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1 Procedimento de Manifestação de Interesse nos Estados Relatório sobre projetos de PPP em fase de estruturação via PMI Bruno Ramos Pereira Mariana Vilella Valério Salgado 12 de setembro de 2012 Índice 1. Sumário executivo ................................................................................................................. 3 2. Introdução: por que um relatório sobre a experiência estadual com PMIs? ....................... 5 3. Origem dos dados ................................................................................................................. 9 4. Percepções sobre a amostra ............................................................................................... 14 5. PMI: incentivo ou desestímulo à participação da iniciativa privada? ................................. 20 6. Organização e transparência ............................................................................................... 23 7. Percepções sobre boas práticas .......................................................................................... 25 8. Conclusão ............................................................................................................................ 28 Anexo – Lista de Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI) ...................................... 29

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Procedimento de Manifestação de

Interesse nos Estados

Relatório sobre projetos de PPP em fase de estruturação via PMI

Bruno Ramos Pereira Mariana Vilella Valério Salgado

12 de setembro de 2012

Índice

1. Sumário executivo ................................................................................................................. 3

2. Introdução: por que um relatório sobre a experiência estadual com PMIs? ....................... 5

3. Origem dos dados ................................................................................................................. 9

4. Percepções sobre a amostra ............................................................................................... 14

5. PMI: incentivo ou desestímulo à participação da iniciativa privada? ................................. 20

6. Organização e transparência ............................................................................................... 23

7. Percepções sobre boas práticas .......................................................................................... 25

8. Conclusão ............................................................................................................................ 28

Anexo – Lista de Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI) ...................................... 29

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“(…) Additionally, so-called PPP Units (typically public or partly

public agencies) can assist private bidders in shaping their

proposals to meet the requirements of the public sector by

providing detailed information regarding the infrastructure projects

sought, bidding application procedures and PPP implementation.

Disseminating information and technical expertise on PPP

contracting would encourage private sector participation and

contribute to a decrease in bidding costs”.

Araújo, S. and D. Sutherland. Public-Private Partnerships and Investment in

Infrastructure. OECD Economics Department Working Papers, No. 803, OECD

Publishing, 2010.

“Não haveria, portanto, na experiência jurídico-institucional

brasileira, a compreensão da democracia como princípio regulador

do processo de formulação de políticas econômicas e regulação de

mercados. Faltaria uma noção positiva do Estado combinada com

uma noção positiva de democracia nas experiências jurídico-

institucionais de intervenção do Estado na economia”.

Mattos, Paulo Todescan Lessa. A formação do Estado regulador. Novos Estudos

CEBRAP (Impresso), v. 76, p. 139-158, 2006.

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1. Sumário executivo

As principais percepções extraídas deste relatório são as seguintes:

• O Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) é o instrumento

preferencial dos Estados para estruturar projetos de parceria público-

privada (PPP);

• O acesso às informações sobre os PMIs é difícil e, em alguns casos, os

Estados precisam aprimorar a transparência sobre os projetos de PPP que

são estruturados com a colaboração da iniciativa privada;

• O PMI deve ser organizado de modo a permitir ao poder público obter as

melhores informações e análises sobre a viabilidade do projeto, assim

como deve contribuir com o desenvolvimento do mercado interessado na

futura licitação;

• 16 (dezesseis) Estados da federação e o Distrito Federal recorreram ao PMI

com o objetivo de estruturar projetos de PPP;

• Entre 2007 e julho de 2012, foram publicados 73 (setenta e três) PMIs com

a finalidade de obter estudos de viabilidade de projetos de PPP nos

Estados;

• 52 (cinquenta e dois) PMIs foram publicados em 2011 e 2012,

representando 71,23% da amostra coletada. O uso deste instrumento é

um dos fatores responsáveis pela “retomada” das PPPs ao cenário político

e empresarial dos negócios entre iniciativa privada e poder público em

âmbito estadual nos últimos meses;

• 9 (nove) PMIs, publicados entre 2007 e 2009, resultaram em processos de

licitação e na celebração de contratos de PPP (sistema de abastecimento

de água da CASAL, Arena Fonte Nova, Unidade de Atendimento Integrado,

Estádio Plácido Aderaldo Castelo – Castelão, Conjunto Habitacional

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Mangueiral, Complexo do Mineirão, Arena Multiuso da Copa 2014 de

Recife, Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga, Estádio das

Dunas – Novo Machadão);

• 2 (dois) outros PMIs, iniciados em 2007 e 2011, resultaram na publicação

de licitações que estão em andamento neste momento: Sistema de

esgotamento sanitário da Região Metropolitana do Recife e do Município

de Goiana (Pernambuco) e Centro de Eventos do Ceará - eficiência

energética (Ceará);

• 8 (oito) PMIs chegaram à fase de consulta pública, mas ainda aguardam a

publicação do edital de licitação. São eles: Sistema Metroviário de

Salvador e Lauro de Freitas (Bahia); Sistema de Esgotamento Sanitário do

Município de Serra, da CESAN (Espírito Santo); tratamento de resíduos

sólidos na Região Metropolitana de Belo Horizonte (Minas Gerais); Sistema

Produtor do Rio Manso, da COPASA (Minas Gerais); Sistema São Lourenço,

da SABESP (São Paulo); Centros de Atendimento ao Cidadão (Paraná);

Hospital Infantil (Mato Grosso) e Complexo Penitenciário1 (Mato Grosso);

• 2 (dois) outros PMIs chegaram à fase de consulta pública, mas os projetos

foram cancelados ou estão sendo revistos. Ambos são do Rio Grande do

Sul: construção e gestão do Complexo Prisional da Região Metropolitana,

em Canoas, e do edital de licitação para a exploração mediante concessão

patrocinada do Sistema Rodoviário ERS-010 - Rodovia do Progresso;

• Do total de 52 (cinquenta e dois) PMIs pendentes de definição quanto aos

seus resultados e que, portanto, poderão ser licitados pelos Estados no

curto prazo, 45 (quarenta e cinco) PMIs foram publicados em 2011 e 2012.

1 Em 21 de agosto de 2012, foi suspensa a audiência pública do Complexo Penitenciário do Mato Grosso,

prevista para o dia 24, em função da necessidade de “readequação do projeto”.

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2. Introdução: por que um relatório sobre a experiência estadual

com PMIs?

A experiência brasileira com os contratos de parceria público-privada (PPP) vem

atraindo, nos últimos anos, relevante atenção da iniciativa privada, do poder público e da

imprensa especializada. A atenção volta-se para os projetos do setor público que estão sendo

estruturados como PPPs, de modo que há um alto nível de expectativa a respeito do papel que

esta modalidade de contratação pode desempenhar para que os investimentos de interesse

público tornem-se realidade.

Uma das justificativas para tal circunstância é o fato de que as PPPs estão sendo

analisadas com crescente interesse pelo setor público, como modalidade de contratação para

construção e operação de relevantes projetos de infraestrutura, em diferentes setores, como

saneamento básico, mobilidade urbana, saúde, estádios/arenas, entre outros. No âmbito

federal, já foi anunciado que as PPPs terão algum papel no setor ferroviário e a imprensa

repercute a possibilidade de que as PPPs também sejam utilizadas em outros setores de

competência da União, como rodovias, portos e aeroportos.

