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Revista Touché! Março 2011

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Revista Touché! Março 2011

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editorial

Distribuição Gratuitaexpediente

Produção: Laser Press Comunicação Integradawww.laserpress.net – 11 4587-6499Diretor Executivo: André Luiz de Barros LeiteEditora: Mônica Tozetto

Textos: Mônica Tozetto (MTB 33.120)Designer: Alexandra TorricelliDepto. Comercial: João Boscoe Vanessa NakamuraTiragem: 6.000 exemplares

w w w. r e v i s t a t o u c h e . c o m . b r

Mônica Tozetto, editora

[email protected]

ParticipeComentários, críti-

cas, elogios e outras su-gestões são bem vindos.No site, acesse “Faleconosco” para dar suapalavra.

noSITE

Acompanhe a touché! pelo site www.revistatouche.com.br e

veja as dicas para aproveitar suas férias. Ainda nas páginas dos

antigos exemplares, muitos artigos e outros assuntos. Acesse já!

A expectativa geradapelo Carnaval sempre meparece maior do que real-mente ela é. Alguns seg-mentos da economia sim-plesmente ficam paralisa-dos, aguardando a folia pas-sar. Acho injusto, incômodoe, às vezes, irritante. Masrespeito quem goste. A re-vista touché! não falou doCarnaval, não vai falar a nãoser por essas mal traçadas.

Vivemos 2011 desdequando ele começou. Porisso acho que esta edição

O ano finalmenteestá tão especial, cheia desurpresas, transpirando nos-so modo de ver a vida.Cláudio Schiavi talvez sejaa mais perfeita tradução deum chef de cozinha aqui emnossa cidade. Mãos habili-dosas, gosto refinado e pra-tos acima de qualquer sus-peita.

A dica de São Pedro é du-plamente especial. Turismorural e também de compras,com mordomias no tama-nho certo, preços suportá-veis e surpresas na varieda-

de de ofertas no pequeno,mas competente comérciolocal. Nossos colunistas es-tão mais afinados do quenunca.

Outra dica imperdível éa proposta de alimentaçãofuncional. À medida que amedicina desvenda segredosdo funcionamento do nossocorpo, é possível ampliarnossa capacidade não só deprevenir doenças como a deprolongar nossa vida demaneira saudável e feliz. Épuro touché!

começou?

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4 touché!

g e n t e( )

Lugar de homem é na cozinha!

Pelo menos, Cláudio Schiavi.

Um bom vinho e um prato italiano. Junte-se a isso amigos, famíliae, claro, bons ingredientes. Vale também cozinhar ao lado de quem agente gosta. Essa é a receita básica de vida do chef Cláudio Schiavi. Oproprietário da Schiavi Rosticcerie conta à touché! um pouco de suahistória e seu universo de sabor.

Por Mônica Tozetto

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5touché!

A relação de CláudioSchiavi com a gastronomiateve início quando ele ain-da era um menino de 8 anos.Italiano da cidade deBergamo, na Lombardia,gostava de ajudar a avó nacozinha. Em 1963, a famí-lia vem para o Brasil e com-pra o restaurante Passarin.Todos trabalhavam. A mãefazia as massas. Cláudio e airmã, ficavam nos capelettio tempo todo em que não es-tavam na escola. Montadoem sua bicicleta, seu pai se-guia fazendo amizades e,claro, propaganda do local.“Um foi falando pro outro eo local começou a encher.Aos sábados e domingos,lotava. Era capeletti etagliarini. O Frango àDiávola, que a mamãe fazia,também era famoso. Mas agente trabalhava muito”,

conta ele.Depois de algum tempo,

Cláudio passou a trabalharcomo ajudante de garçon.Lá pelos idos de 1970, a fa-mília adquire o famosoHaiti. Como o local precisa-va de uma reforma antes dereabrir, seu pai resolve tirarférias e vai pra Santos. Lá,foi comer no Don Frabrizio,restaurante com culináriatípica italiana, cujo maitre,Carlos, era especialista naarte do réchaud. “Meu paipediu o maitre emprestado, afim de que viesse pra Jundiaíensinar nossos funcionários.Comprou réchauds de pra-ta, lindos. Seu Carlos ficouum mês na cidade, ensinan-do a turma aqui. Nossa, foium sucesso. As crianças fi-cavam todas em volta, en-cantadas. Foi lindo”, lembra.Foi nessa fase que nasceu o

Capeletti à papalina. “Hoje,cada um faz do seu jeito. Oprato foi desvirtuado. Masquem quiser comer o verda-deiro, venha aqui”, convida.

Como não poderia dei-xar de ser, o Haiti, nas mãosda família Schiavi, foi umacontecimento. Mas o movi-

mento em relação às enco-mendas acabava deixandoclientes que iam até lá parasaborear as iguarias, esperan-do demais. Resolveram entãoabrir a Haiti Rosticceria. Deutão certo que no primeiroano de funcionamento, todasas contas estavam pagas.

Cláudio e a esposa, Denise

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“Foi nessa época tambémque comprei o terreno ondeestou hoje e comecei a cons-truir. Como muitos outroscomerciantes, peguei os pla-nos da vida, o que me atra-palhou financeiramente. Asituação ficou difícil, mas,como as pessoas acredita-vam no nome Schiavi, con-seguimos superar”, diz.

Depois que o pai mor-reu, a família decidiu fecharo Haiti. Cláudio terminou deconstruir a Rosticceria, ondeestá há 17 anos. “Coloqueimeu nome. Comerciantesmais antigos torceram o na-riz. Imagine,mudar umnome tão tradicional comoo Haiti. Nem minha mãequeria. Mas as pessoas co-nheciam o Cláudio e eraaqui que vinham. A inten-ção era imprimir minhamarca, fazer algumas coisas

que não podia quando tra-balhava com meu pai. Tra-balhamos juntos a vidatoda, mas a palavra final erasempre dele e eu sempre res-peitei. Funcionou”.

