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E. coli Bactérias causam grandes problemas Lavar as mãos após usar o sanitário parece bastante simples, mas poucas pessoas conside- ram isso importante. Pesquisas indicam que ape- nas uma em cada cinco pessoas cultivam esse hábito. Muitos tipos de bactérias vivem nas fezes de animais e humanos. Algumas são mortais, como a ‘escherichia coli 0157: h7’. A melhor maneira de removê-las é lavar muito bem as mãos. Algumas pessoas podem até levar as bactérias no organismo sem adoecer. Mas quando as trans- mitem ao organismo de outras pessoas, por meio de mãos sujas, podem deixá-las difíceis. A bactéria ‘escherichia coli’ pode ser transmi- tida por alimentos contaminados, via fecal-oral, e causar infecções de grandes proporções, levando o paciente a hospitais e tratamentos difíceis. A infecção, muitas vezes, causa diarreia he- morrágica. Às vezes, os rins falham, especialmen- te em jovens crianças e idosos. Se a comida for mal cozida, a situação pode ser pior. Jornal intercub S Cubatão e Baixada Santista, Perigo Obras Lavar privada e fazer comida Filiado à Ano III – Nº 12 Cubatão, 1º agosto 2012 Milhares de trabalhadores do polo industrial cubatense correm risco de contaminação alimentar F az tempo que o sindicato vem denunciando a falta de higiene em várias em- presas de refeições cole- tivas. Mas, infelizmente, ninguém toma providências. E que sofre é o trabalhador. Primeiro, sofre o empregado dessas empresas, obrigados a limpar banheiros e sanitários, re- colher lixo, lavar chão, fazer faxi- na pesada e, depois, manipular alimentos. Não se trata de discriminação, pois esses são trabalhos como outro qualquer. Alguém tem que fazer e ser remunerado por isso. O problema é o acúmulo de fun- ções. Ao utilizar a mesma mão-de- obra para serviços tão distintos como faxina e cozinha, as empre- sas de refeições coletivas colocam em risco a saúde dos que comem os alimentos. E aí entram os segundos so- fredores, que são os milhares de trabalhadores das empresas con- tratantes das firmas de refeições coletivas, como as do polo indus- trial cubatense. O certo é as empresas terem equipes de 'asg' (auxiliar de serviços gerais) para as funções de limpeza e faxina. Existe categoria e sindica- to próprio dessa profissão. Muitas vezes, nosso pessoal está manipulando alimentos e recebe ordem para fazer faxina. E, depois, retornar à cozinha. Por mais higiê- nico e consciente que seja o cole- ga, o problema existe. Abenésio Santos, presidente do Sintercub: ‘Isso acontece na maioria das empresas, que utilizam o mesmo funcionário para tarefas distintas’ Na página 4, saiba como está a construção da nova sede do sindicato Fotos: Sintercub

Sintercub 12

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Redação e edição Paulo Passos

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Page 1: Sintercub 12

E. coli

Bactérias causam grandes problemas

Lavar as mãos após usar o sanitário parece bastante simples, mas poucas pessoas conside-ram isso importante. Pesquisas indicam que ape-nas uma em cada cinco pessoas cultivam esse hábito.

Muitos tipos de bactérias vivem nas fezes de animais e humanos. Algumas são mortais, como a ‘escherichia coli 0157: h7’. A melhor maneira de removê-las é lavar muito bem as mãos.

Algumas pessoas podem até levar as bactérias no organismo sem adoecer. Mas quando as trans-mitem ao organismo de outras pessoas, por meio de mãos sujas, podem deixá-las difíceis.

A bactéria ‘escherichia coli’ pode ser transmi-tida por alimentos contaminados, via fecal-oral, e causar infecções de grandes proporções, levando o paciente a hospitais e tratamentos difíceis.

A infecção, muitas vezes, causa diarreia he-morrágica. Às vezes, os rins falham, especialmen-te em jovens crianças e idosos. Se a comida for mal cozida, a situação pode ser pior.