Entretanto, para que um contrato de PPP seja celebrado, algumas etapas prévias são

necessárias e, em função da complexidade do projeto ou da incipiente capacidade institucional

do poder público com as PPPs, a realização de tais etapas acaba por representar um recorrente

desafio para que o edital da licitação possa, ao final, ser publicado.

A principal etapa prévia à publicação do edital de licitação envolve a estruturação ou

modelagem do projeto, fase em que são realizados os estudos de viabilidade a respeito da

prestação dos serviços públicos que será concedida à iniciativa privada. Em contratos de longo

prazo, como é o caso do contrato de PPP, tal etapa torna-se essencial para que a

implementação do projeto seja bem sucedida e implique no melhor uso de recursos públicos.

A análise da viabilidade de um projeto pressupõe, por exemplo, a produção de estudos

de demanda, de engenharia, ambiental, jurídico-institucional e econômico-financeiro, além da

análise de outros aspectos de interesse de cada projeto.

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Uma das estratégias ao dispor do poder público para obter as informações e análises

consolidadas nos estudos de viabilidade, a fim de decidir sobre a contratação ou não de uma

PPP e a publicação do respectivo edital, é o chamado Procedimento de Manifestação de

Interesse (PMI).

O PMI é um instrumento que institucionaliza o diálogo público-privado a respeito de

um projeto de interesse público a ser concedido à iniciativa privada. Por intermédio desse

instrumento, o setor público obtém, de consultores ou diretamente das empresas interessadas

em disputar futuros contratos de concessão, os estudos de viabilidade sobre projetos de

infraestrutura que estão na agenda da tomada de decisão do Estado.

Em outras palavras, o PMI é um convite do poder público para que a iniciativa privada

interessada possa apresentar, por sua conta e risco, análises e propostas sobre um projeto de

interesse público que, no futuro, poderá ser licitado.

No PMI, não há o engajamento de recursos orçamentários do Estado para remunerar

os autores dos estudos. Em regra, os autores serão remunerados pelo licitante vencedor da

futura e eventual licitação do projeto, desde que o poder público que promoveu o PMI tenha

aproveitado e incorporado ao edital de licitação, total ou parcialmente, os referidos estudos,

recebidos durante o PMI2.

A participação dos particulares nesta fase de construção da deliberação pública, de um

modo ou de outro, sempre ocorreu, mas de forma não regulamentada, informal, o que

acentuava problemas quanto à transparência, ao nível de competição nas licitações e quanto à

assimetria de informação entre poder público e iniciativa privada3.

2 Há casos em que nenhum tipo de ressarcimento é previsto para os interessados que apresentaram

estudos durante o PMI. 3 Sobre a incorporação do PMI ao ordenamento brasileiro e os potenciais impactos do instrumento no

que tange à assimetria de informação entre o setor público e o setor privado, ver “Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) e assimetria de informação entre o setor público e o setor privado: monólogo ou diálogo público-privado?”, de Bruno Ramos Pereira. Fonte: http://pppbrasil.com.br/portal/content/artigo-procedimento-de-manifesta%C3%A7%C3%A3o-de-interesse-pmi-e-assimetria-de-informa%C3%A7%C3%A3o-entre-o-seto.

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A incorporação desse instrumento à prática brasileira de estruturação de contratos de

concessão tem o potencial de minimizar esses problemas e racionalizar a etapa prévia à

licitação dos contratos de longo prazo entre o poder público e a iniciativa privada.

Antes de realizarmos a pesquisa, havia uma percepção de que o PMI vinha sendo

bastante utilizado no Brasil, principalmente no âmbito estadual4. Entretanto, havia pouca

informação (sistematizada ou não) e análise sobre a maneira como tal instrumento vem sendo

utilizado no Brasil. Sabe-se sobre casos em que houve a utilização do PMI previamente à

determinada licitação, mas pouco se sabe sobre como têm sido feito os chamamentos dos

interessados, qual o perfil dos particulares que tem apresentado estudos, quais são as

garantias e os incentivos oferecidas aos participantes, quais são as regras e a motivação para o

aproveitamento dos estudos e de que maneira o poder público está exigindo esses estudos

(grau de completude, detalhamento dos termos de referência, clareza sobre os contornos do

serviço público que será prestado, exposição dos critérios de escolha dos melhores estudos,

etc.). Ou seja, não temos, ainda, um panorama acerca das práticas e consequências

decorrentes dos Procedimentos de Manifestação de Interesse que estão sendo realizados no

Brasil.

Além disso, a regulamentação dos PMIs no âmbito federal é bastante genérica,

abrindo espaço para que a legislação estadual e municipal desenvolva regramentos próprios

para a utilização do instrumento5. Assim, mais um ponto que merece ser estudado é a forma

como essa regulamentação subnacional tem se dado, ou seja, faz-se necessário esclarecer até

que ponto Estados e Municípios têm sido criativos na utilização do PMI, ou se as respectivas

regulamentações limitam-se a repetir a norma legal federal sobre o tema.

Por fim, é importante investigar se a utilização do PMI tem sido transparente, assim

como analisar em que medida os documentos relativos ao procedimento ficam disponíveis aos

cidadãos, ao mercado e à sociedade civil organizada, facilitando o acompanhamento dos

4 No âmbito federal, cabe mencionar que as recentes concessões de aeroportos federais recorreu ao

PMI como estratégia para a estruturação do projeto. O procedimento foi organizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). 5 Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 7.067/2010, de autoria do Deputado Federal

Cândido Vaccarezza (PT/SP), que tem a pretensão de "Institui normas gerais para apresentação à administração pública de projetos, estudos, levantamentos e investigações elaborados por conta e risco do setor privado e dá outras providências".

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resultados do procedimento. O ideal seria que todos os estudos apresentados ao poder

público fossem disponibilizados, em seu inteiro teor, nas páginas eletrônicas das Unidades de

PPP ou das Secretarias responsáveis pelos projetos6.

A transparência também merece atenção no âmbito da escolha de um estudo dentre

todos que foram apresentados, o que significa analisar a existência e a clareza de critérios na

seleção dos melhores estudos de viabilidade, que, portanto, impactarão a deliberação pública

sobre o futuro edital de PPP e delimitarão, dentre os interessados no contrato, quais e como

poderão participar da licitação.

O presente relatório, entretanto, não tem a pretensão de responder todas as questões

mencionadas acima. Tendo em vista o objetivo de contribuir com a qualidade do debate

público a respeito da estruturação de projetos de PPP, o presente relatório apresentará

algumas informações e análises sobre a utilização dos PMIs em âmbito estadual no Brasil. Para

tanto, criamos um banco de dados que relaciona 73 (setenta e três) Procedimentos de

Manifestação de Interesse realizados e em realização no âmbito dos Estados e Distrito Federal

entre 2007 e setembro de 20127.

Por mais que não tenhamos plena convicção de que o universo de PMIs estaduais

entre 2007 e setembro de 2012 esteja contemplado na pesquisa, consideramos que se trata de

uma amostra relevante da experiência estadual.

