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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS SUBSECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL
DIRETORIA DE ENSINO FUNDAMENTAL
Sequência didática
O universo das fábulas, receitas e
informações
POLYANA VASCONCELLOS
EDSON VIEIRA
KARLA COELHO
ERCÍLIA TOMAZ
Governador Valadares, MG Agosto/ 2013
2
Sequência Didática para 3º ano – Ensino fundamental
Sequência didática é um termo usado na educação para definir um procedimento encadeado de
passos, ou etapas, para tornar mais eficiente o processo de aprendizado.
Nesta sequência foram reunidas diversas atividades com três gêneros textuais diferentes (fábula,
textos instrucionais e textos informativos), portanto, a mesma foi dividida em três pequenas sequências
observando as competências e habilidades abordadas na matriz de referência do PROALFA, e a
proficiência estipulada como meta para a SRE em 2013.
Durante o trabalho com os gêneros textuais é fundamental utilizar as estratégias de leitura com
cada uma das atividades. É importante propor aos alunos que façam previsões sobre cada um dos
textos, como por exemplo:
a) o assunto do texto;
b) o título, a partir dos personagens ou de fatos principais;
c) o desfecho, a partir de alguns segmentos;
d) o texto a partir de um segmento que o constitui.
Com base na teoria que orienta nossa prática pedagógica e acreditando na prática como uma das
partes da teoria, elaboramos uma sequência didática com três gêneros textuais diferentes (fábula,
textos instrucionais e textos informativos), para se constituir o nosso objeto de ensino aprendizagem e
definir assim a delimitação dos objetivos, conteúdos e atividades. Dito de outro modo, buscamos no
trabalho com sequências didáticas criar situações de ensino aprendizagem mais eficazes.
Público Alvo:
Alunos alfabetizados do 3º ano do Ensino Fundamental
Objetivos Específicos:
Ampliar a identificação de som/fonema inicial de palavras
Reconhecer números de sílabas das palavras
Identificar os elementos da narrativa, espaço e lugar, geralmente no meio ou final de conto ou
fábula
Reconhecer finalidade do texto de gênero menos familiar (biografia e ficha técnica)
Iniciar a distinção entre fato e opinião em um texto
Inferir sentido de palavra ou expressão em texto
Ampliar a identificação do local correto de inserção de uma palavra no dicionário ou em uma
lista (Ordem alfabética)
Estabelecer coerência e coesão no processamento de textos
Inferir informações implícitas e explicitas em textos
Formular hipóteses
Identificar gêneros textuais diversos
3
FÁBULA
A fábula pode ser vista como um excelente exercício de reflexão sobre o comportamento
humano e as vicissitudes da vida, e não como uma forma de inculcar no leitor certas “verdades”. Do
ponto de vista pedagógico, essa atividade de leitura exige a participação ativa do professor, pois ele
deve estimular os alunos a se posicionarem criticamente diante do texto, pedindo-lhes que comentem
as ações dos personagens e que reflitam sobre a situação apresentada, relacionando-a com fatos da
vida real.
H11. Identificar elementos que constroem a narrativa
Características de fábulas:
- Presença de animais nas histórias com características humanas
- Moral da história
- Texto curto
- Título com nomes de animais
- Diálogo entre os animais
- Tempo indeterminado
- Narrador em 3ª pessoa (o narrador conta como se tivesse visto a cena)
Aula 1
Construindo a compreensão do gênero
O professor distribui para cada grupo três fichas de cartolina, com um provérbio (moral) conhecido, esclarecendo que este é um tipo de frase lapidar, concisa e com um sentido exato e que apresenta um ensinamento proveniente da sabedoria popular. Após uma pequena discussão, o grupo deve eleger a frase que, para a maioria, é a mais significativa, fazendo uma pequena exposição dos motivos e ilustrando-a com situações cotidianas. OBSERVAÇÃO: Ao distribuir as fichas com os provérbios, o professor deve ter o cuidado de não fazer a indicação dos títulos das fábulas, pois este conhecimento será inferido pelos próprios alunos. (Anexo 1 – provérbios ou moral – recortar e colar em uma cartolina)
Aula 2
Leitura de fábulas
O professor distribui para cada grupo três fábulas diferentes, as quais ilustram as morais anteriormente apresentadas. Os grupos trocam os textos entre si, até que todos tenham lido todas as fábulas. Logo em seguida deverão descobrir qual moral pertence às fábulas lidas. A atividade tem o propósito de familiarizar os alunos com a forma e a linguagem do gênero, além de ampliar o seu repertório. (Anexo 2 - Varal de Fábulas – fazer cópias e colar em cartolina)
4
Aula 3
DEFININDO FÁBULA
H24. Reconhecer finalidade de gêneros textuais diversos
Procure no dicionário alguns significados da palavra “moral”. a)_____________________________________________________________________
b)_____________________________________________________________________
c)_____________________________________________________________________
d) ___________________________________________________________________
Formule agora um conceito para esse tipo de texto: Fábula é _____________________________________________________________
(Professor: Faça um cartaz explicando o que é fábula, sua finalidade e Moral para exposição)
O professor solicita aos alunos que apontem, oralmente, características comuns a todos os textos lidos. O professor poderá fazer perguntas que chamem atenção para aspectos como brevidade da história, presença de personagens animais que agem como seres humanos, ausência de indicações precisas de tempo e espaço e explicitação de uma moral.
Aula 4
Texto 1: O Leão e o Ratinho
H14. Formular hipóteses
1. ATIVIDADES ANTES DA LEITURA:
1. Antecipar conhecimentos sobre o tema ou sobre a ideia principal. Vamos ler um texto cujo
título é: O leão e o Ratinho
2. O que este título sugere?
3. Será que este texto falará de como devemos tratar os animais?
4. O que o leão fará com o ratinho?
5. O texto que vamos ler é uma Fábula. Você já sabe o que é uma Fábula?
6. Que elementos encontramos em uma Fábula? (Cenário, personagens, situação do dia-a-dia,
ação, resolução, ensinamento).
7. Para ser uma Fábula o que não pode faltar no texto? (situação do cotidiano, ensinamento ou
ideia).
8. Você gosta ou não gostou de ler Fábulas? Por quê?
9. O que você gosta de ler? E de ouvir histórias, você gosta?
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2. ATIVIDADES DURANTE A LEITURA
2.1. Apresentação do texto e leitura: Leitura da Fábula pelo professor...
Professor: O professor iniciará as atividades informando o título do texto e questionando
oralmente os alunos sobre ele. O importante é observar três pontos: motivação para a leitura,
ativação dos conhecimentos prévios e antecipação de previsões e perguntas sobre o assunto.
Professor: Depois de contar a história, distribuir o texto para os alunos e convidá-los a acompanharem a leitura que ele fará em voz alta. Após a leitura do professor, este poderá solicitar a leitura dos alunos dividindo o texto em parágrafos. As atividades que estão propostas a seguir devem ser feitas oralmente.
2.2. Leia o texto abaixo com bastante atenção. Conte para sua professora a história que você
leu. Depois faça a interpretação.
O Leão e o Ratinho
Ao sair do buraco o ratinho deu de cara nas patas
do leão. Ficou paralisado, de pelos em pé, cheio de terror.
O leão, porém não lhe fez mal nenhum.
Segue em paz, ratinho, não tenha medo do seu
rei.
Dias depois o leão caiu em uma rede. Urrou
desesperadamente, tentou escapar, mas quanto mais
tentava mais preso no laço ele ficava.
Atraído pelos urros, apareceu o ratinho.
Amor com amor se paga. – disse ele e pôs a roer as cordas da rede.
Rapidamente conseguiu roer uma das malhas da rede. Como as cordas começaram
a se soltar, pode o leão se soltar e escapar.
Moral: Na hora da dificuldade é que conhece um amigo.
2.3. Interpretação Oral
H10. Localizar informação explícita
Do que fala o texto? Breve explanação com ajuda do professor.
O que aconteceu com o ratinho quando viu o leão?
O que o leão disse ao ratinho?
O que aconteceu dias depois?
Qual foi a atitude do ratinho quando viu o leão preso?
O que podemos aprender com esta história?
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3. ATIVIDADES DEPOIS DA LEITURA
3.1 Confirmar, rejeitar ou retificar antecipações ou expectativas criadas antes da leitura
O texto confirmou as nossas hipóteses sobre a fábula? Comente.
Como? O que houve?
É possível agir bem, como o ratinho fez? Explique.
No Professor a seu critério, você poderá ainda, organizar rapidamente a dramatização
do texto com os alunos, formando diversos grupos de personagens e protagonistas,
como forma de compreender a seqüência da narrativa.
H6. Consciência Fonológica H10. Localização de informações explícitas em textos H12. Inferir informações em textos H13. Identificar assunto de texto
1. Interpretação Escrita:
a) Qual é o título do texto?
b) Quem são as personagens do texto?
c) O que aconteceu quando o ratinho saiu do buraco?
d) O que aconteceu dias depois com o leão?
e) Como foi que o ratinho salvou o leão?
f) Quantos parágrafos têm o texto?
g) Qual é a moral da fábula?
h) Procure no texto uma palavra que comece com a sílaba inicial da palavra “termômetro”.
2. Retire do 1º parágrafo as palavras que iniciam com a silaba da palavra:
Panela_________________________________________________
lebre _________________________________________________
lápis__________________________________________________
3. A fábula do Ratinho e o Leão é real ou fruto da imaginação?
4. Qual é o personagem que representa o poder e a força?
5. Qual é o personagem que representa a fragilidade, a esperteza e a agilidade?
6. No terceiro parágrafo grife as palavras urrou, desesperadamente e espaçar e procure o
significado delas no dicionário.
7. Que outra mensagem, das relacionadas abaixo, você colocaria no final do texto?
a) A mentira tem perna curta.
b) Quando um não quer dois não brigam.
c) Tamanho não é documento.
d) Faça o bem sem ver a quem.
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H26. Escrever frases/textos
8. Leia o bilhete que o leão enviou ao ratinho:
H15. Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto H18. Identificar marcas lingüísticas que evidenciam o enunciador no discurso direto ou indireto
8) Leia as fábulas de Esopo, La Fontaine e Monteiro Lobato, e de acordo com os aspectos indicados no quadro abaixo, compare e veja o que muda e permanece nas suas sucessivas reescrituras:
Esopo La Fontaine Lobato
Características das personagens
Indicações de tempo
Presença de dialogo
Moral
8
Fábulas de Esopo. São Paulo:Companhia da Letrinhas, 1994, p.38
O Leão e o Rato
La Fontaine
9
Professor você deverá trabalhar as biografias dos fabulistas acima destacando o
conceito de adaptações. (Anexo 3)
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9) Observe as cenas, reconte a fábula e crie um final diferente:
H26. Escrever frases/textos
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
Correção da Produção Escrita
Professor escolha uma das produções dos alunos, reproduza-a em xerox, omita o
nome da criança e faça a correção coletiva no quadro.
