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Revista Umbanda - Escola Iniciática do Caboclo Mata Verde

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Revista Umbanda 01/2016 - Escola Iniciática do Caboclo Mata Verde Uma publicação do Núcleo Mata Verde - Templo de Umbanda

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Escola Iniciática do Caboclo Mata Verde

UMBANDA

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Uma publicação do Núcleo Mata Verde

Editor Responsável

Manoel Lopes

Email: [email protected]

Facebook: nucleo.mataverde

Twitter: @mata_verde

www.mataverde.org

O disponibiliza desde2006 um módulo de ensino a distânciavoltado a todos os umbandistas.

Neste site você poderá fazer cursosespecíficos sobre a religião de Umbanda.

Você inicia os cursos quando quiser eassiste as aulas nos dias e horários queachar mais conveniente.

Visite o módulo de ensino a distância ecomece a estudar agora mesmo.

www.ead.mataverde.org

Durante o ano realizamos aqui nomuitas palestras interessantes.

Todas as palestras são filmadas edisponibilizadas nas TV´s Mata Verde e naTV Saravá Umbanda.

Desta forma você que reside distante do poderá acompanhar

nossas atividades.

Acompanhe pelos sites:

www.tvmv.com.br

www.tvsu.com.br

Um novo ano começa e acreditamos ser a ocasiãoadequada para iniciarmos um novo desafio.

Estamos lançando neste primeiro mês do ano de2016 o primeiro número da revista virtual

.

Pretendemos oferecer com esta nova revista maisuma opção de estudos para os jovens umbandistas.

Agregaremos neste espaço conhecimentoscientíficos, filosóficos e religiosos, tradicionais econtemporanêos, que serão apresentados pela óticada doutrina umbandista dos Sete Reinos Sagrados;esperamos que esta revista seja mais uma ferramentade estudos a todos os espiritualistas.

Aguardamos ansiosamente sua participação, utilizeum dos nossos canais de contato e envie seuscomentários, sugestões ou críticas.

A sua participação é muito importante, inclusive comsugestões de assuntos a serem abordados na revista.

Esta revista é publicada com muito carinho, amor,esforço e dedicação e tem como foco principal você,leitor umbandista, que busca o conhecimento e ocrescimento espiritual.

Que Oxalá abençoe nossa caminhada.

Saravá!

São Vicente, 02 de Janeiro de 2016

Rua Julio de mesquita, 209

Santos/SP

CEP:11075-221

(13)991274155

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“Estamos quase chegando!Ouvi a voz firmeme guiando. No breu da noite nosdeslocávamos muito rápido, quase que

voando.

Na escuridão aos poucos comecei a visualizar ao meuredor uma espessa mata.

Comecei a sentir a umidade da floresta, o cheiro damata e da terra, o som dos insetos e dos animais.

Uma sensação muito forte.

Com uma rapidez incrível nos deslocávamos no meiodaquela mata fechada, é como se estivéssemosvoando entre as arvores numa velocidadesurpreendente.

Quando de repente, enxerguei uma enorme clareira.

Olhei para cima e tive uma das mais intensassensações da minha vida.

O céu negro, com milhares de estrelas brilhantes e nohorizonte uma enorme lua cheia.

A lua prateada era enorme, maravilhosa.

Por alguns segundos fiquei hipnotizado pela suabeleza, tive a sensação que foram horas olhandofixamente para aquela enorme lua prateada.

Quando ouvi novamente a voz a dizer:

Voltei minha visão para o solo, e enxerguei umagrande fogueira com algumas pessoas sentadas aoseu redor.

Estavam sérias, tinham a aparência de pessoas docampo, fisionomias rudes, a maioria era de homens

adultos, mas ao observa-las tive a impressãode serem muito velhas e sábias.

Contei, eram em número de sete, entre elesuma mulher e um de cabelos brancos, queparecia ser o mais velho de todos.

Estavam em silêncio sentados no chão aoredor da fogueira e banhados pela luzdaquela enorme lua cheia.

Novamente ouvi aquela voz a me dizer:Venha vamos nos juntar aos outros paraouvirmos as orientações.