O relatório está organizado do seguinte modo. Após a introdução, apresentaremos

informações sobre a origem dos dados e sobre as percepções decorrentes da análise da

amostra de PMIs objeto da pesquisa (itens 3 e 4). Nos últimos itens (5, 6 e 7), apresentaremos

opiniões sobre como o desenho do PMI pode incentivar ou afastar potenciais interessados,

reforçaremos a importância da transparência a respeito dos PMIs e indicaremos algumas

experiências positivas que vem sendo implementadas por alguns dos Estados analisados.

Esperamos que este relatório, que deve ser considerado como um esforço preliminar e

em evolução, seja útil ao setor público e à iniciativa privada.

6 Como será abordado adiante, até o momento, apenas o Estado de Santa Catarina disponibiliza, em

arquivos digitais, os estudos recebidos da iniciativa privada. 7 A lista completa dos 73 PMIs encontra-se no anexo único do relatório.

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3. Origem dos dados

O foco da pesquisa envolveu os Procedimentos de Manifestação de Interesse

publicados pelos Estados e Distrito Federal8. Ampliaremos, futuramente, a análise para as

experiências municipais, que apareceram de maneira dispersa em nossa pesquisa, indicando

que o instrumento também vem sendo utilizado por diversos municípios, com destaque para a

área de saneamento básico.

De início, deve ser destacada nossa dificuldade para a obtenção dos documentos

públicos e informações referentes aos PMIs. Mais do que a dificuldade, aliás, merece destaque

a disparidade entre os Estados quanto aos critérios de organização, disponibilização e

transparência sobre os documentos, informações e decisões relativas aos PMIs.

Nesse sentido, enquanto algumas unidades federativas possuem uma página

eletrônica dedicada exclusivamente às PPPs e PMIs (por exemplo, Estados de São Paulo, Minas

Gerais e Ceará), que são as páginas das Unidades de PPPs ou de Secretarias de Estado

responsáveis pelo tema, outras não permitem a consulta aos editais sequer pelo Diário Oficial

do Estado (dada a inexistência de mecanismos de pesquisa eficientes ou pela publicação

incompleta dos referidos editais, também chamados de “avisos de chamamento público”).

Outros pontos, como a completude dos editais, a especificação e clareza dos critérios

de avaliação dos estudos ou a definição precisa do escopo do projeto revelaram-se bastante

discrepantes nas unidades da federação consultadas, o que nos trouxe certa dificuldade em

sistematizar as diferentes experiências encontradas. Questões relacionadas à transparência e à

organização dos documentos públicos serão detalhados em tópico posterior.

Teceremos, agora, breves considerações acerca da estratégia de pesquisa e análise dos

materiais.

O levantamento dos documentos envolvendo a realização de Procedimentos de

Manifestação de Interesse, como afirmado, teve como foco os Estados e o Distrito Federal,

tendo sido pesquisadas as 27 unidades da federação. Identificou-se, primeiramente, aquelas

8 A pesquisa teve início em setembro de 2011.

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em que há uma Unidade de PPP com informações concentradas e consistentes sobre os PMIs.

Posteriormente, procedeu-se a uma pesquisa no Diário Oficial de cada unidade e, em seguida,

a uma busca mais genérica na internet abarcando todo tipo de material, inclusive jornalístico,

sobre PMIs em âmbito estadual.

Assim, a estratégia de obtenção dos documentos relevantes em cada Estado e no

Distrito Federal envolveu:

1. Pesquisa na página eletrônica da Unidade de PPPs do ente (quando havia);

2. Pesquisa no Diário Oficial do ente (quando era possível buscar por temas);

3. Pesquisa na Secretaria da Fazenda ou do Planejamento, ou em outras Secretarias

potencialmente envolvidas;

4. Notícias e outros materiais obtidos na internet.

Os termos de busca utilizados foram: “PMI” e “ Procedimento de Manifestação de

Interesse” ou “Aviso de Manifestação de interesse” ou “solicitação de manifestação de

interesse”. Quando estes não ofereceram resultados, passou-se a utilizar “PPP” e “parceria

público privada” ou “parceria público-privada”.

Houve, adicionalmente, a tentativa de contato por telefone com as Unidades de PPPs

dos Estados e Distrito Federal. Foram também enviados e-mails pra solicitar informações

adicionais àquelas disponibilizadas nas páginas eletrônicas de órgãos ou entidades estaduais.

Em alguns casos, as solicitações de informação foram atendidas.

Notou-se que o instrumento tem sido frequentemente utilizado por alguns Estados,

mas que essa utilização é relativamente recente. Foi possível encontrar referências sobre 73

(setenta e três) PMIs, que foram distribuídos entre 2007 e setembro de 2012 conforme o

gráfico a seguir:

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É possível perceber que a maior parte dos PMIs foi publicada em 2011 e 2012,

totalizando 52 (cinquenta e dois) PMIs, que representam 71,23% da amostra coletada. O uso

do instrumento em âmbito estadual é um dos fatores relacionados à “retomada” das PPPs ao

cenário político e empresarial dos negócios entre iniciativa privada e poder público em âmbito

estadual nos últimos meses. Outro ponto de atenção é que o número de PMIs de janeiro a

setembro de 2012 já é maior do que número de PMIs em 2011.

A maior parte dos materiais encontrados se restringiu ao edital de PMI. Portanto, não

conseguimos encontrar informações consistentes quanto aos estudos entregues, as empresas

participantes e aos estudos selecionados. Essa carência de informações sobre as fases

posteriores ao início do procedimento se deu por dois motivos: pelo fato de que muitos

procedimentos ainda são recentes e pela precária disponibilização pública das informações

indicadas acima. Assim, a pesquisa se concentrou em analisar, preponderantemente, os editais

de chamamento e os respectivos termos de referência.

0123456789

1011121314151617181920212223242526272829

2007 2008 2009 2010 2011 2012

PMIs por ano (2007-2012)

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12

As informações obtidas foram sistematizadas em uma planilha, que oferece o

panorama geral da utilização de PMIs pelos Estados e Distrito Federal até setembro de 20129.

O banco de dados foi divido em três grandes temas de análise, dentro dos quais

selecionamos informações específicas. São eles:

(i) Dados de perfil do PMI, tais como nome do projeto, setor e autoridade

envolvida, prazo para entrega dos estudos, etc.;

(ii) Regulamentação e experiência local, que procurou revelar qual o grau de

envolvimento do ente federativo com os contratos de PPP, por meio de

informações como a existência de regulamentação própria para PPPs e

PMIs, a existência de contatos de PPP já celebrados, a existência ou não de

uma unidade de PPP, a organização e disponibilização dos documentos,

etc.;

(iii) Análises de mérito do PMI, no qual se realizou uma análise dos editais, não

apenas em seus aspectos formais, mas quanto às características do PMI no

que tange ao perfil das pessoas interessadas, mecanismos de incentivo aos

participantes, ressarcimento, detalhamento do escopo e dos critérios de

avaliação dos estudos, empresas participantes, etc.10.

Vale dizer que, em alguns casos, encontramos referências à realização de PMIs em

notícias dispersas na internet, sem que tivéssemos acesso, contudo, a qualquer documento

oficial relativo ao procedimento.

Nesses casos, por considerarmos a informação relevante ao panorama geral da

utilização do instrumento em âmbito estadual, optamos por manter a referência ao projeto no

banco de dados, mesmo sem termos encontrado informações oficiais que possibilitassem

análises detalhadas sobre o PMI em questão.