NÃO SE ESQUEÇA DE OBSERVAR: A ORTOGRAFIA, A SEQUENCIA LÓGICA E A PONTUAÃO.
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Aula 5
Texto: O Corvo e o Pavão
Leitura da Fábula utilizando a Pausa Protocolada
Pausa Protocolada Uma atividade muito usada por professores e que envolve a produção de inferências é a leitura protocolada ou pausa protocolada. O professor lê uma parte da história e faz várias perguntas aos alunos para que eles façam previsões sobre o que vai acontecer. Para fazer isso o aluno tem que ter entendido o que foi lido, e fazer projeções a respeito do que pode vir a acontecer. À medida que se avança no texto, mais informações devem ser lembradas e levadas em consideração, o aluno deve, então, fazer previsões e checar a compatibilidade dessas previsões com o que já é sabido do texto. Essa é uma tarefa interessante porque trabalha com relações de causa / conseqüência.
Neste tipo de atividade existem algumas perguntas que o professor não deve deixar de fazer para os alunos. Entre elas podemos citar: ‘com base em quê você está fazendo essa previsão?’ e ‘que dicas do texto você está usando?’. Essas perguntas ajudam os alunos a tornar mais consciente o processo de interpretação de texto.
ATIVIDADES ORAIS ANTES DA LEITURA:
1. Vamos ler um texto cujo título é: O Corvo e o Pavão
2. O que este título sugere?
3. Será que este texto falará de como devemos tratar os animais?
4. O que acontecerá com o corvo?
ATIVIDADES DURANTE A LEITURA
1. Apresentação do texto e leitura
Professor: O importante é observar três pontos: motivação para a leitura, ativação dos
conhecimentos prévios e antecipação de previsões e perguntas sobre o assunto.
O Corvo e o Pavão O pavão, de roda aberta em forma de leque, dizia com desprezo ao corvo:
Repare como sou belo! Que cauda, hein? Que cores, que maravilhosa plumagem! Sou das aves a mais formosa, a mais perfeita, não?
Não há dúvida que você é um belo bicho -- disse o corvo. Mas, perfeito? Alto lá!
Quem quer criticar-me! Um bicho preto, capenga, desengraçado e, além disso, ave de mau agouro... Que falha você vê em mim, ó tição de penas?
O corvo respondeu:
Noto que para abater o orgulho dos pavões a natureza lhes deu um par de patas que, faça-me o favor, deu um par de patas que, faça-me o favor, envergonharia até a um pobre diabo como eu...
O pavão, que nunca tinha reparado nos próprios pés, abaixou-se e contemplou-os longamente. E, desapontado, foi andando o seu caminho sem replicar coisa nenhuma. Tinha razão o corvo: não há beleza sem senão.
(Monteiro Lobato. *Fábulas*. São Paulo, Brasiliense, 1994. p. 30.)
Professor, você deverá antecipar conhecimentos sobre o tema ou sobre a ideia principal
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3. Localizar informações explícitas no texto
H14. Formular hipóteses
As hipóteses deverão ser levantadas oralmente e registradas no quadro pelo professor.
Do que fala o texto? Breve explanação com ajuda do professor.
Como o pavão desprezava o corvo?
Qual o defeito que o pavão possuía?
Por que o corvo questionou a perfeição do pavão?
O que fez o pavão quando reparou nos seus próprios pés?
3. Confirmar, rejeitar ou retificar antecipações ou expectativas criadas antes da leitura
O texto confirmou as nossas hipóteses sobre a fábula? Comente.
Como? O que houve?
É possível agir bem, como o ratinho fez? Explique.
Professor: A seu critério, o professor poderá ainda, organizar rapidamente a dramatização do
texto com os alunos, formando diversos grupos de personagens e protagonistas, como forma
de compreender a seqüência da narrativa.
Atividades escritas Estudo do texto
H10. Localizar informações explícitas
H11. Identificar elementos que constroem a narrativa
H12. Inferir informações em textos
H13. Identificar assunto do texto
1. Quais são as personagens dessa história? 2. O que significam as expressões em destaque: a) "*O pavão, de roda aberta em forma de leque*, dizia com desprezo ao corvo:" b) "(...) Mas, perfeito? *Alto lá*!" c) "(...) capenga, desengraçado e, além disso, *ave de mau agouro*..." 3. Pinte as falas dos personagens presentes no texto. a) O que você observou para descobrir quais são as falas? 4. Copie do texto as palavras que caracterizam a beleza do pavão. 5. Quem aponta as características do pavão? 6. Agora, copie as palavras que caracterizam a aparência do corvo 7. Quem aponta as características do corvo?
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8. Agora, caracterize o jeito de agir do pavão. 9. O que o corvo disse que deixou o pavão triste e desapontado? 10. O que você entendeu da conclusão da história: "não há beleza sem senão"? 11- A ideia central do texto é: ( ) A timidez do pavão ( ) A beleza do pavão. ( )O orgulho do pavão.
11- Substitua as palavras grifadas por um sinônimo (palavras com sentido parecido) e
reescreva as frases.
a) O pavão, de roda aberta em forma de leque, dizia com desprezo ao corvo...
_____________________________________________________________________
b) Que falha você vê em mim, ó tição de penas?
____________________________________________________________________
12- Coloque as palavras abaixo em ordem alfabética, depois escolha três palavras e faça
frases com cada uma delas:
H22. Reconhecer os usos sociais da ordem alfabética
Jabuti – patas - corvo - onça – risada – buraco – osso – gaita
– agarrou – capivara – apuros – poeira – rastro - visitar
H6. Consciência fonológica
13- Complete o quadro abaixo:
Palavras Silaba inicial Silaba mediana Silaba final
APUROS A PU ROS
RISADA
AGARROU
POEIRA
Aula 6
Professor: Atenção às estratégias de leitura que devem ser utilizadas ANTES, DURANTE e
DEPOIS da leitura da fábula.
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FÁBULA 1
H17 – Identificar efeito de sentido decorrente de recursos gráficos,seleção lexical e repetição
H18 – Identificar o enunciador no discurso direto ou indireto lingüísticas que evidenciam
A coruja e a águia A coruja e águia, depois de muita briga, resolveram fazer as pazes. __Chega de briga – disse a coruja. __ o mundo é tão grande, e tolice maior que o
mundo, é andarmos a comer os filhos uma da outra. __ Perfeitamente – respondeu a águia. Eu também concordo. __ Nesse caso, vamos combinar: de hoje em diante não comerás nunca os meus
filhotes – falou a coruja. __ Muito bem, mas como posso identificar os teus filhotes? __ Fácil, sempre que encontrar uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres,
cheios de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma ave, já sabe, são os meus.
__ Está feito! – concluiu a águia. Dia depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos
dentro, que piavam de bico bem aberto. __ Bichos horríveis! – disse ela. __ vê-se logo que não são os filhos da coruja. E comeu-os, mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca, a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi justar contas
com a rainha das aves. __ Quê?!!! – disse a águia admirada. Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois
não se pareciam nada com o retrato que fizeste deles... Moral: para a mãe não existe filho feio.
Monteiro lobato
FÁBULA 2
O galo e a jóia
Um galo jovem e enérgico ciscava a poeira do chão quando encontrou uma jóia.
Convencido de que tinha achado uma coisa preciosa, mas sem saber direito o que fazer
daquilo, o galo ficou com ar importante e disse à jóia:
___ Olhe, sei que você é uma coisa muito fina. Só que não é do meu gosto. Para falar a
verdade, eu preferia de longe um grão de deliciosa cevada.
Moral: Às vezes o que é precioso para um não tem valor para outro.
Autor desconhecido
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H14. Formular hipóteses
INTERPRETAÇÃO ORAL
1) Apesar das duas fábulas serem bem diferentes, o que há de comum (semelhante) entre
as duas histórias?
2) Observe o inicio da escrita das fábulas, como os autores começam a escrita delas?
3) Quantos e quais são os personagens da fábula 1?
4) O que acontecia entre elas que provoca briga?
5) Qual foi o acordo que elas fizeram?
6) O acordo foi comprido? Explique.
7) Na fabula 2 quantos são os personagens?
INTERPRETAÇÃO ESCRITA:
H10. Localizar informação explícita H11. Identificar elementos que constroem a narrativa H12. Inferir informações em textos H13. Identificar assunto de texto
Interpretação Escrita
Releia a fábula A coruja e águia e responda as seguintes questões:
1) Das aves da fábula “A coruja e a Águia, qual delas é um animal noturno e o diurno?
2) Por que a coruja e a águia resolveram fazer as pazes?
3) Como a coruja descreveu ser os seus filhotes, para que a águia não os comesse ao
encontrá-los?
4) As aves fizeram um combinado e porque a águia comeu os filhos da coruja?
5) Quem é o autor da fábula “A coruja e a águia”?
6) Que moral você escreveria para esta fábula?
7) Complete o quadro abaixo:
Fábulas Titulo Personagens Moral
A coruja e a águia
O galo e a jóia
Professor os alunos deverão perceber que na fábula, a história inicia-se falando dos
animais e que elas terminam com algum ensinamento, que também é chamado de
moral da fábula
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H6 – Identificar sons de sílabas (consciência fonológica e consciência fonêmica).
Circule as figuras que:
A – COMEÇAM COM A MESMA SÍLABA, OU SEJA, PEDACINHO DE CORUJA:
B – COM A MESMA SÍLABA MEDIANA DE BURACO:
C – TERMINA COM A MESMA SÍLABA, OU SEJA, PEDACINHO DE TOCA:
8) Agora, complete as lacunas da fábula e em seguida faça a reescrita no caderno
O GALO E A JÓIA
UM _________JOVEM E ENÉRGICO _________ A POEIRA DO __________QUANDO
ENCONTROU UMA _______. CONVENCIDO DE QUE TINHA ACHADO UMA ________
PRECIOSA, MAS SEM SABER DIREITO O QUE ________DAQUILO, O ________ FICOU COM
___ IMPORTANTE E DISSE À ________:
___ OLHE, SEI QUE _______ É UMA COISA MUITO _______. SÓ QUE NÃO É DO MEU
_______. PARA FALAR A VERDADE, EU PREFERIA DE LONGE UM _________ DE DELICIOSA
CEVADA.
MORAL: ÀS VEZES O QUE É_____________ PARA UM, NÃO TEM VALOR PARA OUTRO.
Professor leia para os alunos a fábula “O galo e a jóia” e a seguir entregue a fabula xerocada com
lacunas no corpo do texto
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Aula 7
Professor: LEITURA DE FÁBULAS
A Cigarra e a Formiga é uma das fábulas atribuídas a Esopo, mendigo contador de
histórias da Grécia que viveu entre 620 a 560 anos a.C. Esta fábula foi recontada por Jean de
La Fontaine (1621-1695) e acabou muito popularizada. Leia o texto original de Esopo:
H11. Identificar elementos que constroem a narrativa H12. Inferir informações em textos H13. Identificar assunto de texto
H6. Consciência Fonológica
Texto 1:
A cigarra e as formigas
No inverno, as formigas estavam fazendo secar o grão molhado, quando uma cigarra, faminta, lhes pediu algo para comer. As formigas lhe disseram: “Por que, no verão, não reservaste também o teu alimento?”. A cigarra respondeu: “Não tinha tempo, pois cantava melodiosamente”. E as formigas, rindo, disseram: “Pois bem, se cantavas no verão, dança agora no inverno”.
