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Simulado ENEM Parte 3 Linguagens e Códigos e suas Tecnologias TEXTO I ACESSIBILIDADE - CONCEITO Os conceitos de acessibilidade e inclusão social estão intrinsecamente vinculados. No senso comum, acessibilidade parece evidenciar os aspectos referentes ao uso dos espaços físicos. Entretanto, numa acepção mais ampla, a acessibilidade é condição de possibilidade para a transposição dos entraves que representam as barreiras para a efetiva participação de pessoas nos vários âmbitos da vida social. A acessibilidade é, portanto, condição fundamental e imprescindível a todo e qualquer processo de inclusão social, e se apresenta em múltiplas dimensões, incluindo aquelas de natureza atitudinal, física, tecnológica, informacional, comunicacional, linguística e pedagógica, dentre outras. É, ainda, uma questão de direito e de atitudes: como direito, tem sido conquistada gradualmente ao longo da história social; como atitude, no entanto, depende da necessária e gradual mudança de atitudes perante às pessoas com deficiência. Portanto, a promoção da acessibilidade requer a identificação e eliminação dos diversos tipos de barreiras que impedem os seres humanos de realizarem atividades e exercerem funções na sociedade em que vivem, em condições similares aos demais indivíduos. São princípios que orientam as ações de acessibilidade na UFC: a concepção de que a pessoa com deficiência é sujeito ativo, cuja vivência e visão de mundo devem assumir um papel primordial para a estruturação de um ambiente físico e socialmente acessível; e que a presença, na sociedade, de pessoas com deficiência, autônomas, é essencial para a criação de uma cultura inclusiva. Com base nestes princípios, assume-se como estratégia básica que essas pessoas exerçam função de facilitadoras da inclusão. http://www.ufc.br/acessibilidade-2/conceito-de-acessibilidade-2. Acesso em 23 set. 2014 1ª questão Considerando a fonte de que foi transcrito, infere-se que o objetivo comunicativo do TEXTO é A) conceituar acessibilidade, em sua acepção mais ampla. B) esclarecer que a acessibilidade é indispensável à pessoa humana. C) divulgar a responsabilidade social da UFC em relação à acessibilidade. D) relacionar acessibilidade à inclusão social. E) sensibilizar para a necessidade de políticas públicas voltadas para a acessibilidade. 2ª questão Textos podem ser motivados por diferentes propósitos enunciativos. No caso do TEXTO I, a função de linguagem que determina sua produção é a A) apelativa, já que veicula um ponto de vista respaldado por argumentos. B) fática, uma vez que busca estabelecer comunicação com possíveis alunos da UFC. C) metalinguística, pois se limita a usar o código para esclarecer o código. D) poética, porque a preocupação com a forma extrapola o previsto para o gênero. E) referencial, visto que apresenta conceitos com o único propósito da informação. 3ª questão A alternativa em que se apresenta análise adequada quando ao valor semântico do mecanismo de coesão em destaque é:

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Simulado ENEM – Parte 3 – Linguagens e Códigos e suas Tecnologias TEXTO I

ACESSIBILIDADE - CONCEITO

Os conceitos de acessibilidade e inclusão social estão intrinsecamente vinculados. No senso comum, acessibilidade parece evidenciar os aspectos referentes ao uso dos espaços físicos. Entretanto, numa acepção mais ampla, a acessibilidade é condição de possibilidade para a transposição dos entraves que representam as barreiras para a efetiva participação de pessoas nos vários âmbitos da vida social. A acessibilidade é, portanto, condição fundamental e imprescindível a todo e qualquer processo de inclusão social, e se apresenta em múltiplas dimensões, incluindo aquelas de natureza atitudinal, física, tecnológica, informacional, comunicacional, linguística e pedagógica, dentre outras. É, ainda, uma questão de direito e de atitudes: como direito, tem sido conquistada gradualmente ao longo da história social; como atitude, no entanto, depende da necessária e gradual mudança de atitudes perante às pessoas com deficiência. Portanto, a promoção da acessibilidade requer a identificação e eliminação dos diversos tipos de barreiras que impedem os seres humanos de realizarem atividades e exercerem funções na sociedade em que vivem, em condições similares aos demais indivíduos.

