as normas do Instituto Adolf Lutz (2008). O ndice de Maturao foi expresso pela relao slidos solveis totais e acidez total titulvel. Os polifenis totais foram determinados utilizando o reagente de Folin Ciocalteau e gua como solvente e os carotenides totais por espectrofotometria a 450 nm. A determinao da vitamina C foi realizada pelo mtodo de Tillmans. A atividade antioxidante do extrato aquoso foi avaliada pelo mtodo de captura do radical DPPH. RESULTADOS O Murici apresentou ATT (mg/100g) de 0,74 0,02, pH de 5,83 0,04, Brix de 11,2 0,01 e ndice de maturao de 15,13. Os teores de vitamina C e carotenides (mg/100g) foram, respectivamente, 43,12 0,67 e 73,86 2,10. A quantidade de polifenis totais (mg equivalente de cido glico/100g) do extrato aquoso foi de 560,09 2,59. O resultado encontrado para a capacidade antioxidante, expresso em EC50 ( L/mL), foi de 160,33 CONCLUSO O Murici possui boa capacidade de seqestrar o radical DPPH, sendo uma fonte importante e promissora de compostos antioxidantes.

    OR-027 EFEITO DO EXTRATO DE URUCUM NO PERFIL LIPDICO DE RATOS DIABTICOS JOAMYR VICTOR ROSSONI JR; LORENA SOUZA SILVA; BRUNO CRUZ PDUA; MELINA OLIVEIRA SOUZA; MARIA LCIA PEDROSA; MARCELO EUSTQUIO SILVA Instituio: Universidade Federal de Ouro Preto rea: NUTRIO EXPERIMENTAL Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO O diabetes do tipo 1 uma desordem metablica causada por uma completa ou relativa insuficincia na secreo da insulina. Caracteriza-se pela alterao no metabolismo de protenas, lipdeos, sais minerais e principalmente de glicose. Durante o diabetes, uma profunda alterao na concentrao e na composio dos lipdios ocorre. Essa hiperlipidemia reconhecida como a mais comum e sria complicao no diabetes. O extrato de sementes de urucum bem conhecido como corante alimentar e tem sido descrito pela comunidade cientfica pelo seu poder hipocolesterolemiante. Alm disso, a bixina, o principal pigmento extrado de suas sementes, tem sido descrito como tendo efetivo potencial antioxidante. Os antioxidantes naturais podem proteger o corpo humano dos radicais livres e retardar a oxidao de lipdios e o progresso de muitas doenas crnicas. OBJETIVOS Avaliar o efeito da administrao de um extrato de sementes de urucum sobre o perfil lipdico e sobre as atividades da paraoxonase (PON) em ratos diabticos. METODOLOGIA 32 ratas Fisher, foram divididos em 4 grupos: Grupo controle (C) (dieta padro AIN-93M); grupo controle e extrato de urucum (CUr) (dieta padro AIN-93M acrescida de extrato de urucum 0,09%); grupo diabtico (D) (dieta padro AIN-93M) e grupo diabtico e extrato de urucum (DUr) (dieta padro AIN-93M acrescida de extrato de urucum 0,09%) com durao de 30 dias. Para induo do diabetes as ratas dos grupos diabticos receberam uma dose nica de aloxano (150 mg/kg). RESULTADOS Nossos resultados para o perfil lipdico srico indicam um efeito isolado do diabetes e do extrato de urucum nos nveis de colesterol total. A interao entre diabetes e extrato de urucum reduziu os nveis de colesterol HDL e tambm reduziu os nveis dos triacilgliceris nos animais dos grupos CUr, D e DUr. Uma enzima componente da HDL tem emergido para explicar a habilidade da HDL em metabolizar perxidos de lipdios e proteger o organismo contra o acmulo de LDL. Quanto atividade arilesterase e paraoxonase da PON observamos uma diminuio de suas atividades nos grupos D e DUr. CONCLUSO Observamos que o extrato de urucum na concentrao utilizada no exerceu efeito hipocolesterolemiante significativo, alm de diminuir as concentraes de HDL, triacilgliceris e atividades de PON.

