22
1 MINISTÉRIO SALVA-VIDAS Volume 1: Como estruturar um ministério salva-vidas Davi Lago

Salva Vidas

Embed Size (px)

Citation preview

1

MINISTÉRIO

SALVA-VIDAS

Volume 1: Como estruturar um ministério

salva-vidas

Davi Lago

2

Sumário Prefácio......................................................................................................................3 I. APRESENTAÇÃO DO MINISTÉRIO SALVA-VIDAS

1. A história do ministério salva-vidas.................................................................4 2. Objetivos do ministério salva-vidas..................................................................4 3. Atividades do ministério salva-vidas...............................................................6 II. ESTRUTURANDO O MINISTÉRIO SALVA-VIDAS

1. Compreender a importância do serviço no Reino de Deus...........................7 2. Formar uma liderança.........................................................................................8 3. Preparar o treinamento.......................................................................................9 4. Recrutar os jovens..............................................................................................10 5. Realizar o treinamento e o culto de consagração..........................................10 6. A opção por um retiro espiritual.....................................................................11 7. Reunião mensal..................................................................................................11 8. Atividades de comunhão..................................................................................12 III. ESBOÇOS DAS PALESTRAS DO TREINAMENTO

1. Apresentação do ministério salva-vidas.........................................................12 2. A vida dos salva-vidas......................................................................................12 3. Salva-vidas em ação...........................................................................................16 APÊNDICES

1. Carta-compromisso dos salva-vidas...............................................................21 2. Bibliografia básica para um líder de jovens...................................................22 3. Contatos salva-vidas..........................................................................................22

3

Prefácio Pastorear jovens é um grande desafio. Satanás odeia a juventude.

Desde o início da Bíblia podemos verificar como ele joga pesado com a juventude. No livro do Êxodo está registrado que o faraó mandou matar todos os meninos hebreus: “o faraó ordenou a todo o seu povo: „Lancem ao Nilo todo menino recém-nascido‟” (Êx 1.22). O inimigo quer acabar com a força e o futuro da igreja. Há, portanto, uma grande batalha pelo coração dos jovens. Por isso, a igreja deve estar alerta e os pastores preparados para cuidar da juventude.

O ministério dos salva-vidas é uma estratégia poderosa para capacitar obreiros e entusiasmar os jovens a se envolverem nas atividades da igreja. Iniciado na Igreja Batista Getsêmani, em Belo Horizonte, o ministério salva-vidas se espalhou pelo Brasil e ultrapassou as barreiras denominacionais.

O e-book Ministério Salva-vidas Volume 1 faz parte de uma obra mais ampla que irá dissecar todo o funcionamento do ministério salva-vidas. Este primeiro volume é destinado a pastores e líderes que desejem estruturar um ministério salva-vidas em suas igrejas. É na verdade um livro introdutório ao ministério salva-vidas e deve ser lido juntamente com o livro Salva-vidas: como ser um jovem radical e ativo no reino de Deus. O texto é claro e direto e procura apresentar os passos necessários para implantação do ministério salva-vidas.

Davi Lago

Novembro 2008

4

I. APRESENTAÇÃO DO MINISTÉRIO SALVA-VIDAS

1. A história do ministério salva-vidas O ministério salva-vidas nasceu na mocidade da Igreja Batista

Getsêmani em Belo Horizonte em junho de 2006. A Igreja Batista Getsêmani, presidida pelo Pastor Jorge Linhares há 30 anos, possui um ministério com jovens abençoado por Deus. Semanalmente cerca de mil e quinhentos jovens se reúnem nos cultos de sábado para adorar ao Senhor Jesus.

No entanto, em 2006, havia na mocidade da Getsêmani apenas um pequeno grupo de jovens que apoiavam as atividades ministeriais. Esses jovens vestiam um colete vinho com uma estampa nas costas onde estava escrito “conselheiro”. Era um visual muito inadequado para um culto de jovens. Foi então que tive a idéia de trocar o colete vinho por um colete vermelho de salva-vidas que trabalham nas praias.

A partir daí comecei a elaborar um projeto para reestruturar o apoio ministerial no culto da mocidade. Pesquisei inúmeros ministérios com jovens e escrevi uma apostila para treinar os jovens que quisessem trabalhar ativamente na igreja. O nome da apostila foi conseqüência da idéia do colete: “Salva-vidas”.

Portanto, todos os obreiros no ministério com jovens da Igreja Batista Getsêmani passaram a ser chamados de “salva-vidas”. O projeto prosperou e, em pouco tempo, nosso número de obreiros passou de nove para mais de cem. A idéia se expandiu além do previsto: a despretensiosa apostila tomou a forma de livro e outras igrejas pelo Brasil também reestruturaram seus ministérios com jovens com as estratégias dos salva-vidas.