São princípios que orientam as ações de acessibilidade na UFC: a concepção de que a pessoa com deficiência é sujeito ativo, cuja vivência e visão de mundo devem assumir um papel primordial para a estruturação de um ambiente físico e socialmente acessível; e que a presença, na sociedade, de pessoas com deficiência, autônomas, é essencial para a criação de uma cultura inclusiva. Com base nestes princípios, assume-se como estratégia básica que essas pessoas exerçam função de facilitadoras da inclusão.

http://www.ufc.br/acessibilidade-2/conceito-de-acessibilidade-2. Acesso em 23 set. 2014

1ª questão Considerando a fonte de que foi transcrito, infere-se que o objetivo comunicativo do TEXTO é A) conceituar acessibilidade, em sua acepção mais ampla. B) esclarecer que a acessibilidade é indispensável à pessoa humana. C) divulgar a responsabilidade social da UFC em relação à acessibilidade. D) relacionar acessibilidade à inclusão social. E) sensibilizar para a necessidade de políticas públicas voltadas para a acessibilidade. 2ª questão Textos podem ser motivados por diferentes propósitos enunciativos. No caso do TEXTO I, a função de linguagem que determina sua produção é a A) apelativa, já que veicula um ponto de vista respaldado por argumentos. B) fática, uma vez que busca estabelecer comunicação com possíveis alunos da UFC. C) metalinguística, pois se limita a usar o código para esclarecer o código. D) poética, porque a preocupação com a forma extrapola o previsto para o gênero. E) referencial, visto que apresenta conceitos com o único propósito da informação. 3ª questão A alternativa em que se apresenta análise adequada quando ao valor semântico do mecanismo de coesão em destaque é:

A) “No senso comum, acessibilidade parece evidenciar os aspectos referentes ao uso dos espaços físicos. Entretanto, numa acepção mais ampla, a acessibilidade é condição de possibilidade para a transposição dos entraves” [...]. O articulador foi incorretamente utilizado uma vez que o 2º período não apresenta algo novo em relação ao enunciado anteriormente. B) [...] “numa acepção mais ampla, a acessibilidade é condição de possibilidade para a transposição dos entraves que representam as barreiras para a efetiva participação de pessoas nos vários âmbitos da vida social” [...] Na 1ª ocorrência, a palavra destacada marca ideia de causa e, na 2ª, finalidade. C) [...] “acessibilidade é condição de possibilidade para a transposição dos entraves que representam as barreiras para a efetiva participação de pessoas nos vários âmbitos da vida social. A acessibilidade é, portanto, condição fundamental e imprescindível a todo e qualquer processo de inclusão social” [...] A conjunção em destaque não foi adequadamente empregada, visto que o que se apresenta na oração que ela introduz é algo factual e não apenas uma dedução, logo seria mais adequada uma conjunção consecutiva. D) “É, ainda, uma questão de direito e de atitudes: como direito, tem sido conquistada gradualmente ao longo da história social; como atitude, no entanto, depende da necessária e gradual mudança de atitudes perante às pessoas com deficiência.” A locução conjuntiva atende ao propósito de marcar a ideia de adição entre as orações que ela liga. E) [...] “a promoção da acessibilidade requer a identificação e eliminação dos diversos tipos de barreiras que impedem os seres humanos de realizarem atividades e exercerem funções na sociedade em que vivem em condições similares aos demais indivíduos” [...] No excerto, a palavra em destaque exerce a função de mecanismo de coesão referencial, visto que retoma o termo “funções na sociedade.” 4ª questão A opção em que a oração em destaque está corretamente classificada é:

A) [...] "numa acepção mais ampla, a acessibilidade é condição de possibilidade para a transposição dos entraves que representam as barreiras para a efetiva participação de pessoas nos vários âmbitos da vida social. Oração subordinada substantiva objetiva indireta.

B) “A acessibilidade é, portanto, condição fundamental e imprescindível a todo e qualquer processo de inclusão social, e se apresenta em múltiplas dimensões” [...] Oração subordinada adverbial condicional.

C) [...] “a promoção da acessibilidade requer a identificação e eliminação dos diversos tipos de barreiras que impedem os seres humanos de realizarem atividades e exercerem funções na sociedade em que vivem, em condições similares aos demais indivíduos. Oração subordinada adverbial de lugar.

D) “São princípios que orientam as ações de acessibilidade na UFC: a concepção de que a pessoa com deficiência é sujeito ativo, cuja vivência e visão de mundo devem assumir um papel primordial para a estruturação de um ambiente físico e socialmente acessível” [...]

