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ANALISTA LEGISLATIVO SENADO - ESPECIALIDADE ADMINISTRAÇÃO PROFESSOR: MARCELO CAMACHO Prof. Marcelo Camacho www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 0 Olá, pessoal! Estou aqui para estudar com vocês o conteúdo específico de ADMINISTRAÇÃO para o cargo de ANALISTA LEGISLATIVO do SENADO FEDERAL. Meu nome é Marcelo Camacho, sou Sociólogo e Tecnólogo em Recursos Humanos. Tenho 41 anos e atuo na área de Recursos Humanos há 15 anos. Atualmente exerço o cargo de Analista de Ciência & Tecnologia , perfil Recursos Humanos, no Instituto Nacional do Câncer (INCA), aqui no Rio de Janeiro. Fui o primeiro colocado do último concurso do INCA, além de ter sido bem classificado no último concurso do IBGE, também para Recursos Humanos. Recentemente fui aprovado dentro do número de vagas no concurso para Analista de Gestão de Saúde na FIOCRUZ, perfil Gestão do Trabalho. Agora que já temos a autorização para realização do concurso do Senado precisamos acelerar a preparação! Haverá 30 vagas para a área de administração, um aumento considerável em relação ao último edital. Ser aprovado em Concurso público exige dedicação e persistência. Estudar com antecedência, de forma disciplinada e com atenção concentrada rende bons resultados. Minha sugestão é que se escolha um local livre de distrações. Se em casa você não consegue um ambiente onde o telefone não toque ou você não seja requisitado, o melhor a fazer é procurar uma biblioteca onde você possa estudar concentrado de duas a três horas diárias, minimamente. Faça isto e verá como os resultados começam a aparecer. Também é importante estudar em bons materiais. Irei trabalhar o conteúdo para o perfil de forma abrangente e sistematizada com o objetivo de que vocês gabaritem ou fiquem acima de 90% de acertos das questões da prova de administração. Trabalharei com questões da FGV, organizadora do último certame e, caso não encontre questões suficientes para um determinado assunto usarei questões de outras bancas como CESPE, FCC e ESAF. O objetivo de trabalharmos sempre com o número

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Olá, pessoal!

Estou aqui para estudar com vocês o conteúdo específico de

ADMINISTRAÇÃO para o cargo de ANALISTA LEGISLATIVO do SENADO

FEDERAL. Meu nome é Marcelo Camacho, sou Sociólogo e Tecnólogo em

Recursos Humanos. Tenho 41 anos e atuo na área de Recursos Humanos há

15 anos. Atualmente exerço o cargo de Analista de Ciência & Tecnologia ,

perfil Recursos Humanos, no Instituto Nacional do Câncer (INCA), aqui no

Rio de Janeiro. Fui o primeiro colocado do último concurso do INCA, além

de ter sido bem classificado no último concurso do IBGE, também para

Recursos Humanos. Recentemente fui aprovado dentro do número de vagas

no concurso para Analista de Gestão de Saúde na FIOCRUZ, perfil Gestão do

Trabalho.

Agora que já temos a autorização para realização do concurso do Senado

precisamos acelerar a preparação! Haverá 30 vagas para a área de

administração, um aumento considerável em relação ao último edital.

Ser aprovado em Concurso público exige dedicação e persistência. Estudar

com antecedência, de forma disciplinada e com atenção concentrada rende

bons resultados. Minha sugestão é que se escolha um local livre de

distrações. Se em casa você não consegue um ambiente onde o telefone não

toque ou você não seja requisitado, o melhor a fazer é procurar uma

biblioteca onde você possa estudar concentrado de duas a três horas diárias,

minimamente. Faça isto e verá como os resultados começam a aparecer.

Também é importante estudar em bons materiais.

Irei trabalhar o conteúdo para o perfil de forma abrangente e sistematizada

com o objetivo de que vocês gabaritem ou fiquem acima de 90% de acertos

das questões da prova de administração. Trabalharei com questões da FGV,

organizadora do último certame e, caso não encontre questões suficientes

para um determinado assunto usarei questões de outras bancas como

CESPE, FCC e ESAF. O objetivo de trabalharmos sempre com o número

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máximo de questões da FGV é verificarmos os assuntos mais

recorrentemente cobrados e a forma de cobrança. Iremos resolver todas as

questões do último concurso, analista administração, referentes aos tópicos

do curso.

O conteúdo foi planejado com base no edital do concurso de 2008 do Senado. O cronograma do curso e o conteúdo das aulas está especificado abaixo:

Aula 0- 01/12 Administração Geral Evolução da administração Aula 01- 14/12 Administração Geral Fundamentos da Administração; Estrutura e projeto organizacional; processo decisório; planejamento e estratégia; Aula 02 –21/12 Administração Geral administração de operações e da qualidade; funções e habilidades do administrador; empreendedorismo; cultura e ambiente organizacional; mudança e inovação; gestão da qualidade; Aula 03 28/12 Administração Geral controle de processos; administração de projetos Recursos Humanos comunicação Aula 04 – 02/01/2012 Recursos Humanos Liderança e poder; motivação; clima organizacional; estilos de administração; recrutamento e seleção; treinamento e desenvolvimento; avaliação de desempenho Aula 05 - 09/01/2012 Organização e Métodos Análise organizacional; instrumentos de pesquisa; layout; análise de processos; distribuição do trabalho; fluxogramas; formulários; manuais; estrutura e projeto organizacional; estruturas organizacionais e departamentalização Aula 06 – 16/01/2012 Organização e Métodos organogramas; sistemas de informações gerenciais; poder; reengenharia; mudança organizacional; controle organizacional; planejamento e controle de projetos; projeto, desenvolvimento implantação e documentação de sistemas Aula 07 – 23/01/2012 Administração Pública Administração Pública: Constituição da República – Títulos III, IV, VI e VII; princípios constitucionais relativos à administração pública; probidade administrativa; discricionariedade administrativa e atuações do Ministério Público e do Poder Judiciário

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Aula 08 – 30/01/2012 Administração Pública Lei no 8.112/90 e suas alterações. Lei 9.784/99. Aula 09 –06/02/2012 Administração Pública Lei no 8.666/93 e suas alterações

Fico com o compromisso de reformular o conteúdo das aulas, caso o edital seja lançado no decorrer das aulas.

Reparem que alguns itens listados no edital no programa específico de “Administração” não serão abordados neste curso, pois são itens específicos de Contabilidade e Orçamento, abordados pelo Prof. Graciano Rocha na disciplina AFO para Analista Legislativo Senado

Hoje abordaremos os assuntos da aula 0

Aula 0 Demonstrativa – 01/12 Evolução da administração.

