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Este estudo tem por objetivo discutir a necessidade e a viabilidade da constituiçãode Serviços Coletivos de Segurança e Saúde no Trabalho (SCSST), organismos tripartites,para prestação de serviços de assessoramento técnico, que tenham por atribuição orientar osempresários das micro e pequenas empresas (MPE) quanto à elaboração e à implementaçãode melhorias das condições de segurança e saúde dos trabalhadores nos espaços laboraisque conduzam à eliminação, à redução ou ao controle dos riscos ocupacionais a que estãoexpostos seus trabalhadores, além de contribuir para a redução dos custos operacionais nocumprimento da legislação
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7/21/2019 Segurança e Saúde Do Trabalhador Nas MPE
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Convênio: Fundação Economia de Campinas - FECAMP e Serviço de Apoio às Micro e PequenasConvênio: Fundação Economia de Campinas - FECAMP e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAEEmpresas - SEBRAE
Termo de Reerência: Reorma Tra!a"#is$a e Po"%$icas P&!"icas para Micro e Pequenas EmpresasTermo de Reerência: Reorma Tra!a"#is$a e Po"%$icas P&!"icas para Micro e Pequenas Empresas
Texto para discussãoTexto para discussão
'()*'()* Segurança e saúde do trabalhador nas MPE: Segurança e saúde do trabalhador nas MPE:
diagnósticos e proposta para a constituição dediagnósticos e proposta para a constituição de
“Serviços Coletivos de Segurança e Saúde no“Serviços Coletivos de Segurança e Saúde no Trabalho” Trabalho”
Campinas+ ou$u!ro de ,((Campinas+ ou$u!ro de ,((
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Apresen$ação
Este estudo tem por objetivo discutir a necessidade e a viabilidade da constituição
de Serviços Coletivos de Segurança e Saúde no Trabalho (SCSST), organismos tripartites,
para prestação de serviços de assessoramento técnico, que tenham por atribuição orientar os
empresrios das micro e pequenas empresas (!"E) quanto # elaboração e # implementação
de melhorias das condiç$es de segurança e sa%de dos trabalhadores nos espaços laborais
que condu&am # eliminação, # redução ou ao controle dos riscos ocupacionais a que estão
e'postos seus trabalhadores, além de contribuir para a redução dos custos operacionais no
cumprimento da legislação
o trabalho, dividido em duas partes, procura*se, inicialmente, +a&er um breve
diagnstico da situação das !"E no -rasil, indicando algumas di+iculdades que tra&em
re+le'os na gestão da segurança e sa%de do trabalho nestas empresas a segunda parte,
procura*se mostrar as vantagens da constituição de um modelo de gestão de segurança e
sa%de do trabalhador, por meio de serviços coletivos de segurança e sa%de, que busque
superar as di+iculdades encontradas por este segmento na melhoria das condiç$es de
trabalho em seus estabelecimentos
./ Breve dia0n1s$ico so!re as condiç2es de sa&de e se0urança nas MPE
.s micro e pequenas empresas (!"E) representam /0,12 do universo de empresas
constitu3das no pa3s, ou seja, apro'imadamente 4,4 milh$es de unidades, que ocupam cerca
de 56 milh$es de trabalhadores Esse segmento tem um peso substancial na estrutura
produtiva e ocupacional, cumprindo a importante +unção de inserir na produção um enorme
contingente de brasileiros, gerando emprego e renda a uma parcela considervel da
populaçãoTodavia, essas empresas en+rentam di+iculdades estruturais que as colocam em
condiç$es des+avorveis em um mercado e'tremamente competitivo .s ta'as de juros
elevadas, o restrito acesso ao crédito, a de+ici7ncia de demanda agregada e a crescente
ampliação do n%mero de concorrentes, sujeitam as !"E a um elevado n3vel de
in+ormalidade e a sobreviverem, muitas ve&es, no limiar do 8+echamento das portas9
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Como estratégia de sobreviv7ncia, uma grande parcela do setor +unciona baseada no