Esopo
Agora, leia o texto de La Fontaine:
Texto 2:
A cigarra e a formiga Tendo a cigarra, em cantigas, Folgado todo o verão, Achou-se em penúria extrema, Na tormentosa estação. Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela Foi valer-se da formiga, Que morava perto dela. – Amiga – diz a cigarra – Prometo, à fé de animal, Pagar-vos, antes de Agosto, Os juros e o principal. A formiga nunca empresta, Nunca dá; por isso, junta. – No verão, em que lidavas? – À pedinte, ela pergunta.
Responde a outra: – Eu cantava Noite e dia, a toda a hora. – Oh! Bravo! – torna a formiga – Cantavas? Pois dança agora!
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Veja outras versões:
Texto 3:
Sem barra José Paulo Paes
Enquanto a formiga Carrega a comida Para o formigueiro, A cigarra canta, Canta o dia inteiro. A formiga é só trabalho.
A cigarra é só cantiga. Mas sem a cantiga da cigarra que distrai da fadiga, seria uma barra o trabalho da formiga!
INTERPRETAÇÃO ESCRITA
1) O autor La Fontaine reescreveu a fábula de Esopo a seu modo, criando um novo jeito de
contar. Que tipo de texto ele produziu? Que características observadas no texto, justificam sua
resposta.
2) Ele alterou somente a forma ou o conteúdo da fábula também?
3) No poema de José Paulo Paes, o canto da cigarra completa o trabalho da formiga; nas
versões tradicionais lidas antes, o canto da cigarra é oposto ao trabalho da formiga. Assinale a
resposta correta:
a. A partir da comparação, podemos concluir que na versão do poeta.
( ) O trabalho do artista é menos importante que os demais trabalhos.
( ) O trabalho do artista é tão importante quanto qualquer outro trabalho.
( ) Nenhum dos trabalhos da fabula são importantes.
b. Nas versões tradicionais:
( ) O trabalho do artista também é importante;
( ) Só o trabalho que produz bens materiais é importante.
( ) Qualquer tipo de trabalho é valorizado.
4) Procure nos textos palavras com a mesma sílaba final de:
a) Palha:_______________ b) Cantiga:__________________ c) Farra: _______________
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Texto 4
A cigarra e a formiga
Ilustração de Gustave Doré
a. Quem fez essa ilustração?
b. Você percebe alguma semelhança entre a ilustração e as fábulas lidas sobre a cigarra e
a formiga?
c. Ao observar a gravura, tente comparar com a versão original da fábula. Quem seria a
cigarra? E a formiga?
d. Analisando o ambiente, faça uma breve descrição da cena.
Texto 5:
Charge
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a. O que o conteúdo da charge tem a ver com a fábula estudada?
b. Explique por que você chegou a essa conclusão?.
Aula 8
H26. Escrever frases/textos
PRODUÇÃO TEXTUAL
Finalmente chegou a hora de escrever uma fábula...
Dicas para a produção
Como você aprendeu, a fábula é uma pequena narrativa, cujas personagens são geralmente animais que pensam, falam e agem como se fossem seres humanos. A fábula encerra uma lição de moral, ensinamentos que chamam a atenção para o nosso modo de agir e de pensar.
Além disso, apresenta forma concisa, personagens simples, diálogos curtos, quase ausência de descrições. O narrador é sempre um observador que não participa da história. As personagens caracterizam-se por um único traço: o cordeiro é ingênuo; a raposa esperta; o pavão vaidoso. Isso torna mais fácil identificá-los com o ser humano.
Certamente seu repertório de fábulas aumentou muito no decorrer desse projeto, além das fábulas lidas e estudadas aqui, você pesquisou e compartilhou com sua turma tantas outras, enriquecendo, assim, seu acervo relativo a esse gênero.
Escolha, então, uma fábula conhecida, criando uma nova versão para ela, modernizando-a.
Ao escrever, primeiramente, seu rascunho, preste atenção nas dicas a seguir que farão de seu texto um bom texto:
Lembre-se de que o narrador somente conta os fatos sem participar diretamente deles (narrador observador);
Procure usar personagens que representem atitudes e comportamentos que melhor condizem com as pessoas que serão retratadas na fábula;
Seja conciso, não abuse das descrições, reúna informações em um texto breve. Evite repetições de palavras, use bem o recurso da pontuação;
Faça diálogos, marcando as falas das personagens com aspas ou com travessão;
Escreva a moral da história de modo explicativo ou utilizando um provérbio;
Dê um título.
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Correção do texto
Aluno: _________________________________________________
Ilustração da história
A arte final é um fator indispensável para o sucesso do trabalho. Saiba que não é só mera
reprodução visual do texto escrito; é, sim, um novo texto que se faz vislumbrar, enriquecendo,
ampliando e complementando o já existente. Portanto, CAPRICHE!!
Professor utilize o quadro abaixo para fazer a correção da produção dos alunos. Reproduza
a folha para cada aluno
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Texto Instrucional
APRESENTAÇÃO
Os textos prescritivos ou instrutivos são os que contêm informação acerca do modo de realizar
uma atividade: são instruções. Pode ser simples, como recomendação de uma atividade escolar, ou
complexo, como uma lei parlamentar. Há instruções nos trabalhos manuais, nos jogos, no uso de
aparelhos e máquinas, nas receitas culinárias, nos regulamentos, etc.
As tarefas escolares estão repletas de instruções sobre como fazê-las. Uma das queixas mais
frequentes dos professores é de que "os alunos não lêem as instruções" ao realizarem às atividade. Não
apenas na Educação Infantil, mas no Ensino Fundamental também, Inclusive na universidade! Se não é
fácil ler as instruções, tampouco escrevê-las, "explicar com palavras" as tarefas envolvidas em qualquer
atividade.
CARACTERÍSTICAS DOS TEXTOS PRESCRITIVOS OU INSTRUCIONAIS
FUNÇÃO
regular com precisão o comportamento humano para realização de algum objetivo.
MODELOS
Instruções escolares.
Receitas culinárias e receitas médicas.
Regulamentos, códigos, normas: jogo, de comportamento, etc.
Instruções de manejo de materiais, aparelhos,etc.
Instruções para realização de trabalhos manuais, etc.
CONTEÚDOS
Explicação detalhada de como fazer determinada tarefa.
Presença de gráficos e sinais para ilustrar o conteúdo.
FORMATO
Texto em prosa diferenciado graficamente do restante do texto (por exemplo, da
enumeração de materiais necessários).
Uso de formas de ordenação e esquematização: numeração dos passos a serem seguidos,
roteiros, etc.
GRAMÁTICA
Frases curtas e precisas. Uso léxico específico do tema, especialmente verbos de ação.
Uso de formas impessoais no presente ou na 2ª pessoa no imperativo.
Importância de partículas temporais para ordenar a seqüência de ações.
PROCEDIMENTOS DE LEITURA
Uso de imagens, gráficos e ilustrações como complemento da informação textual.
Identificação das etapas do processo temporal (o que é primeiro, o seguinte, etc.)
Identificação e compreensão dos verbos de ação.
Procedimentos de consulta no decorrer da realização da tarefa.
23
Aula 9
H23. Identificar gêneros textuais diversos
H12. Inferir informações em textos
H10 . Localizar informação explicita
O professor deverá ler 2 tipos de textos instrucionais
Caso haja alunos na classe que ainda não saibam ler autonomamente, seria importante
que (a) professor(a) ajudasse na leitura. Após a leitura de cada texto, fazer a seguinte
exploração oral.
Que tipos de textos são esses?
Para que servem?
Onde são usados?
Quem geralmente utiliza esses tipos de textos?
Você conhece algum tipo de texto que também servem para dar instruções?
TEXTO 1
AS REGRAS DO JOGO
As regras de jogos são textos que trazem o “passo a passo” de como
realizar o jogo. Se a gente for mudar alguma coisa, muda as informações,
os objetivos e, consequentemente, a forma de jogar. É preciso ler as regras,
descobrir como se joga e jogar.
TRILHA DO ALFABETO
SIGA AS ORIENTAÇÕES DE SEU PROFESSOR OU PROFESSORA PARA FORMAR
DUPLAS.
LEIA AS INSTRUÇÕES JUNTO COM SEU PROFESSOR OU PROFESSORA.
PREPARAÇÃO
1. VÁ AO FINAL DO LIVRO, RECORTE E MONTE O DADO
2. PROVIDENCIE ALGUNS BOTÕES MARCAR SUA POSIÇÃO.
COMO JOGAR:
1. JOGUE O DADO, O NÚMERO QUE SAIR INDICA A QUANTIDADE DE CASAS
QUE VOCÊ PODERÁ ANDAR. MARQUE NO SEU LIVRO EM QUE VOCÊ ESTÁ,
USANDO UM BOTÃO.
2. ESCREVA NO QUADRO DA PÁGINA 45 O NOME DE UMA PESSE VOCÊOA
QUE INICIE COM A LETRA DA CASA EM QUE VOCÊ ESTÁ.
3. AGORA, É A VEZ DE SEU COLEGA.
24
TEXTO 2
ATIVIDADES ESCRITAS
1) Complete o quadro abaixo o que esses textos possuem em comum? O que esses
textos possuem de diferente?
Semelhanças Diferenças
2) No texto “Bolo de Abobora com coco” são necessárias 4 colheres de fermento em pó. A
colher utilizada como medida foi:
A ) de chá B) de sopa C) de sobremesa D) colher de pau.
3) Se você não seguir corretamente as instruções ao fazer o bolo o que poderá acontecer?
Professor faça um quadro comparativo das semelhanças e diferenças entre os textos
25
Aula 10
Escreva com suas palavras uma instrução para cada ilustração:
Manual de instrução
_________________________ _____________________ ___________________
_________________________ _____________________ ___________________
_________________________ _____________________ ___________________
_________________________ _____________________ ___________________
_________________________ _____________________ ___________________
_________________________ _____________________ ___________________
_________________________ _____________________ ___________________
_________________________ _____________________ ___________________
Professor explore bem as gravuras com os alunos, destacando as ações que estão sendo realizadas. O
modelo para correção está no anexo 4.
26
Responda em seu caderno:
1. Quantas ações devem ser executadas para lavar as mãos corretamente?
2. O que deverá ser utilizado para a lavagem das mãos?
3. Dê um título para este texto:
Aula 11
Texto 01
Antes da leitura:
Você gosta de brincar com jogos?
Todo jogo tem regras?
Você segue as regras dos jogos? Se alguém não segui-las o que pode acontecer?
Durante:
Apresente o título do jogo?
