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07/09/13
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Ressonância Magnética Nuclear Marcos Ely Andrade [email protected]
HISTÓRICO
� 1952 - Felix Bloch e E d w a r d P u r c e l l descobriram o fenômeno da ressonância magnética
� 1 9 7 1 - R a y m o n d Damadian mostrou que os tecidos e os tumores respondem de forma diferente ao efeito do campo magnético o que motivou a comunidade científica a considerar a ressonância magnética como uma técnica para detecção de doenças.
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1977
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Relembrando… � Núcleo do átomo de hidrogênio à gira (spin)
� Por isso, o núcleo tem um momento magnético e funciona como um dipolo magnético
� Os momentos são alinhados na presença de um campo magnético externo à alguns núcleos alinham a favor do campo e outros, no sentido contrário
B0 = 1,5 T
ΔE
Interação com um campo magnético estático S
N
Precessão
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Precessão � Spin adicional (causado pela presença
do campo magnético B0)
� A velocidade do giro é chamada de frequência de precessão ou frequência de Larmor (ω)
� A frequência é dada em megahertz (MHz)
� 1 Hz é um ciclo por segundo
Precessão Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
IMIP 2009 -‐ Vagner Cassola
Precessão • Os spins sobre o efeito de um
campo magné<co apresentam um movimento de precessão semelhante ao um peão.
• A frequência de precessão depende do campo aplicado:
ω= γB0 (frequência de Larmor)
Constante giromagné<ca do H1
γ = 42,58 [MHz/T]
B0 é o campo magné<co do magneto
Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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Precessão
Núcleo Constante
giromagné2ca (MHz/T)
¹H 42,57
¹³C 10,71
²³N 11,26
³¹P 17,23
Constante giromagnética � A constante giromagnética do
hidrogênio é 42,57 MHz/T
� Qual é a frequência de precessão do núcleo em um campo magnético de 1,0 T? � Quantas vezes por segundo o núcleo de
hidrogênio gira?
� Qual seria frequência de precessão se o campo magnético aplicado for de 1,5 T?
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Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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Precessão: sistema de coordenadas
Magneto
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z
y x
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z
y x
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z
y x
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z
y x
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z
y x
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z
y
x
Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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A’ A
z
y
x
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Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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A’ A B’
B
z
y
x
Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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A’ A B’
B
M
z
y
x
Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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Paciente colocando interior do magneto
Magne2zação longitudinal
Como medir a magne<zação?
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???
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Gerando uma magne<zação transversal
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Como gerar a magne<zação transversal??
Enviando pulsos de radio frequência (RF) !!
Radiofrequência � O que é radiofrequência?
� Energia eletromagnética
� Pacotes de energia (ondas)
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Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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O que acontece quando se envia um pulso RF?
Pulso RF
z
y
x
Ele causa uma mudança de polaridade no spin. Faz que os
núcleos passem do estado de baixa energia para o de alta energia.
Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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O que acontece quando se envia um pulso RF?
Pulsos RF Por que nem todo pulso causa uma
mudança de polarização?
z
y
x
Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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Frequência de Larmor ω= γB0
O que acontece quando se envia um pulso RF?
Pulsos RF Por que nem todo pulso causa uma
mudança de polarização?
Porque é necessário que o pulso RF ter a mesma frequência de
precessão do spin. Precisa estar em ressonância
z
y
x
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Ressonância � Fenômeno em que um objeto (ou um
núcleo atômico) é exposto a uma perturbação oscilante, com frequência igual à sua frequência de oscilação
� Ao entrar em ressonância, o objeto exposto “ganha energia” desta “força” externa
� Ao ganhar energia, a orientação do momento magnético do núcleo muda
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Efeito do pulso de RF (B1) para diferentes frequências
RF = 0 RF = ω/2
B1 Magne<zação B0
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RF = ω x 0,9 RF = ω
B1 Magne<zação B0
Efeito do pulso de RF (B1) para diferentes frequências
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RF = ω x 1,5 RF = ω x 2,0
B1 Magne<zação B0
Efeito do pulso de RF (B1) para diferentes frequências
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Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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Efeito do pulso RF z
y
x
e nem todos os prótons interagem com o pulso RF
Num sistema real existem vários prótons
Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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Efeito do pulso RF z
y
x
e nem todos os prótons interagem com o pulso RF
No entanto os spins paralelos se an< paralelo se anulam
Num sistema real existem vários prótons
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Efeito do pulso RF
Como resultado existe uma diminuição no vetor magne<zação longitudinal
z
y
x
e nem todos os prótons interagem com o pulso RF
No entanto os spins paralelos se an< paralelo se anulam
Num sistema real existem vários prótons
Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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Efeito do pulso RF z
y
x
Existe um segundo efeito que surge da interação do pulso RF
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Efeito do pulso RF
Os spins se agrupam de forma que surge uma componente transversal de magne<zação
z
y
x
Existe um segundo efeito que surge da interação do pulso RF
Devido ao fato dos spins começam a precessar em fase.
