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Semiologia e Anamnese na Avaliação Inicial
de Pacientes para Prescrição
Dezembro-2014
• Mestrado em Enfermagem
• Especialização em Educação em Saúde Pública
• Graduação em Enfermagem e Obstetrícia
• Docência: Pós-graduação em UTI e Docência do Ensino superior em Enfermagem.
• Docência: Graduação aulas em Políticas de Saúde, Saúde Coletiva, Práticas Educativas em Saúde, Propedêutica, Semiologia, Semiotécnica, Psiquiatria, Saúde do Adulto, Saúde da Mulher e Educação em Saúde.
• Desenvolvimento de Projetos em Clínica de Enfermagem (Gestora).
• Orientação em Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) para alunos da Graduação e Pós-graduação.
• Capitulo de livro publicado: Navegar é preciso!. In: Maria Célia De Santi. (Org.). Metodologia de ensino na saúde- Um enfoque na avaliação. 1º ed. São Paulo: Manole, 2002, v. 1, p. 30-51.
• Palestras
Rita Bezerra
OBJETIVOS DA AULA• Reconhecer, identificar as fases do método clínico na
assistência farmacêutica;
• Reconhecer e aplicar a comunicação e acolhimento entre farmacêutico e paciente/cliente;
• Identificar e aplicar os conceitos de semiologia e anamnese farmacêutica;
• Reconhecer e identificar as fases do método clínico;• Realizar coleta de dados;• Realizar o exame físico;• Registrar dados coletados em impresso próprio;
Hoje• Identificar a relevância da comunicação;• Conceituar sinais& sintomas& síndrome;• Identificar as etapas da Prescrição Farmacêutica;• Identificar a importância dos sinais vitais na
Assistência Farmacêutica;
Gostar de GENTE
DIFERENCIAL• Paciência;• Curiosidade;• Capacidade de
observação• Atenção a detalhes• Capacidade de
concentração
SUCESSO• Espírito de investigação;• Gosto pela pesquisa e
por estudos;• Habilidade manual;• Noções de semiologia
Postura Inteligente
• Apresentação pessoal;• Postura profissional;• Hábitos de higiene;• Pontualidade;• Comunicação não verbal.
Objetivos da Comunicação
• Adequar a linguagem:• Na dipensação:• Simples;• Clara;• Objetiva.
Atenção!
• Termos técnicos:
Comunicação
• Verbal • Escrita• Oral
• Não Verbal• Face• Corporal
INFERÊNCIAS
Comunicação verbal
• Imagem de comunicação verbal: Oral e Escrita
LinguagemAtividade discursiva: Elocução
• Forma• Mutismo;• Logorréia;• Verbigeração;• Afasia;
• Conteúdo;• Coerência ao
propósito;• Incoerência;• Alterações semânticas
• Grau de comunicação:• Acessibilidade;• Sensibilidade;• Autenticidade do
dialogo;• Velocidade da fala;• Volume ;• Tom;• Modulação da voz
Comunicação não verbal
RUÍDOS NA COMUNICAÇÃO
LINGUAGEM ADEQUADA
AMBIENTE ADVERSO
CONCENTRAÇÃO DO RECEPTOR
Validação
Lembrete
•Uso racional de medicamentos;•Uso seguro de medicamentos;
Farmacêutico
Nutricionista
Terapeuta Ocupacional
DentistaPsicólogo
Enfermeiro
Fisioterapeuta
FonoaudiólogoMédico
PACIENTE/CLIENTE
ETAPAS DAPRESCRIÇÃOFARMACÊUTICA
RESOLUÇÃO Nº 586 DE 29 DE AGOSTO DE 2013 Ementa: Regula a prescrição farmacêutica e dá
outras providências.
Art. 7º - O processo de prescrição farmacêutica é constituído das
seguintes etapas:
• I - identificação das necessidades do paciente relacionadas à saúde; • II - definição do objetivo terapêutico; • III - seleção da terapia ou intervenções relativas ao
cuidado à saúde, com base em sua segurança, eficácia, custo e conveniência, dentro do plano de cuidado; • IV - redação da prescrição; • V - orientação ao paciente; • VI - avaliação dos resultados; • VII - documentação do processo de prescrição.