Outros? Perguntei.

Sim, olhe ao seu redor, respondeu.

Fixei minha atenção ao redor da clareira eentão percebi que existiam centenas, talvezmilhares de pessoas em pequenos gruposao nosso redor.

Nesse momento perdi a consciência…”

Prezados leitores que acompanham nossostextos.

Descrevi acima, de forma sucinta, umdesdobramento ou projeção astral ocorridocomigo há muito tempo.

Nesta época ainda não tinha entrado paraa umbanda, mas me interessava muitopelas coisas do espírito.

Esta passagem me marcou profundamentee nunca mais esqueci os detalhes destedesdobramento astral.

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Foi a primeira, de muitas outras projeções ondeentrei em contato consciente com o

Vou detalhar um pouco mais cada etapa destaviagem astral.

Comecei o texto acima com aquela voz que memarcou profundamente:

Naquele momento não me preocupei em saberde quem era a voz, somente ouvia de forma firmee intensa, mas não enxergava mais ninguém meacompanhando e sentia umasegurança muito grande naquele serque estava me acompanhando.

Após muitos anos, fiquei sabendo,que era do

Outro momento marcante foicaminhar ligeiro no meio dodesconhecido.

Foi uma sensação muito estranha emarcante.

A sensação era que estava caminhando a umavelocidade enorme, poderia até dizer que estavavoando, me deslocando a uma velocidade muitogrande e totalmente no escuro.

Quando falo no escuro, é no escuro mesmo, semnenhuma referência.

Sentia uma sensação de frio, é como se aumidade daquela região, o ar frio soprasse sobremeu corpo.

Aos poucos fui ficando mais consciente ecomecei a visualizar algumas referências.

Tudo era muito real, as sensações eram muitoreais.

Embora aquela mata fosse real, estava medeslocando no meio daquela floresta numavelocidade incrível e sem trombar em nenhumaarvore ou cipó existente; é como se eu passassepor dentro da matéria que formava aquela região.

Esta visão marcou minha vida.

Ainda hoje quando olho para a lua cheia, sintouma força interior que me incomoda, umaalegria intensa, misturada com muita saudadesdaquele lugar e daquele momento.

Uma visão maravilhosa que eu nuncahavia visto antes; o céu era negro enuvens de estrelas brilhavam formandouma imagem que lembrava o leito deum rio iluminado.

A lua era muito grande e brilhante, nomomento que olhei para aquela luaenorme foi como se eu me juntasse aela; perdi por alguns instantes a noçãode tudo o que existia ao meu redor, mesenti nas entranhas daquele astro.

A sensação durou segundos, maspareceu uma eternidade, foi um

momento de arrebatamento.

Até aquele momento não tinha notado apresença de mais nada, somente a mata e o céu.

Quando despertado pela voz, daquele momentode êxtase, pude perceber as sete pessoas queestavam ao redor da fogueira.

Lembraram-me índios, mas não os índiosbrasileiros; tinham traços fortes em suafisionomia.

Transmitiam muita seriedade e força espiritual.

Olhei, um por um, notando suas diferençasindividuais e pude perceber a presença de umamulher e do mais velho do grupo.

De forma instintiva contei quantos eram, e pudeconfirmar que eram em número de sete, naquelemomento não significou nada para mim.

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Isso também chamou minha atenção.

Estavam sentados ao redor da fogueira, todosem silêncio, os olhares se perdiam no infinito,mas tive a impressão que estavam secomunicando entre si.

É como se todos estivessem conectadosmentalmente, o luar que iluminava aquelareunião dava a impressão de trazer vibraçõesespirituais que vinham do espaço cósmico.

A sensação era de que estavam todos em transemediúnico recebendo mensagens das esferassuperiores.

Quando a voz me orientou a olhar ao redornotei que não estávamos sozinhos, masacompanhados por muitos espíritos, eramcentenas de grupos.

Notei que em cima de cada grupo de espíritos,havia um ponto luminoso de luz tênue, queposteriormente fiquei sabendo que era a luz domentor espiritual de cada grupo.

