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Dezembro 2010 Revist a Junt os somos MAIS Conheça o VIVEMAR Vidamar é tempo especial de parlha de ideias, por um mundo mais próximo do sonho de Champagnat. Não existe marista só ou de maneira isolada. Conheça a história dos 4 anos desse movimento que une os maristas do RS em torno da mesa do fundador. Como surgiu, eixos estruturantes, objevos, metodologia e muito mais Gent e que FEZ Confira os depoimentos dos vivemaristas e a história em fotos desses quatro anos

Revista Vidamar

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Revista da Província Marista do Rio Grande do Sul

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Revista

Juntos somosmais

Conheça o ViVEmaR

Vidamar é tempo especial de partilha de ideias, por um mundo mais próximo do sonho de Champagnat. Não existe maristasó ou de maneira isolada. Conheça a história dos 4 anos desse movimento que une os maristas do RS em torno da mesa do fundador.

Como surgiu, eixos estruturantes, objetivos, metodologia e muito mais

Gente que FEZConfira os depoimentos dos vivemaristas e a história em fotos desses quatro anos

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E d i t o r i a l

Será quE a Vida ValE a pEna? Será quE ValE a pEna saiRmos poR aí conViVEndo com outRas

pEssoas? sERá quE as pEssoas, com as suas paRticulaRidadEs, suas manias E ViRtudEs,

podEm nos diZER ou FaZER algo quE nos toRnE mElhoREs? Será quE ExistE algo, nEsta

Vida, com o qual dEVEmos E mEREcEmos REsERVaR paRtE do nosso tEmpo? O que sE FaZ

com tanta gEntE diFEREntE dE nós? Será quE podEmos mais do quE imaginamos quE somos

capaZEs? Quem REalmEntE somos? Será quE o quE somos é dEFinitiVo, imutáVEl E

iRREmEdiáVEl? O que podEmos FaZER com tanta tRistEZa quE muitos homEns E mulhEREs

pRopoRcionam nEsta Vida? os gRandEs atos dE solidaRiEdadE E dE Fé quE muitas pEssoas

tEstEmunham, sERVEm para quê? Porque tEmos mEdo dE EnVElhEcER? Será...

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O VidamaR é um atO iNStituCiONal de ReSpeitO e de COmpROmiSSO COm aS peSSOaS que eNCONtRam NO CaRiSma maRiSta um mOdO de ReSpONdeR à miSSãO de daR SeNtidO à Vida.

São tantas as perguntas e dúvidas que vamos acumulando durante a nossa vida e tão pouco tempo para respondê-las que acabamos não pa-rando para refleti-las, para comentar e discutir com os amigos e as amigas. achamos que a própria vida se encar-rega de dar um destino a cada indaga-ção que fazemos. Buscamos respostas ou transferimos aos outros esta tarefa. quantos de nós, ao passarem adian-te, sabe lá para quem, a missão dar sentido a vida, não acabam por acu-mular bens sem o mínimo significado, somando problemas e paranoias?O mundo se encarrega de formatar as pessoas e encontramos mil difi-culdades para sairmos desta “malha fina”. Não reunimos coragem e, muito menos, criatividade para fazer a dife-rença. diferença que pode vir a ser o “futuro oxigênio” que pode renovar as relações e transformar a realidade em que vivemos.O VidamaR não tem a pretensão de oferecer respostas à tantas pergun-tas, mas de oferecer ajuda, através

de um tempo especial, às pessoas que participam destes momentos de formação. O Vidamar é um “jeito marista” de ver as pessoas e de refletir sobre a nossa própria vida. é um ato institucional de respeito e de compromisso com as pessoas que encontram no carisma marista um modo de responder à missão de dar sentido à vida.a “Revista Vidamar” vem para regis-trar memória, fatos, experiências e valorizar as pessoas, especialmente os vidamaristas, que constroem JuN-tOS a história do instituto. que São marcelino e a Boa mãe continuem iluminando e acompanhando este projeto tão especial para irmãos, leigos e leigas maristas!

Um tempo EspEcial

Esta é a nossa missão: contribuir para que as novas gerações descubram o rosto de Deus e tenham vida em abundância. Como Champagnat, devemos responder ao grito dos Montagnes que nos rodeiam. Não podemos ver uma criança sem amá-la e dizer-lhe o quanto Deus a ama”.

Mensagem extraída do número 42 do documento “Em torno da mesma mesa”

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Na complexidade contemporânea em que todos estão envoltos, ou construímos juntos ou sucumbiremos nas vaidades individuais. Não há mais lugar para persona-lismos. Necessitamos de dinâmicas de comunhão, de senso de pertença e de senso de unidade.isso exige um mínimo de adesão a um núcleo de valo-res inegociáveis, a projetos significativos de evangeliza-ção, de conversão e de transformação, que encontram seu fundamento num núcleo de algumas convicções essenciais. todos os que pretendem fazer parte do projeto marista de evangelizar, de tornar Jesus Cristo conhecido e ama-do, de formar bons cristãos e cidadãos comprometidos e responsáveis, necessitam, obrigatoriamente, aderir pessoalmente ao núcleo vital da instituição fundada por São marcelino Champagnat. Fundamenta-se essa assertiva desde a origem de nosso instituto: ninguém ama o que não conhece! a nossa inteligência nos ajuda a buscar e conhecer os verdadeiros valores. O nosso afeto, por percebê-los como beleza (sentido estético), nos aproxima e nos apropria desses valores que conferem à nossa vida sen-tido, significado e horizonte. e a nossa vontade decide aderir a esses valores, pois são bons (sentido moral), belos (sentido estético) e verdadeiros. em nossa província, o Vidamar exerce missão funda-mental. O projeto oportuniza o conhecimento, a expe-riência e a adesão a essa Verdade, que encanta por sua beleza e bondade. assim, criamos uma dinâmica de comunhão, de pertença e de unidade, rumando a um horizonte comum, utilizando nossas melhores energias vitais. O Vidamar oportuniza despertar o Champagnat adormecido em cada um de nós; oportuniza sermos os Champagnats que vão ao encontro dos montagnes modernos, que caminham sem rumo e perdidos no complexo emaranhado da multiplicidade de ofertas fáceis e efêmeras, de promessas de felicidade que não se confirmam. esse projeto é um presente, um dom, uma graça concedida por deus através de maria, nossa guia e companheira, a todos os que dele tomam parte para se fortalecer e remar com vigor, na contramão do fácil, do efêmero, do sem-sentido, do supérfluo e do aparente.que maria, a condutora de nosso “barco”, nos aben-çoe, nos anime e nos encoraje nessa travessia.

O VidamaR OpORtuNiza deSpeRtaR O ChampagNat adORmeCidO em

Cada um de NóS

Em dinâmica de comunhãoir. inacio Nestor etges, provincial

a c o l h i d a

pROVíNCia maRiSta dO RiO gRaNde dO SulProvincialir. inácio etgesVice-Provincialir. gilberto zimmermann CostaCoordenador da Comissão de Vida Consagrada e Laicatoir. Romídio SiverisCoordenador do Projeto Vidamaredison Carlos Jardim de Oliveira pROJetO VidamaR Equipe executivaedison Carlos Jardim de OliveiraSérgio luís Schonsaline Cunhair. alfredo Crestani Equipe Consultivaedison Carlos Jardim de OliveiraSérgio luís Schonsaline Cunhair. Romídio Siverisir. alfredo Crestaniir. paulo lorenzoniir. genuíno Beniniir. dionísio Rodriguesir. Vinicius tenedinealexander goulart Colaboradoresgustavo Balbinotir. genuíno BeniniJosé Jair Ribeiro(zeca)ir. dionísio Rodrigues ReViSta VidamaRCoordenaçãoedison Carlos Jardim de Oliveira Produção EditorialCMC/ASCOMK Supervisão editorialalexander goulart Jornalista ResponsávelRosângela Florczak (dRt 4862/94) Contato com o Projeto VidamaRRua irmão José Otão, 11porto alegre - RStel 51 3314 [email protected]

Projeto Gráfico e Edição: editORa Ruah Edição: luís Fernando CarneiroDireção de arte: goretti CarlosR. Casemiro José marques de abreu, 706 – ahúCep: 82200-130 | Curitiba – pR Fone: 41 3018-8805 www.editoraruah.com.br

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No final do ano de 2009 o projeto Vidamar conquistou reconhecimento público por meio da conquista 1º lugar do prêmio SiNepe/RS de Responsabilidade Social 2009 - categoria público interno. Foi uma oportunidade de mostrar à Comunidade gaúcha o valor deste projeto na vida de muitas pessoas, pois já passaram pela primeira etapa, nas nove edições, cerca de 360 vidamaristas e 60 na segunda etapa e segundo, as avaliações internas, 99% dos vidamaristas classificam o Vidamar como sendo um projeto entre Bom e ótimo.O prêmio foi um reconhecimento de que instituição é coerente quando afirma ter em seu capital humano a principal matéria-prima, entendendo ser necessário oportunizar a reflexão, o estudo e a oração, como elementos formativos, qualificando a vida e a ação marista. estes processos colaboram para que o leigo marista possa construir o seu projeto pessoal de vida, a luz do carisma marista.

Reconhecimento público

Í n d i c E

6 | geNeSe – Conheça como surgiu o Vidamar e seus principais objetivos

10 | ideNtidade – Sérgio Schons fala sobre o documento “em torno da mesma mesa”

12 | aRtigO – Veja a importância da comunhão na formação marista

14 | eiXOS – Conheça como se dividem os eixos estruturantes do Vidamar

18 | palaVRa de iRmãO – as impressões de alguns irmãos maristas sobre o Vidamar

19 | liNha dO tempO – Confira todos os encontros já realizados e alguns depoimentos especiais

29 | eNCONtROS aNuaiS – Reviva os três encontros que reacenderam a chama dos vivemaristas

30 | ViVÊNCia – um texto sobre a importância de maria no projeto de deus

31 | ViVÊNCia – uma pequena reflexão sobre o valor do discernimento

34 | meNSagem FiNal – a vocação e missão do irmão marista

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G ê n E s E

O espírito determinado dos primeiros irmãos (leia matéria ao lado), as intui-ções pedagógicas invejáveis de Cham-pagnat e a vontade instigante, inquieta e solidária que foi sendo transmitida ao longo dos anos no mundo marista contribuíram em muito para que hoje as províncias se preocupassem com a formação permanente e continuada, tanto dos irmãos como dos leigos. Os últimos Capítulos gerais do institu-to se sensibilizaram com essa realidade e foram além. perceberam que o Caris-ma e a Vocação marista não poderiam ficar somente na posse dos irmãos, especialmente após o fundador ter se tornado santo. São marcelino Cham-pagnat não apenas dos irmãos, mas do mundo. No Vigésimo Capítulo geral, 2001, já encontrávamos elementos que apontavam para uma formação marista conjunta, entre irmãos e leigos maristas. Os que lá estiveram diziam: “Olhamos Marcelino como o filho olha para seu Pai e aprendemos dele os valores essenciais. Nele vemos: Um Homem de fé(...) Um homem apai-xonado por Deus; um pai que cuida dos Irmãos como seus filhos; alguém que sabe cultivar a alegria e o bom humor; um Pastor que escuta e acolhe as pessoas; um amigo das crianças e dos jovens. Uma pessoa criativa e