Art. 8º - No ato da prescrição, o farmacêutico deverá adotar medidas que contribuam para a promoção da segurança do paciente, entre as quais se destacam: • I - basear suas ações nas melhores evidências científicas; • II - tomar decisões de forma compartilhada e centrada no paciente; • III - considerar a existência de outras condições clínicas, o uso de
outros medicamentos, os hábitos de vida e o contexto de cuidado no entorno do paciente;
• IV - estar atento aos aspectos legais e éticos relativos aos documentos que serão entregues ao paciente;
• V - comunicar adequadamente ao paciente, seu responsável ou cuidador, as suas decisões e recomendações, de modo que estes as compreendam de forma completa;
• VI - adotar medidas para que os resultados em saúde do paciente, decorrentes da prescrição farmacêutica, sejam acompanhados e avaliados.
Método Clínico
Entrevista com o paciente
Avaliação da situação
Plano de ação Equipe Multiprofissional
Mais informaçõesSeleção do tratamento
Orientação ao paciente
Monitoramento Seguimento
Ciclo Vital
Consulta Farmacêutica
• Direcionar para os fatos clinicamente relevantes;• Fatos recentes (atuais) são muito importantes;• Dar atenção para pequenos fatos. (detalhes);• Abordar história familiar socioeconômica;• Dados dos exames laboratoriais;• Demonstrar interesse, empatia;• Evitar interrupções.• Desenvolver vínculo com o paciente ou cuidador;• Validar informação (confirmar a história clínica);• Não subestimar o cuidador ou paciente;• Não julgar;• Não discutir;• Manter sigilo.
SEMIOLOGIA OU PROPEDÊUTICA
• Semiologia ou Propedêutica: relacionada ao estudo dos sinais e sintomas das doenças humanas.
SINAIS E SINTOMAS
Aspecto abordado O que coletar Por que coletar
Identificação Idade, sexo, orientação sexual, profissão, endereço, estado civil
Personalizar, Individualizar,localizar, contatar
Motivo e ou queixa Expressão corporal;Descrição dos sintomas (quando surgiu, localização, intensidade, fatores que agravam e aliviam os sintomas
Conhecer os aspectos principais do elemento causador
Presença de doenças e tratamentos anteriores
Resumo de doenças crônicas;Hospitalizações e cirurgias anteriores;
Conhecer o perfil de saúde, possibilitar associações do perfil ao estado atual (prever complicações
Antecedentes familiares Estados de saúde dos familiares diretos do paciente : DM, HAS,doenças renais, autoimunes, TB, etc;Causa da morte dos familiares
Hereditariedade , possibilitar associações do perfil ao estado atual (busca dos fatores de risco )
Anamnese e exame físico: Avaliação diagnóstica em adulto. Alba Lucia Botura Leite de Barros et al. Porto Alegre: Artmed, 2002
Aspecto abordado O que coletar Por que coletar
Uso de medicamentos Relação dos medicamentos que tomas ou tomou (com ou sem prescrição)
Reconhecer uso de automedicação, reações por interação medicamentosa, adesão ao tratamento
Fatores de risco Consumo de álcool;Fumo ou drogas Quantidade e frequência, idade de inicio ou quando parou
Auxiliar na associação do estado atual e do pregresso de saúde, prever complicações
Hábitos e costumes Condições de moradia, hábitos de higiene, alimentação, sono e repouso, atividades físicas, atividade sexual, lazer recreação e eliminações
Compreender como vive, as possíveis repercussões de seus hábitos/costumes no desenvolvimentoAuxiliar na orientação de prevenção de doenças e promoção da saúde
SINTOMA
• Queixa SUBJETIVA• 5º Sinal Vital• DOR: Experiência sensorial ou emocional
desagradável que ocorre em diferentes graus de intensidade- do desconforto leve à agonia-, podendo resultar da estimulação do nervo em decorrência da lesão, doença ou distúrbio emocional.
