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PARTE II ROAD-SHOW – ANJE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA SABEMOS MAS NÃO FAZEMOS

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PARTE II

ROAD-SHOW – ANJE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

SABEMOS MAS NÃO FAZEMOS

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Ficha TécnicaTítulo: SABEMOS MAS NÃO FAZEMOSAutor: Projecto Improve CenterTiragem: 3500 exemplaresProdução Gráfica e Paginação: Farol do VentoPromotor: ANJE

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SABEMOS MAS NÃO FAZEMOS

PARTE II

ROAD-SHOW – ANJE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

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ÍNDICECONFORTO TÉRMICO 7

PARA O AUMENTO DE CONFORTO TÉRMICO E DIMINUIÇÃO DE CUSTOS - BOAS PRÁTICAS 11

EQUIPAMENTOS FRIOS - BOAS PRÁTICAS 12

PARA OS RESTANTES EQUIPAMENTOS - BOAS PRÁTICAS 13

UTILIZAÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS 14

VANTAGENS E IMPACTES DA UTILIZAÇÃO RACIONAL DE ENERGIA (URE) 20

CONSUMO ENERGÉTICO NOS EDIFÍCIOS 22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 26

CONTACTOS 27

PARA SABER MAIS 28

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CONFORTO TÉRMICO

O ambiente térmico é fundamental no que diz respeito às condições de trabalho e qualidade de vida. Este factor intervém de forma directa ou indirecta na saúde e bem-estar dos indivíduos e na reali-zação das suas tarefas diárias e, consequentemente, no rendimento do trabalho executado.

SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA EM EDIFIÍCIOS

O Sistema de Certificação Energética (SCE) é constituído por dois regulamentos energé-ticos: Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE) e Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização de Edifícios (RSECE).

Os sistemas de certificação têm como objectivo assegurar que os novos edifícios e os sistemas de climatização cumpram as disposições regu-lamentares de eficiência energética e qualida-de do ar.

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ISOLAMENTO TÉRMICO

O correcto isolamento de um edifício é fundamen-tal para um rendimento eficiente dos sistemas de aquecimento e arrefecimento. Num edifício onde se verifique que as paredes e tectos não se encontram bem isolados, qualquer que seja o sistema de aquecimento/arrefecimento implementado, o mesmo nunca demonstrará o rendimento nem a poupança desejadas.

O isolamento deve ser tido em conta, tanto a nível das superfícies opacas, como a nível das áreas envidraçadas, porque correspondem aos pontos de absorção e perda de radiação. É necessário garantir o correcto isolamento à volta das portas e janelas, de modo a eliminar perdas de calor e aumentar o conforto nos es-paços.

Os sistemas de isolamento térmico para o exterior, fachadas, constituem uma excelente solução a nível energético.

Este tipo de isolamento permite a redução das pontes térmicas, ou seja, a redução das zonas envolventes aos edifícios em que a resistência térmica é significativamente alterada em re-lação à zona corrente. Deste modo é possível verificar-se um aumento do conforto térmico no Inverno, devido aos ganhos solares úteis, e no Verão devido à capacidade de regulação da temperatura interior.

Potencia-se, assim, uma economia de energia devido à redução das necessidades de aque-cimento e arrefecimento do ambiente interior.

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SOLUÇÕES DE ARREFECIMENTTO NO VERÃO

Os ganhos de calor devem ser reduzidos ao mínimo. A radiação solar pode ser impedida de entrar num edifício através de palas de sombreado, estores, ou até mesmo através de vegetação, como por exemplo árvores de folha caduca, que conseguem regular o equilíbrio das condições climáticas extremas.

É necessário conhecer os percursos do sol ao longo do dia para as diferentes estações do ano, de modo a aproveitar ou minimizar os ganhos solares.

Factores que influenciam ganhos solares:

≥ Orientação dos edifícios;

≥ Cores utilizadas nas fachadas e coberturas;

≥ Dispositivos construtivos integrados nos edifícios que contribuem para o aquecimento/arrefecimento natural.