Experiência inEsquEcíVEl

VidamaR quER abRiR Espaços paRa a REFlExão E a ViVência do caRisma maRista, à sERViço da Vocação

audaz; um homem que vê além de sua época; alguém que vive seu ideal com tal intensidade que muitos querem ser como ele e viver com ele. Um Coração sem Fronteiras.No governo do ir. Seán Sammon foram criadas seis comissões e uma delas vi-ria a responder pelos leigos no mundo marista. O objetivo desta comissão era “promover, no instituto, o processo de ‘ampliação da tenda’, aprofundando nossa identidade de irmãos e de leigos e partilhando vida: espiritualidade, missão e formação”.todo este movimento internacional em prol de uma formação conjunta, rea-firmada no XXi Capítulo geral, 2009, deu a todas as províncias do mundo marista um grande impulso em busca da construção de projetos que respon-dessem a essa necessidade.espaço de reflexãoNa província marista do Rio grande do Sul, mais precisamente no ano de sua fundação (2002), com a criação da assessoria de pastoral (aSdepaS), iniciou-se a reflexão, com base nos projetos JemaR e Formação perma-nente i e ii, com a finalidade de criação de um novo projeto de Formação marista que fosse mais abrangente, que pudesse oferecer às pessoas uma alternativa de vida calcada no carisma marista. um projeto que levasse em conta toda a história do instituto, da vida do fundador e de seus primeiros irmãos. que tivesse em mente os ensinamentos deixados por tantos outros que chegaram, no início do sé-culo passado, aqui no Brasil, vindos da França, enviados pelo irmão Superior

geral (1883-1907), ir. théophane , e seu conselho. assim, cria-se o projeto Vidamar, cuja estrutura conta com três eixos es-truturantes: antropológico, Cristão e marista. O projeto prevê três etapas, onde o vidamarista (irmão ou leigo) é indicado e convidado para participar da primeira e etapa e, a partir daí, decide se quer continuar.portanto, o Vidamar quer abrir espa-ços para a reflexão e a vivência do ca-risma marista, à serviço da vocação. O projeto é destinado a todas as pessoas que estão em nossos colégios, centros sociais, comunidades e em outros locais, que querem dar um passo a mais na Vivência do carisma. Não é um projeto de Formação profissional ou uma capacitação, pois não depende do cargo ou da função que é exercido por quem se interessa em participar. por isso, pessoas que não trabalham em unidades maristas podem desfrutar desta experiência, bastando demons-trar um mínimo de identificação com os valores maristas e ser indicado. Não resta dúvida, que o projeto Vida-mar, na província marista do RS, após nove edições da 1ª etapa e duas da 2ª etapa, vem respondendo com muita qualidade ao que consta no XXi Capí-tulo: “uma nova relação entre irmãos e leigos, baseada na comunhão, bus-cando juntos uma maior vitalidade do carisma marista para o nosso mundo”.(...) Reconhecemos e apoiamos a voca-ção do Leigo Marista. Acreditamos que seja um convite do Espírito a viver uma nova comunhão entre irmãos e leigos maristas”.

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G ê n E s E

Conheça a mEtodologia do VidamaR

a formação proposta pelo Vidamar é voltada para os aspectos vocacionais, o que transcende a necessidade de se oportunizar um simples encontro ou jornada. O projeto traz consigo esta concepção de oferecer aos que assim desejarem estudo, aprofundamento, oração e vivência do carisma marista, como instrumento para o seu discer-nimento vocacional. as três etapas acontecem de forma a criar espaços de tempo, entre uma e outra, fortalecen-do a vida cristã, possibilitando respos-tas criativas às necessidades atuais.O Vidamar é uma oportunidade única onde os participantes são convidados a vivenciar, de forma intensa, momentos significativos de contato consigo, com os outros, com o mundo e com deus.experiências de silêncio, de escuta, de partilha, de estudo, de reflexão, de oração, de lazer, de confraternização, provocam uma transformação no

modo de ser e agir frente às realida-des.tempo dedicado ao distanciamento do dia-a-dia para poder “olhar” para si e assim valorizar o cuidado com o corpo, a mente e o espírito.durante os cinco dias e meio, os conte-údos são abordados de forma vivencial tendo como referência a proposta de viver a espiritualidade marista, segun-do inspiração de marcelino Cham-pagnat, num compromisso pessoal e comunitário.é destinado a todos(as) àqueles(as) que desejam aprofundar a sua vocação à vida por meio do Carisma marista. as indicações seguem critérios definidos pela comissão central e comunicados aos responsáveis pelas unidades. além disso, os antigos Jemaristas e os que fi-zeram Formação permanente i e ii, são considerados vidamaristas e podem participar da etapa ii e iii.

obJEtiVos do VidamaR

• Oportunizar a vivência do Carisma marista de educação e Vida, contida nos documen-tos oficiais do instituto marista;

• possibilitar aos participantes, uma revisão no seu modo de ser e de agir, tomando como referência a espiritualidade apostólica marista(eam);

• proporcionar espaços de tempo, para que as pessoas possam vivenciar os valores que constituem a proposta da eam;

• Oportunizar conhecimento, experiência e celebração, por meio dos eixos temáticos em três etapas;

• Oferecer processos de aprofundamento, animação e acompanhamento;• Criar condições para que ocorra a partilha de testemunhos de vida, preparando os

participantes para que reflitam profeticamente sobre as realidades e os seus compro-metimentos futuros, a fim de que se tornem divulgadores do Carisma marista.

Equipe do VIDAMAR: edison C J de Oliveira – Coordenador, aline Cunha, Sérgio Schons, ir. alfredo Crestani

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9históRia dE vida E dE dedicação à Educação

para falar sobre a gênese do projeto VidamaR, é necessário buscar na história do instituto marista, seja aqui na província do Rio grande do Sul ou nos primeiros tempos de fundação, na França, até os nossos dias, fatos que demonstrem a permanente preocupação dos irmãos maristas em oferecer uma boa formação a todas as pessoas, com as quais o instituto teve, ao longo desta caminhada, algum tipo de relacionamento, como foi o caso dos próprios irmãos, funcionários, professores, alunos, comunidade e tantos benfeitores e afilhados que ajudaram a construir esta obra.Os primeiros irmãos, como o ir. Francisco, primeiro Superior geral do instituto, assim como o ir. luís, que desde jovem demonstrou grande vocação para a vida religiosa e para a educação das crianças, tornaram-se exemplos de abnegados irmãos, que buscavam permanente renovação pessoal, não se furtando de reservar espaço para a formação. O mesmo aconteceu com o ir. João Batista Furet, biógrafo de Champagnat. este irmão levou cerca de dez anos de sua vida escrevendo sobre a Vida e Obra de marcelino. Foi incansável em suas pesquisas, procurando não sonegar nenhum detalhe que, no seu enten-der, pudesse esclarecer a grande vocação do Fundador em olhar o mundo, especialmente crianças e jovens, com os olhos amorosos de deus.Os irmãos missionários que chegaram ao Rio grande do Sul, ir. Weibert, ir. Jean dominici e ir. marie Berthaire, o fizeram com espírito decidido e com o firme propósito de proporcionar

uma boa educação e uma formação que marcasse a vida das pessoas. Bom princípio, há mais de 100 anos atrás, foi o berço que acolheu estes irmãos. ali começou, em grande par-te devido ao ímpeto empreendedor do ir. Weibert, a expansão marista no Rio grande do Sul. O ir. Weibert não perdia oportunidade para reafirmar a sua máxima: “Fazer pouco, bem e sempre”, ou seja, era seu pensamen-to que as necessidades da época, que não eram poucas, precisavam de gente capaz de transformar, de serem solidárias, mas pouco ou quase nada adiantaria se a missão marista se tornasse um amontoado de ativida-des sem qualidade e objetividade. isso sem entrar em detalhes que comprovariam a sua capacidade de trabalho, que os escritos vieram a comprovar, além do testemunho dos que com ele conviveram. Sem dúvida eram homens de muita vitalidade e coragem. maristas apaixonados pela missão, que traziam em si os sonhos de marcelino: “todas as dioceses do mundo estão em nossos planos”.quem não conheceu este ou aque-le, que inspirado num “bom irmão marista”, teve o seu projeto de Vida planejado a partir dos ensinamentos e dos valores maristas? hoje, quando se percorre os corredores de uma an-tiga escola marista, percebe-se que ali está impregnada uma história de vida e de dedicação à educação, meio, pelo qual, Champagnat escolheu para evangelizar crianças, jovens e adultos. Centenas de pessoas forjaram as suas vidas com base no Carisma marista. O movimento Champagnat da Família marista(mChFm) tornou-se uma rea-lidade e está aí para comprovar isso.

quem NãO CONheCeu eSte Ou aquele,

que iNSpiRadO Num “BOm iRmãO

maRiSta”, teVe O Seu pROJetO de Vida plaNeJadO a paRtiR dOS eNSiNameNtOS

e dOS ValOReS maRiStaS?

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i d E n t i d a d E

um romance. esta foi a forma literária que o ir. Superior geral elegeu para apresentar o documento “em torno da mesma mesa”. em uma despretensiosa narrativa da obra de Chaim polok, o ir. Séan Samon presenteou-nos com sua particular inspiração feito prenúncio do que pode revelar uma leitura since-ra e orante do documento dos leigos: a descoberta de que a construção da identidade é um caminho que cada um de nós necessita percorrer.percorrer muitos caminhos também foi a experiência pela qual passamos na Comissão internacional de Redação. para bem cumprirmos o que nos pedi-ra o Conselho geral, foi necessário que adentrássemos em diversos itinerários de vida leiga marista de todos os con-tinentes. esses itinerários tornaram-se verdadeiramente nosso “pentecostes” e descobrimos a vida marista pulsante nos mais diversos ritmos e intensida-des.

nos passos dE maRcElinopartindo da vocação batismal, consta-tamos o sentimento comum que está presente nos leigos vocacionados: o de sermos chamados a seguir Jesus Cristo do jeito de marcelino, ou melhor, do jeito que o Fundador ensinou aos irmãos. esses foram, por muitos anos, os depositários exclusivos do Carisma marista, todavia, ao encarná-lo em suas próprias vidas, transmitiram esse dom aos leigos.O capítulo 1 trata ainda de explicitar diversas formas como os leigos en-tendem, compreendem e assumem o Carisma em suas vidas, cujas relações que vão desde a amizade ou simpatia

pelos irmãos e a obra marista, até os que efetivamente sentem-se particu-larmente chamados por deus a viver essa vocação para toda a sua vida como um presente divino.Nos capítulos 2, 3 e 4 encontramos três aspectos capitais decorrentes do cultivo vocacional, isto é, de acordo com os 92 testemunhos que contri-buíram na elaboração do documento, é impossível existir uma autêntica vocação leiga marista sem que ela se desdobre na missão, na vida comparti-lhada e na espiritualidade.partindo da missão batismal de anun-ciar a Boa-Nova, o documento con-templa uma série de possibilidades as quais o leigo marista pode se associar para a construção de um mundo me-lhor sem deixar, contudo, de abordar a especificidade da missão marista. Num estilo redacional simples e includente o leitor vai compreendendo que o im-portante é o caráter cristão e marista que cada um atribui àquilo que faz, de modo a compreender, pouco a pouco, que “cada ação individual, comunitária ou institucional é um fio com que tece-mos a grande rede da missão marista” (emm nº 44).

Juntos somos maisa vida compartilhada é outra caracte-rística decorrente da própria vocação marista. Não existe marista só ou de maneira isolada. a partir da necessida-de natural que temos de “ser juntos”, o capítulo 3 aborda a experiência quiçá mais profética de nosso instituto: a ex-periência de comunhão! Contemplan-do nosso deus plural (uno e trino), o documento “passeia” por temas

Em torno da mEsma mEsaSérgio Schons

documEnto dEstaca quE a constRução da idEntidadE é um caminho quE cada um dE nós nEcEssita pERcoRRER

como famílias, comunidades e grupos maristas e aponta a comunhão como verdadeira geradora de vida plena.para finalizar a abordagem desse trí-plice “múnus marista”, o capítulo 4 res-gata as ideias fundamentais contem-pladas no documento Água da Rocha e sublima algumas características da espiritualidade do leigo marista que necessita ser construída de maneira integral e encarnada, harmonizada e complementária aos aspectos presen-tes em nosso dia a dia.tendo contemplado a narrativa da descoberta da vocação e suas decor-rências na missão, na vida comparti-lhada e na espiritualidade, o capítulo 5 trata de maneiras de relacionamento com o Carisma marista com ênfase em questionamentos sobre pertença e vín-culo ao instituto bem como o reconhe-cimento da vocação laical.tal como o romance prenunciado pelo ir. Séan, o documento “em torno da mesma mesa” apresenta-nos, em seu epílogo, os caminhos de crescimento na vocação e nos convida a uma refle-xão sobre processos continuados de discernimento e formação, necessários para se atingir profundidade na vida marista.por fim, ao resgatar os temas abor-dados em todo o documento, uma carta aberta da Comissão de Redação externaliza o seu amor e o seu entu-siasmo pelo tema da vocação do leigo marista, exortando o leitor a estabele-cer um ritmo pessoal que contemple o discernimento e a formação, e o faça de maneira compartilhada “em torno da mesma mesa”, leigos e irmãos para revitalizar o Carisma marista.