TIPOS DE DORAguda - se manifesta transitoriamente por um período curto e na
maioria das vezes com causas facilmente identificáveis;
Crônica - é aquela que excede seis meses, sendo constante e intermitente. Quase sempre está associada a um processo de doença crônica;
Dores cutâneas - quando ocorre lesão de pele. Localizadas e de curta duração;
Dor somática - tem origem nos ligamentos, ossos, tendões, vasos sanguíneos e nervos. (quebra de um braço);
Dor visceral - se origina dentro dos órgãos e cavidades internas do corpo.
SINAIS:É um achado no exame físico, que pode ou não ser relatado pelo paciente. Um sinal pode também ser um sintoma.
Petéquias
Edema de MMII
Equimose
Cianose
Síndrome
• É um conjunto de sinais e sintomas típicos de uma determinada doença.
• Queixa de fadiga, falta de ar (dispneia) e edema nos membros inferiores são típicos da síndrome da insuficiência cardíaca congestiva.
SINAIS OU SINTOMAS?
EXAME FÍSICO
Ações que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal:•Aferição da Pressão Arterial•Temperatura•Respiração•Pulso
VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão.Rev Bras Hipertens vol.17(1):11-17, 2010.HORTA, W. A. Processo de Enfermagem. Ribeirão Preto: Pedagógica, 1979.POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Grande Tratado de Enfermagem Prática: Clínica e Prática Hospitalar. 3.ed. São Paulo: Santos, 1998.TIMBY, B. K. Conceitos e Habilidades Fundamentais no Atendimento de Enfermagem. 6.ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
Temperatura• Elevação da temperatura corporal como resultado
de uma alteração ao nível do centro termorregulador localizado no hipotálamo – alteração do ponto de regulação térmica;
• Sinais e sintomas (tremores, vasoconstrição, aumento do metabolismo celular, etc.) por forma a atingir o novo equilíbrio.
• Fatores que interferem na Temperatura corporal;
Temperatura
• Normotermia= 35,5 a 37,0° C, com média de 36,0 a 36,5° C.• Hipotermia= < 35,5oC ; • Febre= 36,9 a 40,9oC• Hipertermia= > 41ºC
Hipertemia• Exposição a ambientes com temperatura elevada• Fatores que impedem o mecanismo de perda de
calor• Prática excessiva de atividade física• Desidratação• Intoxicações diversas• Drogas como fenotiazinas, depressores
miocárdicos, barbitúricos , anfetaminas, etc.• Por agentes patológicos
Sintomas da Hipertemia
• Sintomas• Suor intenso;• Confusão Mental;• Câimbras;• Náuseas;• Vômitos;• Aumento da frequência cardíaca;• Respiração intensa;• Ansiedade;• Perda de Coordenação;
Consequências• Insuficiência Respiratória;• Insuficiência Renal Aguda;• Insuficiência Hepática;• Lesão Intestinal Isquêmica;• Pancreatite;• Trombocitopenia;• Lesão Cerebral onde ao atingir a temperatura de
41ºC o cérebro começa a ser danificado e ao chegar à temperatura de 50ºC ocorre à rigidez dos músculos e leva o indivíduo a morte.
PULSO• É a onda de expansão e contração das artérias,
resultante dos batimentos cardíacos.• Técnica de aferição;
Valores
• Lactentes: - 110 a 130 bpm (batimentos por minuto);• Abaixo de 7 anos: - 80 a 120 bpm;• Acima de 7 anos: - 70 a 90 bpm;• Puberdade: - 80 a 85 bpm;• Homem: - 60 a 70 bpm;• Mulher: - 65 a 80 bpm;• Acima dos 60 anos: - 60 a 70 bpm;
POTTER,1998
Classificação• Frequência: • Adultos
• Taquicardia - > 100 bpm*• Bradicardia- < 60 bpm• Normocardia- 60 a 80 bpm (até 100 bpm)*
• Crianças•90 a 140 bpm
•Adolescentes• 60 a 110 bpm
• Idosos• 70 a 80 bpm
• Ritmo: Rítmico e arrítmico:• Volume: Cheio ou filiforme.
Alterações• Frequência: relações sexuais, atividade física, sono,
respiração, pós prandial, hemorragia, febre,, miocardiopatia, ICC, etc.
