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SEGURAN^A DE BARRAGENS
METODOLOGIA PARA TOMADA DE DECISOES
Selmo Chapira Kuperman, engenheiro, Themag EngenhariaGiacomo Re, engenheiro, Themag EngenhariaAluisio Pardo Canholi, engenheiro, Themag EngenhariaWagner Vicente Felix Ferreira, engenheiro, Companhia de Saneamento Basico do Estado deSao PauloMauricio Wenzel Luiz, engenheiro, Concremat Engenharia e Tecnologia
RESUMO: apresenta-se, neste trabalho, uma nova metodologia para tomada dedecisoes baseada na classificacao de barragens de acordo com sua "periculosidadepotencial", seu "estado real" e seu "indice de comportamento". Os proprietarios debarragens podem utilizar estes fatores para o estabelecimento de criterios que osauxiliem a, por exemplo, comparar a seguranga de diversas barragens entre si, ondealocar prioritariamente os recursos de manutencao, em que epocas inspeciona-Ias.
INTRODUCAO
A ruptura de uma barragem resulta, geralmente, numa catastrofe, com perdas economicas e,eventualmente, tambem com perdas de vidas humanas. Muitas vezes, mesmo que o colapso naoocorra, o fato da barragem deixar de operar ou nao poder mais armazenar agua, acabacausando prejuizos a seu proprietario e, no caso deste ser uma empresa publica, a propriapopulacao.
Por estas razoes, a nivel mundial, vem sendo desenvolvidos novos procedimentos e praticas quevisam diagnosticar, corrigir quando necessario e acompanhar a operarao das barragens, deforma a manter a seguranga em niveis satisfatorios.
E sabido que a metodologia geral que deve ser seguida para a tomada de decisao relativa aosaspectos de seguranga passa por algumas etapas importantes entre as quais destacam-se:
- criteriosos programas de inspepao e manutenrao.
- conhecimento detaihado da estrutura, seja a partir da documentacao de projeto ou por meio deestudos especificos efetuados.
- acompanhamento do desempenho atraves da instrumentarao instalada e de inspecoesperiodicas.
- cuidadoso registro historico de todas as deficiencias havidas e das solucoes aplicadas.
Comunicayao 166
0 presente artigo enfoca alguns topicos que fazem parte da estrategia de seguranga globaldesenvolvida para aplicacao nas barragens da SABESP , localizadas na Regiao Metropolitans doEstado de Sao Paulo e, mais especificamente , a metodologia de Tomada de Decisao baseadana classificacao das barragens segundo sua "Periculosidade Potential", seu "Estado Real" e seu"Indite de Comportamento". Ao final a apresentado exemplo pratico , com recomendag6es parafrequencias minimas de inspegao , baseadas na aplicarao deste metodo.
A metodologia aqui apresentada faz parte de um trabalho global desenvolvido pela SABESPvisando inserir suas barragens no "Sistema de Gestao da Manutengdo" (SIMAN ), desenvolvidopor esta empresa , que engloba , num sistema informatizado, as manuteng6es das areas Civil,Mecanica e Eletrica . 0 escopo geral constou de diversas atividades integradas que abrangeramo levantamento dos dados e informaroes disponiveis, inspecoes de campo , diagnosticos, aelaboragAo de relatorios tecnicos e a producao de material para treinamento de pessoal,incluindo videos , inspecoes simuladas e material de consulta.
Quanto aos aspectos legais , deve -se registrar que os trabalhos desenvolvidos visam atender alegislagdo paulista sobre saneamento e recursos hidricos que estabelece , atraves do Decreto10752 de 21/11/77, que "as autarquias e companhias em cujo capital o Estado tenhaparticipacao majoritaria, e que sejam responsaveis pela construg5o e operacao de barragens eestruturas a elas associadas , deverao realizar auditoria tecnica extema permanente".
