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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED … · No mundo ocidental, Esopo, escravo grego que viveu no século VI a.C., tornou-se um fabulista muito conhecido, criando narrativas

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEEDSUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPEPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

ARTIGO FINAL

SÔNIA MARIA ERCOLIN ELIAS

TÍTULO: LEITURA E COMPREENSÃO DE FÁBULAS

Artigo Final apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE 2010, sob a orientação da Profª Drª Eliana Alves Greco, da Universidade Estadual de Maringá.

Maringá – Paraná2012

LEITURA E COMPREENSÃO DE FÁBULAS

Autora: Sônia Maria Ercolin Elias1

Orientadora: Eliana Alves Greco2

Resumo

O presente artigo tem como objetivo descrever e analisar o projeto de intervenção pedagógica “Leitura e Compreensão de Fábulas”, desenvolvido com alunos do 6º ano do Colégio Estadual Paulo VI – Ensino Fundamental e Médio, na cidade de Xambrê, PR, no ano de 2011. O objetivo do projeto foi formar leitores críticos, por meio de leitura de fábulas, despertando nos alunos o interesse pela leitura. Considerando que a fábula provoca discussões e reflexões, procurou-se conhecer o valor pedagógico e didático desse gênero e sua utilização na formação de valores nas crianças. Nessa proposta, a leitura, a interpretação e a apresentação das fábulas com uso de fantoches foram utilizadas como estratégias de ensino e aprendizagem para desenvolver o gosto pela leitura. Dentre as atividades desenvolvidas, o que chamou a atenção dos alunos foi o uso de fantoches utilizados para tornar o estudo de fábulas mais agradável, reflexivo e interessante. Além disso, trabalhar com fábulas tende proporcionar aos alunos uma reflexão sobre valores humanos, como respeito, solidariedade, ética, entre outros. Os resultados foram satisfatórios, possibilitando ao educando uma visão reflexiva.

Palavras-chave: gêneros; fábulas; leitura.

1 Especialização em Metodologia do Ensino pela Unipar, Especialização em Educação Especial pela Esap, Graduação em Letras pela Unipar, Professora de Língua Portuguesa lotada no Colégio Estadual Paulo VI, em Xambrê – PR.

2 Doutorado em Letras pela Universidade de São Paulo, Mestrado em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Graduação em Letras pela Universidade Estadual de Maringá, Professora Adjunta da Universidade Estadual de Maringá.

1 Introdução

Este artigo tem como finalidade descrever e analisar os resultados da

proposta de intervenção pedagógica realizada no Colégio Estadual Paulo VI –

Ensino Fundamental e Médio, com alunos do 6º ano do Ensino Fundamental.

O projeto de intervenção pedagógica visou o uso de fábulas no processo de

ensino e aprendizagem como alternativa metodológica, tornando as aulas mais

dinâmicas e despertando no aluno o gosto pela leitura.

As fábulas são narrativas em prosa ou verso que concluem com uma lição

de moral. São histórias que misturam animais e humanos, mas os animais possuem

características ou ações próprias dos homens. Elas parecem, num primeiro

momento, histórias para crianças, porém é possível perceber as críticas aos valores

da sociedade de uma determinada época que estão presentes nas fábulas. Nesse

sentido, a peculiaridade desse gênero textual está na apresentação das qualidades

e defeitos do caráter humano, ilustrados pelo comportamento dos animais.

Considerando que a fábula é um gênero textual que provoca discussões e

reflexões e que cabe ao professor, no ambiente escolar, criar meios para

desenvolver o gosto pela leitura, a proposta de intervenção pedagógica se voltou a

fazer com que o educando pudesse vivenciar de forma prazerosa e crítica o ato de

ler.

2 Fundamentação Teórica

Uma sociedade bem informada garante o desenvolvimento de uma nação,

proporcionando uma melhor qualidade de vida. A leitura abre a janela para o mundo

moderno da tecnologia, criando condições para que o indivíduo amplie seus

conhecimentos e participe efetivamente da sociedade em que está inserido.

De acordo com as Diretrizes Curriculares (SEED, 2008), compreende-se a

leitura como um ato dialógico, que envolve demandas sociais, históricas, políticas,

econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado momento.