Semelhante àquela voz que me acompanhava eme orientava naquela viagem astral.

Passados muito anos, fiquei sabendo quediariamente me deslocava para aquela região esempre acompanhado pelo

.

Da mesma forma, outras pessoas, durante osono, eram encaminhadas aquela região parareceberem ensinamentos e orientações sobre aespiritualidade e a umbanda.

Estávamos em e aqueles sete espíritosformavam o

Em nome de .

Em nome de todos os

Em nome da sagrada , e dosagrado .

Em nome dos S e perantea coroa espiritual do

Eu juro respeitar e seguir todos osensinamentos recebidos neste Terreiro.

Jamais usar meus conhecimentos parainterferir ou prejudicar o livre arbítrio dosmeus semelhantes.

Sempre obedecer a lei divina e respeitar a leidos homens.

Amar meus irmãos e praticar a

Em nome de eu juro!

Reino das Águas

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No centro de formoso jardim, havia grandelago, adornado de ladrilhos azul-turquesa.

Alimentado por diminuto canal de pedra,escoava suas águas, do outro lado, através degrade muito estreita.

Nesse reduto acolhedor, vivia toda umacomunidade de peixes, a se refestelarem, nédiose satisfeitos, em complicadas locas, frescas esombrias. Elegeram um dos concidadãos debarbatanas para os encargos de rei e ali viviam,plenamente despreocupados, entre a gula e apreguiça.

Junto deles, porém, havia um peixinho vermelho,menosprezado de todos.

Não conseguia pescar amais leve larva, nemrefugiar-se nos nichosbarrentos.

Os outros, vorazes egordalhudos, arrebatavampara si todas as formaslarvárias e ocupavam,displicentes, todos oslugares consagrados aodescanso.

O peixinho vermelho que nadasse e sofresse. Porisso mesmo era visto em correria constante,perseguido pela canícula ou atormentado defome.

Não encontrando pouso no vastíssimo domicílio,o pobrezinho não dispunha de tempo paramuito lazer e começou a estudar com bastanteinteresse.

Fez o inventário de todos os ladrilhos queenfeitavam as bordas do poço, arrolou todos osburacos nele existentes e sabia, com precisão,onde se reuniria maior massa de lama porocasião de aguaceiros.

Depois de muito tempo, à custa de longasperquirições, encontrou a grade do escoadouro.À frente da imprevista oportunidade de aventurabenéfica, refletiu consigo:

– “Não será melhor pesquisar a vida e conheceroutros rumos?”Optou pela mudança.Apesar de macérrimo pela abstenção completade qualquer conforto, perdeu várias escamas,com grande sofrimento, a fim de atravessar apassagem estreitíssima.

Pronunciando votos renovadores, avançou,otimista, pelo rego d’água, encantado com asnovas paisagens, ricas de flores e sol que odefrontavam, e seguiu, embriagado deesperança …

Em breve, alcançou grande rio e fez inúmerosconhecimentos.

Encontrou peixes de muitasfamílias diferentes, que comele simpatizaram,instruindo-o quanto aospercalços da marcha edescortinando-lhe mais fácilroteiro.

Embevecido, contemplounas margens homens eanimais, embarcações epontes, palácios e veículos,

cabanas e arvoredo.

Habituado com o pouco, vivia com extremasimplicidade, jamais perdendo a leveza e aagilidade naturais.

Conseguiu, desse modo, atingir o oceano, ébriode novidade e sedento de estudo.

De início, porém, fascinado pela paixão deobservar, aproximou- se de uma baleia paraquem toda a água do lago em que vivera nãoseria mais que diminuta ração; impressionadocom o espetáculo, abeirou-se dela mais que deviae foi tragado com os elementos que lheconstituíam a primeira refeição diária.

Em apuros, o peixinho aflito orou ao Deus dosPeixes, rogando proteção no bojo do monstro e,não obstante as trevas em que pedia salvamento,sua prece foi ouvida, porque o valente cetáceo

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começou a soluçar e vomitou, restituindo-o àscorrentes marinhas.