9 Parte da planilha foi transcrita no anexo único do relatório.

10 Nem todas as informações e análises foram transcritas para este relatório. Entretanto, incentivamos

que os interessados em informações específicas entrem em contato.

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Essa opção, inclusive, insere-se no segundo escopo deste relatório: incentivar os

órgãos públicos envolvidos com o tema que apontem eventuais dados ou análises incorretas e

contribuam com a complementação das lacunas. Ou seja, este relatório reflete a melhor

informação sobre o que pode ser encontrado após alguns meses de pesquisa, seja por meio de

editais e termos de referência completos e disponibilizados, seja por meio de informações

dispersas e incompletas.

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4. Percepções sobre a amostra

Durante a pesquisa, foi possível obter algumas percepções sobre o uso dos PMIs pelos

Estados em função da análise das características mais importantes dos casos selecionados.

Iremos abordar adiante tais características, tendo em conta quatro aspectos (i) estrutura

organizacional e normativa dos Estados; (ii) descrição e especificidade do escopo do projeto;

(iii) exigências técnicas e econômicas, prazos concedidos e formato da manifestação de

interesse – aspectos formais; e, (iv) incentivos aos particulares.

A existência de normas que sistematizem de forma clara a deliberação pública sobre as

PPPs, bem como uma estrutura institucional responsável pelos programas de PPP, são

aspectos que sinalizam a preocupação do Estado com o tema e, consequentemente, facilitam

a obtenção de dados sobre os PMIs realizados.

Das 27 Unidades Federativas, 17 apresentam algum indício de uso do PMI (incluindo o

Distrito Federal). Os 16 Estados e o Distrito Federal, que publicaram os PMIs objeto da

pesquisa, possuem um órgão encarregado do gerenciamento e tomada de decisão sobre os

respectivos programas de PPP. Trata-se do Conselho Gestor de PPPs. Entretanto, nem todos

contam com uma Unidade de PPP constituída e/ou institucionalmente forte, de modo que

alguns Estados ainda carecem de capacidade técnica para apoiar o Conselho Gestor.

A maioria dos Estados desenvolve algum esforço para concentrar em apenas uma

página eletrônica as informações sobre seus projetos de PPP11. Por outro lado, há aqueles que

ainda não disponibilizam ativamente e de modo concentrado as informações sobre seus

projetos (por exemplo, Mato Grosso, Rondônia e Distrito Federal), restando aos interessados

realizar uma pesquisa exploratória nos respectivos Diários Oficiais, uma ferramenta que, em

vários casos, não apresenta mecanismos de busca eficientes. O gráfico a seguir indicado

apresenta a distribuição dos PMIs da amostra pelos Estados e Distrito Federal.

11

No Rio Grande do Sul a situação é peculiar, pois, a despeito da existência de Unidade de PPP e de página eletrônica específica, as informações não estão atualizadas. No Espirito Santo, que também conta com uma Unidade de PPP e página eletrônica específica, algumas informações também não foram encontradas na página oficial do programa de PPPs.

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15

Conforme já abordado, outro fator importante é o quadro normativo no qual se

encaixam os PMIs. Das 17 Unidades Federativas estudadas, todas têm leis estaduais sobre

PPPs. Em relação às normas que regem o PMI, há regulamentação na maioria dos Estados (não

foi possível confirmar a existência de regulamentação própria no Distrito Federal, Mato Grosso

e Rio Grande do Norte). Não há dúvida de que a previsão legal e infralegal sobre PMI colabora

para a eficiente apresentação de estudos por particulares e para o bom andamento do PMI.

No que tange às variações na descrição do objeto do PMI, foram detectados três

padrões, classificados qualitativamente como bom, regular ou ruim, de acordo com a

existência e detalhamento dos termos de referência para a preparação dos estudos de

viabilidade. Termo de referência é documento complementar ao ato normativo que estabelece

o PMI, no qual há informações sobre escopo do projeto e os estudos de viabilidade

demandados.

Pouco mais de 50% da amostra pesquisada foi classificada como “bom” no que diz

respeito ao detalhamento do escopo dos estudos de viabilidade. Não há dúvida de que o PMI é

o momento para que a iniciativa privada apresente sua visão do negócio, permitindo ao setor

público uma melhor compreensão sobre os conflitos de escolha inerentes ao processo de

0

2

4

6

8

10

12

Número de PMIs por Estado (2007-2012)

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estruturação do projeto de PPP. Entretanto, este aspecto positivo do PMI não pode ser

confundido com a indefinição do escopo do projeto.

Cabe ao poder público delimitar seus objetivos (por exemplo, o nível de serviço a ser

satisfeito pela futura concessionária). A premissa é que os fins do projeto de PPP sejam

estabelecidos pelo governo, restando à iniciativa privada sugerir os meios para que os fins

sejam alcançados. Ou seja, o PMI deve ser utilizado quando o poder público já tem alguma

clareza sobre aspectos essenciais dos serviços públicos que pretende delegar à iniciativa

privada.

No que diz respeito ao setor, os objetos dos PMIs foram distribuídos em 10 (dez)

setores, conforme o gráfico abaixo indicado.

É possível perceber a preponderância dos projetos sobre logística e transporte de

passageiros. Um ponto de destaque é a existência de diversos projetos na área de saúde12.

12

Para mais detalhes sobre os setores, ver a lista completa dos 73 PMIs que se encontra no anexo único do relatório.

0123456789

1011121314

PMIs por setor (2007-2012)

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17

O terceiro aspecto observado na pesquisa diz respeito à forma do PMI, no qual

analisamos características como prazos concedidos, as exigências técnicas e econômicas

estabelecidas para a participação e a indicação de critérios de avaliação.

Observando as regras para participação nos PMIs, verificamos que o procedimento é

composto de duas fases, a de cadastramento, na qual o particular manifesta o interesse em

apresentar os estudos de viabilidade necessários ao poder público e uma fase subsequente,

em que se dá a apresentação dos estudos propriamente ditos. Foi possível identificar dois

padrões bem definidos de formato de participação, o concentrado, no qual o cadastramento e

a apresentação de estudos ocorrem no mesmo momento, e o diferido, aquele em que há um

prazo inicial para a realização do cadastramento, e, após autorizada a apresentação de

estudos, um prazo para a entrega.

A opção por uma forma ou outra de apresentação não nos pareceu ter relação com a

capacidade institucional dos Estados para gerir tais processos, ainda que se tenha constatado

que o setor público, ao adotar uma das formas, tende a seguir o mesmo protocolo nos demais

PMIs. Há ainda formatos derivados, mas que podem ser classificados como concentrados ou

diferidos, como é o caso do Distrito Federal, que se utilizou de uma única chamada para um

cadastramento amplo de empresas, sem delimitação dos escopos dos projetos, e

posteriormente emitiu autorização para empresas cadastradas para fins de apresentação de

estudos específicos.

É interessante observar que no caso de Pernambuco também foi adotada uma solução

peculiar. Em pelo menos uma ocasião houve um procedimento no qual o interessado

apresenta o projeto para o ente público e recebe a autorização para a realização dos estudos

de viabilidade. No caso, não houve a abertura de um procedimento público para que outros

interessados pudessem manifestar o interesse de realizar estudos de viabilidade sobre o

mesmo projeto.