Sumário 

1. Conceito de Organização .................................................................................................................... 4 2. Modelos de Gestão ............................................................................................................................. 5 2.1 Teorias com Ênfase nas tarefas ......................................................................................................... 5 2.1.1. Administração Científica .............................................................................................................. 5 2.2. Teorias com ênfase na estrutura organizacional .............................................................................. 8 2.2.1. Teoria Clássica.............................................................................................................................. 9 2.2.2. Modelo Burocrático .................................................................................................................... 10 2.2.3. Teoria Estruturalista da Administração ...................................................................................... 12 2.2.4. Teoria Neoclássica da Administração ......................................................................................... 12 2.3. Teorias com ênfase nas pessoas ..................................................................................................... 14 2.3.1. Escola das Relações Humanas .................................................................................................... 14 2.3.2. Teoria Comportamental .............................................................................................................. 15 2.4. Teorias com ênfase no Ambiente................................................................................................... 22 2.4.1. Teoria dos Sistemas .................................................................................................................... 22 2.4.2. Teoria da Contingência ............................................................................................................... 26 2.5. Abordagens Modernas ................................................................................................................... 28 3. Lista de Exercícios ............................................................................................................................ 31 4. Gabarito ............................................................................................................................................ 35 6 -Bibliografia ....................................................................................................................................... 36  

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1. Conceito de Organização

Para entendermos os modelos de gestão é preciso que salientemos que estas existem porque as organizações existem. Os modelos de gestão foram criados para gerar resultados melhores para as organizações, sejam elas de que tipo forem. É o esforço humano em entender como funcionam as organizações e alcançar performances cada vez mais elevadas. Por organização podemos entender um “conjunto de pessoas que atuam juntas em uma criteriosa divisão de trabalho para alcançar um objetivo comum”. Neste sentido são instrumentos sociais para racionalmente os homens produzirem benefícios coletivos que individualmente seriam impossíveis de serem alcançados. Porém, uma organização é mais do que meramente um instrumento para produção de bens e serviços. São espaços de sociabilidade, instrumentos sociais, onde a vida se propaga. Existem diversos formulações para o conceito de organização. O conceito acima foi está no livro do Prof. Chiavenato, “Comportamento Organizacional”. Da definição acima percebemos alguns elementos que compõem uma organização: pessoas, divisão do trabalho e objetivos comuns. Outra definição na mesma linha é a de Maximiniano, segundo o qual organização é “um sistema de recursos que procura realizar algum tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos). Além de objetivos e recursos, as organizações têm dois outros componentes principais: processos de transformação e divisão do trabalho”. Percebemos que este segundo autor inclui mais um elemento como característica de uma organização: processos de transformação. Conforme veremos mais à frente, esta é uma característica essencial dos sistemas abertos. No momento basta sabermos que estes elementos sugerem que as organizações precisam ser administradas. Para atender aos propósitos das organizações foram desenvolvidas desde o final do século XIX até os nossos dias diversos modelos de gestão. Trata-se de diferentes abordagens, resultantes do avanço do conhecimento e de realidades históricas distintas. Estes modelos estão calcados em teorias administrativas. O quadro abaixo

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demonstra as principais teorias administrativas e seus enfoques. Iremos abordar cada uma delas.

2. Modelos de Gestão

As teorias administrativas surgem no final do século XIX junto com a complexidade das grandes organizações e da produção em massa. Podemos classificar as diversas teorias em quatro estágios ou ênfase diferentes: teorias calcadas nas tarefas, na estrutura organizacional, nas pessoas e no ambiente. Iremos estudar as diversas teorias em cada um destes blocos enfáticos.

2.1 Teorias com Ênfase nas tarefas

Foram as primeiras teorias formuladas a respeito das organizações e tinham como preocupação a racionalização do trabalho no dia-a-dia das fábricas.

2.1.1. Administração Científica

Foi formulada pelo engenheiro americano Frederic Taylor (1856-1915). A principal preocupação era a eliminação do desperdício (redução de custos) e

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o aumento da eficiência, por meio da sistematização do trabalho. Diferenciou gerentes e trabalhadores de linha. Os primeiros deviam pensar e definir o método de trabalho, enquanto aos últimos caberia a execução daquilo que foi planejado pelos gerentes. A ênfase era na tarefa padronizada e fragmentada, portanto no nível da tarefa. Cada trabalhador executaria um conjunto de movimentos repetitivos que culminaria na máxima eficiência nas operações realizadas. Taylor preocupou-se com a melhor maneira de realizar as tarefas. Os princípios da administração científica são:

I. Racionalizar as tarefas: encontrar o melhor meio para executar cada tarefa; II. Selecionar as pessoas mais adequadas para a execução das tarefas; III. Treinar as pessoas para a execução das tarefas de acordo com o método escolhido; IV. Monitorar o desempenho para verificar se o que foi planejado está sendo executado.

Neste modelo a responsabilidade pela organização das tarefas é exclusivamente dos gerentes, cabendo aos operários a execução fiel daquilo que foi definido. Aos gerentes também caberia manter os operários livres de interferências externas que provoquem paralisação das atividades. Contribuíram também com a teoria da administração científica o casal Gilbreth que focou atenção nos estudos dos tempos e movimentos, Henry Gant que desenvolveu um método de remuneração baseado em alcance de metas (realização do trabalho no tempo estipulado) e Harrington Emerson que elaborou uma lista com 12 princípios para a administração. Ressalte-se que a idéia prevalente é a de que as pessoas trabalhavam exclusivamente para ganhar um salário e recompensas maiores em dinheiro. Prevalecia assim o conceito de homem econômico (homo economicus). Taylor buscou analisar cientificamente os métodos mais rápidos e os instrumentos mais adequados para se chegar à máxima eficiência. Com isso, trabalha a organização racional do trabalho (ORT). Chiavenato descreve que a ORT fundamenta-se em alguns aspectos os quais destaca-se os de maior relevância: a) Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: Este aspecto consistia em determinar o tempo médio padrão para o desenvolvimento das tarefas da área produtiva. O principal motivo do estudo dos tempos e

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movimentos é a reestruturação da tarefa e movimentos mais simples e mais rápidos. b) Divisão do trabalho e especialização do operário: A idéia básica de Taylor era de que a eficiência aumenta com a especialização, ou seja, quanto mais especializado for o operário, tanto maior a sua eficiência. c) Desenho de cargos e Salários: Do ponto de vista de uma análise científica, considerou ser preciso desenvolver métodos, analisando cada tarefa detalhadamente, na busca da melhor maneira de executá-las. O método deve conter a descrição das tarefas, os passos, os meios e os prazos para execução. Com o desenvolvimento de uma descrição completa de tarefas, facilita o recrutamento, a seleção e o treinamento de novos trabalhadores. d) Incentivos salariais e Prêmios de Produção: O objetivo da boa administração é pagar salários com baixos custos de produção. Assim, torna-se necessário desenvolver incentivos salariais de prêmios de produção. Ultrapassado o tempo padrão de execução, o trabalhador passa a receber salário adicional que promove nele um desejo de ser cada vez mais eficiente e, em conseqüência, a empresa se tornaria também mais eficiente. Desenvolvem se aqui, escalas de pagamento e critério de avaliação de trabalhadores. e) Condições ambientais: Quanto melhor o ambiente de trabalho maior é a produtividade do trabalhador. f) Padronização dos métodos: Conduz a simplificação na medida em que a uniformidade reduz a variabilidade e as exceções que complicam as coisas, Ou seja, a padronização é o caminho para se ter um maior controle da qualidade e da produtividade nas organizações. Vejamos uma questão do último concurso do Senado: ITEM 1. (FGV- SENADO/2010. ANALISTA LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO) Frederick M. Taylor concluiu que os executores de tarefas não tinham experiência e conhecimento para planejá-las a fim de tornar o rendimento do trabalho o maior possível. Para preencher essa lacuna surgem os analistas de sistemas, capazes de planejar e delinear as atividades de produção e escritório. Suas características principais são independência em relação à linha de comando, atuação em todos os níveis hierárquicos e áreas de atividades da empresa e, o que é importante, o fato de ocuparem uma parte da organização que lhes é própria, a tecnoestrutura. Sua principal ação consiste em padronizar atividades, produtos e serviços. Com o fim de concretizar o que fazem, pode-se dividir o objeto de atuação dos analistas de sistemas em três áreas:

• planejamento do produto, programação e controle da qualidade;

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• tempos e movimentos; • recrutamento, seleção e treinamento de pessoal.