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11integrando corpo e espírito agradecendo à deus pelo alimento Vidamaristas à caminho

A reflexão faz parte do modo de ser marista

Em torno da mesa

O Esporte é Vida

Oração comunitária

Equilíbrio, uma virtude à serviço da vida

Peregrinos rumo ao Santuário

Carteado e Lazer

damos Graças à deus

O abraço que anima e conforta

Caminhando juntos

Rodando e dançando

7 laranjas e um irmão missionário

a roda da Vida

Reflexão Marial

Vidamaristas no Santuário

as Bodas de Caanã

VidamaR4 anos

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a r t i G o

O XXi Capítulo geral nos deixou mara-vilhosas convicções e grandes desafios, como o reconhecimento da existência de uma vocação marista leiga e a pers-pectiva de um futuro marista como comunhão: “Contemplamos nosso futuro marista como uma comunhão de pessoas no carisma de Champagnat em que nossas vocações específicas se enriquecerão mutuamente”. esse princípio nos está dizendo que o caminho para aprofundar nossa iden-tidade marista específica de irmão e de leigo, ou, o que é o mesmo, nossa vocação de irmão marista e de leigo/a marista passa pela partilha de vida! entendendo-a como vida integral: espiritualidade, missão, formação... as reticências nos permitem acrescentar todas as dimensões que nos levem a uma vida plena em deus. trata-se de compartilhar o que nos faz viver, e isso significa essencialmente experiências que supuseram em nós conversão, luz nova, um momento-chave em nosso processo vital.por que a formação conjunta ou com-partilhada se tornou tão presente nos documentos capitulares, nos encon-tros de fraternidades e em muitos âmbitos maristas? Seguramente tem que ver com um salto “qualitativamen-te novo”, inscrito numa eclesiologia de comunhão, tal e como nos diz Christifi-deles laici, n. 55:“Na igreja-Comunhão os estados de vida encontram-se de tal maneira interligados que são ordenados uns para os outros. Comum – direi mesmo único – é, sem dúvida, o seu significa-do profundo: o de constituir a moda-lidade segundo a qual se deve viver a igual dignidade cristã e a universal vocação à santidade na perfeição do

amor. São modalidades, ao mesmo tempo, diferentes e complementares, de modo que cada uma delas tem uma sua fisionomia original e inconfundível e, simultaneamente, cada uma delas se relaciona com as outras e se põe ao seu serviço”. em definitiva, o que estamos chaman-do “formação conjunta ou comparti-lhada”, nada mais é que a formação necessária para que possa dar-se, em todos os níveis, este compartilhar vida no espírito. deve dar-se em nível de irmãos, em nível de leigos maristas e, logicamente, também em nível de irmãos e leigos. poderíamos também estendê-lo a outras formas de vida ma-rista na medida em que irão surgindo: irmãs, Sacerdotes, etc.

opção dE Vidamas a aposta por uma formação conjunta ou compartilhada não tem sentido se não se aposta, ao mesmo tempo, em desenvolver decididamente um projeto de animação e formação da vocação leiga marista: processos em que leigos e leigas possamos cres-cer não só em nossa opção vocacional marista, cuidando dela e enriquecen-do-a, mas também assumindo com-promissos que vão muito além de um espaço temporal ou de um contrato de trabalho, porque se trata de uma opção de vida, porque sentimos que deus nos convida a ser responsáveis por perpetuar o carisma de Champag-nat em nosso mundo e entre nossa gente.essa formação específica leiga é que permitirá poder compartilhar entre iguais nossas opções vocacionais e nossa comum vocação. a formação específica, enriquecida também com

A comunhão como hoRiZontE da formação

as contribuições dos outros estados de vida, nos ajuda a colocar em palavras o que vivemos, e a viver experiências que nos dão as convicções que nos sustentam. Os processos de formação conjunta permitirão que leigos/as e irmãos enfrentem juntos a nova época para o carisma marista. dentro das intuições que o ir. Charles manifestou, dirá que, neste caminho compartilhado, “os lei-gos revelarão novas facetas do carisma marista, conforme o vivam mais ple-namente”. ademais, “o compartilhar espiritualmente com os leigos há de revelar novas profundidades de nossa vocação de irmãos”. a formação com-partilhada pode ajudar a promover o novo modo de ser irmão e a fortalecer a paixão pela vocação marista leiga.No Secretariado de leigos sentimos que no centro de toda a nossa ação (ajudar a revitalizar o carisma, contri-buir a explorar novas formas de vida marista, enriquecer a complementari-dade vocacional, acompanhar a nova relação entre irmãos e leigos e ser sinais de uma igreja profética e maria-na...) estão os processos de formação que querem enquadrar todas as ações numa busca sincera de deus, num itinerário de conversão pessoal e de renovação institucional.

Secretariado dos Leigos: Javier espinosa (diretor), ana Sarrate (codiretora), tony Clark (codiretor) e antonio Ramalho (Con-selheiro de ligação)

SeNtimOS que deuS NOS CONVida a SeR ReSpONSÁVeiS pOR peRpetuaR O CaRiSma de ChampagNat em NOSSO muNdO e eNtRe NOSSa geNte

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13Rumo ao Santuário Cantando e animando Coração marista momento de animação

Estudando a Identidade Marista

Conhecendo o “outro”

O Esporte é Vida

a união dos vidamaristas

Estudando sobre a Vida de marcelino

Peregrinos rumo ao Santuário

Uma laranja separando vocações

Muuuiitoo frioo!!

Vidamaristas no Volei

Caminhando juntos

apresentação de um grupo

Orientação para mais uma atividade

Vidamaristas fazendo sucesso

Reflexão Marial

Fé e esperança

VidamaR4 anos

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tRilhando o mesmo caminho

quando estávamos desenhando o pro-jeto Vidamar, até então sem mesmo o nome definido, uma coisa era certa: precisávamos de uma estrutura que desse suporte e que orientasse tudo o que seria proporcionado às pessoas que viessem a ser contempladas por este processo formativo. a formação, naquele momento, era o nosso foco. queríamos algo que contribuísse para o enriquecimento de várias dimensões destas pessoas, fossem irmãos ou leigos. essa questão das dimensões, tínhamos como outra certeza, pois já nos era presente a convicção de que a oferta deveria atender diversos aspectos da pessoa humana, visto que ela não é só corpo, é muito mais do que isso. um dos aspectos levados em conside-ração nesta construção foi o relacional. entendendo que a pessoa vai se huma-nizando a partir dos relacionamentos e que o faz em direções diferentes: Con-sigo, com os outros, com a realidade e com o transcendente.

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conhEça os Eixos EstRutuRantEs do VidamaR

edison C J de Oliveira – Coordenador

Não foi difícil compreender e vislum-brar uma estrutura que levasse o pro-cesso formativo contemplando esta di-versificação. Foi então que sugiram os eixos estruturantes. a idéia foi oferecer um plano de formação em três etapas, de cinco dias e meio, sendo que em todas elas teríamos os mesmos eixos - aNtROpOlógiCO, CRiStãO e maRiSta - garantindo a sistematização de todo o processo, mesmo que tivéssemos um razoável espaço de tempo entre uma etapa e outra. a manutenção dos eixos nas diferentes etapas, a nosso ver, se encarregaria de garantir a linha meto-dológica e a continuidade do processo.

pRioRidadE à ViVênciadepois de muita reflexão e estudo dos diferentes projetos de formação marista, que já existiam em outras pro-víncias do mundo, incluindo o JemaR e Formação permanente i e ii, percebeu-se que precisávamos dar prioridade à vivência, muito mais do que simples-mente “dar conteúdo”. isso poderia ser mais significativo num curso, o que não era o caso do Vidamar, pois sua concepção não era essa. a concepção do Vidamar é, portanto, a de uma proposta formativa calcada na vivência e nas relações que daí são

originadas e, para tanto, é de funda-mental importância fomentar a busca pelos elementos que dão sustentabili-dade a este conhecimento. estes três eixos, após nove edições da primeira etapa e duas da segunda, demons-traram a escolha por esta estrutura estava acertada.dizia um vidamarista: “a gente pensa que conhece alguma coisa da vida de Champagnat, mas foi ouvindo as suas cartas e vivenciando as encenações que percebi e internalizei as virtudes desta admirável pessoa, como por exemplo a simplicidade e a humilda-de.”Outros comentavam que os momentos vivenciados no eixo antropológico os ajudavam perceber que não somos quase nada sem a existência de pesso-as amigas e as relações que estabele-cemos com elas.um terceiro falava que fora refletindo e discutindo sobre algumas passagens de Jesus. que compreendera o que pode significar a vivência de uma espi-ritualidade cristã, muitas vezes expe-rimentada na capela, nas caminhadas, nos encontros de grupo e tantas outras situações significativas que experimen-taram no Vidamar.

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“a VOCaçãO leiga maRiSta, COmO tOda VOCaçãO, NaSCe e Se deSeNVOlVe iNteRpRetaNdO a pRópRia Vida à luz dO eSpíRitO. eSSe diSCeRNimeNtO tem diFeReNteS etapaS e, pOR iSSO, é pReCiSO aCOmpaNhaR Cada peSSOa, ReSpeitaNdO O Seu RitmO. (Nº 14 dO dOC. ‘em tORNO da meSma meSa”)

Eixo antRopológicoCada etapa do Vidamar tem um foco definido e o eixo antropológico, por ser o primeiro a ser vivenciado, procura dar um rumo e provocar os participantes a “mergulharem” na proposta. é um encontro consigo mesmo, sem, no entanto, se desvincular do “outro”, que continua sendo importante nesta dinâmica. Na primeira etapa, o foco é a sensibilização... Olhar, sentir, tocar, escutar, ca-minhar, refletir, rezar... a partir da relação consigo mesmo e com os outros. O resgate da sua história pessoal e o contato com o outro possibilitam o autoco-nhecimento e a forma de ver as pessoas e as situações que rodeiam.Na segunda etapa, o foco é o discernimento. discernir sobre suas escolhas e ca-minhos a seguir, sobre seu chamado à vida e à vocação de leigo marista. a vida em comunidade com todos os seus desafios e alegrias é vivenciada no decorrer da semana de forma significativa e especial, em uma construção conjunta a partir de histórias de vida.Na terceira etapa, ainda não realizada, mas sim sonhada, o foco será a opção. Fazer a opção para viver e assumir o Carisma marista em sua vida e missão, se comprometendo com o serviço aos mais necessitados, assim como era o desejo e o fazer de marcelino Champagnat.