Deve- se mencionar , tambem , a Lei 7663 , de 30 /12/91 que estabelece normas de orientacao apolitica estadual de recursos hidricos e que preve "defesa contra eventos hidrologicos criticos,que oferegam riscos a saude e a seguranca publica, assim como prejuizos economicos e sociais"(art. 42 , # IV); "implantacao de sistemas de alerta e defesa civil para garantir a seguranca e asaude publicas , quando de eventos hidrologicos indesejaveis " (art. 72 , # IV); "aproveitamento econtrole dos recursos hidricos levando em conta , principalmente .... o controle de cheias, aprevencao de inundag6es , a drenagem e a correta utilizacao das varzeas " (art. 82 , # II).
0 relatorio elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre Seguranga de Barragens , de novembro de1989, Ministerio de Minas e Energia tambem estabelece procedimentos basicos a seremseguidos por proprietarios de barragens com o objetivo de garantir a seguranga das estruturasdos barramentos.
CLASSIFICA AO DAS BARRAGENS PARA TOMADA DE DECISOES
Metodolo is eral da classifica ao
Considerando que a SABESP tem atuacao em uma vasta area do Estado de Sao Paulo e quepossui e opera um grande numero de barragens com caracteristicas das mais variadas , seja emdimensoes , localizadao , tipo etc ., seja em importancia relativa no armazenamento e distribuicaode agua , foi estudada uma metodologia geral que atribui indices de classificacao com osseguintes objetivos:
a) auxiliar a Sabesp a responder a algumas perguntas do tipo : no universo de barragens emestudo , quais sao mais "seguras"? em caso de escassez de recursos em quais barragens osmesmos devenam ser investidos? que barragens deveriam sofrer awes de manutencaopn onta ria? com que frequencia deveria cada barragern ser inspecionada?.
b) classificar as barragens de maneira diferenciada em dois contextos distintos : "PericulosidadePotential" (que cada unidade apresenta em funrao de suas caracteristicas de localizadao ede projeto) e "Estado Real" de funcionamento.
Comunicatio 166
c) estabelecer metodos classificatorios de modo evolutivo , de maneira a possibilitar a alterac.ao,com o tempo , da classificacao de cada unidade em funrao de suas condicoes de contomo ede seu comportamento observado.
d) estabelecer um indice de avaliacao atraves de "notas ", para cada unidade , de maneira afacilmente identificar aquelas em situarao tal a exigir intervencao , imediata ou nao.
e) considerar abrangentemente os parametros a serem objeto de classificagAo, porem ao mesmotempo , restringir ao minimo as oproes decisorias de modo a tomar mais facil e mais clara anecessidade de efetuar eventuais intervenroes.
CLASSIFICAGAO SEGUNDO A PERICULOSIDADE POTENCIAL
A classificarao segundo a "Periculosidade Potencial" a obtida a partir da soma dos diversosvalores atribuidos a barragem , quanto a: importancia , tipo, dimensoes , situacao a jusante , orgaosextravasores e vazoes de projeto, de acordo com a Tabela 1. Quanto maior o valor, maisfavoravel e a situacao. Foi estabelecida a seguinte classificacao em funcao da pontuacao obtidapela barragem:
- PP<50 - periculosidade elevada
- 50<PP<80 periculosidade significativa
- PP>80 - periculosidade baixa
Importancia da barragem no ambito da SABESP
Uma barragem a considerada de "Grande Importancia" caso seu reservatorio ou sua estruturasejam vitais no abastecimento do Sistema SABESP. Sua desativacao (ruptura ou interrupcao daoperacao) implica em reducao inaceitavel na oferta de agua. A importancia a "Media". se suadesativacao a possivel, mas implica em custos elevados e obriga a remanejamentos importantespara conseguir reducao aceitavel da oferta de agua.Finalmente, a importancia a "Pequena" se areducao da oferta consequente a sua eventual desativacao a suportavel por um periodo razoavele e facil suprir de maneira alternativa esta eventual reducao.
Dimensoes da barragem
A partir da Tabela 2, adaptada daquela estabelecida pelo Comite Brasileiro de GrandesBarragens, cada unidade a classificada como "Pequena", "Media" ou "Grande".