As funções dessas três áreas são padronizar, respectivamente: (A) as habilidades dos executores; os processos de trabalho e as habilidades dos executores. (B) os processos de trabalho em si; as saídas dos processos e as habilidades dos executores. (C) as habilidades dos executores; os processos de trabalho e as saídas dos processos. (D) as saídas dos processos; os processos de trabalho em si e as habilidades dos executores. (E) as saídas dos processos; as habilidades dos executores e os processos de trabalho.

Esta questão, à primeira vista, parece complicada, mas podemos facilmente resolvê-la conhecendo a perspectiva de Taylor. Quando se prensa em padronizar os produtos, estamos nos referindo ao formato em que estes são apresentados aos mercado. Um sabonete deve sair sempre com as mesmas especificações, um carro de uma marca deve ter as mesmas características, mesmo que fabriquemos 300.000 unidades. Desta forma a padronização do produto implica no resultado final do processo produtivo, ou seja, em suas saídas. Quando Taylor preocupou-se com a padronização dos tempos e movimentos, sua atenção voltou-se à forma como os processos eram executados. Sua pergunta principal era: qual a melhor maneira para se executar um processo, para fazê-lo em menor tempo e dentro dos padrões de especificação? Assim a padronização de tempos e movimentos refere-se à padronização dos processos de trabalho. Por fim, quando nos referimos à padronização de recrutamento, seleção e treinamento de pessoal, falamos em padronizar as habilidades das pessoas que executam as tarefas em cada processo. Sendo assim, o gabarito da questão é a alternativa D.

2.2. Teorias com ênfase na estrutura organizacional

As teorias baseadas na estrutura organizacional foram desenvolvidas na Europa e tinham o objetivo de estruturar toda a organização para a produção, de cima para baixo, e não somente o nível de produção como a Administração Científica americana.Foram quatro movimentos distintos:Teoria Clássica, Modelo Burocrático, Teoria Estruturalista e Teoria Neoclássica.

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2.2.1. Teoria Clássica

Foi formulada pelo engenheiro francês Henry Fayol (1841-1925). A divisão do trabalho organizacional, segundo esta teoria, deveria ser realizada no topo da organização e teria seis funções básicas: produção, finanças, contabilidade, vendas, pessoal e segurança. Este é o embrião da departamentalização que foi desenvolvida posteriormente por Gulick e Uwick, seguidores de Fayol. Administrar para Fayol era: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Para atender a estes pressupostos a empresa deveria atender aos quatorze princípios gerais e universais da administração. Seus princípios incluíam a divisão do trabalho (assim como Taylor), a unidade de comando e direção, a centralização, a preocupação com a remuneração dos empregados e manutenção da ordenação dos materiais no local de trabalho. Esta teoria caracteriza-se por seus aspectos prescritivo e normativo, e pelo modelo de sistema fechado, pois analisa apenas o ambiente interno da empresa sem nenhuma preocupação com o ambiente externo. Princípios Gerais da Administração, segundo Fayol.

1. DIVISÃO DO TRABALHO

Designação de tarefas específicas para cada indivíduo, resultando na especialização das funções e separação dos poderes

8. CENTRALIZAÇÃO

Equilíbrio entre a concentração de poderes de decisão no chefe, sua capacidade de enfrentar suas responsabilidades e a iniciativa dos subordinados

2. AUTORIDADE E RESPONSÁBILIDA

DE

A primeira é o direito de mandar e o poder de se fazer obedecer. A segunda, a sanção - recompensa ou penalidade que acompanha o exercício do poder

9. CADEIA ESCALAR (LINHA DE AUTORIDADE

Hierarquia, a série dos chefes do primeiro ao último escalão, dando-se aos subordinados de chefes diferentes a autonomia para estabelecer relações diretas

3. DISCIPLINA

Respeito aos acordos estabelecidos entre a empresa e seus agentes

10. ORDEM Um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar.

4. UNIDADE DE COMANDO

De forma que cada indivíduo tenha apenas um superior.

11. EQÜIDADE Tratamento das pessoas com benevolência e justiça, não excluindo a energia e o rigor quando necessários

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5. UNIDADE DE DIREÇÃO .

Um só chefe e um só programa para um conjunto de operações que visam ao mesmo objetivo

12. ESTABILIDADE DO

PESSOAL

Manutenção das equipes como forma de promover seu desenvolvimento

6. INTERESSE GERAL.

Subordinação do interesse individual ao interesse geral

13. INICIATIVA Faz aumentar o zelo e a atividade dos agentes

7. REMUNERAÇÃO

DO PESSOAL .

De forma eqüitativa, e com base tanto em fatores externos quanto internos

14. ESPÍRITO DE EQUIPE

Desenvolvimento e manutenção da harmonia dentro da força de trabalho. Fayol condenou o estilo de administração que se baseia na política para governar. Em suas palavras: Não há nenhum mérito em criar intriga entre os funcionários

Fonte: Maximiano (2008)

2.2.2. Modelo Burocrático

A crescente complexificação da produção e das organizações na primeira metade do século XX tornou os princípios elaborados por Fayol insuficientes para responder às necessidades de organização das empresas. Surge então um movimento que resultou na elaboração da Teoria da Burocracia. Este modelo foi descrito pelo sociólogo alemão Max Weber (1863-1920). Weber chamou este modelo de Burocracia, que significa governo de escritório. A principal característica do modelo é a racionalidade, ou seja, adequação dos meios aos fins. Isto significava que para a consecução dos objetivos da organização deveriam ser escolhidos os meios mais eficientes. Esta racionalidade estava relacionada ao alcance dos objetivos da organização e não dos seus membros individualmente. A impessoalidade era outra característica do modelo. O modelo burocrático enfatiza tanto a diferenciação ( divisão do trabalho e especialização), quanto a integração ( hierarquia e regras escritas). Segundo Weber, as principais dimensões da burocracia são:

1. Divisão do Trabalho; 2. Hierarquia; 3. Regras e regulamentos; 4. Formalização das comunicações; 5. Competência técnica (seleção e promoção); 6. Procedimentos técnicos.

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Disfunções da Burocracia As disfunções são distorções ou anomalias de comportamento que conduzem à ineficiência do modelo. Uma causa muito comum que contribui para a ocorrência destas anomalias são os meios transformarem-se em fins. Esquece-se dos resultados em prol do processo. Vejamos as disfunções:

1. Exagerado apego aos regulamentos. A obediência às normas torna-se o principal objetivo e perde-se de vista o resultado desejado. Cumprir o horário passa a ser mais importante que atender o cliente;

2. Excesso de formalismo. A burocracia é essencialmente formal. Tudo precisa ser escrito.

3. Excesso de papelório. A disfunção mais conhecida; Tudo precisa ser registrado e documentado.

4. Resistência à mudanças. Como tudo é padronizado o funcionário acostuma-se à rotina e resiste às tentativas de alteração do padrão anterior.