descumprimento das obrigaç$es tributrias, trabalhistas e previdencirias, impondo,
conseq:entemente, condiç$es precrias de trabalho a uma parcela e'pressiva da sociedade
a década de /;, essa situação se acentuou com a intensi+icação do processo de
reestruturação produtiva e a introdução de pol3ticas de +le'ibili&ação de direitos,
acompanhadas pelo aumento da in+ormalidade no trabalho e pelo processo de terceiri&ação
e de subcontratação, que degradaram ainda mais as condiç$es de trabalho nas !"E Essas
empresas +oram obrigadas a suportar o <nus do processo de trans+er7ncia dos riscos
laborais impostos pelas empresas de maior porte, além de e'por a sa%de e a integridade
+3sica de seus trabalhadores, em muitos casos, a condiç$es de trabalho mais degradantes
.lém desses problemas, os empresrios das !"E convivem com di+iculdades
cotidianas que acentuam a precari&ação da prestação laboral e constituem um obstculo
para a melhoria das condiç$es de segurança e sa%de no trabalho =entre essas di+iculdades
pode*se destacar>
a) aus7ncia de racionali&ação dos programas de segurança e sa%de do trabalhador
(SST), ou seja, não h uma simpli+icação nos diversos programas que leve em
consideração as peculiaridades das !"E? a ine'ist7ncia de um sistema de
+inanciamento para aquisição de mquinas novas e protegidas ou para a
instalação de dispositivos de proteção em mquinas usadas?
b) a +alta de conhecimento técnico para implementação de melhorias no processo
produtivo que condu&am a melhores condiç$es de trabalho, além das medidas
individuais e coletivas de proteção dos trabalhadores?
c) di+iculdades na contratação de assessorias técnicas em Sa%de e Segurança do
Trabalho (SST), visando a correta elaboração, implementação e
acompanhamento dos programas de gestão de SST, +ace ao alto custo dos
serviços prestados pelas empresas de assessoramento ou para a reali&ação de
alguns serviços necessrios # melhoria dos ambientes de trabalho? e
d) di+iculdades na obtenção de orientação quanto ao +iel cumprimento da
legislação trabalhista e previdenciria
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. despeito das di+iculdades encontradas por este segmento, cabe lembrar que os
trabalhadores não podem ser submetidos a tratamentos di+erenciados, especialmente,
quando se trata das condiç$es de segurança e sa%de no trabalho esse sentido, a
Constituição Aederal assegura, através do .rt 1B, inciso DD * entre outros direitos que
visam a melhoria das condiç$es sociais * que são direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, a redução dos riscos inerentes ao trabalho , por meio de normas de sa%de, higiene e
segurança
uanto ao cumprimento da legislação, essas empresas são obrigadas a elaborar e
implementar diversos programas, como, por e'emplo, o "rograma de "revenção de Fiscos
.mbientais (""F.) e o "rograma de Controle !édico de Sa%de Gcupacional ("C!SG),
cujo objetivo, segundo as ormas Fegulamentadoras (F) e'pedidas pelo !inistério do
Trabalho e Emprego (!TE), é a preservação da sa%de e da integridade +3sica dos
trabalhadores Tais programas, devem ser elaborados por pro+issionais que tenham
conhecimentos e +ormação na rea, pois deles dependem a qualidade e a e+ici7ncia das
medidas a serem implementadas
!as o cumprimento das obrigaç$es acima citadas tornou*se outra di+iculdade para
as !"E, pois, embora se reconheça a compet7ncia dos pro+issionais que atuam na rea de
segurança e sa%de do trabalhador, a realidade vem demonstrando uma degradação
permanente na qualidade dos serviços prestados #s empresas, o que repercute
negativamente na melhoria das condiç$es de trabalho
Tal +ato +ica evidenciado quando analisamos os dados de multas aplicadas pela
+iscali&ação do !inistério do Trabalho e Emprego nas empresas de pequeno e médio porte
no -rasil (ver ane'o) Segundo o Sistema Aederal de Dnspeção do Trabalho (SADT), entre
janeiro de 5;;; a julho de 5;;H, das multas aplicadas #s empresas com até 5;