Nova faseOs clientes antigos, po-

rém, não se conformaramem deixar de saborear asdelícias dos Schiavi. E pe-diam para que Cláudioabrisse um restaurante. Háquatro anos, um deles enco-mendou um prato para ummédico de São Paulo, que

estava saudoso dos tempe-ros de outrora. Cláudio ce-deu. Um outro cliente viu eficou com vontade. Ele fez,também. “E as pessoas in-sistiam, pediam. Eu cedi.Em 15 dias, montei um es-quema na parte de baixo,self service. Eu e minha es-posa, Denise, que me ajudamuito, fomos pra São Pauloe lotamos o carro de pratos,talheres etc. Foi uma loucu-ra. No dia de abrir, não ti-nha onde por a comida. Im-provisei mesinhas. Lotou nodia e todos os outros, masficava feio. Não condiziacom meu padrão de quali-dade”, conta. Quando cho-via, as pessoas comiam nocaixa e no balcão.

Para unir o sabor com aqualidade e conforto, Cláu-dio decidiu abrir o restau-rante na parte de cima da

Rosticceria. Em seis meses,o local estava prontinho. Eleconta que procurou fugir doque se oferecia na cidade.“Relutei em abrir um res-taurante porque não sou doquilo. Sei que comer rápidoé uma necessidade. Mas nãogosto da manipulação como alimento, todos respiran-do em cima”, explica. Comisso me mente, encontrousua fórmula. Lá, se paga porpessoa, preço fixo. “O movi-mento é ótimo todos os dias.Foi um sucesso desde quecomeçou. Os clientes absor-veram meu sistema e aclientela foi se peneirando”.

Em seu restaurante,Cláudio procura ofereceruma gastronomia diferente.Os pratos italianos estãosempre presentes, principal-mente aqueles de sua região.Nessa linha, além das mas-

““Vou mudando.Tenho

obrigação desurpreender

minha clientela,que é muito fiel

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7touché!

sas, as caças, como coelhos,codornas e perdizes. Masseu olhar segue um viés maisglobalizado. Então, seu cli-ente pode encontrar iguari-as chinesas ou tailandesas.“Vou mudando. Tenhoobrigação de surpreenderminha clientela, que é mui-to fiel”, fala. Há aquelesque gostam de dobradinha.Tem na quarta. Outros, derabada. Tem no sábado.“Eles vêm especialmentepra isso. Hoje (dia na en-trevista), por exemplo, te-mos sagu na sobremesa.Uma coisa tão simples,mas que não se encontrapor aí. A gente comia nacasa da mãe, da avó”. Nasua cozinha, até o arroz efeijão precisa ter uma gra-ça. “Caprichamos na fina-lização, como um carinho”.

FilosofiaAlém de investir em

bons ingredientes, Cláudiogosta de desenvolver novospratos. Para isso, pesquisamuito, aposta e dá liberda-de para que seus funcioná-rios também criem. “Peçoque criem e me surpreen-dam. Depois, vamos ajus-tando. A pessoa se sente va-lorizada”.

O atendimento a hotéis5 estrelas, como Renassain-ce, Sheraton e Transamé-rica, também acaba impul-sionando o cardápio. “Faze-mos contato direto com oschefs. Cada um tem sua pre-ferência e encomenda pratosespecíficos. Desenvolvemosdentro dos padrões solicita-dos. Muitos desses pratosacabam sendo incorporadosao cardápio Schiavi. “Uma

de nossas últimas criações– feita pelo meu chef, inclu-sive – foi uma massa de figoseco com queijo brie. Espe-tacular!”

A casa ainda permanececom administração familiar.Além da ajuda da esposa,Cláudio conta com a partici-pação do filho. “Ele fez gas-tronomia, mas prefere admi-nistrar. Conversamos muito,trocamos ideias. Ele opinasobre os pratos. É muito gos-tosa essa relação”, conta.

Pilotando a PaellaCláudio vai para a co-

zinha sempre que necessá-rio. Mas, todo final de mês,a Paella é religiosa. No iní-cio, o prato era colocado noréchaud, já pronto. Umdia, resolveu fazer fora, nosalão. Os clientes adora-ram. “Vou fazendo e con-versando. As pessoas che-gam, fazem comentários,brincam. A culinária apro-xima as pessoas. Abrimosum vinho ou uma cham-panhe. É um prazer doqual não abro mão”.

Falando em prazer, Cláu-dio adora vinho e toma tododia desde pequeno. Ali pelos7, 8 anos, já tomava a bebida“machiata” (misturada comágua). Quando cozinha ospratos preferidos da família

em casa, tem sempre umagarrafa acompanhando.

Seus pratos favoritos sãoos assados. E avisa: Sua co-zinha não é light. “Minhacomida é calórica, carrega-da na manteiga. Pra mim,nada de cozinha leve”, avi-sa. O predileto é uma vitelarecheada com patê, assadano forno com alecrim, pu-xado na manteiga. Acom-panha polenta. “A gentepega a polenta e faz umburaquinho onde se colo-ca a manteiga com molhode alecrim. Vai pegandodos lados, hum...” Na linhade massas, o Capeletti àbergamasca. Recheio decarne, manteiga, pancetta,pimenta do reino. Queijopor cima. Uma taça de vi-nho. O que mais precisapra ser feliz?

Pra finalizar, quem cozi-nha melhor, o homem ou amulher? “Não vejo diferen-ça nenhuma. Tradicional-mente, a maioria dos gran-des chefs são homens. Maseste cenário está mudando.Na minha cozinha, há diasem que só há mulheres. Eelas mandam muito bem”. EDenise? “Denise não gostade cozinhar. Casou comigopor uma fatia de torta dechocolate”.