2. Objetivos do ministério salva-vidas

O ministério salva-vidas existe para glorificar a Deus e tem os

seguintes objetivos: 1. Despertar nos jovens o desejo de trabalhar na igreja. A Bíblia diz: “Sejam

praticantes da palavra, e não apenas ouvintes” (Tg 1.22). Uma das características dos jovens na pós-modernidade é a acomodação. Os jovens vivem sem propósito, sem motivação e em constante mal humor. Esses sintomas também afetam os jovens na igreja. As igrejas estão cheias de jovens acomodados nos bancos. O ministério salva-vidas procura ser um antídoto contra isso. Os salva-vidas procuram incentivar os jovens ao serviço. A roupagem do ministério salva-vidas é contemporânea. O nome, o colete, a braçadeira e demais itens do ministério falam na linguagem dos jovens. Os salva-vidas são dinâmicos. Os salva-vidas tornam-se uma verdadeira família. Isso é atraente para o jovem. Tudo isso colabora para que os jovens sintam-se entusiasmados para trabalharem na igreja. Os salva-vidas contagiam os jovens.

5

A Igreja Unida de Belo Horizonte criou um slogan interessante para seu ministério salva-vidas: “novos obreiros para uma nova igreja”.

2. Oferecer espaço para todos trabalharem na igreja. Os salva-vidas não apenas incentivam os jovens ao serviço no reino de Deus, como oferecem espaço na igreja para todos trabalharem. Nem todos são chamados para pregar no púlpito, ou para tocar instrumentos no louvor, ou para ser missionário em uma terra distante. Mas todos podem ser salva-vidas, pois as atividades que os salva-vidas realizam são deveres de todo cristão.

3. Treinar os jovens para trabalharem na igreja. O ministério salva-vidas oferece suporte e treinamento contínuo para que os jovens sejam capacitados para o serviço na igreja. Através do treinamento os jovens podem otimizar seus talentos e colocados a serviço do reino. Vale ressaltar que vários jovens têm treinado outros jovens pelo Brasil nos ministérios salva-vidas. A Bíblia diz que Deus levanta líderes na igreja “com o fim de preparar os santos para a obra do ministério” (Ef 4.12).

4. Levar os jovens a desenvolver seus dons espirituais. O ministério salva-vidas abre espaço para que cada um desenvolva seus próprios dons espirituais. Todos nós temos dons espirituais, precisamos colocá-los em ação. Cada um tem alguma coisa a realizar no seio da Igreja de Cristo, de acordo com os dons que recebeu. “Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada” (Rm 12.6). “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pd 4.10).

5. Oferecer exemplos e referências de vida para a juventude. Os jovens estão atrás de modelos, de ícones, de exemplos para seguirem. Eles estão em busca de uma identidade, eles procuram por uma tribo atrativa. Os salva-vidas devem ser referências da vida plena e abundante que só existe em Jesus. Os salva-vidas objetivam ser jovens cristãos exemplares. “Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza” (1Tm 4.12). Os salva-vidas são jovens exemplares. Você pode ouvir as músicas que um salva-vidas ouve, ler os livros que ele lê, acessar os sites que ele acessa, freqüentar os locais que ele freqüenta, enfim, os salva-vidas são modelos para a juventude.

6. Formar novos líderes. Através do ministério salva-vidas, novos líderes emergem na igreja. É fácil identificar os jovens que se empenham no serviço, com dedicação e amor. Na medida em que um jovem trabalha, Deus vai moldando seu caráter, confirmando seu chamado e preparando para a liderança. Repetimos as palavras de Paulo ao jovem líder Timóteo, “ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem” (1Tm 4.12).

7. Salvar vidas. O ministério salva-vidas está preocupado com as almas que não conhecem a Cristo. Por isso nos esforçamos ao máximo para levar as pessoas ao Salvador.

6

3. Atividades do ministério salva-vidas

O ministério salva-vidas realiza as seguintes atividades: 1. Interceder pela igreja. Os salva-vidas são intercessores. Eles chegam

uma hora mais cedo para orar pelo culto e mantêm oração ininterrupta durante a reunião. Todos os salva-vidas têm a missão de interceder durante a semana pelo ministério com jovens e por toda a igreja. Nós vencemos a batalha nos joelhos. Os salva-vidas formam um exército de oração. Sem oração não chegaremos a lugar algum. Os salva-vidas devem ser guerreiros de oração. Um homem de joelhos na presença de Deus pode mais que milhões escudados na força da carne. Precisamos ser uma igreja unânime em oração, não apenas uns poucos, mas todos nós. “Orem continuamente” (1Ts 5.17).

2. Recepcionar visitantes nos cultos. A recepção demonstra o preparo, compromisso e seriedade da igreja. Em nossa igreja, são centenas de jovens visitando os cultos toda semana. É preciso preparo para receber essa multidão. “Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades. O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um” (Cl 4.5-6).

3. Receber as pessoas no apelo de salvação. Os salva-vidas estão preparados para receber as pessoas que fazem uma decisão por Cristo nos finais de cada culto. É importante frisar que o apelo é apenas uma das formas de exigir das pessoas compromisso com a mensagem. O apelo não é autoconversão. O apelo não é uma condição para a salvação. O ato de “vir à frente” não salva ninguém. “A salvação pertence ao Senhor!” (Jn 2.9). Não somos ingênuos a ponto de pensar que todos que aceitam o apelo estão, de fato, aceitando a Cristo. No entanto, acreditamos no apelo como um instrumento importante para abrir uma porta de comunicação com os não-crentes. Isso ocorre porque, em nossa igreja, todo que aceita o convite do apelo, recebe um livro sobre os primeiros passos na fé cristã e preenche uma ficha solicitando ou não uma visita. O livro que distribuímos e as visitas realizadas têm sido muito relevantes na evangelização.