• Volume: Insuficiência aórtica, hipotireoidismo
• Conceito • Técnica;• Adultos: 12 a 22 incursões respiratória por minuto;• Pré maturos: 50 IRP/m;• LACTENTES: 30-40 IRP/m;• 1 ANO: 25-30 IRP/m;• PRÉ- ESCOLAR: 20-25IRP/m;• 10 ANOS: > 20IRP/m;
Respiração
Classificação• Amplitude;
• Profunda;• Superficial;
• Frequência;• Taquipnéia- Rápida e superficial;• Bradpnéia;-Lenta e superficial;• Hiperpnéia;-Rápida e profunda;• Respiração de Cheyne Stokes- Respiração profunda e
apnéia;• Respiração de Biot- irregular, superficial ou profundas;• Respiração de Kussmaul- respiração profunda, inspirações
rápidas e amplas, frequência pode ser rápida, lenta ou normal
Alterações• Taquipnéia: DPOC - (dor torácica, distúrbios do
diafragma);• Bradpnéia: Intoxicações exógenas, DM, ↑ Pressão
intracraniana;• Cheyne Stokes: RN, IC grave, AVE, TCE, intoxicação
por barbitúricos ou oleáceos;• Biot: Depressão respiratória- Lesão cerebral
(bulbar);• Kussmaul: Acidose metabólica.
Atenção!• Tiragem intercostal;
• Obstrução: amplitude: determina a área;• Fibrose pulmonar;• Câncer de pulmão;• DPOC;• Bronquite;
• Baqueteamento
AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL1. Explicar o procedimento ao paciente e deixa-lo em repouso por pelo menos cinco minutos em ambiente calmo.
• Deve ser instruído a não conversar durante a medida.
• Possíveis duvidas devem ser esclarecidas antes ou após o procedimento
2. Certificar-se de que o paciente NÃO:
• esta com a bexiga cheia
• praticou exercícios físicos ha pelo menos 60 minutos
• ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos
• fumou nos 30 minutos anteriores
3. Posicionamento do paciente:
• Deve estar na posição sentada, pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado. O braço deve estar na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou quarto espaço intercostal), livre de roupas, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido
1. Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço. Após amedida, selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço*2. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital3. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artériabraquial4. Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial.5. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou odiafragma do estetoscópio sem compressão excessiva6. Inflar rapidamente ate ultrapassar em 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica, obtido pela palpação7. Proceder a deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo)8. Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I deKorotkoff), que e em geral fraco, seguido de batidas regulares, e, após,aumentar ligeiramente a velocidade de deflação9. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (faseV de Korotkoff)
10. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do ultimo som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder a deflação rápida e completa
11. Se os batimentos persistirem ate o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar
valores da sistólica/diastólica/zero
12. Sugere-se esperar em torno de 1 minuto para nova medida, embora esse aspecto seja controverso
13. Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o paciente
14. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço no qual a pressão arterial foi medida
VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão.Rev Bras Hipertens vol.17(1):11-17, 2010.
Denominação do manguito
Circunferência do braço (cm)
Bolsa de borracha (cm)
Largura Comprimento
Recém nascido ≤ 10 4 8
Criança 11-15 6 12
Infantil 16-22 9 18
Adulto pequeno 20-26 10 17
Adulto 27-34 12 23
Adulto grande 35-45 16 32
Dimensões da bolsa de borracha para diferentes circunferências de braço em crianças e adultos.
Classificação da pressão arterial para crianças e adolescentes (modificada do The Fourth Report on the Diagnosis, Evaluation and Treatment of High Blood Pressure in Children and Adolescents)
Classificação Persentil para PAS e PAD (mmHg) Frequência da medida de PA
Normal <90 Reavaliar na próxima consulta medica agendada
Limítrofe* PA entre percentis de 90 a 95 ou se PA exceder120/80 mmHg sempre < percentil 90 ate < percentil 95
Reavaliar em 6 meses
Hipertensão 1 Percentil 95 a 99 mais 5 mmHg se hipertensão confirmada, encaminhar para avaliação diagnosticaPaciente sintomático: encaminhar para avaliação diagnostica
Hipertensão 2 PA > percentil 99 mais 5 mmHg Encaminhar para avaliação diagnostica
Hipertensão do avental branco
PA > percentil 95 em ambulatório ou consultório e PA normal em ambientes não relacionados a pratica clinica
Para idade, sexo e percentil de estatura. PA: pressão arterial; PAD: pressão arterial diastólica; PAS: pressão arterial sistólica.
Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (> 18 anos).
Classificação Pressão sistólica(mmHg)
Pressão diastólica(mmHg)
Ótima < 120 < 80
Normal <130 < 85
Limítrofe* 130-139 85-89
Hipertensão 1 140-159 90-99
Hipertensão 2 160-179 100-109
Hipertensão 3 ≥180 ≥ 110
Hipertensão sistólica isolada ≥ 140 <90
* Pressão normal-alta ou pré-hipertensão são termos que se equivalem na literatura.
Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da pressão arterial.
O Exame Físico depende
• Conhecimento do farmacêutico de anatomia e fisiologia e fisiopatologia;• Local adequado;• Iluminação adequada;• Posição do paciente correta;• A parte do corpo a ser examinada deve estar
descoberta e as demais coberta, respeitando o pudor do paciente;
Material para Exame Físico
• Esfigmomanômetro;• Estetoscópio;• Termômetro; • Abaixador de língua;• Otoscópio.• Balança antropométrica;• Lanterna;
Exame FísicoCondições Emocionais;Condições Mentais;Verificação dos SSVV;Exame físico por partes do corpo humano:Cabeça;Pescoço;Tronco ;Membros;
Manobras básicas
Tipo Morfológico
•Brevilíneo;•Normolíneo;•Longilíneo.
Condições EmocionaisRoteiro para avaliação do nível de ansiedade
Humor ansioso Inquietude, temor do pior, apreensão quanto ao futuro ou presente, irritabilidade
Tensão Sensação de tensão, cansaço,tremores, choro fácil, incapacidade de relaxar, agitação, reação de sobressalto
Medo De escuro, de desconhecidos, multidão, de ser abandonado, de trânsito
Insônia Dificuldade de adormecer, sonho penoso, interrompido, insatisfatório, fadiga ao despertar, pesadelos e terrores noturnos
Dificuldades intelectuais
Dificuldade de concentração, distúrbios de memória
Humor depressivo Perda de interesse, humor variável, indiferença às atividades de rotina, despertar precoce, depressão
Sintomas somáticos gerais
Musculares, sensoriais, cardiovasculares, respiratórios, gastrointestinais, do sistema nervoso autônomo
Comportamento durante a entrevista
Tenso, agitação das mãos, pernas, dedos, tiques, inquietação, respiração suspirosa
Hábitos
• Condições de moradia;• Hábitos de higiene;• Alimentação;• Sono e repouso;• Atividades físicas;• Atividade sexual;• Lazer recreação e eliminações
Estado Nutricional
• Normal:• Emagrecido: peso• Obeso;• IMC: Peso (KG) = entre 20 / 30 Altura2
Obesidade ou Subnutrição
• Perda ou ganho de peso: Quantos Kg/tempo• Obs: mínimo de roupa é bexiga vazia.• Medidas posteriores devem manter horário e mesmas
condições.