    OR-026 AVALIAO DA LIPOPEROXIDAO E ATIVIDADE DAS ENZIMAS ANTIOXIDANTES EM FGADO DE RATOS SUPLEMENTADOS COM CLAS ELIANE B. T. CARVALHO; ILLANA LOUISE P. MELO; ANA MARA OLIVEIRA SILVA; MILESSA AFONSO SILVA; FERNANDA ARCHILLA JARDINI; JORGE MANCINI FILHO Instituio: Faculdade de Cincias Farmacuticas - USP rea: NUTRIO EXPERIMENTAL Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO cidos Linolico conjugados (CLAs) so ismeros posicionais e geomtricos do cido linolico (AL; C18:2 9c,12c) com duplas ligaes conjugadas. Existem muitos estudos que avaliam os efeitos benficos dos CLAs para o organismo, os quais esto associados principalmente a dois ismeros: 9c,11t e 10t,12c. Entretanto, alguns resultados so controversos e outros demonstram inclusive efeitos adversos. Os mecanismos bioqumicos pelos quais os CLAs proporcionam os efeitos benficos ou prejudiciais permanecem obscuros. OBJETIVOS O objetivo deste estudo foi investigar o efeito dos CLAs, em comparao com o AL, sobre a lipoperoxidao e a atividade das enzimas antioxidantes no fgado de ratos. METODOLOGIA Foram utilizados 56 ratos Wistar, distribudos em sete grupos: um controle (gua), trs que receberam leo de soja (OS; como fonte de AL) e trs que receberam CLAs; ambos nas concentraes 1%, 2% e 4% em relao ao consumo mdio dirio da dieta, administrados por gavage. Aps 40 dias de tratamento, os animais foram eutanasiados e o fgado coletado para as anlises da lipoperoxidao, atravs da medida das substncias reativas ao cido tiobarbitrico (TBARS), e da atividade das enzimas antioxidantes (superxido dismutase - SOD, catalase - CAT e glutationa peroxidase - GPx). Para o tratamento estatstico dos dados foi utilizada a anlise de varincia (ANOVA), seguida do teste de Tukey, usando-se o software Prism 4.0 (GraphPad). Os dados foram expressos como mdia e desvio padro, adotando um nvel de significncia de p