Oração subordinada adjetiva explicativa. E) “Com base nestes princípios, assume-se como estratégia básica que essas pessoas

exerçam função de facilitadoras da inclusão.” Oração subordinada substantiva subjetiva.

5ª questão Os sinais de pontuação são empregados em função de regras relacionadas à sintaxe, e, muitas vezes, sua presença (ou não) interfere na produção de sentido pelo leitor. Leia o período a seguir com atenção ao uso da vírgula e ao porquê de sua presença.

“A promoção da acessibilidade requer a identificação e eliminação dos diversos tipos de barreiras que impedem os seres humanos de realizarem atividades e exercerem funções na sociedade, em que vivem em condições similares aos demais indivíduos.”

A alternativa em que se emprega a vírgula em função da mesma regra que justifica sua presença no período acima é: A) “No senso comum, acessibilidade parece evidenciar os aspectos referentes ao uso dos espaços físicos.” B) “A acessibilidade é, portanto, condição fundamental e imprescindível a todo e qualquer processo de inclusão social, e se apresenta em múltiplas dimensões, incluindo aquelas de natureza atitudinal, física, tecnológica, informacional, comunicacional, linguística e pedagógica, dentre outras.” C) (A acessibilidade) “É, ainda, uma questão de direito e de atitudes: como direito, tem sido conquistada gradualmente ao longo da história social; como atitude, no entanto, depende da necessária e gradual mudança de atitudes perante as pessoas com deficiência.” D) “São princípios que orientam as ações de acessibilidade na UFC: a concepção de que a pessoa com deficiência é sujeito ativo, cuja vivência e visão de mundo devem assumir um papel primordial para a estruturação de um ambiente físico e socialmente acessível”. E) “Com base nestes princípios, assume-se como estratégia básica que essas pessoas exerçam função de facilitadoras da inclusão.”

TEXTO II Publicada em 24/09/2014 às 13:13

Prazo para elaboração de plano municipal de acessibilidade e mobilidade urbana termina em janeiro

A três meses do término do prazo estabelecido na legislação para a conclusão do Plano Municipal de Acessibilidade e Mobilidade Urbana, o município de Cuiabá ainda não possui uma proposta.

A três meses do término do prazo estabelecido na legislação para a conclusão do Plano Municipal de Acessibilidade e Mobilidade Urbana, o município de Cuiabá ainda não possui uma proposta. Durante audiência pública realizada nesta terça-feira (23), no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, o prefeito da Capital, Mauro Mendes, garantiu que nos próximos dias editará instrumento legal estabelecendo um calendário de ações.

Os motivos para o atraso, conforme o chefe do Poder Executivo, são muitos. Além das indefinições relacionadas às obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ainda foram apresentadas dificuldades referentes à implantação da Região Metropolitana. “Nós vamos cumprir o marco legal, mas não há como se pensar em um plano de acessibilidade e mobilidade urbana se não levarmos em consideração a região metropolitana”, afirmou o prefeito.

O promotor de Justiça Carlos Eduardo Silva, responsável pela realização da audiência, destacou que o Ministério Público é catalisador do anseio popular de se ter uma cidade mais planejada e defende o diálogo da população com o poder público para a solução dos problemas. “O Estado e o município precisam assumir a responsabilidade de construir o plano de mobilidade urbana municipal e o da região metropolitana. O prazo está se expirando e o não cumprimento da legislação terá várias implicações”, esclareceu o promotor de Justiça. O presidente da Organização “Cuiabá para Pessoas”, Abílio Brunini, chamou a atenção das autoridades sobre a importância da participação da população na elaboração do plano municipal. “Esse estudo não pode ser desenvolvido apenas pelos órgãos públicos, sem ouvir a população. Nós tememos que esse plano leve em consideração apenas questões macros. O plano precisa der dividido por regiões, zonas e eixos”, sugeriu. A ausência de ciclovias e ciclofaixas também foi abordada durante a audiência. O Ministério Público já tem um diagnóstico sobre a situação da Capital. “O diagnóstico é preocupante, assim como a situação das calçadas. Temos acompanhado de perto essa questão e exigido providências do Poder Público”, disse.