No XXi Capítulo geral encontramos diversos elementos que justificam e ratifi-cam a inserção de um eixo antropológico no projeto Vidamar. argumentos que reafirmam a importância de uma pessoa estar em equilíbrio e bem consigo, com os outros, com as realidades e com deus. Na carta deste Capítulo geral fica evi-dente que os esforços visaram ao bem de todos: “Com esta carta, dirigimo-nos a ti irmão, leigo, leiga, jovem marista para te comunicar e te fazer participante da boa nova que aqui vivemos, com o desejo de te contagiar de paixão e de espe-rança. Com maria dizemos: magnificat!”.

aline Cunha

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Eixo cRistãodEsaFio Em sER cRistão!No livro bíblico dos atos dos apóstolos, aparece desvendando a origem da expressão: “e foi em antioquia que pela primeira vez o nome de ‘cristãos’ foi dado aos discípulos de Jesus” (at 11,26). isso indica que Cristão tem relação com Cristo. Cristo é o mesmo Jesus palestinense, “experienciado” depois de sua morte como vivo, ressuscitado, Senhor de toda a história.Na história, o ser cristão passou por várias mudanças. Nos primeiros séculos sig-nificou seguir Jesus, fazer parte do movimento de Jesus que se foi distinguindo e se separando do Judaísmo e se expandindo no mundo helenista. Na cristandade, ser cristão era ter dupla cidadania: religiosa e política. Bastava nascer, viver e morrer dentro dela que se era cristão durante toda a vida. todos eram cristãos pela força da cultura. Na modernidade houve uma grande mudança. Ser cristão pressupunha escolha, liberdade. Na pós-modernidade, a pluralidade religiosa cresceu ainda mais e a importância da decisão se faz absolutamente necessária para ser cristão.O ser cristão é caracterizado por confrontos. Num primeiro momento, não se pode ser cristão sem mergulhar o máximo que podemos no Jesus de Nazaré, tentando recuperá-lo pelas interpretações das comunidades em que os evan-gelhos foram escritos. Num segundo momento, a interpretação passa pelo mistério da sua glorificação. a ressurreição é luz absolutamente necessária para entender a humilhação, a cruz, as opções básicas da vida de Jesus. todo o seu mistério termina no reconhecimento por deus pai, que lhe devolve a vida. e um terceiro ponto imprescindível: este Jesus está junto de deus pai atuando entre nós pela força do espírito Santo e pela presença de determinadas realidades visíveis.Ser cristão na sua originalidade e profundidade requer uma adesão, requer um sim convicto e com consciência. Não se pode dar esse sim convicto e com cons-ciência sem aprofundamento, reflexão, sem perguntar-se: por que sou cristão? Como sou cristão? Como ser um cristão a exemplo de Jesus Cristo? acredito que essas perguntas são fundamentais para me tornar um discípulo-missionário verdadeiramente.O Vidamar, proporcionando um eixo cristão, quer levar e ajudar os participantes a perguntar sobre a vivência cristã, a pensar sobre qual Jesus segue, a desafiar a responder quem é Jesus, a perguntar pelo seguimento, pelo envolvimento co-munitário, pela visão de mundo, de pessoa, etc. Na primeira etapa do Vidamar o foco está na pessoa de Jesus Cristo: quem foi e é Jesus de Nazaré (roda viva da vida de Jesus). quem era o povo de Jesus. Na segunda etapa o foco está nas primeiras comunidades cristãs, na ação dos apóstolos, na atuação do espírito Santo. No Vidamar iii continuará o aprofundamento do ser discípulo-missionário no contexto atual. termino afirmando que ser cristão em nossos dias é levantar a cabeça e ajudar a cuidar da complexa cadeia da vida, a construir um mundo sustentável, a inventar outras formas de participação comunitária e, principalmente, seguir Jesus de Nazaré e seu projeto, onde o decisivo é o amor e a acolhida a todos e todas.

José Jair Ribeiroassessor de pastoral da aSdepaS

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Eixo maRistaNeste eixo, são oferecidos tempos para a vivência do Carisma marista, nas suas três dimen-sões: espírito (jeito marista de ser), espiritualidade (mariana) e missão (tornar Jesus Cristo conhecido e amado). dentro destas vivências vamos nos apropriando da identidade marista e conhecendo de forma muito afetiva o que denominamos de patrimônio espiritual maris-ta. Nada melhor que deixar o ir. genuíno Benini falar sobre este aspecto tão fundamental na formação do vidamarista. “patrimônio” é palavra de origem latina (patrimonium), que significa: “herança (bens) paterna”. aborda, então, a ‘herança espiritual’ legada por nosso pai, fundador dos irmãos maristas, São marcelino Champagnat. e o tema proposto pela comissão do projeto Vidamar está na pergunta: FatOS da Vida de maRCeliNO ChampagNat que eVideNCiam a eSpi-Ritualidade maRiSta. um tema que valeria à pena dedicar muitíssimas horas de leituras, de debates, de exposições e partilhas. mas, durante um dia apenas, os vidamaristas já conseguem perceber a essência da espiritualidade de Champagnat, portanto, da espirituali-dade marista.Os fatos são extraídos de depoimentos de irmãos e de pessoas que foram seus contempo-râneos, fatos da biografia do irmão João Baptista Furet e fatos extraídos das Cartas escritas pelo Fundador.O apóstolo São paulo, na Bíblia, frequentemente convida os fiéis a “viver segundo o espí-rito”, a viver “na santificação perfeita: o ser inteiro, o espírito, a alma, o corpo”. Com essas exortações, paulo queria sintetizar o estilo de vida do cristão, entendido como vida domina-da pelo espírito do Ressuscitado, como vida dos membros da igreja, como abertura exis-tencial a toda a humanidade, como esperança de plenitude futura para os homens e para o universo.e Jesus Cristo proclama no evangelho que é “pelos frutos que se reconhece a árvore” «acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. pelos seus frutos, os conhecereis. porventura podem colher-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? toda a árvore boa dá bons frutos e toda a árvore má dá maus frutos. a árvore boa não pode dar maus frutos nem a árvore má, dar bons frutos. toda a árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo. pelos frutos, pois, os conhecereis» (mt 7,15-20). Ou seja: é pelas obras, é pelas atitudes, é pelo traba-lho, é pelas ações que se conhece as pessoas, as suas vivências, as suas convicções, as suas crenças. e São tiago, numa de suas cartas, ainda atesta isso quando diz: “é pelas obras que o homem é justificado, e não somente pela fé” (Cf. 2, 17-26).é sob este prisma que enfocamos a espiritualidade de Champagnat. e, Jesus mesmo dizia aos seus discípulos “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte. Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo do alqueire (pequeno móvel), mas no candelabro e assim ela brilha para todos os que estão na casa. Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifi-quem vosso pai que está nos céus”. (mt 5, 14-16).quando a igreja declara a santidade de uma pessoa, assim como Champagnat foi declarado santo em 18 de abril de 1999, este dado “da fé e das obras” é o primeiro passo. e depois, quando já está definitivamente junto de deus, ainda continua fazendo boas obras e obras até extraordinárias em favor de pessoas necessitadas; dizemos que fez milagres.e, por fim, confrontamos a nossa vida com a vida, com a fé, com a espiritualidade e com a missão de São marcelino: como estou vivendo a minha vida? qual o sentido? por que reali-zo tais obras? por que aposto e queimo a minha vida nessa missão marista?quando nos identificamos com Champagnat, com a sua obra marista, com o seu carisma, certamente a nossa espiritualidade será um reflexo da semente marista que caiu em nós e encontrou um “terreno” muito fértil, produzindo boas obras, “bons frutos”.

ir. Genuíno Benini

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continuaR é pREciso“percebo muito entusiasmo lá no Recanto medianeira, as pessoas muito centradas, grupos excelentes, coordena-dores satisfeitos. isso é ótimo e a mim, como colaborador, me entusiasma também, me dá brilho nos olhos quando vejo que as pessoas ficam fascinadas por Champagnat.Sempre considerei vital a for-mação, a formação continuada para poder criar laços afetivos, vínculos de pertença e alicerces de identificação à obra marista. Se lá onde o vidamarista vive, exerce a sua missão, onde tem que produzir bons frutos (em obras, em atitudes, em tes-temunho, em vida espiritual, em fé, etc.) não tiver a chance de alimentar, não tiver um suporte de sustentação, não tiver estímulos, ou seja, não tiver continuidade... a pessoa vai se desmotivando, a chama acesa vai se apagando, a cinza da indiferença vai tomando conta. assim, o VidamaR ficará somente na boa lembrança.Sugiro então que se possa construir um plano de formação do apóS O VidamaR, além do encontro anual, para ser execu-tado lá onde o vidamarista está inserido. há necessidade de um assessor local, devidamente preparado para dar continuida-de ao processo e para solidificar o VidamaR i e ii. Creio que somente assim a caminhada da província se torna mais forte, mais consistente e mais real”

ir. Genuíno Benini

tRanspiRando EspiRitualidadEa formação dos leigos para mim sempre foi também uma preocu-pação. muitas vezes nas reuniões em nível nacional do mChFm, dialogando com os irmãos das demais províncias maristas do Brasil, nos deparávamos com o sonho de que a formação tão necessária para os leigos acontecesse com oportunidade para muitos deles participarem. Sabemos que o mChFm está fazendo um belo trabalho com as Fraternidades e a formação vivenciada por eles na prática da espiritualidade marista é sólida, mas são muito poucos ainda os leigos que participam do mChFm em relação ao grande número de pessoas que trabalham nas es-colas e Centros Sociais maristas. desejamos que os leigos maristas aprofundem, vivam e transpirem esta espiritualidade. daí a minha grande alegria de poder participar intensamente e contar a minha história vocacional para o grupo do VidamaR de janeiro de 2009 em Veranópolis - RS. Fiquei muito feliz entre os leigos e leigas que lá estiveram, quatro deles são do Colégio marista Conceição, aqui de passo Fundo, com eles me encontro frequentemente e por vezes partilhamos algo profundo de nossa vivência do VidamaR, dando assim continuidade a esta bela formação.

Ir. Paulo Lorenzoni6º Vidamar i – Jan/2009

O ir. paulo lorenzoni é um dos mentores do projeto Vidamar e faz parte da equipe consultiva do Vidamar.

paRa comungaR a Vida E o caRismaa experiência nos tem mostra-do que a primeira força moti-vante do homem é encontrar um sentido para a sua própria vida. essa é uma tarefa cons-tante, peregrinante e pessoal. muitos são os que encontram dificuldades e não encontram outra alternativa se não a de empregar uma luta pessoal para superá-las.O Vidamar possibilita um espaço em que irmãos e leigos compartilham suas vidas e, consequentemente, fazem uma releitura do próprio projeto de vida. Na esfera do serviço e mis-são percebemos que há valores comuns e que nos aproximam do carisma marista.a vida é um dom que se cultiva e se compartilha com os de-mais. No Vidamar, tomamos maior consciência de que não estamos sós e que podemos comungar a vida e o carisma pessoal e institucional. Neste ambiente de família temos um clima favorável para a animação vocacional de irmãos e leigos. é o jeito marista de ser que une os corações e, pelo engajamen-to de irmãos e leigos, encon-tramos a força para cumprir a missão de evangelizar, sendo “fermento” (lc 13,18-21) na família, no trabalho, na socie-dade... como testemunhos e instrumentos de transformação de vida, como queria Champag-nat.

ir. dionísio R. RodriguesCoordenador da aSdepaS

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192007VidamaR FOi uma

OpORtuNidade que tiVe de ReaFiRmaR miNha Fé e

miNhaS ViVÊNCiaS peSSOaiS e pROFiSSiONaiS. um mOmeNtO paRa ampliaR OS laçOS COm

a Família maRiSta. O JeitO maRiSta de SeR é e SempRe SeRÁ

meu pROJetO de Vida.FaBiaNe d. CRuz

a equipe que pRepaROu O VidamaR eStÁ de paRaBéNS. tiVe a gRaça de paRtiCipaR da pRimeiRa etapa deSte pROJetO e aChei

muitO iNteReSSaNte O eNtROSameNtO e a eSpiRitualidade que eNVOlVeu OS

CONVidadOS. SeRia muitO pROdutiVO que tOdOS que Fazem paRte da OBRa maRiSta paSSaSSem pOR eSta eXpeRiÊNCia e, aSSim,

pudeSSem meRgulhaR NO CaRiSma de SãO maRCeliNO ChampagNat.

iR.geNOVeVa

NOme

adriane passos de paula ana maria de C. BarbosaCarlos alberto marianiCláudia Raquel BüttenbenderCleber monteiro Colaresdaniele da Silva martinsdébora Raubacha almeida morgadoducilene de m. teixeira (leninha)eva Suzeti Vargas da Rosa dos ReisFabiane dias Cruzgenoveva guidolingraziele Oliveira martins ignes Cristina malinoskiJoão Batista Rochair. Firmino José Schneiderisaura pereiraizabel Cristina Ortiz adamJáderson Santos da RosaJair WolffJane BortoncelloJoão paulo p. de Oliveira