Jornal

intercubSCubatão e Baixada Santista,

Perigo

Obras

Lavar privadae fazer comida

Filiado à

Ano III – Nº 12Cubatão,1º agosto 2012

Milhares de trabalhadores do polo industrial cubatense correm risco de contaminação alimentar

Faz tempo que o sindicato vem denunciando a falta de higiene em várias em-presas de refeições cole-

tivas. Mas, infelizmente, ninguém toma providências. E que sofre é o trabalhador.

Primeiro, sofre o empregado dessas empresas, obrigados a limpar banheiros e sanitários, re-colher lixo, lavar chão, fazer faxi-na pesada e, depois, manipular alimentos.

Não se trata de discriminação,

pois esses são trabalhos como outro qualquer. Alguém tem que fazer e ser remunerado por isso. O problema é o acúmulo de fun-ções.

Ao utilizar a mesma mão-de-obra para serviços tão distintos como faxina e cozinha, as empre-sas de refeições coletivas colocam em risco a saúde dos que comem os alimentos.

E aí entram os segundos so-fredores, que são os milhares de trabalhadores das empresas con-

tratantes das firmas de refeições coletivas, como as do polo indus-trial cubatense.

O certo é as empresas terem equipes de 'asg' (auxiliar de serviços gerais) para as funções de limpeza e faxina. Existe categoria e sindica-to próprio dessa profissão.

Muitas vezes, nosso pessoal está manipulando alimentos e recebe ordem para fazer faxina. E, depois, retornar à cozinha. Por mais higiê-nico e consciente que seja o cole-ga, o problema existe.

Abenésio Santos, presidente do Sintercub: ‘Isso acontece na maioria das empresas, que utilizam o mesmo funcionário para tarefas distintas’

Na página 4, saiba como está a construção da nova sede do sindicato

Fotos: Sintercub

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2 Cubatão, 1º agosto 2012Jornal

intercubSFiliado à

Exploração

Não dá Cuidado

Jurídico

Sem ‘cat’

Patrão tira nosso couroTem empresa que dispensa trabalhador em fase de experiência por causa de acidente

As empresas exigem uniformes limpos, com o que concordamos, mas só fornecem dois por ano. Como o trabalhador pode manter o pa-drão, desse jeito?

O sindicato recomenda atenção do pessoal às advertências. Agora, as empresas inventaram uma tal ‘carta de compromisso’. Para efeito le-gal, é advertência.

Um dos mais conceituados advogados de Santos e região faz parte do nosso departamento jurí-dico. É o Dr. Luiz Gonzaga Faria. Ele atende na sede do sindicato e em seu escritório, na Rua João Pessoa, 134, conjunto 12, 1º andar, Centro, Santos, fones 3219-3549 e 3219-9116.

O sindicato volta a chamar atenção dos trabalhadores para exigirem a comunicação de acidente de trabalho (cat) em qualquer circunstância.

Isso porque as empresas não têm o menor respeito nem consideração pelos funcioná-rios que sofrem acidentes du-rante a jornada de trabalho, principalmente no período de experiência.

Exemplo, numa ‘gata’ que serve refeições no polo indus-

trial de Cubatão: a funcioná-ria, ainda na experiência, foi demitida um dia após sofrer acidente.

Sabe qual a justificativa do patrão? “Ela não passou na experiência”. Esse é apenas um dos casos, pois a maioria dos acidentes não é divulgada.

As ocorrências ficam no sigilo porque as empresas, como medo de punições do Ministério do Tra-balho, convencem os trabalhado-res a não exigirem a ‘cat’.

Uniforme: só dois por ano?

Compromisso é advertência

Plantão civil e trabalhista

Acidentada e demitida

A maioria das em-presas tira o couro do trabalhador. No Hospital Guilherme

Álvaro, por exemplo, os fun-cionários e funcionárias traba-lham no regime de 12 por 36, dia sim, dia não.