5. Despersonalização do relacionamento. A burocracia está baseada em cargos. Não importa quem os ocupa. O relacionamento é impessoal.

6. Categorização do relacionamento. A hierarquia tem papel central na burocracia. Assim quem toma decisões está no topo da hierarquia e geralmente não tem contato com o problema. O relacionamento assim baseado em categorias hierárquicas.

7. Superconformidade às rotinas e procedimentos. A base da burocracia é a padronização das rotinas e procedimentos. O apego irrestrito às norma provoca a perda da flexibilidade e da iniciativa.

8. Exibição de sinais de autoridade. A burocracia é baseada na hierarquia, assim constrói-se mecanismos para diferenciar e identificar os diferentes níveis hierárquicos em detrimento dos demais.

9. Dificuldades com clientes. A burocracia é auto-referida. Ela volta-se para dentro da organização, para o cumprimento das normas, para a hierarquia. O atendimento ao público alvo da organização é feito de acordo com os procedimentos e de maneira impessoal. Isto traz problemas pois o objetivo principal deveria ser atender ao cliente.

O modelo Burocrático baseia-se no conceito de Homem Organizacional.

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2.2.3. Teoria Estruturalista da Administração

Por volta da década de 1950 elaborou-se esta teoria baseada na sociologia organizacional que questionava o modelo burocrático. A teoria estruturalista juntou as abordagens da Teoria Clássica e da Escola das Relações Humanas (que veremos mais à frente). A perspectiva desta teoria era transpor a fronteira da organização e olhar para fora dela. Percebia-se o mundo como um conjunto de organizações interdependentes. O receituário normativo era deixado de lado em prol de uma abordagem compreensiva das organizações e da administração. Aqui a teoria baseia-se no conceito de Homem Organizacional.

2.2.4. Teoria Neoclássica da Administração

Esta é uma teoria também chamada de Escola do Processo Administrativo, pois concebe a administração como um processo cíclico e contínuo que tem quatro funções: Planejamento, Organização, Direção e Controle. Consiste na reafirmação dos princípios clássicos, retirando o excesso de prescrição e normatização.Veja o quadro com as quatro funções:

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Aqui o trabalho em diferentes instâncias hierárquicas é encarado como interdependente. Existem duas medidas principais: Eficácia e Eficiência. A eficiência é a relação entre custos e benefícios.Preocupa-se com os meios, com os métodos e sua adequação aos custos para o alcance dos objetivos. Já a eficácia diz respeito aos resultados alcançados. É a medida do sucesso com relação aos objetivos planejados. Em outras palavras: eficiência é fazer do modo correto e eficácia é alcançar resultados. Veja o quadro abaixo:

Este assunto foi questão da FGV.

ITEM 2. (FGV- SEFAZ RJ/2009. FISCAL DE RENDAS)

Com relação aos temas eficiência e eficácia, assinale a afirmativa incorreta. (A) Eficiência é um conceito limitado. (B) Eficiência diz respeito aos trabalhos internos de uma organização. (C) Uma organização não pode ser eficiente se não for eficaz. (D) A abordagem de metas para eficácia organizacional identifica as metas de uma organização. (E) Eficácia é um conceito abrangente.

O gabarito é a letra C. Uma organização pode fazer corretamente as coisas e ainda assim não alcançar os resultados desejados. A alternativa A está correta. Eficiência é um conceito limitado, diz respeito aos meios.

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A alternativa B está correta. Eficiência não necessariamente está relacionado aos processos internos. Os meios podem ser fornecedores externos, por exemplo. A alternativa D está correta. Eficácia é alcance de resultados, portanto está relacionado a metas. A alternativa E está correta. Eficácia é um conceito abrangente. Pressupõe o alcance de resultados, não só a economia dos meios utilizados para atingir determinado objetivo, mas a concretização daquilo que uma organização propõe. Inserida na Teoria Neoclássica estava a Administração por Objetivos (APO). A APO enfatizava o resultado final e não os meios ou métodos de trabalho. Esta abordagem administrativa serviu de inspiração para a APPO (Administração participativa por objetivos) que consiste num método de avaliação de desempenho. A Teoria Neoclássica baseia-se em dois conceitos de homem: Homem Organizacional e Administrativo

2.3. Teorias com ênfase nas pessoas

As teorias anteriores não se preocuparam com as pessoas em suas formulações. A partir da década de 1920 alguns pesquisadores iniciaram estudos para avaliar a influência dos grupos sociais nas organizações. Foram duas as teorias neste sentido: Escola das Relações Humanas e Teoria Comportamental.

2.3.1. Escola das Relações Humanas

Inaugurada pela pesquisa na fábrica Western Eletric em Wawthorn em 1924. Foi uma pesquisa que utilizava técnicas científicas (ainda incipientes) para avaliar o comportamento humano no trabalho. Avaliou os efeitos das condições físicas e das práticas gerenciais sobre os resultados do trabalho. Apesar das técnicas ainda rudimentares utilizadas na pesquisa foi possível demonstrar a relação entre mudanças nos horários de trabalho, nas tarefas executadas e nos incentivos salariais e a melhoria da produtividade. Esta pesquisa pôs em evidência a satisfação das pessoas no ambiente como propulsor do aumento da eficiência organizacional. Algumas conclusões da escola de relações humanas são que o trabalho é uma atividade social, o ser humano é motivado pela necessidade de estar

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junto e de ser reconhecido e que a convergência dos métodos tradicionais para a eficiência, em detrimento da cooperação humana, promovia o conflito na sociedade industrial. Em função destas conclusões elaborou-se o conceito de homem social (homo social) em contraposição ao de homem econômico prevalecente até então. No entanto esta teoria permanecia prescritiva e normativa. Vejam como a FGV cobrou este assunto:

ITEM 3. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA)

A ênfase nos grupos informais é característica pioneira: (A) da administração científica. (B) da escola das relações humanas. (C) da teoria clássica da administração. (D) do modelo burocrático. (E) da teoria comportamental da administração

O gabarito é a letra B. Isto mesmo! Ao ressaltar o homem como ser social e que coopera, a escola das relações humanas enfatiza os grupos informais. Todas as outras são teorias formalistas.

2.3.2. Teoria Comportamental

A teoria comportamental surge na década de 1950 em decorrência da escola de relações humanas. A visão aqui era descritiva e explicativa. Começaram a surgir diversos modelos de motivação, liderança e comunicação. A perspectiva nesta teoria é que as pessoas estão constantemente tomando decisões sobre sua participação e permanência nas organizações. Alguns exemplos de teorias desenvolvidas nesta abordagem são a teoria X e Y de Douglas McGregor e as teorias motivacionais de Maslow e Herzberg. Como as teorias de Maslow, Herzberg e McGregor estão associadas à Teoria Comportamental não custa dar uma olhada em seus pressupostos.

Hierarquia das Necessidades de Maslow O Fundamento desta teoria é que as necessidades podem ser hierarquizadas, distribuídas em escala de importância para as pessoas. As necessidades humanas segundo esta teoria são divididas em cinco etapas: fisiológicas, segurança, sociais, estima e auto-realização. Existem duas classes de necessidades: as necessidades de baixo nível ou primárias (fisiológicas e de segurança), e as necessidades de alto nível ou secundárias

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ITEM 5. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA)

Com relação às necessidades das pessoas, segundo a Teoria das Motivações de Maslow, intervalos de descanso, conforto físico e horário de trabalho razoável são exemplos de: (A) necessidades fisiológicas. (B) necessidades de segurança. (C) necessidades sociais. (D) necessidades de estima. (E) necessidades de auto-realização Fácil! Já comentamos. O gabarito é a letra A. São as necessidades fisiológicas , que em conjunto com as necessidades de segurança formam as necessidades primárias, segundo Maslow.