Jocélia da Silva antunes (Joce)José adelar Ferreiralenira ana C. Jungliliana pinheiro Rosa da Cunhaluana machado martins luciano marino da Silvaluizéte andréa hecklermaria aparecida S. Caetanomaristela toigo Bortoncellomarly Venhofenmichel WagnerOtávio afonso Forneckpaulo Sérgio machadoRegina S. petruzziRejane a. damiani pavinRonaldo adriano da Silva trindade Silvana maria V. trolliSimone Fabiane K. de lima Vera lúcia de Fraga VillanovaVítor hugo lucero Benites

OBRa maRiSta

Colégio marista assunção Colégio marista ivone VettorelloCentro Social marista Santa isabel Colégio marista pio Xiiascomkescola marista Santa marta Colégio marista São Francisco Colégio marista João paulo iiColégio marista Sant’anaColégio marista São FranciscoColégio marista Rosário escola marista Santa marta Colégio marista assunção aSdepaSResidência marista do Cerritoescola marista Santa martaColégio marista São luísColégio marista ipanemaColégio marista assunçãoinstituto marista graçasCentro marista irmão donato – projeto Show de Bola Centro Social marista ir. getúlioColégio marista assunção Colégio marista ipanemainstituto marista graçasCentro Social marista graçasCesmarCentro Social marista ChampagnatCentro Social marista Boa mãeColégio marista Rosário Colégio marista São pedro Centro Social Santa martaColégio marista pio XiiColégio marista Santa mariaColégio marista São pedro Centro Social marista ChampagnatColégio marista pio Xiiinstituto marista graçasColégio marista pio Xii Colégio marista Rosário Colégio marista Sant’ana

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FOi uma eXpeRiÊNCia úNiCa, pOiS paSSei a VeR a Vida de OutRa maNeiRa. FORam mOmeNtOS

de ViVÊNCia que leVaRei paRa SempRe, CONheCi OutRaS peSSOaS

e apReNdi que pOdemOS muitO Bem ViVeR COm a diFeReNça daS

OutRaS peSSOaS, pOiS NãO SOmOS peRFeitOS.

ClaRiCe FOgaça COSta

O VidamaR é um mOmeNtO eSpeCial e úNiCO Na Vida dO

eduCadOR maRiSta. é diFeReNte, é Vida, é ViVeR NOSSa miSSãO.

quem paSSa pelO VidamaR Sai tRaNSFORmadO, ReNOVadO,

ViBRaNdO pela Vida e pela miSSãO maRiSta. FOi um dOS

melhOReS pReSeNteS de Vida e iSSO RepeRCute em NOSSO SeR e em

NOSSO FazeR. maRCOS SCuSSel

NOme

andréa maria da Costa p. pacheco de andradeBerenice Bochernitsan SautBernadete Beatris d. dieterCarlos andré NunesClarice Jussara Fogaça Costadaniela daniel Fachindaniela melazo diasdenise acosta garridodilce terezinha Correa gonçalvesdomenica martielenir Ávila de Carvalho eliana andréa Wagnergilda guerisoli da Silva glauco Vinícius Braga Rodriguesir. João pedro z. Costaisequiel da S. Santos ivanise dos Santos Cunha erthalJanaina alves de VargasJurema Wolitz de almeidaKarin martins da Silveira Karina Balenti da SilvaKátia Celestina Bossa antoniollilisandra do amaralmarcelo everson limamárcia mendina Silvamárcia Oliveira de Oliveiramarcos andré Scusselmaribel do Carmo ghiggi dos SantosNeida Reis de andradeRafael gonçalves louzada Renã perez SantanaRosana F. hammarströnRosângela FlorczakRosinete de almeida de SouzaSandra de Oliveira Sandra Regina a. SallesSilvia p. marodinSolange FrançaValesca angelina Oliveira padilha Vandeir de OliveiraViviane maria de m. BofilViviane marie trudaViviane prux Brancozilmara Bonai

OBRa maRiSta

Colégio marista João paulo iiCentro Social marista mario quintanaColégio marista pio XiiCentro Social marista ir. emílioColégio marista Sant’anaCentro Social marista ChampagnatColégio marista João paulo iiColégio marista São Franciscoinstituto marista graçasColégio marista assunçãoColégio marista Santa martaColégio marista São luísColégio marista Sant’anaCentro Social marista ir. emílioCesmarCentro Social marista graçasColégio marista ipanemaColégio marista ipanemaFraternidade ir. Weibert .- Benfeitora Colégio marista Santa maria Colégio marista São Francisco Colégio marista pio XiiColégio marista assunçãoCentro Social marista ChampagnatColégio marista São pedroColégio marista São Francisco – projeto de inclusão digital maristainstituto marista graçasColégio marista pio Xiiescola e Centro Social marista Santa martaColégio marista ipanemaCentro Social marista Santa martainstituto marista graçasascomkCentro Social marista Santa isabelColégio marista pio XiiCoasColégio marista aparecidaColégio marista assunção Colégio marista ChampagnatCentro Social marista ChampagnatColégio marista Sant’anaCoeducCentro Social marista ir. getúlio Colégio marista Vettorello

2007l i n h a d o t E m p o

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2008eSSe pROJetO NOS Faz paRaR

e peNSaR em NOSSaS FamíliaS e amigOS. atRaVéS dele

eNteNdemOS O que é SeR maRiSta (leigO e iRmãO).

NO VidamaR apReeNdemOS a OuViR, eNCONtRamOS um

tempO paRa CultiVaRmOS tOda a eSSÊNCia da Vida. é Nele que

SaCiamOS NOSSa Sede COm a “Água da ROCha”, ela que é

FONte da Vida.eRNaNi aRaNalde NetO

paRa mim O VidamaR FOi muitO impORtaNte, pOiS eu ReCém VOltaVa de quaSe tRÊS

aNOS em aNgOla, uma eXpeRiÊNCia de Vida úNiCa e muitO diFeReNte de tudO O que JÁ haVia ViVidO e me dei CONta duRaNte

O eNCONtRO que muitO da CORagem, dO iNCeNtiVO, da pRepaRaçãO, da deCiSãO de

FazeR eSta eXpeRiÊNCia de deiXaR tudO e tOdOS paRa ReSpONdeR aO ChamadO de deuS

eu haVia adquiRidO ViVeNdO a FilOSOFia de Vida daS eSCOlaS maRiStaS. aOS pOuCOS a

SemeNtiNha FOi geRmiNaNdO e a RealizaçãO dO SONhO FOi pOSSíVel pOR me FazeRem

aCReditaR que eu eRa Capaz.Olga ChelKaNOFF

NOme

agnes ludwig ana lúcia Castilhos de Oliveira ana paula Ferreira Bottinanderson Roberto dos Santosandréa Cordeiro de mouraandréia guastavinodaniela goulart d’Áviladébora Virgínia Ramosdemetildes menezes pontes diorne maria grasselernani aranal de NetoFabiana Fofonka FragaFabíula ChinelatoFernando Soares dos Reisgrace paula p. menna Barretoiara andradeir. José BernardiJurema Kalua Viannaleandro alex heckler leomar Silvestroletícia Bastos Nunesletícia tatiana da C. Franarinlisiane da Rosa dutra lopesluciane pereira marco antonio duarte Cardosomarcos César malfatti maria elisa gay da Fonseca allgayerNádia izabel B. pimentelNei César morschNerli Benites dornelles Neusa Regina Furtado hoodOlga Chelkanoff thier. patrícia abrahão de CamillisRaul RodriguesRoberta FaccendaRoberto Carlos BellatoRosemari Xhabiaras grapigliaRosemari zanon CandatenSimone Fréo de SouzaSimone topázio Vera lúcia de mattos galafassi

OBRa maRiSta

CaJuinstituto marista graçasColégio marista ChampagnatColégio marista São luísCol. marista João paulo iiCol. marista Santa mariaColégio marista Sant’annaCesmarCol. marista Sant’annaColégio marista Santo ÂngeloColégio marista RosárioCentro Social marista graçasCentro Social marista ir. getúlio pucrsColégio marista Rosário CaJu e Cesmarprédio 22/ puCpucrsColégio marista Santa martaCentro Social marista Santa isabelinstituto marista graçasColégio marista ipanema Centro Social marista graçasColégio marista São Francisco CesmarColégio marista assunçãopucrsinstituto marista graçasColégio marista São luís Col. marista Sant’anaColégio marista São FranciscoimNe marista São José Kuito/angolaColégio marista assunçãoColégio marista assunçãoColégio marista Nossa Senhora AparecidaColégio marista ChampagnatCol. marista Santa mariaColégio marista Santo ÂngeloCentro Social marista Santa martaColégio marista profª ivone VettorelloColégio marista Champagnat

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RealmeNte NãO é pOSSíVel eNCONtRaR palaVRaS paRa eXpReSSaR eSSa eXpeRiÊNCia, que aCReditO que Só SeNte e ViVe quem paRtiCipa COm CORaçãO aBeRtO. OS mOmeNtOS de ReFleXãO, aS ViVÊNCiaS, O CONVíViO, a paRtilha, eNtRe OutROS, NOS Fazem peNSaR Na Vida e peRCeBeR qual NOSSa VOCaçãO. SOmOS pROVOCadOS a ReFletiR SOBRe iNúmeROS eiXOS temÁtiCOS de NOSSa Vida, O que Fez, pelO meNOS paRa mim, CONFiRmaR miNha VOCaçãO, meu JeitO de SeR, miNha eSpiRitualidade e miNha miSSãO. iNiCiei miNha FORmaçãO NO aSSuNçãO em 1989, e deSde eNtãO ViVO O SONhO de ChampagNat, pRimeiRameNte COmO ReCeptORa e agORa COmO eduCadORa, SeguidORa deSte SONhO. ChegO a me emOCiONaR, pOiS me ORgulhO muitO pOR FazeR paRte deSte iNStitutO pOR taNtOS aNOS. miNha FORmaçãO Se deVe a ele.VOltO dO VidamaR ReNOVada e aiNda maiS CeRta de miNhaS CONViCçõeS, e COmO ReFletimOS em VeRaNópOliS, Cheguei lÁ COmO uma lagaRta (que teNtaVa SaiR dO CaSulO) e VOltO COmO uma BORBOleta: tRaNSFORmada. agORa pReCiSamOS SaBeR lidaR e aJudaR aS lagaRtaS que FiCaRam! KaRiNa dOhmS

pRa mim O VidamaR FOi muitO iNuSitadO!NuNCa haVia paRtiCipadO de algO COm tempO tãO pROlONgadO...

FiCaR lONge da Família duRaNte uma SemaNa?!? impOSSíVel! COm taNta COiSa pRa FazeR Na eSCOla?

taNtO é que Saí ChORaNdO de CaChOeiRa, Cheguei ChORaNdO em pOa, ViaJei ChORaNdO paRa VeRaNOpOliS e me hOSpedei

ChORaNdO duRaNte algum tempO. até que COmeCei a SeNtiR O gOStO dO que RealmeNte eRa VidamaR!