trabalhadores, 5/2 +oram por irregularidades no cumprimento da F ;1 6 ou da F ;/5
6 Esta orma Fegulamentadora * F estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por partede todos os empregadores e instituiç$es que admitam trabalhadores como empregados, do "rograma deControle !édico de Sa%de Gcupacional * "C!SG, com o objetivo de promoção e preservação da sa%de doconjunto dos seus trabalhadores5 Esta orma Fegulamentadora * F estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por partede todos os empregadores e instituiç$es que admitam trabalhadores como empregados, do "rograma de"revenção de Fiscos .mbientais * ""F., visando # preservação da sa%de e da integridade dos trabalhadores
H
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Em relação #s empresas com até 6;; trabalhadores, as multas por in+ring7ncia # F ;1 ou a
F ;/ representam @;2 das autuaç$es so+ridas
Esse n%mero de autuaç$es est relacionado, na maioria dos casos, a assessorias de
SST que 8vendem programas9 e serviços, que não tra&em qualquer bene+3cio ou orientação
para os empregadores ou para os empregados Cabe registrar que não se trata de uma cr3tica
#s ormas Fegulamentadoras, cujos objetivos são importantes no sentido de estabelecer
parImetros para a sa%de e segurança do trabalho no pa3s, mas sim, dirigida a importante
parcela dos serviços de assessoria que são simples instrumentos para o cumprimento
burocrtico das imposiç$es legais, não tra&endo melhorias aos espaços laborais
=iante da ine'ist7ncia de rgãos espec3+icos de orientação para as !"E, quanto ao
cumprimento das medidas de SST, essas empresas são obrigadas a buscar qualquer
orientação necessria das empresas privadas de assessoria Tal +ato gera um +orte e
recorrente <nus +inanceiro #s pequenas empresas, pois, +ace # de+ici7ncia dos serviços
prestados por algumas empresas de assessoramento encontradas no mercado, as !"E, na
maioria dos casos, suportam um custo que não se tradu& em melhorias e+ica&es das
condiç$es laborais em seus estabelecimentos
=e +ato, os serviços contratados não apresentam soluç$es adequadas que garantam a
proteção # sa%de e # segurança dos trabalhadores, além de e'porem as !"E #s multas
administrativas dos rgãos de +iscali&ação ou #s aç$es c3veis ou penais pelos danos
causados # integridade +3sica dos empregados Fessalta*se que essa situação e'p$e os
trabalhadores dessas empresas a condiç$es de trabalho que tra&em conseq:7ncias perversas
ao organismo e, em grande parte dos casos, problemas irrevers3veis # sa%de dos
empregados .lém disso, os altos custos de manutenção desses serviços condu&em as
empresas a buscar aqueles que o+ereçam assessoramento a preços suportveis, apesar da
qualidade duvidosa em muitos casos Tal situação tem re+le'o direto nos altos n%meros de
doenças e acidentes ocupacionais e, conseq:entemente, no custo suportado por toda a
sociedade
a verdade, tal quadro e'plicita a necessidade de mudanças em termos das pol3ticas
de sa%de e segurança do trabalho no pa3s, com particular atenção para as !"E "or um
lado, para os trabalhadores, o atual modelo en+renta enormes di+iculdades em garantir
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melhores condiç$es de trabalho .o mesmo tempo, além de impor elevados custos diretos,
o atual modelo e'p$e as empresas a custos derivados, perda de +uncionrios, autuaç$es e
processos trabalhistas, na medida em que se mostra pouco e+etivo na adequação normativa
da legislação do trabalho .demais, os problemas do atual modelo, imp$em ao governo, e
portanto # sociedade, pesados custos, diretamente relacionados ao atendimento na rea de
sa%de e de amparo previdencirio, assim como nos custos sociais di+usos da perda ou
invalide& de trabalhadores
Torna*se evidente, que o bom +uncionamento de um modelo de pol3tica de sa%de e
segurança do trabalho é de interesse comum # sociedade brasileira, para trabalhadores,
empresrios e ao governo
,/ 3ire$ri4es para a cons$i$uição dos Sisteas Coletivos de Segurança e
