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SITUAÇÕES DE EXCEÇÃO
A PERSPETIVA DE PLANEAMENTO E DE GESTÃO
Ana Madruga
19 de agosto de 2015
Situação de exceção
Todas as ocorrências naturais ou provocadas pelo homem, por vezes com elevado número de
vítimas, onde exista desequilíbrio entre as necessidades de socorro e os recursos disponíveis.
In Situações de Excepção no INEM
Da Gestão à Aplicação - Nelson José Pires Antunes ( agosto 2011)
Acidente Grave - Acontecimento inusitado com efeitos relativamente limitados no tempo e no
espaço, suscetível de atingir as pessoas e outros seres vivos, bens ou o ambiente.
Catástrofe - Acidente grave ou uma série de acidentes graves suscetíveis de provocar elevados
prejuízos materiais e, eventualmente, vítimas, afetando intensamente as condições de vida e o tecido
socioeconómico em áreas ou na totalidade do território nacional.
In Lei de bases da Proteção Civil
As intervenções em situações de exceção requerem:
• A participação de equipas multidisciplinares (ex.: equipas médicas, de socorro,
salvamento, resgate, comunicações, segurança, psicólogos, logísticos, investigação
criminal, entre outros)
• Atuação de forma coordenada
• Prioritário salvar vidas humanas, socorrer e prestar assistência aos feridos, não
esquecendo os cadáveres e os bens materiais.
Situação de Exceção - A Gestão/Planeamento
A gestão de situações de catástrofe ou de acidente grave corresponde à adoção de medidas
direcionadas para satisfazer as necessidades de socorro e de proteção civil em cada uma das
seguintes fases:
Pré-emergência
Emergência
Pós-emergência
EMERGÊNCIA
Resposta
Socorro
ATIVAÇÃO DOS PLANOS DE
EMERGÊNCIA
PÓS-EMERGÊNCIA
Recuperação
Reabilitação
PRÉ-EMERGÊNCIA
Mitigação
Planeamento
Diagrama da Gestão de Emergência
Finalidade - suportar as fases de resposta, recuperação e reabilitação decorrentes da
situação de desastre ou acidente grave.
Pré-emergência
Corresponde à
adoção das medidas
de mitigação dos
efeitos do
risco/planeamento
Planos de Emergência
exprimem o processo de Planeamento
Planeamento de Emergência
Processo através do qual se definem, testam e colocam em prática as medidas, normas
e procedimentos destinados a situações de acidente grave ou catástrofe.
Plano de
emergência
Plano de
contingência
Elaboração e Operacionalização de Planos de Emergência
Plano de emergência interno (PEI)
Destina-se a controlar a situação na origem e a limitar as consequências no interior do
estabelecimento
Manual de Acreditação de Unidades de Saúde - 8. Estrutura, equipamento e fornecedores ; Standard S 08.08
Estão estabelecidas as medidas de segurança no caso de emergências e são conhecidas pelos profissionais e
atualizadas periodicamente.
Elementos avaliáveis: 1 – A unidade dispõe de um Plano de Emergência atualizado e difunde-o a todos os profissionais.
(…)
Plano de emergência externo (PEE)
Destina-se a mitigar e limitar os danos no exterior do estabelecimento, decorrentes de um acidente
grave, organizando e definindo as orientações de atuação dos agentes de proteção civil,
organismos e entidades de apoio a empenhar em operações de proteção civil decorrentes desses
acidentes, de modo a garantir a proteção da população.
Os planos de emergência externos deverão antecipar os cenários suscetíveis de desencadear um
acidente grave ou catástrofe, definindo a estrutura organizacional e os procedimentos para
preparação e aumento da capacidade de resposta.
Planos de Emergências
Circular Informativa n.º 09
2011-04-01
Elaboração de um Plano de
Emergência nas Unidades de Saúde
1. Orientação da DGS n.º 007/2010, de 06/10/2010 - Elaboração de um Plano de Emergência nas
Unidades de Saúde
2. Cadeia de Comando na RAA - dois níveis de intervenção:
Nível Regional - Secretária Regional da Saúde/Direção Regional da Saúde
Nível local/institucional - Unidade de Saúde
(articulação com a Autoridade de Saúde Regional e com a Autoridade de Saúde Concelhia)
CADEIA DE COMANDO
1. Orienta o funcionamento das instituições, estabelecimentos e serviços de saúde que integram o Serviço
Regional de Saúde, coordenando a sua atuação;
2. Coordena os planos de emergências e os planos de contingência das unidades de saúde;
3. Coordena a articulação dos planos de emergência das diferentes unidades de saúde envolvidas;
4. Estende o âmbito da prestação de cuidados para o local de catástrofe ou de sinistro, colaborando na
prestação de cuidados de emergência médica pré-hospitalares, nomeadamente reforçando as suas
equipas e/ou material/equipamento, quando determinado pelo membro do governo responsável pela
área da saúde;
5. Unidade de Evacuações aéreas - HSEIT, EPE;
6. Define em caso de situações de exceção, em conformidade com a capacidade de resposta dos
hospitais da RAA, a unidade de saúde de destino das vítimas a evacuar;
7. Garante a articulação com serviços prestadores de cuidados de saúde não integrados no Serviço
Regional de Saúde.