Situac5o a jusante
A barragem a de "Baixo Risco" se, em caso de ruptura, alem da barragem em si, as perdaseconomicas consequentes forem despreziveis pelo fato da regiao a jusante nao serdesenvolvida. Do mesmo modo, nao se espera nenhuma perda de vidas humanas (a regiao ajusante nao a habitada ). O risco passa a ser "Significativo " quando apesar de ainda nao seesperar perdas de vidas humanas, a eventual ruptura pode redundar em apreciaveis prejuizosmaterials , pela inundacao de terras cultivadas ou destruicao de edificacoes ou obras de arte. De"Alto Risco " a se, em caso de ruptura , alem dos inevitaveis prejuizos materials pode ocorrer aperda de vidas humanas.
Comunicay o 167
'I
Tipo de bars em
As barragens sao classificadas como de Concreto , Enrocamento ou Terra de acordo com 0 tipoprincipal de material empregado em sua construcao.
Quanto ao ti po de br ao vertente
Dependendo do tipo de descarregador de cheias presente, cada barramento pode pertencer auma das tres classes de orgaos vertentes . Descarregadores de fundo sao classificados comapertencentes a classe mais perigosa e , portanto , sua nota e a mais baixa.
Quanto a vazao de projeto
Os numeros indicados na Tabela 1, para este item, sao consignados conforme as vazoes dedimensionamento ou o periodo de recorrencia utilizados. Caso sejam valores desconhecidos,como ocorre com uma grande quantidade de barragens antigas , a este item a atribuido o menorvalor (2).
CLASSIFICAGAO SEGUNDO 0 "ESTADO REAL" DA BARRAGEM
A classificacao segundo o "Estado Real" da barragem a efetuada levando em conta suascondicoes efetivas, sintetizadas atraves dos fatores de avaliacao apresentados na Tabela 3. Osquesitos julgados de major interesse nesta avaliacao foram: projeto, percolacao, deformacoes,estado dos taludes, erosoes e equipamentos. Quanto major a nota, melhor o comportamento dabarragem.
ER>80 • Comportamento satisfatorio
80>ER>60 - Comportamento regular
ER<60 - Comportamento insatisfatorio.
Quanto a existencia de projeto
A importancia deste elemento de julgamento deriva do fato de que muitas vezes nao se d1sp6ede documentos sobre o projeto, construcao e desempenho de barragens antigas, tornando dificila correta avaliacao de sua real situacao. Isto ocorre com mais frequencia no setor privado, multoembora as empresas publicas amiude se deparem com este problema. E o caso da Sabesp,onde muitas barragens foram herdadas de outros organismos e empresas hoje inexistentes.
Quanto a percolacao
Uma barragem apresenta comportamento "Conforme previsto em projeto" caso os niveispiezometricos e as vazoes de percolagbo em seu corpo, nas ombreiras e nas fundag6es seencontrem dentro do previsto pelas hipoteses de projeto e em regime estabilizado. Caso,pontualmente, algum instrumento indique niveis piezometricos ou vazoes mais elevados que osprevistos , porem , nao se constata nenhuma implicacao importante , a nota a atribuida ao item"fora do previsto mas nao critico ". A situacao a classificada como "critica " se as analises indicamque as estruturas estao ou podem se tornar inseguras.
Comunicac o 168
Quanto a deformaci es
No que tange as deformacoes, as barragens poderao ser classificadas em classes definidasidenticamente as do item anterior (percolacao) seguindo a mesma filosofia.