Teoria dos dois fatores de Herzberg Para Herzberg a motivação das pessoas para o trabalho depende de dois fatores intimamente relacionados: 1.Fatores higiênicos. Dizem respeito ás condições físicas do ambiente de trabalho, salário, benefícios sociais, políticas da organização, clima organizacional, oportunidades de crescimento, etc. Segundo Herzberg estes fatores são suficientes apenas para evitar que as pessoas fiquem desmotivadas. A ausência desmotiva, mas a presença não é elemento motivador. São chamados fatores insatisfacientes.Também chamados de Extrínsecos ou ambientais. 2. Fatores Motivacionais. Referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e ás atividades relacionadas com o cargo em si. Incluem liberdade de decidir como executar o trabalho, uso pleno de habilidades pessoais, responsabilidade total pelo trabalho, definição de metas e objetivos relacionados ao trabalho e auto-avaliação de desempenho. São chamados fatores satisfacientes. A presença produz motivação, enquanto a ausência não produz satisfação. Também chamados de Intrínsecos. Par Herzberg o oposto de satisfação não é insatisfação, mas nenhuma satisfação. Da mesma forma, o oposto de insatisfação não é satisfação, mas nenhuma insatisfação. Veja o quadro abaixo:

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A afirmativa I está errada. Na perspectiva de Herzberg ausência do uso pleno de habilidades pessoais deixa de gerar satisfação, isto significa satisfação nenhuma e não insatisfação. A afirmativa II está errada. Ausência de Benefícios gera insatisfação, mas se existem não produzem satisfação. A afirmativa III está CERTA! É o princípio da teoria de Herzberg. Sendo assim, o gabarito é a letra C.

ITEM 7.(FGV- CODESP/2010. ADMINISTRADOR)

A motivação, dentro do ambiente empresarial, é um elemento fundamental para que os empregados se comprometam com o atingimento dos objetivos organizacionais. Várias são as teorias motivacionais que fundamentam as práticas empresariais visando estimular o empregado a ter maior produtividade e qualidade no desenvolvimento de suas atividades. Segundo a Teoria de Herzberg, os fatores que levam à satisfação no trabalho são diferentes daqueles que levam à insatisfação. Segundo Maslow, existe uma hierarquia de necessidades, em que, à medida que uma necessidade é satisfeita, a próxima se torna dominante. Assinale a alternativa que apresente uma prática que possibilita a motivação dos empregados. (A)

Dar plena responsabilidade e autonomia a todos os empregados.

(B)

Estabelecer horários de trabalho rígidos para que a jornada de trabalho seja cumprida.

(C)

Dissociar a remuneração do desempenho.

(D)

Tratamento igual para todos, homogeneizando as necessidades individuais.

(E)

Assegurar que as metas estabelecidas sejam percebidas como factíveis.

A banca confirmou o gabarito como sendo a letra C. Esta questão é polêmica. Requer juntas as duas teorias. Vejamos De cara as alternativas B, D e E estão erradas pois não se referem a nenhum aspecto motivacional. A letra E diz respeito ao processo de estabelecimento de metas da APPO. Ficamos com as alternativas A e C. Eis o problema. A alternativa A está correta. Dar responsabilidade e autonomia são fatores que produzem satisfação tanto pela perspectiva teórica de Maslow quanto de Herzberg. A alternativa C também está correta. Pela perspectiva de Maslow e Herzberg dinheiro só produz insatisfação, se faltar. Se houver, não é fator motivacional.

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ITEM 8. (FGV- SEFAZ RJ/2010. FISCAL DE RENDAS)

Com relação à Teoria Y, analise as afirmativas a seguir. I. A Teoria Y caracteriza o esforço físico e mental para trabalhar com algo tão natural como a diversão e repouso. II. A Teoria Y preconiza que o homem procura, sobretudo, segurança. III. A Teoria Y determina que o controle externo não é a única forma de se conseguir esforço das pessoas Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas

O gabarito é a letra C. É como está no quadro acima. As afirmativas I e III estão corretas. O trabalho é natural e não é necessário controle. A afirmativa II está errada. Quem preconiza segurança é a Teoria X.

Vejamos outra questão da FGV

ITEM 9 – (FGV- CODESP/2010. ADMINISTRADOR)

Considerando as Teorias X e Y, analise as afirmativas a seguir: I. De acordo com a Teoria X, as pessoas normais têm aversão ao trabalho. II. Segundo a Teoria Y, a imaginação na solução de problemas não está distribuída entre as pessoas em uma organização. III. Segundo a Teoria X, as pessoas médias preferem ser mandadas. Assinale (A)

se somente a afirmativa III estiver correta.

(B)

se somente a afirmativa I estiver correta.

(C)

se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(D)

se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

(E)

se somente a afirmativa II estiver correta.

O gabarito é a letra D.Vejamos:

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As afirmativas I e III estão corretas. Na perspectiva da teoria X as pessoas têm aversão ao trabalho e preferem ser mandadas.. A afirmativa II está errada. É justamente o contrário. A teoria Y preconiza a participação e a autonomia, inclusive para solução de problemas.

2.4. Teorias com ênfase no Ambiente

Estas teorias surgem na década de 1960 com a abordagem dos sistemas abertos. Nesta abordagem a organização é um sistema que interage dinamicamente com o ambiente externo. Estão incluídas nesta perspectiva a teoria dos sistemas e a teoria da contingência. O ponto de partida para a noção de ambiente nas teorias administrativas forma as idéias de Emery e Trist que argumentaram que o ambiente em torno da organização provê os recursos necessários para o seu funcionamento e recebe os produtos resultantes da organização. Concluíram então que este ambiente era fonte de ameaças e oportunidades. Desta premissa deduziram que era necessário conhecer este ambiente e ajustar o processo produtivo às demandas do ambiente. O ambiente pode ser simples ou complexo. Por exemplo, pode se referir a um posto de gasolina que tem poucos elementos constituintes de seu ambiente (alguns fornecedores, clientes, postos de gasolina concorrentes) ou uma fábrica de automóveis inserida em um ambiente complexo ( inúmeros fornecedores, concorrentes em todo o país e no exterior, clientes dispersos geograficamente,etc). Vejamos as duas teorias incluídas nesta perspectiva.