O pequeno viajante, agradecido e feliz, procuroucompanhias simpáticas e aprendeu a evitar osperigos e tentações.

Plenamente transformado em suas concepçõesdo mundo, passou a reparar as infinitas riquezasda vida. Encontrou plantas luminosas, animaisestranhos, estrelas móveis e flores diferentes noseio das águas. Sobretudo, descobriu a existênciade muitos peixinhos, estudiosos e delgados tantoquanto ele, junto dos quais se sentiamaravilhosamente feliz.

Vivia, agora, sorridente ecalmo, no Palácio de Coral queelegera, com centenas deamigos, para residência ditosa,quando, ao se referir ao seucomeço laborioso, veio a saberque somente no mar ascriaturas aquáticas dispunhamde mais sólida garantia, de vezque, quando o estio se fizessemais arrasador, as águas deoutra altitude continuariam acorrer para o oceano.

O peixinho pensou, pensou... esentindo imensa compaixãodaqueles com quem conviverana infância, deliberouconsagrarse à obra doprogresso e salvação deles.

Não seria justo regressar eanunciar-lhes a verdade? Nãoseria nobre ampará-los, prestando-lhes a tempovaliosas informações?Não hesitou.

Fortalecido pela generosidade de irmãosbenfeitores que com ele viviam no Palácio deCoral, empreendeu comprida viagem de volta.Tornou ao rio, do rio dirigiu-se aos regatos e dosregatos se encaminhou para os canaizinhos queo conduziram ao primitivo lar.

Esbelto e satisfeito como sempre, pela vida deestudo e serviço a que se devotava, varou agrade e procurou, ansiosamente, os velhoscompanheiros.

Estimulado pela proeza de amor que efetuava,supôs que o seu regresso causasse surpresa eentusiasmo gerais. Certo, a coletividade inteiralhe celebraria o feito, mas depressa verificou queninguém se mexia.

Todos os peixes continuavam pesados e ociosos,repimpados nos mesmos ninhos lodacentos,protegidos por flores de lótus, de onde saíamapenas para disputar larvas, moscas ou minhocasdesprezíveis.

Gritou que voltara a casa, mas não houve quemlhe prestasse atenção, porquanto ninguém, ali,

havia dado pela ausência dele.Ridiculizado, procurou, então, o reide guelras enormes e comunicou-lhe a reveladora aventura.

O soberano, algo entorpecido pelamania de grandeza, reuniu o povoe permitiu que o mensageiro seexplicasse.

O benfeitor desprezado, valendo-se do ensejo, esclareceu, comênfase, que havia outro mundolíquido, glorioso e sem fim.

Aquele poço era umainsignificância que podiadesaparecer, de momento paraoutro.

Além do escoadouro próximodesdobravam-se outra vida e outraexperiência. Lá fora, corriamregatos ornados de flores, rioscaudalosos repletos de seres

diferentes e, por fim, o mar, onde a vida aparececada vez mais rica e mais surpreendente.

Descreveu o serviço de tainhas e salmões, detrutas e esqualos.Deu notícias do peixe-lua, do peixe-coelho e dogalo-do-mar.

Contou que vira o céu repleto de astros sublimese que descobrira árvores gigantescas, barcosimensos, cidades praieiras, monstros temíveis,jardins submersos, estrelas do oceano eofereceu-se para conduzi-los ao Palácio de Coral,onde viveriam todos, prósperos e tranqüilos.

Finalmente os informou de que semelhantefelicidade, porém, tinha igualmente seu preço.

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Deveriam todos emagrecer, convenientemente,abstendo-se de devorar tanta larva e tantoverme nas locas escuras e aprendendo atrabalhar e estudar tanto quanto era necessárioà venturosa jornada.

Assim que terminou, gargalhadas estridentescoroaram-lhe a preleção.Ninguém acreditou nele.

Alguns oradores tomaram a palavra eafirmaram, solenes, que o peixinho vermelhodelirava, que outra vida além do poço erafrancamente impossível, que aquela história deriachos, rios e oceanos era mera fantasia decérebro demente e alguns chegaram a declararque falavam em nome do Deus dos Peixes, quetrazia os olhos voltados para eles unicamente.