Quanto ao nivel de deterioracao dos paramentos ou dos taludes
Esta classificadoo aplica -se especificamente a barragens de concreto e enrocamento , podendoaplicar-se aos taludes em solo no que diz respeito a sua proterao . A deterioracao dos materiaisde proterao das estruturas, ou dos proprios materiais de construg5o, toma-se evidente atravesda visualizacao das consequencias das awes fisico-quimica s do meio ambiente. Assim, porexemplo, no concreto tais consequencias podem redundar em fissuracao, lasqueamento oudesagregarao, eventualmente deixando armadura exposta com sua consequente corrosao, etc.Erosoes, provocadas por fatores hidraulicos ou nao, podem afetar superficies de concreto outaludes diversos, em solo ou rocha. A alteracao intemperica de material rochoso, modificando agranulometria de um enrocamento, ou alterando as condirr oes do estabilidade do um taludo emrocha, tambem a importante fator de degradacao cuja evolucao pode trazer graves problemaspara a barragem.
O julgamento acerca do nivel de desagregacao alcangado por uma determinada estrutura, outrecho de estrutura, a muitas vezes subjetivo. Apenas no caso em que a detenoracao tiveralcancado niveis muito elevados a que ela podera ser objetivamente identificada Comoimportante. Deste modo, sera muito mais conveniente a analise de sua evolucao com o tempo,detectada a partir das inspecoes periodicas e sistematicas.
Quanto a erosoes a jusante
Erosoes a jusante sao classificadas como "Moderadas" se ocorrem em pontos localizados masnao ha perigo imediato de solapamento ou instabilizagbo de quaisquer estruturas importantespara a barragem . Geralmente nao he dificuldades em se classificar as erosoes quando" Inexistentes " ou Significativas".
Quanto ao estado dos equipamentos dos descarregadores
Tais equipamentos, sao considerados como "Em Boas Condig6es" se forem operantes aqualquer tempo e estiverem em perfeito estado de conservarao. Entretanto, se estiveremoperantes mas seu estado de conservacao deixar a desejar sao classificados como "EmCondicoes Razoaveis"
DETERMINACAO DO "INDICE DE COMPORTAMENTO" (IC)
O "Indice de Comportamento" a definido com o resultado da soma das influencias dos Indices dePericulosidade Potencial e Estado Real, com as seguintes ponderag6es:
IC = 0,4 PP + 0,6 ER
As percentagens de 40% e 60% atribuidas a "Periculosidade Potencial" e "Estado Real" refletema importancia relativa destes itens. Se uma barragem apresentar baixo valor de PP poremelevado valor para ER a conclusao a de que ela esta segura nao havendo riscos imediatosenvolvidos. Entretanto baixas notas de ER indicam necessidade de awes corretivas mesmo quea PP seja elevada. Estes procedimentos estao resumidos na Tabela 4.
Comunicac3o 169
Quanto a deformaci es
No que tange as deformacoes, as barragens poderao ser classificadas em classes definidasidenticamente as do item anterior (percolacao) seguindo a mesma filosofia.
Quanto ao nivel de deterioracao dos paramentos ou dos taludes
Esta classificadoo aplica -se especificamente a barragens de concreto e enrocamento , podendoaplicar-se aos taludes em solo no que diz respeito a sua proterao . A deterioracao dos materiaisde proterao das estruturas, ou dos proprios materiais de construg5o, toma-se evidente atravesda visualizacao das consequencias das awes fisico-quimica s do meio ambiente. Assim, porexemplo, no concreto tais consequencias podem redundar em fissuracao, lasqueamento oudesagregarao, eventualmente deixando armadura exposta com sua consequente corrosao, etc.Erosoes, provocadas por fatores hidraulicos ou nao, podem afetar superficies de concreto outaludes diversos, em solo ou rocha. A alteracao intemperica de material rochoso, modificando agranulometria de um enrocamento, ou alterando as condirr oes do estabilidade do um taludo emrocha, tambem a importante fator de degradacao cuja evolucao pode trazer graves problemaspara a barragem.
O julgamento acerca do nivel de desagregacao alcangado por uma determinada estrutura, outrecho de estrutura, a muitas vezes subjetivo. Apenas no caso em que a detenoracao tiveralcancado niveis muito elevados a que ela podera ser objetivamente identificada Comoimportante. Deste modo, sera muito mais conveniente a analise de sua evolucao com o tempo,detectada a partir das inspecoes periodicas e sistematicas.