Estado Nutricional
• Inspeção (sinais e sintomas)• Normal;• Obeso;• Desnutrido;• Relato de perda ponderal;
Índice de Massa Corporal- IMC• O Índice de Massa Corporal é a medida padrão
internacional utilizada para avaliar o grau de obesidade. (OMS). • Fatores de risco: HAS, DAC e DM;• Hoje em dia, o IMC é utilizado como forma de
comparar a saúde de populações, ou até mesmo definir prescrição de medicações;• Os valores de IMC são independentes de idade e sexo. • Riscos à saúde associados ao aumento do IMC;
• Cálculo:
• Adultos
Índice de Massa Corporal- IMCP (Kg)
Alt2 (m)
Resultado SituaçãoAbaixo de 17 Muito abaixo do peso
Entre 17 e 18,49 Abaixo do peso
Entre 18,5 e 24,99 Peso normal
Entre 25 e 29,99 Acima do peso
Entre 30 e 34,99 Obesidade I
Entre 35 e 39,99 Obesidade II (severa)
Acima de 40 Obesidade III (mórbida)
CriançasMeninosIdade Normal Sobrepeso Obesidade
6 14,5 mais de 16,6 mais de 18,0
7 15 mais de 17,3 mais de 19,1
8 15,6 mais de 16,7 mais de 20,3
9 16,1 mais de 18,8 mais de 21,4
10 16,7 mais de 19,6 mais de 22,5
11 17,2 mais de 20,3 mais de 23,7
12 17,8 mais de 21,1 mais de 24,8
13 18,5 mais de 21,9 mais de 25,9
14 19,2 mais de 22,7 mais de 26,9
15 19,9 mais de 23,6 mais de 27,7
MeninasIdade Normal Sobrepeso Obesidade
6 14,3 mais de 16,1 mais de 17,4
7 14,9 mais de 17,1 mais de 18,9
8 15,6 mais de 18,1 mais de 20,3
9 16,3 mais de 19,1 mais de 21,7
10 17 mais de 20,1 mais de 23,2
11 17,6 mais de 21,1 mais de 24,5
12 18,3 mais de 22,1 mais de 25,9
13 18,9 mais de 23 mais de 27,7
14 19,3 mais de 23,8 mais de 27,9
15 19,6 mais de 24,2 mais de 28,8
Crianças
Nível de Consciência
• Avaliação neurológica= Padrão respiratório+ exame pupilar + movimentos oculares + resposta motora.• Alerta;• Consciente ou inconsciente;• Orientado ou desorientado no tempo e espaço;• Falhas de memória;• Ausências;• Torporoso;• Sedado;• Comatoso.
Movimentação
• Inspeção (sinais e sintomas)• Deambula;• Acamado;• Restrito ao leito;• Sem movimentação;• Semi-acamado;• Deambula com ajuda;• Movimenta-se com ajuda: (muleta, bengala, cadeira
de rodas, andador, etc..)
Peles e Tecidos
• Inspeção: (sinais e sintomas)• Sem alterações;•Anasarca;•Cianose;• Icterícia;•Descorado:•Reações alérgicas;• Lesões de pele.
Crânio
• Inspeção: (sinais e sintomas)• Sem anormalidades;• Incisão;•Drenos;•Cefaléia;• Lesões no couro cabeludo
Olhos
• Inspeção: (sinais e sintomas)• Visão normal;• Diminuição da acuidade visual;• Presença de processo
inflamatório/infecciosos;• Uso de lente de contato ou óculos;• Exoftalmia;• Pupilas fotorreagentes;• Tipos de pupilas;
Ouvido
• Inspeção: (sinais e sintomas)• Audição normal;• Acuidade diminuída;• Zumbido;• Presença de processo
inflamatório/infecciosos;• Uso de prótese auditiva;
Boca
• Inspeção (sinais e sintomas)• Sem anormalidades;• Cáries;• Falha dentária;• Gengivite;• Uso de prótese;• Lesões;• Halitose;
Pescoço
• Inspeção e palpação (sinais e sintomas)• Sem anormalidade;• Linfonodos;• Tireoide palpável;• Estase venosa jugular;• Traquostomia;
TóraxInspeção, percussão e ausculta (sinais e sintomas)
• Sem alteração anatômica;• Com alteração anatômica;• Expansão torácica normal;• Diminuição torácica;• Presença de frêmitos
• Mamas• Sem alterações;• Simetria• Presença de massa
palpável;• Dor;• Secreção;
TóraxInspeção, percussão e ausculta (sinais e sintomas)
Pulmão
Normal;Roncos;Estertores;Sibilos;
• Ar ambiente;• Oxigenoterapia;• Traqueostomizado;