2.4.1. Teoria dos Sistemas

A teoria administrativa dos sistemas tem suas bases na Teoria Geral dos Sistemas (TGS) de Bertalanffy. A partir desta abordagem o ambiente externo passou a ser considerado no estudo das organizações. A preocupação anterior era estudar o interior da organização. A Partir da Teoria dos Sistemas passou-se a estudar as organizações de fora para dentro. A organização deixa de ser uma variável independente para ser uma variável dependente. Segundo o professor Chiavenato “um sistema é um conjunto de elementos dinamicamente relacionados, formando uma atividade para atingir um objetivo, operando sobre dados/energia/matéria para fornecer informações/energia/matéria”. Os sistemas podem ser fechados ou abertos. Nos sistemas fechados ou mecânicos as relações com o meio externo são

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conhecidas. Já nos sistemas abertos as relações com o meio externo não podem ser previstas pois estão em contínua interação e transformação. A Teoria dos Sistemas concebe as organizações como sistemas abertos. Isto significa que “elas estão em processo contínuo e incessante de trocas com o meio ambiente”. As organizações fazem parte de um sistema maior que é a sociedade. Desta forma ela interage com este meio externo realizando trocas, recebe insumos(entradas) e fornece resultados (saídas). Estas trocas não são exatamente conhecidas, pois realizam-se de forma dinâmica. Eis a diferença para os sistemas fechados (máquinas e equipamentos) em que as entradas e saídas são perfeitamente conhecidas. Abaixo listo as características das organizações como sistemas abertos:

1. Importação e Exportação: de um lado existe a importação de insumos (recursos, materiais, energia, etc.) e de outro a exportação de produtos ou serviços para abastecer o ambiente; 2. Homeostasia: é o princípio garantidor do equilíbrio dinâmico dos sistemas, com a manutenção do status quo interno. Garante o fluxo contínuo de entrada e saídas, e por conseguinte, a sobrevivência do sistema. Produz a rotina e a conservação do sistema. 3. Adaptabilidade: É o processo de ajustamento do sistema em face da retroação recebida das saídas. Desta forma pode-se alterar as entradas de forma que o status quo permaneça inalterado. De forma contrária á homeostasia a adaptabilidade leva à mudança e à inovação em busca do ajustamento do ambiente interno ao ambiente externo; 4. Morfogênese: É a principal característica identificadora dos sistemas abertos: capacidade de modificar a si próprio de maneiras estruturais, como decorrência da adaptabilidade; 5. Negentropia ou entropia negativa: entropia é o processo de tendência à exaustão e desaparecimento das organizações. É a degradação típica dos sistemas fechados. Para se prevenir deste processo os sistemas abertos importam uma quantidade maior de energia do meio externo do que devolvem. Assim usam esta reserva para alimentar suas estruturas e compensar as perdas de energia na entrada e saída; 6. Sinergia: é o processo de esforço simultâneo em prol da organização, realizando um efeito multiplicador dos esforços realizados. O resultado dos esforços sinérgicos são potencialmente maiores do que a simples soam dos esforços.

Veja a esquematização da organização como sistema aberto abaixo:

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4. Equifinalidade. Existe mais de um modo, mais de um caminho, para se atingir o mesmo resultado. 5. Limites ou fronteiras. Existem barreiras entre o sistema e o ambiente. Estas definem o raio de ação do sistema. 6. Cultura e clima organizacional. É fruto das interações entre os diversos atores do sistema, tanto internos como externos. Cada organização cria sua própria cultura, como resultado de processos ímpares. 7. Eficiência e eficácia organizacional. Para os dois autores eficiência diz respeito ao quanto de entrada de uma organização resulta como produto e quanto é absorvido pelo sistema. Já a eficácia refere-se à maximização do rendimento para a organização. 8. Organização como um sistema de papéis. Uma organização é formada pelo conjunto de atividades diferenciadas realizadas por múltiplos atores. A Teoria dos Sistemas baseia-se no conceito de Homem Funcional. O indivíduo tem papéis dentro da organização e mantém expectativas com relação ao desempenho dos papéis das demais pessoas, dentro e fora da organização.

A FGV cobrou isto!

ITEM 10. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA)

Assinale a alternativa que apresente corretamente o tipo de homem focado pelas abordagens da Teoria dos Sistemas Abertos e a Perspectiva Sociotécnica das Organizações. (A) Homem organizacional. - (B) Homem econômico. (C) Homem social. (D) Homem funcional. (E) Homem administrativo

Fácil! O gabarito é a letra D. A perspectiva sociotécnica está inserida na Teoria dos Sistemas. A Banca quis confundir os candidatos. As outras alternativas estão erradas. Recordando: Homem organizacional.- Modelo Burocrático e Teoria Estruturalista Homem econômico. Teoria Clássica Homem social. Teoria das Relações Humanas Homem administrativo- Teoria Comportamental

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2.4.2. Teoria da Contingência

Dois sociólogos ingleses, Burns e Stalker, em virtude de pesquisas relacionando práticas administrativas com o ambiente externo, classificaram as organizações industriais em dois tipos: organizações mecanísticas e organizações orgânicas. A perspectiva é sistêmica. As organizações mecanísticas são próprias de ambientes estáveis e permanentes enquanto as orgânicas são adequadas para condições ambientais de mudança e inovação.

Isto caiu em questão da FGV! Vejamos:

ITEM 11. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Assinale a alternativa que apresente uma característica dos sistemas mecânicos organizacionais. (A) Autoridade baseada no conhecimento. (B) Processo decisorial ad hoc. (C) Estrutura definitiva. (D) Comunicações quase sempre horizontais. (E) Ambiente instável Fácil, não? O gabarito é a letra C. Organizações mecanísticas ou mecânicas caracterizam-se por ter estrutura definitiva ou permanente.São estáveis. Todas as outras alternativas estão erradas, são características dos sistemas orgânicos.

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Autoridade Baseada na hierarquia e no comando

Baseada no conhecimento e na consulta

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Provisório. Cargos mutáveis, redefinidos constantemente. Ocupantes polivalentes

Processo Decisorial Decisões centralizadas na cúpula da organização

Decisões descentralizadas ad hoc (aqui e agora)

Comunicações quase sempre verticais quase sempre horizontaisConfiabilidade em: Regras e regulamentos 

formalizados por escrito e impostos pela empresa

Pessoas e comunicações informais entre as pessoas

Princípios Predominantes Princípios gerais da Teoria Clássica

Aspectos democráticos da Teoria das Relações Humanas

Ambiente Estável e permanente Instável e dinâmico.Fonte: Chiavenato (2003)

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Vejamos outra questão sobre este tema

ITEM 12.(FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA)

De acordo com a Teoria das Contingências, há dois tipos de sistemas organizacionais: mecanicistas e orgânicos.

A esse respeito, analise as afirmativas a seguir: I. A rigidez é uma característica dos sistemas mecanicistas. II. A previsibilidade é uma característica dos sistemas orgânicos. III. O ambiente estável é uma característica dos sistemas orgânicos. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas Já vimos isto! O gabarito é a letra A. A afirmativa I está correta. De fato os sistemas mecânicos são estáveis, permanentes, avessos à mudança, e portanto rígidos. As afirmativas II e III estão erradas. São características dos sistemas mecânicos. Já na década de 1970, Lawrence e Lorsch inauguraram a teoria da contingência. Através dos resultados de suas pesquisas demonstraram que as organizações utilizam dois mecanismos básicos de funcionamento: a diferenciação e a integração administrativas. A diferenciação diz respeito à subdivisão das organizações em departamentos com tarefas especializadas. Cada departamento reage somente à parte do ambiente que é relevante para sua atividade. As demandas de ambientes específicos corresponderão à departamentos na organização, com os quais se relacionarão. A integração é o processo oposto: do ambiente externo surgem pressões para que haja unidade de esforços entre os vários departamentos da organização. Chiavenato ressalta que os dois mecanismos são opostos e antagônicos. Quanto mais diferenciação existe na organização mais difícil é a solução de problemas. Contudo, as organizações que conseguem se diferenciar (processo típico do crescimento da organização) e ao mesmo tempo conseguem integrar todas estas partes garantirão sucesso. A abordagem contingencial manteve o foco nas tarefas, nas pessoas e na estrutura organizacional e agregou a perspectiva da sobrevivência e do

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crescimento em ambientes mutáveis. Nesta perspectiva tudo é mutável, tudo é relativo, tudo é contingente. O contexto ambiental é que vai ditar os rumos das operações das empresas. As que se adaptam são bem sucedidas. A Teoria da contingência baseia-se no conceito de Homem Complexo. A FGV gosta de cobrar a teoria da contingência!