Provavelmente, as portas do êxito se abrem mais facilmente para aqueles

que mergulham no mundo da leitura. Além do mais, a leitura possibilita novas

perspectivas ao educando, permitindo se posicionar de uma forma crítica, tornando-

o mais consciente do mundo que o cerca. Compete ao professor, como mediador da

relação dialógica leitor texto, ser um elemento facilitador desse diálogo, contribuindo

para formar um ambiente de leitura agradável e criando uma atmosfera de

familiaridade e afetividade com o livro.

Para Solé (1998), ler é muito mais do que possuir um rico cabedal de

estratégias e técnicas. Ler é, sobretudo, uma atividade voluntária e prazerosa e,

quando ensinamos a ler, devemos levar isso em conta. A autora afirma que é muito

difícil alguém que não sinta prazer com a leitura conseguir transmitir aos demais. As

crianças devem estar motivadas a aprender a ler.

É certo que o gosto pela leitura começa cedo, em casa, antes mesmo do

processo de alfabetização, quando a criança faz uma leitura de mundo. Entretanto,

cabe à escola ser o local possível onde se pode cultivar no educando o hábito de ler.

Abramovich (1991, p.162) afirma que “ouvir ou ler estórias é uma

possibilidade que a criança encontra para descobrir o mundo imenso dos conflitos,

dos impasses e as soluções que todos os seres humanos vivem e atravessam ao

longo da vida”.

Há muitos e muitos anos, o homem começou a contar histórias de todos os

tipos. Umas que explicavam coisas da natureza, outras que falavam sobre suas

viagens, sua vida, seus desejos. Umas com fadas e seres mágicos, outras com

animais ou objetos com qualidades humanas.

A fábula é um desses tipos de história de que estamos falando e são contadas há mais ou menos 2.800 anos. Geralmente, elas apresentam uma cena, vivida por animais, plantas ou objetos que falam e agem como se fossem gente. Elas são contadas ou escritas para dar um conselho, para alertar sobre algo que pode acontecer na vida real, para transmitir algum ensinamento, para fazer alguma crítica, uma ironia etc. Por isso, muitas vezes, no finalzinho das fábulas, isto é, quando a história acaba, aparece uma frase destacada, que costumamos chamar de moral da história. A maioria dessas histórias trata de certas atitudes humanas, como a disputa, a ganância, a gratidão, o ser bondoso, o não ser tolo etc. Esses são alguns dos temas das fábulas. (FERNANDES, 2001, p.17).

Para Fernandes (2001), a fábula, como outros gêneros narrativos, registra

as experiências e a forma de vida dos povos. Assim, “todas as histórias são

produzidas de acordo com o que as pessoas de uma determinada época pensam

sobre a sua sociedade, sobre o mundo e sobre o modo como vivem”. (p. 19).

Nesse sentido, “é por meio das histórias que ouvimos, lidas ou contadas de boca em

boca, que aprendemos boa parte do que precisamos saber para viver em

sociedade.“ (p. 7)

De acordo com Silva,

A fábula é um gênero narrativo muito antigo, que sempre manteve sua importância através dos tempos. No mundo ocidental, Esopo, escravo grego que viveu no século VI a.C., tornou-se um fabulista muito conhecido, criando narrativas curtas, protagonizadas principalmente por animais, com o intuito de mostrar verdades e, assim, fazer críticas a pessoas e acontecimentos de seu tempo. Depois de Esopo, outro fabulista famoso foi Fedro, escravo romano do imperador Augusto e que recriou as fábulas de Esopo, adaptando-as para a realidade da época em que viveu, o século I d.C. (SILVA, 2005, p.109-110).

Narrativa curta, em versos ou em prosa, a fábula traz como marca

importante, principalmente para os fabulistas Esopo e Fedro, a presença da

moralidade, que poderá vir no início ou final da narrativa.

De acordo com Greco (2010), as fábulas possuem uma ideologia, que vai

além da história protagonizada por animais com comportamentos e características

humanas. Nesse sentido, “... sempre há uma disputa entre os bons e os maus, os

fortes e fracos, os gananciosos e os humildes, etc.” (GRECO, 2010, p. 20).