é um SaBOR iNigualÁVel, iNCONFuNdíVel e iNeSqueCíVel dO pRópRiO CRiStO. uma maRCa maRiSta de SeR, COm OpORtuNidade

de NOVOS amigOS, COmpaNheiROS de JORNada e de miSSãO. NO FiNal, Só VOltei pORque tOdOS eStaVam iNdO paRa CaSa, CaSO

CONtRÁRiO, FiCaRia lÁ, tamBém.SaNdRa CalegaRi

NOme

alessandro Varela dos Santosaline Camargo Nunesana patrícia moura Cíntia andriottiClarice alebranddenise Sengereliza da Fontouraelizabete l. Bigolinelisabeth Valandroeni de almeida gallievanir garvino hassFabiana lórea p. SteinFabiana Scolari Rigo gleny motta Ramosir Bruno Kleinir. geandir luis WermannJaionara dos SantosJanete FrankenJorge poletto Karina dohmsledir de lurdes Soaresletícia B. Nunesletícia e. Vian lionara Fusarilisiane p. de Oliveiralívia dornelles madridloreci Fagundes da Silva (Ciro)lúcia anele Reisluciani dos Santos Fonsecaluiz paulo Fernandesmara Bittencourtmaria Filomena trindadeNatiele Stadulnipaulo deoclécio R. alvesRosane ladi K. BauerRosane passos da SilvaSandra helena d. CalegariSeverina Cavinato Vanusa Beatriz da SilvaViviane Chiarelli

OBRa maRiSta

Col. marista ipanemainst. marista graçasescola marista Santa martaCol. marista VettorelloCol. marista ConceiçãoColégio marista pio XiiCentro Social marista Santo Ângelo Col. marista RosárioCentro marista N. S. da Boa esperançaCentro marista Santa isabel Centro marista Santa isabel Col. marista São Francisco Col. marista Conceição Col. marista Rosário Centro de Formação maristaCentro educacional marista graçasCol. marista assunçãoCentro marista N. S. da Boa esperançaSemaN –Sede provincialCol.marista assunçãoCentro Social marista Santa martaCoeducCol. marista São Francisco Col. marista São pedroCol. marista ivone VettorelloColégio marista Santo ÂngeloCol. marista pio XiiCentro Social marista Rosário Centro Social marista ir. donato instituto marista graçasCol. marista Rosário Col. marista RosárioCentro educacional marista graçasinstituto marista graçasCol. marista Rosário Col. marista VettorelloCol. marista RoqueBenfeitora – Fraternidade assunção.Centro educacional marista graçasColégio marista Champagnat

2008l i n h a d o t E m p o

Edição Nº 4 - 3 1 d E m a r Ç o a 5 d E a b r i l

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232008paRtiCipaR dO VidamaR RedimeNSiONOu

miNha CamiNhada maRiSta! quaNdO Fui CONVidada peNSei “que BOm! um RetiRO

eSpiRitual!”. Na VeRdade é muitO maiS dO que iSSO. é um gRaNde CONVite paRa paSSeaRmOS Na NOSSa hiStóRia de Vida,

daRmOS um ligeiRO “pauSe” Na aluCiNaçãO deSeNFReada dO NOSSO COtidiaNO e

ReaValiaRmOS NOSSaS eSCOlhaS, ReVeRmOS NOSSOS SONhOS e pROJetaRmOS NOSSO FutuRO, iNCluSiVe deNtRO da OBRa de

SãO maRCeliNO ChampagNat! qual é O meu papel deNtRO deSSa OBRa? pOR que

Optei pOR tRaBalhaR deNtRO de uma OBRa maRiSta? O que é aFiNal SeR maRiSta?

hOJe quaNdO OS CONVidadOS a paRtiCipaR dO VidamaR VÊm me peRguNtaR SOBRe

O VidamaR ReSpONdO: é um pReSeNte maRaVilhOSO que ReCeBemOS, maS a

deCiSãO de aBRi-lO é de Cada um!aNdRéa VieiRa mORaeS

SOu VidamaRiSta quaNdO ViVO Na Fé e Na CONFiaNça em deuS.

NO dia-a-dia ViVO O amOR a JeSuS CRiStO tORNaNdO-O

CONheCidO, amadO e SeguidO. e que a deVOçãO a maRia SeJa

O meu JeitO maRial de SeR.SeNhOR, eNVia-me a FORça e a alegRia dO teu eSpíRitO paRa

que pOSSa deCiSiVameNte OptaR pela Vida e pela

paRCeRia Na miSSãO maRiSta. eliza maRia mOutiNhO

BeRNaRdO BaRBOSa

NOme

adriana martinotto Stumpfandréa Vieira moraesÂngelo Roberto d. Soaresanna maria t. massignanantônio Carlos da SilvaCarla Regina NunesCaroline da Silva BortolottoCatiane mazocco panizClara Rimolo aneleCristiane Canél da Rochadeusede marques de Oliveiradinah quesada Beckdulce helena Coutinho Xavieredinei michelotto muzzatoeliza maria m. Bernardoezequiel dos Santos Cunha gema pontelgislaine dalfologuilherme moreira Costa ir. altenir Costa pimentelir. Canísio puhlirany Fioravante diasizabel pereira dos Santos João alberto Baierleleila de Oliveira Schlederlisiane dos Santos lygia mânica Costamárcia m. tigre

OBRa maRiSta

Col. maria imaculadaCol. Santa maria escola Santa marta Col. Rosário Col. Rosário CSm graças Col. Santa maria escola Santa martaCol. RosárioCSm graçasCol. João paulo ii Col. RosárioCol. São FranciscoCentro Social marista ir. getúlio mChFmCentro Social marista ir. getúlioCentro Social marista ir. getúliohospital São lucas da pucrsinstituto graças Colégio marista assunçãoescola marista medianeirainstituto graçasCol. São Francisco Col. São luis Col. Conceição Col. Conceição Col. Rosário hospital São lucas da pucrs

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Edição Nº 5 - d a t a : 2 0 a 2 5 d E o U t U b r o

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O VidamaR é um tempO de pRimaVeRa CheiO de FlOReS COlORidaS e

peRFumadaS,é um tempO NOVO que Se aBRe Na Vida de quem paRtiCipa!um

tempO de alegRia,mOmeNtOS e amizadeS maRCaNteS.é uma FONte de

eSpiRitualidadede apReNdizadO,que NOS aJuda a SeRmOS

peSSOaS melhOReS ONde ViVemOS!um gRaNde aBRaçO!

Nely laCeRda

NOme

adriana garcia ana Caroline preto andréa de lourdes Beck piresaugusto RussiniCarina alves Costa Carlos henrique p. SardiClaudia aparecida de B. lobatodélcio gomes da Silvaeliz giane Barreto Jacobi Franciéllen goulart l. pavanatogenny ema p. garcia graziela zaltron de Oliveira graziele p. dos Santos ir. Narciso Camattiir. Venicius marostega da VeigaJoacir lazarettiJeonilson lima SantosJoelma pereira OliveiraJoseidi perroni Nery Jucelino Cortez Kátia Regina SassiKyzi monterio Saraiva leopoldo Feijó Neto luciana almeida Severoluciano miraber Centenarolucienne gallarretamarcos Rodrigues a. Filho marilene Costa leivasmarilene aparecida monteiromicaeli C. algayerNely Rosangela dos SantosNice Oliveirapatricia SaldanhaRenata Cristina SchornSimone Souza Rodrigues Suziane Felin maffinitânia maria C. de Freitasterezinha elizabet de moraestiele Schüller Superti Vanessa medianeira da Silva Flores Wilson Freitas Nóbrega ir. paulo lorenzoni

OBRa maRiSta

Col. marista assunção escola marista Santa marta Col. marista pio Xiiescola marista Santa martaCSm ir. getúlio Col. marista Rosário inst. marista graçasCol. maristapio XiiCSm ir. getúlio Col. marista Sant’anaCol. marista Rosário Col. marista Conceição Col. marista Conceição Recanto marista medianeira CSm graças Colégio marista Champagnat CSm ir. getúlio Col. marista João paulo iiCol. marista Sant’ana Col. marista Conceição Col. marista pio XiiCol. marista São Francisco Col. marista assunção escola marista Santa marta Col. marista Rosário Colégio marista Sant’annaCol. marista assunção Col. marista ipanemaCol. marista Rosário CSm ir. getúlio CSm CanudosCSm Canudosinst. marista graçasCol. marista pio XiiCol. marista São Francisco escola marista Santa martaCol. marista ivone Vettorello Col. marista Rosário Col. marista ipanema escola marista Santa marta Col. marista João paulo ii Comunidade marista Conceição

2009l i n h a d o t E m p o

Edição Nº 6 - 5 a 1 0 d E j a n E i r o

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2009Num pRimeiRO mOmeNtO NOS

peRguNtamOS O que SeRÁ VidamaR? pOR que a NóS, eSSe CONVite?

apóS miNha paRtiCipaçãO pOSSO dizeR que NãO apeNaS paRtiCipei dO VidamaR COmO tamBém ViVi,

ViVeNCiei e eSSeS mOmeNtOS VieRam atRaVéS dO CONVite que ReCeBi de

deuS a ReSeRVaR SeiS diaS da miNha Vida a mOmeNtOS gRaNdiOSOS

em que tiVe a OpORtuNidade de CONheCeR-me, CONheCeR a

maRia, a deuS e a SãO maRCeliNO ChampagNat.

maRiStela F. maRtiNS

a ROtiNa NOS aFaSta de NóS meSmOS e O VidamaR é a OpORtuNidade dO

ReeNCONtRO, um VOltaR OS OlhOS paRa Si de maNeiRa eSpeCial, COm peSSOaS

eSpeCiaiS, em um lugaR eSpeCial. eNCONtRaR-Se NãO Só NO uNiVeRSO

paRtiCulaR, maS eNCONtRaR tamBém O SeNtidO da Sua pReSeNça NO muNdO,

Na Vida paRtilhada COm OS OutROS, Na miSSãO que NOS FOi CONFeRida NO tRaBalhO que eXeRCemOS, Na

NOSSa paRCela de ReSpONSaBilidade pela CONtiNuidade da OBRa de SãO

maRCeliNO. deSde que paSSei pelO VidamaR COStumO dizeR que lÁ ViVi

um pequeNO, pORém iNteNSO, milagRe que RepeRCutiu (e aiNda RepeRCute) em

tOdaS aS dimeNSõeS da miNha Vida. lidiaNe RamiRez de amORim

NOme

adriana J. C. Kampffadriana m. R. pereira adriana S. de C. echevenguáalessandra Cardoso alexander goulartBranca diva maciel Fonseca Carla magali KriegerCarla Rosane Fraga da Silva Claudia lima Cristiana h. hoppedaniel Vieira de Oliveira dionéia Boch de Castilhos Fabiano lombardi Fátima Rosane Nascimento Fernando diel genny ema paz madrugaJair heckJoão Batista de Barros minuzzi Joseane passaglia Cenci Júnior luís Francklidiane Ramirez de amorinlisiane Santos da Silva luciana Rocha luciane Brandt martinsluiz antonio escossi magali Cristina Bonatto Covattimaico Rodrigo Silva dos Santosmaira Viviane da Silvamarcelo F. leonimaria matilde da Rosa Silveira maria Rita Ribeiro Bertollomaristela F. martins Saionara g. dalpiazSolange Corrêa tânia maria m. Rossetti Valmir Vargas de lima Vera terezinha de Fraga Rochair. Victorio Rigo

OBRa maRiSta

Col. marista Rosário Col. marista João paulo iiCol. marista São FranciscoCol. marista Champagnat ASCOMKescola marista Santa martaCol. marista imcauladaCol. marista São Francisco Colégio marista aparecida Colégio marista São luis inclusão digital Rio grande Col. marista imcauladaCol. marista ipanema instituto marista graçasCSm ir. emílio Col. marista Rosárioescola marista Santa marta Colégio marista Sant’anaColégio marista ConceiçãoCentro educacional marista de lajeadoassessoria de ComunicaçãoCentro Social marista graças Col. marista ipanemaColégio marista São pedro Col. marista RosárioColégio marista Conceição escola marista Santa martaCentro Social marista N. Srª da Boa esperança Colégio marista VettorelloColégio marista Santa mariaColégio marista Santa maria Colégio marista Sant’anainst. marista graçasColégio marista João paulo iiCol. marista RosárioCol. marista assunçãoCentro Social marista graçasRecanto medianeira