  • 17

    11 CONGRESSO NACIONAL DA SBAN20 a 23 de Junho de 2011 | Hotel Praia Centro Fortaleza CE

    OR-032 CONTROLE DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS EM QUEIJO MINAS FRESCAL COM USO DE QUITOSANA MARIA ISABELA BARBOSA DE SOUZ; ROBERTA DE ALBUQUERQUE; JOS LUIZ DE BRITO ALVES; ERILANE DE CASTRO L. MA; EVANDRO LEITE DE SOUZA Instituio: Universidade Federal de Pernambuco - CAV rea: ALIMENTOS Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO O queijo Minas Frescal um dos queijos mais consumidos no pas, tendo como caracterstica pouca acidez e pequena durabilidade. Entretanto, pelo alto teor de umidade nos locais de produo, pela prpria matria-prima rica em protena e pela fabricao artesanal fora dos padres de higiene, os laticnios so suscetveis a contaminaes. Dentre os vrios patgenos alimentares, um dos mais envolvidos nos relatos de contaminao de queijo Minas Frescal o Staphylococcus aureus, um coco Gram positivo, com temperatura tima de crescimento em torno de 30 a 37C. Na escolha de mtodos para prolongar a vida til, o uso de antimicrobianos naturais destaca-se pela sua natureza saudvel e segura. Dentre vrias substncias utilizadas, destaca-se a quitosana, um polissacardeo que pode ser obtido a partir de crustceos e alguns fungos, suas aplicaes vo desde as indstrias cosmticas s alimentcias. OBJETIVOS Assim, este estudo tem por objetivo verificar a efetividade da quitosana na inibio de Staphylococcus aureus em queijo Minas Frescal. METODOLOGIA A preparao dos inculos das cepas utilizados nos ensaios antimicrobianos foram obtidos atravs de suspenses de tais cepas em soluo salina ( NaCl a 0.85% p/v) estril a partir de culturas overnight cultivadas em gar nutriente inclinado a 35C, sendo a turbidez padronizada de acordo com a escala McFarland correspondendo concentrao de aproximadamente 108 UFC/mL. Os testes para determinar a Concentrao Inibitria Mnima (CIM) e Concentrao Bactericida Mnima (CBM) da quitosana, foram realizados atravs da tcnica de macrodiluio em caldo. Para os testes em matriz alimentar, foi produzido o queijo Minas Frescal em laboratrio, bem como o caldo queijo para o teste em meio lquido, para incluso dos antibacterianos e suspenses bacterianas, realizando o controle concomitantemente e com posterior contagem de clulas viveis nos intervalos em dias (0, 1, 2, 5, 10, 15). RESULTADOS Os resultados demonstraram que a CIM para o S. aureus em caldo queijo foi 2,5mg/ml e a CBM foi de 5 mg/ml. Em matriz alimentar (queijo), a quitosana manteve o controle do Staphylococcus aureus durante todos os intervalos de tempo, com menor contagem no produto com quitosana, quando comparado com o controle. CONCLUSO De acordo com os resultados encontrados, conclui-se que a aplicao de quitosana em queijo Minas Frescal pode ser uma alternativa natural na conservao de produtos lcteos, diminuindo assim os riscos de contaminao bacteriana sade do consumidor.

    OR-031 AVALIAO DA QUALIDADE MICROBIOLGICA DE TEMAKIS GRELHADOS COMERCIALIZADOS EM RESTAURANTES DE SALVADOR-BA. LUIZE SALES SANTOS; MARIANA OLIVEIRA ASSIS; SIMONE VIEIRA ARGLO; PRISCILA F AZEVDO; PRISCILA NASCIMENTO DE OLIVEIRA; NANA CARDOSO VIEIRA; ALASE GIL GUIMARES; RYZIA DE CSSIA VIEIRA CARDOSO Instituio: Universidade Federal da Bahia (UFBA) rea: ALIMENTOS Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO O temaki um tipo de sushi, caracterizado pelo formato de cone, envolto por uma folha base de alga (nori), preenchido com arroz, pescados e condimentos. Em Salvador-BA, ainda que o consumo deste alimento no seja tradio, verifica-se, na atualidade, um aumento da sua oferta em restaurantes especializados, o que gera preocupao na perspectiva higinico-sanitria, uma vez que as operaes de preparo envolvem intensa manipulao, com grande exposio do alimento s contaminaes. OBJETIVOS Tendo em vista a insuficincia de estudos sobre o tema, foi objetivo deste trabalho avaliar a qualidade microbiolgica de temakis grelhados, comercializados na cidade de Salvador-BA. METODOLOGIA A partir da identificao de quatro estabelecimentos especializados em comida japonesa, foram coletadas 24 amostras de temakis grelhados, contendo salmo, camaro ou shitake, adicionados ou no de cream cheese e shoyu. As amostras foram analisadas para contagem de microrganismos aerbios mesfilos, coliformes a 35C e Eschericia coli, Staphylococcus coagulase positiva, Bacillus cereus, e para pesquisa de Salmonela spp, de acordo com mtodos estabelecidos pela American Public Health Association, sendo os resultados confrontados com padres estabelecidos na RDC12/2001, da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. RESULTADOS Do total de amostras, verificou-se que 87,5% apresentaram valores acima de 105 UFC/g para microorganismos mesfilos e que 8,3% dos temakis de camaro, 16,7% de salmo e 4,2% de shitake apresentaram contagens superiores ao limites estabelecidos pela legislao vigente para coliformes a 45C. Em apenas em uma amostra, temaki de salmo, registrou-se Staphylococcus coagulase positiva acima do padro, com contagem de 2,1x104 UFC/g. No foi observada a presena de Bacillus cereus e de Salmonella spp. CONCLUSO Os resultados registraram isolamento de alguns dos microrganismos analisados, o que pode indicar matria-prima de baixa qualidade, falhas durante o preparo ou inadequao do binmio tempo-temperatura a que os temakis foram submetidos. Com vistas a promover maior segurana para o produto, sugere-se a implementao das Boas Prticas de Fabricao, ao longo da cadeia produtiva destes alimentos.