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8 touché!8 touché!

d e s t i n o( )

São PedroPode levar as crianças, a sogra, o cachorro e o papagaio. O Hotel Fazenda Colina

Verde, localizado na cidade de São Pedro, tem capacidade para atender toda a famí-lia, com diversão para qualquer idade. Para as crianças – e os adultos menos tímidos– o toboágua gigante é a grande atração. Os pequenos também não querem perder aordenha da vaca, que acontece às 7h30. Entre um passeio e outro pelo local de 200mil metros quadrados de área tipicamente rural, a gente se depara com uma carroçapreguiçosa, nascentes, insetos, cavalos, cachorros mansos e soltos. Ah, e cuidado,também há frutas que caem das árvores e podem tem levar pro chão. Pode esquecero despertador. A sinfonia de galos imprime um delicioso aspecto de sítio.

Por Mônica Tozetto

tranquilidade, lazer e enxovais

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9touché!

O café da manhã é muito bem servido. Pães, bolos, do-ces, frutas e sucos frescos fazem parte das mesas. Os pra-tos do almoço e jantar são fartos, mas deixam um pouco adesejar na questão variedade e tempero.

Café

Piscina Aquecida

No quesito parque aquático, o Hotel Colina Verde sur-preende. O complexo aquecido é grande o suficiente paraque todos se divirtam, seja praticando hidroginástica, jo-gando biribol ou batendo um papo.

Uma vegetação bem cuidada se une a piscinasgrandes e de água cristalina.

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10 touché!

Para os pequenos,o toboágua é

a grande atração.

Natureza ehóspedesconvivem

pacificamente

Muito grande, oHotel Colina Verde aju-da seus hóspedes atransitarem, usandoplacas indicativas dasruas e locais de acesso.

O hotel possui algu-mas passagens – cober-tas - que facilitam otrânsito, mesmo paraaqueles que ficam maislonge das áreas de con-vívio.

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11touché!

Os quartos são confortáveis e arejados. Apesarde ser hotel fazenda, os pernilongos e insetos nãoincomodam.

Além de lazer, o Colina Verde é um local ideal para rea-lização de eventos. São nove complexos de salões que po-dem ser transformados em 16 salas de reunião, chegando aaté 40 salas de apoio, com capacidade para 1500 pessoas.O hotel disponibiliza telões, projetores, equipamento áudio-visual completo, retroprojetores, internet, secretaria, vanse ônibus para tour.

Trem

Para conhecera mini fazenda,

pais e filhosvão de trem

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12 touché!

Não deixe de conhecer acidade. Pequena e simpática,oferece uma feirinha de arte-sanato ao lado da igreja (vocêpode fazer três pedidos naprimeira vez que entrar), compreços incríveis de cama,mesa e banho. As lojas ao re-dor também oferecem enxo-vais a preços assustadores –de tão baixos! Para se teruma ideia, um edredom decasal (cama normal) podesair por R$ 34,00.

São Pedro

Saiba mais:

www.hotelcolinaverde.com.br

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13touché!

s a ú d e( )

Treinar podeser divertido

AGENDE UMA AULA GRÁTIS

13touché!

Felipe Bonelli tinha cer-

teza de que não gostava da

musculação tradicional,

mas sabia que era funda-

mental para seu desempe-

nho físico. Formado em

Educação Física pela

USP e especialista em Fi-

siologia do Exercício pela

UNIFESP, atuava em aca-

demias de São Paulo e

Jundiaí, na área de

Spinning. Na busca por

inovações, conheceu, em

2008, um treino baseado

em força, de origem russa.

Em 2010, teve contato

com o Cross Fit, um mé-

todo americano que reunia

levantamento de peso, gi-

nástica olímpica e treino

aeróbio. Juntando outros

cursos e sua experiência,

criou seu próprio método,

o MUVe – Movimento Uni-

formemente Variado em

busca do Equilíbrio.

Conceito único da re-

gião, a aula reúne treina-

mento aeróbio, resistên-

cia, força, flexibilidade,

potência, velocidade, coor-

denação, precisão, agilida-

de e equilíbrio. Além de

tudo isso, ele faz questão

de enfatizar: diversão. “Im-

prime a diversão do fitness,

a emoção da competição

com você mesmo e a sur-

presa de não saber o que

te espera no dia seguinte”,

explica ele. Felipe ressalta

que os alunos acabam se

surpreendendo em realizar

o que julgavam impossível.

Baseado em três pilares

fundamentais – levanta-

mento de peso, movimen-

tos da ginástica olímpica e

treinamento aeróbio – o

MUVe possibilita uma vi-

sível melhora nas ativida-

des do dia-a-dia, sejam elas

carregar uma criança, ir ao

supermercado ou melho-

rar o tempo em uma corri-

da de 10 quilômetros.

“Sem esquecer a definição

de um corpo mais atléti-

co”, destaca o professor.

As aulas são divididas

em quatro partes: 1ª –

Corretiva / 2ª Aquecimen-

to / 3ª Técnica e 4ª Trei-

no pesado. Este último,

não se assustem, dura pou-

co. Agende uma aula grá-

tis e comprove.

Segunda a sexta-feira, das 6 às 23 horas. Sábados das 7 às 13 horas. Rua Senador Fonseca, 433 – Centro. Telefone: 4586-0121

Bonelli investiu em aparelhosdiferenciados: Remo indoor,Functional Trainer, Anilhas

de competição olímpica,Kettlebell e muito mais

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14 touché!