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Sai dO VidamaR CaRRegaNdO COmigO SeNtimeNtOS de amOR, Fé e eSpeRaNça ONde eStaVam eVideNteS em Cada aBRaçO, palaVRa e múSiCaS que eRam CaNtadaS pOR tOdOS. O eNCONtRO tROuXe um eStadO de equilíBRiO paRa miNha Vida, me Fez aValiaR melhOR quem eRa, quem SOu e quem pOSSO SeR.edSON medeiROS maydaNa JuNiOR

a ViVÊNCia pROpOSta NOS eStudOS e a CONViVÊNCia COm peSSOaS de diFeReNteS idadeS, tRaBalhOS e FuNçõeS em OBRaS e eSCOlaS maRiStaS Se CONStituíRam em diaS de gRaça, de BeNeFíCiO peSSOal e eSpiRitual a tOdOS OS VidamaRiStaS. a equipe ReSpONSÁVel pelO eNCONtRO e CONduçãO dOS tRaBalhOS mOStROu CONheCimeNtO, COmpetÊNCia, iNteRaçãO COm O gRupO e, eSpeCialmeNte, CONViCçãO e ViVÊNCia pROFuNda da eSpiRitualidade maRiSta: “tORNaR JeSuS CONheCidO e amadO”. aNtONiO e eleNiCe ReVeRS

NOme

andré Nether pessinandréa de Souza peresandréia tibolaereni margarete Ribeiroantonio ReversClarice moreira NevesClaudia Valéria Coutoedson medeiros maydana Junioreleana Flores Caetanoelenice ReversFrancine abreu tedeschiFrancisco Ramos gomesgabriela howesgustavo leivas Barrocoingrid Schaeferir. Celso aloísio Rauber ir. Vinícius tenediniirineu Juarez SchützJuliana Silva dos SantosKatiucia Caberlon Kerkovenleandro Scneiderlísia Cristina daróslisiane de Oliveira Rochamari lucia pendezaMaria Deloi Silveira CardosoRegina BiasibettiRenata tassiRodrigo CopettiRoger leite azevedoRonaldo teixeiraRosemeri de Oliveira CadavalRosiele maffiniSheila Falcão minuto pereiraSilvia Regina FroemmingSimone Fronza pires guindaniSimone Rigo BassaniSirlei maria gatelliVânia maria loeblein FloresVera maria monteiro Furlanzilda dimer

OBRa maRiSta

Col. marista RosárioCol. marista Santa mariaCol. marista assunçãoCol. marista Sto ângelomChFm - p. Fundo - Semeando esperançaCol. marista RosárioCol. marista J. paulo iiCol. marista RoqueCol. marista Sta. martamChFm - p. Fundo - Semeando esperançaCol. marista assunçãoCol. marista ChampagnatpJm-pOaCol. marista graçasCol. marista São luísCentro de Formação marista StºÂngeloCSm de B.princípioCol. marista ipanemaCol. marista graçasCol. marista graçasCol. marista Sta. martaCSm de Bento gonçalvesCol. marista ivone VetorelloCol. marista Santa mariaCeSmaRpJm-pOaCol. marista ConceiçãoCol. marista Sto ÂngeloCol. marista RosárioCol. marista J. paulo iiCol. marista São FranciscoCol. marista Sta. martaCol. marista São FranciscoCol. marista São luísCol. marista aparecidaRecanto marista medianeiraCol. marista graçasCol. marista ChampagnatCol. marista ipanemaCol. marista Rosário

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eu NãO Sei Se Sei aS palaVRaS CORRetaS pRa deFiNiR O que FOi O VidamaR pRa mim, O que Sei é que ViVi um mOmeNtO muitO eSpeCial, ReSgatei miNha Vida peSSOal e ReFleti SOBRe miNha Vida pROFiSSiONal, ONde me eNCONtRei e ViVi eSte mOmeNtO COm tOda pleNitude.

FOi um mOmeNtO mÁgiCO, ONde em tãO pOuCOS diaS eu CONheCi peSSOaS aFiNS e NOS tORNamOS FamiliaReS, eStudamOS aSSuNtOS pROFuNdOS COm Sutileza. peRCeBi O que é SeR maRiSta, pOiS NãO Se eXpliCa, Se ViVe, Se é.

eliSaBete BaSSO

“FOi uma OpORtuNidade iNeSqueCíVel - uma ChaNCe de OlhaRmOS paRa O NOSSO iNteRiOR, de paRaR NO meiO da

CORReRia diÁRia, paRa ReSgataR e CultiVaR O aSpeCtO eSpiRitual que, àS VezeS, FiCa tãO peRdidO em NOSSO COtidiaNO. além

diSSO, FOi maRaVilhOSO CONheCeR peSSOaS de eSpaçOS diFeReNteS, maS que Se ReVelaRam tãO pRóXimaS a NóS e tãO SemelhaNteS COm RelaçãO aOS NOSSOS SeNtimeNtOS. temOS

ORgulhO de peRteNCeR aO CaRiSma maRiSta!” maRia maRtha e maRliSe

NOme

adriana dreher Wernerana paula Reis de moraesandréia FaquiBerenice helena Wiener Stensmann Carlos BassaniCaroline JungCharles Robertson milanoCibele Silva pereiraClaudia Sperb machadodaniely da Silva Suarez dione goreti Fernandes gautodouglas peretoelisabete Bassoernestina marques dias mentiFabiane Flores CastelhanoFlávia magalhãesgrazieli querubingretel diefenthaelerivo moraes Cadaval Júniorizar lígia Santos dos Santosledi pires de Oliveira Chiobattoluciane pozzobon dutramara Regina griebelermarcella garciamarcos José Brocmargarete do Nascimento Nogueiramaria ester gonçalves diasmaria martha Camposmarlise araújo dos Santosmauricio Fruetmeireluce da Silvamichelli da Silva Vargasmonique zamboni Vanzinpaulo R. antoniolliRosana Vollmer de melloir. Romídio SiverisRui piassini Ruvana de CarliSara Cristina araújoSimone tomazetti mellotherezinha Capelão

OBRa maRiSta

Colégio marista São luísColégio marista São pedroColégio marista assunçãoColégio marista RosárioRecanto marista medianeiraColégio marista ipanemaColégio marista Santo ÂngeloColégio marista Sant’anaColégio marista São luísColégio marista Sant’ anaColégio marista ivone VettorelloColégio marista Conceiçãoescola marista Santa martamChFm – ir.Weibert/pOaColégio marista ivone VettorelloColégio marista João paulo iiCSm – graçasColégio marista ipanemaSede – uSBee CaeColégio marista Sant’anainstituto marista graçasColégio marista Santa mariaColégio marista São luísColégio marista João paulo ii CeSmaRescola marista Santa martaColégio marista São FranciscopuCRSpuCRSColégio marista Santa mariaColégio marista João paulo iiinstituto marista graçasColégio marista São FranciscoColégio marista RosárioCSm ir. antônio Bortollini – Casa larCVClColégio marista RosárioColégio marista ipanemaCSm – graçasescola marista Santa martamChFm – acatisto/lajeado

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2010miNha paRtiCipaçãO NO VidamaR ii, 2ª ediçãO, peRmitiu um eSpaçO a Fim de que eu OlhaSSe e eSCutaSSe a mim meSmO e aqueleS que CONViVem COmigO. eNFim, peRmitiu que SeNtiSSe maiS pROFuNdameNte a eSpiRitualidade apOStóliCa maRiSta e eNViOu-me paRa a CONtiNuidade da miSSãO. ClaRO, maiS CONViCtO e SeguRO de que quaNtO maiS CuidaRmOS da Vida maiS humaNidade CONStRuiRemOS, CONSequeNtemeNte maiS O diViNO Se maNiFeStaRÁ em NOSSO meiO.ValdeCiR JOãO BiaNChi

paRa mim O VidamaR ii OpORtuNizOu mOmeNtOS de ReFleXãO iNteRiOR, OS quaiS NOS mOtiVam paRa CONtiNuaR a CamiNhada paRa a CONStRuçãO de um muNdO melhOR. pOSSiBilitOu, tamBém, O CONVíViO COm um gRupO que Se ideNtiFiCa COm O CaRiSma de ChampagNat, leVaNdO em CONSideRaçãO O JeitO de SeR de Cada um.SilVaNa R. NazÁRiO

O VidamaR ii geROu um eStRaNhO SeNtimeNtO que deSpeRtOu a NeCeSSidade de CONViVeR e tROCaR eXpeRiÊNCiaS COm OutROS COlegaS de tRaBalhO de diFeReNteS uNidadeS. de tROCaR eXpeRiÊNCiaS COm uma gama SigNiFiCatiVa de peSSOaS que eXeRCem OutRaS FuNçõeS. tOdOS COm O aNSeiO COmum de ViVeNCiaR Ou tORNaR púBliCO O CaRiSma ViVeNCiadO COm a Sua paRCela de peRteNça à OBRa maRiSta.adeNiR SeBaStiãO de BRittO

NOme

adenir Sebastião de Brittoana maria marques de Sá gölzerantonio moresaugusto RussiniCesar de lima desimonClarice Jussara Fogaça Costaedson moacir Schirmerernani aranalde Netoeunice Fernandesgisele prates gonçalvesir. alfredo p. Crestaniir. geandir luis Wermannir. Victorio RigoJaionara dos SantosJanes m. Bortoluzzi lucionJúlio César Feijólisandra Catalan do amaral luís alfonso hecklermárcia mendina SilvaNerli Benites dornellespatrícia SaldanhaRoberto Carlos BellatoRosângela FlorczakRosemari Xhabiaras grapigliaSilvana Reali Nazario Simone martins da SilvaValdecir João Bianchi

OBRa maRiSta

Col. marista Conceiçãoinstituto marista graçasCol. marista pio XiiCol. marista Santa martaCol. marista ChampagnatCol. marista Sant’anaColégio marista Rosário/ChampagnatColégio marista RosárioCol. marista pio XiiCol. marista Santa mariaCVRlaNgOlaRecanto medianeiraCol. marista assunçãoCol. marista Santa mariaCol. marista ChampagnatCol. marista assunção/São pedroCol. marista RosárioCol. marista São pedroCol. marista Sant’anainstituto marista graçasCol. marista ChampagnatASCOMKCol. marista Santa mariaCol. marista RosárioCol. marista assunçãoCol. marista Conceição

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E n c o n t r o s a n U a i s

Ao final de cada edição do Vidamar, os vidamaristas expressam a vonta-de de repetir a experiência. São inú-meros os que gostariam de reviver as vivências que são proporcionadas naqueles cinco dias e meio. Dizem alguns que foram como que tomados de corpo e alma pelo grande sonho de marcelino.Os Encontros Anuais são oferecidos aos vidamaristas para que estes mantenham a chama do Carisma marista bem viva em suas mentes e corações.a cada ano um Colégio, Centro Social ou Organismo Provincial é indicado pelo grupo de Vidamaristas para

Renovandoa chama

ViVEmaRistas sE REEncontRam nos gRandEs EncontRos anuais

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coordenar o Evento do ano seguin-te. Esta indicação é escolhida após a Celebração final do Encontro. A Equipe central do Projeto Vidamar encarrega-se de oferecer apoio e as-sessoramento para que tudo ocorra com tranquilidade.No 1º Encontro anual, coordenado pelo Instituto Marista Graças de Viamão, ocorreu em Veranópolis nos dias 6, 7 e 8 de junho de 2008, cujo tema foi “Espiritualidade, fonte da vida em missão”. Participaram do Evento perto de 80 Vidamaristas.No ano de 2009, os vidamaristas do CESmaR de Porto alegre encarrega-ram-se de Coordenar o 2º Encontro

anual do Vidamar, vindo acontecer em Porto alegre, na CaJU, no dia 09 de setembro de 2009. Lá estiveram cerca de 100 vidamaristas refletindo sobre “Corações novos em busca de justiça e paz”.Em 2010, o Recanto medianeira de Veranópolis voltou a sediar o evento. O pessoal do Colégio marista assunção e do Colégio marista ivone Vetorello responsabilizaram-se pela coordenação deste 3º Encontro anual do Vidamar. 97 Vidamaristas vibraram com todas as atividades que foram programadas, visando refletir o tema: “Maristas Novos para uma Nova Terra”.