Você conhece esse jogo?
Você sabe com se brinca?
Entregue o texto a seguir e leia-o para seu aluno
JOGOS DOS PONTINHOS
27
Depois da leitura
1) Quem lê esse tipo de texto?
2) Em que situação esse tipo de texto é lido?
ATIVIDADES ESCRITAS
.Será que você aprendeu a jogar o jogo dos pontinhos? Então responda as abaixo:
1) Quantas pessoas podem participar desse jogo?
2) Que material é necessário para jogar?
3) Qual é o objetivo do jogo?
4) Como cada participante marca seus quadrinhos?
5) É importante fazer essa marcação? Por quê?
6) Imagine que os participantes desse jogo tenham nomes começados com a mesma letra.
De que forma poderão resolver o problema?
7) Encontre no texto palavras com a mesma sílaba mediana de:
a) Bagaço: ______________ b) Quadrilha:_______________ c) Caneca: ___________
Professor : forme duplas de alunos e distribua o tabuleiro do jogo. Releia as regras do jogo.
Textos que apresentam regras para uma brincadeira ou um jogo são chamados
de textos instrucionais, porque ensinam as pessoas a brincarem ou jogarem.
28
Texto 02
Antes da leitura:
Você gosta de brincar com jogos?
Todo jogo tem regras?
Você segue as regras dos jogos? Se alguém não segui-las o que pode acontecer?
Durante:
Apresente o título do jogo?
Você conhece esse jogo?
Você sabe com se brinca?
Entregue o texto a seguir e leia-o para seu aluno
Estátua
PREPARAÇÃO: Você vai precisar de um aparelho de som. Todos os jogadores fazem um
cículo e um fica como o mestre, controlando o som.
COMO BRINCAR: Quando o mestre quiser, ele abaixa o volume e diz “estatua” os jogadores
devem ficar em posição de estátua sem se mexer e o mestre vai tentar fazer caretas e
brincadeiras para ver quem se mexe primeiro. Não vale fazer cócegas, quem se mexer ou rir
primeiro, paga uma prenda.
ATVIDADES ESCRITAS
1) Que tipo de texto é esse?
( ) uma noticia ( ) uma receita ( ) uma instrução ( ) uma fábula
2) Para brincar de estatua voce vai precisar de:
( ) um lenço ( ) um anel ( ) um aparelho de som ( ) uma bola
3) Quando o mestre der uma ordem “ESTÁTUA” o que devem fazer os participantes do
jogo:
( ) correr ( ) parar ( ) dançar ( ) pular
4) Você já brincou e estatua? Como foi?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Aula 12
ESTÁTUA
29
RECEITA CULINÁRIA
Professor é a partir dessa descrição que se pode definir o que será abordado no trabalho com
o gênero. Não é necessário trabalhar com todos os aspectos, mas devem-se selecioná-los
tendo em conta os objetivos de trabalho definidos para a série, as possibilidades dos alunos e
a progressão do trabalho nas diferentes séries.
Descrição de receita culinária 1. contexto de produção
AUTOR/ ENUNCIADOR Algumas vezes não é identificado. Outras vezes é alguém especialista no assunto que escreve para jornais ou revistas ou pública livros. Em todos os casos, é alguém que sabe fazer uma determinada comida e pretende ensinar como fazer.
DESTINATÁRIO Leitores de jornal, revistas e livros de culinária. Alguém que pretende fazer uma determinada comida.
OBJETIVO Fazer com que o destinatário possa fazer comidas a partir da leitura da receita.
LOCAL DE PUBLICAÇÃO Livros de receitas, jornais – suplementos femininos – revista, caderno de receitas, embalagens de produtos etc.
2. Conteúdo temático Comida, etc.
3. Organização geral
TÍTULO Em geral, nome da comida que será preparada.
INGRDIENTES Lista de ingredientes que serão utilizados, com a respectiva quantidade.
MODO DE FAZER/ PREPARO Seqüência ordenada de procedimentos que deverão ser realizados.
TEMPO DE PREPARO (OPCIONAL) Informação sobre o tempo de preparo.
RENDIMENTO (OPCIONAL) Informação sobre a quantidade que será produzida.
CALORIA (OPCIONAL) Informações sobre a quantidade de calorias que a comida a ser produzida possui (essa é uma característica recente desse gênero e está relacionada a uma preocupação que grande parte das pessoas, por influência das diferentes mídias, vem demonstrando com a forma física e a saúde.)
4. Marcas lingüísticas e enunciativas Texto impessoal, uso de 3º pessoa (do ponto de vista morfológico) com valor de 2º pessoa (do ponto de vista discursivo)
MARCAS DE ENUNCIAÇÃO Uso do imperativo.
USO DE ADVÉRBIO Advérbio e locuções de modo (lentamente, levemente, bem devagar, etc.) e, eventualmente, de tempo (depois, seguida, 20 minutos etc.)
SELEÇÃO LEXIAL Nomes de alimentos e temperos, adjetivos e locuções adjetivas específicas (brando, fresca, média, fervente, fria, quente, etc.), e verbos específicos de atividades culinárias (cortar, picar, lavar, misturar, bater, despejar, colocar, arrumar, descascar, cozinhar, preparar, juntar, escorrer, ferver,etc.)
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Atividade de interpretação de texto: Receitas
Receita é um texto instrucional (explica como fazer algo). Uma receita apresenta duas
partes claras INGREDIENTES e MODO DE PREPARO, as receitas tem sempre uma estrutura
parecida:
Título;
Ingredientes: nessa etapa tem que conter as quantidades especificas de cada
ingrediente;
Modo de preparo: contendo informações pormenorizadas etapa a etapa de como fazer.
Professor: antes de iniciar o trabalho com receita culinária faz-se necessário trabalhar as dicas
de segurança na cozinha. Faça um cartaz do texto para afixar na parede da sala.
TEXTO 1
ATIVIDADES ANTES DA LEITURA
1. Quando sua mãe vai para a cozinha fazer algum prato delicioso para você, o que ela faz
antes de começar a fazê-lo?
2. É necessário algum cuidado para se cozinhar?
Professor tente ouvir todos os alunos e a seguir apresente o cartaz com o texto
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ATIVIDADES DURANTE A LEITURA
ATIVIDADES APÓS À LEITURA
1. Divida a turma em 5 grupos, peça que eles criem dicas de segurança no :
Grupo 1: Banheiro da escola
Grupo 2: na sala ao assistir televisão
Grupo 3: na piscina
Grupo 4: no recreio
Grupo 5: na rua ao soltar pipa.
2. Cada grupo deverá confeccionar um cartaz para afixar na parede da sala de aula.
3. Encontre palavras que rimem com:
a) Sabão:_______________ b) Cozinha: _______________ c) Avental:_________
TEXTO 2:
Leia o texto a seguir e faça as atividades
Pão de queijo Ingredientes
2 ½ xícaras de polvilho doce
½ xícara de polvilho azedo
1 xícara de leite
¾ xícara de óleo
1 xícara de queijo parmesão ou minas
3 ovos inteiros
1 colher de chá de sal
Modo de preparo
• Bata tudo no liquidificador, menos o queijo;
• Despeje tudo em uma vasilha e misture com o queijo já ralado;
• Leve ao forno em forminhas de empada untada por 20 minutos.
Carla Pernambuco. Juju na cozinha do Carlota: 29 receitas muito fáceis para crianças. São
Paulo: Caramelo, 2004. p. 36.
Interpretação de texto
1) Essa receita serve para:
a) ( ) orientar o preparo de alimentos
b) ( ) indicar quais remédios um paciente deve tomar
c) ( ) mostrar como se monta um brinquedo
Professor explore cada uma das dicas, perguntando se essas regras são cumpridas em
na casa dos alunos..
32
2) Quais são as partes em que nossa receita está divida
a) ( ) Inicio, meio e fim
b) ( ) título, ingredientes e modo de preparo
c) ( ) título, conteúdo e autor
3) Quais são os eletrodomésticos utilizados nessa receita?
_________________________________________________________________________
4) Essa é uma receita que as crianças podem fazer sozinhas? Justifique sua resposta.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5) Para que os números são utilizados em uma receita? O que aconteceria se uma receita
não apresentasse números?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
Aula 13
Professor: o objetivo é : ampliar conhecimentos acerca de textos
instrucionais, percebendo sua função e estrutura, bem como
desenvolver estratégias de leitura, interpretar pequenos textos e
apreciar a obra de Ivan Cruz.
AVIÃOZINHO DE PAPEL
VOCÊ ENCONTRARÁ ABAIXO INSTRUÇÕES DE COMO FAZER SEU
PRÓPRIO AVIÃO DE PAPEL. EMBORA VOCÊ POSSA VER AS IMAGENS, OS
TEXTOS FORAM RETIRADOS.
LEIA AS INSTRUÇÕES, OBSERVE AS IMAGENS E COLE-AS NO LUGAR CORRETO. DEPOIS, FAÇA SEU
PRÓPRIO AVIÃO DE PAPEL E DIVIRTA-SE COM SEUS AMIGOS:
RECORTE AS INSTRUÇÕES E COLE-AS NA SEQUÊNCIA CORRETO, DE
ACORDO COM AS
ILUSTRAÇÕE
COMO FAZER UM AVIÃO DE PAPEL
33
DOBRE A FOLHA AO MEIO,
ABRA-A E DEPOIS DOBRE AS
PONTAS DA ESQUERDA EM
DIREÇÃO AO CENTRO,
FORMANDO UM ‘BICO’.
DOBRE O ‘BICO’ PARA TRÁS,
DEIXANDO UM PEQUENO
ESPAÇO DE DISTÂNCIA (COMO
MOSTRA O PONTILHADO ).
DOBRE AS PONTAS DO LADO
ESQUERDO COMO FEZ NA
PRIMEIRA ETAPA, TORNANDO O
‘BICO’ MAIS FIRME.
DOBRE A PONTINHA QUE
SOBROU DO PRIMEIRO ‘BICO’
PARA TRÁS.
DOBRE NOVAMENTE O PAPEL
AO MEIO, COMO NO INÍCIO,
MAS PARA O LADO
CONTRÁRIO.
DOBRE AS LATERAIS,
CONFORME MOSTRA O
PONTILHADO, PARA MONTAR
AS ASAS.
34
Aula 14
Professor as atividades a seguir tem como objetivos desenvolver estratégias de leitura e o
raciocínio linguístico, aprimorar conhecimentos acerca do gênero textual receita e conhecer
diferentes formas de escrever um texto instrucional.
RAPUNZEL – A FAMOSA TORTA DA BRUXA
Além de ser uma ótima cultivadora de maçãs, a bruxa ainda tem uma receita de
torta de maçã que é uma gostosura!
Para confundir os curiosos, a bruxa fez algumas travessuras na hora de escrever
a receita.