Saúde no Trabalho
=iante desse diagnstico, v7*se a necessidade da elaboração e constituição de um
novo modelo de pol3ticas p%blicas na rea de sa%de e segurança no -rasil Jm novo modelo
p%blico, que conte com apoio governamental, com a participação de empresrios e
trabalhadores, que leve em consideração as especi+icidades das !"E, onde se encontram as
maiores di+iculdades para a adequação das normas trabalhistas em vrios campos,
especialmente na rea de sa%de e segurança@
esse sentido, a partir de algumas e'peri7ncias recentes no pa3s, é poss3vel pensar a
criação do que podemos denominar por Sistemas Coletivos de Segurança e Saúde no
Trabalho, que seriam organismos tripartites de assessoramento as !"E quanto ao
cumprimento da legislação trabalhista e previdenciria, especialmente relacionada #
Segurança e Sa%de no Trabalho (SST), que contribuiriam para a melhoria das condiç$es
laborais nestes estabelecimentos, buscando a eliminação, a redução ou controle da
@ Essas di+iculdades, não são e'clusivas das !"E no -rasil =ados recentes da Agência Européia para a
Saúde e Segurança no Local de Trabalho, rgão da Jnião Européia, mostram que as !"E européiasregistram grande incid7ncia de acidentes laborais, cerca de 052 do total de acidentes, percentual que aumenta
para cerca de /;2, quando considerados apenas os acidentes +atais E'atamente por isso, a JE recomenda eestimula +inanceiramente, por meio do Aundo Social Europeu, pol3ticas dirigidas para as !"E
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e'posição dos riscos originados no processo produtivo, tra&endo bene+3cios e'pressivos nas
condiç$es de vida dos trabalhadores e de gestão das empresas
Gs Sistemas Coletivos de Segurança e Saúde no Trabalho poderiam se constituir
como estruturas operacionais, administrativas e gerenciais na rea de SST, organi&ados de
+orma tripartite, ou seja, com a administração compartilhada pelos empregados e
empregadores, através de suas representaç$es de classe, com a participação do governo,
com corpo de +uncionrios prprios, integrado por técnicos de diversas reas
(multidisciplinar), organi&ados por região geogr+ica ou por ramo de atividade econ<mica,
custeado pelas contribuiç$es das empresas demandantes dos serviços e por incentivos ou
recursos p%blicos
=entre os poss3veis serviços o+erecidos pelos Sistemas Coletivos de Segurança e
Saúde no Trabalho #s !"E, poderiam estar a elaboração, implementação e
acompanhamento de "rogramas de Segurança e de !edicina do Trabalho (""F.,
"C!SG)? a elaboração de documentos e'igidos pela "revid7ncia Social (""", LTC.T)H? a
reali&ação de e'ames médicos ocupacionais (admissionais, peridicos, de retorno ao
trabalho, de mudança de +unção e demissionais)? a manutenção dos dados obtidos nos
e'ames médicos, incluindo avaliação cl3nica e e'ames complementares, conclus$es e as
medidas aplicadas, pelos per3odo m3nimo de 5; (vinte) anos? emissão de Comunicação de
.cidentes de Trabalho (C.T) ao DSS? em alguns casos, elaboração ou reconstituição de
pronturios de caldeiras, registros de segurança, projetos de instalação e relatrios de
inspeção? laudos ergon<micos de postos de trabalho? entre outros serviços
Como a+irmado anteriormente, j e'istem e'peri7ncias no pa3s, que apresentam
aspectos positivos e que podem servir de re+er7ncia para se pensar a estrutura dos Sistemas
Coletivos de Segurança e Saúde no Trabalho M o caso do serviço coletivo de segurança e
sa%de do plo calçadista de ovo Namburgo (FS) que visa dar orientação e assessria #s
empresas da região na rea de SST G serviço é +inanciado por contribuiç$es das empresas
participantes, sendo toda in+ra*estrutura +ornecida pelo sindicato dos empregadores do
setor G acompanhamento da qualidade da prestação dos serviços é reali&ado por uma
H "er+il "ro+issiogr+ico "revidencirio (""") * documento histrico*laboral individual do trabalhador da"revid7ncia Social Laudo Técnico de Condiç$es .mbientais do Trabalho (LTC.T) * é a declaração pericialemitida para evidenciar de +orma técnica as condiç$es ambientais do trabalho