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Efeito do pulso RF z
y
x
Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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Efeito do pulso RF
Diminui o vetor magne2zação longitudinal
Faz surgir uma componente de magne2zação longitudinal (precessão em fase)
ω
z
y
x
Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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Efeito do pulso RF
Diminui o vetor magne2zação longitudinal
Faz surgir uma componente de magne2zação longitudinal (precessão em fase)
ω
z
y
x
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Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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Magne<zação transversal
ω
O vetor de magne<zação transversal produz uma corrente que representa o sinal MRI
Assim como o spins este sinal possui uma frequência de precessão
Frequência de Larmor ω= γB0
z
y
x
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Excitação • Um spin excitado esta fora do estado de equilíbrio
B1 Magne<zação B0
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Excitação e Relaxação
• Quando o pulso de RF é desligado os prótons que estavam num estado excitado retornam para o estado anterior a aplicação do pulso.
• O processo de retorno dos prótons ao estado anterior é chamado de relaxação.
Excitação / Relaxação
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Relaxação Pulso de 100°
Relaxação Pulso de 65°
Relaxação Pulso de 90°
Relaxação Pulso de 180°
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Relaxação
• Durante a relaxação: – o vetor magne<zação longitudinal recupera o seu valor inicial
– o vetor magne<zação transversal decai sua intensidade pois os spins saem de fase.
• O movimento de precessão permanece durante todo o processo.
Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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Relaxação
Decaimento Recuperação Precessão
• A magne<zação retorna exponencialmente ao equilíbrio: – A constante de recuperação longitudinal é o T1 – A constante de decaimento transversal é o T2
• A relaxação e a precessão são independentes.
Princípios Físicos em Ressonância Magné<ca
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Relaxação: recuperação longitudinal, T1
Tempo
Sinal
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Relaxação: decaimento transversal, T2
Tempo
Sinal
T1 – Relaxação Longitudinal ou Spin-Rede � A curva de recuperação para o vetor
magnetização longitudinal retornar ao equilíbrio é descrita por uma curva exponencial. Este recuperação é caracterizada pela constante de tempo T1 que é característica de cada tecido.
� Quando o tempo após o pulso t é igual a T1,
63% da magnetização longintudinal foi recuperada.
T2 – Relaxação Transversal ou Spin-Spin � A curva de decaimento para o vetor
magnetização transversal em relação ao valor inicial de magnetização é descrita por uma curva exponencial. Este decaimento é caracterizada pela constante de tempo T2 que também característica de cada tecido.
� Quando o tempo após o pulso t é igual a T2, a
magnetização transversal foi reduzida a 36,8% do valor inicial
� O Valor de T2 diminui pois os spins deixam de estar em fase após o pulso de RF.
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Constantes de relaxação em milissegundos para vários tecidos. Campo está<co de 1 ,5 T (frequência de precessão 63 MHz)
Tecido T1 T2
Músculo 863 47
Fígado 490 43
Rins 650 58
Gordura 260 84
Cérebro
Substância Cinzenta 920 101
Substância Branca 790 92
Liguor 2650 280
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Comparação das curvas T1 e T2
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Imagem ponderada em T1
Contraste
(Mz/Mo)
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Imagem ponderada em T2
Contraste
(Mxy/M
o)
Questões 1. O que é a equação de Larmor e o que ela
calcula?
2. Em que condição ocorre ressonância?
3. A diferença entre a energia dos núcleos com spin para cima e para baixo depende de quê?
a. Frequência de Larmor b. Intensidade do campo magnético c. Ângulo de precessão
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Questões 5. A recuperação T1 é o retorno do eixo
de rotação do núcleo em relação a que plano?
a. Transversal b. Longitudinal c. O spin não retorna