4. Discipular os novos convertidos. “Vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei” (Mt 28.19-20). John MacArthur explica que “discipulado é o ministério de desenvolver amizades espirituais profundas, centradas no ensino de verdades bíblicas, aplicando as Escrituras à vida e, deste modo, aprendendo a resolver os problemas biblicamente. O discipulado requer tempo e envolvimento pessoal com os crentes”1. Os salva-vidas são discipuladores. Todos jovens que se decidem por Cristo são acompanhados por um salva-vidas.

5. Aconselhar. “Habite ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus” (Cl 3.16). Os salva-vidas são jovens preparados para aconselhar outros jovens.

1 MACARTHUR JR, John F. Com vergonha do Evangelho. São José dos Campos: Fiel, 1997, p. 214.

7

6. Apoiar todas as programações da igreja. Por fim, os salva-vidas têm o objetivo de dar apoio a todos os eventos e programações da igreja. Ou seja: devem estar disponíveis para carregar coisas, resolver problemas, atender emergências, telefonar, enviar emails, distribuir panfletos e tudo o que for necessário.

Os salva-vidas são, portanto, um grupo dinâmico de obreiros cristãos preparados para trabalhar no ministério com jovens.

II. ESTRUTURANDO O MINISTÉRIO SALVA-VIDAS

1. Compreender a importância do serviço no Reino de Deus

O primeiro passo na estruturação de um ministério salva-vidas é a

compreensão do líder da importância do serviço no reino de Deus. Se o líder não estiver em chamas para Deus, o projeto não andará para frente.

Por isso, é fundamental que o líder tenha uma visão elevada do serviço de Cristo. O Senhor Jesus é nossa referência de serviço. Ele é o modelo supremo do serviço. Cristo redefiniu o que é grandeza quando disse: “Quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10.43-45).

Jesus se tornou um escravo. Ninguém é inferior a um escravo. O servo/escravo é o sujeito mais oprimido de todos, é o menos valorizado de todos. O escravo é aquele que não tem vontade própria, não tem direitos, não tem nenhuma proteção e está sujeito aos trabalhos mais humilhantes existentes. Jesus se tornou o menor de todos ao nascer. Jesus veio para nos servir.

Jesus deixou o exemplo aos seus seguidores. Jesus nos ensina a servir o próximo. Ele foi o maior de todos os servos. Ele mesmo serviu o pão (Mt 14.13-21), ele lavou os pés dos seus discípulos (Jo 13.4-12), ele mesmo fez o lodo com o qual ungiu e curou o cego (João 9.6), ele tocou e curou coxos, leprosos, hemorrágicos. Ele andou por todos os lados servindo as pessoas. A Bíblia diz que se cada uma das coisas que Jesus fez fosse registrada, “nem mesmo no mundo inteiro haveria espaço suficiente para os livros que seriam escritos” (Jo 21.25).

Mas também é preciso que o líder dos salva-vidas tenha uma visão elevada do serviço dos primeiros cristãos. Quando Jesus subiu aos céus, seus discípulos continuaram suas obras na terra. “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e

8

juntos participavam das refeições com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos”(Atos 2.42-47). Neste texto aprendemos como os seguidores de Jesus serviam uns aos outros.

O líder precisa ter noção de como existiram homens na história da

igreja, que serviram o reino colocando tudo que tinham a disposição do Senhor. A história da igreja é uma história de serviço.

Concluo essa divisão com palavras de John Stott: “Todos os cristãos são chamados para o ministério. Porque nós somos seguidores daquele que disse que não veio para ser servido, mas para servir (Mt 10.45), é inconcebível que vivamos de outra forma que não seja pelo caminho do ministério, do serviço”2.

2. Formar uma liderança

O líder precisa estruturar uma equipe com outros líderes para auxiliá-lo no ministério salva-vidas. É impossível fazer tudo sozinho. Em nossa igreja, reunimos três líderes e uma secretária. Apresentei o projeto, conversamos durante algumas semanas e oramos bastante. Escolha para a liderança pessoas maduras na fé e que se enquadrem nos padrões bíblicos descritos em 1Timóteo 3:

1. “Devem ser dignos” (1Tm 3.8). Um líder na igreja precisa ser digno de respeito. Deve ser alguém íntegro, reto, sério. Deve zelar pela sua reputação. Não pode haver rachaduras no caráter do líder.

2. “Homens de palavra” (1Tm 3.8). O líder precisa ter palavra. Não pode ser difamador. Não pode sair contanto histórias de casa em casa. Não pode dizer uma coisa enquanto estiver pensando em outra. Não pode mentir. Não pode dizer uma coisa a alguém e outra coisa a outro.