De repente, mudam a esca-la para 6 por 1. Mudança radi-cal, sem observância do acor-do coletivo de trabalho e sem qualquer comunicação prévia.

As empresas simplesmen-te passam o rolo compressor. Numa dessas ditaduras, uma funcionária faltou dois dias porque a filhinha de oito meses estava doente.

A companheira levou o atestado de dois dias e, mesmo assim, foi demitida. Ela pediu que não fizessem isso, explicou a emergência, mas não teve jeito: olho da rua.

Ao folgar apenas um dia na

semana, como que o pessoal vai aguentar? Os trabalhado-res estão mobilizados, o sindi-cato está atento e não deixare-mos que os abusos patronais continuem.

No Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, jornadas

de trabalho deixam empregados de cozinhas em

estado lamentável

Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Refeições Coletivas de Cubatão e Região (Sintercub). Rua Bernardino de Pinho

Gomes, 741- Jardim São Francisco - Cubatão (SP) Cep 11500-150, fone fax 3375-3092.

Presidente: Abenésio dos Santos. Redação e edição: Paulo Passos. Diagramação: www.cassiobueno.com.br - Impressão: Diário do Litoral 3226-2051

Base territorial: Cubatão, Santos, São Vicente, Guarujá, Bertioga, Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Caraguatatuba, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Ilhabela, Itanhaém,

Itariri, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Mongaguá, Pariquera Açu, Pedro de Toledo, Peruíbe, Praia Grande, Registro, Rio Grande da Serra, São Sebastião e Ubatuba.

JornalSFiliado à

Expedienteintercub TIRAGEM 2 MIL

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3Cubatão, 1º agosto 2012 Jornal

intercubSFiliado à

Previdência

Quanto vale osalário-família

Matéria. Ilustração do blog da Previdência Social (cinco rostos).

Descanse numa das mais bonitas praias do litoral norte de São Paulo, Caraguatatuba

Salário-família é o benefício pago aos se-gurados empregados, exceto os domésticos, e aos trabalhadores avulsos com salário mensal de até R$ 915,05. Serve para auxiliar no sus-tento dos filhos de até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade.

São equiparados aos filhos os enteados e os tutelados, desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento. Deve ser comprovada a dependência econômica de ambos. A Previdência Social não exige tempo mínimo de contribuição.

De acordo com a Portaria Interministerial 2, de 6 de janeiro de 2012, o valor do salário-família será de R$ 31,22 por filho de até 14

anos incompletos ou inválido, para quem ga-nhar até R$ 608,80.

Para o trabalhador que receber de R$ 608,81 até R$ 915,05, o valor por filho de até 14 anos de idade ou inválido de qualquer idade será de R$ 22.

Até R$ 608,80 R$ 31,22De R$ 608,81 a R$ 915,05 R$ 22,00

DocumentosPara ter direito ao beneficio, o trabalhador

deve apresentar, ao departamento de pessoal da empresa, no ato da admissão, certidão de nascimento, carteira de vacinação atualizada e declaração escolar de sete a 14 anos.

Colônia

Luto

www.paulident.com.br

Caraguá esperapor sua família

Convênio Osan continua valendo

Saúde bucal na Paulident

Caraguatatuba é uma das cidades do litoral norte paulista mais agradáveis e badaladas. Você e sua família podem conferir isso em condições bastante favoráveis. O sindicato oferece, a preços simbólicos, a colônia de féria do Sindirefeições naquela praia. Informe-se e aproveite.

O convênio do sindicato com a Osan continua ativo. Os telefones estão nas carteirinhas. Pedimos a Deus que ninguém precise usar o serviço funeral.

De qualquer forma, o sindicalizado não paga nada e pode colocar quantos dependentes quiser, por R$ 4,50 por pessoa. Pode ser filho de qualquer idade, sogro, sogra, pai e mãe.