O soberano da comunidade, para melhorironizar o peixinho, dirigiu-se em companhiadele até à grade de escoamento e, tentando, delonge, a travessia, exclamou, borbulhante:

– “Não vês que não cabe aqui nem uma só deminhas barbatanas?

Grande tolo! vai-te daqui! Não nos perturbes obem estar…

Nosso lago é o centro do Universo... Ninguémpossui vida igual à nossa!…

Expulso a golpes de sarcasmo, o peixinhorealizou a viagem de retorno e instalou-se, emdefinitivo, no Palácio de Coral, aguardando otempo.

Depois de alguns anos, apareceu pavorosa edevastadora seca.

As águas desceram de nível. E o poço ondeviviam os peixes pachorrentos e vaidososesvaziou-se, compelindo a comunidade inteira aperecer, atolada na lama…

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Gira Grande dos Guardiões

Dia 18 de Dezembro de 2015encerramos as atividades deste ano

no

Como sempre fazemos realizamos apedido do Guardião responsável pelo

- a festa deconfraternização, que chamamos de

É um dia especial de muita energia, forçae união.

Um encontro entre os Guardiões doTerreiro, seus médiuns e pouquíssimosconvidados, que normalmente sãofamiliares dos membros do Terreiro.

Cada um leva seu prato predileto queserá compartilhado com os demaisparticipantes.

Um ágape em família - material eespiritual.

A pedido do Guardião Chefe do Terreiropreparamos com muito carinho suacomida preferida (Frango ensopado,Jerimum com carne seca e farofaamarela) que é feita com muito cuidado ededicação pela madrinha Elisabete.

Parte desta comida é colocada emoferenda no centro do Terreiro e orestante sobre a mesa para sercompartilhada com todos os demaisconvidados.

É importante registrar que os Guardiõesquando estão em terra, trabalhandoincorporados em seus médiuns, nãocomem.

Os médiuns irão participar da ceia, após oencerramento dos trabalhos, juntamentecom os demais convidados eparticipantes do Terreiro.

Neste dia evocamos os Exus detodos os sete reinos sagrados(Fogo, Terra, Ar, Água, Matas,Humanidade e Almas).

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Durante o ano realizamos mensalmente uma Gira para os Guardiões, mas em nenhuma delasexiste a presença da comida.

A bebida utilizada é colocada num copo de vidro sobre a toalha vermelha que fica ao centro doTerreiro e nenhuma entidade incorporada consome bebida ou comida.

Cada um dos Guardiões firma sua vela (sebo) na cor desejada (preta, vermelha ou vermelha epreta) ao redor da toalha.

Dois vasos são colocados nas laterais para serem colocadas as rosas vermelhas (Pombas Giras) e oscravos vermelhos (Exus).

Ao centro da toalha é colocada uma , simbolizando o Exu (Esfera).

Sob esta esfera são colocados os pedidos dos presentes e durante os trabalhos os Guardiões ficamvibrando ao redor desta toalha.

Além de atuarem na limpeza espiritual e proteção do Terreiro, também atendem as necessidadesdaqueles que estão presentes na Gira.

Na Grande Gira de final de ano, o Guardião chefe oferece a oferenda (comida) a todos aquelesespíritos que durante o ano, por algum motivo, se aproximaram do Terreiro e escolheramparticipar da .

Muitos são presos e afastados de suas vítimas, alguns escolhem deixar o caminho dastrevas e são resgatados espiritualmente pelos para começarem aparticipar como (são os chamados exus batizados).

A estes espíritos vitoriosos (segundo o Guardião Chefe) é que são oferecidas as oferendas do finalde ano na .

São seres espirituais que num futuro próximo estarão atuando como os Guardiões daLei de Umbanda.

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Tenho recebido muitos e-mails solicitandotextos e orientações sobre Exu. Exu é umalinha de trabalho bastante complexa e

polêmica, e devido a falta de informações epreconceitos que foram se formando durantes osanos, desperta muita curiosidade entre osumbandistas e demais estudiosos da Umbanda.