ITEM 13. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Com relação à teoria contingencial, analise as afirmativas a seguir. I. As organizações possuem natureza sistêmica. II. Existem princípios universais de administração. III. As características ambientais condicionam o ambiente organizacional. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. O gabarito é a letra D. Vejamos as afirmativas. A afirmativa I está correta, uma vez que a natureza das organizações para a teoria da contingência é sistêmica. A afirmativa II está errada. É justamente o contrário. Nesta teoria tudo é contingencial, tudo é mutável, e portanto incompatível com princípios universais. A afirmativa III está correta, é o contexto ambiental que dita o rumo da organização.

2.5. Abordagens Modernas

A atual Era da Informação transformou o mundo tremendamente. Não foi diferente com os modelos de gestão. Para atender à intensa necessidade de mudanças surgiram outros modelos. Vejamos alguns deles:

1. Melhoria contínua. Técnica administrativa que consiste na mudança organizacional suave e contínua. Propõe a melhoria gradual por meio da colaboração das pessoas. É aplicável no nível operacional.

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2. Qualidade Total. Também é uma técnica incremental, de melhoria contínua. No entanto deve ser aplicada em todos os níveis da organização, desde o presidente até o operário. 3. Reengenharia. Foi um movimento que preconizava a destruição total da estrutura da organização seguida da reconstrução em novos processos. Baseava-se em quatro palavras: fundamental, rápida, drástica, e focaliza-se em processos e não em funções ou tarefas. 4. Benchmarking. É uma técnica administrativa que consiste em avaliar produtos e serviços dos concorrentes ou daqueles que são reconhecidos como líderes do mercado. Permite a comparação entre processos ou práticas administrativas, com o fim de alcançar vantagem competitiva. 5. Equipes de alto desempenho. As organizações passaram a valorizar a formação de equipes com pessoas focadas na obtenção de respostas rápidas e inovadora aos desafios apresentados pelo ambiente. 6. Teoria da Complexidade. Esta abordagem preconiza que não há formas de alcançar o conhecimento completo, em face da incerteza inerente ao homem e à sociedade. 7. Teoria do Caos. De acordo com esta teoria as organizações se reinventam constantemente, são ativas, tanto provêem energia quanto consomem. Elas se auto-organizam. Produzem entropia – a degradação de si próprias- quanto negentropia – a restauração do sistema.

Por fim, vejamos um esquema comparativo dos modelos de gestão vistos em aula.

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Bem pessoal, espero que tenham gostado da aula. Lembro a todos que estou disponível no fórum para dúvidas e comentários. Recomendo que resolvam os exercícios ao final das aulas sem consultar o gabarito. Depois disto leiam novamente as questões desta vez com os comentários. Na Aula 1 irei inserir exercícios comentados adicionais com relação aos temas tratados na aula demonstrativa.

Espero vocês na Aula 1! Lembrem-se persistência e foco! Até lá!

ESQUEMA COMPARATIVO DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

Teoria Ênfase Concepção de homem Abordagem Sistema de Incentivos Relação entre  objetivos organizacionais e objetivos individuais

Teoria ClássicaNas tarefas e na estrutura organizacional

Homem econômico

Prescritiva e Normativa

Incentivos materiais e salariais

Identidade de interesses. Não há conflito perceptível

Teoria das Relações Humanas

Nas pessoas Homem Social

Prescritiva e Normativa

Incentivos sociais e simbólicos

Identidade de interesses. Todo conflito é indesejável e deve ser evitado

Teoria NeoclássicaNo ecletismo: nas tarefas, nas pessoas e na estrutura

Homem organizacional e Administrativo

Prescritiva e Normativa

Incentivos mistos, tanto materiais como sociais

Integração entre objetivos organizacionais e objetivos individuais

Teoria da Burocracia

Na estrutura organizacional Homem organizacional 

Prescritiva e Normativa

Incentivos materiais e salariais

Não há conflito perceptível. Prevalência dos objetivos da organização

Teoria EstruturalistaNa estrutura e no ambiente Homem organizacional 

Explicativa e Descritiva

Incentivos mistos, tanto materiais como sociais

Conflitos inevitáveis e mesmo desejáveis que levam à inovação.

Teoria comportamental

Nas pessoas e no ambiente Homem Administrativo

Explicativa e Descritiva

Incentivos mistos Conflitos possíveis e negociáveis. Relação e equilíbrio entre eficácia e eficiência.

Teoria dos sistemas No ambiente Homem Funcional Explicativa e Descritiva Incentivos mistos Conflito de papéis

Teoria da contingência

No ambiente e na tecnologia, sem desprezar as tarefas, as pessoas e estrutura

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Explicativa e Descritiva

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Fonte: Chiavenato (2003)

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3. Lista de Exercícios

ITEM 1. (FGV- SENADO/2010. ANALISTA LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO) Frederick M. Taylor concluiu que os executores de tarefas não tinham experiência e conhecimento para planejá-las a fim de tornar o rendimento do trabalho o maior possível. Para preencher essa lacuna surgem os analistas de sistemas, capazes de planejar e delinear as atividades de produção e escritório. Suas características principais são independência em relação à linha de comando, atuação em todos os níveis hierárquicos e áreas de atividades da empresa e, o que é importante, o fato de ocuparem uma parte da organização que lhes é própria, a tecnoestrutura. Sua principal ação consiste em padronizar atividades, produtos e serviços. Com o fim de concretizar o que fazem, pode-se dividir o objeto de atuação dos analistas de sistemas em três áreas:

• planejamento do produto, programação e controle da qualidade; • tempos e movimentos; • recrutamento, seleção e treinamento de pessoal.

As funções dessas três áreas são padronizar, respectivamente: (A) as habilidades dos executores; os processos de trabalho e as habilidades dos executores. (B) os processos de trabalho em si; as saídas dos processos e as habilidades dos executores. (C) as habilidades dos executores; os processos de trabalho e as saídas dos processos. (D) as saídas dos processos; os processos de trabalho em si e as habilidades dos executores. (E) as saídas dos processos; as habilidades dos executores e os processos de trabalho.

ITEM 2. (FGV- SEFAZ RJ/2009. FISCAL DE RENDAS)

Com relação aos temas eficiência e eficácia, assinale a afirmativa incorreta. (A) Eficiência é um conceito limitado. (B) Eficiência diz respeito aos trabalhos internos de uma organização. (C) Uma organização não pode ser eficiente se não for eficaz. (D) A abordagem de metas para eficácia organizacional identifica as metas de uma organização. (E) Eficácia é um conceito abrangente.