Mãos, como cuidar,tratar, tirar as manchase rejuvenescê-las

As mãos, assim como o pes-coço, são áreas do nosso corpoque raramente escondem a ida-de. Quem já não reparou empessoas com rostos lindos e bemcuidados, mas quando olhamospara as mãos... que susto. Mui-tas pessoas se esquecem do cui-dado com as mãos. Elas falamtanto quanto nossa boca. Gesti-culamos, apontamos, levamoscom ela o alimento para a nossaboca, seguramos copos e taças de

champanhe. Assim elas partici-pam muito do nosso dia a dia.Então merecem todo o nosso cui-dado e carinho, explica o derma-tologista da Clínica Visia, emSão Paulo, Claudio Mutti.

Com o passar do tempo, apele das mãos fica mais flácida,manchada, o dorso apresentauma diminuição de gordura, re-velando os tendões e veias, dan-do um aspecto senil. Mas exis-tem tratamentos para torná-las

mais jovens e bonitas. Podem serassociados ou não, dependendoda necessidade de cada caso.

Os peelings são ácidos compropriedades de renovação dapele e retirada de manchas. Pra-ticamente todos que são feitosno rosto podem ser feitos nasmãos. Um dos mais usados é aATA (ácido tricloroacético – quepode ser líquido ou em pasta)garante uma distribuição homo-gênea na região a ser tratada. O

resultado é uma descamaçãoda área, promovendo uma re-novação celular e o clarea-mento da mão.

Segundo o dermatologista, aLipoenxertia (enxerto de gordu-ra para as mãos) é indicado paraas mãos flácidas, ossos aparen-tes, veias e tendões visíveis. Aanestesia é local ou troncular(bloqueio dos nervos que vãopara as mãos) e pede um dia deinternação. Os inconvenientes

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15touché!

são a necessidade de aspiraçãode gordura de outro local e o pós-operatório. A gordura implan-tada pode ser reabsorvida emparte (entre 40 e 60%), masparte da gordura vai persis-tir, conferindo aparência me-lhor do que estava antes doprocedimento.

A Bioplastia das Mãos é fei-ta no próprio consultório, comanestesia local. Através de umapequena cânula, é introduzidouma substância que devolveráo volume perdido nas mãos. Oefeito é imediato, tirando o as-pecto de mão envelhecida, comveias e ossos aparentes. O au-mento do volume também me-lhora a flacidez das mãos, afir-ma Mutti.

O Sculptra é utilizado comoestimulante de colágeno local,que consiste de uma substânciaque induz a formação de co-lágeno, melhorando a qualida-de da pele, diminuindo a fla-

cidez, dando um aspecto maisjovem. São feitas três sessões,uma a cada mês. O efeito não éimediato como o do preenchi-mento, mas o resultado ésatisfatório

O laser de infravermelho,Titan, Nir, Tight-Skin atua es-timulando a formação de colá-geno local, melhorando a fla-cidez, o aspecto craquelado, dei-xando as mãos mais sedosas ecom aspecto mais jovem. OLaser de CO2 fracionado, a Luzpulsada, são procedimentos in-dicados para o tratamento dasmanchas causadas pelo enve-lhecimento e exposição solar,que podem ser retiradas ouamenizadas. Após as sessões delaser é indicado o uso de luvasde proteção para evitar a expo-sição solar e assim ter um resul-tado mais satisfatório. São rea-lizadas pelo menos três sessõescom intervalo mensal entre assessões.

1 - Uso constante de protetorsolar, o que muitos esquecem.Passam no rosto e esquecem pes-coço, colo, braços e mãos.

2 - Se manipular produtosquímicos, use sempre luvas.

3 - Usar hidratantes nasmãos, de preferência sempreapós lavá-las.

4 - Tudo que usar no rosto,menos a maquiagem, poderá serusado nas mãos.

Algumasorientaçõespara retardar oenvelhecimentodas mãos:

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16 touché!

Nasprateleiras

Vale ouroBatom ouro rosa, quarteto de sombras,

brilho labial e máscara para cílios. Na novalinha Ouro 24K, a Avon inova mais uma vezcom cores vibrantes e luxuosas, com texturamacia, aparência luxuosa e cintilante. Pro-cure sua revendedora ou: 0800-708-2866 /Loja Virtual: www.avon.com.br /www.folhetoavon.com.br /www.maquiagemavon.com.br

TradiçãoO mais tradicional sabonete da Natura, Erva Doces, chega ago-

ra em novas fórmulas. Sabonete líquido para o corpo e desodoranteem spray são as novidades do portfólio. Adquira com sua consulto-ra ou: SNAC – 0800-115566 – [email protected] / www.natura.net

Teens perfumadasPara garotas entre 13 e 17 anos, que

estão descobrindo sua feminilidade, aAvon International Fragrances lançouo Secret Fantasy. A embalagem traz umpingente em formato de chave e podeser usado como acessório paracorrentinha. A fragrância preserva osegredo da sensualidade. Procure suarevendedora ou: 0800-708-2866 /Loja Virtual: www.avon.com.br /www.folhetoavon.com.br

Macios e bem tratadosJunte verão, sol, mar e piscina com cabelos saudáveis. Perfeito!

Para isso, investir em bons produtos é essencial. A linha Oyster Repair,da Mediterrani Professional, cuida disso. Promete cabelos restaura-dos, fortes e brilhantes. Nas fórmulas, extrato de ostra e aminoácidosda queratina. Os preços variam de R$ 31,00 a R$ 35,00. Mediterrani:11 2770-3770 / www.mediterraniprofessional.com.br

Sem resíduosA linha Granado acaba de lançar um demaquilante facial sem

tensoativos, uma fórmula que procura remover os resíduos sem eimpurezas, sem agredir a pele. Enriquecido com óleo de girassol(rico em vitamina E) que deixa a pele com textura suave. Os produ-tos podem ser encontrados nas lojas Granado e nas principais far-mácias e drogarias de todo o País. www.granado.com.br / SAC:0800 940 6730.