SOLUÇÕES DE AQUECIMENTO NO INVERNO

No Inverno verificam-se perdas de calor. Para manter o conforto térmico é necessário que estas perdas sejam compensadas, através de ganhos solares.

Factores que influenciam ganhos solares:

≥ Edifícios envidraçados orientados para sul;

≥ Sistemas de ganhos solares directos e isolados (por exemplo: paredes de Trombe ou paredes e colunas de água).

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1 Desligar as lâmpadas quando não são necesá-rias;

2 Utilizar cores adequadas nas paredes, tecto e chão, de forma a proporcionar o melhor am-biente luminoso;

3 Ajustar a tarifa eléctrica;

4 Projectar circuitos independentes em grandes superfícies de modo a poder iluminar só as áreas necessárias em cada momento;

5 Ligar o sistema de iluminação apenas momen-tos antes do início do expediente;

6 Comandar a iluminação exterior das fachadas e anúncios luminosos, por ciclos horários pre-estabelecidos, ou pelo software de gestão;

7 Usar preferencialmente luminárias abertas, com reflectores eficientes;

8 Adoptar interruptores independentes em gran-des áreas iluminadas. Possibilidade de desli-

gar algumas lâmpadas num determinado local, permanecendo outros iluminados;

9 Reduzir o número de lâmpadas instaladas nos locais: uma menor altura das luminárias per-mite melhorar a iluminação;

10 Reduzir sempre que possível, a iluminação de-corativa;

11 Limpar o ambiente de trabalho somente no horário do expediente, utilizando sempre que possível a luz natural.

PARA O AUMENTO DE CONFORTO TÉRMICO E DIMINUIÇÃO DE CUSTOSBOAS PRÁTICAS

≥ Desligar os equipamentos – garantir que não estão ligados quando o edifício não está ocupado, como à noite e fins-de-semana, ou por ocasiões dos intervalos de almoço e desocupação tem-porária por mais de uma hora;

≥ Usar temporizadores – garantir que os equipa-mentos são usados apenas nas horas de trabalho;

≥ Reduzir a temperatura de aquecimento – ao reduzir-se a temperatura em 1ºC pode poupar-se 8% nas contas do aquecimento;

≥ Utilizar termóstatos – com válvulas para as diferentes necessidades;

≥ Ajustar o termóstato – garantir que se mantém a temperatura ideal (aumento de poupança típica de 10%). Desencorajar os funcionários a alterar a temperatura;

≥ Reduzir entradas de ar – manter as portas e janelas fechadas, para prevenir as trocas de calor. Deve fazer-se a reparação destas, de modo a aumentar o isolamento térmico. Isto permite aumentar a poupança em 30%;

≥ Proceder com regularidade à limpeza dos filtros de ar;

≥ No Verão evitar a incidência directa de raios solares no ambiente climatizado, pois aumentará a carga térmica para o condicionador;

≥ No Inverno acumular calor no período noc-turno em edifícios. Os acumuladores de calor são aparelhos de aquecimento especialmente concebidos para estarem ligados à noite. As-sim a acumulação de calor dá-se para que a factura do consumo de energia eléctrica seja mais baixa com tarifa dupla;

≥ Não refrigerar excessivamente o ambiente. O frio máximo, no Verão, nem sempre é a melhor solução de conforto térmico.

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1 Desligar as lâmpadas quando não são necesá-rias;

2 Utilizar cores adequadas nas paredes, tecto e chão, de forma a proporcionar o melhor am-biente luminoso;

3 Ajustar a tarifa eléctrica;

4 Projectar circuitos independentes em grandes superfícies de modo a poder iluminar só as áreas necessárias em cada momento;

5 Ligar o sistema de iluminação apenas momen-tos antes do início do expediente;

6 Comandar a iluminação exterior das fachadas e anúncios luminosos, por ciclos horários pre-estabelecidos, ou pelo software de gestão;

7 Usar preferencialmente luminárias abertas, com reflectores eficientes;

8 Adoptar interruptores independentes em gran-des áreas iluminadas. Possibilidade de desli-

gar algumas lâmpadas num determinado local, permanecendo outros iluminados;