3. “Não amigos de muito vinho” (1Tm 3.8). Qualquer pessoa, em qualquer liderança cristã, deve estar alerta e sóbria.

4. “Não amigos de lucros desonestos” (1Tm 3.8). O líder deve ser honesto, íntegro e prudente na vida financeira. Sempre deve contribuir com o Reino e nunca ser alguém ganancioso e escravizado ao dinheiro.

5. “Devem apegar-se ao mistério da fé com a consciência limpa” (1Tm 3.9). O líder deve ser um homem de fé apegado à Palavra de Deus. O termo “mistério” significa “verdades outrora ocultas, mas agora reveladas”. As grandes doutrinas da fé são ocultas para os de fora da fé, mas podem ser compreendidas pelos que crêem no Senhor. Os líderes devem compreender a doutrina cristã e lhe obedecer de boa consciência, caso contrário terão uma consciência corrompida.

6. “Devem primeiramente ser experimentados; depois, se não houver nada contra eles, que atuem como diáconos (servos)” (1Tm 3.10). É impossível servir a

2 STOTT, John. The living church. Nottingham, England: Intervasity Press, 2007, p.78.

9

Deus apenas da boca pra fora. Toda pessoa que aspira trabalhar na obra, precisa demonstrar essa disposição em atos concretos, precisa ter um testemunho, um comportamento que comprove seu desejo de servir.

7. “O diácono (servo) deve ser marido de uma só mulher e governar bem seus filhos e sua própria casa” (1Tm 3.12). O líder deve ser uma pessoa idônea e ao mesmo tempo organizada, para o perfeito desempenho do seu ministério. O exemplo de Paulo, tirado da vida doméstica, é dos mais sublimes; realmente, se alguém não dirige bem a sua casa e não encaminha com segurança seus filhos, como pode realizar trabalho de mais responsabilidade na igreja de Deus?

8. “Os que servirem bem alcançarão uma excelente posição e grande determinação na fé em Cristo Jesus” (1Tm 3.13). O líder deve usar o cargo, não apenas ocupá-lo.

Portanto, convide pessoas que atendam esses requisitos bíblicos e compartilhe a visão e o projeto do ministério salva-vidas. Depois, orem juntos para o inicio do trabalho.

3. Preparar o treinamento Para organizar o treinamento dos salva-vidas siga os seguintes passos: 1. Leia e estude o livro “Salva-vidas – como ser um jovem radical e ativo no

reino de Deus”. Todo o ministério salva-vidas está baseado nas instruções contidas nesse livro. Por isso, é fundamental que o líder leia “Salva-vidas” para entender como funciona a dinâmica do ministério.

2. Leia e estude os esboços das palestras do treinamento que estão no terceiro capítulo do presente e-book. Disponibilizei no final deste e-book os esboços para que você possa ministrar as aulas do treinamento. Esses esboços são baseados no livro “Salva-vidas”.

3. Reserve data e local na agenda da igreja. Reserve um espaço para a realização do treinamento e agende uma data. O treinamento básico tem carga-horária de 2h30.

4. Prepare um coffee break. O treinamento salva-vidas pode ser realizado em um dia só. Contudo, ouvir uma palestra de 2h30 pode ser cansativo. Por isso, é recomendável que haja uma pausa para um rápido lanche.

5. Elabore um banner salva-vidas. Faça um banner para seu ministério. 6. Confeccione os coletes. Tenha liberdade para confeccionar os coletes.

Na nossa igreja o colete é vermelho com uma cruz branca estampada nas costas. Na Igreja Cristã de Suzano (SP) as cores são vermelho e amarelo. Na Igreja Batista de Divinópolis (MG) não há coletes, mas camisetas vermelhas com cruzes brancas. Na Igreja Batista Central de Cuiabá (MT) os jovens fizeram camisetas pretas com uma cruz vermelha estampada para seu 1º Encontro de Salva-vidas.

10

4. Recrutar os jovens

Uma vez que a equipe de líderes estiver formada e o treinamento

preparado, é hora de recrutar os jovens para participarem do ministério. Você precisa incendiar sua mocidade com o desejo de trabalhar na igreja. Para isso, faça o seguinte:

1. Pregue sobre a importância de ser um salva-vidas. Geralmente eu prego a mensagem “10 motivos decisivos para você ser um salva-vidas”.

10 motivos decisivos para você ser um salva-vidas 1. Milhões de almas caminham em ritmo frenético para o inferno. 2. Devemos seguir o exemplo de Cristo (Jo 13.14,15). 3. Devemos cooperar com o Reino de Deus (1Co 3.9). 4. Devemos frutificar espiritualmente (Jo 15.8). 5. Devemos desenvolver nossos dons espirituais (1Pd 4.10). 6. Devemos ser exemplos para os fiéis (1Tm 4.12). 7. Devemos interceder (1Ts 5.17). 8. Quem é ativo no reino de Deus cresce espiritualmente. 9. A colheita é grande, mas poucos são os ceifeiros (Mt 9.37,38). 10. Todos servos fiéis serão recompensados (1Tm 3.13).