1) Primeiro, ela embaralhou as letras de algumas palavras dos ingredientes. Leia
o que ela escreveu nesta parte e circule as palavras que ela modificou:
2) Agora, escreva abaixo os ingredientes da torta novamente, arrumando as
palavras embaralhadas:
TORTA DE MAÇÃ DA BRUXA
INGREDIENTES:
_____________________________
_____________________________
____________________________
____________________________
TORTA DE MAÇÃ DA BRUXA
INGREDIENTES:
3 ÇMÃAS
2 XÍCARAS DE RACÚÇA
2 XÍCARAS DE RIFANHA DE TRIGO
1 XÍCARA DE OÓEL
3 SOVO
1 COLHER DE NELACA EM PÓ
1 COLHER DE MENTOFER EM PÓ
½ XÍCARA DE SASPAS MODO DE PREPARO: BATA NO LIQUIDIFICADOR OS OVOS, ÓLEO, CANELA, AS MAÇÃS. DESPEJE
NUMA VASILHA E MISTURE A FARINHA, O AÇÚCAR, AS PASSAS E O
FERMENTO.
LEVE AO FORNO PRÉ-AQUECIDO E DEIXE ASSAR.
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____________________________
_____________________________
____________________________
____________________________
MODO DE PREPARO:
BATA NO LIQUIDIFICADOR OS OVOS, ÓLEO, CANELA, AS MAÇÃS. DESPEJE NUMA VASILHA
E MISTURE A FARINHA, O AÇÚCAR, AS PASSAS E O FERMENTO.
LEVE AO FORNO PRÉ-AQUECIDO E DEIXE ASSAR.
3) Além de ter a receita desta forma escrita, a bruxa ainda a tem em seu livro
secreto, por garantia. a receita deste livro é escrita de forma diferente, com
desenhos. Observe o primeiro quadrinho e complete os demais do mesmo
modo, tanto na parte de ingredientes quanto de modo de preparo:
MODO DE PREPARO:
Bata no liquidificador os
ovos,o óleo, a canela, as
maçãs.
Despeja numa vasilha e
misture a farinha, o açúcar, as
passas e o fermento
Leva ao fogo pré-aquecido e
deixe assar
36
Aula 15
AVIÃO DE PASTA DE DENTE
MATERIAL NECESSÁRIO:
1- Uma caixinha de pasta de dente, lantejoulas, tinta azul, caneta, tesoura sem ponta, cola e
papel cartão vermelho.
MODO DE FAZER:
1- Pinte a caixinha de pasta de dente com a tinta azul. Isso será o corpo do avião.
2- No verso do papel cartão, desenhe as asas do avião e corte-as.
3- Passe a cola nas asas e prenda na fuselagem.
4- Salpique umas gotinhas de cola para fazer as janelas, e cole lantejoulas. Agora, é só voar!
Atividades
A) Marque um x na resposta correta. O texto ensina fazer o que:
( ) uma receita ( ) uma brincadeira ( ) um brinquedo
B) O que vem primeiro para fazer o brinquedo?
( ) Modo de fazer ( ) material necessário
C) Quantas partes têm o texto?______________________________________________
D) Marque a resposta certa:
A palavra que tem a sÍlaba mediana igual a da palavra VERMELHO é:
( ) marmelo ( ) menino ( ) alarme ( ) médico
A palavra que tem a silaba final igual a da palavra TESOURA é;
( ) catarata ( ) raposa ( ) cadeira ( ) carteiras
A palavra que tem a silaba inicial igual a da palavra CAIXINHA é:
( ) cartola ( ) camisa ( ) caixão ( ) calma
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2) Coloque as seguintes palavras em ordem alfabética:
caixinha, pasta , lantejoulas, tinta, azul, caneta, tesoura, cola, papel ,cartão, avião, vermelho.
1______________________ 5_____________________ 9______________________
2______________________ 6_____________________ 10_____________________
3______________________ 7_____________________ 11______________________
4______________________ 8_____________________ 12_____________________
3) Numere as frases de acordo com o texto::
______ Salpique umas gotinhas de cola para fazer as janelas, e cole lantejoulas.
______ Pinte a caixinha de pasta de dente com a tinta azul. Isso será o corpo do avião.
______ No verso do papel cartão, desenhe as asas do avião e corte-as.
______ Passe a cola nas asas e prenda na fuselagem
Aula 16
Juliano esteve adoentado e teve que ir ao médico.
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Responda:
A) Qual o nome do paciente?______________________________________________
B) Qual é o nome do médico?______________________________________________
C) Quais são as recomendações do médico?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
D) Você já teve febre?_____________________________________________________
E) Quando você fica doente faz repouso? _____________________________________
F) Escreva o nome do xarope receitado pelo médico: ____________________________
G) Quantas gotas de Novalgina ele receitou? ___________________________________
H) Qual o nome do remédio que o Juliano terá de tomar de 12 em 12 horas?
______________________________
Em grupos os alunos deverão observar as seguintes questões
Alguém consultou com o mesmo médico?
Tem algum remédio em comum?
O que estavam sentindo quando foram ao médico?
Aula 17
ATIVIDADES ORAIS
Você já leu uma bula de remédio?
Por que os remédios têm bulas?
Quais as informações que você encontra numa bula de remédio?
Professor peça aos alunos que tragam de casa uma receita médica, forme grupos
para fazer uma comparação dessas receitas.
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Procure no dicionário, o significado das palavra de acordo com o sentido do texto:
Pediátrico _____________________________________________________________
Frasco ________________________________________________________________
Composição ____________________________________________________________
Colateral ______________________________________________________________
Posologia _____________________________________________________________
Paciente _____________________________________________________________
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ATIVIDADES ESCRITA
1) O que está sentindo o paciente que toma o remédio descrito?
2) Quais os efeitos colaterais que podem surgir para quem ingere esse remédio?
3) Este remédio deve ser ingerido por qual faixa etária?
4) Por que a recomendação “Mantenha o produto fora do alcance das crianças”, se o
remédio é para crianças?
5) Se você precisar tomar o remédio SENSIL, qual seria a dose?
6) Quem é o farmacêutico responsável?
7) De acordo com a bula, mulher grávida pode tomar esse remédio?
Professor divida a turma em duplas e peça que crie uma bula de remédio
contra a TRISTEZA
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TEXTOS INFORMATIVOS
É aquele que fornece informações sobre algum assunto, seja de cunho científico, técnico ou
cultural.
Suas principais características são:
Concisão de ideias;
Fidelidade científica;
Ausência de impressões pessoais.
Aula 18
Encaminhamento Metodológico
ANÁLISE DAS RELAÇÕES (código/significado) ENTRE AS PARTES DO TEXTO 1. Apresente o texto em cartaz, leia-o com ritmo, fluência e entonação e compare seu teor e estrutura
com as outras tipologias estudadas em sala de aula.
2. Encaminhe a discussão para que fiquem evidenciadas as características do texto informativo.
3. Chame a atenção dos alunos para o suporte (portador) do texto, questionando a finalidade das
revistas, suas diferenças e semelhanças com livros e jornais. É importante levar o suporte (livros,
revistas, jornais) para que os alunos manipulem e percebam as diferenças.
4. Proceda à leitura apontada e relacione o título ao tema do texto.
Professor: Neste momento é interessante enfatizar a função do título: sintetizar o texto,
despertar a curiosidade do leitor e convidá-lo à leitura.
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5. Destaque, no título, a palavra SAGUI e solicite que os alunos a encontrem no corpo do texto.
6. Solicite a criação de legenda para identificação das ideias básicas do texto:
Amarelo – parte do texto que informa o nome e o peso do sagui.
Azul – parte do texto que mostra onde é encontrado o menor sagui do mundo.
7. Que outras palavras você pode encontrar dentro das palavras do quadro abaixo:
MACACO AMAZONAS ESCOVA CABELO PIOLHOS
Aula 19
PRODUÇÃO DE TEXTO INFORMATIVO
I-Leitura de texto
Distribuir o texto e pedir para cada aluno fazer a leitura silenciosa.
AS CORUJAS
A coruja é uma ave noturna diferente de todas as outras. Seus grandes olhos voltados para frente, e não para os lados como nas outras aves, fazem com que ela pareça concentrada em tudo o que vê. Ela também consegue girar o pescoço totalmente para trás. A coruja dorme de dia e sai à procura de alimento durante a noite. Ela se alimenta de pequenos roedores e alguns insetos que atacam as plantas. Por isso, ela é importante para a natureza e uma protetora natural da agricultura. A coruja enxerga e ouve muito bem. Pelo som, ela sabe exatamente onde está a presa e faz um ataque certeiro. Como todas as aves, a coruja tem o corpo coberto de penas. E suas penas são tão macias que ela não faz barulho ao voar. Existem mais de 100 espécies espalhadas pelo mundo todo, menos nos lugares muito frios. Seu tamanho varia de 10 a 50 centímetros. A coruja faz seu ninho em buracos de árvores e em barrancos, onde seus ovos ficam protegidos. Os filhotes demoram um mês para nascer e ficam no ninho ao lado da mãe até aprenderem a voar. Durante esse tempo, é o macho que alimenta tanto a mãe quanto os filhotes. E eles só saem para viver sozinhos quando estão maiores e mais fortes. CONSUTORIA: Orieu Nogali, biólogo responsável pelo setor de aves do Zoológico de São Paulo. retirado da revista Ciências Hoje.
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Terminada a leitura a professora perguntará para a classe: Que tipo de texto é esse? Trata de que assunto?
II Buscar informações no texto, grifar e listar.
Em seguida a professora fará a leitura, compartilhada do mesmo texto e proporá que os alunos façam em dupla um levantamento dos tópicos que eles considerem mais importante, grifem e registrem no caderno. Pedirá que cada dupla leia em voz alta três tópicos que grifaram que deverá ser registrado na lousa em uma listagem cujo propósito é orientar o aluno a uma leitura cuidadosa voltada a buscar nos fragmentos anteriores do texto o entendimento do que esta lendo, confrontar com o colega sua interpretação, e selecionar o que achou mais importante e justificar sua escolha, negociando a pertinência de sua opinião. Essas mesmas estratégias estarão em jogo no coletivo, quando da listagem na lousa dos tópicos das outras duplas.
A professora explicará para as crianças que essa listagem vai ser um registro do levantamento dos tópicos mais importantes que eles encontraram no texto e será usado como um dos recursos que vai ajudar na elaboração de uma ficha técnica mais tarde. Nessa etapa, será garantido que todas as duplas apresentem as informações que acharam mais importantes se houver repetição a professora pedirá que a dupla procure outro tópico que ainda não foi contemplado. Este será o momento ideal para se discutir no coletivo quando alguma informação é improcedente e por que. . III Checar informações
Será feita mais uma leitura do texto pela professora, dessa vez interrompendo em cada parágrafo até conseguir abarcar todas as informações que a classe considerar que completa os tópicos e para assegurar que todos foram contemplados.
IV selecionar informações
Primeiro momento
A professora deverá entregar a cada aluno um modelo de ficha técnica referente a outro animal. Esse modelo será reproduzido no quadro. A professora iniciará uma discussão com a classe a partir das seguintes perguntas: Que texto é esse? Para que serve? O que ele informa? Quais as semelhanças e diferenças com o texto anterior sobre as corujas?