Na doutrina seguida pelo Núcleo Mata Verde,estudamos e também trabalhamos com a linhados Exus.

Para aqueles que quiserem se aprofundar maiscom o tema recomendamos o curso à distância“ ” que se encontradisponível na plataforma EAD do Núcleo MataVerde – www.ead.mataverde.org

Iremos apresentar, neste texto, a visãodoutrinária do Núcleo Mata Verde, iremos aospoucos conhecendo a atuação dos Exus nosSete Reinos Sagrados.

No Núcleo Mata Verde chamamos os Exus de.

Fazemos logo de início um alerta:

Iniciamos, portanto nosso estudo com algumaspremissas:

1)Exu na doutrina seguida pelo Núcleo MataVerde é considerado um Guardião.

2)Existem visões totalmente diferentes entre oscultos de Umbanda, Quimbanda e Candomblé.

3)Muito diferente é o conceito de Exu, espíritotrabalhador da Umbanda e da Quimbanda, doExu Orixá (culto de Nação).

4)Na Umbanda trabalhamos com a linha de Exu,ou seja, espíritos que atuam e possuem trabalhobem definido dentro da religião de Umbanda

5)Exu no Candomblé é um Orixá, semelhanteaos demais orixás, irmão de Ogum e Oxossi.

Podem ser entendidos como forças espirituaisuniversais.

6)Exu na Quimbanda tem uma atuação bemdiferente do Exu na Umbanda.

Neste caso estamos nos referindo a outro tipo deculto, diferente da Umbanda e que não segue alei da Umbanda, um culto onde não existem“limites” morais para os “trabalhos espirituais”realizados.

Iremos aos poucos elucidando cada uma dasquestões apresentadas acima.

Hoje quero iniciar esta série de textos com ummito de Oxalá e Exu.

Este mito pode ser encontrado no livro“Mitologia dos Orixás” de Reginaldo Prandi, às fls.40.

Segue abaixo o mito na íntegra.

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Naturalmente que iremos nos referir a linha dosExus, espíritos e não ao Orixá Exu da Nação.

Iremos destacar alguns trechos do mito acimaapresentado:

Entendemos que todos os Exus que trabalhamem Terreiros de Umbanda, possuemcompromissos sérios com a lei da Umbanda. Sãotrabalhadores da espiritualidade, chamamosestes exus de Exus de Lei.

Nem sempre estes espíritos foram Exus de Lei,existiu uma época em que eram espíritos queestavam perdidos, sem nenhum compromissocom o bem, com a lei divina, com a evolução ecom a espiritualidade. É isso o que diz este trecho

Vamos continuar com a leitura:

Aqui vamos, por analogia, chamar de Casa deOxalá o .

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Todos sabem que praticamente não existeTerreiro de Umbanda que não tenha no alto, emcima do Congá uma imagem de Oxalá.

Oxalá na Umbanda é sincretizado com Jesus, ecom certeza é o principal orixá cultuado naUmbanda.

Podemos afirmar que todo Terreiro de Umbandaé considerado uma Casa de Oxalá, uma casa decaridade, de bênçãos, de amor e espiritualidade.

Voltando ao texto do mito, entendemos entãoque estes espíritos que vagavam pelo mundo,sem rumo, se aproximaram do Terreiro deUmbanda, e aqui podemos estender o conceitode Terreiro para a própria Umbanda.

Estes espíritos vieram para a Umbanda, epassaram a observar o que se fazia dentro dosTerreiros.

Continuando a leitura do texto:

Muito são os espíritos que se aproximam dosTerreiros de Umbanda, se aproximam da Lei deUmbanda, mas nada aprendem e se afastam.

Continuam a vagar sem rumo pelo espaço.

Exu por sua vez continuou no Terreiro, observou,prestou atenção, teve paciência, estudou,aprendeu com o Mestre Oxalá.

Estes espíritos que ficaram, que observavam, queestudavam, que prestavam atenção e queadquiriram o conhecimento maior, ficaram nosTerreiros.