É o educador que fará com que as fábulas ensinem os alunos a lidar com

suas emoções, trazendo para fora suas aflições, medos, tristezas, conceitos e o

olhar curioso da criança sobre o processo.

3 Desenvolvimento Metodológico

A implementação pedagógica foi realizada com alunos do 6º ano A do

Ensino Fundamental do Colégio Estadual Paulo VI, em Xambrê – PR, num total de

32 horas, no período de agosto a novembro de 2011.

A proposta foi apreciada pela Equipe Pedagógica da Escola, com o apoio de

todos para o desenvolvimento do trabalho, que foi realizado da seguinte forma: no

primeiro momento, ocorreu a apresentação do Projeto para os alunos. Em seguida,

foi feito um estudo sobre as características da fábula como gênero textual. Também

foram utilizados fantoches manuseados pelos alunos para a contação de fábulas.

Essa proposta teve como objetivo proporcionar aos alunos leitura prazerosa,

promovendo o senso crítico por meio das fábulas, textos que encantam pelos seus

ensinamentos, que, mesmo tendo sido escritos há muitos anos, são sempre atuais,

pois se referem ao comportamento do ser humano.

Foi proporcionado aos alunos contato com várias fábulas por meio de leitura

de livros, TV multimídia, pesquisas na internet e apresentação com fantoches. O

presente trabalho foi desenvolvido em etapas, e os conteúdos abordados foram

leitura e interpretação de fábulas.

As atividades serão descritas e comentadas a seguir.

ETAPA 1

As atividades foram iniciadas questionando os alunos sobre:

Você sabe o que são fábulas? Você já ouviu alguma fábula?

Saberia contar alguma fábula?

Alguns alunos responderam que sim e deram nomes de fábulas, o que

possibilitou ao professor perceber que já possuíam certo conhecimento sobre o

assunto.

Em seguida, foi apresentada aos alunos a definição de fábula e suas

principais características. Posteriormente, foi dada oportunidade para que eles

pudessem expor suas ideias a respeito desse gênero textual.

Na sequência, o professor contou a fábula “A Coruja e a Águia”, de Monteiro

Lobato e, depois, foi distribuída uma cópia da fábula para que todos tivessem em

seu caderno. Os alunos fizeram leitura silenciosa e em voz alta do texto.

Após a leitura, foram realizadas as seguintes atividades:

1)A palavra monstrenguinhos quer dizer que os filhotes da Dona Coruja

eram:

(a) lindos (c) com muitas penas

(b) horríveis (d) interessantes

2) “Também eu não quero outra coisa”.

A frase acima quer dizer que ela queria:

(a) continuar comendo os filhotes uma da outra.

(b) fazer as pazes.

3) “Também eu não quero outra coisa”. Quem disse isto?

(a) Dona águia.

(b) Dona coruja.

A primeira etapa teve a duração de duas aulas. Os alunos corresponderam

ao objetivo proposto, que era, por meio da fábula, perceberem o quanto são amados

pelas mães e que, mesmo os filhotes de dona coruja sendo diferentes, ela os amava

incondicionalmente. Foi um resultado positivo, visto que, de forma agradável, os

alunos entenderam a mensagem.

ETAPA 2

Inicialmente, foi chamada a atenção dos alunos para as características do

gênero fábula, começando pelas personagens. Foi perguntado aos alunos: “Na

fábula que vimos na etapa 1, quais eram os personagens?”. Eles responderam que

eram a Dona Águia e a Dona Coruja, e falamos sobre suas atitudes e suas

características.

Em seguida, foi entregue aos alunos o texto abaixo, produzido e organizado

pela professora, para que tomassem conhecimento das características do gênero

fábula:

Aprendendo um Pouco mais Sobre Fábulas

Como se sabe, os animais não falam, não fazem festas, nem batalham na

vida real. Nas fábulas, eles aparecem fazendo isso para representar algo que pode

ser vivido pelos homens.

E por que os autores das fábulas escolhem animais? Devido a algumas

características que servem para a comparação com as atitudes humanas.