9 Reduzir o número de lâmpadas instaladas nos locais: uma menor altura das luminárias per-mite melhorar a iluminação;

10 Reduzir sempre que possível, a iluminação de-corativa;

11 Limpar o ambiente de trabalho somente no horário do expediente, utilizando sempre que possível a luz natural.

EQUIPAMENTOS FRIOSBOAS PRÁTICAS

≥ Escolher um equipamento com o tamanho ade-quado, quanto maior for o volume interior também será o respectivo consumo energético;

≥ Regular o termóstato para temperaturas entre 3 a 5ºC no frigorífico e -18ºC no congelador. Ao optar-se por temperaturas inferiores há o aumento do consumo desnecessário;

≥ Verificar se as borrachas estão a vedar bem;

≥ Afastar o equipamento de fontes de calor (fogão, janelas), pois quanto mais este aquecer mais vai ter que trabalhar para arrefecer, e conse-quentemente consumir mais energia;

≥ Reduzir ao máximo o número de vezes que se abre a porta e o tempo que está aberta, pois 20% do consumo global dos equipamentos de frio devem-se à abertura de portas;

≥ Evitar a formação de gelo nas paredes, este aumenta o consumo de energia;

≥ Deixar espaço entre a parte de trás do equipa-mento e limpar a grelha exterior pelo menos uma vez por ano, para evitar a acumulação de poeiras;

≥ Não colocar alimentos quentes no interior e colocá-los devidamente acondicionados em recipientes;

≥ Optar por electrodomésticos que não usem CFC’s (clorofluorcarbonetos) prejudiciais à ca-mada de ozono.

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1 Desligar as lâmpadas quando não são necesá-rias;

2 Utilizar cores adequadas nas paredes, tecto e chão, de forma a proporcionar o melhor am-biente luminoso;

3 Ajustar a tarifa eléctrica;

4 Projectar circuitos independentes em grandes superfícies de modo a poder iluminar só as áreas necessárias em cada momento;

5 Ligar o sistema de iluminação apenas momen-tos antes do início do expediente;

6 Comandar a iluminação exterior das fachadas e anúncios luminosos, por ciclos horários pre-estabelecidos, ou pelo software de gestão;

7 Usar preferencialmente luminárias abertas, com reflectores eficientes;

8 Adoptar interruptores independentes em gran-des áreas iluminadas. Possibilidade de desli-

gar algumas lâmpadas num determinado local, permanecendo outros iluminados;

9 Reduzir o número de lâmpadas instaladas nos locais: uma menor altura das luminárias per-mite melhorar a iluminação;

10 Reduzir sempre que possível, a iluminação de-corativa;

11 Limpar o ambiente de trabalho somente no horário do expediente, utilizando sempre que possível a luz natural.

PARA OS RESTANTES EQUIPAMENTOSBOAS PRÁTICAS

≥ Evitar os modos de standby. A maior parte das vezes o equipamento é deixado em standby desnecessariamente;

≥ Utilizar extensões com interruptor (de prefe-rência sem luz). Quando se dispõe de muitos equipamentos ligados no mesmo local, com a extensão com interruptor, pode-se cortar a alimentação de todos os equipamentos depois de os desligar;

≥ Accionar o modo de economia de energia nos computadores, permitindo que se desliguem automaticamente todas as vezes que não es-tão a ser utilizados. Os monitores ligados, mes-mo com a protecção de ecrã activa, podem ser responsáveis por até 80% do consumo dos computadores;

≥ Trocar os monitores comuns por LCD’s. Ocupam menos espaço nas secretárias e são mais económicos;

≥ Comprar sempre equipamentos com a etiqueta Energy Star e verificar se tem a etiqueta ECO;

≥ Escolher equipamentos de dimensões adequadas às necessidades;

≥ Reparar e reutilizar equipamentos;

≥ Oferecer ou vender bens e equipamentos que já não são necessários;

≥ Utilizar impressoras de jacto de tinta, que usam até 95% menos energia do que as impressoras a laser;

≥ Preferir os computadores portáteis aos com-putadores de secretária, pois consomem menos electricidade.