Ainda que pendente de uma análise mais detalhada sobre prós e contras, parece-nos

que, do ponto de vista da obtenção da melhor informação para o poder público, o ideal seria

possibilitar que outros interessados tivessem a oportunidade de realizar estudos de viabilidade

Page 18: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

18

sobre o mesmo projeto (não apenas aqueles que estejam no cadastro do poder público em

função de procedimentos anteriores).

Ainda com relação aos aspectos formais dos PMIs, analisamos os prazos concedidos

para o cadastramento dos interessados e a apresentação dos estudos. Em geral, o prazo para

cadastramento e pedido de autorização para apresentação de estudos não ultrapassa o

período de 30 dias, em grande parte dos casos sendo de 15 dias. Já o prazo para a

apresentação dos estudos tende a ter uma maior extensão, variando entre períodos de 60 a

240 dias. Não é possível, entretanto, traçar um padrão uniforme na prática dos Estados no que

diz respeito aos prazos.

Outro aspecto observado no conteúdo dos editais de PMI analisados é a exigência de

requisitos técnicos ou econômicos por parte das empresas cadastradas e a inexistência de

critérios objetivos para a avaliação dos estudos apresentados. Cabe notar inicialmente que, de

maneira geral, o PMI permite a participação tanto de pessoas jurídicas quanto pessoas físicas,

havendo casos excepcionais em que somente pessoas jurídicas puderam se credenciar e

apresentar estudos.

Quanto à exigência de qualificação técnica e econômica, o que observamos é que, de

modo geral, os editais não apresentam critérios limitadores. Ainda assim, foram detectados

casos com exigências técnicas como a apresentação de um portfólio de projetos já realizados,

comprovação de experiência prévia e currículo dos profissionais envolvidos. Parece-nos que o

PMI não deve apresentar barreiras para que os interessados se cadastrem, pois os riscos

relacionados ao engajamento no PMI são dos próprios interessados (gastos com os estudos,

cancelamento do PMI, não realização da licitação, etc.).

Por fim, nos dedicamos a verificar os incentivos oferecidos aos participantes dos PMIs,

em especial no que diz respeito ao ressarcimento. Observamos que, via de regra, os PMIs

deixam expressamente estabelecido que a sua realização não garante o aproveitamento dos

estudos e que os custos derivados da produção dos estudos serão arcados integralmente pelo

interessado que se cadastrou. Outra constante é a disposição quanto à cessão dos direitos de

propriedade intelectual dos estudos, sendo que são poucos os casos em que não há

determinação de cessão compulsória.

Page 19: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

19

Por outro lado, com relação ao ressarcimento ao autor dos estudos selecionados,

observamos que o edital de PMI prevê que o ressarcimento será realizado pelo licitante

vencedor do futuro edital de licitação da PPP, prevendo-se ainda a possibilidade de

remuneração parcial, na hipótese de aproveitamento de parte dos estudos de viabilidade. Há

casos ainda em que o PMI prevê que, na hipótese do vencedor do procedimento não

concordar com a remuneração arbitrada, este poderá recolher os estudos apresentados ou

exigir que sejam destruídos.

Por último, comparamos o número de PMIs por Estado com o número de contratos de

PPP já celebrados:

A comparação revela que o PMI vem sendo utilizado por diversos Estados que ainda

não celebraram contratos de PPP.

0

2

4

6

8

10

12

Número de PMIs por Estado PPPs celebradas

Page 20: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

20

5. PMI: incentivo ou desestímulo à participação da iniciativa privada?

Neste item, teceremos algumas percepções a respeito da participação da iniciativa

privada em PMIs. Abordaremos algumas questões que impactam a quantidade e a qualidade

da participação dos interessados.

O primeiro aspecto a ser destacado é referente à publicidade dos procedimentos. O

PMI que não conta com

uma estratégia de

divulgação ativa por parte

do poder público e que não

disponibiliza os respectivos

documentos de referência

de forma eficiente,

dificilmente conseguirá

alcançar de modo

abrangente os potenciais

parceiros privados,

restringindo os possíveis

participantes àqueles que

monitoram de forma mais

próxima as decisões

governamentais sobre PPPs ou às empresas que tenham apresentado Manifestações de

Interesse da Iniciativa Privada (MIP) originadoras de PMIs.

A administração pública deveria estabelecer canais de comunicação e centros de

informação mais estruturados sobre os PMIs, como, por exemplo, páginas eletrônicas que

concentrem todas as informações sobre o tema.

Publicar um PMI significa desenvolver mercados por intermédio do engajamento

antecipado de potenciais interessados na licitação. Quanto mais informações forem

disponibilizadas, mais o poder público estará contribuindo para que o nível de competição seja

maior na futura licitação.

Exemplo negativo

No único PMI organizado pelo Estado do

Paraná, houve apenas uma empresa que

se cadastrou com o objetivo de

apresentar os estudos de viabilidade

sobre a implantação dos denominados

“Centros de Atendimento ao Cidadão”. A

informação sobre a possibilidade de

participação no PMI foi publicada apenas

no Diário Oficial daquele Estado. Em 16

de julho de 2012, entretanto, o Estado do

Paraná publicou o Decreto nº 5.273, que

regulamenta o PMI no Estado e que tende

a permitir maior transparência e

organização no uso do PMI.

Page 21: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

21

Com relação ao conteúdo descritivo dos projetos a serem estruturados, já observamos

que o detalhamento do escopo dos projetos, se bom ou ruim, pode ter impactos diferentes

nos resultados dos estudos de viabilidade. Um

PMI com um detalhamento maior, que delimita

e define as expectativas do poder público

quanto aos serviços a serem delegados ao

parceiro privado, permitirá uma maior

comparabilidade entre os estudos de viabilidade

recebidos de diferentes empresas.

Outro fator que influencia a maior ou

menor participação dos interessados nos PMIs é

a exigência de apresentação do pacote global ou

a possibilidade de apresentação parcial dos

estudos de viabilidade. Parece-nos que uma

maior flexibilidade em relação a este tema

amplia a qualidade da informação que o poder público receberá nos PMIs. Nesse sentido, a

possibilidade de apresentação de estudos parciais abriria espaço para que uma gama maior de

entidades privadas pudesse participar. Seria o caso, por exemplo, de um particular

especializado que eventualmente teria um ótimo estudo ambiental para apresentar ao poder

público, mas que deixa de participar por não ter viabilidade de realizar o pacote global de

estudos. Assim, há um forte risco de que a exigência de estudos globais excluia potenciais

participantes que poderiam contribuir em pontos específicos de maneira relevante.

Por fim, a definição dos critérios para a seleção dos estudos de viabilidade

apresentados é um ponto crucial no incentivo ou desestímulo à participação da iniciativa

privada nos PMIs13. O edital de PMI deve estabelecer de modo detalhado os critérios de

seleção e ressarcimento dos melhores estudos, para que, assim, a iniciativa privada possa

avaliar de forma mais plena o seu interesse em participação do PMI. Estes pontos são

relevantes para que o poder público possa obter a melhor informação sobre o projeto objeto

13

O Estado de São Paulo inclui em seus editais de chamamento a regra de não cabe recurso da decisão que definir os estudos eventualmente selecionados, total ou parcialmente.