AdcomE atenção: o convênio com o operador de plano de saúde

Adcom pode ser utilizado com carteirinha da Osan. Informa-ções no sindicato. Aproveite as vantagens, com preços bem acessíveis para associados da Osan.

Cubatão3361-9039 e 3372-3144 - Rua Embaixador Pedro de Toledo, 380Vila Paulista (Castelão)Santos3235-3001 Avenida Ana Costa, 296, 2 º andar Ao lado do ExtraVicente de Carvalho3341-3373 - Rua Tiago Ferreira, 352, - 1º andar, conjunto 2Bertioga3317-4630 - Avenida Anchieta, 2.241, - sala 2 - AlbatrozOdonto IEm Peruíbe, - novo convênio - Clínica Blue CenterAvenida Padre Anchieta, 1025, loja 03 - 3455-2969Odonto IISão Sebastião - tem Odontoprev - Funciona no Centro da cidade.

AproveiteConvênio Capemisa garante sua família

O Sintercub tem nova e importante parceria para os sindicalizados. É com a Ca-pemisa Seguradora de Vida e Previdência. Com 51 anos no mercado, a empresa está entre as maiores do país.

Os associados agora têm seguro de vida com cobertura exclusiva para acidentes pes-

soais, 24 horas por dia, em qualquer lugar do país e tam-bém no exterior.

Em caso de morte aciden-tal do segurado, a família recebe indenização de R$ 5 mil. Além do seguro, há dois sorteios mensais pela Loteria Federal, de R$ 2 mil e500.

www.capemisa.com.br

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4 Cubatão, 1º agosto 2012Jornal

intercubSFiliado à

Data-base

Reajuste salarial de 9.48%,para ninguém botar defeito

Convenção e acordos coletivos de trabalho valem desde abril e mantêm benefícios anterioresNão é fácil negociar com as em-

presas. Elas visam apenas lucro. Mesmo assim, o reajuste salarial deste ano, se não foi dos melhores, também não foi ruim.

Não dá para ninguém botar de-feito no índice de 9,48% no piso, que passou de R$ 696 para R$ 762. Nem nos 8% até dois pisos. Tampou-co nos 7,5% entre dois pisos e qua-tro pisos e meio.

O reajuste na merenda escolar,

por sua vez, em alguns casos, che-gou a 14%. Com a inflação de 12 meses abaixo de 5%, foram reajustes razoáveis.

Isso foi possível porque a catego-ria se mobilizou, nas assembleias, no sindicato, nos locais de trabalho, mostrando que trabalhador unido jamais será vencido.

Reajuste salarial foi superior ao índice do custo de vida

medido nos supermercados

Presidente do sindicato, Abenésio Santos, vistoria a construção da nova sede do sindicato

Lucros Construção

Patrão sempre chora com ‘plr’ Sede nova de vento em popaToda vez que falamos em participa-

ção nos lucros ou resultados (plr), co-meça a choradeira dos empresários. Sempre dizem que estão no vermelho, blablablá etc.

Isso está acontecendo agora. O sindicato negocia com algumas em-presas, outras já fecharam e as dificul-dades se acumulam, como tudo que diz respeito às relações de trabalho.

A Quality Litoral, por exemplo, que é da região, negociou as metas a cumprir, conforme a Lei 10101-2000, e fechou acordo. O sindicato insiste que as demais façam o mesmo.

Se algumas estão no vermelho, não é problema dos trabalhadores. Ou estão vendendo comida a preço de banana ou as empresas são mal administradas.

A categoria terá, em breve, uma nova sede do sindicato, no mesmo endereço da atual. A construção não está acelerada porque todas as nor-mas são obedecidas.

Até que enfim, teremos um lugar decente para atender os trabalha-

dores, trabalhadoras e dependentes. Veja, nas fotos, como está o anda-mento das obras.

A diretoria covida os associados a visitarem o local para testemunhar a concretização de um sonho que está perto de se transformar em realidade.

Matéria. Fotos das obras, crédito e legenda:

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