Espera-se nessa etapa que os alunos demonstrem seus conhecimentos prévios sobre esse gênero de texto e antecipem suas hipóteses sobre o que ele está comunicando.
Espera-se nessa situação que as crianças observem que a ficha técnica também é um texto que organiza as informações, mas com características diferentes do texto anterior e pela comparação dos dois textos possam se apropriar das peculiaridades do texto informativo. Espera-se também que os alunos aprendam a selecionar informações nos textos informativos a partir das orientações estabelecidas na ficha técnica.
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Segundo Momento
A professora informará aos alunos que a partir do modelo deverão criar em dupla uma ficha técnica sobre a coruja. Proporá que retomem o texto original grifado e busquem apoio na listagem dos tópicos para levantarem as informações exigidas na ficha.
Perguntar por onde é melhor começar a ficha técnica: pela localização, pela alimentação, pelas características?
V Elaboração de um texto informativo A professora perguntará aos alunos se é possível elaborar um texto informativo a partir
de uma ficha técnica. Pedirá que retomem a ficha técnica da Preguiça e proporá que em dupla elaborem um
texto informativo procurando usar nele tudo que eles aprenderam até agora de peculiar a esse tipo de texto.
Espera-se que com a prática de selecionar informações no texto inicial, solicitadas pela ficha técnica, os alunos aprimorem suas estratégias de leitura e progressivamente vão se tornando independente da professora na leitura e entendimento dos textos informativos, pois estará indo e voltando à leitura, relacionado as ideias de diferentes lugares do texto, interagindo entre si e com o objeto de estudo.
Professor: avise aos alunos que na próxima aula será selecionado um dos textos
produzidos para ser analisado com a classe com a intenção de que a classe aprenda como
fazer para melhorá-lo, pois em seguida as duplas retomarão a seus próprios textos agora
como leitor e não como escritor, para também aprimorá-lo.
45
Aula 20
VI Revisão do texto
O professor lerá as escritas dos alunos e selecionará uma para analisar com a classe. Escolherá a escrita cujas dificuldades permitam à classe a reflexão sobre o uso dos recursos típicos do gênero que estão estudando. A escrita será digitada pela professora e distribuída para a classe. Peça que os alunos façam uma leitura silenciosa e em seguida questione a classe:
É possível melhorar o texto, em que e como?
Professor retome a leitura de cada parágrafo e vá escrevendo no quadro a proposta dos alunos para melhorá-lo, refazendo-a sempre que for proposto até todos ficarem satisfeitos com o resultado.
Em outro dia será feito pela dupla a revisão de seu texto. Pretende-se com isso que os
alunos assumam uma postura de leitor observando a pontuação como recurso de organização, para ressaltar, explicar, definir. Observando a clareza, tempo verbal, precisão na construção das frases usando adequadamente os recursos do gênero informativo.
Aula 21
Professor: o objetivo desta atividade é explorar o texto informativo nos seus diversos contextos e meios
de produção. Para esta aula, você deverá conversar antecipadamente e oferecer aos alunos conceitos
relacionados a área de ciências: o que são e para que servem os antibióticos? O que é a ANVISA?
Retomar conceitos básicos de cuidados com a saúde e higiene. Estes dados devem ser registrados no
caderno do aluno.
Apresente cada um dos textos, separados e realize a leitura e exploração oral. Não esqueça de
oportunizar ao aluno conhecer as características de cada um e estabelecer uma comparação
entre eles e sua finalidade
Leia os textos a seguir:
O bem mais precioso que possuímos é a saúde, que depende de vários fatores, dentre eles, a
vacinação. Todos os anos são realizadas campanhas de vacinação contra várias doenças,
como mostra o cartaz a seguir. Leia-o com atenção.
46
Cartaz 1
Crédito: http://www.frangonerd.com.br/tag/ministerio-da-saude
.
Leia as informações do cartaz sobre o dia Mundial de lavar as mãos.
Cartaz 2
Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/flash/lavarasmaos.html
ATIVIDADE ESCRITA
1) A campanha de vacinação apresentada no cartaz 1 é uma forma de:
A) curar as crianças que estão com paralisia infantil.
B) ensinar aos pais como cuidar das crianças doentes.
C) evitar que as crianças tenham a paralisia infantil.
D) mostrar os sintomas da doença para as crianças.
47
2) O que tem de semelhante nos dois cartazes? E as diferenças?
3) Explique a importância do hábito apresentado no cartaz 2 para a nossa saúde.
4) Cite outros dois hábitos de higiene importantes para nossa saúde.
TEXTO: ANVISA
Leia as informações a seguir.
Anvisa publica novas regras para venda de antibióticos
Remédios passarão a ser vendidos apenas com a retenção da receita médica A Anvisa oficializou as novas regras que regulamentam a venda de antibióticos em farmácias
de todo o Brasil. Segundo as mudanças publicadas no Diário Oficial da União, esses
medicamentos deverão ser vendidos apenas com receita médica. As novas decisões da Anvisa
aconteceram pouco tempo depois dos surtos da superbactéria KPC (Klebsiella Produtora de
Carbapenemase), que é resistente a praticamente todos os antibióticos existentes. O uso
indevido de antibióticos é responsável pelo fortalecimento e pela mutação de algumas dessas
bactérias, que se tornam imunes aos remédios.
Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/anvisa-divulga-novas-regras-para-compra-
de-antibiotico. Acesso: 26 out. 2011.
4) A partir das informações do texto:
A) Escreva o que são antibióticos. B) Explique a importância da medida tomada pela Anvisa, determinando que os antibióticos sejam
vendidos apenas com receita médica. C) Cite o problema que pode ser causado pelo uso indevido de antibióticos.
5) Complete o quadro comparativo dos textos
Gênero textual Características Finalidade
Cartaz 1
Cartaz 2
Texto
48
6) Qual veículo de circulação utilizado para veiculação destes textos?
7) Usando o dicionário, encontre o significado das palavras a seguir: surto – pública – retenção –
resistente – indevido – mutação – imunes
Aula 22
Texto 1
Gabriel aprendeu durante as aulas de Ciências que a leitura do rótulo das embalagens é um
hábito que as pessoas precisam desenvolver. Ao chegar em casa quis saber quais as
informações contidas no pacote de pipoca sabor manteiga que sua mãe fez para seu lanche.
Leia na tabela a seguir as informações que ele encontrou.
.
Na tabela havia uma substância que ele não conhecia: Gordura Trans. Para saber o que era a
tal gordura, ele pesquisou e encontrou as seguintes informações contidas no texto 2:
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
Porção de 25 g (1 xícara de chá)
Quantidade por porção
Valor Energético 94 kcal = 395 kJ
13 g
2,1 g
3,9 g
1,0 g
1,7 g
3,0 g
0,6 mg
220 mg
Carboidratos
Proteínas
Gorduras Totais
Gorduras Saturadas
Gorduras trans
Fibra Alimentar
Ferro
Sódio
49
Texto 2
TRANS… O QUÊ?
Entenda o que é a gordura de nome estranho que aparece nos rótulos das gostosuras!
A gordura trans é a mais eficiente em deixar os alimentos mais crocantes, sequinhos, duráveis e
apetitosos. É comum encontrá-la em grande quantidade nos sorvetes, batatas fritas, pipocas,
salgadinhos, biscoitos, bolos e principalmente na margarina. Essa gordura vai se acumulando em nosso
corpo ao longo dos anos e pode causar doenças no coração e nas artérias. A Agência Nacional de
Vigilância Sanitára (Anvisa) diz que é seguro para a saúde ingerir menos de 2 g de gordura
trans por dia. O ideal seria não comer nada dela, mas o importante é não ultrapassar 2
gramas por dia ( Adaptado).
Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/trans-o-que/
Acesso em: 03 maio2012.
INTERPRETAÇÃO ESCRITA
1) A partir das informações contidas no rótulo da pipoca e da pesquisa feita por Gabriel,
explique se a pipoca sabor manteiga é um alimento saudável, que Gabriel pode comer todos os
dias.
2) O que é gordura Trans?
3) Qual a quantidade segura de gordura Trans podemos ingerir por dia?
4) Quais doenças podem ser causadas por essa gordura?
5) Qual a semelhança entre os dois textos?
6) Qual a finalidade dos dois textos?
7) Procure nos textos palavras que iniciam com a mesma sílaba de:
a) Gorjeta:________________ b) Sacola: ________________ c) Proteção:______________
8) Ajude o Gabriel a fazer uma lista em ordem alfabética dos alimentos saudáveis, logo em
seguida façam um cartaz da importância de uma boa alimentação.
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ANEXO 1 - MORAL
MORAL: "Com amigo incerto é um olho fechado e outro aberto!..."
MORAL: Quem tudo quer tudo perde. MORAL: A razão do mais forte é sempre a
melhor. MORAL: Não há conquista sem luta... MORAL: Não há conquista sem luta...
MORAL: (Quem tudo quer, tudo perde) MORAL: É fácil desdenhar daquilo que não se
alcança. MORAL: Uma bela aparência não substitui o
valor do espírito. MORAL: Jamais confie nas aparências. MORAL: Os preguiçosos colhem o que
merecem. MORAL: muitas vezes o menor de nossos
inimigos é o mais temível. MORAL: é preciso ter cuidado com amizades
repentinas. MORAL: cuidado com quem muito elogia.
MORAL: Seja sempre você mesmo. MORAL: "Não faça aos outros o que não quer
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que lhe façam." MORAL: "Quem vê cara não vê coração." MORAL: "Antes a morte do que perder a
liberdade." MORAL: "A inteligência vence a força"
MORAL: "Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai.”
MORAL: "Contra esperteza, esperteza e meia." MORAL: "Tudo bem em olhar e conhecer ao
nosso redor, mas antes, temos que saber onde estamos parados."
MORAL: "Paciência e raciocínio tudo vencem." MORAL: Prepara-te para as dificuldades.
MORAL: Quem é grato de coração sempre encontrará oportunidades para mostrar sua
gratidão. MORAL: Para vencermos o mais forte, não devemos usar a força e sim a gentileza e a
humildade. MORAL: Para a maioria das pessoas, é mais
cômodo conviver com seus medos e fraquezas, mesmo sabendo que podem superá-los.
MORAL: Um tolo pode se esconder com belas
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roupas, mas suas palavras dirão a todos quem na verdade é.
MORAL: A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.
MORAL: Não devemos subestimar os outros.
53
ANEXO 02
Varal de Fábulas
A raposa e o galo
A raposa encontrou o galo e lhe propôs uma aposta: - Compadre, vamos ver quem passa mais tempo com os olhos fechados? - Vamos! - topou o galo. Então a raposa fechou os olhos, e o galo fechou um e deixou o outro aberto. A raposa, que estava procurando um momento para abocanhar o galo, abriu os olhos e o viu com um olho fechado e outro aberto. Reclamou: - Compadre galo, é pra fechar os dois olhos! - Não, comadre raposa! Com amigo incerto é um olho fechado e outro aberto!...
