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Porto Alegre 2012 Aimée Souto, Giselle Moraes, Karine Ortiz, Nivaldo Diniz. Uso de terapia nutricional Uso de terapia nutricional imunomoduladora em imunomoduladora em pacientes pacientes politraumatizados: uma politraumatizados: uma revisão da literatura revisão da literatura

SEMINÁRIO BIOQUÍMICA FISIOLÓGICA

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Porto Alegre2012

Aimée Souto, Giselle Moraes, Karine Ortiz, Nivaldo Diniz.

Uso de terapia nutricional Uso de terapia nutricional imunomoduladora em pacientes imunomoduladora em pacientes

politraumatizados: uma revisão da politraumatizados: uma revisão da literaturaliteratura

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INFORMAÇÕES BÁSICAS

Revisão da Literatura.

Autores: Kelli Trindade de Carvalho Rosina; Célia Lopes da Costa.

Publicação: Ceres: Nutrição e Saúde, 2010.

Palavras-chaves: Imunonutrição. Politrauma. Arginina. Glutamina. Ácido graxo w-3. Nucleotídeos.

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Descrever o uso de nutrientes imunomoduladores em pacientes politraumatizados, destacando a ação específica e recomendações de cada um sobre a resposta imunológica necessária para se obter a melhora dos resultados clínicos nutricionais.

Tema controverso: risco X benefícios.

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INTRODUÇÃO

Acidentes de trânsito ocuparão o 3° lugar nas causas de mortalidade em 2020. (OMS, 2004)

120 mil pessoas chegam aos hospitais por ano com traumas por acidentes no Brasil.

Faixa etária mais atingida: 15 a 39 anos.

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Suporte nutricional mostra melhora na sobrevida de pacientes em estado crítico.

Utilização de nutrientes com ação imunomoduladora, sozinhos ou combinados.

Como podem contribuir para minimizar as complicações?

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MÉTODO

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ALTERAÇÕES METABÓLICAS DO TRAUMA

Hipóxia, hipotensão, injúria tecidual e orgânica, fraturas, isquemias, intervenções cirúrgicas e infecções induzem a resposta de defesa.

Liberação de citocinas pró-inflamatórias, metabólitos do ácido araquidônico, sistema de coagulação, fatores de complemento, proteína de fase aguda, mediadores neuroendócrinos e acúmulo de células imunocompetentes no sistema de injúria. (SIRS)

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Mediadores anti-inflamatórios produzidos. (CARS)

Desequilíbrio SIRS e CARS: disfunção orgânica e aumento de infecções.

Dano celular + distúrbios microcirculatores = apoptose e necrose celular (MOF/MODS)

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Resposta celular ao trauma: fase inicial e fase tardia.

Politrauma: síndrome de injúrias associadas, escore de severidade da injúria > 17 e SIRS por 1 dia.

Recomenda-se uso de nutrição enteral precoce (24-48h após a lesão).

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NUTRIENTES IMUNOMODULADORES

ARGININA

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NUTRIENTES IMUNOMODULADORES

GLUTAMINA

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NUTRIENTES IMUNOMODULADORES

ÁCIDO GRAXO POLIINSATURADO W-3

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NUTRIENTES IMUNOMODULADORES

NUCLEOTÍDEOS

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NUTRIENTES IMUNOMODULADORES

IMUNONUTRIÇÃO NO TRAUMA

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NUTRIENTES IMUNOMODULADORES

EVIDÊNCIAS NO USO DA IMUNONUTRIÇÃO NO TRAUMA

• Atualmente temos poucos estudos sobre o assunto e dentre eles alguns apresentam falhas .

• As fórmulas, a maioria contém antioxidantes cujas ações no sistema imune são complexas.

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Heyland e colaboradores (2001) revisão sistemática em que os estudos passaram por uma análise metodológica recebendo níveis de Score. Comparou-se uma dieta imunomoduladora (DIM) com outra fórmula enteral padrão (FEP), e avaliou se os resultados sofreram interferência do método.

Kudsk e colaboradores (1996) estudo clínico com o objetivo de investigar os efeitos de complicações sépticas comparando o uso de FEP e DIM.

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Formaram três grupos: Dieta enteral isonitrogenada e isocalórica

(Promote® com caseical), DIM contendo arginina, glutamina, AGPW-3 e

ácido nucléico (Immun-Aid®) Grupo controle, que não recebeu nutrição

enteral precoce (NEP).

Weimann e colaboradores (1998) estudo para investigar a influência da dieta enteral suplementada com arginina, AGPW-3 e nucleotídeos (Impact ®) na incidência da SIRS e MOF.

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Brown e colaboradores (1994) estudo comparativo de marcadores imunológicos, nutricionais e de infecção em pacientes recebendo fórmula contendo arginina, ácido linolênico, beta-caroteno e proteína hidrolizada, com os que receberam FEP durante 10 dias.

Beale e colaboradores (1999) meta-análise comparando pacientes que receberam FEP com os que receberam DIM com arginina, AGPW-3, glutamina e nucleotídeos (Impact ® e Immuno Aid®).

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Mendez e colaboradores (1997) estudo clínico, com o objetivo de determinar os efeitos na função imune e nos resultados clínicos com uso DIM. Foi utilizado Perative® versus dieta padrão Osmolyte HN® suplementada com proteína (Promod®). As dietas foram similares, exceto no conteúdo de arginina (6,6 versus 3,5) e no tipo de lipídio.

Grimble (2005) já demonstrou que a arginina pode ter uma resposta variável dependendo da dose e tempo de administração.

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Moore e colaboradores (1994) estudo multicêntrico pacientes receberam dieta enriquecida com imunonutrientes (Immun Aid®) ou uma fórmula EP por sete dias.

Houdijk e colaboradores (1998) estudo clínico com objetivo de investigar os efeitos da suplementação de glutamina na morbidade de pacientes politraumatizados, atravez de alimentação suplementada com glutamina por mais de cinco dias.

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Grupo Enteral suplementada com glutamina.Grupo Enteral normocalórica e

normonitrogenada. Ambas as dietas eram isoprotecas, porém a dieta

controle forneceu 3,5g de glutamina e a DIM contribuiu com 30.5g de glutamina (Alitrak®).

o Marik e colaboradores (2008) meta-análise para determinar o impacto da DIM na mortalidade, infecção e TIH. Compararam a DIM com FEP e nenhum apresentou efeitos sobre a mortalidade e o TIH.

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Relvante - A literatura mostra que o oferecimento de alta concentração de AGP W-3 em pacientes com sepses e SIRS em UTI’s reduz a mortalidade, infecção e TIH.

Heyland e colaboradores (2005) propuseram dissociar a administração de imunonutrientes pela via enteral. Com isso, a dose completa pode ser alcançada e os efeitos terapêuticos avaliados mais apropriadamente.

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CONCLUSÃO

O papel da dieta imunomoduladora em pacientes criticamente doentes é controverso.

Devem-se ressaltar e avaliar os fatores que também podem estar relacionados à morbi-mortalidade, como:

Idade; Medicação; Patologias associadas ao quadro clinico; Caracterização do início da dieta; Ausência de registros das dietas prescritas X recebida de fato; Presença de menores índices de complicações infecciosas como TIH e TVM.

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Devemos reconhecer que as fórmulas diferem substancialmente quanto à composição e ação fisiológica e que o resultado das mesmas variam de acordo com estado do paciente.

Mas esses dados ainda se apresentam controversos, sobretudo pelo não estabelecimento de um padrão-ouro de método utilizado nas pesquisas clínicas.

 

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OBRIGADO