Também participaram da audiência, o titular da Procuradoria Especializada na Defesa do Meio Ambiente e da Ordem Urbanística, Luiz Alberto Esteves Scaloppe; o titular da Procuradoria Especializada na Defesa da Cidadania, procurador de Justiça Edmilson da Costa Pereira e os promotores de Justiça Gerson Barbosa e Salete Maria Búfalo Poderoso. http://www.onortao.com.br/noticias/prazo-para-elaboracao-de-plano-municipal-de-acessibilidade-e-mobilidade-urbana-termina-em-janeiro,24129.php Acesso em 24 set5. 2014.

6ª questão Há vários tipos textuais: argumentativo, descritivo, dialogal, expositivo,injuntivo, narrativo, relato, mas, dificilmente, encontraremos um texto estruturado unicamente a partir de algum deles. O texto em estudo, por exemplo, apesar de predominantemente estruturado, como A) relato, apresenta a tese de uma das pessoas envolvidas no fato enunciado: “‘Nós vamos cumprir o marco legal, mas não há como se pensar em um plano de acessibilidade e mobilidade urbana se não levarmos em consideração a região metropolitana’, afirmou o prefeito.”

B) narrativo, já que se estrutura a partir de elementos ficcionais, utiliza-se da descrição, como no seguinte fragmento: “A ausência de ciclovias e ciclofaixas também foi abordada durante a audiência.” C) injuntivo, visto que objetiva alterar o comportamento do leitor, é entrecortado pelo relato, pois apresenta um episódio marcante, com indicação de tempo e lugar e predomínio de verbos flexionados no pretérito. D) argumentativo, porque tem como propósito buscar adesão dos leitores para a tese segundo a qual se deve investir em ciclovias, há elementos narrativos, já que a argumentação é tecida a partir de elementos da ficção. E) dialogal, posto que há interação entre autor e leitor, no entanto há fragmentos argumentativos, já que apresenta o ponto de vista do prefeito de Cuiabá e seus argumentos em relação à implementação do plano municipal de acessibilidade. 7ª questão Os textos que circulam socialmente são produzidos a partir da articulação de determinados elementos estruturais que caracterizam os diferentes gêneros discursivos. No caso do que está em estudo, pode-se afirmar que é A) uma propaganda, visto que divulga uma ideia e busca adesão para ela. B) um editorial, pois apresenta o posicionamento de uma empresa jornalística acerca do fato enunciado. C) um artigo de opinião, em que se apresenta uma tese para a qual convergem todas as demais informações do texto. D) uma notícia tanto que relata um fato de interesse público, sem o propósito de emissão de opinião. E) uma entrevista, com indicação explícita das perguntas do entrevistador e respostas do entrevistado. 8ª questão Por mais que alguns autores procurem “apagar” de seus textos indícios do que eles realmente pensam acerca do fato enunciado, podem deixar vestígios, palavras e expressões, a partir das quais, o leitor é capaz de identificar sentimentos não descritos no texto. Esses indícios são as marcas de subjetividade. Dentre as alternativas a seguir, aquela em que a palavra destacada é, no contexto em que se insere, marca de subjetividade do autor do TEXTO I é: A) “A três meses do término do prazo estabelecido na legislação para a conclusão do Plano Municipal de Acessibilidade e Mobilidade Urbana, o município de Cuiabá ainda não possui uma proposta.” B) “Durante audiência pública realizada nesta terça-feira (23), no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, o prefeito da Capital, Mauro Mendes, garantiu que nos próximos dias editará instrumento legal estabelecendo um calendário de ações.” C) “Além das indefinições relacionadas às obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ainda foram apresentadas dificuldades referentes à implantação da Região Metropolitana.” D) “O promotor de Justiça Carlos Eduardo Silva, responsável pela realização da audiência, destacou que o Ministério Público é catalisador do anseio popular de se ter uma cidade mais planejada” [...] E) “Esse estudo não pode ser desenvolvido apenas pelos órgãos públicos, sem ouvir a população. Nós tememos que esse plano leve em consideração apenas questões macros.O plano precisa der dividido por regiões, zonas e eixos”, sugeriu.

9ª questão A escrita em registro padrão é regida por normas relacionadas à concordância, regência, pontuação, acentuação... A última, de modo especial, apresenta-se como desafio àqueles que desconhecem as regras de acentuação ou que, apesar de memorizá-las, têm dificuldade para identificar uma sílaba tônica ou de associá-la à regra que justifica a inserção do acento gráfico. Nesta questão, a alternativa em que se apresentam palavras acentuadas em função de um mesmo motivo é:

A) três, término, está.