Quanto a erosoes a jusante
Erosoes a jusante sao classificadas como "Moderadas" se ocorrem em pontos localizados masnao ha perigo imediato de solapamento ou instabilizagbo de quaisquer estruturas importantespara a barragem . Geralmente nao he dificuldades em se classificar as erosoes quando" Inexistentes " ou Significativas".
Quanto ao estado dos equipamentos dos descarregadores
Tais equipamentos, sao considerados como "Em Boas Condig6es" se forem operantes aqualquer tempo e estiverem em perfeito estado de conservarao. Entretanto, se estiveremoperantes mas seu estado de conservacao deixar a desejar sao classificados como "EmCondicoes Razoaveis"
DETERMINACAO DO "INDICE DE COMPORTAMENTO" (IC)
O "Indice de Comportamento" a definido com o resultado da soma das influencias dos Indices dePericulosidade Potencial e Estado Real, com as seguintes ponderag6es:
IC = 0,4 PP + 0,6 ER
As percentagens de 40% e 60% atribuidas a "Periculosidade Potencial" e "Estado Real" refletema importancia relativa destes itens. Se uma barragem apresentar baixo valor de PP poremelevado valor para ER a conclusao a de que ela esta segura nao havendo riscos imediatosenvolvidos. Entretanto baixas notas de ER indicam necessidade de awes corretivas mesmo quea PP seja elevada. Estes procedimentos estao resumidos na Tabela 4.
Comunicac3o 169
0 IC a uma ferramenta util aos proprietarios pois permite uma comparaq o entre diversasbarragens , avaliando aspectos relacionados as suas operag6es e manuteng6es . Com isto,possibilita avaliar onde devem ser efetuados os investimentos prioritarios.
EXEMPLO DE APLICACAO
A metodologia para tomada de decisoes , aqui descrita sucintamente foi, aplicada, inicialmente, a24 barragens com alturas variaveis de 3m a 62m , pertencentes a SABESP e localizadas naRegiao Metropolitana de Sao Paulo . A Tabela 5 apresenta algumas informag6es sobre asmesmas.
A Tabela 6 apresenta uma matriz contendo IC, PP e ER com as notas inicialmente atnbuidas.Pode-se verificar que, devido a falta de documentacao sobre algumas obras os valores a elasatribuidos foram baixos . Isto leva a necessidade de se programar certas atividades tais como aobtencao de informag6es faltantes e a execug5o de awes corretivas , que passarao a fazer parteda lista de prioridades do sistema SABESP-SIMAN. A esta matriz foram associadas certasperiodicidades de inspeg5o, definidas segundo o consenso intemacional em:
- Formal: inclui estudo detaihado da documentagao e da obra , por equipe multidisciplinar que naopertence aos quadros da empresa.
- Informal: conduzida pelo pessoal de operarao da barragem.
- Periodica : inclui estudo sucinto da documentag5o e da obra , realizado pela Sabesp ou porterceiros.
- Especial : executada em epocas especiais , como por exemplo no caso de um rebaixamento donivel de montante.
- Emergencial: quando ha ocorrencia de algum event0 quo posse colocar em risco as estruturas(cheias excepcionais, sismos, etc).
As inspeg6es formais foram programadas para execucao a cada 3 anos. Caso os valores de PP,ER e IC forem iguais ou superiores a 80 estas inspeg6es poderao vir a ser realizadas a cada 5anos. As inspeg6es periodicas devem ser realizadas:
- a cada 6 meses, se PP<50 ou ER<60 ou IC<50
- anualmente, se 50<PP<80 ou 60<ER<80 ou 50<IC<80
- a cada 2 anos , se PP>80 ou ER>80 ou IC>80.
Os criterios e diretrizes basicas para os trabalhos de classificag5o , aqui apresentados , poderaoser alterados e adaptados em funcao das caracteristicas peculiares de cada unidade constituintedo Sistema SABESP e a medida em que a propria aplicacao do metodo adotado indique anecessidade de alguma correcao eventual.