Exemplo positivo

Nos PMIs que vem sendo

organizados pelo Estado de São

Paulo desde meados de 2011, é

crescente o número de

empresas que se cadastram com

o objetivo de apresentar estudos

de viabilidade. Talvez, isso

ocorra em função da atenção

que os PMIs do Estado de São

Paulo vêm obtendo na

imprensa.

Page 22: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

22

do PMI, incentivando a participação de novas empresas, que não estão acostumadas com o

procedimento e com o próprio regime dos contratos de PPP, mas que são especialistas nos

serviços que o poder público quer contratar.

Estas conclusões se apresentam como meras sugestões aos agentes públicos em suas

políticas relacionadas aos PMIs e às PPPs. Um estudo mais aprofundado do impacto da

participação da iniciativa privada nos PMIs exige a análise de outros dados, ainda indisponíveis,

como, por exemplo, a quantidade e a qualidade de estudos de viabilidade apresentados nos

PMIs e os impactos de tais estudos nos editais de licitações de PPP, assim como no nível de

competição detectado nas licitações que foram estruturadas com base em estudos de

viabilidade apresentados pela iniciativa privada.

Page 23: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

23

6. Organização e transparência

Conforme já indicado, uma questão que chamou atenção na análise dos PMIs dos

Estados foi a do acesso aos documentos oficiais relativos aos procedimentos. Isso porque a

obtenção dos documentos essenciais ao acompanhamento dos PMIs, tais como os editais de

chamamento, termos de referência ou até mesmo as informações referentes à escolha do

estudo vencedor, mostrou-se mais

desafiadora do que seria desejável.

Em primeiro lugar, destacou-se a falta

de organização na disposição dos

documentos. Enquanto algumas unidades

federativas possuem páginas eletrônicas

atualizadas onde é possível encontrar e

acessar o conteúdo dos documentos relativos

a cada projeto de PPP, outras trazem esses

documentos dispersos nos sites de secretarias

ou então disponibilizam o conteúdo apenas

nos Diários Oficiais, que nem sempre possuem

boas ferramentas de pesquisa.

Situação mais grave foi identificada não no que tange à organização, mas sim a

transparência na condução dos PMIs. Houve casos em que soubemos da existência do

procedimento por meio de notícias jornalísticas, mas não tivemos acesso aos documentos

oficiais.

Nesse sentido, dos 73 (setenta e três) PMIs identificados, em seis não obtivemos

acesso a qualquer documento oficial, nem mesmo ao edital de chamamento. São eles: Arena

Fonte Nova (Bahia), Ponte Salvador-Itaparica (Bahia), Veículo Leve sobre Trilhos-VLT (Goiás),

Centro de Serviços ao Cidadão (Paraná), Polo Ecologístico – Porto e Aeroporto (Pernambuco) e

Arco Metropolitano – Rodovia (Pernambuco). No caso da Bahia e de Pernambuco, mesmo

possuindo esses Estados uma Unidade de PPP com páginas eletrônicas específicas, nas quais

idealmente estariam expostos todos os documentos públicos referentes aos projetos

realizados e em andamento, o que inclui a fase de PMI, tivemos acesso a poucas informações

Necessidade de maior

transparência

Em recente pesquisa realizada

pelo PPP Brasil, que contou com

a participação de 72 (setenta e

dois) respondentes, a

transparência radical sobre

informações decorrentes dos

contratos de PPP foi a proposta

avaliada como a mais positiva

para melhorar o ambiente de

negócios para as PPPs.

Page 24: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

24

sobre os PMIs compilados. Quanto ao Estado de Goiás, ainda que exista uma página eletrônica

onde as informações sobre PPPs poderiam estar concentradas (Goiás Parcerias), os

documentos não são disponibilizados, o que impossibilita o acompanhamento dos

Procedimentos de Manifestação de Interesse realizados pelo Estado.

Outro ponto relevante refere-se aos resultados dos PMIs. Em nenhum caso dentre

todos os analisados tivemos acesso ao conteúdo dos estudos entregues14 ou até mesmo a

alguma informação relativa à escolha do estudo vencedor.

A falta de organização e transparência com relação aos PMIs estaduais é preocupante,

não só em função de eventual desestímulo para que cada vez mais e melhores empresas se

interessem em apresentar estudos e contribuir com os relevantes projetos de infraestrutura,

tema já discutido no tópico anterior, mas principalmente porque tende a contribuir com a

“cultura da desconfiança” que a utilização desse instrumento pode gerar entre formadores de

opinião e órgãos de controle.

Em tempos de PAC, Copa do Mundo e Olimpíadas não basta a execução de grandes

obras, é preciso se preocupar com a forma como os contratos serão celebrados e executados,

ou seja, garantir que os processos ocorram conforme os ditames legais materiais e formais, o

que só poder ser controlado se houver transparência ativa e organização na disponibilização

dos documentos públicos referentes a cada projeto, inclusive durante a realização do PMI.

Nesse tópico, nossa percepção, ao menos no que tange aos PMIs, indica que ainda há

muito o que se fazer.

14

Com exceção da primeira fase da mais recente PMI de Santa Catarina (Aviso nº 1/2012, Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para recebimento de propostas que tenham por objeto a requalificação e implantação de obras estruturantes visando à melhoria do sistema de transporte, de mobilidade urbana e de acesso à região insular de Florianópolis, a partir da BR-101).

Page 25: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

25

7. Percepções sobre boas práticas

No que diz respeito às boas práticas, apontaremos abaixo alguns exemplos de

medidas implementadas nos Estados que nos pareceram positivas e que contribuem com o

fortalecimento do mercado brasileiro de PPPs.

Rio de Janeiro

A Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) publicou uma minuta-

padrão de edital de chamamento público envolvendo o procedimento de Manifestação de

Interesse Privado (MIP), previsto no Decreto nº 43.277, de 7 de novembro de 2011.

Previamente, a PGE realizou uma consulta pública da primeira versão do documento,

possibilitando que órgãos e entidades da administração direta e indireta do Estado pudessem

enviar contribuições à minuta-padrão.

A versão final da minuta-padrão foi publicada no Diário Oficial do Estado do Rio de

Janeiro15.

Uma das inovações do modelo é a expressa previsão da possibilidade de que "o

escopo dos estudos seja dividido em itens, para fins de aproveitamento parcial. Neste caso, o

edital poderá prever que o valor máximo global poderá ser subdividido em itens, para

ressarcimento parcial. De todo o modo os valores máximo global ou parcial, relativos aos itens,

deverão ser justificados".

Rio Grande do Sul

O Estado do Rio Grande do Sul está se reorganizando no que diz respeito às PPPs,

desde 2011, com a mudança no governo do Estado. Entretanto, uma das medidas positivas

que já havia sido incorporada à tomada de decisão do Estado sobre PMIs refere-se à

15

Para mais informações: http://pppbrasil.com.br/portal/content/pge-do-rio-de-janeiro-publica-vers%C3%A3o-final-de-minuta-padr%C3%A3o-de-pmi.