    OR-030 PEQUI (CARYOCAR BRASILIENSE CAMB): COMPOSIO CENTESIMAL, PERFIL DE CIDOS GRAXOS E PROMISSORA RELAO W6:W3 BRBARA NERY-ENES; PATRCIA MENDONA DE CASTRO; LEANDRO DE MORAIS CARDOSO; CRISTIANE DO CARMO CESRIO; HELENA MARIA PINHEIRO-SANT A; MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO; ANA VLDIA BANDEIRA MOREIRA Instituio: Universidade Federal de Viosa rea: ALIMENTOS Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO O Brasil o pas que abriga a maior diversidade vegetal do planeta e o interesse por seus frutos nativos vem crescendo em todo o mundo. O pequi um desses frutos, apresentando ocorrncia em todo o Cerrado brasileiro. Por se tratar de um fruto de fcil produo, com caractersticas sensoriais agradveis e de alto valor nutricional, o pequi pode representar uma importante alternativa alimentar. OBJETIVOS Avaliar a composio centesimal e o perfil de cidos graxos da polpa do pequi in natura. METODOLOGIA O teor de umidade foi determinado em estufa a 105C (IAL, 2005). As cinzas foram determinadas por meio da calcinao em mufla a 550C. A determinao de protena foi realizada segundo o mtodo de Kjeldahl. Os lipdios foram quantificados utilizando aparelho extrator de Soxhlet. O teor de fibra alimentar total foi determinado pelo mtodo no-enzimtico gravimtrico. Os carboidratos foram calculados por diferena entre os teores dos demais componentes (AOAC, 1998). A extrao, saponificao e esterificao do leo foram realizadas por meio dos mtodos de Folch et al. (1957) e Hartman & Lago (1973). A identificao dos cidos graxos componentes da frao lipdica foi realizada por meio de cromatografia a gs e os compostos identificados pelo tempo de reteno relativo ao cromatograma da mistura padro de cidos graxos (Sigma). RESULTADOS Observou-se na polpa de pequi 49% de umidade; 0,5% de cinzas; 1,7% de protenas; 25% de lipdios; 11,2% de fibra alimentar total; 12,6% de carboidratos e valor energtico total de 282,2 Kcal/100g. Em relao ao perfil lipdico, a maior proporo foi de cidos graxos insaturados, sendo 59,% de cido olico; 2,4% de cido linolico; e 1,9% de cido linolnico. O cido olico, tambm a forma predominante da frao lipdica em outros leos comestveis, como o azeite de oliva. A razo 6: 3 encontrada foi de 1,2:1,1, valor este prximo relao proposta por organizaes de alimentao e nutrio que sugerem que, uma boa relao 6: 3 est associada diminuio do risco de desenvolvimento de doenas crnicas. Quanto aos cidos graxos saturados, obteve-se 35,3% de cido palmtico; 2% de cido esterico e 0,2% de cido araqudico. CONCLUSO A polpa do pequi apresentou elevado teor lipdico e de fibra alimentar total. Quanto ao perfil lipdico, apresentou elevado teor de cidos graxos insaturados, sendo o cido olico o componente majoritrio, alm de ter demonstrado excelente relao 6: 3. Apoio financeiro: Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG.