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comissão de gestão com a participação de representantes do setor patronal, do sindicato dos
trabalhadores e da delegacia regional do trabalho Essa e'peri7ncia garantiu um serviço de
qualidade #s empresas de pequeno porte da região, além da redução dos custos de
implementação das melhorias nos ambientes de trabalho
Entretanto, apesar das e'peri7ncias vivenciadas, não houve uma maior disseminação
desses serviços no pa3s, pois, de acordo com a atual F ;H, sua constituição depende da
livre iniciativa dos interessados, o que, na prtica, +e& com que a e'peri7ncia, apesar de
bem sucedida, ocorresse apenas de +orma pontual Logo, tais modelos necessitam de
medidas do setor p%blico que garantam sua organi&ação e manutenção, além de sua
viabilidade +inanceira, através de incentivos ou de recursos p%blicos
a verdade, a F ;H4, que trata dos Serviços Especiali&ados de Engenharia e
Segurança no Trabalho (SES!T), j tra& a permissão legal para as empresas que não
possuem SES!T darem assist7ncia a seus empregados através de serviços comuns
organi&ados pelos sindicatos ou associaç$es da categoria econ<mica correspondente ou
pelas prprias empresas Todavia +oram poucas as iniciativas e não houve um est3mulo que
garantisse a disseminação desses serviços
Essa norma passa atualmente por um processo de re+ormulação, através da CT""
(Comissão Tripartite "aritria "ermanente)K Entretanto, não h evid7ncias de que se criar
uma estrutura que d7 apoio #s !"E na rea de SST, sem que se pense uma pol3tica p%blica
que regulamente e implique em maior participação do Estado e de recursos p%blicos .
atual discussão na CT"" não parece indicar nesse sentido
4 =e acordo com o item H6H da F ;H, os estabelecimentos que não necessitam constituir um serviço prpriode segurança e sa%de no trabalho, podem dar assist7ncia na rea de segurança e medicina do trabalho a seusempregados através de Serviços Especiali&ados em Engenharia de Segurança e em !edicina do Trabalho
comuns, organi&ados pelo sindicato ou associação da categoria econ<mica correspondente ou pelas prpriasempresas interessadasK CT""(Comissão Tripartite "aritria "ermanente) O Criada pela "ortaria SSSTP!Tb n B ;5, de 66 de abril de6//K, é composta por cinco representantes da bancada do governo (=SST e AJ=.CETFG), cincorepresentantes da bancada dos empregadores (atualmente> CC, CD, C., CT e CA) e cincorepresentantes da bancada dos trabalhadores (atualmente> AS, CJT e CQT) e conta com a participação derepresentantes dos !inistérios da Sa%de e "revid7ncia e .ssist7ncia Social em suas reuni$es Criadainicialmente com o objetivo de au'iliar a de+inição dos temas a serem regulamentados e acompanhar are+erida normali&ação, passou a ser instIncia de consulta do =SST para a elaboração de pol3tica e diretri&es darea
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Bene%cios da criação dos Sisteas Coletivos de Segurança e de Saúde no Trabalho para
as MPE
Esses sistemas poderiam redu&ir os custos diretos das !"E, pois permitiriam
partilhar os gastos entre o grupo de empresas atendidas Gs procedimentos e programas
reali&ados contariam com melhores condiç$es para aumentar a e+ici7ncia, em virtude da
produção de conhecimento e do direcionamento das soluç$es técnicas espec3+icas para um
determinado problema do setor econ<mico, o que em tese, evitaria investimentos em
proteç$es coletivas ou individuais que, em geral, não se tradu&em em melhoria das
condiç$es de trabalho =entre outras poss3veis atribuiç$es destes serviços coletivos,
podemos citar>
a promoção de campanhas educativas de prevenção de ocorr7ncia de doenças
e acidentes do trabalho, através da orientação dos riscos gerados no processo
produtivo e da disseminação das medidas de prevenção e+ica&es e de menor
custo?