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E n c o n t r o s a n U a i s

1ºencontroanual

3ºencontroanual

6, 7 e 8 de JuNhO de 2008VeRaNópOliS

XXXXXXXXXXXXXXXVeRaNópOliS

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2ºencontroanual

09 de SetemBRO de 2009pORtO alegRe

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O profeta isaías, aproximadamente 700 anos antes do nascimento de Jesus, já anunciara o mistério e a graça de deus na vida da humanidade por meio de maria - como aquela que possibilitaria a realização do projeto de Salvação e instauração de seu Reino - e assim se fez. mesmo não compre-endendo a maioria dos fatos que lhe aconteceram (lc 2,51), maria ouvia e contemplava os acontecimentos, guardava-os em seu coração e conse-quentemente estas palavras e fatos frutificavam em atitudes de transfor-mação. Ouvir, guardar, frutificar: um molde que o evangelista lucas vai pintar os traços da figura de maria: “maria ouve a palavra de deus com fé, guarda no seu coração e a põe em prática.” (Cf lc 8,15) assim, maria é instrumento do projeto de deus como mãe e educado-ra de Jesus, mas a partir do momento que o carrega em seu ventre, e com a experiência de vida junto a ele, torna-se a primeira discípula e missionária a anunciar a alegria da Boa Nova, como fez no encontro com sua prima isabel (lc 1,39-45) e depois junto à comuni-dade orante, nos atos dos apóstolos (at 1, 12-14). maria mulher, fruto da cultura judaica. maria mãe e educadora, observando e, ao mesmo tempo, ultrapassando as fronteiras dos costumes culturais e religiosos de sua época. e maria discí-pula, corajosa, seguidora e anunciado-ra da Boa Nova, é inspiradora a todo aquele que deseja seguir Jesus Cristo

“PoIs sAIbAM que JAVé lhes DARá uM sInAl: A JoVeM concebeRá e DARá à luz uM fIlho, e o chAMARá Pelo noMe De eMAnuel.” (Is 7,14)

em sua história, cultura, tempo e espi-ritualidade cristã. ela nos desafia!

maRia no VidamaRtrabalhando e vivenciando a dimen-são marial no VidamaR é possível redescobrir, de um jeito bem humano, a presença de maria em nossa vida, fazendo um paralelo com ela desde nossa infância até hoje, num exercí-cio perceptivo e prospectivo, abrindo horizontes de possibilidades e segui-mentos no projeto de Jesus em nossas atividades e vida, do jeito de maria. é interessante perceber e sentir quanta proximidade existe entre a história de maria e a nossa história. analisar nos-sa vida a partir dos fatos e história de maria, levando em conta os diversos momentos, em especial na vida com Jesus (como a alegria do nascimento, o desafio de entender seu projeto, e o mistério de sua morte e ressurreição) é um dos caminhos que nos faz entender melhor nossas alegrias, sofrimentos e mistérios que a vida em sua contingên-cia nos apresenta.ao final das vivências marianas há um sentimento de alegria, por conhecer e vivenciar um pouco mais aquela que nos enche de ternura, proteção e carinho. além de nossa mãe e mãe de deus, percebemos maria como irmã primeira na caminhada e seguimento de Jesus, fortalecendo o projeto de construção do Reino de deus.

Gustavo Balbinotassessor de pastoral da aSdepaS

v i v ê n c i a

Maria no

pRoJEto dE dEus

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FatoREs psicológicos quE inFluEnciam o pRocEsso dE discERnimEnto cRistão

a r t i G o

O discernimento consiste no desen-volvimento da capacidade de ler, compreender situações e criar o hábi-to de separar não só o mau do bom, mas o bom do melhor. habituar-se a conhecer a realidade em sua profun-didade, avaliar as coisas com bom senso e clareza, compreendendo-as como deus as percebe. discernir é entrar na dinâmica de deus, adotá-la como forma habitual de pensar, julgar, avaliar, decidir e separar o “bem em si” do “bem para si”, em cada situação e em todas as decisões assumidas. O discernimento deve fazer parte integrante de toda a vida do batizado.Nenhuma pessoa possui o dom do discernimento de forma inata. é um dom adquirido na medida em que cada sujeito se habitua a pensar as coisas e as relações da maneira de

deus. pode ser desenvolvido desde a infância e aperfeiçoado durante a vida toda, mediante o hábito de colocar-se na presença dele. para discernir é necessário ser capaz de “despir-se” dos próprios interesses, que sempre visam a obter vantagens pessoais. O discernimento fixa-se não nos interesses particulares, mas na vontade de deus e em seu projeto de vida e comunhão. discerne quem se propõe conhecer e seguir o plano de deus, que pode não ser agradável, à semelhança do Jardim das Oliveiras para Jesus, antes da paixão.há fatores psicológicos que ajudam e enriquecem a pessoa no processo de discernimento: ser pessoa voltada para a interioridade humana. para chegar a isso, é preciso aprender a tomar distância dos próprios interes-ses, da multiplicidade de estímulos que a modernidade apresenta. hoje, vivemos a era da tecnologia, da rapi-dez das comunicações, do excesso de informações e apelos. O bem-estar pessoal fala muito alto e tende, a sobrepor-se às iniciativas coletivas. Nem todas as pessoas são aptas a parar, pensar, refletir e dar maior atenção ao bem comum e à vontade de deus. Só consegue discernir de verdade quem seleciona, separa e escolhe, com primazia, o que vem de deus e promove a defesa da vida. deus fala na interioridade humana. dar-lhe importância, saber escutá-la quando fala mais alto do que todos os apelos e estímulos externos, é exercitar-se no discernimento.um segundo fator complementar é tornar-se pessoa capaz e disposta a ouvir o inaudível. O projeto de deus e sua vontade não são barulhentos e espalhafatosos; não provocam alarde. deus fala no íntimo do ser humano, disposto a ouvi-lo no silêncio. a Sa-

O bomE o mElhoR

Só CONSegue diSCeRNiR de VeRdade quem SeleCiONa, SepaRa e eSCOlhe, COm pRimazia, O que Vem de deuS e pROmOVe a deFeSa da Vida.

grada escritura diz que, no antigo tes-tamento, “deus não se manifestava no furacão, nem no terremoto e nem no fogo, mas no murmúrio da brisa suave” (cf. 1Rs 19, 11-12). Foi assim que elias percebeu a passagem de Javé que o encorajou novamente para a missão. O ouvido, treinado e aguça-do na escuta do deus que se manifes-ta na brisa suave que visita e passa, abre-se às manifestações cotidianas enriquecedoras de vida. essa pessoa discerne os passos que levam à vida de manifestações aliciantes que não conduzem ao projeto salvador.por fim, aceitar, acolher e integrar na vida e no cotidiano a dinâmica de, antes de agir, sempre se confrontar com a palavra de deus e seus apelos. a caminhada saudável do batizado passa pela dimensão da espirituali-dade. é permeada pelos passos de deus e pelo sabor de sua palavra no cumprimento da vontade salvífica.

Ir. Alfredo

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toda pessoa batizada recebe de deus uma vocação, um chamado a realizar o bem, a prestar um serviço à comu-nidade na qual está inserida. isso é uma decorrência do próprio batis-mo. porém, esse serviço prestado à humanidade nem todas as pessoas são chamadas a oferecê-lo da mesma forma e abraçando a mesma vocação. Cada qual recebe um chamado espe-cial, singular. marcelino Champagnat foi chamado por deus à vocação sa-cerdotal e, posteriormente, recebeu do espírito Santo a missão de fundar o instituto marista. este, como dom do espírito Santo, não é propriedade dos maristas, mas forma de serviço à humanidade, à igreja espalhada no mundo inteiro.a missão do marista, do irmão e do leigo(a), ultrapassa as fronteiras do âmbito do país e do entorno da origem de cada qual. São marce-lino costumava dizer que todas as dioceses do mundo fazem parte do campo da missão marista. isso explica o fato de tantos irmãos se disporem a deixar sua terra, sua parentela e irem para países distantes, a regiões mais necessitadas de evangelização. dedicam sua ação e toda sua vida às crianças e aos jovens. O que move seu coração é “tornar Jesus Cristo conhecido e amado”, alvo último da missão marista. O marista, irmão e leigo, nasceu no coração de deus para prestar esse serviço à humanidade. O apelo rece-bido por Champagnat se repete hoje e se estende a toda a família marista.

Vocação E missão doIrmão Marista

é BONitO VeR COmO, Cada dia

maiS, leigOS e leigaS Se aSSOCiam

à miSSãO, ViBRam pOR

ela, tRaBalham e lutam COm

eNtuSiaSmO paRa leVaR a meNSagem

de CRiStO àS CRiaNçaS e JOVeNS

m E n s a G E m

ir. alfredo Crestani

por isso que sempre mais leigos e leigas, na medida em que conhecem e vivem o carisma marista, sentem-se impulsionados a contribuir com a missão recebida pelo instituto desde sua origem. é bonito ver como, cada dia mais, leigos e leigas se associam à missão, vibram por ela, trabalham e lutam com entusiasmo para levar a mensagem de Cristo às crianças e jo-vens, dando testemunho de seu amor à humanidade. ampliam cada vez mais o amor que dedicam à própria família. O Vidamar procura abrir sempre mais esse horizonte.todo esse processo, o marista não o faz sozinho, mas guiado e acompa-nhado por maria, a educadora da fé de todo cristão. ela acompanha cada qual, dentro de sua vocação específica, como a “Boa mãe”, que quer ver todos os seus filhos e filhas felizes. por isso que marcelino costumava repetir aos primeiros irmãos: “ela tudo fez entre nós”!prezado Vidamarista, tu que tiveste a oportunidade de saborear mais de perto o carisma marista pela forma-ção específica recebida, vive-o com intensidade, mergulhando na missão do instituto, ampliando sempre mais seus horizontes. enquanto houver irmãos, leigos e leigas enamorados pelo carisma marista, este continuará vivo, atuante e prestando às crianças e aos jovens de hoje, aquele serviço pelo qual o espírito Santo o suscitou na igreja. e tu, vidamarista, és um desses convidados a dar continuidade e conservá-lo vivo!

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Ternura de deus pela Humanidade

enquanto José e maria estavam em Belém, “completaram-se os dias e maria deu à luz ao seu filho primogênito. ela o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria. um anjo do senhor apareceu aos pastores e disse: não tenhais medo! eu vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo: Hoje nasceu para vós um salvador, que é o Cristo senhor”. deus encontrou um jeito simples, mas especial para assumir nossa condição humana: o ventre de uma mulher, maria. dela nasceu Jesus menino. a experiência do natal nos conduz para o encontro entre o humano e o divino. natal é uma experiência repleta de sensibilidade para com deus e para com o próximo. É Cristo que nasce no coração das pessoas, é tempo favorável de transformação, gratidão, esperança e vida. É apelo para quem acredita na vida que vence as situações de morte, na luz que vence as trevas. O natal renova nossa esperança e nos compromete com a humanidade carente, empobrecida, necessitada, que anseia por atitudes que defendem e promovem vida. natal acontece em cada pessoa quando a reconciliação supera violências e divisões, a força da união vence exclusões e tristezas se transformam em alegria.desejamos que o natal contagie pessoas de boa vontade, para que construam uma sociedade onde todos respeitem as diferenças. almejamos neste natal que cada pessoa, família, comunidade, sociedade e o mundo se prepare para o grande encontro com deus que faz morada entre nós, para que vivamos a experiência dos reis magos que, após longa viagem, vieram adorar o menino Jesus.natal é tempo de festa, é apelo para uma vida simples, proximidade, presença, ternura, fraternidade, partilha, solidariedade! É gratidão, é ação de graças pelas maravilhas que deus fez acontecer entre nós ao longo do ano.Que a graça do natal humanize nosso coração e que todos os povos conduzam suas vidas nos caminhos da solidariedade, da justiça e do amor!Vidamaristas, para nós, maristas, natal é acreditar nos valores legados por são marcelino e experiênciá-los em nossa existência. É viver o espírito de família, na simplicidade de viver e de se relacionar, de construir-se a exemplo do menino Jesus que ‘crescia em idade, sabedoria e graça’.

Feliz natal para vocês, vidamaristas!

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