O CÃO E SEU REFLEXO
Um cão estava se sentindo muito orgulhoso de si mesmo. Achara um enorme pedaço de carne e a levava na boca, pretendendo devorá-lo em paz em algum lugar.
Ele chegou a um curso rio e começou a cruzar a estreita ponte que o levava para o outro lado. De repente, parou e olhou para baixo. Na superfície da água, viu seu próprio reflexo brilhando.
O cão não se deu conta que estava olhando para si mesmo. Julgou estar vendo outro cão com um pedaço de carne na boca.
Opa! Aquele pedaço de carne é maior que o meu, pensou ele. Vou pegá-lo e correr. Dito e feito. Largou seu pedaço de carne para pegar o que estava na boca do outro cão. Naturalmente, seu pedaço caiu n`água e foi parar bem no fundo, deixando-o sem nada.
54
O Lobo e o Cordeiro
Um cordeiro estava bebendo água num riacho. O terreno era inclinado e por isso havia uma correnteza forte. Quando ele levantou a cabeça, avistou um lobo, também bebendo da água.
- Como é que você tem a coragem de sujar a água que eu bebo - disse o lobo, que estava alguns dias sem comer e procurava algum animal apetitoso para matar a fome.
- Senhor - respondeu o cordeiro - não precisa ficar com raiva porque eu não estou sujando nada. Bebo aqui, uns vinte passos mais abaixo, é impossível acontecer o que o senhor está falando.
- Você agita a água - continuou o lobo ameaçador - e sei que você andou falando mal de mim no ano passado.
- Não pode - respondeu o cordeiro - no ano passado eu ainda não tinha nascido. O lobo pensou um pouco e disse: - se não foi você foi seu irmão, o que dá no mesmo. - Eu não tenho irmão - disse o cordeiro - sou filho único. - Alguém que você conhece, algum outro cordeiro, um pastor ou um dos cães que
cuidam do rebanho, e é preciso que eu me vingue. Então ali, dentro do riacho, no fundo da floresta, o lobo saltou sobre o cordeiro,agarrou-o
com os dentes e o levou para comer num lugar mais sossegado.
Os dois sapos
Numa empresa de laticínios, dois sapos
desastradamente saltaram para dentro de um balde de leite cremoso.
- É melhor desistir. - coaxou um dos sapos, depois de tentar em vão, sair do balde. - Vamos morrer!
- Continua a nadar. - disse o segundo sapo. - Havemos de encontrar maneira de sair deste atoleiro!
- Não adianta! - disse o primeiro. - Isto é grosso demais para nadar, mole demais para saltar e escorregadio demais para rastejar. Um dia temos mesmo de morrer, por isso, tanto faz que seja esta noite.
Afundou-se no balde e acabou por morrer. O amigo porem continuou a nadar, a nadar, a nadar, e quando amanheceu, viu-se
encarrapitado num monte de manteiga que ele, sozinho, havia batido. Lá estava o sapo, com um sorriso, comendo as moscas que enxameavam vindas de
todas as direções.
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A Lebre e a Tartaruga
"A lebre estava se vangloriando de sua rapidez, perante os outros animais:
- Nunca perco de ninguém. Desafio a todos aqui a tomarem parte numa corrida comigo.
- Aceito o desafio! Disse a tartaruga calmamente.
- Isto parece brincadeira. Poderia dançar à sua volta, por todo o caminho, respondeu a lebre.
- Guarde sua presunção até ver quem ganha. recomendou a tartaruga.
A um sinal dado pelos outros animais, as duas partiram. A lebre saiu a toda velocidade. Mais adiante, para demonstrar seu desprezo pela rival, deitou-se e tirou uma soneca.
A tartaruga continuou avançando, com muita perseverança. Quando a lebre acordou, viu-a já pertinho do ponto final e não teve tempo de correr, para chegar primeiro.
A Gansa que Punha Ovos de Ouro
"Um homem possuía uma gansa
que, toda manhã, punha um ovo de ouro.
Vendendo estes ovos preciosos, ele
estava acumulando uma grande fortuna.
Quanto mais rico ficava, porém, mais
avarento se tornava. Começou a achar que
um ovo só, por dia, era pouco.
"Porque não põe dois ovos, quatro
ou cinco?" pensava ele. "Provavelmente,
se eu abrir a barriga desta ave, encontrarei uma centena de ovos e viverei como um nababo".
Assim pensando, matou a gansa abriu-lhe a barriga e, naturalmente, nada encontrou."
A raposa e as uvas
Uma raposa faminta entrou num terreno onde havia uma parreira, cheia de uvas maduras, cujos cachos se penduravam, muito alto, em cima de sua cabeça. A raposa não podia resistir à tentação de chupar aquelas uvas, mas, por mais que pulasse, não conseguia abocanhá-las. Cansada de pular, olhou mais uma vez os apetitosos cachos e disse:- Estão verdes. . .
56
O LEÃO E O MOSQUITO
Um leão ficou com raiva de um mosquito que não parava de zumbir ao redor de sua cabeça, mas o mosquito não deu a mínima.
-Você está achando que vou ficar com medo de você só porque você pensa que é rei? – disse ele altivo, e em seguida voou para o leão e deu uma picada ardida no seu focinho.
Indignado, o leão deu uma patada no mosquito, mas a única coisa que consegui foi
arranhar-se com as próprias garras. O mosquito continuou picando o leão, que começou a urrar como um louco. No fim, exausto, enfurecido e coberto de feridas provocadas por seus próprios dentes e garras, o leão se rendeu. O mosquito foi embora zumbindo para contar a todo mundo que tinha vencido o leão, mas entrou direto numa teia de aranha. Ali o vencedor do rei dos animais encontrou seu triste fim, comido por uma aranha minúscula.
O GALO E A RAPOSA
O galo cacarejava em cima de uma árvore.
Vendo-o ali, a raposa tratou de bolar uma
estratégia para que ele descesse e fosse o prato
principal de seu almoço.
-Você já ficou sabendo da grande novidade,
galo? – perguntou a raposa.
-Não. Que novidade é essa?
-Acaba de ser assinada uma proclamação de paz entre todos os bichos da terra, da água
e do ar. De hoje em diante, ninguém persegue mais ninguém. No reino animal haverá apenas
paz, harmonia e amor.
-Isso parece inacreditável! – comentou o galo.
-Vamos, desça da árvore que eu lhe darei mais detalhes sobre o assunto – disse a
raposa.
O galo, que de bobo não tinha nada, desconfiou que tudo não passava de um
estratagema da raposa. Então, fingiu estar vendo alguém se aproximando.
-Quem vem lá? Quem vem lá? – perguntou a raposa curiosa.
-Uma matilha de cães de caça – respondeu o galo.
-Bem...nesse caso é melhor eu me apressar – desculpou-se a raposa.
-O que é isso, raposa? Você está com medo? Se a tal proclamação está mesmo em
vigor, não há nada a temer. Os cães de caça não vão atacá-la como costumava fazer.
-Talvez eles ainda não saibam da proclamação. Adeusinho!
E lá se foi a raposa, com toda a pressa, em busca de uma outra presa para o seu almoço.
57
A RAPOSA E O CORVO
Um dia um corvo estava pousado no galho de uma árvore com um pedaço de queijo no bico quando passou uma raposa. Vendo o corvo com o queijo, a raposa logo começou a matutar um jeito de se apoderar do queijo. Com esta idéia na cabeça, foi para debaixo da árvore, olhou para cima e disse:
Que pássaro magnífico avisto nessa árvore! Que beleza estonteante! Que cores maravilhosas! Será que ele tem uma voz suave para combinar com tanta beleza! Se tiver, não há dúvida de que deve ser proclamado rei dos pássaros.
Ouvindo aquilo o corvo ficou que era pura vaidade. Para mostrar à raposa que sabia cantar, abriu o bico e soltou um sonoro "Cróóó!" . O queijo veio abaixo, claro, e a raposa abocanhou ligeiro aquela delícia, dizendo:
Olhe, meu senhor, estou vendo que voz o senhor tem. O que não tem é inteligência!
O SAPO E O BOI
Há muito, muito tempo existiu um boi
imponente. Um dia o boi estava dando seu passeio da tarde quando um pobre sapo todo mal vestido olhou para ele e ficou maravilhado. Cheio de inveja daquele boi que parecia o dono do mundo, o sapo chamou os amigos.
– Olhem só o tamanho do sujeito! Até que ele é elegante, mas grande coisa; se eu quisesse também era.
Dizendo isso o sapo começou a estufar a barriga e em pouco tempo já estava com o dobro do seu tamanho normal.
– Já estou grande que nem ele? – perguntou aos outros sapos. – Não, ainda está longe!- responderam os amigos. O sapo se estufou mais um pouco e repetiu a pergunta. – Não – disseram de novo os outros sapos -, e é melhor você parar com isso porque
senão vai acabar se machucando. Mas era tanta vontade do sapo de imitar o boi que ele continuou se estufando,
estufando, estufando – até estourar.
58
A CEGONHA E A RAPOSA
Um dia a raposa, que era amiga da
cegonha, convidou-a para um jantar. Mas preparou para a amiga uma porção de comidas moles, líquidas, que ela servia sobre uma pedra lisa.
Ora, a cegonha, com seu longo bico, por mais que se esforçasse só conseguia bicar a comida, machucando seu bico e não comendo nada. A raposa insistia para que a cegonha comesse, mas ela não conseguia, e acabou indo para casa com fome.
Então, a cegonha, em outra ocasião, convidou a raposa para jantar com ela.
Preparou comidas cheirosas e colocou em vasos compridos e altos, onde seu bico entrava com facilidade, mas o focinho da raposa não alcançava. Foi a vez da raposa voltar para casa desapontada e faminta.
O PINTASSILGO Ao voltar para o ninho, trazendo
no bico uma minhoca, o pintassilgo não encontrou seus filhotes. Alguém os havia levado embora durante sua ausência.
Começou a procurá-los por toda parte, chorando e gritando. A floresta inteira ecoava seus gritos, mas ninguém respondia.
Dia e noite, sem comer nem dormir, o pintassilgo procurou seus
filhotes, examinando todas as árvores e olhando dentro de todos os ninhos. Certo dia um pássaro lhe disse: - Acho que vi seus filhotes na casa do fazendeiro. O pintassilgo voou, cheio de esperança, e logo chegou à casa do fazendeiro. Pousou no
telhado, mas lá não havia ninguém. Voou para o pátio - ninguém. Então, levantando a cabeça, viu uma gaiola pendurada do lado de fora de uma janela.
Os filhotes estavam presos lá dentro. Ao verem a mãe subindo pela grade da gaiola, os filhotes começaram a piar, suplicando-
lhe que os libertasse. O pintassilgo tentou quebrar as grades com o bico e com as patas, mas foi em vão.