B) município, Cuiabá, Abílio.

C) além, nós, têm.

D) veículo, município, público.

E) nós, há, é.

TEXTO III

Acessibilidade para todos

20/07/2013 Normas e leis à parte, mas não menos importante, é preciso antes prestar atenção à nossa

volta.As edificações, em sua maioria, não são acessíveis. Portas estreitas para a passagem de cadeiras de rodas, escadas que dificultam a vida não só dos cadeirantes, mas de idosos e mães com carrinhos de bebês.Quantos de nós podemos dizer que nossas casas são acessíveis? Se algum de nós, de repente, torcer o pé, e tiver que imobilizá-lo por um certo tempo, sentirá a dificuldade causada pela falta de acessibilidade e se dará conta do quanto a acessibilidade não é predominante. Apreciei muito ler sobre o Desenho Universal, percebi que se as medidas descritas no manual fossem adotadas nas novas edificações, ou feitas as adaptações necessárias nos edifícios não acessíveis, facilitaria a vida de muita gente, não só das pessoas com deficiência. Você já parou para pensar que podemos sofrer de uma “deficiência temporária” ao ficarmos imobilizados? Que todos seremos idosos e talvez tenhamos dificuldades para abaixar e colocar uma tomada? Que a diabetes ou problemas do coração poderão trazer algumas limitações? Com o aumento da população idosa, aumentam a incidência de doenças crônicas que acometem a qualidade de vida das pessoas. Sem falar das deficiências causadas por acidentes. Sem falar da acessibilidade à informação, direito de todas as pessoas que tem deficiência sensorial, que são a deficiência visual ou auditiva.

Embalagens que não contêm informações em Braille dificultam a vida do cego quando vai às compras, sem falar das calçadas em más condições que são uma verdadeira armadilha. Ou os avisos sonoros que não têm o seu correspondente em forma de sinais luminosos, para ajudar a pessoa com deficiência auditiva.

São detalhes que os profissionais precisam considerar no exercício de sua profissão. Não dá mais para pensar no assunto só quando aparece uma pessoa com deficiência. É preciso começar a construir uma sociedade acessível como uma prática que deve ser parte do dia-a-dia. Um dia que não precisarmos mais nos lembrar sobre a acessibilidade, o mundo enfim terá se tornado acessível. Assim como o título de um livro de Claudia Werneck: Ninguém mais vai ser bonzinho, na sociedade inclusiva.

http://syngaunis.wordpress.com/2013/07/20/acessibilidade-para-todos/ - Acesso em 22 set. 2014.

10ª questão É comum e desejado que diferentes textos, com diferentes posicionamentos acerca de um mesmo fato circulem na mídia. Essa diversidade é necessária para que jornais, revistas, sites, rádios cumpram seu papel de formar opinião com imparcialidade. Cabe ao leitor, nesse universo de textos, comparar fatos e posicionamentos a fim de emitir o próprio ponto de vista, com base em argumentos consistentes. Os TEXTOS I e III, por exemplo, apontam para a seguinte relação: A) o fato relatado em I é consequência do que se apresenta em III. B) os enunciadores dos TEXTOS I e III apontam para posicionamentos antagônicos em relação à acessibilidade urbana. C) o que se apresenta em III comprova a necessidade de implantação do plano municipal de acessibilidade e mobilidade urbana, ao qual se faz referência em I. D) I e III são estruturados a partir de objetivos divergentes, mas em um mesmo gênero. E) I e III apontam para a irrelevância da implantação de planos de mobilidade urbana. TEXTO IV

http://www.deficienteciente.com.br/2011/01/bancos-sao-multados-por-falta-de.html Acesso em 25 set. 2014

11ª questão As charges são textos estruturados a partir de fatos políticos e do conhecimento público. A partir do entrecruzamento da linguagem verbal e da não verbal e da figuratividade elas apresentam uma sátira de um acontecimento específico. No caso do TEXTO IV, essa sátira é construída principalmente a partir das seguintes figuras de linguagem: A) antítese e paradoxo.

B) paradoxo e ironia.

C) ironia e metonímia.

D) metonímia e metáfora.

E) metáfora e prosopopeia.