Cuide-seHidratar-se. Um ritual

envolvente e necessário. Paraisso, a linha Avon Care ofereceprodutos para cuidados com ocorpo, rosto e mãos para toda afamília. São treze itens. Queprometem hidratação e con-forto para todos os tipos depe le . Procure suarevendedora ou: 0800-708-2866 / Loja Vir tua l :www.avon .com.br /www.folhetoavon.com.br

DiversãoPara elas, Disney Princess. Para eles, Disney

Carros. A Avon traz toda a magia das histórias emuma nova linha de produtos feita para crianças apartir de 3 anos. As meninas co-lônias e hidratante com asprincesas Branca de Neve,Cinderela e Bela. Para osmeninos, colônia, gelpara cabelo e shampoo 2em 1 com os divertidospersonagens da DisneyPixar. Todos são clínica edermatologicamente testa-dos.

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17touché!

Rosa MassotiRealizando sonhos pelo mundo

t u r i s m o( )

O que há de novo em Paris?Que tal começar pelo bairro-

queridinho-de-todos ? Isso mesmo,SAINT-GERMAIN-DES-PRÈS!RALPH LOREN escolheu um beloedifício para sua maior loja da Eu-ropa. Aliás, uma “flagship store”, acara da marca. Painéis de madeiraclara e piso estilo Versailles abrigaas coleções homens, mulheres e cri-anças, além do “Watch Salon”, o Sa-lão dos Relógios. Tem o primeirorestaurante da marca na Europa o“Ralph’s”, num belo pátio interior(173, Boulevard St. Germain).

CATHERINE HOUARDGALLERY - há muitas galerias dearte no bairro, mas esta é especial.Promove exposições de todas astendências e é o lugar perfeito paraaquela compra sonhada que serávista na melhor parede da sua casa!(15, rue Saint Benoit).

BURBERRY - Desde 1856 nomercado de luxo, a marca das capasde chuva mais admiradas do mundoreúne aqui todos os filhotes da suacoleção: Burberry Prorsum,Burberry London e Burberry Brit.Tem também extensa coleção de ca-misas e “tartans” para os mais au-daciosos. Os mais tradicionais fi-cam mesmo com os perfumes eacessórios. (163, Blvd Saint-Germain).

LADURÉE no Palácio deVersailles? Esta, nem a Rainha Ma-ria Antonieta perderia. Os mais fa-

Vai pra Paris pela vigésima vez? Que sorte a sua! Aceita sugestões?

mosos “macaroons” de Paris agorasão encontrados em Versailles.Além das delícias gourmet há tam-bém a coleção “Beauté et Secrets”:velas, perfumes e outros mimos paraos sentidos. Para se apaixonar, asbolsas bordadas e os produtos depapelaria (está na ala dos aparta-mentos reais).

PIERRE HERMÉ - As bolsasdo famoso “chocolatier” estão nasmãos de turistas e parisienses. To-dos amam o “Picasso dos Confeitei-ros”. A decoração da loja de ondesaem as famosas sacolinhas rechea-das de gostosuras realça o intensocolorido das gulodices. (58, AvenuePaul-Doumier).

ÓPERA - A Ópera Garnier, ousimplesmente a ÓPERA, abriu umagaleria de compras. O que faltava!É a delícia de colecionadores eestetas em geral. Uma vitrine paraos produtos franceses por excelên-cia, relacionados às artes líricas ecoreográficas. CDs e DVDs ao ladode tutus embabadados, sapatilhas debalé Repetto e acessórios criativos.(Galerie de l’Opéra de Paris, entra-da pela rue Halévy).

B O U L E V A R DBEAUMARCHAIS - Entre a Praça daBastilha e a Praça da República, oBoulevard Beaumarchais é a espinhadorsal de uma incrível teia de butiques,lojas de designers da moda,artes e ob-jetos decorativos, meio escondidas num

emaranhado de passagens e galerias.Quer melhor que uma caminhada nesteinício da primavera, explorando estaparte antiga da cidade? Antiga e tãobem preservada que nem o BaronHaussmann se atreveu a destruir estapaisagem urbana . E olhem que ele alar-gou avenidas e modernizou a cidade eseu traçado.

CHÁ? Vá ao “LA MAISONDES TROIS THÉS”- É simples:depois da água, o chá é a bebidamais consumida no mundo! Na “Casados 3 chás” gerenciada pela expertYu Hui Tseng, há loja e salão de chádecorados com magníficos móveisantigos da Ásia. Atmosfera elegan-te e serena onde (com sorte) se avis-ta Gerard Depardieu. Chás chine-ses cheirando a néctar fazem a ima-ginação voar. Imperdíveis: chá deJasmim e o Gong Fu Cha. (1, RueSaint-Médard).

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18 touché!

Os ignorantes no tema comoeu, que apenas estão à busca deum pouco de conhecimento, aose autoconceituarem filosofantespodem se dar ao luxo de exorci-zarem seus pensamentos ama-dores, sem causar grandes como-ções intelectuais.

Aí sim, parece que todos nósnos sentimos confortáveis parateorizar sobre a plenitude cós-mica, felicidade, interioridade etemas afins.

Talvez o melhor seria escu-tar e aprender com quem temuma base bem estabelecida paraesclarecer e clarear nossos pen-samentos e fazer da filosofia uminstrumento útil para o pensa-mento humano.

É o caso de Astrid Sayegh,professora de Filosofia da USP,que também ironiza a condição

f i l o s o f a n d o( )

FILOSOFANTESOs filósofos, para uma par-

cela das pessoas, parecem serpessoas estranhas, alheias aocotidiano, pretensiosos arqui-tetos de uma sociedade que nãopoderá ser construída.

de grandes pensadores e deixaisto reservado a uma seleçãocomposta por Aristóteles, Platão,Sócrates e outros notáveis. Masela sabe como transmitir suavasta cultura aos interessados.Em seu livro: “Bérgson – Aconsciência Criadora”, ela des-creve seus pensamentos, quesumarizo aqui:

“A filosofia é a forma deautoconhecimento, na medidaque traça o percurso do princí-pio espiritual em seu processode criação. O primeiro momen-to desse processo consiste na di-ferenciação da Unidade namultiplicidade dos seres natu-rais. Desse modo constitui-se afenomenologia da vida, cujoprolongamento, para Bérgson, éa fenomenologia do espírito.