Page 26: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

26

disponibilização de um “formulário de solicitação de elaboração de projeto básico e estudo de

viabilidade para empreendimento de parceria público-privada”.

Deste modo, há maior clareza sobre as informações que devem ser apresentadas ao

Estado pelas empresas interessadas em desenvolver estudos de viabilidade de projetos de

PPP.

Minas Gerais

O Estado de Minas Gerais apresenta o melhor nível de transparência sobre

informações relacionados aos PMIs e às PPPs. O destaque, no que se refere às melhores

práticas sobre a gestão do PMI, refere-se à robustez dos documentos disponibilizados em cada

PMI.

Consideramos que é uma ótima prática o poder público ser bastante claro e

detalhado na definição do que espera receber da iniciativa privada com os estudos de

viabilidade. O Estado de Minas Gerais apresentou termos de referência, premissas e diretrizes

extensas nos três últimos PMIs que publicou, sendo que, em um deles, foi disponibilizado,

inclusive, um plano de negócios de referência.

São Paulo

Durante o desenvolvimento da pesquisa, a página eletrônica do Estado de São Paulo

sobre as PPPs foi reformulada, alcançando um bom nível de transparência sobre as

informações decorrentes dos PMIs.

Em relação ao Estado de São Paulo, o destaque refere-se à publicação das

informações sobre prazos, empresas cadastradas e situação dos PMIs que estão em

andamento.

Em apenas um arquivo, diversas informações relevantes foram consolidadas sobre os

PMIs em andamento. A expectativa é que a prática seja mantida também no que diz respeito

Page 27: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

27

aos critérios de aproveitamento dos estudos selecionados pelo Estado como subsídios para a

publicação dos respetivos editais de licitação.

Santa Catarina

O Estado de Santa Catarina apresentou uma estratégia inovadora na gestão de PMIs.

No caso do PMI para a “requalificação e implantação de obras estruturantes visando à

melhoria do sistema de transporte, de mobilidade urbana e de acesso à região insular de

Florianópolis, a partir da BR-101”, o Estado organizou o procedimento em duas etapas.

A primeira fase teve o objetivo de coletar ideias preliminares sobre as potenciais

soluções para o desafio de mobilidade na ligação entre a Ilha de Santa Catarina e o continente.

Após as contribuições iniciais (12 propostas foram enviadas), o poder público preparará um

termo de referência para que a segunda fase, em que os estudos de viabilidade completos

serão desenvolvidos, possa ocorrer. A estratégia do Estado de Santa Catarina é positiva, pois o

poder público, com as duas fases, terá mais condições de definir a necessidade pública a ser,

eventualmente, satisfeita pela futura PPP.

Adicionalmente, Santa Catarina inovou ao publicar na página eletrônica da Secretaria

de Infraestrutura do Estado os inteiros teores da maioria das 12 propostas recebidas,

intensificando a transparência da tomada de decisão do poder público sobre o projeto.

Page 28: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

28

8. Conclusão

Esperamos que esta primeira sistematização de informações sobre os PMIs seja útil

àqueles que se interessam pelo mercado brasileiro de PPPs.

Em nossa opinião, o PMI antecipa o ambiente competitivo que, até então, se iniciava

apenas na fase de consulta pública do edital de licitação e, portanto, deve ser encarado com

atenção pelo setor público e pela iniciativa privada.

Publicaremos periodicamente a atualização deste relatório, assim como estudos mais

aprofundados a respeito das variáveis que foram apresentadas, assim como outras, que ainda

não integram o banco de dados. No caso de sugestões ou dúvidas, incentivamos que os

interessados entrem em contato16.

Estamos cientes de que provavelmente há omissões e imprecisões no relatório e na

amostra pesquisada. Incentivamos e agrademos antecipadamente o envio de críticas e

sugestões. Reforçamos a convicção de que a maior circulação de informações e análises sobre

o mercado brasileiro de PPPs tende a fortalecê-lo.

Agradecemos ao apoio da Pezco Microanalysis na etapa de divulgação deste relatório e

aos profissionais e estudantes que participaram de cursos organizados pelo PPP Brasil nos

últimos meses.

16

http://pppbrasil.com.br/portal/contact.

Page 29: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

Anexo – Lista de Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI)

Projeto Ente da federação Setor Data da publicação do aviso de

chamamento público (PMI)

1 Centro Integrado de Ressocialização - CIR Alagoas Segurança pública 23/01/2012

2 Projeto de Mobilidade Urbana – VLT Região Metropolitana de Maceió

Alagoas Transporte de passageiros 26/07/2012

3 Sistema Adutor do Agreste Alagoas Saneamento básico (abastecimento de água)

23/01/2009

4 Mobilidade Salvador- Lauro de Freitas Bahia Transporte de passageiros 25/03/2011

5 Arena Fonte Nova Bahia Estádio/Arena 2009

6 Ponte Salvador-Itaparica Bahia Logística (ponte) 15/01/2010

7 Trem do Cariri Ceará Transporte de passageiros 10/10/2011

8 Estádio Plácido Aderaldo Castelo (Castelão)

Ceará Estádio/Arena 2008

9 Terminal Intermodal de Cargas - Porto Pecém-Tic

Ceará Logística (portuária) 07/10/2011

10 Arco Rodoviário Metropolitano de Fortaleza

Ceará Logística (rodovia) 06/10/2011

Page 30: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

Projeto Ente da federação Setor Data da publicação do aviso de

chamamento público (PMI)

11 Manutenção de Rodovias Estaduais CE-40, CE-60, CE-85

Ceará Logística (rodovia) 06/10/2011

12 Metrô de Fortaleza Ceará Transporte de passageiros 10/10/2011

13 Ponte Estaiada sobre o Rio Cocó Ceará Logística (ponte) 07/10/2011

14 Penitenciária de Segurança Máxima Ceará Segurança pública 02/01/2012

15 Hospital Metropolitano do Ceará Ceará Saúde 11/10/2011

16 Centro de Eventos do Ceará - eficiência energética

Ceará Infraestrutura predial (centro de convenções)

01/01/2011

17 Unidades Socioeducativas para Adolescentes em Conflito com a Lei

Ceará Segurança pública 07/12/2011

18 Saúde Pública Distrito Federal Saúde 11/07/2011

19

Estacionamento Subterrâneo/Resíduos

Sólidos/Infraestrutura viária,

aeroportuária, mobilidade urbana e

logística/Sistemas de Segurança/Água e

Esgoto17

Distrito Federal Trânsito (estacionamento público)

11/07/2011

17

A despeito de haver diversos projetos, incluímos e contabilizamos o referido Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) do Distrito Federal como apenas 1 (um). Entretanto, estamos cientes de que o modo de contabilização sugerido pode gerar um cenário conservador a respeito dos projetos de PPP decorrentes do referido PMI, pois, como foi publicado recentemente pelo Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas do Distrito Federal, foram autorizadas consultas públicas para as modelagens

Page 31: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

Projeto Ente da federação Setor Data da publicação do aviso de

chamamento público (PMI)

20 Unidades de Pronto Atendimento e Clínicas de Família

Distrito Federal Saúde 07/02/2011

21 Conjunto Habitacional Mangueiral Distrito Federal Infraestrutura predial (habitação) 2007

22 Programas Habitacionais Distrito Federal Infraestrutura predial (habitação) 28/11/2011

23 Escolas Públicas Distrito Federal Educação 23/12/2011

24 Ampliação da rede Faça Fácil Espírito Santo Prestação de serviços ao cidadão 15/12/2011

25 Centro de Eventos Multiuso das Montanhas Capixabas (CEMMC)

Espírito Santo Infraestrutura predial (centro de convenções)

05/07/2012

26

Universalização dos serviços públicos de esgotamento sanitário da Região Metropolitana da Grande Vitória (Município de Serra)

Espírito Santo Saneamento básico (esgotamento)

29/04/2010

27 Veículo Leve sobre Trilhos Goiás Transporte de passageiros 13/05/2011

28 Complexo Penal Goiás Segurança pública 06/01/2012

29 Hospital Central de Cuiabá Mato Grosso Saúde 31/01/2012

finais de 3 (três) projetos: saúde, resíduos sólidos urbanos e segurança para grandes eventos. A ausência de informações precisas sobre a experiência com o PMI no Distrito Federal inviabilizou um retrato mais fiel a respeito de seus projetos de PPP em fase de estruturação.

Page 32: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

Projeto Ente da federação Setor Data da publicação do aviso de

chamamento público (PMI)

30 Hospital Infantil Mato Grosso Saúde 2012

31 Hospital Regional de Porto Alegre do Norte

Mato Grosso Saúde 10/07/2012

32 Complexo Penitenciário Mato Grosso Segurança pública 02/02/2012

33 Tratamento de Resíduos Sólidos na Região Metropolitana de Belo Horizonte

Minas Gerais Saneamento básico (resíduos) 25/06/2010

34

Estudos levantamentos e propostas para implantação e operação dos serviços relativos ao projeto de transporte de passageiros sobre trilhos

Minas Gerais Transporte de passageiros 15/06/2012

35 Lotes Rodoviários Minas Gerais Logística (rodovia) 24/01/2008

36 Unidades de Atendimento Integrado - UAI

Minas Gerais Prestação de serviços ao cidadão 12/02/2008

37 Sistema Produtor do Rio Manso Minas Gerais Saneamento básico (abastecimento de água)

01/03/2011

38 Complexo do Mineirão Minas Gerais Estádio/Arena 2009

39 Centro Empresarial da Gameleira Minas Gerais Infraestrutura predial (centro empresarial)

24/03/2012

40 Exploração Aeroporto Regional da Zona da Mata

Minas Gerais Logística (aeroportuária) 14/11/2008

Page 33: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

Projeto Ente da federação Setor Data da publicação do aviso de

chamamento público (PMI)

41

Contorno Metropolitano Rodoviário da RMBH – trecho norte (Contorno Metropolitano Norte)

Minas Gerais Logística (rodovia) 31/08/2012

42 Centros de Atendimento ao Cidadão Paraná Prestação de serviços ao cidadão 12/07/2011

43 Polo Ecologístico (Porto e Aeroporto no litoral Norte)

Pernambuco Logística (portuária e aeroportuária)

23/06/2011

44 Sistema de esgotamento sanitário da RM do Recife e do Município de Goiana

Pernambuco Saneamento básico (esgotamento)

09/08/2007

45 Rota do Capiberibe Pernambuco Logística (rodovia) 29/03/2012

46 Arena Multiuso da Copa 2014 Pernambuco Estádio/Arena 2008

47 Centro Integrado de Ressocialização de Itaquitinga

Pernambuco Segurança pública 2007

48 Campus Integrado da Universidade de Pernambuco na Cidade da Copa

Pernambuco Infraestrutura predial (universidade)

29/03/2012

49 Arco Metropolitano Pernambuco Logística (rodovia) 23/06/2011

50 Esgotamento Sanitário dos Municípios de São Gonçalo e Itaboraí

Rio de Janeiro Saneamento básico (esgotamento)

13/01/2012

51 Operação e Manutenção do Complexo Maracanã

Rio de Janeiro Estádio/Arena 13/01/2012

52 Linha 3 do Metrô Rio de Janeiro Transporte de passageiros 06/06/2012

Page 34: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

Projeto Ente da federação Setor Data da publicação do aviso de

chamamento público (PMI)

53 Construção e Manutenção Predial e Conforto Ambiental de Unidades de Saúde

Rio de Janeiro Saúde 09/03/2012

54 Estádio das Dunas – Novo Machadão Rio Grande do Norte

Estádio/Arena 2009

55

Estudos, investigações e levantamentos que indiquem a possibilidade de execução de PPPs na área de Segurança Pública

Rio Grande do Sul Segurança Pública 05/03/2009

56

Desenvolvimento de estudos técnicos e projetos básicos que apontem alternativas para a ampliação da capacidade de investimentos da CORSAN

Rio Grande do Sul Saneamento básico 08/08/2011

57 Modernização da Rodoviára de Porto Alegre

Rio Grande do Sul Transporte de passageiros 02/03/2012

58

Estudos, investigações e levantamentos que indiquem a possibilidade de execução de PPPs na área de modais de transporte

Rio Grande do Sul Logística (diversos) 15/09/2008

Page 35: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

Projeto Ente da federação Setor Data da publicação do aviso de

chamamento público (PMI)

59

Estudos, investigações e levantamentos que indiquem a possibilidade de execução de PPPs nas áreas de saneamento (esgotamento sanitários e resíduos industriais), Irrigação, Administração de Prédios Públicos e Modais de Transporte

Rio Grande do Sul Saneamento básico (diversos) 23/01/2009

60 Saneamento - CAERD Rondônia Saneamento básico (esgotamento)

26/03/2012

61 Programa de PPP Hospitalar Rondônia Saúde 10/04/2012

62

Requalificação e implantação de obras estruturantes visando à melhoria do sistema de transporte, de mobilidade urbana e de acesso à região insular de Florianópolis, a partir da BR-101

Santa Catarina Logística (túnel) 24/05/2012

63 Centro de Atendimento ao Cidadão Santa Catarina Prestação de serviços ao cidadão 22/12/2011

64 Sistema São Lourenço São Paulo Saneamento básico (abastecimento de água)

10/08/2009

65 Indústria Farmacêutica São Paulo Saúde 27/10/2011

66 Linha 18-Bronze do Metrô São Paulo Transporte de passageiros 02/02/2012

67 Projeto aula interativa São Paulo Educação 04/04/2012

Page 36: Sobre Pernambuco, leia a página 17 do Relatório PPP Brasil

Projeto Ente da federação Setor Data da publicação do aviso de

chamamento público (PMI)

68 Unidades Prisionais São Paulo Segurança Pública 03/03/2012

69 Linha 20-Rosa do Metrô São Paulo Transporte de passageiros 03/08/2012

70 Linha 6-Laranja do Metrô São Paulo Transporte de passageiros 05/10/2011

71 Habitação do Centro de São Paulo São Paulo Infraestrutura predial (habitação) 17/04/2012

72 Novo Centro Administrativo do Governo de Sergipe

Sergipe Infraestrutura predial (centro administrativo)

26/12/2008

73 Prestação de serviços de Saúde em Municípios de Sergipe

Sergipe Saúde 27/04/2009