2. Apresente o projeto salva-vidas nos cultos. Durante a apresentação seja o

mais claro possível. Explique o que é o ministério salva-vidas, sua história, seus objetivos e suas atividades. Fale tudo com paixão e desafie os jovens. Se não houver paixão na descrição, então sua visão não é transferível, é apenas uma idéia simpática. A paixão é contagiante.

3. Anuncie a data do treinamento. Divulgue o treinamento do ministério salva-vidas nos cultos, no site de sua igreja, no boletim, nos quadros de aviso etc.

5. Realizar o treinamento e o culto de consagração

Não se importe com o número de jovens que atenderão o convite

para participar do ministério salva-vidas. Se apenas dez jovens estiverem dispostos, comece o ministério com esses dez. Em pouco tempo esse número se multiplicará. A primeira turma de salva-vidas foi composta por trinta jovens. Este número cresceu mais de dez vezes em dois anos. No Congresso de Jovens Loucos por Jesus em outubro de 2008, o número de salva-vidas de nossa igreja ultrapassou 200 membros.

Procure fazer um culto festivo para comemorar a formação da equipe de salva-vidas. Pregue sobre salvar vidas. Ore e imponha a mão sobre os jovens. A imposição de mãos tem grande significação na Bíblia. Entre várias significações podemos destacar: os pais abençoavam seus filhos estendendo as mãos sobre eles (Gn 48.14). Jesus abençoou todos seus

11

discípulos antes de subir ao céu (Lc 24.50). A imposição de mãos também, simboliza a transferência de poder (2Rs 2.13, At 6.6). A imposição de mãos era um ato medianeiro quando os apóstolos transferiam o poder do Espírito Santo sobre as pessoas (At 8.18,19).

6. A opção por um retiro espiritual

Todo o procedimento aqui relatado sobre o treinamento, o

recrutamento dos jovens e o culto de consagração pode ser realizado em um retiro espiritual. Essa é uma opção que você pode seguir. Em vez de realizar o treinamento na igreja, etc, você pode fazer tudo num único retiro ou acampamento de salva-vidas. Para esse retiro:

1. Organize a infra-estrutura. Separe um local para o retiro, organize a cozinha, o transporte, a intercessão, a melhor data, o som, as bandas, etc.

2. Prepare e expanda as palestras. Prepare várias pregações sobre o tema salva-vidas expandindo os esboços das palestras de treinamento.

3. Prepare uma programação variada. Não monte um retiro “seco”. Inclua na programação teatro, dança, vídeo, grupos de comunhão, fórum, mesa-redonda, entrevistas, etc.

7. Reunião mensal

É importante que você realize uma reunião mensal fixa com os salva-

vidas de sua igreja. É um momento para comunhão, descontração, edificação e oração. Molde a reunião da maneira que for melhor para seu grupo. No entanto, algumas sugestões:

1. Prepare uma palavra de encorajamento. Traga mensagens focadas para o serviço na igreja.

2. Organize fóruns. Peça para os salva-vidas opinarem sobre o andamento do ministério e realize fóruns de discussão para solucionar problemas.

3. Escale os jovens para compartilharem reflexões bíblicas. Além da sua própria palavra como líder do ministério, abra espaço para que os salva-vidas também possam falar na reunião. Faça uma escala e permita sempre que um salva-vidas traga uma reflexão devocional breve.

4. Grave as mensagens em vídeo. É recomendável que você grave em dvd, ou cd, as mensagens que você pregar nas reuniões mensais. Essas gravações poderão circular pelos diversos ministérios salva-vidas espalhados pelo Brasil, criando uma comunidade de edificação mútua.

12

8. Atividades de comunhão

Além das reuniões mensais, os salva-vidas precisam organizar

atividades especificamente voltadas para comunhão. As atividades de comunhão integram o grupo e o mantém unido. As possibilidades são inúmeras: churrasco no sítio, festa de aniversário, passeios, futebol, pescaria, caminhada ecológica, café da manhã, intercâmbios com outras igrejas.

III. ESBOÇOS DAS PALESTRAS DE TREINAMENTO

Palestra nº1. Apresentação do ministério salva-vidas

Esta palestra introdutória deve seguir o conteúdo do capítulo I

deste livro.

1. História do ministério salva-vidas 2. Objetivos do ministério salva-vidas

1. Despertar nos jovens o desejo de trabalhar na igreja. 2. Oferecer espaço para todos trabalharem na igreja. 3. Treinar os jovens para trabalharem na igreja. 4. Levar os jovens a desenvolver seus dons espirituais. 5. Oferecer exemplos e referências de vida para a juventude. 6. Formar novos líderes. 7. Salvar vidas.

3. Atividades do ministério salva-vidas 1. Interceder pela igreja. 2. Recepcionar visitantes nos cultos. 3. Receber as pessoas no apelo de salvação. 4. Discipular os novos convertidos. 5. Aconselhar. 6. Apoiar todas as programações da igreja.

Palestra nº2. A vida dos salva-vidas

Leitura: “Atente bem para sua própria vida e para a doutrina,

perseverando nesses deveres, pois, agindo assim, você salvará tanto a si mesmo quanto aos que o ouvem” (1Tm 4.16).