    OR-029 PEQUI (CARYOCAR BRASILIENSE CAMB.): PERFIL DE CAROTENIDES, VITAMINAS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE BRBARA NERY-ENES; LEANDRO DE MORAIS CARDOSO; PATRCIA MENDONA DE CASTRO; CRISTIANE DO CARMO CESRIO; HELENA MARIA PINHEIRO-SANT A; ANA VLDIA BANDEIRA MOREIRA; MARIA DO CARMO GOUVEIA PELUZIO Instituio: Universidade Federal de Viosa rea: ALIMENTOS Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO O pequizeiro uma espcie tpica do Cerrado e seu fruto, o pequi, encontra-se entre os mais comercializados deste bioma, principalmente devido sua utilizao na culinria regional. Devido ao seu aroma e sabor agradveis, este fruto utilizado em temperos e frituras e utilizado no preparo de doces e licores. OBJETIVOS Investigar a ocorrncia e o contedo de carotenides e vitaminas e avaliar a atividade antioxidante in vitro da polpa e leo do pequi in natura. METODOLOGIA A anlise da vitamina C e carotenides na polpa e leo de pequi foi feita por cromatografia lquida de alta eficincia (CLAE), com detector de arranjo de diodos (DAD) e a de vitamina E e folatos por CLAE, com deteco por fluorescncia. A dosagem da atividade antioxidante foi realizada na polpa do fruto pelo mtodo fotocolorimtrico in vitro do radical livre estvel DPPH (2,2-difenil-1-picrilidrazila). RESULTADOS O teor de carotenides na polpa do pequi foi 11,93 mg.100g-1 e no leo 35,64 mg.100g-1. A proporo de -caroteno e -criptoxantina na polpa do fruto foi 52,3% e 47,7%, respectivamente, percentuais similares ao

    encontrado no leo. O valor de vitamina A na polpa e leo de pequi foi de 756,86 e 2260,97 RAE.100g-1, respectivamente. A polpa de pequi apresentou 189,27 g.100g-1 de vitamina E e o leo 607,36 g.100g-1. O ismero majoritrio de vitamina E na polpa e leo foi o alfa-tocoferol, perfazendo 43,7% e 43,4%, respectivamente. O contedo de vitamina C na polpa de pequi foi 28,97 mg.100g-1 e o teor de folatos 14,19

    g.100g-1. No foram identificadas a presena de vitamina C e folatos no leo de pequi. O extrato do pequi apresentou elevada atividade antioxidante, demonstrando 77,4% de atividade de seqestro do radical livre DPPH. Essa atividade pode ser atribuda presena de compostos com propriedade antioxidante como as vitaminas e carotenides identificados, especialmente o alfa-tocoferol e o -caroteno, que foram os encontrados em maior quantidade. CONCLUSO A polpa de pequi apresentou elevado teor de carotenides e vitamina C. O leo apresentou elevado contedo de carotenides. A polpa in natura apresentou ainda elevada atividade antioxidante. Assim, devido ao seu valor nutricional e atividade antioxidante, esse fruto pode contribuir para reduo do risco de doenas, alm de constituir uma importante alternativa alimentar, principalmente para famlias que residem na regio do Cerrado. Apoio financeiro: Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG