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ITEM 3. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA)

A ênfase nos grupos informais é característica pioneira: (A) da administração científica. (B) da escola das relações humanas. (C) da teoria clássica da administração. (D) do modelo burocrático. (E) da teoria comportamental da administração

ITEM 4. (FGV- SENADO/2010. ANALISTA LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO) A teoria motivacional mais conhecida é a de Abraham Harold Maslow. Ela se baseia na hierarquia de necessidades humanas. Entre essas, segundo o autor, há as necessidades: (A) patrimoniais. (B) financeiras. (C) fisiológicas. (D) psicológicas. (E) morais

ITEM 5.(FGV- CODESP/2010. ADMINISTRADOR)

A motivação, dentro do ambiente empresarial, é um elemento fundamental para que os empregados se comprometam com o atingimento dos objetivos organizacionais. Várias são as teorias motivacionais que fundamentam as práticas empresariais visando estimular o empregado a ter maior produtividade e qualidade no desenvolvimento de suas atividades. Segundo a Teoria de Herzberg, os fatores que levam à satisfação no trabalho são diferentes daqueles que levam à insatisfação. Segundo Maslow, existe uma hierarquia de necessidades, em que, à medida que uma necessidade é satisfeita, a próxima se torna dominante. Assinale a alternativa que apresente uma prática que possibilita a motivação dos empregados. (A)

Dar plena responsabilidade e autonomia a todos os empregados.

(B)

Estabelecer horários de trabalho rígidos para que a jornada de trabalho seja cumprida.

(C)

Dissociar a remuneração do desempenho.

(D)

Tratamento igual para todos, homogeneizando as necessidades individuais.

(E)

Assegurar que as metas estabelecidas sejam percebidas como factíveis.

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ITEM 6. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA)

Com relação às necessidades das pessoas, segundo a Teoria das Motivações de Maslow, intervalos de descanso, conforto físico e horário de trabalho razoável são exemplos de: (A) necessidades fisiológicas. (B) necessidades de segurança. (C) necessidades sociais. (D) necessidades de estima. (E) necessidades de auto-realização

ITEM 7 – (FGV- CAERN/2010. ADMINISTRADOR)

De acordo com a Teoria dos Dois Fatores, a motivação das pessoas para o trabalho depende de dois fatores distintos: higiênicos e motivacionais. Estes são relacionados às condições internas dos indivíduos e são satisfacientes; aqueles são relacionados ao ambiente externo e são insatisfacientes. Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir: I. A ausência do uso pleno de habilidades pessoais provoca insatisfação. II. Melhores benefícios sociais provocam uma maior satisfação. III. O oposto da satisfação é nenhuma satisfação e o oposto da insatisfação é nenhuma insatisfação. Assinale (A)

Se somente a afirmativa I estiver correta.

(B)

Se somente a afirmativa II estiver correta.

(C)

Se somente a afirmativa III estiver correta.

(D)

Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(E)

Se todas as afirmativas estiverem corretas.

ITEM 8. (FGV- SEFAZ RJ/2010. FISCAL DE RENDAS)

Com relação à Teoria Y, analise as afirmativas a seguir. I. A Teoria Y caracteriza o esforço físico e mental para trabalhar com algo tão natural como a diversão e repouso. II. A Teoria Y preconiza que o homem procura, sobretudo, segurança. III. A Teoria Y determina que o controle externo não é a única forma de se conseguir esforço das pessoas Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas

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ITEM 9 – (FGV- CODESP/2010. ADMINISTRADOR)

Considerando as Teorias X e Y, analise as afirmativas a seguir: I. De acordo com a Teoria X, as pessoas normais têm aversão ao trabalho. II. Segundo a Teoria Y, a imaginação na solução de problemas não está distribuída entre as pessoas em uma organização. III. Segundo a Teoria X, as pessoas médias preferem ser mandadas. Assinale (A)

se somente a afirmativa III estiver correta.

(B)

se somente a afirmativa I estiver correta.

(C)

se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(D)

se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

(E)

se somente a afirmativa II estiver correta.

ITEM 10. (FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA)

Assinale a alternativa que apresente corretamente o tipo de homem focado pelas abordagens da Teoria dos Sistemas Abertos e a Perspectiva Sociotécnica das Organizações. (A) Homem organizacional. - (B) Homem econômico. (C) Homem social. (D) Homem funcional. (E) Homem administrativo

ITEM 11. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Assinale a alternativa que apresente uma característica dos sistemas mecânicos organizacionais. (A) Autoridade baseada no conhecimento. (B) Processo decisorial ad hoc. (C) Estrutura definitiva. (D) Comunicações quase sempre horizontais. (E) Ambiente instável

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ITEM 12.(FGV- SAD PE/2008. ANALISTA EM GESTÃO ADMINISTRATIVA)

De acordo com a Teoria das Contingências, há dois tipos de sistemas organizacionais: mecanicistas e orgânicos.

A esse respeito, analise as afirmativas a seguir: I. A rigidez é uma característica dos sistemas mecanicistas. II. A previsibilidade é uma característica dos sistemas orgânicos. III. O ambiente estável é uma característica dos sistemas orgânicos. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas

ITEM 13. (FGV- BADESC/2010. ANALISTA ADMINISTRATIVO)

Com relação à teoria contingencial, analise as afirmativas a seguir. I. As organizações possuem natureza sistêmica. II. Existem princípios universais de administração. III. As características ambientais condicionam o ambiente organizacional. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

4. Gabarito

1  2  3  4  5  6  7  8  9  10 D  C  B  C  C  A  C  C  D  D 11  12  13               C  A  D               

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5 -Bibliografia

1- Gestão de Pessoas; o novo papel dos recursos humanos nas

organizações. Chiavenato, Idalberto. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 2- Comportamento Organizacional;a dinâmica do sucesso das

organizações. Chiavenato, Idalberto. Rio de Janeiro: Campus, 2005. 3- Introdução à Teoria Geral da Administração. Chiavenato, Idalberto.

São Paulo: Makron Books, 1999. 4- Fundamento do Comportamento Organizacional. Griffin, Ricky W.;

Moorhead, Gregory.São Paulo: Ática, 2006.

ITEM . (FGV- SENADO/2010. ANALISTA LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO) 42 A teoria da autopoiesis, que tem em Gareth Morgan um excepcional divulgador, reconhece que sistemas podem ser caracterizados como tendo “ambientes”, mas insiste em que as relações com qualquer ambiente são internamente determinadas. Sendo assim: (A) pode haver incontáveis cadeias de interação entre sistemas e, dentro deles, A ligando-se a B, C, D, E, e assim por diante, não existe qualquer padrão independente de causalidade. (B) o feedback estratégico tem de ser repensado para testar, validar e modificar as hipóteses incorporadas às estratégias diretamente conectadas aos negócios. (C) a teoria da autopoiesis pode ser entendida como uma rede de partes separadas, razão pela qual faz sentido dizer que um sistema interage com seu ambiente externo, já que as transações de um sistema com seu ambiente não são transações internas, nem são transações automáticas. (D) a teoria da autopoiesis é considerada como um esforço de auto-reprodução por um sistema internamente aberto de relações conducentes ao estabelecimento de estratégias e táticas centradas apenas no ambiente que interessa, pois tal ambiente é o desejado pela administração superior porque traz resultados de cunho financeiro. (E) autores consideram que a teoria da autopoiesis tem uma indesculpável semelhança com a abordagem de sistemas abertos apontada pelo Daniel Katz e Roberto L. Kahn no final da década de 70, por intermédio da obra Psicologia Social das Organizações e, portanto, não merece um tratamento diferenciado GABARITO A