Em que pese a simplificacao do processo e a precariedade de algumas informacoes a possivelvislumbrar , pelo resultado obtido , que o conjunto das barragens da Sabesp, na RMSP, naoapresenta problemas graves.
CONCLUSOES
A seguranga de barragens tem preocupado seus proprietarios em todo o mundo. Estes devemsempre garantir os menores riscos possiveis as pessoas e propriedades localizadas nas areasde jusante . A metodologia apresentada neste trabalho visa identificar e prognosticar ascondig6es de seguranga das barragens e pode constituir -se numa eficiente ferramenta parapriorizar as interveng6es necessarias . Os indices aqui apresentados ainda estao sendo testadose dependem portanto dos resultados obtidos para sua consolidagao.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem a SABESP pela permissao para divulgacao deste trabalho bern Como aConcremat e a Themag pelo incentivo recebido.
Expressam, tambem, seus agradecimentos aos colegas destas empresas que direta ouindiretamente colaboraram no desenvolvimento do SIMAN.
BIBLIOGRAFIA
- Companhia de Saneamento Basico do Estado de Sao Paulo e Concremat Engenharia eTecnologia S.A., "Desenvolvimento de Procedimentos de Vistoria e Diagnostico de Barragens eElaboracao de Piano de Manutencao - Metodologia para Tomada de Decisoes", relatoriointerno , Set/94.
- Comissao de Seguranga de Barragens , Comite Brasileiro de Grandes Barragens , "Seguranrade Barragens - Recomendacoes para a formulag5o e verificarao de criterios e procedimentos",Rio de Janeiro , Brasil, 1986.
- International Commission on Large Dams , " Dam Safety Guidelines ", Bulletin 59, Paris , Franca,1987.
- Comissao de Deteriorag5o de Barragens e Reservatorios, Comite Brasileiro de GrandesBarragens , "Cadastro de Casos Brasileiros de Deteriorag5o de Barragens e Reservatorios",Brasil 1984 . Materia nao publicada , cedida pelo Engo Clovis Ribeiro de M. Leme , da CESP.
Comunlcayio 171
INDICE DECOMPORTA- CLASSIFICAQAO AcOES A SEREM IMPLEMENTADASMENTO (IC )
SATISFATORIA Nao h6 necessidade de ag6es imediatasIC z 80 NAo ha grandes problemas
ACEITAVEL E necessario realizar estudos tecnico-econ6micos antes
80 > IC z 50 HA pequenos problemas que de qualquer intervengao major.nAo trazem risco imediato A Resultados dos estudos poderao confirmar ou alterar obarragem IC da barragem
INSATISFATORIA IL necessario avaliar detalhadamente a situagao real de
IC < 50 A situacao real tem de ser modo a determinar os custos do reparo . E obrigatbriaconhecida ou o problema deve uma reavaliagao do fator de seguranga global da
ser corrigido com urgencia barragern
TABELA 4 - CLASSIFICACAO DE BARRAGENS DE ACORDO COM SEU (NDICE DE COMPORTAMENTO
BARRAGEM ALTURA(m)
TERMINO DECONSTRUcAO
(ANO)
TIPO DEBARRAGEM
VOLUME DORESERVATO-
RIO
CHEIA DEPROJETO
EXISTEMDOCUMENTOSDE PROJETO ?
Jaguari 62 1982 T V3 PMF SIMJacarei 62 1981 T V3 PMF SIMCachoeira 33 1972 T V2 PMF SIMAtibainha 39 1973 T V2 PMF SIMPaiva Castro 22 1972 T V2 U SIMDique Mairip .. 5 ? T V1 D NAOCascata 12 1976 T vi D NAOAguas Claras 24 1971 T V2 D SIM'Engordador 7,5 1907 T V2 D NAOBarrocada 3 1912 C V1 D NAOCabucu 10 1907 C V2 D NAOUruruquara 5 ? C V1 D NAOTanque Gde . 5 1951 C V2 S. S.