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UTILIZAÇÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS

O aproveitamento das fontes endógenas inesgo-táveis deve fazer parte de qualquer planeamento energético urbano que se pretenda sustentável.

O crescente aumento do consumo de energia promove a procura de práticas menos poluentes. As energias renováveis apresentam-se como a melhor solução, quer do ponto de vista ambien-tal, quer económico, o que não se verifica com a utilização dos combustíveis fósseis. Energias re-nováveis, tais como a solar, biomassa e geotérmica podem ser utilizadas na grande parte dos serviços.

Este tipo de fontes de energia é a solução para diversos problemas usuais e estão associados a certas vantagens, nomeadamente:

≥ Criação de novos postos de emprego;

≥ Melhoria do ambiente;

≥ Segurança do fornecimento energético;

≥ Redução da dependência externa;

≥ Melhoria do balanço energético;

≥ Aumento da eficiência do sistema energético.

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ENERGIA SOLAR

A energia solar pode ser captada de diversas formas, desde o aquecimento directo nos co-lectores solares (água aquecida pelo sol), até à energia eléctrica produzida através de painéis fotovoltaicos.

A utilização dos painéis fotovoltaicos permite a produção de electricidade de um modo gratuito e possibilita ainda a sua venda à rede pública.

O aquecimento de água ou climatização é pos-sível através da aplicação de painéis solares. Estes sistemas utilizam a luz solar, que pode ser directa ou difusa, para armazenar energia calorífica que depois pode ser usada.

Quando é necessário escolher uma energia renovável a aplicar, este tipo de energia é pre-ferencialmente escolhido, pois para além de ser não poluente, inesgotável, de fácil instalação e ter baixos custos de manutenção, é uma fonte de energia muito atractiva.

Em Portugal a sua instalação torna-se rentável uma vez que o nosso país é dos países euro-peus com mais horas de exposição solar.

SISTEMAS SOLARES FOTOVOLTAICOS

Os sistemas fotovoltaicos são constituídos por módulos de células fotovoltaicas, que per-mitem a conversão directa de energia solar em energia eléctrica.

Estes sistemas têm sofrido uma redução de custo a par do aumento das suas caracte-rísticas de rendimento e fiabilidade. Estes sistemas apresentam características que demonstram ser uma solução atractiva para a resolução de determinados problemas, assim como fornecimento de energia eléctrica em locais remotos, ou aplicações de baixa potência.

SISTEMAS SOLARES TÉRMICOS

Os sistemas solares térmicos são constituídos por painéis solares, que convertem a radiação solar em energia térmica, acumulando a energia num fluido. Por norma esse fluido é a água.

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ENERGIA GEOTÉRMICA

O interior da Terra é muito mais quente que a superfície. Esta diferença de temperatura pode ser aproveitada para a transformação de outros tipos de energia.

É sabido que a temperatura do solo a partir dos 50 cm de profundidade é aproximada-mente constante durante todo o ano, a energia pode ser captada do solo junto aos edifícios e conduzida para o interior do espaço sob a forma de aquecimento/arrefecimento do ambiente.

Existem várias tecnologias que permitem o aproveitamento deste recurso.

BIOMASSA

A biomassa inclui todos os materiais sobre a forma vegetal, e derivados. A biomassa pode ser usada directamente por queima ou por fermentação. Quando queimada, a biomassa serve para aquecimento ou transformação de combustível. Quando usada por fermentação, como por exemplo o girassol, pode ser transfor-mada e posteriormente usada como combustível líquido.

A biomassa também pode ser utilizado através de pellets ou briquetes, como combustível de aquecimento, em caldeiras para aquecimento central ou queimadores. Apresentam um elevado

poder calorífico e são produzidos através de serrim comprimido.

As cinzas resultantes da combustão da bio-massa podem servir como fertilizante. O CO2 libertado pela combustão da biomassa é equi-valente à quantidade retirada do ar durante o crescimento da biomassa nos anos anteriores, daí ser considerada como energia renovável.