TEXTO V

http://www.mineirasemfreio.com.br/2011/03/chargevagas-de-acessibilidade.html - Acesso em 25 set. 2014

TEXTO VI

http://ifluxo.com.br/pages/br/mobbike/acessibilidade.php - Acesso em 25 set. 2014

TEXTO VII

No Brasil, as pesquisas demográficas desde o ano de 1872 incluem informações sobre deficiência. Estas pesquisas refletiam a visão que deficiência se define por um conjunto específico de defeitos corporais.

No Censo de 1920, a pesquisa no Brasil acrescentou as categorias mentais do Congresso de Londres, que se mantiveram somente até o Censo de 1940, segundo uma tendência internacional vinculada às dificuldades de recolher-se com precisão a informação sobre deficiência, então nomeada como espécie de demência (idiotismo, cretinismo e alienação mental). [...]

www.pessoacomdeficiencia.gov.bwww.pessoacomdeficiencia.gov.br( Fragmento adaptado) Acesso em 25 set, 2014

12ª questão Diferentes linguagens podem ser acionadas e entrecruzadas em função de um mesmo tema. É o que se percebe entre os TEXTOS V, VI e VII, a partir dos quais se percebe, em relação à justificativa do motorista, personagem do TEXTO V, que

A) VI descredibiliza-a, ao passo que VII a legitima. B) VI e VII negam a justificativa apresentada em V. C) VI a credibiliza e VII a nega. D) VI e VII a comprovam. E) VI e VII não estão diretamente relacionados a ela.

Proposta de redação

Esta proposta tem por objetivo oferecer aos estudantes a oportunidade de informação, leitura e reflexão acerca de fatos relevantes da atualidade. Propõe-se, pois, que o tema que aqui se apresenta seja debatido em classe, depois de feita leitura dos textos motivadores que se seguem a de outros, que podem ser acessados pelos próprios alunos com o propósito de ampliar a discussão.

Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema ACESSIBILIDADE, apresentando experiência ou proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Instruções: - o rascunho da redação deve ser feita no espaço apropriado; - o texto definitivo deve ser feito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas; - o texto com até 7 linhas será considerado insuficiente e receberá zero; - a redação que fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.

TEXTO I

Indicadores

No Brasil, as pesquisas demográficas desde o ano de 1872 incluem informações sobre deficiência. Estas pesquisas refletiam a visão que deficiência se define por um conjunto específico de defeitos corporais.

No Censo de 1920, a pesquisa no Brasil acrescentou as categorias mentais do Congresso de Londres, que se manterão, em determinada medida, até o Censo de 1940, segundo uma tendência internacional vinculada às dificuldades de recolher-se com precisão a informação sobre deficiência, então nomeada como espécie de demência (idiotismo, cretinismo e alienação mental).

A partir dos anos 80, o tema da deficiência ocupa mais espaço nas grandes investigações domiciliares brasileiras, em vista de uma crescente estruturação dos movimentos e das organizações "de" e "para" pessoas com deficiência. Mesmo assim, somente as perguntas que se referem à deficiência física e/ou mental são obrigatórias por lei (Lei Nº 7.853/1989). Dessa forma, ainda deixaram que inúmeras deficiências se reunissem apenas nesses dois grupos.

Os dados oficiais de deficiência coletados no Censo de 2000, seguiram a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que em seu questionário amostral, utiliza um critério baseado em dois esquemas distintos: o primeiro, formado a partir de um modelo centrado nas

características corporais, como no Censo de 1991 e pesquisas anteriores; o segundo, montado sobre uma escala de gradação de dificuldades na realização de tarefas pelo indivíduo. A captação de dados, assim, evolui, em sua concepção, para uma semelhança com outros instrumentos de pesquisas mais modernos utilizados atualmente.

O Censo 2000 marcou uma transição para uma nova forma de registrar informações sobre a deficiência no país. As perguntas levaram em conta a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), Deficiência e Saúde da OMS, com um foco em atividade.

Embora seja possível e importante continuar a melhorar a coleta das informações sobre deficiência no país, é preciso dizer que o progresso já foi muito grande.

http://www.pessoacomdeficiencia.gov.bwww.pessoacomdeficiencia.gov.br - Acesso em 25 set. 2014

TEXTO II

Protesto contra a falta de acessibilidade LUIZ VENTURA Sábado 29/06/13 14:21

Em meio à onda de manifestações que invadiu o País nas últimas semanas, a atitude de

Samuel de Oliveira, de 41 anos, paraplégico, morador de Juína, no Mato Grosso, é um exemplo de como um cidadão pode protestar sozinho e, mesmo assim, reunir milhares, sem destruir nada (aliás, muito ao contrário disso).