  • 18

    11 CONGRESSO NACIONAL DA SBAN20 a 23 de Junho de 2011 | Hotel Praia Centro Fortaleza CE

    OR-036 RELAO ENTRE O ESTADO NUTRICIONAL E A INGESTO DE ZINCO EM IDOSOS INSTITUICIONLIZADOS EM UMA UNIDADE ASILAR DO SUL DE MINAS JULIANA BRITO MAIA MIAMOTO; JULIANA NEMETH TORRES Instituio: centro Universitrio de Lavras - UNILAVRAS rea: ALIMENTOS Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO A distribuio etria da populao mundial tem apresentado alteraes, com aumento de idosos, representando desafios na rea de sae e no campo da pesquisa nutricional, pois o idoso susceptvel a dficits nutricionais. A m nutrio que ocorre de causa multifatorial, e deve a alteraes fisiolgicas do envelhecimento, s condies socioeconmicas, comorbidades e interes droga-nutrientes. Isso torna a avaliao nutricional peculiar, padronizada e criteriosa. A baixa ingesto de Zn esta relacionada anorexia e perda de apetite, alm da reduo da imunocompetncia e deficinncia da defesa antioxidante. Sua absoro pode ser afetada pela interao exercida por Ca, Cu e Fe, o que torna importante que o consumo alimentar de Zn esteja adequado. OBJETIVOS Avaliar o estado nutricional (EN) de idosos, determinar e quantificar o Zn na ingesto alimentar correlacionando-o com a perda de apetite e consequente anorexia. METODOLOGIA Estudo quali-quantitativo numa instituio asilar, submetido e aprovado pelo CEP/Unilavras, sendo aplicado anamnese a todos os idosos e selecionados os aptos; a ingesto de Zinco foi avaliada pelo inqurito alimentar por Rec 24 h, pesagem direta e anlise de resto-ingesto; o clculo do GET foi determinado por Harris- Benedict; e o EN pelo IMC. A tabulao e anise dos dados foi realizada pelo programa Epi Info verso 6.04. RESULTADOS Avaliou-se 60,6% dos idosos e a maioria eram mulheres, o estado mais prevalente foi o da magreza seguido da eutrofia e sobrepeso. As mulheres estavam mais abaixo e acima do peso e os homens eutroficos. Observou-se menor proporo de sobrepeso em idades mais avanadas em ambos os gneros. Todos consomem CHO e PTN acima do recomendado, e a maioria extrapola a ingesto de LIP, 61,90% consome mais calorias do que recomendado devido PTN. 100% dos idosos consomem boas fontes de zinco, mas 52,38% destes consomem este mineral acima da recomendao, porem dentro UL, e as idosas so as maiores consumidoras. O Zn no prejudicado pela ingesto de Ca e Fe, pois 100% dos idosos ingerem Ca e Fe em baixas quantidades. A queixa de falta de paladar apareceu em 25 % dos idosos, a as mulheres reclamaram mais, mas isto parece no estar associado baixa ingesto de Zn. De acordo com relatos, a falta de paladar deve-se a baixa quantidade de sal e temperos . CONCLUSO A anorexia e falta de paladar no esto associadas ingesto de Zinco. O estado de magraza foi mais prevalente e no tem relao com a ingesto Zn, porm mais estudos so necessrios.

    OR-035 EFEITO DAS FIBRAS SOLVEIS PREBITICAS NA QUALIDADE E NA RESPOSTA GLICMICA DE PES SEM GLTEN VANESSA DIAS CAPRILES; JOS ALFREDO GOMES ARAS Instituio: Universidade de So Paulo rea: ALIMENTOS Forma de Apresentao: APRESENTAO ORAL INTRODUO O glten um complexo protico responsvel pela estrutura, qualidade e aspecto de pes. No entanto, apesar dessa importncia tecnolgica, o glten no pode ser utilizado na elaborao de produtos para uma parcela da populao, os doentes celacos. A disponibilizao de po sem glten (PSG) de boa qualidade uma necessidade real dos celacos; e pode facilitar a sua adeso dieta, contribuindo para a sade e melhor qualidade de vida destes indivduos. O desafio atual agregar qualidade tecnolgica e nutricional a estes produtos. Considerando que a doena celaca est associada a uma incidncia aumentada de diabetes insulino dependente e osteopenia/osteoporose, os frutanos do tipo inulina (FTI) se apresentam como ingredientes atrativos para elaborao de produtos sem glten. OS FTI so fibras alimentares solveis e prebiticas, que podem contribuir com o aumento da absoro de clcio e atenuao da resposta glicmica. OBJETIVOS Avaliar o efeito da adio de nveis crescentes de frutanos na qualidade tecnolgica e nutricional do PSG. METODOLOGIA Um PSG foi desenvolvido com 4%, 8%, 10% e 12% de FTI acrescentado a formulao. Os pes foram avaliados quanto as suas caractersticas fsica