Tal processo permite des-

crever a gênese do intelecto, demodo a fundamentar sua estru-tura analítica e estabelecer umacrítica do conhecimento. O inte-lecto, dada a sua vocação prag-mática, é que vai pautar os co-nhecimentos racionais da ciên-cia; porém dada a sua concepçãoquantitativa do real aparente,não se presta ao conhecimentopleno da metafísica.

A inteligência cumpre, po-rém, o papel inicial de procurara presença no fenomênico, dan-do acesso ao espírito de conhe-cer a sua substância em suaimediatez.

A Prof. Astrid nos propõerefletir que a filosofia é a buscada interioridade da alma da pes-soa consigo mesma e por issotranscende o cotidiano. Ela co-labora nas respostas aos proble-

mas existenciais, na medida queesclarece a natureza, a origeme a destinação do ser, buscan-do o por que disto tudo. A filo-sofia, no fundo, nos ofereceexplicações ideais para a nos-sa realidade.

O que se deve evitar, em es-pecial, nas questões religiosas éo dogmatismo para esclarecerproblemas existenciais. Temosa tendência a não querer reverconceitos, não mexer em nada.Em geral a religião impregna anossa alma.

Para evitar isto é necessárioestudo sistemático para que setenha uma visão mais autênticada vida. Conhecer a nossa essên-cia, ou seja, o que temos de finitoe também de infinito.

O importante é aprender apensar. Os professores precisamlevar os alunos a pensar por simesmos; ter os próprios critéri-os; incentivar a fundamentaçãoe a explicação. A filosofia ajudaa buscar a moral, a formar cons-ciências, mas consciências quesabem.

Já que por natureza somosfilosofantes, vamos filosofar...

Alvaro ZomignaniConsultor, Diretor da

Academia Bemstar eVice Presidente da Ateal

[email protected]

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19touché!

VIDA sem Glúten e semLactose é na GRÃO & CIA

EMAGREÇA! Elimine o Glutén da sua dieta.Estudo de Mestrado da UFMG indica que alimento com

fração da proteína promove ganho de gordura abdominal. Alémdessa preocupação, há grande incidência de intolerância ao nu-triente. Alvo de muitas dúvidas e polêmicas, o glúten, fraçãoprotéica presente em cereais como trigo, aveia, centeio e cevada(malte), está em evidência, seja pela obrigatoriedade das indús-trias em informar sua presença ou ausência nas embalagens dosalimentos, seja por sua mais recente associação ao ganho depeso. A nutricionista Fabíola Pires, autora da dissertação demestrado da UFMG, “Efeitos da exclusão dietética do glúten detrigo em modelo experimental de obesidade”, fez uma pesquisade 8 semanas com 40 camundongos que foram separados emgrupos e tratados com suas respectivas dietas. Um grupo tinhaglúten e o outro não. A conclusão é que aqueles que foram trata-dos sem o glúten tiveram uma redução de 33%, ou seja, menorganho de adiposidade – gordura – na região abdominal, alémde melhor sensibilidade à ação da insulina, hormônio impor-tante na manutenção de uma glicemia normal. O estudo, aindainicial e que agora evolui para a tese de doutorado, demonstraque a retirada do glúten da alimentação pode evitar, sim, oganho de peso. Alimentos com glúten levam até 26 horas paraserem eliminados do organismo, enquanto os alimentos semglúten levam até 18 horas.

Intolerância- Ainda mais preocupante que o ganho de pesoé o efeito do glúten no organismo de pessoas sensíveis e intole-rantes à fração protéica, os celíacos. De difícil diagnóstico e ain-da pouco conhecida pela população, a doença é autoimune edeterminada geneticamente. Não é rara e pode ser comparti-lhada por uma a cada 214 pessoas. O excesso de glúten podeacarretar diversos problemas, como a diminuição da taxa demetabolismo (dificultando a perda de peso), falta de cálcio noorganismo e até mesmo intolerância alimentar, baixa imunida-

de, intoxicação, dermatites, herpetiforme, depressão, síndromedo cólon irritado, enxaqueca, etc. Isso acontece porque o glútense acumula nas paredes do estômago e intestino, tornando todosos processos gastrointestinais mais lentos

Você que é alérgico, celíaco, diabético, vegetariano ou pos-sue alguma intolerância à Lactose ou ao Glúten e não quer abrirmão do sabor, venha para a GRÃO & CIA, que possui a maior emais completa linha de produtos sem glúten e sem lactose. Aquivocê encontra mais de 3000 produtos especiais entre sem glúten,sem lactose, diet, integrais, orgânicos, chás medicinais, mel ederivados, vegan, probióticos, suplementos vitamínicos, shakede emagrecimento, pratos prontos de baixa caloria, oleoginosase muito mais. Venha conferir!!!