Cansado de conviver com a falta de acessibilidade na cidade, na última segunda-feira, 24, ele levou balde, cimento, madeiras, pedras e água para a entrada do prédio da Secretaria Municipal de Saúde e construiu uma rampa. Samuel vai ao local com frequência para buscar documentos que garantem um tratamento médico em Brasília.

O prefeito de Juína, Hermes Bergamim, prometeu melhorias.

Samuel de Oliveira – Foto: Metropolitana FM/Reprodução

http://blogs.estadao.com.br/vencer-limites/imagem-da-semana-protesto-contra-a-falta-de-acessibilidade/ - Acesso em 25 set. 2014

TEXTO III

Sebrae vai apoiar projetos voltados à acessibilidade

Agência Estado Publicação: 23/09/2014 18:19 Atualização: 23/09/2014 18:24

O Sebrae destinará R$ 28 milhões para selecionar até 240 projetos de pequenos negócios

voltados a tecnologias para pessoas com deficiência. Ao longo do primeiro semestre de 2015, serão abertas quatro chamadas para selecionar entre 50 a 70 projetos de micro e pequenas empresas que desenvolvam, por exemplo, aplicativos, equipamentos ortopédicos e auditivos, próteses entre outros itens que promovem a qualidade de vida, a inclusão e a independência dos 45,6 milhões de brasileiros - 24% da população do País - que vivem com algum tipo de deficiência. A ideia, defende o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, é mudar a dependência "extrema" de tecnologias importadas. "Essa população ainda tem uma enorme demanda não atendida por produtos e serviços que assegurem sua inclusão. Por isso, é importante investir em inovação tecnológica para tornar cada vez mais acessíveis soluções modernas e adaptadas às particularidades da população brasileira", afirma Barretto. "A acessibilidade como negócio é um mercado que privilegia as pequenas empresas. A produção acontece em pequena escala e o empresário precisa conhecer profundamente as demandas e características específicas do seu público", completa.

Na empresa de Jair Rais, a Andaluz Acessibilidade, são produzidas placas em braile e também sinais indicativos colocados no piso para orientação. Todos os produtos obedecem a um código específico, que ajuda a pessoa com deficiência visual a se localizar em qualquer ambiente. Com o apoio dos programas de incentivo à tecnologia do Sebrae, o empresário começou o negócio em 2004, com investimento de R$ 50 mil e quatro funcionários. Hoje, tem mais de 60 funcionários, faturamento anual de mais de R$ 3 milhões e mais de mil clientes. A empresa de Jair forneceu seus produtos para a adaptação das arenas de Brasília, Porto Alegre, Recife, Natal e Salvador, utilizadas na Copa do Mundo Fifa e também contribuiu com as reformas dos aeroportos de Guarulhos e do Galeão, no Rio de Janeiro.

Para Jair, o mercado só tem a crescer. "Mais do que nunca, as pessoas estão tomando consciência do tema acessibilidade. E ainda há muito por ser feito. Os prédios já adaptados não chegam a 3% das construções existentes. Sem contar com as novas obras que estão surgindo para o futuro", avalia o empresário. Uma lei federal de 2004 obriga as edificações a instalarem sinalização própria para pessoas com deficiência visual - são cerca de 35 milhões de brasileiros com dificuldade de enxergar, mesmo com óculos ou lentes de contato.

Ele afirma que resolveu apostar na tecnologia nacional por conta das normas técnicas brasileiras e devido ao alto custo para importar o produto, que não é isento de imposto. "O preço do item importado pode sair mais que o dobro daquele fabricado no Brasil. Jair diz que apostar em tecnologia nacional assegurou o ingresso a um mercado altamente competitivo. A Andaluz já exportou para Portugal, Alemanha, Omã, Uruguai, Argentina, Israel, Bolívia e Chile.

http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/09/23/internas_economia,572058/sebrae-vai-apoiar-projetos-voltados-a-acessibilidade.shtml Acesso em 24 set. 2014.

Gabarito: 1) C 2) A 3) C 4) D 5) D 6) A

7) D 8) A 9) E 10) C 11) C 12) B