13

Introdução Só pode socorrer o outro quem está a salvo. Somente quem tiver

sua vida salva pode ser um salva-vidas. Por isso é importante estudarmos quais devem ser as características da vida de um salva-vidas:

1. Santidade (2Tm 2.22). a) Santidade nas amizades. b) Santidade nos ambientes. c) Santidade nos ouvidos. d) Santidade nos olhos. - “Vigie seus olhos”. e) Santidade nos pensamentos. f) Santidade na boca. - Não falar mentiras, palavrões. g) Santidade contra os vícios. - Malefícios do álcool: - O álcool cria um hábito maléfico (1Co 6.12). - O álcool destrói o corpo (1Co 6.19). - O álcool produz morte (Pv 20.1) - O álcool é um falso escape (Lc 21.34). - A embriaguez destrói a família (Pv 23.20-21). - A embriaguez conduz à devassidão (Ef 5.18). - Os profetas condenam os alcoólatras (Jl 1.5; Hc 2.15-16; Is 5.22). - Os bêbados irão para o inferno (1Co 6.10). h) Santidade no guarda-roupa. - Sensualidade. - Roupas são uma forma de linguagem. i) Santidade na sexualidade. 2. Leitura bíblica (2Tm 2.15). a) A supremacia da Bíblia. - Ela afirma centenas de vezes ser a verdadeira Palavra de Deus. - É de longe o livro mais influente da História humana. - Narra a vida e o ensino da maior figura da História, Jesus Cristo. - É o livro mais lido, traduzido e difundido do mundo. - Transforma positivamente as civilizações mais que qualquer outro livro. - Contém profecias que se cumpriram centenas de anos mais tarde. - Possui perfeita harmonia e coerência interna.

14

- É o documento mais confiável da Antiguidade: - É geográfica e historicamente precisa. - Narra fatos, descreve personagens e eventos comprovados arqueologicamente. - Possui em seus ensinos beleza majestosa e profundidade insuperável. - É um Livro vivo, sempre atual, sempre relevante e nunca obsoleto. - É indestrutível. - Transformou a vida de milhões de pessoas ao longo da História, que foram salvas pelo poder de Jesus Cristo. b) A necessidade do estudo bíblico. - É uma ordem: devemos ser cheios da Palavra (Cl 3.16). - Alimentar-se com a Palavra é mais importante que alimentar-se

com comida (Mt 4.4). - Sem a Palavra não podemos ser verdadeiros discípulos de Cristo

(Jo 8.31). - A Bíblia nos torna crentes e pessoas mais fortes e bem-

aventuradas (Sl 1.1-3). - A Bíblia nos dá certeza da salvação (1Jo 5.13). - A Bíblia nos dá confiança e poder na oração (Jo 15.7). - O estudo da Palavra nos purifica e nos adverte contra o pecado:

(Jo 17.17). - Cheios da Palavra não caímos em armadilhas (Mt 22.29). - A Palavra nos dá alegria (Jo 15.11). - A Palavra nos orienta nas decisões importantes da vida (Sl

119.105). c) Como ler e estudar a Bíblia. - Invista em uma Bíblia. - Adquira ferramentas para o estudo bíblico. - Separe tempo para leitura devocional e tempo para o estudo. - Inicie a leitura com uma oração curta. - Leia, releia e treleia o texto. - Faça anotações. - Interprete corretamente. - Medite em tudo que você ler. - Memorize versículos. - Carregue com você uma Bíblia pequena. 3 3. Oração (1Tm 2.8). a) A necessidade da oração. - Oração opera milagres. - O Todo Poderoso se inclina para nos ouvir (Sl 116.1). - Jesus não dava um passo sem orar. - Não podemos terceirizar a oração.

15

b) Como orar. - Vencer falta de vontade. - Devemos orar pra ter vontade de orar. - Separar tempo. - Ore início do dia. - Começar orando pouco. - Local apropriado. - Caderno de oração. - Aprendemos orar orando: COLIN DYE. - Jejum não é greve de fome, é fome de Deus. - Jejum é um exercício espiritual. 4. Disposição para trabalhar (1Tm 1.18,19). - Pontualidade. - Prestação de contas. - Sinceridade. - Humildade. - Alegria (Sl 100.2). - Excelência (Jr 48.10). 5. Desenvolvimento dos dons espirituais (1Tm 4.14). - Cada crente é dotado de dons diferentes. - Como descobrir meus dons? - David Kornfield sugere três perguntas: O que gosto de fazer? Deus escreveu sua vontade dentro de nós. O que os outros dizem de mim? O que me incomoda na igreja? 6. Submissão espiritual (1Tm 4.14). a) A rebelião e suas conseqüências. - Mundo prega rebeldia: liberalismo, moral frouxa, etc. - A origem de Satanás (Is 14.12-14/ Ez 28.13-17). - Adão e Eva (Gn 2.16-17/ 3.1-6). - A rebelião de Cão (Gn 9.20-27). - Fogo estranho oferecido por Nadabe e Abiu (Lv 10.1-2). - Arão e Miriã (Nm 12). Rebeldia é pecado sério. b) Lições práticas sobre submissão: - Hb 13.17. - 1Ts 5.12, 13/ 1Tm 5.17/ 1Co 16.15-16. - Tenha a mesma atitude de Jesus. - Tenha um espírito de obediência. - Reconheça autoridade. - Sempre presta contas a alguém. - Não atropele os outros. - Orar pelos líderes. - Não arma complôs.