Em seguida, com um grito de grande tristeza, voou novamente para a floresta. No dia seguinte o pintassilgo voltou para junto da gaiola dentro da qual seus filhotes
estavam presos. Fitou-os longamente, com o coração carregado de tristeza. Em seguida alimentou-os um a um, através das grades, pela última vez.
Levara-lhes uma erva venenosa, e os passarinhos morreram. - Antes a morte - disse o pintassilgo - do que perder a liberdade.
Leonardo da Vinci
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O JABUTI E A ONÇA Certa vez, o jabuti pegou a sua gaita e tocou assim: - O osso da onça é a minha gaita, ih, ih, ih,... A onça, que passava por perto, ficou irritada e correu para pegá-lo. Mas o jabuti meteu-
se num buraco adentro e a onça só conseguiu agarrar-lhe a perna. O jabuti deu uma risada e disse: - Pensa que agarrou minha perna? Agarrou foi uma raiz de pau! A onça largou então a perna do jabuti, que deu uma segunda risada: - Ora, dona onça, de fato você agora soltou a minha perna. A grande tola, ao saber disto, ficou furiosa e durante muito tempo esperou o jabuti sair.
Mas o jabuti, que era muito paciente, foi ficando, foi ficando, até a onça desistir e ir embora.
A CORUJA E A ÁGUIA
Coruja e águia, depois de muita briga,
resolveram fazer as pazes.
- Basta de guerra - disse a coruja. O
mundo é tão grande, e tolice maior que o
mundo é andarmos a comer os filhotes uma da
outra.
- Perfeitamente - respondeu a águia. -
Também eu não quero outra coisa.
- Nesse caso combinemos isso: de ora em diante não comerás nunca os meus filhotes.
- Muito bem. Mas como vou distinguir os teus filhotes?
- Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo,
alegres, cheio de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já
sabes, são os meus.
- Está feito! - concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro,
que piavam de bico muito aberto.
- Horríveis bichos! - disse ela. Vê-se logo que não são os filhos da coruja.
E comeu-os.
Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o
desastre e foi justar contas com a rainha das aves.
- Quê? - disse esta, admirada. Eram teus filhos aqueles monstrinhos? Pois, olha, não se
pareciam nada com o retrato que deles me fizeste...
Já diz o ditado: quem o feio ama, bonito lhe parece."
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O VELHO GALO E A RAPOSA
Um velho galo matreiro,
percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: "Deixa estar, seu malandro, que já te curo!..." E em voz alta:
- Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e
galinha, todos os bichos agora andam aos beijos, como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.
- Muito bem! - exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, deslealdades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vêm vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.
Ao ouvir falar em cachorro dona Raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:
- Infelizmente, amigo Có-ri-có-có, tenho presa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo.
E raspou-se.
O ASTRÔNOMO
Um astrônomo tinha o costume de passear todas as noites, estudando os astros. Um dia
em que vagava por fora da cidade, distraído na contemplação do céu, caiu sem querer num
buraco. Ele reclamou um pouco e depois começou a gritar por socorro. Por sorte, um homem
passou por ali e aproximou-se para saber o que tinha acontecido. Informado dos fatos, disse:
- Meu amigo! Você quer ver o que existe no céu e não vê o que existe na Terra?
A RAPOSA E O JAVALI
Estava um Javali na floresta a afiar os dentes numa árvore, quando apareceu uma Raposa. Vendo o que o Javali estava a fazer, perguntou-lhe:
- Por que estás a afiar os dentes? Os caçadores não saíram hoje e não vejo outro perigo por perto.
- É verdade, minha amiga - respondeu o Javali. - Mas, no momento em que a minha vida correr perigo preciso de usar os dentes e, então, será tarde demais para os afiar.
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LIÇÃO DE ESPERTEZA
Um dia um pica-pau, depois de muito voar, sentiu sede.
Pousou em um telhado, olhou em volta, e não viu nem sombra de água. Cansado e sedento como estava, já se preparava para voar, quando viu uma garrafa cheia de água na varanda de uma casa próxima. Quando foi bebe - que decepção! A água só chegava até o gargalo e seu bico pequenino não chegava até ela.
Pôs-se a dar bicadas na garrafa para fazer um buraquinho, mas em vão, pois, o vidro era mais duro do que o seu bico. Tentou, então, tombar a garrafa, entornar a água, mas a garrafa era muito pesada. Desistiu de tudo e encarapitou-se no corrimão da varanda para pensar um meio melhor. O pica-pau era teimoso, quando queria uma coisa queria mesmo...
Começou a pensar, a pensar... De repente, bateu as asas de contente: tinha achado a solução para o problema. E pôs-se a executá-la. Apanhou com o bico uma pedrinha no chão e deixou-a cair dentro da garrafa; voltou a apanhar outra, logo apanhou a terceira e, assim, continuou deixando cair pedrinhas dentro da garrafa. A água foi subindo, subindo, até que chegou à boca. Então, o pica-pau pôde beber à vontade.
A FORMIGA E A POMBA
Uma Formiga foi à margem do rio para beber água e, sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar.
Uma Pomba que estava numa árvore sobre a água, arrancou uma folha e a deixou cair na correnteza perto dela. A Formiga subiu na folha e flutuou em segurança até a margem.
Pouco tempo depois, um caçador de pássaros veio por baixo da árvore e se preparava para colocar varas com visgo perto da Pomba que repousava nos galhos alheia ao perigo.
A Formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma ferroada no pé. Ele repentinamente deixou cair sua armadilha e, isso deu chance para que a Pomba voasse para longe a salvo.
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O CARVALHO E OS JUNCOS
Um grande carvalho foi arrancado do chão pela ventania e arrastado por forte correnteza. Então dentro da água ele se viu no meio de alguns Juncos, e, assim lhes falou:
- Gostaria de ser como vocês que de tão esguios e frágeis não são de modo algum afetados por estes fortes ventos.
Eles responderam:
- Você lutou e competiu com o vento, e, consequentemente foi destruído. Nós, ao contrário, nos curvamos diante do mais leve sopro de ar, e, por esta razão permanecemos inteiros e a salvo.
O FILHOTE DE CERVO E SUA MÃE
Certa vez um jovem Cervo conversava com sua mãe:
- Mãe você é maior que um Lobo, é também mais veloz e possui chifres poderosos para se defender, por que então você os teme tanto?
A Mãe amargamente sorriu e disse:
- Tudo que você falou é verdade meu filho, mesmo assim quando eu escuto um simples latido de Lobo, me sinto fraca e só penso em correr o mais que puder.
UM ASNO EM PELE DE LEÃO
Um Asno, tendo colocado sobre seu corpo uma pele de Leão, vagou pela floresta e divertia-se com o pavor dos animais que ia encontrando pelo seu caminho.
Por fim encontrou uma Raposa, e, ele tentou amedrontá-la também. Mas Raposa tão logo escutou o som de sua voz, exclamou:
- Eu provavelmente teria me assustado, se antes não tivesse escutado seu zurro.
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O GALO E A PEDRA PRECIOSA
Um Galo que procurava no terreiro alimento
para ele e suas galinhas encontraram uma pedra
preciosa de grande beleza e valor, ao que exclamou:
- Se seu dono tivesse te encontrado ao invés
de mim, ele com certeza iria dançar e pular de alegria
e também decerto iria te louvar; no entanto eu te
achei e de nada me serves. Teria preferido achar um
simples grão de milho que todas as jóias do MUNDO!
FÁBULA: O LEÃO E O RATO
Certo dia, estava um Leão a dormir a sesta quando um ratinho começou a correr por cima dele. O Leão acordou, pôs-lhe a pata em cima, abriu a bocarra e preparou-se para o engolir.
- Perdoa-me! - gritou o ratinho - Perdoa-me desta vez e eu nunca o esquecerei. Quem sabe se um dia não precisarás de mim?
O Leão ficou tão divertido com esta ideia que levantou a pata e o deixou partir.
Dias depois o Leão caiu numa armadilha. Como os caçadores o queriam oferecer vivo ao Rei, amarraram-no a uma árvore e partiram à procura de um meio para o transportarem.
Nisto, apareceu o ratinho. Vendo a triste situação em que o Leão se encontrava, roeu as cordas que o prendiam.
E foi assim que um ratinho pequenino salvou o Rei dos Animais.
Jean de La Fontaine
64
Anexos 03
PRINCIPAIS FABULISTAS
MONTEIRO LOBATO
José Bento Renato Monteiro Lobato (Taubaté, 18 de abril de 1882 – São Paulo, 4 de julho
de 1948). Foi um dos mais influentes brasileiros do Século XX. Foi um importante editor
de livros inéditos e autor de importantes traduções. Seguido a seu precursor Figueiredo
Pimentel("Contos da Carochinha") da literatura infantil brasileira, ficou popularmente
conhecido pelo conjunto educativo, bem como divertido, de sua obra de livros infantis,
que constitui aproximadamente a metade da sua produção literária. A outra metade,
consistindo de inúmeros e deliciosos contos (geralmente sobre temas brasileiros),
artigos, críticas, crônicas, prefácios, cartas, um livro sobre a importância do petróleo e
do ferro e um único romance, O Presidente negro, o qual não alcançou a mesma
popularidade que suas obras para crianças.
Fonte: http://pt.wikipedia.org
65
LA FONTAINE
Jean de La Fontaine era filho de um inspetor de águas e de florestas.
Estudou teologia e direito em Paris, mas seu maior interesse sempre foi a
literatura.
Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado
"Fábulas Escolhidas". O livro era uma coletânea de 124 fábulas, dividida
em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís 14. As
fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente seus leitores.
Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A
cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas. Em 1692, La
Fontaine, já doente, converteu-se ao catolicismo. A última edição de suas
fábulas foi publicada 1693.
La Fontaine é considerado o pai da fábula moderna. Sobre a natureza da
fábula declarou: “É uma pintura em que podemos encontrar nosso
próprio retrato”.
Fonte: http://pt.wikipedia.org
66
ESOPO
Esopo é um lendário autor grego que teria vivido na antiguidade, ao qual
se atribui a paternidade da fábula como gênero literário.
As fábulas de Esopo serviram como base para recriações de outros
escritores ao longo dos séculos, como Fedro e La Fontaine.
Fabulista grego do Seculo VI a. C. O local de seu nascimento é incerto
A única certeza é que as fábulas a ele atribuídas foram reunidas pela
primeira vez por Demétrio de Falero em 325 a . C.
Esopo teria sido um escravo, que foi libertado pelo seu dono, que ficou
encantado com suas fábulas. Ao que tudo indica, viajou pelo mundo
antigo. Não há indícios seguros de que tenha escrito qualquer coisa.
Entretanto, foi-lhe atribuído um conjunto de pequenas histórias, de
carácter moral e alegórico, cujos papéis principais eram senvolvidos por
animais. As fábulas eram muito apreciadas em Atenas em V a. C.
Fonte: http://pt.wikipedia.org
67
Anexo 04