A biomassa é uma fonte de energia completa-mente renovável, que pode ser utilizada para a produção de combustíveis derivados, energia, ou outros produtos, compreendendo grandes benefícios ambientais, económicos e de segurança de abastecimento.

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BIOCOMBUSTÍVEIS

O biocombustível é um tipo de recurso bastante utilizado em alguns países europeus e é produzido a partir de matéria vegetal.

BIOGÁS

Outra vertente da biomassa é o biogás. Este recurso é ainda muito pouco utilizado em Portugal. É produzido nos aterros sanitários através da decomposição dos resíduos, para a produção da energia eléctrica.

OCEANOS

Existem várias formas de se aproveitar a energia dos oceanos. Destacam-se as tecnologias de aproveitamento das marés e das ondas. Estas tecnologias são consideradas das mais pro-missoras para o futuro breve.

ENERGIA EÓLICA (MINI – EÓLICA)

Representa a renovável mais utilizada no mundo, isto porque a sua tecnologia está bem definida e torna-se bastante viável e economi-camente atractiva.

As turbinas eólicas ou aerogeradores tem como função transformar a energia cinética do vento em energia mecânica e posteriormente em energia eléctrica.

Quanto maior é a velocidade do vento, maior é a energia produzida. Contudo não é com a velocidade máxima do vento que se atinge a máxima potência eólica, pois o vento muito forte pode danificar o aerogerador.

Para a produção de energia para pequenos consumidores, são muitas vezes utilizados micro-turbinas eólicas, associadas a sistemas isolados. Estas turbinas podem ser montadas no solo ou sobre um telhado e podem girar em redor a 360º, orientando-se de acordo com a direcção do vento.

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VANTAGENS E IMPACTES DA UTILIZAÇÃO RACIONAL DE ENERGIA (URE)

A eficiência energética nos edifícios está rela-cionada directamente com a Utilização Racional da Energia (URE).

É possível distinguir dois sectores de análise: o sector doméstico e o sector de serviços.

A URE consiste num conjunto de acções e medidas, que têm como objectivo a melhor utilização da energia.

A URE é cada vez mais um factor importante de economia energética e redução de custos, tanto no sector doméstico como no sector de serviços e industrial.

A URE visa proporcionar o mesmo nível de pro-dução de bens, serviços e conforto através de tecnologias que reduzem os consumos em relação às soluções convencionais. A URE pode conduzir a reduções substanciais do con-sumo de energia bem como das emissões de poluentes que estão associados à sua conversão.

Embora sejam mais dispendiosos, em termos de custo inicial, os equipamentos mais efi-cientes consomem menos energia, conduzindo a custos de funcionamento mais reduzidos.

IMPACTES DAS ACÇÕES DE URE

Um dos impactes mais significativos da utili-zação de energia primária através da URE, é a contribuição para a mitigação das emissões de poluentes associados à conversão de energia. As tecnologias de eficiência energética podem oferecer outros benefícios não energéticos. Estes benefícios estão na origem da decisão da utilização de tecnologias mais eficientes, como por exemplo:

≥ Aumento do conforto e da segurança;

≥ Redução do ruído;

≥ Aumento da produtividade do trabalho;

≥ Melhoria do controlo dos processos;

≥ Poupança no consumo de água;

≥ Redução da produção de resíduos;

≥ Aumento do emprego associado ao fabrico, instalação, funcionamento e manutenção de equipamentos eficientes.

Destacam-se os principais impactes das ac-ções de URE:

≥ Reforço da competitividade das empresas;

≥ Redução da factura energética do país;

≥ Redução da intensidade energética da economia;

≥ Redução da dependência energética;

≥ Redução das emissões de poluentes, incluindo os gases com efeito de estufa.

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CONSUMO ENERGÉTICO NOS EDIFÍCIOS

Em Portugal, os edifícios foram responsáveis pelo consumo de 5,8 milhões de toneladas equivalentes de petróleo, representando cerca de 30% do consumo total de energia primária do sector e 62% dos consumos de electricida-de em 2005. No sector residencial verifica-se cerca de 3,3 milhões de edifícios que contri-buem com cerca de 17% dos consumos de energia primária em termos nacionais, re-presentando cerca de 29% dos consumos de electricidade.