16

- Mantém sua boca fechada, está sob controle, não fala levianamente porque tem senso de autoridade.

Palestra nº3. Salva-vidas em ação

1. Preparação para o culto - Culto começa na sua casa. - Ore antes de vir ao culto. - Venha com alegria ao culto (Sl 100.2). - Durante a semana, convide alguém para participar do culto. 2. Intercessão - Interceder é clamar em favor de alguém. - Intercessão antes do culto enche a atmosfera com a presença de

Deus. - Intercessão traz necessitados aos cultos. - Intercessão abençoa os cânticos. - Intercessão prepara a pregação. - Nosso culto de jovens começa 19h, mas 18h começa a intercessão. - Os salva-vidas oram em uma sala especial. - A intercessão é ininterrupta durante o culto: há uma escala de

oração. 3. Recepção - Pesquisas sobre clientela Standart Oil Company: “Por que os

clientes mudam de produto?”: 1% dos clientes morrem; 3% mudam para outro lugar; 5% encontram um preço melhor; 9% mudam em função de conveniência; 14% descontentamento pessoal; 68% em função de mau atendimento. - “Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades. O seu falar seja sempre agradável e temperado com sal, para que saibam como responder a cada um” (Cl 4.5-6). - Boa recepção é importante porque as pessoas já formam uma opinião quando entram na igreja. - Boa recepção é importante porque demonstra preparo. - Boa recepção é importante porque quebra apreensão das pessoas. - Colete e braçadeira dos salva-vidas. - Posicionar nas entradas. - Recepção viva.

17

- Guarda-chuvas. - Calor, alegria. - Olhar nos olhos. - Não virar costas. - Mau hálito. - Sem preconceitos. - Zelo com sexo oposto. - Zelo idades diferentes. - Conhecer templo. - Conhecer liderança. - Conhecer programações. - Acomodação, não deixe pessoa deslocada. - Memorize o nome, para contato no fim do culto. - Carona. - Cartão/folder com programação. - Atmosfera atraente. 4. Louvor - “Entre vocês há alguém que se sente feliz? Que ele cante louvores!” (Tg 5.13). - Incrédulos pulam nos estádios porque não conhecem Jesus. - Nada vale empolgação que não gera transformação. 5. Ofertório - Vibração. - Contribuição. - Posição nos gasofilácios. 6. Apelo a) O que é o apelo. - A pregação do evangelho deve comunicar com urgência a necessidade de uma resposta individual. - John Stott disse: “Não basta ensinar o evangelho; precisamos insistir com os homens para que o recebam”. - O apelo não é manipulação psicológica. - O apelo não é auto-conversão. - O apelo não é uma condição para a salvação. - O ato de “vir à frente” não salva ninguém. b) Como atuar no apelo. - Nunca pressionar uma decisão dos não-crentes. - “A resposta ao evangelho é variada. Há os que recebem e os que rejeitam. Mas a proclamação do evangelho nunca é em vão: ele leva pessoas à Cristo e torna as demais indesculpáveis”. - Os salva-vidas devem se posicionar na frente do altar, nos corredores e no meio do povo. - Permanecer em espírito de oração.

18

- Os rapazes devem se aproximar dos rapazes e as moças das moças sem movimentos bruscos. - Não distrair quem aceitou o apelo. - Não colocar a mão na cabeça, apertar, etc. - Levar os decididos para sala anexa dentro do templo. - Entregar livretos, panfletos evangelísticos voltados para jovens, boletins da igreja, Bíblias, etc. - Preencher a “ficha de decisão”. 7. Discipulado - Estabeleça uma amizade. - Explique ao recém-convertido a importância de ser membro da igreja:

Ser membro identifica uma pessoa como crente. Ser membro é estar em comunhão com o povo de Deus e com o

Senhor. Ser membro dá ao crente uma família espiritual para apoiá-lo e

encorajá-lo em seu caminhar com Cristo. Ser membro coloca o novo cristão sob a proteção espiritual de

líderes que seguem a Deus. Ser membro concede a consciência da necessidade de crescer.

- Grupos pequenos. - Esteja disponível para ele. - O novo crente precisa compreender o que é a igreja e porque deve fazer parte dela.

Comunidade de todos os que foram salvos. Igreja não é um prédio. Em relação a Deus, a missão da igreja é a adoração. Em relação aos cristãos, a missão da igreja é a comunhão e a

edificação. Em relação ao mundo, a missão da igreja é a evangelização e a

misericórdia.