Isolina Sup . 2,5 ? C V1 D NAOIsolina Inf. 2,5 ? C V1 D NAOCach. Graga 5 1916 C vi D N TOPedro Beicht 22 1933 C V2 D NAOCapivari 7 1972 E V1 S* NAOCompart Bil . ? T V2 D NAOKm 76 6 2 C V1 D NAO
Km 78 5 antes de 1938 C V1 D NAOPogo Preto 5,5 1940 E vi D NAOGuaratuba 5 1955 C vi D NAORib. Campo 26 1962 C V2 D NAO
Notas : T=terra ; E=enrocamento ; C=concreto ; D=desconhecidaS'=existe mas nao localizada- Volume do Reservat6rio : V1=menos de 1 hm3; V2=entre 1 e 50 hm' ; V3=maior que 50 hm3- SIM•=parcialmente
TABELA 5 - INFORMAcOES SOBRE ALGUMAS BARRAGENS DA SABESP
CATEGORIA H=ALTURA (m )V=VOLUME DO
RESERVAT6RIO ( hm )3
PEQUENA H < 15 0,05 < V < 1,0
MEDIA 15<H<30 1 ,0<V<50
GRANDE H .30 v > 50
TABELA 2 - CLASSIFICACAO DE BARRAGENS CONFORME SUAS DIMENSOES
Comunlcac3o 172
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Comunicacao 173
NAPORTANCIA PARA DIMENSAO SITUAGAO TIPO DE 6RGAO VAZAO DE
A SABESP DA BARRAGEM A JUSANTE BARRAGEM VERTENTE PROJETO
PEQUENA PEQUENA BAIXO RISCO DE CONCRETO DE SUPERF. VMP ou
SEM CONTROLE 1000<Tr<10000 a
20 10 20 15 15 20
MEDIA MEDIA RISCO SIGNIF . DE ENROCAMENTO DE SUPERF . 100<Tr<1000 anos
COM CONTROLE10 6 10 12 10 12
GRANDE GRANDE ALTO RISCO DE TERRA DE FUNDO Tr< 100 ou desc.ou calculada h8mais de 20 anos
4 2 2 8 5 2
NOTAS: PP 2t 80 - ;. Baixa ; 80 > PP z 50 ->• Significativa ; PP < 50 -* Elevada
TABELA I - CLASSIFICACAO SEGUNDO A PERICULOSIDADE POTENCIAL ( PP )
EXISTENCIA DE PERCOLAGAO DEFORMAGOES NIVEL DE DETERIORA- EROSOES A JUSANTE EQUIPAMENTOS DOSPROJETO GAO DE PARAMENTOS DESCARREGADORES
OU TALUDES
EXISTEM PROJETO CONFORMS PREVISTO CONFORMS PREVISTO BAIXO INEXISTENTES EM BOASE ESTUDOS DE EM PROJETO EM PROJETO CONDICOES
COMPORTAMENTO
15 20 20 15 15 15
NAO EXISTE PRO- FORA DO PREVISTO FORA DO PREVISTO
JETO MAS EXISTE MAS NAO CRITICA MAS NAO CRITICAS
ESTUDO DE COMPOR - MODERADO MODERADAS EM CONDII;OES
TAMENTO 15 15 RAZOAVEIS
10 10 6 6
CRITICA CRITICAS
NAO EXISTE PRO- 5 5
JETO NEM ESTUDOS
DE COMPORTAMENTO EXCESSIVO SIGNIFICATIVAS INOPERANTES OU
DESCONHECIDA DESCONHECIDAS SEM REGISTRO
0 0 0 5 3 3
NOTAS: ER 2 80 -* Satisfat6rio ; 80 > ER z 60 -►Regular; AP < 60 --> Insatisfatorio
TABELA 3 - CLASSIFICAcAO SEGUNDO 0 ESTADO REAL DA BARRAGEM (ER )
Comunlcacio 174