Sempre houve o costume de se comparar as pessoas aos animais. Por

exemplo, você já ouviu algo do tipo: “Você é rápido como uma lebre” ou “Você é

esperta como uma raposa”? Essas comparações são bastante comuns, quase todo

mundo as conhece.

Na verdade, quem dá essas características aos animais é o homem. O lobo,

por exemplo, é tido como mau; o pavão, como vaidoso; mas nenhum animal é de

verdade bom, mau ou vaidoso, pois os animais não pensam, eles simplesmente

seguem seus instintos.

Dessa forma, não é só a característica do animal que determina a escolha

de uma personagem para fábula, mas também a visão que os homens têm sobre os

animais.

Vejamos as características que costumamos atribuir a alguns animais.

Nesta etapa, os alunos perceberam as características de cada animal e

entenderam que muitas pessoas são comparadas com as características de alguns

animais. Foi explicado que isso acontece há muitos anos e que, apesar de serem

lidas hoje, as fábulas trazem ensinamentos usados há muito tempo, sendo sinal que

as características humanas, apesar de os tempos passarem, não mudam.

Posteriormente, os alunos fizeram a atividade para enumerar as colunas de

acordo com as características que cada animal costuma apresentar nas fábulas:

1) raposa ( ) trabalhadeira, organizada

2) leão ( ) ingênuo, inocente, frágil

3) pavão ( ) estúpido, ingênuo, bobo

4) lobo ( ) feio, agourento

5) burro ( ) astuta, esperta, inteligente

6) cordeiro ( ) vagarosa, lenta

7) cão ( ) perigosa, ardilosa

8) cobra ( ) forte, poderoso

9) formiga ( ) mau,feroz

10) tartaruga ( ) vaidoso

11) corvo ( ) fiel, protetor, amigo

ETAPA 3

O professor entregou a fábula “A Raposa e as Uvas”, de Esopo, aos alunos,

os quais colaram o texto no caderno.

Ao iniciar esta etapa, os alunos foram motivados a participarem da leitura

coletiva do texto. Como, desde o início dos estudos sobre fábulas, os alunos

entenderam que sempre há uma moral, um ensinamento, o professor esperou dos

alunos sugestões de ensinamentos e moral. Os alunos foram vencendo o desafio,

fazendo sugestões e um querendo se sair melhor que o outro.

Por meio dessa atividade, foi possível perceber que os alunos têm um

potencial muito grande para participar de desafios, e essa oportunidade deve ser

oferecida a eles, para que sintam que são capazes de participar ativamente,

emitindo opiniões a respeito do assunto.

Após a leitura da fábula, foram feitos questionamentos sobre seus

ensinamentos. Os alunos responderam por escrito as questões propostas pelo texto,

juntamente com a análise das características da raposa. Foram questionadas, além

disso, a moral da estória e a atitude da raposa em relação aos seres humanos.

ETAPA 4

Nesta etapa, os alunos fizeram a leitura silenciosa e, logo após, em voz alta,

da fábula “O Leão e o Ratinho”, de Esopo. Discutiram-se a fragilidade do ratinho e a

força do leão. Foi observado qual o ensinamento que se tiraria do texto, sendo que

forças opostas não teriam como se ajudar e, no entanto, houve ajuda de onde

menos se esperava. Essa situação foi colocada nos dias atuais, e os alunos

perceberam que a ajuda vem de onde menos se espera, por isso, não se deve

menosprezar os outros, mesmo pela fragilidade.

Após a leitura do texto, os alunos resolveram as seguintes atividades:

1) Assinale as características do leão de acordo com o texto “O Leão e o

Ratinho”:

( ) folgado

( ) bondoso

( ) feroz

( ) astuto

2) O rato, ajudando o leão a escapar da armadilha, mostra que:

a) Não se deve subestimar o favor pela capacidade do outro.

b) Que, quando menos se espera, pode-se precisar do outro.

c) Sempre é momento de retribuir uma ajuda recebida.

d) Em certas ocasiões, tamanho não é documento.

3) De acordo com a atividade 2, assinale a alternativa correta:

a) a alternativa a está correta.

b) a alternativa b está correta.

c) a alternativa d está correta.

d) todas as alternativas estão corretas.