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Fonte - Estado de MinasRevista Ciência 20 de setembro de 2010

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Page 20: Revista Touché! Março 2011

20 touché!

v i v e r b e m

Fernando BalbinoGraduado em Educação Física

pela UNESP de Rio Claro,mestre em Filosofia da

Educação pela UNIMEP,doutor em Ciências Sociais

pela PUC de São [email protected]

Tempos modernos eexpectativas sobre osencaminhamentos da vida

Como aconteceu na conversaentre os amigos, cada um de nóstem direito a sua análise da humani-dade. Somente não nos esqueçamosque cada pessoa estabelece seu pa-recer sobre a vida a partir de pers-pectivas, experiências vividas e tem-po de exposição a fenômenos pon-tuais. Determinados sucessos oufracassos contaminam nosso pare-cer sobre este mundo. Uma infelici-dade ou fatalidade pode ser difícilde superar. Quem viveu momentosde guerra, em qualquer situação depaz achará que a vida melhorou.Nossa visão dos fatos sociais ocor-re como se estivéssemos vendados,procurando explicar característicasde um animal que acabamos de co-nhecer através do tato. Cada um denós detém “verdades relativas oucircunstanciais sobre a existência ea humanidade. Estamos parcialmen-te corretos sobre prazeres e des-prazeres de estar vivo, uma vez quesão análises a partir de uma leiturapessoal.

Quem nasceu antes da décadade 90 aprendeu em um mundo de

Dois amigos idosos conversam sobre a vida. Desanimado, o primeiro afirma que “os valoresforam jogados na lata de lixo, ninguém respeita ninguém, estamos infelizes, voltados para o consu-mo exagerado, numa sociedade perigosa e violenta”. O segundo relativiza: “você está parcialmentecorreto! Está usando apenas os óculos de perto. Cuidado com as generalizações! Existem proble-mas, a vida ainda é muito cruel para boa parte das pessoas. Mas a vida também melhorou emalguns aspectos: hoje o mundo se comunica, o conhecimento é acessível, portas se abriram,desmistificamos crenças, a Mulher conquistou espaços sociais, vencemos barreiras raciais,minorias étnicas passaram a ser protegidas e ações de preservação do meio ambiente estãoocorrendo por toda a parte...”

ideologias. Além disto, estudosapontam que pessoas com mais detrinta anos apresentam dificuldadesem aceitar ideias inovadoras, devi-do a paradigmas estabelecidos. Nes-te tecido social imperava o separa-tivismo, o certo ou errado, verdadesabsolutas, luta de classes e corpo-rativismos. Havia a opção por ser deesquerda ou de direita, pegar em ar-mas e levantar bandeiras.

O mundo mudou. Vivemos emuma nova era: um pouco pela resis-tência e bravura de alguns, tambémpelo fracasso de idéias e desejos deoutros ou por que novos jovenschegaram. Estes entenderam que omundo é complicado e não queremsalvar o mundo como as geraçõesanteriores. Vivem de outra forma esão rotulados de “alienados” poraqueles que nasceram em outrotempo. É um novo mundo que sedescortina e pouco importa se va-mos chamar tudo isto de globa-lização ou pós-modernidade.

Acordamos em um mundo dife-rente, embora algumas pessoas nãoaceitem. São muitas as verdades, os

valores, a pluralidade sociocultural.O totalitarismo está sendo enterra-do junto com a centralização ou aideia de uma única saída para todosos problemas da humanidade. Emer-gem a rede e a diversidade comonovas propostas. Cada pessoa querviver da sua forma. Defende suamaneira única de entender o mun-do. São muitas as tribos.

Evidente que vivemos então oconflito. Mas devemos ter cuidadocom visões radicais, com entendi-mentos que conduzam a separatis-mos, absolutismos e que isto é bomou mal. Ou que ontem era melhor.E que hoje está pior. Ou que nãohaverá amanhã. Talvez as próximasgerações achem algum equilíbrio.Descubram algo que ainda não sus-peitamos. Gostando ou não, concor-dando ou discordando do que temosagora, a humanidade se transforma,se modifica e de alguma maneiraavança... A contra-cultura é um dis-curso superado, como tantos outros.Quem pode dizer com propriedadeque estamos piores? Talvez seja algocomo comparar elefantes e girafas,

definir que o azul é mais bonito que overde e assim por diante. São muitosmundos e muitas vidas.

Para os apocalípticos que aguar-dam o extermínio da raça humanaatravés de uma vingança Divina ououtra grande guerra, vale lembraro grande número de pessoas que seenvolvem em projetos sociais demaneira espontânea ou voluntária.Ongs que cuidam dos animais e danatureza, movimentos pela paz epela qualidade de vida.

Não existe um único enredo.Existem muitas tentativas para osproblemas que nos afligem. O fatoé que não há realmente uma únicaporta. Não há otimismo fácil e sa-bemos que as expectativas geradaspelas conquistas materiais não vãosuprir nossas necessidades de pro-duzir mais humanidades.

Se ainda não fazemos o que écerto, ao menos sabemos o que estáerrado e cada geração vai ter con-dições de avançar, melhorar a vida!Faça a sua parte e acredite no gran-de jogo. Novas peças estão sendocolocadas no tabuleiro.

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t e c n o l o g i a

[email protected]

A desmaterializaçãodo dinheiro

1994 foi o ponto de ruptu-ra. Nesse ano o uso do dinhei-ro plástico (cartão de crédito)ultrapassou pela primeira vezos cheques. A tendência seacentuou e hoje as velhas fo-lhas com canhoto são cada vezmais raras. Práticos e seguros,os cartões de créditos imperammas, acreditem, eles tambémestão com os dias contados.

As operadoras de cartãojá se preparam para uma novaforma de pagamento – celula-res. A prática, já amplamentedisseminada no Japão, deveacentuar a desmaterializaçãodo dinheiro, fazendo evaporar

André Barros desconfia queseu velho Iphone de primeira

geração não vá aguentar obaque e sucumbirá se tiver

mais uma função, pois ele jáacumula fotos da família,

agenda de compromissos eoutras banalidades digitais.

as cédulas transmutadas emalgoritmos. A inovação apenasconfirma as previsões feitasuma década e meia atrás porNicholas Negroponte, diretordo Media Lab MIT, quandopublicou seu Vida Digital. Odisléxico Negroponte aponta-va para um mundo onde os áto-mos seriam gradualmentesubstituídos pelos Bits. “A mu-dança dos átomos para os bitsé irrevogável e não há comodetê-la”, decretou na aberturada sua obra.