orientação aos empresrios sobre as obrigaç$es legais e'istentes e a maneira
adequada de seu cumprimento, bem como esclarecer acerca dos direitos e
deveres trabalhistas e previdencirios?
a propagação de conhecimento acumulado entre as empresas do setor
econ<mico e outras regi$es geogr+icas, de +orma que sirvam como plo de
produção de soluç$es técnicas para os problemas na rea de SST?
+uncionamento como +rum permanente de discussão dos problemas
relacionados # segurança e # sa%de do trabalhador em determinada região ou
setor econ<mico? e
desenvolvimento de estudos direcionados # um setor ou região geogr+ica
sobre doenças e acidentes do trabalho e as +ormas e+ica&es de preveni*los
Este modelo poderia possibilitar a contratação de pro+issionais de diversas reas,
dando um carter multidisciplinar # assessoria prestada, o que +avorece a solução dos
problemas encontrados no setor de maneira sist7mica, diminuindo a possibilidade de
geração de riscos adicionais ao implementarem medidas de controle de riscos . anlise
preliminar dos riscos e das medidas de controle reali&adas por diversos pro+issionais
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poderia +avorecer a minimi&ação da geração de outros riscos, tendo em vista o carter
preventivo do sistema de proteção essas condiç$es, conseq:entemente, pode*se pensar a
redução dos custos adicionais para a eliminação de novos problemas
Gutro +ator importante é a agilidade na solução dos problemas, o que diminui a
possibilidade de acidentes e das e'posiç$es dos trabalhadores enquanto as medidas de
proteção estão sendo implementadas .tualmente, em grande parte dos casos, constatada
uma situação que e'p$e os trabalhadores a riscos ocupacionais, na maioria dos casos, os
empregadores recorrem #s soluç$es indicadas por suas assessorias em SST que apresentam
medidas genéricas, que muitas ve&es, não resolvem o problema .ssim, o empresrio
despende recursos muitas ve&es desnecessrios até a correção da irregularidade
!esmo diante desses aspectos positivos, deve*se considerar que a implementação
destes Sistemas Coletivos de Segurança e de Saúde no Trabalho é uma alternativa que
necessita estar articulada com outras medidas, como a desburocrati&ação ou simpli+icação
dos programas de SST, para que atinja de +ato seu objetivo, a melhoria das condiç$es de
trabalho nas !"E
Consideraç2es Finais
. melhoria das condiç$es de trabalho no pa3s depende de vrios elementos,
particularmente de melhores condiç$es econ<micas dadas por mercados em e'pansão
=i+icilmente pode*se imaginar melhorias substantivas das condiç$es sociais e de trabalho,
num cenrio de bai'o crescimento, em que trabalhadores, empresrios e governo convivem
com constrangimentos materiais de todas as ordens
ão obstante, +a&*se necessrio avançar na re+le'ão sobre pol3ticas que busquem
au'iliar as !"E na implementação de sistemas de gestão de segurança e sa%de e+ica&es G
atual modelo de assessoramento destas empresas mostra*se esgotado e em processo de
permanente degradação, haja vista que os melhores serviços são o+erecidos a custos
inacess3veis #s !"E Esta situação imp$e aos empregados das !"E a conviv7ncia