Foi então lhes dado a missão de cuidarem dasencruzilhadas, por onde passavam todas aspessoas que se dirigiam a Casa de Oxalá.

São as tronqueiras existentes em todos osTerreiros e que ficam exatamente na entrada doTerreiro, lugar por onde deve passar todos osque entram e todos os que saem.

Aqui verificamos qual a função do Exu daUmbanda, que é a da proteção ao Terreiro, aCasa de Oxalá.

São os Exus os Guardiões do Templo, osGuardiões da Lei da Umbanda.

Verifica-se no texto que os Exus passaram a ser osgrandes trabalhadores da Umbanda e passarama ter um papel muito importante na Umbanda.

Finaliza o mito afirmando que Exu ficou sendo oresponsável por todas as encruzilhadas.

Finalizamos este texto destacando algumascaracterísticas importantes do Exu de Lei, oGuardião da Umbanda:

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1) Um dia foram espíritos sem rumo, queprovavelmente trabalhavam negativamente, oueram dominados por espíritos negativos.

2) Em um determinado momento seaproximaram da Lei da Umbanda e mudaramsua forma de pensar e agir, de “vagabundos”passaram a ser os maiores trabalhadores.

3) Foi designado a estes espíritos a função detomarem conta da Casa de Oxalá, ou seja,tomarem conta do Terreiro de Umbanda, da Leide Umbanda.

4) São espíritos fortes, e quando necessário,podem usar de meios duros para afastarem epunirem os indesejáveis.

5) São os espíritos responsáveis por todas asencruzilhadas.

Saravá Exu das Sete Encruzilhadas!

Saravá Umbanda!

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No Núcleo Mata Verde seguimos uma umbandainiciática, ou seja, existem graus iniciáticos ondeo médium deve estudar e se desenvolverespiritualmente.Embora poucos umbandistas conheçam, aumbanda iniciática é bem antiga e teve seu inicioem 1924 na .

Em 1920 no Rio de Janeiro, o médium (26/12/1902 -

03/12/1986), teve a primeira manifestação deuma entidade que identificou-se como

. Durante os primeiros anos de sua ligaçãocom a Umbanda, Benjamin foi auxiliado no seudesenvolvimento pelo médium

(Caboclo das Sete Encruzilhadas).

O vinha com a finalidade de criarum novo núcleo de crescimento para aUmbanda e assim, toda a família do médium foichamada a participar. Eram ao todo 12 pessoasque deram início em 1924 ao que foi chamada aSeara de Mirim.

introduziu o conceito degraduação aos seus médiuns emdesenvolvimento, com uma classificação própriapara cada um nos trabalhos de atendimentopúblico.

Foi, talvez, a primeira

O novo adepto da religião iniciava seudesenvolvimento mediúnico na base da pirâmidehierárquica do terreiro, e ia ascendendo nelaconforme seu próprio ritmo, levando-se emconta a seriedade e a dedicação do neófito, esempre de acordo com a intensidade e aqualidade com que seus próprios Guiastrabalhavam junto ao médium.

Com isso, durante seu desenvolvimento, omédium exercitaria várias funções dentro dostrabalhos de caridade. A nomenclatura dos setegraus foi baseada na terminologia da língua

, da antiga raça dos índios .

Assim ficaram classificados:

- Entidades dos médiunsIniciantes (I)

- Entidades dos médiuns de Banco(B)

- Entidades dos médiuns deTerreiro (T)

- Entidades dos Sub-Chefesde Terreiros (SCT)

- Entidades dos Chefes deTerreiros (CT)

- Entidades dos SubComandantes Chefes de Terreiros (SCCT)

– Entidades dosComandantes Chefes de Terreiros (CCT)

http://www.tendaespiritamirim.com.br/

http://fraternidadeumbandistaluzdearuanda.blogspot.com.br/

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UMBANDA INICIÁTICA

O Primado de Umbanda é uma organizaçãofederativa nacional de Umbanda, fundada em

por diversas Tendas de Umbanda,tendo como seu idealizador a Entidade Espiritualdenominada , que atuava atravésdo saudoso médium ,fundador da Tenda Espírita Mirim, com afinalidade de estimular o estudo da religião deUmbanda e a difusão e defesa dos seus reaisensinamentos, bem como, dar formaçãosacerdotal e iniciática aos dirigentes das Tendasde Umbanda Federadas.