No Brasil a inovação podeseguir um caminho inverso,chegando primeiro para as

classes C e D da população.Executivos da Caixa Econômi-ca Federal afirmaram à Folhaque ainda esse ano deve serimplantado o “Bolsa Celular”.O projeto, abrigado dentro dorecém aberto mercado de ser-viços da telefonia pela Anatel,deverá prover chips especial-mente desenvolvidos para re-ceber créditos financeiros, quepoderão ser carregados pelobanco com o valor do benefí-cio pago mensalmente.

Para o pagamento, basta-rá aproximar o celular dasmáquinas de débito e usá-locomo se fosse um cartão mag-

nético. Para as localidadesonde não existam as máqui-nas das operadoras, o projetoprevê o pagamento entre ce-lulares, algo muito semelhan-te a troca de mensagens.

Para o projeto funcionar,a CEF deverá se tornar umaoperadora virtual e ter seupróprio serviço telefônico. Omesmo deve acontecer comoutras instituições bancárias.Dá para imaginar a guerraque se avizinha no front dasoperadoras de telefonia. Seisso significar preços meno-res, só temos que comemorara realização das profecias deNegroponte. E que outrasinovações aconteçam.

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t a s t e

Godofrêdo SampaioMédico, escritor e aficionado por

vinhos, charutos e boa mesa.Membro e ex-presidente da

Academia Jundiaiense de [email protected]

Conhecido há mais de 6 mil anos, quando era usado pelospovos da Mesopotâmia como um protetor do frio, o azeite deoliva tem sua história ligada a trajetória humana. O cultivo dasoliveiras para a extração do azeite data da Síria Antiga. Para ahistória, o nome da cidade grega Atenas foi escolhida numa dis-puta entre os deuses Posêidon e Atenea, que deveriam criar umbenefício para o homem, sendo que aquele que criasse a melhorbenfeitoria daria o nome à cidade. Posêidon criou o cavalo, en-quanto Atenea criou a oliveira e ensinou os humanos a extrair oazeite. Atenea passou a ser considerada como a deusa da agricul-tura e emprestou seu nome à nova cidade.

AZEITEDE OLIVA

Desde sua descoberta, o azeitede oliva se espalhou pelo mundo,sendo adotado pelas mais diversasculturas. Para muitos, a chegada àparte ocidental do mediterrâneodeu-se pelas mãos dos colonos gre-gos, enquanto outros atribuem essefeito aos fenícios. A produção mun-dial atual alcança 2 milhões de tone-ladas, que representa 4% da produ-ção de óleos vegetais e 2,5% da fa-bricação de óleos comestíveis e gor-duras. Os principais produtoressão: Espanha, Itália, Grécia, Tunísiae Turquia. A identidade da produ-ção de cada região se destaca poraromas e sabores peculiares

A principal aplicação do azeitede oliva encontra-se ligada à culi-nária, entretanto, os gregos e osromanos descobriram diversas ou-tras formas de utilização, como me-dicamentos (unguentos ou bálsa-mos), perfumes, combustível para

a iluminação, lubrificantes e imper-meabilizante de tecidos. O azeite deoliva também é mencionado em qua-se todas as religiões da antiguidadeem forma de lendas e mitos. Eraconsiderado símbolo da sabedoria,paz, abundância, glória e bem estardos povos.

Para a medicina, o azeite de olivapossui várias qualidades benéficasà saúde. Sabe-se que reduz a quanti-dade do LDL colesterol (maucolesterol) devido à grande quanti-dade de gordura monoinsaturada.Outro aspecto importante é a ativi-dade antioxidante devido ao fato deser rico em polifenóis, que sabida-mente pode prevenir doenças de-generativas como o câncer. Essasqualidades explicam a menor inci-dência de infarto do miocárdio e decâncer em populações do mediter-râneo que consomem grandes quan-tidades do azeite de oliva e de ou-

tros alimentos considerados saudá-veis como peixes e verduras.

Na atualidade, o azeite passou ater um status de sofisticação igualao vinho e outros produtos da culi-nária. Em várias regiões possuinormas rigorosas de produção,com controle de sua origem. Ograu de diferenciação é tanto que jáexistem versões vintage, como ovinho do porto. Sua qualidade é ava-liada pelo teor de acidez, ou seja,quanto menor a acidez melhor é oazeite. Entre os vintages, já existeazeite de oliva com 0,16% de acidez.

A extração moderna do azeitede oliva utiliza variações de pressãoe temperatura, e seu produto final éclassificado da seguinte forma: Vir-gem (acidez alta, em geral utilizadopara ser refinado); Refinado (acidez> que 3%, utilizado para frituras deimersão); Semi-refinado (acidez de3%, usado em saladas e frituras);

Puro (acidez > 2%, destinado a fri-turas, assados e marinados); Vir-gem Fino (acidez de 1,5%, idealpara molhos e saladas); Extra-vir-gem (acidez < 0,8%, também usadopara saladas e molhos). Os Extra-virgens com acidez menor que 0,5%são também consumidos de formapura, por exemplo, com pães.

Quer por suas propriedadesbenéficas ao organismo humano,como por suas características desabor e aroma, e ainda pelas len-das e mitos criados em torno desua história, o azeite de oliva setornou um dos alimentos maisutilizados na gastronomia. Com-binar o azeite de oliva com o pra-to é uma arte semelhante a da es-colha do vinho ou do charuto, erequer experiência e grande sen-sibilidade gustativa. Essa é umaprática cultivada por pessoas debom gosto, o que nos faz enten-der Virgílio quando mencionouna Eneida: “E como uma ramo deoliveira o homem se purifica to-talmente”.

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