TóraxInspeção, percussão e ausculta (sinais e sintomas)
Coração• Ritmo normal;• Taquicardia;• Bradicardia;• Galope;• Presença de sopro;• Arritmia;
• Precórdio;• Sem alteração;• Dor;
Abdome Inspeção, palpação, percussão e ausculta
(sinais e sintomas)
• Indolor;• Plano;• Globoso;• Flácido à palpação;• Resistente à palpação;• Presença de ruídos
hidroaéreos;
• Ausência de ruídos hidroaéreos;• Presença de dor; • Incisão cirúrgica;• Colostomia;• Hepatomegalia;• Esplenomegalia;
Geniturinário Inspeção(sinais e sintomas)
• Sem alterações anatômicas;• Micção espontânea;• Presença de anomalias;• SVD;• Lesões nos órgãos genitais;• Incontinência urinária;
Membros Superiores Inspeção, palpação, percussão e ausculta
(sinais e sintomas)
• Sensibilidade e força motora preservada em todas as extremidades;• Pulsos periféricos
estáveis;• Paresia;• Plegia;
• Edema;• Amputação;• Gesso;• Tala gessada;• Dispositivo venoso;• Lesões;
Membros Inferiores Inspeção, palpação, percussão e ausculta e sintomas)
• Sensibilidade e força motora preservada em todas as extremidades;• Pulsos periféricos
estáveis;• Paresia;• Plegia;
• Edema;• Amputação;• Gesso;• Tala gessada;• Dispositivo venoso;• Lesões;
Glicemia CapilarÉ a coleta de sangue de capilares sanguíneo geralmente do dedo, através da perfuração cutânea por uma lanceta.
Valores GlicêmicosCategoria Jejum Por 8 hrs Pós prandial (2hrs) Qualquer hr do dia
Hipoglicemia < 60 < 60 < 60
Normal <100 < 140
Tolerância a glicose diminuída
Entre 126 a 120 Entre 140 e 200
Diabetes Mellitus > 126 >200 Acima 200 com poliúria (urina excessiva), perda não explicada de peso, polidipsia (sede excessiva)
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2007) ;Serviços Farmacêuticos, fascículo III, CRF-SP 2010-2011RDC 44/2009 da ANVISA
Diabetes tipo 1 e 2Diabetes Tipo I Tipo 2
Características O pâncreas não consegue produzir insulina
O pâncreas produz a insulina, mas o organismo desenvolve resistência a esse hormônio
Causas Destruição das células B pancreáticas por rejeição do próprio organismo ou por causa desconhecida
Predisposição genética, obesidade, dieta desequilibrada, sedentarismo e hipertensão
Prevalência 10% dos casos 90% dos casos
> incidência A partir da infância e da adolescência
A partir dos 30 anos
Manifestação Abrupta,sede excessiva, alta frequência urinária, cansaço, perda acentuada de peso e hálito adocicado
Lenta, assintomática, com sensação de fome sede constantes e cansaço frequente
Controle Aplicações de insulina Medicamentos orais ou aplicação de insulina
Atenção• O jejum de mínimo 8 horas. (resultados elevados);• Jejum maior que 12 horas também influencia no
resultado, podendo tanto mostrar resultado baixo (hipoglicemia) como alto (hiperglicemia);• Exame, preferencialmente, pela manhã;• O paciente não deve realizar esforço físico antes da
realização do exame; • Ingestão de bebidas alcoólicas;• Glicemia pós-prandial, realizar 2 horas após o início
da refeição;
Verificação da Glicemia Capilar
• Material;• Técnica;• Local;• Prevenção de infecções;
Case • Dona Ruth procura o farmacêutico de confiança e
refere:- Seu Fernando o Danilo (filho), 14 anos, está com
muita dor no corpo e não consegue comer, emagreceu muito, só chora e não sei o que fazer!- Tem pintinhas vermelhas no tornozelo, apareceu
depois que ele operou da apendicite!
Quais as perguntas que devem ser feitas para a Dona Ruth pelo farmacêutico?