Como preparar o recém-convertido para o batismo. - O batismo é uma declaração pública de nossa fé em Jesus. - O batismo é o próximo passo depois da conversão. - É um símbolo do início da vida cristã. Como discipular o recém-batizado - Encorajá-lo na sua vida devocional - Conversem sobre a Palavra. - Está em processo de santificação. - Encorajar o novo membro a manter a freqüência aos cultos. - O novo membro precisa ser arrancado do antigo modo de viver. 8. Visitação a) Características de um bom visitador. - Ser cheio do Espírito Santo.

19

- Paciência. - Coragem. - Demonstrar amizade. - Saber guardar segredos. b) A preparação para a visita. - Apresentar aspecto agradável. - Conservar a saúde. - Determinar o objetivo da visita. - Conhecer o indivíduo. - Estar bem informado. - Preparar contra as desculpas. - Orar. - Se possível, comprar lembrancinha (caixa de bombom, etc). c) Como visitar. - Hora apropriada. - Boa apresentação. - Saudação. - Sorriso. - Postura reta. - Voz agradável. - Falar claramente. - Mentalmente alerta. - Mostrar confiança. - Use nome do sujeito. - Pedir licença. - Dirigir a conversação. - Induza a pessoa a falar. - Mostre interesse pela pessoa. - Faça a pessoa sentir que é apreciada. - Ler versos da Bíblia, não citar. - Evite discussões. - Orar. - Ir embora. 9. Aconselhamento a) Necessidade do aconselhamento bíblico. - O aconselhamento bíblico trata-se de descobrir as causas dos problemas e aplicar princípios bíblicos a essas causas. - Rm 15.14; Hb 3.13; 1Ts 4.18; Cl 3.16. b) Orientações para conselheiros. - Tenha compaixão genuína do aconselhado. - Aconselhamento não é apenas “pregar” para a pessoa e abandoná-la. - Aconselhamento é envolvimento, amizade, amor. - Demonstre amor e interesse pelo aconselhado.

20

- Tenha uma atitude atenta. - Dê atenção exclusiva. - Mantenha os ombros firmes. - A postura não deve ser nem dura demais, nem relaxada demais. - Tenha olhar respeitoso. - Leve o problema a sério. - Ouça. - Seja paciente enquanto a outra pessoa fala. - Jesus ouviu pacientemente (Lc 24.13-14). - Evite interromper a pessoa, não faça muitas - perguntas no início. - Não se deixe levar por sua curiosidade. - Resuma o que foi falado. - Não direcione a pessoa para uma falsa esperança. - Direcione a pessoa para a verdadeira esperança. - Baseie todo seu aconselhamento na Bíblia. - Ajude as pessoas a crescerem em seu relacionamento com Cristo. - Forneça exemplos piedosos para os aconselhados. - Faça distinção entre diretrizes divinas e sugestões humanas. - Seja sincero e prudente. - Conserve a confidencialidade. - Importante ressaltar que homens devem aconselhar homens e mulheres aconselhar mulheres. - Sempre que o problema for sério, o líder deve imediatamente encaminhá-lo ao supervisor. Conclusão - “Os que servirem bem alcançarão uma excelente posição e grande determinação na fé em Cristo Jesus” (1Tm 3.13). - “Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil” (1Co 15.58). - “Sejam fortes e não desanimem, pois o trabalho de vocês será recompensado” (2Cr 15.7).

21

APÊNDICES

1. Carta-compromisso dos salva-vidas Já recebi a Cristo como meu Senhor e Salvador, fui batizado, e me comprometo a: 1. Ser um louco por Jesus. 2. Ser submisso à liderança da Igreja. 3. Orar todos os dias e ter uma agenda oração. 4. Ler a Bíblia todos os dias. Estudá-la em dias específicos. 5. Buscar o Espírito Santo em todo o tempo. 6. Evangelizar todos os dias. 7. Chegar às 18h no culto de sábado para interceder pela reunião. 8. Estar disponível para discipular e integrar os novos membros. 9. Contatar os visitantes durante a semana. 10. Demonstrar um coração de servo, sendo sempre disponível, fiel, perseverante e dedicado no serviço ao meu Senhor Jesus Cristo. _________________________________ Assinatura __________________________ Data

22

2. Bibliografia básica para um líder de jovens

1. Liderança com propósitos, Rick Warren, Ed. Vida. 2. O líder que Deus usa, Russell Shedd, Ed. Vida Nova. 3. De pastor a pastor, Hernandes Dias Lopes, Ed. Hagnos. 4. Piedade e paixão, Hernandes Dias Lopes, Ed. Hagnos. 5. Os desafios da liderança cristã, John Stott, Ed. ABU. 6. Paulo, o líder, J. Oswald Sanders, Ed. Vida. 7. As 21 indispensáveis qualidades de um líder, John C. Maxwell, Ed. Mundo Cristão. 8. Uma palavra aos moços, J.C. Ryle, Ed. Fiel. 9. Loucos por Jesus (Vol. 1, 2, 3 e 4), Lúcio Barreto Jr. 10. Lições aos meus alunos (vol. 1, 2 e 3), C.H. Spurgeon, Ed. PES.

3. Contatos salva-vidas

www.salvavidasgetsemani.com www.xequemategelado.blogspot.com www.getsemani.com.br

Pr. Davi Lago [email protected] (31) 8661-3770