Concluída a atividade de compreensão e de interpretação do texto, os

alunos foram à sala de informática para pesquisar sobre fábulas e encontraram

fábulas de diversos autores e puderam perceber que há uma infinidade delas.

As fábulas pesquisadas foram colocadas em um mural na sala de aula, para

que os alunos pudessem ter contato com vários textos, lendo e comentando cada

um. Foi uma experiência que contribuiu tanto para o professor como para os alunos

em questão de gosto pela leitura e os ensinamentos contidos nas fábulas.

ETAPA 5

Nesta etapa, foi proposto aos alunos contar, em duplas, por meio de

fantoches, as fábulas pesquisadas para os colegas da sala, atentando para a moral

da história.

Os fantoches foram oferecidos pela escola, e o professor organizou os

pares, visto que todos queriam manusear os fantoches e, se não houvesse ordem, o

objetivo esperado, que é o trabalho em grupo e a socialização, poderia não ser

alcançado.

Cada dupla ensaiou uma fábula que ela própria escolheu.

ETAPA 6

Nesta etapa, os alunos fizeram a apresentação das fábulas para a sala. Na

oportunidade, o professor fez uma revisão sobre fábulas, suas principais

características, seus personagens, moral da história e que outra moral o texto

poderia ter.

Os alunos participaram ativamente, percebendo os ensinamentos que as

fábulas apresentam, além de se encantarem com a apresentação por meio de

fantoches. Eles foram avaliados pelo desempenho nas pesquisas, pela

disponibilidade em contar as fábulas e pela participação em sala de aula.

CONCLUSÃO

No decorrer da implementação do projeto na escola, as atividades foram

realizadas com os alunos do 6º ano, com idade entre 10 e 11 anos, do Ensino

Fundamental do Colégio Estadual Paulo VI, no Município de Xambrê – Paraná.

Várias atividades foram desenvolvidas, salientando a importância das

fábulas na formação de valores nos dias atuais. Por meio da leitura e interpretação

do gênero textual fábula, provocaram-se discussões e reflexões, oportunizando

debates sobre o tema.

Com esse trabalho, foi possível observar a receptividade dos alunos ao

entrar em contato com as fábulas. Um fato que chamou a atenção é que a maioria

dos alunos ficou encantada com a apresentação das fábulas contadas por eles por

meio da utilização de fantoches. Pode-se afirmar que o trabalho com o gênero

fábulas favoreceu o aprendizado dos alunos e auxiliou no processo de compreensão

das fábulas de uma maneira crítica do ato de ler.

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná disponibilizou o GTR –

Grupo de Trabalho em Rede, em que o assunto foi socializado por um grupo de

professores, durante a fase de implementação pedagógica na escola. Foram muitas

as contribuições por parte desses colegas, que puderam enriquecer e ampliar as

ideias relacionadas à temática proposta.

O objetivo deste trabalho em desenvolver a formação de leitores críticos por

meio de leituras e interpretação de fábulas veio contribuir para o enriquecimento de

nossas práticas educativas na produção do conhecimento.

REFERÊNCIAS

ABRAMOVICH, Fany. Literatura infantil e bobices. 2. ed. São Paulo: Scipione, 1991.

FERNANDES, M. T. O. S. Trabalhando com os gêneros do discurso: narrar fábula. São Paulo: FTD, 2001.

GRECO, Eliana Alves. Gêneros Discursivos e tipologias textuais. In: SANTOS, Annie Rose dos; GRECO, Eliana Alves; GUIMARÃES, Tânia Braga. (Orgs.). A produção textual e o ensino. (Formação de Professores em Letras – EAD, n. 6). Maringá: Eduem, 2010, p. 20.

LOBATO, Monteiro. Fábulas. 32. ed. São Paulo: Brasiliense, 1972.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação básica. Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.

SILVA, R.M.G. Literatura para crianças: a narrativa. In: MENEGASSI, R.J. (Org). Leitura e ensino. Maringá: Eduem, 2005. Formação de Professores – EAD, nº 19 p. 109, 110.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.