Numa perspectiva de eficiência energética é necessário integrar os princípios de racionali-zação de energia nos edifícios novos e nos que necessitam de obras de reabilitação, de modo a evitar que os consumos energéticos aumentem de uma forma drástica. Existem intervenções eficazes que permitem a redução entre 30 a 35% no que diz respeito ao consumo de energia, mantendo as mesmas condições de conforto.

A poupança de energia é a primeira fonte de energia renovável actualmente disponível.

Cada empresa pode e deve desempenhar um papel importante e relevante na poupança de energia no seu dia-a-dia.

Deste modo as empresas devem apresentar um papel activo na utilização mais eficiente de energia, adoptando medidas simples de exe-

cutar, tais como:

≥ Comportamentos diários inteligentes e eco-sustentáveis na utilização de sistemas e de electrodomésticos que consomem energia;

≥ Selecção cuidada de electrodomésticos, caldeiras, sistemas de ar condicionado, tendo em atenção a informação existente nas eti-quetas referentes ao consumo de energia e aquisição de equipamentos mais eficientes;

≥ Melhoria da eficiência energética dos siste-mas de aquecimento e ar condicionado dos edifícios na sua globalidade.

Nos últimos 15 anos têm-se verificado vários desenvolvimentos na área da energia e con-sequentemente nas políticas e medidas de prevenção e redução do impacte ambiental, resultante do consumo de combustíveis fós-seis. Estas alterações de comportamento têm contribuído para uma mudança de paradigmas na conversão/produção de energia na sua utili-zação final.

Atitudes menos correctas e indicadas con-duzem a uma situação de contornos muito preocupantes, que necessita de uma elevada reflexão principalmente em situações de crise financeira.

O défice do sector eléctrico é uma herança pesada para as gerações futuras.

A dependência de combustíveis fosseis conti-nua elevada e reduzir o impacte no ambiente da sua utilização exige investimento. A sus-tentabilidade é um desafio importante mas di-

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fícil, no meio das dificuldades em que vivemos. O futuro é uma incógnita, apesar dos diversos programas e planos europeus e nacionais. O Pacote Clima e Energia da Comissão Europeia dá prioridade à eficiência energética, seguida da utilização dos recursos renováveis, preten-dendo definir metas para 2020-2030 e traçar cenários até 2050. Os planos nacionais de ac-ção para a eficiência energética e fontes reno-váveis, acolhem estas orientações, são ambi-ciosos e porventura menos realistas. Os novos desenvolvimentos tecnológicos (redes inte-ligentes, equipamentos mais eficientes) são ferramentas que podem ajudar, mas envolvem investimentos e poucos têm capacidade para os suportar, numa época tão difícil.

A competitividade da economia é sempre o objectivo principal em cada empresa. É impor-tante que os responsáveis encarem a energia e o ambiente como vectores fundamentais para a melhoria dessa mesma competitividade e não como obstáculos para o crescimento e de-senvolvimento das empresas.

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1 Desligar as lâmpadas quando não são necesá-rias;

2 Utilizar cores adequadas nas paredes, tecto e chão, de forma a proporcionar o melhor am-biente luminoso;

3 Ajustar a tarifa eléctrica;

4 Projectar circuitos independentes em grandes superfícies de modo a poder iluminar só as áreas necessárias em cada momento;

5 Ligar o sistema de iluminação apenas momen-tos antes do início do expediente;

6 Comandar a iluminação exterior das fachadas e anúncios luminosos, por ciclos horários pre-estabelecidos, ou pelo software de gestão;

7 Usar preferencialmente luminárias abertas, com reflectores eficientes;

8 Adoptar interruptores independentes em gran-des áreas iluminadas. Possibilidade de desli-

gar algumas lâmpadas num determinado local, permanecendo outros iluminados;