8. Saúde pública
FORMAÇÃO - SReS/DRS
Plano de Resposta a Situação de Exceção
Módulo 1 – Levantamento de recursos da unidade de saúde (não presencial)
Módulo 2 – Curso – Como elaborar um Plano de Emergência Externo para Unidades de
Saúde (2 dias presencial)
Módulo 3 – Elaboração do documento escrito, confirmação de recursos e
aplicabilidade do Plano de Emergência Externa da Unidades de Saúde (não presencial
– apoio tutorial à distância)
Módulo 4 – Teste dos Planos em Table Top Exercise (2 dias presencial)
“Os primeiros dias, tanto quanto José Artur podia lembrar-se,
tinham sido os mais difíceis,. Com os pais retidos no hospital, onde
trabalhavam sem interrupções todos os médicos e enfermeiros da
ilha, passara a viver quase em exclusivo na companhia dos
avós…” in “ Arquipélago” – Joel Neto
Exercícios
Importantes ferramentas de treino
Oportunidade de melhoria no planeamento da resposta a situações de acidente
grave ou catástrofe.
Finalidade:
• Testar a operacionalidade dos planos
• Manter a prontidão dos meios
• Assegurar a eficiência de todos os agentes de Proteção Civil e das organizações intervenientes
• Assegurar a adequação e atualidade do plano
Permitem:
• Reforçar a articulação interinstitucional dos agentes
• Testar as comunicações e meios utilizados nestas
• Testar os recursos afetos à execução do plano
• Avaliar o plano
Planeamento Condução Avaliação Introdução de ações corretivas
Ciclo do exercício
Planeamento
Definição da tipologia: natureza, finalidade e âmbito
territorial
• Definição dos objetivos do exercício
• Identificação das entidades participantes
• Definição das estruturas de direção e das estruturas
auxiliares
• Constituição da Equipa Central de Planeamento
• Identificação e desenvolvimento do cenário
• Definição dos procedimentos de segurança
• Elaboração do Plano de Comunicações
• Identificação cronológica das fases do exercício
• Agendamento e preparação das reuniões de planeamento
• Preparação dos documentos de apoio
• Desenvolvimento dos formulários para a avaliação
• Identificação da Equipa de Avaliação
• Identificação da Equipa de Injetores
• Identificação da Equipa de Arbitragem
BRIEFING FIGURANTES 29 DE MAIO DE 2015 – SALÃO NOBRE DO SOLAR DOS REMÉDIOS
APRESENTAÇÃO: DIREÇÃO DO EXERCÍCIO/EQUIPA CENTRAL DE PLANEAMENTO
Sumário:
I - APRESENTAÇÃO COM CHAMADA DA LISTA DE
PRESENÇAS
II - APRESENTAÇÃO DO EXERCÍCIO
III - INFORMAÇÃO SOBRE OS PROCEDIMENTOS E
REGRAS DE PARTICIPAÇÃO
Anabela Faria
Anabela Peneque
Bruno Sousa
Carla Natal
Cristina Oliveira
David Salgado
Débora Cardoso
Dulcelina Tavares
Fátima António
Fátima Drumond
Helga Bailote
Hélia Cardoso
João Amaral
João Bonito
João Cruz
Jorge Santos
José Silva Ramos
Leontina do Canto
M Jacinta Menezes
Manuel Valadão
Margarida Silva
Maria da Graça Cunha
Maria de Fátima Costa Toste
Maria de Jesus Toste
Maria João Santos
Maria João Veiga
Mário Cerqueira
Miguel Ribeiro
Natacha Pires
Patrícia Vargas
Paulo Parreira
Renata Nunes
Ricardo Leal
Roberto Gaspar
Susana Borba Silva
I - Listagem dos figurantes:
Três expressões IMPORTANTES a atender:
1. Durante a condução de um exercício, todas as mensagens associadas
ao mesmo deverão ser precedidas pela expressão:
“EXERCÍCIO - EXERCÍCIO - EXERCÍCIO ( ou EXER, EXER, EXER)”
2. Sempre que no decurso de um exercício, surja uma situação real que
carece de tratamento específico, todas as comunicações associadas à
mesma deverão ser precedidas da indicação:
“NO PLAY – NO PLAY – NO PLAY”
3. Sempre que haja necessidade de suspender o exercício,
nomeadamente quando acontece um acidente real no âmbito do
exercício em curso ou quando as entidades envolvidas se vêm
confrontadas com uma situação real que as impeça de continuar a
assegurar a participação, a comunicação a emitir será:
“ABORT – ABORT – ABORT”
Alguns acrónimos :
DIREX – Diretor do Exercício
ECP - Equipa Central de Planeamento
ENDEX – Fim do exercício
LIVEX – Exercício à escala real
STARTEX – Início do exercício
II - APRESENTAÇÃO DO EXERCÍCIO
Exercício: Plano de Emergência Externo do HSEIT, EPE – Nível III
Entidade organizadora: Direção Regional da Saúde
Data: 2 de junho de 2015
Local: Zona externa ao HSEIT, EPE. Ocorrência Estádio João Paulo II
Duração: 1 hora (de planeamento)
Tipologia:
Exercício à escala real (LIVEX), com a finalidade
de avaliar a capacidade operacional da
ativação do Nível III do Plano de Emergência
Externo do Hospital Santo Espirito da Ilha Terceira,
EPE.
Objetivo Geral:
Testar a ativação do Nível III do Plano de
Emergência Externo do HSEIT, EPE, (PEE) no que
respeita às fases de alerta, alarme e execução.
Entidades participantes:
• Secretaria Regional da Saúde;
• Direção Regional da Saúde;
• Saudaçor, SA;
• Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores;
• Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, EPE;
• Polícia de Segurança Pública – Angra do Heroísmo;
• Parque Desportivo da Ilha Terceira - Estádio João Paulo II;
• Corpo de Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo;
• Corpo de Bombeiros Voluntários da Praia da Vitória;
• Liga dos Amigos do Hospital;
• Radioamadores.
Estrutura de direção Direção do Exercício (DIREX):
• Diretor Regional da Saúde – João Batista
Soares
Equipa Central de Planeamento (ECP):
• Diretora de Serviços de Cuidados de
Saúde – Ana Madruga
• Técnica Superior - Mafalda Bretão
Identificação e desenvolvimento de cenário:
Acidente grave no Estádio João Paulo II devido a explosão de very-
light num jogo de futebol, do qual resultaram 30 vítimas: 16 verdes, 9
amarelas e 5 vermelhas (2 queimados e 3 politraumatizados).
Localização do cenário
III - Informação sobre os
procedimentos e Regras de
participação
Particularidades
Entidade Sim Não verde amarela vermelha
1 Ricardo Leal Saudaçor x x
2 João Bonito Saudaçor x x Sem documentação
3 João Cruz Saudaçor x x
4 Jorge Santos Saudaçor x x
5 Bruno Sousa Saudaçor x x
6 David Salgado Saudaçor x x
7 João Amaral Saudaçor x x
8 Margarida Silva Saudaçor x x
9 Hélia Cardoso Saudaçor x x
10 Mário Cerqueira SReS x Condutor da grávida
11 Natacha Pires SReS x x
12 Maria João Santos SReS x x
13 Maria da Graça Cunha SReS x Grávida
14 Roberto Gaspar SReS x x Sem documentação
15 Manuel Valadão SReS x x
16 Renata Nunes DRS x x
17 Débora Cardoso DRS x Jornalista
18 Miguel Ribeiro DRS x x
19 Fátima Drumond DRS x x
20 Maria João Veiga DRS x x
21 Leontina do Canto DRS x x
22 Paulo Parreira DRS x x Sem documentação
23 Anabela Faria DRS x
24 Maria de Fátima Costa Toste DRS x x
25 Anabela Peneque DRS x x
26 Helga Bailote DRS x x Sem documentação
27 Susana Borba Silva DRS x Condutora da PCR
28 Dulcelina Tavares DRS x x
29 Fátima António DRS x x Invisual/(óculos escuros e bengala)
30 Patrícia Vargas DRS x x Sem documentação/Inglesa
31 Cristina Oliveira DRS x Jornalista
32 Carla Natal DRS x x
33 Maria de Jesus Toste DRS x x Surda Muda/sem documentação
34 M Jacinta Menezes DRS x x
35 José Silva Ramos DRS x x
FIGURANTES
Nome
VítimasCarro
CARRO (condutor)
Margarida Silva David Salgado --
Silva Ramos Fátima Drumond --
Leontina Canto Fátima António --
Susana Silva manequim --
João Cruz Maria de Jesus Toste --
Mário Cerqueira Graça Cunha --
Jorge Santos Manuel Valadão --
Patricia Vargas -- --
Carla Natal Anabela Faria M Jacinta Menezes
Débora Cardoso Ana Oliveira --
Ocupantes
08:45 – Ponto de encontro no Estádio João Paulo II
(Parque n.º 12)
(Estará um funcionário para o auxílio necessário, a partir das
08:30)
- Concentração no ponto 2 (Estádio – Bancada coberta)
- Caracterização dos figurantes por elementos do SRPCBA
XXX horas - início do exercício (STARTEX)
XXX horas ( hora de planeamento) fim do exercício (ENDEX)
1. As vítimas serão triadas pelos bombeiros e encaminhadas por estes para o
hospital.
2. As vítimas vermelhas serão caraterizadas pelo SRPCBA.
3. As vítimas possuirão um cartão com a descrição do seu estado de saúde.
4. As vítimas verdes, mediante indicação, encaminhar-se-ão para o parque n.º 12 e seguirão, em viatura própria, para o hospital.
5. Os fatores surpresa, mediante indicação, encaminhar-se-ão para o parque
n.º 12 e seguirão, em viatura própria, para o hospital.
6. TODAS as viaturas que participam no exercício têm de estar devidamente
identificadas com papel apenso no vidro, em local visível, com a indicação
“EXERCÍCIO”.
7. Os figurantes, ao chegarem ao hospital, serão devidamente encaminhados para o local de
concentração (da responsabilidade do hospital), onde devem permanecer até ao FINAL do
exercício.
8. O hospital oferecerá a todos os participantes um reforço alimentar.
9. Após o final do exercício (ENDEX) os figurantes que não tiverem viatura própria serão
transportados, ou pelos colegas, ou pelo hospital, ou pelo SRPCBA, até ao ponto de encontro no
Estádio João Paulo II (Parque n.º 12), devendo dirigir-se ao seu local de trabalho.
10. Aconselha-se o uso de roupa confortável, adaptada às condições meteorológicas previstas para
o dia 2. O local de concentração é exterior (e ventoso) e os postos de triagem, no hospital, também
são exteriores.
11. No local de concentração existem instalações sanitárias e algumas cadeiras no interior da
bancada coberta. Cada figurante é responsável pela sua alimentação antes da chegada ao
hospital. ATENÇÃO ÀS SITUAÇÕES ESPECIAIS DE SAÚDE – EX: DIABÉTICOS
12. Os figurantes poderão deixar os seus pertences pessoais entregues a Mafalda Bretão, a qual fica
responsável pela bolsa de valores destes. Aconselha-se que os figurantes se façam acompanhar do
mínimo possível (a caber em envelope A4) – DEVEM FICAR C/ DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO.
(salvo indicação contrária da ECP)
13. Os figurantes alvo de caracterização ficam responsáveis pela sua
descaracterização após o exercício. (Entregar o material à equipa.)
14. A PSP montará um cordão de segurança entre o Estádio João Paulo II e o Hospital e
dentro do perímetro do Hospital.
15. Os figurantes deverão seguir as indicações que lhes forem dadas pelos Bombeiros, PSP, médicos e enfermeiros ao serviço do exercício.
16. Bombeiros, PSP, médicos e enfermeiros estarão todos a ser alvo de avaliação de
desempenho no âmbito do exercício. Os figurantes deverão mostrar-se colaborantes
sem que isso afete o seu desempenho, pois pretende-se, acima de tudo, tornar o
cenário o mais real possível.
17. Para evitar qualquer tipo de acidente os figurantes, em viatura própria, deverão
deslocar-se cumprindo as regras do código da estrada, primando pela segurança. Deverá ser dada especial atenção a qualquer situação real que possa, entretanto,
ocorrer à margem do exercício (chegada ao hospital de ambulâncias ou outras
viaturas com doentes reais), as quais têm TOTAL prioridade.
Condução
Avaliação
Trabalhemos para a organização
Evitemos a desorganização
Obrigada