Líder ReligiosoComandante do Primado de Umbanda, quequando incorporado de sua Entidade Espiritualrecebe a denominação de TUPIXABA, estandosobre sua responsabilidade a orientaçãodoutrinária, filosófica e moral da Instituição, bemcomo, as ordenações sacerdotais dosComandantes Chefes de Terreiro e o comandodas giras coletivas do Primado de Umbanda.

- Nomenclatura – CCT - (ComandanteChefe de Terreiro)

- Nomenclatura – SCCT – (SubComandante Chefe de Terreiro)

- Nomenclatura – CT – (Chefe de Terreiro)

- Nomenclatura – SCT – (Sub Chefe deTerreiro)

- Nomenclatura – T – (Terreiro)

- Nomenclatura – B (Banco)

- Nomenclatura – I (Iniciando)

Significado em Tupy dos Termos Utilizados paraDesignar as Entidades Espirituais que em OrdemDecrescente estão Colocadas num Terreiro deUmbanda:

- palavra de origem Tupyque corresponde à "Chefe das Tribos IndígenasBrasileiras".

– palavra de origem Tupyque significa "Homem mais elevado – Bispo".

- palavra de origem Tupy quesignifica "Missionário - Homem de Cristo -Homem Diferente - Um Padre".

– palavra de origem Tupyque significa "Sacerdote Menor".

– palavra de origem Tupyque significa "discípulo, súdito de nívelconsiderável, nível maior".

– palavra de origem Tupy quesignifica "discípulo, súdito, servo de nível médio".

– palavra de origem Tupyque significa "discípulo, súdito, neófito, iniciante,discípulo novo – pequeno, novo".

Com base no acima exposto observa-se queexiste uma terminologia para identificar agraduação do médium e outra terminologia paraidentificar a graduação da Entidade atuante nomédium.

Assim quando um Comandante Chefe deTerreiro estiver incorporado de sua EntidadeEspiritual deverá ser tratado como Morubixaba, equando não estiver incorporado deverá sertratado como Comandante Chefe de Terreiro.

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Em 1941 foi realizado no Rio de Janeiro o primeiro congresso de umbanda.

Entre os vários assuntos abordados neste congresso, foram apresentados os sete graus iniciáticos,chamados na época de “ ”.

Seguem abaixo os sete graus de iniciação:

A doutrina iniciática dos sete reinos sagrados teve seu inicio na Tenda de Umbanda Pai Oxalá,localizada na cidade de Araraquara.

A Tenda de Umbanda Pai Oxalá em 1977 era filiada ao Primado de Umbanda e por razõesparticulares de sua dirigente se afastou do Primado de Umbanda, mas continuou com os grausiniciáticos.

Foi a partir desta data (1977) que começou a se formar a, seguida pelo Núcleo Mata Verde e ensinada pelo Caboclo Mata Verde.

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A doutrina dos sete reinos sagrados é uma doutrina ensinada e praticada no eem templos filiados.

Os :

– Sacerdote do Fogo

– Sacerdote da Terra

– Sacerdote do Ar

– Sacerdote da Água

– Sacerdote das Matas

– Sacerdote dos Homens

- Sacerdote das Almas

Para os médiuns de incorporação existem outros termos que servem para designar as entidadesespirituais (semelhante ao Primado de Umbanda):

Obs.: Caso tenha interesse em implantar a doutrina dos sete reinos sagrados em seu terreiro, entreem contato pelo email: [email protected] e coloque no título da mensagem “

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Janeiro 2016

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- Gira de Abertura dos Trabalhos - Festa de Oxossi - Início às 20:00 horas - Gira Pública

- Gira dos Guardiões - Início às 20:00 horas - Trabalho reservado aos médiuns da casa

- Gira de Caboclos - Início às 20:00 horas - Gira Pública

- Arapé - Reunião com os integrantes da equipe do Arapé.