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SEGUNDA PARTE – JULGAR
“ Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”.
(Am 5, 24)
Pai Nosso (Versão Ecumênica) Pai nosso que estás nos céus. Santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje, perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!
“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. (Am 5,24)
o A Bíblia é uma revelação progressiva. Mesmo antes da revelação plena que veio através de Cristo, profetas já anunciavam aspectos importantes da caridade e da justiça que faziam parte do grande projeto de Deus.
o Amós fundamenta sua pregação profética numa denúncia social aguda, chamando a atenção para um progresso econômico que não se traduzia em igualdade e justiça para todos.
o Sua denúncia aponta para uma situação de caos social, onde as relações afetivas estavam se rompendo (cf. Am 2,6-8).
“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. (Am 5,24)
o Isaías diz que, quando houver de fato justiça, “o meu povo se estabelecerá em um remanso de paz, em moradias seguras, tranquilos lugares de repouso”
o Oseias afirma que Deus quer fraternidade, mas do que homenagens: “pois é o amor que me agrada e não o sacrifício, e o conhecimento de Deus, eu prefiro aos holocaustos” (6,6)
o Miqueias: “Foi-te dado a conhecer, ó homem, o que é bom, o que o senhor exige de ti: nada mais que respeitar o direito, amar a fidelidade e aplicar-te a caminhar com teu Deus (6,8)
“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. (Am 5,24)
o Garantir direitos essenciais para a vida humana de todos e cuidar bem do planeta são partes fundamentais dessa justiça que os profetas proclamam como vontade de Deus
o A corrupção e a violência da sociedade humana estão destruindo a ordem e a harmonia da criação de Deus
o As ações humanas degradantes e violentas colocam em
risco a integridade da Casa Comum.
o Os profetas deixam bem claro que a fidelidade a Deus tem tudo a ver com o cuidado que temos de ter uns com os outros e com os dons da natureza que Deus criou
Saber cuidar do ambiente e das pessoas
“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. (Am 5,24)
A harmonia do ser humano com o meio ambiente aparece bastante na Bíblia como símbolo da vida gratificante que Deus planejou para nós.
“Deus tomou Adão e o colocou no jardim do Éden, para que o cultivasse e guardasse” (cf. Gn 2,15).
Um rio de água vivificante que brilhava como cristal e brotava do trono de Deus. (cf. Ap 22,1-2).
Deverás prover um lugar fora do acampamento para as tuas necessidades. Junto com teu equipamento tenhas também uma pá (Dt 23, 13)
Junto ao poço de Jacó, Jesus conversou com a samaritana sobre a água viva (cf. Jo 4.1-26)
Algumas atitudes do povo de Deus
“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. (Am 5,24)
Organizar a comunidade para que resolva seus problemas Moises/Jesus
Repartir com os pobres.
Cuidar e tratar da água a ser consumida
Saber comer alimentos bons
Cuidar das arvores e bosques
Saber descansar
“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. (Am 5,24)
Saneamento básico e a prática da justiça
A justiça não pode ser comparada a um rio temporário, que só tem água na época das chuvas. A justiça não pode interromper seu fluxo. Não pode ser um regato que desaparece.
A água sempre foi um bem muito precioso na Palestina, uma região de terras boas, mas com índices de chuva muito precários e muitos rios temporários.
Diante de um discurso religioso que excluía os doentes, as pessoas com deficiência e os mendigos, tratando-os como possessos e endemoniado, Jesus anuncia a graça e assume posição clara de solidariedade com as pessoas discriminadas, criticando, dessa forma, tudo o que promovia a exclusão.
“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. (Am 5,24)
Amós anuncia a justiça. Jesus também anuncia a justiça. Cada qual o faz com a visão própria de seu tempo e de sua época. A questão das relações justas entre seres humanos entre si e para com o meio ambiente diz respeito não apenas às igrejas, mas a toda a humanidade.
Papa Francisco insiste que a igreja de Cristo deve ser “pobre para os pobres”.
Na Encíclica Laudato Sí’: sobre o cuidado da Casa Comum, o Papa Francisco diz: “O amor cheio de pequenos gestos de cuidado mútuo, é também civil e político, manifestando-se em todas as ações que procuram construir um mundo melhor.
“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. (Am 5,24)
Amós condena severamente aqueles e aquelas que vivem no luxo irresponsável, à custa do trabalho dos outros.
Amós alerta que não é suficiente investir em belas e vistosas celebrações, garantir rituais caríssimos e atrair o público para as suas festas e cerimônias.
Jesus anuncia a graça e assume posição clara de solidariedade com as pessoas discriminadas e critica os que promovia a exclusão.
Jesus de Nazaré denunciando o ritualismo e a legislação que privilegiava os puros e marginalizava os impuros, proclama “felizes os que têm fome e seda de justiça, porque serão saciados.
“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. (Am 5,24)
Aos seus discípulos e discípulas, Jesus alerta: “pois eu vós digo: se a vossa justiça não ultrapassar a dos escribas e dos fariseus, de modo algum entrareis no Reino dos Céus”
Pelo batismo, somos chamados a viver como uma grande família , onde as discriminações e preconceitos sejam superados “Aí não mais grego nem judeu, circunciso e incircunciso,...
Como estamos desenvolvendo a tarefa de “Cultivar e guardar” o mundo que é nossa grande Casa Comum?