Organização dos dados
Resultados obtidos com as ações clínicas do farmacêutico;
• Melhora na adesão aos tratamentos farmacoterapêutico; • Diminuição na incidência de reações adversas e
interações medicamentosas; • Diminuição no tempo de internação; • Diminuição de morbidade e mortalidade dos pacientes; • Melhora na qualidade de vida dos pacientes;• Diminuição de custos. Importância do Farmacêutico
Clínico;
Percepções acerca da Atenção Farmacêutica (Estudo)
Farmacêuticos que atuam em farmácias e drogarias;91 farmacêuticos do município de Jundiaí-SP. 62,6% entre 20 e 29 anos;63,7%sexo feminino (63,7%);90,1% graduada em instituições privadas;87,9% não proprietária do estabelecimento ;
67,0% Desenvolviam atividades administrativas, técnicas e de atenção ao usuário, principalmente dipensação de medicamentos e orientação; acompanhavam o tratamento farmacoterapêutico dos usuários, mas sem registrar informações;
62,7% relacionava-se apenas à orientação e atendimento dispensados, mas tais atividades não eram realizadas de forma sistemática e organizada, como preconizado;
91,2% consideravam necessário realizar trabalho mais intenso com os usuários, porém apontaram dificuldades como falta de tempo e de apoio dos proprietários e desinteresse dos usuários.
Promover?Prevenir?
Qualidade de Vida
Declaração de Serviço Farmacêutico:
Documento escrito, elaborado pelo farmacêutico após a prestação do Serviço Farmacêutico, previsto na legislação vigente. A Declaração de Serviço Farmacêutico deve ser emitida em duas vias, sendo que a primeira deve ser entregue ao usuário e a segunda permanecer arquivada no estabelecimento, podendo esta ser de forma eletrônica.
Elaboração do documento
• Identificação;• Informação sobre a doença:• Hábitos;• Exame físico
Registro de Informações(Ficha individual)
• Identificação do paciente/cliente;• Identificação do cuidador;• Motivos da consulta;• Diagnósticos médicos;• Sinais e sintomas referidos;• Sinais e sintomas encontrados (verificados);• Uso regular de medicação;• Auto medicação;• Hábitos de saúde;• Dipensação• Orientação.
Contexto da Profissão
ONTEM
HOJE
AMANHÃ
Desafios • Utilizar os conhecimentos aprendidos em aula
na prática clínica;• Introjetar o papel do farmacêutica na prática
clínica;• Sensibilizar e conscientizar o cliente/paciente
para a nova pratica clínica do farmacêutica;• Praticar a Assistência Clínica farmacêutica no
dia a dia;
R$Tempo Conhecimento
Resultado
Satisfação do cliente
1. Anamnese e exame físico:Avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto/ Alba Lúcia Botura Leite de Barros [et al]. – Porto Alegre: Artmed 2002.2. Exame físico: Mahlon H Delp and Robert T Manning. Editora Interamericana . 20003. PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS DOR CRÔNICAhttp://old.cremerj.org.br/anexos/ANEXO_PORTARIA_1083.pdf 4. MÉTODO CLÍNICO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICAhttp://www.saude.sp.gov.br/resources/ipgg/assistencia-farmaceutica/otuki metodoclinicoparaatencaofarmaceutica.pdf5. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e metabologiahttp://www.endocrino.org.br/diretrizes-da-sbem/6. Serviços Farmacêuticos, fascículo III, CRF-SP 2010-2011http://portal.crfsp.org.br/phocadownload/fasciculo_iii_opas.pdf7. RDC 44/2009 da ANVISA http://cfo.org.br/wp-content/uploads/2010/02/180809_rdc_44.pdf8. Sociedade Brasileira de Hipertensãohttp://www.sbh.org.br/medica/diretrizes.asp9. DIAGNÓSTICO DOS PROCEDIMENTOS RELACIONADOS À ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA DAS FARMÁCIAS HOSPITALARES DOS HOSPITAIS DE PEQUENO E MÉDIO PORTE DO SUL DO ESTADO DE SANTA CATARINA – BRASILhttps://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/92036/265444.pdf?sequence=1
Referências Bibliográficas
Referências Bibliográficas
10. Brasil. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à saúde. Departamento de Atenção Básica./ Obesidade. Brasília. 2006 .
http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/doc_obesidade.pdf
11. FARINA, Simone Sena; ROMANO-LIEBER, Nicolina Silvana. Atenção farmacêutica em farmácias e drogarias: existe um processo de mudança?. Saude soc., São Paulo , v. 18, n. 1, Mar. 2009 . <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010412902009000100002&lng=en&nrm=iso>.accesson 10 Apr. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902009000100002.