permanente com riscos ocupacionais, sem qualquer controle ou com controles ine+ica&es,
6;
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cujo resultado é o n%mero elevado de trabalhadores acidentados ou doentes, em decorr7ncia
de +atores per+eitamente previs3veis ou de poss3vel prevenção
. implementação de Serviços Coletivos de Segurança e Sa%de no Trabalho por
ramo de atividade ou por região, j demonstrou, por meio de vrias e'peri7ncias, que tra&
melhorias substanciais #s condiç$es de trabalho das !"E, devido ao direcionamento e #
qualidade dos serviços prestados, bem como pela redução dos custos para os empregadores
Gutro +ator importante é a possibilidade de orientação adequada sobre a melhor +orma do
cumprimento da legislação, assim como a redução dos custos da reali&ação de
procedimentos médicos como e'ames admissionais, peridicos e complementares
Cabe por +im ressaltar que, além da articulação com outras medidas no campo das
pol3ticas p%blicas direcionadas para as !"E, é imprescind3vel a participação do Estado no
+inanciamento de modelos alternativos, tal como a gestão coletiva de SST proposta Essa
participação poderia ser e+etivada por meio de gasto direto do Estado, assim como por
modalidades diversas de incentivos +iscais ou previdencirios Trata*se de uma
participação, além de necessria, plenamente justi+icvel, tendo em vista que a melhoria das
condiç$es de trabalho pode levar a diminuição do n%mero de acidentes do trabalho e de
doenças ocupacionais, tra&endo uma redução no n%mero de bene+3cios previdencirios
concedidos e nos gastos p%blicos com tratamentos hospitalares e ambulatoriais decorrentes
desses problemas
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Ta!e"a . 8 Mu"$as ap"icadas pe"o Minis$9rio do Tra!a"#o e Empre0o conorme o
n&mero de empre0ados e a 5orma Re0u"amen$adora '5R* inrin0ida/
MULTAS DE 2000 A JUL/2004
00 - 20 empregados %² 21 –100 empregados %² 00 - 100 empregados
NR 18 5032 28% 5568 23% 10600 25%
NR 07 4096 22% 5320 22% 9416 22%
NR 06 1701 9% 1737 7% 3438 8%
NR 09 1252 7% 2009 8% 3261 8%
NR 05 401 2% 2193 9% 2594 6%
NR 24 1283 7% 2134 9% 3417 8%
Total 13765 75% 18961 78% 32726 77%
Aonte> SADTP!TE (Sistema Aederal de Dnspeção do Trabalho)
R =ados re+erentes aos setores de comercio, agricultura, construção civil e ind%stria
"ercentual de autos de in+ração em relação ao total de autuação nas empresas segundo o n%mero de
empregados
F 60 O Trata das Condiç$es e !eio .mbiente de Trabalho na Dnd%stria da Construção F ;1 O Trata do"rograma de Controle !édico de Sa%de Gcupacional F ;K O Trata de Equipamentos de "roteção Dndividuais O E"D
F ;/ O Trata do ""F. ("rograma de "revenção de Fiscos .mbientais O ""F.) F ;4 O Trata da Comissão Dnterna de "revenção de .cidentes (CD".) F 5H O Trata das Condiç$es Sanitrias e de Con+orto nos Locais de Trabalho
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6@
E;<=PE T>C5=CA
.nselmo Luis dos Santos (Coordenador)
.milton Uosé !oretto
.na Carla !agni
Cssio Calvete
=enis !aracci Qimene&
Nildeberto -e&erra obre Uunior
Uosé =ari Vrein
!agda -arros -iavaschi
!ariana !ei de Sou&a
Wiviane de Uesus Aorte
Es$a0i?rios
-runo =onato !agalhães
dia .idar de Lima e Castro -ernardo