9 Reduzir o número de lâmpadas instaladas nos locais: uma menor altura das luminárias per-mite melhorar a iluminação;

10 Reduzir sempre que possível, a iluminação de-corativa;

11 Limpar o ambiente de trabalho somente no horário do expediente, utilizando sempre que possível a luz natural.

BOAS PRÁTICAS

≥ Optar por papel reciclado;

≥ Escolher os produtos, tendo em conta a sua duração e potencial de reutilização;

≥ Implementar um sistema de deposição selectiva de materiais recicláveis, recorrendo a uma parceria com o Sistema de Gestão Multimunicipal da área da Empresa;

≥ Utilizar pilhas recarregáveis nos equipamentos que necessitem;

≥ Fazer separação de resíduos mas acima de tudo, evitar produzir;

≥ Implementar um sistema de reenchimento de toners e tinteiros;

≥ Reutilizar embalagens diversas para guardar objectos (ex: nos escritórios para guardar clipes, agrafos…);

≥ Evitar correio não endereçado através da colocação de autocolantes “publicidade não endereçada, aqui não, obrigada”;

≥ Utilizar a internet para o envio de mensagens e postais;

≥ Usar produtos de limpeza ambientalmente sustentáveis e recarregáveis, para evitar a uti-lização de várias embalagens;

≥ Utilizar chávenas de porcelana ou vidro para tomar café, em vez de copos e colheres de plástico;

≥ Escolher produtos fabricados por empresas com uma política ambiental e social transparente e confirmada.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.eixoatlantico.com/_eixo_2009/subido/Destacados_derecha/BorgesGouveia_eixonov2010.pdf

http://www.adene.pt/NR/rdonlyres/0000025e/xiwmvghfwwtwwhwnykxfvxdfhuahbtfr/PortugalEfici%C3%AAncia2015Vers%C3%A3oSum%C3%A1rio.pdf

http://www2.spi.pt/inovaut/docs/Manual_IX.pdf

http://www.cds.pt/pdf/relatorios/Energia.pdf

http://nautilus.fis.uc.pt/gazeta/revistas/29_1-2/vol29_1_2_Art05.pdf

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CONTACTOS

SEDE ANJE- Associação Nacional de Jovens Empresários Casa do Farol, Rua Paulo da Gama 4169-000 Porto Tel: 00351 220 108 000 E-mail:[email protected]

ALGARVE ANJE- Associação Nacional de Jovens Empresários Estrada da Penha, 8000-489 Faro Tel: 00351 289 862902 E-mail:[email protected]

COIMBRA ANJE- Associação Nacional de Jovens Empresários Parque de Exposições da ACIC, Alto da Relvinha 3020-365 Coimbra Tel: 00 351 239 496 374 E-mail:[email protected]

LISBOA ANJE- Associação Nacional de Jovens Empresários Quinta de Santa Marta, Estrada da Circunvalação, 1495 Algés Tel: 00351 21 413 46 60 E-mail: [email protected]

ALENTEJO ANJE- Associação Nacional de Jovens Empresários Rua Frei José Maria nº5, Vila Lusitano 7005-495 Évora Tel: 00 351 266 70 70 07 E-mail: [email protected]

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PARA SABER MAIS

Manual de boas práticas de Eficiência Energética – Implementar o desenvolvimento sustentável nas empresas

ISR – Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores da Universidade de Coimbra

BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável

Medir a eco-eficiência – Um guia para comunicar o desempenho da empresa

Hendrik A. Verfaillie, Monsanto Company

Robin Bidwell, Environmental Resources Manage-ment plc

Transformar o Mercado – Eficiência Energética em Edifícios

BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável

Energia para Mudar – Contributo empresarial para um futuro com electricidade com baixas emissões de carbono

World Business Council for Sustainable Development

Eficiência Energética em Edifícios

World Business Council for Sustainable Development

Energy Efficiency Manual – For everyone who uses energy, pays for utilities, designs and builds, is inte-rested in energy conservation and the environment

Donald R. Wulfinghoff

Energy Institute Press, Wheaton - Maryland, USA

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ROAD-SHOW – ANJE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA