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REVISTA SOCIEDADE POLICIAL EDIÇÃO 1 MG

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REVISTA POLICIAL

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A revista sociedade policial, como prestadorade serviços, em parceria com um grupo de pes-soas incluindo profissionais da área policial do Pa-raná e Minas Gerais, vem informar a populaçãocomo um todo, sobre o que aconteceu, o queacontece e o que acontecerá com o sistema desegurança, se a comunidade não participar ativa-mente e fiscalizar os órgãos responsáveis pela suasegurança.

Partindo do princípio que polícia não é só umórgão ou uma forma de prestação de serviço, ecomunidade não é apenas um povoado, a finali-dade da revista é prestar serviço aos profissionaisda área policial, bem como à comunidade brasi-leira, trazendo um espaço a mais para as pessoascomentarem informações, opiniões, sugestões ereclamações, sobre fatos da sua comunidade, ser-vindo como um banco de dados para informaçõesem novos projetos para outras localidades.

A competitividade presente nas organizaçõesrequer o desenvolvimento de idéias, que atendamas exigências dos mais diversos segmentos de se-gurança em relação a uma comunidade.

A crescente valorização dessa área gerou acomposição de grupos formados por profissionaisinteressados, não apenas no seu crescimento pes-soal e profissional, como também no sucesso dasorganizações onde atuam no combate ao crime.

Por se destacarem na sociedade como profis-sionais da mais alta confiança, o seu desempenhonão pode somente estar voltado para um benefí-cio próprio, mas sim para um ideal coletivo da co-munidade.

Tal necessidade foi detectada, já há algumtempo, por algumas organizações que ousaram eobtiveram sucesso com a formação desses pro-fissionais e melhora em atendimento, pois temcomprovado a importância desses grupos no al-cance dos objetivos propostos pela organizaçãode combate ao crime.

A percepção dessa nova dinâmica gerou a ne-cessidade da participação da sociedade nessa for-mação, como um encontro que objetive uma trocade informações e experiências através de umcanal de informações aberto e efetivo entre pro-fissionais da área e a comunidade.

AArli FernandesRodrigo Guimarães

Nossa revista

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LuckMax Editora e Marketing LTDA. CNPJ: 11.232.594/0001-82Curitiba – PRBelo Horizonte – MG

DIRETORES:Arli Fernandes | (41) [email protected] B. Guimarães | (31) 3063-6461/ (31) [email protected] Dirigida aos Profissionais das Áreas deSegurança Pública e Empresários

CONTATO:[email protected]

JORNALISTA:(EDIÇÃO DAS MATÉRIAS) Ludmila Isabela Gonçalves Rezende

DIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL:Arte Ronei (31) 3468-0114 / 8887-7266

DEPARTAMENTO COMERCIAL:Inez de Cássia Pedrosa Souza (31) 3063-6461 / (31)9316-7294

PARCEIRO COMERCIAL: Setembro Net - (31) 3047-2569

- Alexandre Rodrigo de Oliveira (31) 9673-0468- Daniane Vieira Perigolo de Oliveira (31) 9809-5069

COLABORADORES:

Delegado Francischini ( Deputado Federal)Maria Alice N. Souza ( Superintendente PRF )Milton Isack Fadel Jr. (Ten CEL PMPR)DR Vilson Alves De Toledo (Delegado De Policia)Wilciomar Voltaire Garcia (Delegado De Policia)João Carlos Da Costa(Policia Civil)Lenine Mateus Albernaz (Juiz Instrutor)Valdir De Cordova Bicudo (Policial Civil)Ronaldo de Assis, (Ten Cel PMMG - Presidente da AOPMBM)Hernani Pantoja de Freitas ( Cap PM QOR)Denilson Martins ( Presidente da SINDPOL/MG)Paulo Curi Peposo ( Polícia Civil Acadepol /MG) Paulo Roberto (Ten PMMG )João Batista ( Soldado PMMG)Carlos A. Parrillo Calixto ( Empresário e Ex-Prefeito de Santa Luzia-MG)

APOIO:PRF (Polícia Rodoviária Federal)ADEPOL ( Associação dos Delegados de Polícia)DOA (Divisão de Operações Aéreas PRF)PMMG( Polícia Militar de Minas Gerais) AOPMBM (Associação dos Oficiais Polícia Militar e Bombeiro Militar)SINDPOL-MG ( Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais)

ASSESSORIA JURÍDICA:Aloízio José de Carvalho - OAB/ MG- 46.462 - (Advogado)

CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART.220 PARÁGRAFO 1 – NENHUMA LEI CONTERÁ DIS-POSITIVO QUE POSSA CONSTITUIR EMBARAÇO Á PLENA LIBERDADE DE INFOR-MAÇÃO JORNALÍSTICA EM QUALQUER VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL.

CONSTITUIÇÃO ESTADUAL ART. 237 A PUBLICAÇÃO E CIRCULAÇÃO DE VEÍCULOIMPRESSO DE COMUNICAÇÃO INDEPENDENTE DE LICENÇA DE AUTORIDADE

Observação: Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da Revista So-ciedade Policial.

É extremamente proibida a cópia de qualquer matéria ou entrevista seja ela parcial ou in-tegral sem a devida autorização da diretoria da Revista Sociedade Policial.

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Sociedade PolicialComo surgiu o SINDPOL/MG?

OSINDPOL/MG (Sindi-cato dos Servidores daPolícia do Estado de Mi -nas Gerais) é o primeiro

sindicato de polícia do Brasil. Ele foicriado no dia 19 de dezembro de1988 logo que teve a abertura cons-titucional para que os policiais pu-dessem se organizar em sindicatos.Já tínhamos uma célula de debatesclassistas e de reivindicação que erao Movimento Unificado dos Policiais(MUP), que reivindicava melhoriaspara a categoria e se antepunha emdefesa dos interesses dos policiaisjunto a Associação da Polícia Civildo Estado de Minas Gerais (antescom outra denominação). Criamos osindicato há mais de 60 anos edesde então a busca de garantias ede prerrogativas para exercício dafunção de policial sempre foi a nossameta. Assumi essa gestão em 2003,como vice-presidente e o AntônioMarcos Pereira, o Toninho Pipoco,como presidente. Estamos tentandovalorizar, engrandecer e potenciali-zar as ações da Polícia Civil no es-tado. Atualmente, temos 4.600filiados e possuímos uma sede pró-pria, além de comprarmos um imó-vel ao lado para construir a sede danossa federação. Estamos organiza-dos em seis cidades e avançandopara chegar a 18 até o fim do nossomandato. Temos o desafio de fazeruma gestão transparente e partici-pativa.

SSociedade Policial – Comovocê vê a criminalidade hoje?

O crime não é mais algo indivi-

dual e isolado. O crime na socie-dade, hoje, não se resume a algu-mas classes sociais, ele está seestratificando, pois temos o crimede colarinho branco, aquele que temseu braço no tráfico de drogas e ou-tros ainda no transporte de cargas.É muito séria a dinâmica do crime evocê precisa ter uma polícia prepa-rada, que trabalhe de forma técnica,

jurídica, científica e que tenha umgrau de letalidade mais baixo.

Sociedade Policial – Como oSINDPOL/MG coloca-se em rela-ção a integração entre as polícias?

Nós defendemos a integração,inclusive, somos os percussoresdesse projeto de integração. Antes

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Presidente do SINDPOL Denílson Martins

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de ser uma política pública, ela eradesejo dos operadores de segurançapública, dos quais o SINDPOL é o re-presentante. Nós apoiamos total-mente a integração, porém queremosque seja praticada com isonomia,equilíbrio e investimento do governo.

SSociedade Policial – Você acre-dita que o contingente de policiaiscivis está defasado?

Temos um planejamento estraté-gico que foi encomendado pelo pró-prio governo para o Instituto deDe senvolvimento Gerencial (INDG).Esse instituto, aproximadamente,depois de dois anos de trabalhodiagnosticou a instituição em suaspotencialidades, vulnerabilidades ecomo ela é vista internamente e porórgãos externos, inclusive que fa -zem parte do sistema. O diagnós-tico foi apresentado em dezembrode 2010 e nele constava que o idealpara o funcionamento da polícia ju-diciária em Minas Gerais seriam ne-cessários 18.500 homens da PolíciaCivil para dar mais segurança aosmineiros. Esse fato aconteceu em2010 e de lá pra cá já se defasou,pois o crescimento da população au-mentou e o crime também, mas con-tinuamos apenas com 9 mil homens.Esse é o efetivo que tínhamos nadécada de 80.

Sociedade Policial – A eficáciada Polícia Civil não pode ser con-denada, mas pode ser analisadade uma forma mais dura com rela-ção à carga de serviço?

Sim. A própria Organização Mun-dial de Saúde (OMS) estabeleceque a profissão de policial é extre-mamente estressante e coloca-seem risco a saúde do operador. Háainda a questão da exposição a es-calas muito extensivas, pois o traba-lho policial não se interrompe, sevo cê está em uma investigação,você vai para a casa e ela vai junto.

O fato impactante de encontro comum cadáver, entre outros, nos acom-panha pelo resto da vida e o psico-lógico do trabalhador fica abalado eacaba por depreciar a saúde do po-licial.

Sociedade Policial – Comovocê analisa a questão hospitalardo policial e o apoio a família dele?

Isso é um caso muito sério, cui-damos disso com muito carinho e ovemos com muita apreensão. Tive-mos um seminário em setembro quefoi o Seminário de Modernizaçãodas Polícias Judiciárias do Brasil,proposto por nós e pelo Sindicatodos Policiais Federais (SINPOF).Trouxemos um professor que é dire-tor da Academia de Polícia da Ar-gentina e o chefe de polícia doChile. O diretor da academia nosdisse que no país dele o policial étratado como se fosse um cidadãode primeira categoria, por exemplo,a previdência dele é diferenciada ecaso ele ou sua família precise detratamento médico o atendimento éprioritário. Se o policial participar deum sinistro ou de um conflito ar-mado e levar um tiro, ele é afastadodo serviço e colocado em acompa-nhamento psicológico para novas

ava liações e somente depois retor-nar ao trabalho e aqui não se temessa preocupação com a classe. So-fremos muita pressão e temos umacarga horária extensa, principal-mente, com o sistema extra de tra-balho, onde depois de trabalharemseu expediente o dia todo você vaipara o plantão.

Sociedade Policial – Qual re-cado você deixaria para os filiadosa SINDPOL/MG?

Costumo dizer que estamosdando seqüência ao que começamosno dia 21 de abril de 2010, que foi oingresso do projeto 60/2010 quecriava a carreira de investigador depolícia e dava outras providênciascomo o terceiro grau para toda abase da polícia, ampliação do quadroadministrativo e que estamos dandoseqüência a esse fator. Esperamosque em 2012, a Lei Orgânica sejaaprovada e que ela esteja próximado nosso ideal. Além disso, espera-mos concluir nossas sedes regionais.Que possamos ter diminuição nosíndices de criminalidade e que as po-lícias possam ser bem sucedidas emsuas atividades.

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Cavalaria MilitarO orgulho de Minas

Durante o Período que oBrasil foi colonizado pelosPortugueses, o cavalo foiutilizado como componen -

te de guardas pessoais de represen-tantes da Coroa Portuguesa. Devidoás grandes riquezas descobertas emnosso território e com o advento daprosperidade que se esperava dasCapitanias, os governantes portu-gueses determinaram que se refor-çasse o contingente policial, astro pas pagas de cavalaria.

A Polícia Militar do Estado DeMinas Gerais, instituída para a ma-nutenção da Ordem Pública no nos -so Estado, já ultrapassou doissé culos de glórias e tradições. ComoInstituição de Segurança Pública etem como função, proteger e socor-rer a comunidade. A Corporação veminvestindo no preparo profissional deseus integrantes, procurando dar aopolicial militar a for mação intelectual,moral e física.

O atual Regimento de Cavalariade Minas,originou-se historicamentedas primeiras Companhias de Dra-

gões, esboçadas por Dom José I,em 1750, as quais tinham efeitos de-terminados e eram pagas como tro -pa Real.

As Companhias de Dragões fo -ram retiradas dos Regimentos Reaisde Lisboa, escolhendo-se os melho-res homens experimentados em ser-viços de guerra e de polícia.Che garam á Vila Rica em meados demarço de 1719, instalando-se então,primeiramente, em casas particula-res, pois, não havia ainda quartel na-quela cidade. Tinham a finalidadeprecípua de manter a ordem internana Província das Minas Gerais e sal-vaguardar a livre ação da cobrançado “Fisco Português”, dentro do Bra-sil Colônia. As diligências policiais nointerior da Província, a cavalo, se fa-ziam muito mais rápida e eficiente.Tais diligências procediam a cobrançade impostos e ao patrulhamento daca pital.

Em 09 de Junho de 1775, foi ins-talado o Regimento Regular de Ca-valaria de Minas ( RRCM), noQuar tel de Xavier, sediado em Vila

Rica em 1779, o Regimento Regularde Cavalaria de Minas transferiu-separa Cachoeira do Campo. EsteQuartel, ainda hoje, pode ser visto ámargem da estrada de Ouro Preto,na Cidade de Cachoeira do Campo,onde funciona o Colégio DomBosco.

O histórico Regimento de Cava-laria de Minas, cobriu-se de glóriasnas lutas pela Independência. Juntode Dom Pedro I, no Ipiranga, ondeestavam duas de suas Companhiasde Dragões, que escoltaram o Prín-cipe até o Rio de Janeiro e garanti-ram o “ Grito de Independência ouMorte”.

Pertenceu também ao históricoRegimento Regular de Cavalaria deMinas, a extraordinária e inesquecí-vel figura do nosso Patrono, AlferesJoaquim José da Silva Xavier, O “Ti-radentes”, que num magnífico exem-plo de bravura, idealismo na colôniapara se estabelecer forças policiaisou públicas.

Precisamente, em 08/01/1719,foram criadas duas Companhias de

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Treinamento da Cavalaria Militar

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Dragões para Minas Gerais, peloRei de Portugal, Dom João V, eainda, no fim do mesmo ano, as duasCompanhias de Dragões se instala-vam nesse território, com seus ca-valos e armamentos.

Em 1724, foi criada a terceiraCompanhia de Dragões e a ela seseguiu a criação dos RegimentosAuxiliares de Cavalaria, para fazerface ao desenvolvimento da capita-nia. As Companhias foram destaca-das em Ouro Preto, Rio das Velhas,Serro do Frio e Rio das Mortes.

As dificuldades surgidas pela dis-persão e desorganização dessastrês Cias de Dragões e dos Regi-mentos Auxiliares motivaram que oGovernador, Dom Antônio de Noro-nha, em 09 de junho de 1775, desa-tivasse as organizações existentes,transformando-as, através de sele-ção dos melhores elementos, emTROPA PAGA DA CAPITANIA DEMINAS, que passou a possuir oitocompanhias com um efetivo de oito-centos e cinqüenta e três homens,instalados no Quartel do Xavier, emOuro Preto. Era o nascimento do

atual Regimento de Cavalaria Alfe-res Tiradentes.

Em 1808, com a chegada da fa-mília Real ao Brasil, o Príncipe Re-gente, Dom João, a 13 de maio,criou o Primeiro Regimento de Ca-valaria, que se compôs de um Es-quadrão de Cavalaria De Minas, eduas companhias vieram constituir aformação do Exército Brasileiro.

Entre 1808 a 1817, o RegimentoRegular de Cavalaria de Minas con-tribuiu, enviando tropas para SantaCatarina, Rio Grande do Sul e Per-nambuco.

Durante a passagem do BrasilColônia á condição de Brasil Impé-rio, seis companhias do Regimentoforam despachadas para o Rio deJaneiro e compuseram o Batalhãode Caçadores que atendia as neces-sidades locais, executando serviçosfiscais e patrulhas. Esses mesmoscavalarianos estiveram presentescom o Príncipe D. Pedro I no episó-dio do “ Grito do Ipiranga”, estabe-lecendo a Independência do Brasil.

Em 1831, ano da Abdicação de D.Pedro I, criou-se em Minas Gerais, o

1º Corpo de Cavalaria de Mi nas,composto de parte do 1º e 2º Grupa-mento de Cavalaria de Minas, já arti-culado em várias partes do País,principalmente no Rio de Janeiro. Oexcedente veio constituir o Cor po deGuardas Municipais Permanentes,em 10 de outubro de 1831.

No período do Brasil Repúblicaconstatamos que a Polícia Militar so-freu mudanças de nome, associadosao momento histórico político.Mesmo com essas mudanças , asmissões a ela atribuídas se fixaramsem variações que mereçam desta-ques.

Entre os nomes havidos, distin-guimos:

1890 Corpo Militar de Polícia de Minas1893 Brigada de Polícia de Minas1914 Força Pública de Minas1940 Força Policial de Minas1946 Polícia Militar de Minas Gerais

Por todo esse período, a Cavala -ria, força integrante vêm fazendo es-tudos e incluindo em suas atividadesde policiamento, apresentando emdeterminados momentos, maior oumenor intensidade de atuação.

Nas últimas décadas, as Corpo-rações de outros Estados vêm fa-zendo estudos e incluindo em suasatividades esse processo de policia-mento.

O Decreto nº 33.437, de 20 demarço de 1992, do ExcelentíssimoSenhor Governador do Estado, de-cretou a denominação da PolíciaMon tada para Regimento de Cava-laria Alferes Tiradentes (RCAT), cujoquartel está instalado na Rua Pla-tina, nº 580, no Bairro Prado em Be -lo Horizonte, Estado de MinasGerais.

O Regimento de Cavalaria Alfe-res Tiradentes hoje integra o Sis-tema do Comando de Policiamentoda grande Belo Horizonte, além deser Unidade de recobrimento emtoda Minas Gerais.

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Cap. Enes, Maj. Wilhan, Rodrigo, Inez e Ten. Paulo Roberto

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SSociedade Policial –Qual é a his-tória da ASPRA – PM/BM?

Raimundo Nonato – A ASPRA éuma associação que está fazendo 45anos este ano. Ela foi idealizada em1967 por um grupo de sargentos quedevido a necessidade de lazer com assuas famílias criaram o Clu be dosSargentos. Desde então, ela passoupor algumas modificações e tevetambém uma abrangência em termosde mudanças e reformas. A partir de1994, transformou-se na Associaçãodos Praças de Minas Gerais e passoua receber soldados, cabos, sargen-tos, subtenentes e até mes mo coro-néis. Hoje, somos a maior Associaçãode Praças do estado. A instituição

está dividida en tre a representativi-dade política que são os movimentos,que fazemos por melhores salários epor melhores condições de vida dopolicial e do bombeiro militar e seusfamiliares, a assessoria jurídica paradar condições mínimas de defesapara o associado e temos também aquestão de lazer que entram os clu-bes, hotéis, convênios, pousadas,via gens, entre outros. Tudo isso, estádentro do tripé da associação, que éo lazer a representatividade política eassistência jurídica. Para nós, a As-sociação de Praças é uma associaçãorepresentativa de classe e não umsindicato.

Sociedade Policial – Qual o di-

ferencial da associação quando fa-lamos em saúde e assistência à fa-mília?

Raimundo Nonato – Na realidadea Polícia Militar tem um instituto deprevidência própria que é o Institutode Previdência dos Servidores Mili-tares de Minas Gerais (IPSM) quecuida de toda a assistência mé-dica/hospitalar dos nossos compa-nheiros e familiares de um modogeral quando eles estão acometidosde alguma enfermidade. Porém, emrelação a parte social, a PM, aindanão consegue realizar o hotel detrânsito quenós da associação ofe-recemos. Com isso, buscamos tra-balhar exatamente aquilo que a PMainda não oferece enquanto institui-ção para o policial e bombeiro mili-tar e seus familiares.

Sociedade Policial – Como vocêavalia a questão das drogas, princi-palmente, em relação às crianças eadolescentes que envolvem-seneste meio?

Raimundo Nonato – Com relaçãoàs drogas, por ser policial militar játrabalhamos em cima de váriostemas com palestras nas escolassobre uso de drogas, prostituição in-fantil e conseguimos observar que aprostituição infantil, muitas vezes,envolveadolescentes e se dá pelouso das drogas. Às vezes, achamosque o adolescente é rebelde e não é,mas quando ele começa a usar dro-gas, naturalmente se torna uma pes-soa rebelde porque ele perde todosos valores familiares que aprende-

Raimundo Nonato presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombei-ros Militares de Minas Gerais (Aspra – PM/BM)

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mos no princípio de nossas vidas eque são fundamentais para a sobre-vivência da família brasileira. O ado-lescente está sem limite, porexemplo, ele temo dever de respei-tar o professor, os pais, a família e adignidade humana e isso não acon-tece. Então, atualmente, esses valo-res tem que ser retomados e temque haver uma mudança no direcio-namento jurídico para que possamoster um pouco mais de tranquilidadecom relação a essa questão que éimportante.

SSociedade Policial – Algumas en-tidades defendem que a maioridadeprecisa ser diminuída para 16 anos.Como você analisa essa situação?

Raimundo Nonato – Na realidadeeu não sou muito favorável aspenas. Sou favorável a termos umaeducação de qualidade no país e ospais poderem orientar seus fi lhos.Além disso,eles devem participarmais da criação dessas crianças,pois, às vezes, os pais colocam umacriança no mundo e não se preocu-pam com o futuro que elas terão. Sevocê coloca um adolescente presonuma cadeia, ele não tem acompa-nhamento psicológico, não tem en-sinamento, um incentivo ou mesmoum esporteque possa praticar. Nãosou favorável a internação do menor

Sociedade Policial – Com o novocomando, o governador cobrou a in-tegração entre as polícias. Quais se-riam os problemas que dificultam

essa parceria e os benefícios queisso pode trazer?

Raimundo Nonato – Acho muitoimportante a integração, respeitoisso muito e gostaria que ela fosseuma realidade. Como cidadão mi-neiro eu queria que a Polícia Militarestivesse totalmente integrada coma Polícia Civil. Entretanto, há uma di-ferença muito grande no contingentede policiais civis e militares. Nóstemos que buscar soluções junto aogoverno para repor essa falta. Que-remos o bem para a nossa comuni-dade mineira. Eu defendo o bemestar da sociedade. A integraçãotem que ser uma realidade, masainda faltam ajustes para que elaaconteça.

Sociedade Policial – Como presi-dente da ASPRA que mensagemvocê gostaria de deixar?

Raimundo Nonato – Os nossosassociados podem ter certeza que aAssociação dos Praças estará sem-pre lutando por aquilo que é a aspi-ração do policial e do bombeiromilitar. Nunca vamos deixar de bus-car essa aspiração, de compreender,identificar e tentar fazer com que elefique satisfeito em ter uma associa-ção que cuida com muito zelo dobem estar dele e de sua família. E,que a segurança pública seja respei-tada nesse país, pois não é atoa quea Polícia Militar de Minas Gerais éconsiderada a melhor polícia militardo país e que busca melhorar cadadia mais.

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SSociedade Policial –Como começou a sua car-reira dentro da Polícia Mili-tar?

Tenho uma história in-teressante e que re-presenta a história demuitos. Estudei no

Colégio Tiradentes que é ocolégio da família militar. Meupai é militar e, hoje, é sar-gento da reserva. Estudeinesse colégio desde a pri-meira série até me formar nosegundo grau. Coincidiu queno ano de minha formatura,em 1985, teve um concursopara a terceira turma da polí-cia feminina. Lembro-me que

na época a PM tinha atéo curso técnico

e far mácia que era o que eufazia, então tentei vestibulare polícia. Optei pela PolíciaMilitar porque meu pai eramilitar e eu via que a políciaera uma instituição que per-mite crescer. E foi o que acon-teceu. Entrei na PM em 1986como sargento, pois na épocaa inclusão da mulher era so-mente como 3º sargento. Em1989 estava formada e fiz aminha carreira trabalhandoem unidades operacionais eadministrativas. Por meio daPolícia Militar fiz um curso degraduação na área de tecno-logia da informação e, a partirdessa formação, em 1995,comecei a atuar na área téc-nica voltada para informática.Sou analista de sistemas etenho pós-graduação com li-cenciatura plena em banco dedados. Continuei seguindocarreira. Em 2011 fui promo-

vida a coronel e assumi a di-retoria de saúde. Nesse lugar,consigo aplicar todos osmeus conhecimentos nasáreas de informática, ad-ministração, gestão e di-reito, pois também soubacharel em Direito eesses trabalhos mepossibilitam fazer a

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gestão da saúde de toda a PolíciaMilitar.

SSociedade Policial – Qual suaopinião sobre o papel exercidopela mulher no setor de segu-rança pública?

Extremamente importante.Quan do cheguei em minha pri-meira unidade era a única mulherentre 1.200 homens. Naquelaépoca não existia alojamento enem estrutura porque a mulherera um pequeno percentual queestava se inserindo no contextoda segurança pública que erauma atividade vista como mascu-lina. A mulher, na PM, trouxe umnovo olhar para a segurança pú-blica.

Esse olhar feminino em qual-quer atividade em que se inseremuda as situações, tanto no as-pecto de prestação de serviço,quanto no aspecto interno, pois amulher tem as suas característi-cas. Deus em sua sabedoria colo-cou as características fe mi ni nas eas características masculinas dis-tintas e, quando juntamos asduas não tem jeito de sair ruim. Ajunção foi muito importante paraa segurança pública, pois possibi-litou o fortalecimento da cidada-nia que é o papel da políciaporque o olhar da mulher huma-niza a atuação da polícia, tantoexternamente, quanto interna-mente. Conseguimos crescer na

instituição com a competênciademonstrada e a mulher tem sedestacado pela sua dedicação. APolícia Militar de Minas foi umadas pioneiras na inclusão

Sociedade Policial – Comovocê consegue conciliar trabalhoe família?

Eu sempre lidei com muitatranquilidade em relação a isso.Casei nova e eu e o meu maridopertencemos à mesma instituiçãoo que facilita o relacionamento. Ti-vemos duas filhas, sabemos divi-dir as tarefas e elas compreendemo papel que temos pro fissional-mente na sociedade. Eu sempreestive muito presente na educa-ção delas, pois temos que saberque mesmo que o tempo seja pe-queno, tem que saber aproveitá-lo com os filhos.

Tive a preo cupação de semprealmoçar em casa para estar pre-sente e, hoje, tenho uma filha de17 anos que eu acordo e faço ocafé antes de ela sair para a es-cola para podermos conversar.São esses cuidados que devemoster. É claro que tem uma pessoaque me ajuda e me dá um suporteque é minha secretária. Se tam-bém não tivermos uma pessoaque não nos apoie no lar, não con-seguimos garantir uma harmoniaem todas essas atividades queexercemos. Enfim, temos que or-ganizar a vida de forma a nos pos-

sibilitar exercer todos esses pa-péis que são importantes na vidada mulher. Nós vamos para omundo e para o trabalho, mas senão nos realizarmos como família,como mãe e esposa, pela natu-reza da mulher isso é um fato deinfelicidade. Sinto-me uma mu-lher completa porque eu tive su-cesso na minha carreira e família.Só tenho que agradecer a Deus.

Sociedade Policial – O quevocê tem a dizer para uma me-nina que deseja entrar para aárea de segurança pública, maisprecisamente na Polícia Militar?

Para todo o profissional fala-mos que é preciso ser ético, ho-nesto, transparente e corajosoporque é necessário coragempara fazer o que é certo. Não sóna profissão como também navida, você tem que buscar o su-cesso pelo trabalho, cultivando asamizades e o trabalho em equipe,pois esse trabalho é o que pro-duz. Saber que quem realiza ascoisas são as pessoas. Por isso,precisamos ter sempre boa von-tade e utilizar toda energia deforma positiva. Encarar as dificul-dades no sentido de vencê-las ede resolver problemas, pois esteé o espírito de pessoas que irãoconstruir uma carreira de su-cesso. Tem que ter como meta aexcelência, buscando fazer o me-lhor nas atividades que estiver fa-

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zendo, a cada dia, a cada mo-mento e ai com certeza será umprofissional de sucesso.

SSociedade Policial – Este anoestamos debatendo, em nossa re-vista, o problema das drogas emgeral. Como você analisa essa si-tuação na sociedade?

A droga é o mal da sociedade.Quando uma pessoa utiliza dro-gas, está tirando dela o funda-mental para a vida que é a razãoe, na teoria, é o que nos diferen-cia de um animal. Ela deixa de tero domínio sobre si e passa a sergerenciada por algo externo queé tudo aquilo que no mundo mo-derno buscou-se combater.

Na sociedade as pessoas pre-cisam ser conscientizadas desdecriança. O primeiro núcleo em quehá orientação e possibilita tirar aspessoas das drogas é a família.Depois disso, a escola precisa serum ambiente de orientação e demostrar às pessoas seus direitose deveres, pois acredito que essesentimento de responsabilidadefaz com que o ser humano com-preenda a escolha que está fa-zendo. O Estado também tem umpapel fundamental nos aspectosde políticas públicas nas áreas desaúde, segurança e combate aotráfico de drogas. Também é im-portante que a mídia seja utili-zada de forma positiva nesseaspecto, inserindo-se nesse con-texto de responsabilidade daconsciência coletiva.

Sociedade Policial – Tem so-ciólogos americanos e alguns es-tudos de sociólogos russos queafirmam que as crianças, hoje,não podem mais ser tratadascomo crianças. Eles dizem que

elas precisam começar a traba-lhar com 12 anos. O que vocêpensa dessa questão?

Não concordo que elas te-nham que trabalhar aos 12 anos,mas é preciso olhar essa criançanão como aquela de antes. Temosque dar a elas ocupação a cadafase da vida porque o amadureci-mento vem por meio de vivências.Se não permitimos a elas ocupa-rem o tempo, viver coisas positi-vas, se responsabilizar pelastarefas e saber que as escolhasque fazem têm impacto maior navida delas do que na vida de ou-tras pessoas. Não estou falandono trabalho no sentido de empre-gabilidade, mas ele precisa ter ta-refas constantes e positivas quepossibilite o crescimento comopessoa.

Sociedade Policial – Quaisfatos na vida militar te marcarame tiveram sua participação?

Um destaque muito grandeque tenho alegria de ter partici-pado foi no processo de integra-ção das forças policias. Osistema implantado no estado in-teiro de registro de ocorrências éum sistema que participei ativa-mente da especificação, do de-senvolvimento e da implantação.A integração das polícias paramim é um fator muito importantepara a segurança pública. Traba-lhar na integração e lidar comesse desafio em todos os aspec-tos me fez crescer como profis-sional e como pessoa. Foi umdesafio muito grande, que eutenho o orgulho de ter partici-pado, desse processo do Go-verno do Estado.

Sociedade Policial – O quevocê espera para o ano de 2012?

Espero que seja um ano noqual a gente consiga trabalharsempre em prol da realização hu-mana. É um ano de nós seres hu-manos nos reconhecermos comohumanos e percebemos o outroassim. Buscar compreender quesozinhos não somos nada e pro-curar viver com igualdade, nãodiscriminação e respeito. Ter féque as coisas podem acontecer eagir para que elas aconteçam.Atitude é a palavra. E como esta-mos falando em segurança pú-blica, vejo que nossa instituiçãotem buscado isso com o projetoPolícia e Família.

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TGECTV

Equoterapia da PMMG

AEquoterapia é um método queutiliza o cavalo como recursoterapêutico no tratamento dosindivíduos, visando sua reabili-

tação global e reintegração social,pormeio de um ambiente facilitador e do ca-valo.A influência do ambiente transpa-rece em várias atividades, sendo que arelação que o cavalo oferece um campoaberto para múltiplas estimulações pormeio do tato,olfato,audição,visão,alémde facilitar vínculo entre o praticante e oterapeuta.

Durante o ano de 2011 foram reali-zados visitas ao CERCAT de estudan-tes médios e ensino superior,de equipede jornalismo e de outros profissionaisde equoterapia de Minas Gerais.No dia07/12/2011, foi realizado uma confra-ternização que envolveu participação detoda equipe do RECART praticantes efamiliares. Na festa foram realizados ati-vidades de pintura facial,apresentaçãode vídeos de praticantes,distribuição debrindes pelo papai Noel,além da pre-sença ilustre da banda de música da Po-lícia Militar.

Atualmente, a equipe dos profissio-nais do RECART é coordenada pelo Te-nente Jordane e Sub-coordenada peloSargento Nunes e é composta por fi-sioterapeutas ( Camila e Tatiana), umFonoaudióloga ( Viviane), uma Psicó-loga ( Vivian), um Terapêuta Ocupacio-nal ( Lorena ) e um médico Ortopedista( Rodrigo), e quatro auxiliares-guias (Cabo Lourenço, Cabo Rodrigues, CaboWagdo e Soldado Bezerra).

A equipe atende 100 praticantescom idades entre 4 e 50 anos, sendodiagnósticos mais freqüentes Paralisiacerebral ( 54 casos), Síndrome de Down(10 casos), Atraso do desenvolvimentoNeuropsicomotor (07 casos) e Trans-torno e Défict de Atenção e Hiperativi-dade (04 casos)

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Criança em tratamento com o especialista

Soldado João, Psicologa Vívian e o Ten. Paulo Roberto

Pantheon

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GZGORNQ

Prevenir é mais eficiente do que remediar

Ele é cinco vezes mais po-tente que a cocaína, é maisbarato e acessível que ou-tras drogas, e se tornou um

problema generalizado de saúde esegurança pública. O crack já estápresente em 90% das cidades doBrasil, segundo dados da Confede-ração Nacional dos Municípios. Osnúmeros assustam e demonstram opoder destrutivo desta droga. Gra-ças a ela, não apenas o usuário écompletamente afetado, como famí-lias inteiras são desestruturadas euma onda de crimes toma conta dasociedade.

O crack virou uma epidemia, eseu tratamento é bastante compli-cado, já que não há como tratar ousuário em algumas instâncias, senão houver uma internação para de-sintoxicação. E essa internação,muitas vezes, tem que ser forçada.Porém, mais do que se preocuparcom o tratamento do viciado, é ne-cessário prevenir que outras pes-soas caiam nesse buraco sem fundo.

Essa é a preocupação do depu-tado federal Fernando Francischini.O delegado criou o projeto “Mãescontra o crack” em Curitiba, pioneirono país, que pretende capacitarmães de jovens com até 12 anos deidade na prevenção ao uso de dro-gas. “Vamos criar uma rede de apoiovoltada para uma educação cristã eafetiva com cidadania e respeito à

sociedade. Vamos capacitar as famí-lias para enfrentar as drogas”, expli-cou Francischini. Ele cita que talauxilio no preparo da base familiar faztoda a diferença na hora de os paisimporem os limites aos seus filhos.

O deputado, que contou com aajuda de sua equipe, policiais fede-rais e outras pessoas envolvidas nocombate às drogas para desenvolvero projeto, comentou que a socie-dade está perdendo a batalha parao crack, e esse é um momento parauma virada nesse jogo. “Enquantohá pessoas fazendo marcha pela le-galização do consumo de algumasdrogas, nós organizamos a Marcha

Contra a Legalização, tornando Cu-ritiba a primeira capital do país comesse tipo de mobilização”.

Fernando Francischini destinou,por meio do Fundo Nacional Anti-drogas (Funad), do Ministério daJustiça, R$ 1, 5 milhão para apoiara Secretaria Municipal Antidrogasde Curitiba. Ainda segundo o depu-tado, uma iniciativa semelhante nolitoral, em parceria com o MinistérioPúblico, visou transmitir e reforçarvalores, virtudes e base religiosa àcomunidade local, que também estávulnerável aos efeitos destrutivos docrack.

Projeto do Deputado Fernando Francischini dá foco na educação e preparoda base familiar para frear a disseminação do crack em Curitiba

Arli Fernandes e Dep. Federal Fernando Francischini

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SSociedade Policial – Faleum pouco sobre a sua expe-riência dentro da carreira mili-tar e da segurança pública.

Iniciei minha carreira militarainda jovem, já aos 16 anos,quando ingressei na EscolaPreparatória de Cadetes doExército, em Campinas, SãoPaulo. Lá concluí o curso e ad-quiri meu ingresso automáticopara a Academia Militar dasAgulhas Negras (AMAN),onde cursei o primeiro ano docurso básico. Na seqüência,por aprovação em concursopúblico, ingressei no Curso deFormação de Oficiais da PolíciaMilitar de Minas Gerais. Al-

guma coisa me atraía nessaatividade. Tinha pa-

rentes e amigos

na Corporação que me incenti-varam e me empolguei tam-bém com os reais desafios daárea da segurança pública. Aotodo, percorri sete anos de in-tensa formação desde o inícioda carreira até ser declaradoum Aspirante a Oficial naPMMG. Ao longo desse pe-ríodo, tive uma base muitoforte que me proporcionou umacarreira bem sucedida dentroda própria instituição ao longodos 22 anos de bons e leaisserviços prestados.

Sociedade Policial – Quaistrabalhos que a Associaçãodos Oficiais exerce em prol dosseus filiados?

A Associação dos Oficiais éuma entidade sem fins lucrati-vos representativa da classedos Oficiais da Polícia Militar edo Corpo de Bombeiros noâmbito do Estado de MinasGerais. Oferecemos um traba-lho qualificado de representa-ção dos interesses dessesprofissionais que atuam na cú-pula da gestão da segurançapública em Minas. Essa repre-sentação acontece no âmbitodos poderes executivo, legisla-tivo e judiciário em nível fede-ral, estadual e municipal.Quando os assuntos extrapo-lam aos interesses dos nossosoficiais, atuamos também emdefesa da nossa família militarestadual, aí inseridos os poli-ciais e bombeiros da ativa, re-serva altiva, reformados epensionistas, para que as nos-sas prerrogativas e conquistas

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sejam mantidas e até mesmo amplia-das. Temos também um trabalho deadvocacia em todas as regiões do Es-tado para defender ou dar suporte aonosso policial em suas ações de rua.Os profissionais do Direito abordam asquestões nas esferas do Direito admi-nistrativo, criminal e civil. Outro ser-viço ofertado são convênios emdiversas áreas de interesse dos filia-dos, que têm como objetivo proporcio-nar-lhes uma melhor qualidade de vida.

SSociedade Policial – O que pensasobre integração entre as instituiçõesde segurança pública?

Logo no início de minha carreira deOficial da PMMG tive a oportunidadede conhecer de perto o modelo de po-lícia unificada da Alemanha. Ao entrarnuma “Estação Policial”, pude ver aatuação da chamada “polícia de pre-venção”, que exerce o policiamentoostensivo fardado e a “polícia crimi-

nal”, que é a investigativa. Ambas aspolícias atuavam num mesmo am-biente, utilizando das mesmas viatu-ras e com grande sincronia e interaçãonos trabalhos. Na época cidades daAlemanha estavam comemorando1.500 anos de existência, e o Brasilcomemorava seus 500 anos. Apesardeste dilatado lapso temporal, pudeperceber que a humanidade seguenum rumo de organização e desenvol-vimento.

Para mostrar a importância de ummodelo de trabalho de interação entreas polícias, também cito a experiênciaintroduzida no Estado de Minas Ge-rais, onde foi possível adequar as es-truturas das Instituições policiaisdentro de uma mesma região inte-grada (RISP), chegando-se até aonível de uma fração local, que são asÁreas Integradas de Segurança Pú-blica (AISP). Pude atuar no âmbito daAISP 6, comandando a 6ª Companhia

Especial do 1º Batalhão, onde as de-mandas inerentes à Polícia Judiciáriaeram canalizadas para a 21ª Delega-cia de Polícia Civil. Como esta áreaabrangia o hipercentro da capital mi-neira, com uma população flutuanteelevadíssima, abrigando rodoviária,estações de metrô e forte comércio,dentre tantas outras variáveis que tor-navam os trabalhos das polícias aindamais desafiadores. Entretanto, bus-cando-se seguir as orientações estra-tégicas de uma atuação integrada,que foi além dos aspectos geográfi-cos, mas passando pelo compartilha-mento de informações, planejamentose até operações conjuntas, pode-sealcançar resultados exitosos como aredução da criminalidade no hipercen-tro aos patamares de 10 anos atrás,principalmente, no que tange aos cri-mes violentos. Esta experiência real éum exemplo de que um trabalho de in-teração entre as polícias e demais ór-gãos que compõem o sistema dedefesa social pode funcionar com su-cesso, em benefício da sociedade mi-neira. As instituições policiais sãofeitas de pessoas e estas devem seesforçar para que propostas comoesta possam ser levadas adiante,mesmo que exijam eventuais aprimo-ramentos ou aperfeiçoamentos.

Sociedade Policial – A Polícia Mili-tar de Minas Gerais é apontada como

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Ten. Cel. Ronaldo de Assis, Rodrigo Guimarães e Cap. Pantoja

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modelo no Brasil, o que você tem adizer sobre esse assunto?

Fico feliz quando ouço que a Polí-cia Militar do estado é umas das me-lhores, porém considero uma melhorpolícia aquela que melhor se adequaao seu povo. A polícia é fruto da so-ciedade que existe num determinadolocal. Os mineiros são muito astutos ereservados, mas ao mesmo temposão amáveis, participativos, coopera-tivos e acolhedores. Portanto, a Polí-cia Militar sabe interagir nesseambiente em que ela convive, respei-tando muito os mineiros. Além disso,há uma tradição passada de pai parafilho. Meu pai, por exemplo, era da po-lícia e quando eu entrei na Corpora-ção ele já estava saindo. Observeiaquela situação: ele estava me entre-gando uma polícia muito boa e organi-zada e senti a obrigação de darcontinuidade ao legado para poder en-tregá-la em condições melhores doque recebi. Assim como eu, vários ou-tros militares convivem com estamesma situação. Dessa forma, vira

uma história de amor, o que é um di-ferencial perante outras profissões.Outro fator considerável é que nos de-dicamos muito aos estudos ao longode toda carreira, analisando cenáriosda segurança pública no Brasil e nomundo, sempre buscando as melhoresexperiências para nosso constanteaperfeiçoamento. A qualificação pro-fissional é uma das nossas competên-cias distintivas. Estamos sempreproduzindo doutrinas, manuais decunho operacional e administrativoque são utilizados como modelo emmuitas polícias militares do Brasil.

SSociedade Policial – Minas Geraisestá preparada para a Copa doMundo em termos de segurança pú-blica?

Ainda temos vários desafios a su-perar. Estamos analisando o queaconteceu de bom e ruim nas outrassedes de Copa do Mundo, visandoalertar a nossa Polícia Militar e Corpode Bombeiros sobre as questões maisrelevantes e objetos de preocupação.Estamos viabilizando convênios queauxiliem a preparação dos nossos mi-litares estaduais para a Copa. Numprimeiro momento, a AOPMBM jáefetivou uma parceria para curso delíngua espanhola, segunda mais faladano mundo e a língua oficial da maioriados países da América do Sul. Em par-ceira com o Instituto Cervantes, doGoverno da Espanha, tal curso visapreparar os militares que atuarão naCopa a fornecer um atendimento demelhor qualidade, tanto para o turistacomum, quanto para as delegaçõesque nos visitarão. Também estamosincentivando a produção de estudos,

pesquisas e intercâmbios visandoabordagens de temas relativos aoevento esportivo que se aproxima, taiscomo: trânsito, terrorismo, segurançaeletrônica de fronteiras, gestão gran-des eventos esportivos e controle demassas, dentre outros. Temos umasérie de monografias e artigos cientí-ficos já realizados por nossos policiaise bombeiros filiados já disponíveis nonosso site. Finalizando, tenho a cer-teza de que até 2014, se os gover-nantes confiarem na capacidade deresposta das Instituições de segu-rança pública e fizerem os investimen-tos necessários e à altura destaresponsabilidade, certamente estare-mos bem preparados para vencermais esse grandioso desafio.

Sociedade Policial – Qual é o papelda mulher hoje no setor de segu-rança?

Os homens, via de regra, são maisrígidos e tratam as coisas com muitaforça, já a mulher é dotada de extremasensibilidade e percepção para lidarcom variados assuntos, especial-mente os voltados para as desaven-ças interpessoais que refletem nasegurança pública. Assim, um am-biente de ocorrência tem a probabili-dade de se tornar menos conflituosoe mais resolutivo quando se contacom a presença de uma policial femi-nina na equipe. No campo da adminis-tração elas são muito organizadas eeficientes, dando a resposta e contri-buição esperadas. A entrada da mu-lher na Polícia Militar de Minas Geraisfoi uma grande conquista não só paraa Corporação como para toda a so-ciedade.

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Ten. Cel. Ronaldo de Assis

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DEAM 25 anos

ADelegacia Especializada deAtendimento á Mulher(DEAM) integra á DivisãoEs pecializada de Atendi-

mento a Mulher, ao Idoso e ao Porta-dor de Deficiência que estásu bor dinada ao Departamento De In-vestigação , Orientação e Proteção áFamília da Polícia Civil do Estado deMinas Gerais (PCMG).

A idéia de criação das DEAM’S noBrasil surgiu nas décadas de 70 e 80quando mulheres se organizaram. Omomento político era favorável, com aabertura democrática. O período erade informação e conscientização, oque fez com que os grupos feministasfossem ganhando espaço e formandoa idéia da necessidade de um instru-mento especializado para a proteçãoda mulher.

E assim em agosto de 1985 foicriada a primeira Delegacia de Defesada Mulher em São Paulo. E em19/11/1985 a de Belo Horizonte, fun- cionando do 3º andar do Departa-mento de Investigações, ocupando oespaço da antiga Delegacia de Cos-tumes, ganhando espaço próprio em27/02/1987.

Atualmente a DEAM com a dele-gada titular e quatro delegadas adjun-tas, sendo uma delegada no co mandoda equipe do GAE- Grupo Anti Estu-pro, que tem por competência a apura-ção de crimes contra a dignidadesexual de autoria des conhecida. As de-mais Delegadas têm a atribuição deexercer o trabalho de polícia judiciáriaem relação aos crimes da competênciada DEAM, conforme Resolução7.192/2009.

Marcada pelo dinamismo, reco-nhecido nacionalmente, a DEAM/BHdesde 09/06/2009 pioneiramente,mantém o atendimento ao público emregime de plantão 24 horas, propor-cionando o acolhimento á vítima emsua sede própria e por profissionais

gabaritados.A Unidade Especializada tem

como meta amparar judicialmente avítima de violência doméstica e paratanto as Delegadas fazem atendi-mento personalizado com a mesma,bem como ao agressor. Além de exer-cerem a função precípua de polícia ju-diciária, as policiais providenciam odevido encaminhamento ao SAE (Setor de Apoio Especializado ) e aosórgãos de parceria de apoio á mulher.

TTIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRAA MULHER

PSICOLÓGICA: dano emocionalMORAL: calúnia, difamação ou injúriaFÍSICA: ofensa a integridadeSEXUAL: prática sexual mediante PATRIMONIAL: retenção, subtração edestruição parcial ou total dos bens.

DELEGACIA DE ATENDIMENTOA MULHER

O atendimento é feito por umaequipe especializada, no qual a vítimanão sofre qualquer tipo de constrangi-mento. Quando necessário, ela recebeacompanhamento da Defensoria Pú-blica orientação psicológica, inclusiveaos seus familiares.

PROVIDÊNCIAS:

1- Ouvir a ofendida e lavrar boletimde ocorrência;2 - Lavrar “Expediente Apartado” comas medidas protetivas de urgência;3 - Encaminhar a ofendida ao hospitalou a IML;4 - Fornecer transporte á ofendida e aseus dependentes para abrigo ou localseguro;5 - Se necessário acompanhar a ofen-dida para assegurar a retirada de seuspertencentes do local da ocorrênciaou do domícilio;

6 - Informar á ofendida os seus direi-tos e os serviços disponíveis;7 - Ouvir o agressor e as testemu-nhas;8 - Remeter o Inquérito Policial ao Juize ao Ministério Público.

MEDIDAS PROTETIVAS DE UR-GÊNCIA QUE OBRIGAM OAGRESSOR:

• Afastamento do lar;• Proibição de aproximação da ofendida e de seus familiares;• Restrição ou suspensão de visitasaos dependentes menores;• Prestação de alimentos provisionaisou provisórios.

MEDIDAS PROTETIVAS DE UR-GÊNCIA A OFENDIDA:

• Encaminhar á ofendida e seus de-pendentes a programa oficial proteçãoou de atendimento;• Determinar a recondução da ofen-dida e a de seus filhos ao domícilio,após afastamento do agressor;• Determinar o afastamento da ofen-dida do lar sem prejuízo dos direitosrelativos a bens, guarda dos filhos ealimentos;• Determinar a separação de corpos.

As “Medidas Protetivas de Urgên-cia” são encaminhadas pela DEAM,em 48 Horas, para o conhecimento doJuiz e ao Ministério Público.Após aná-lise, no prazo de 48 horas, elas pode-rão ser concedidas.

O agressor poderá ser preso, emcaso de flagrante delito ou medidapreventiva.

Caso você seja vítima de violência do-méstica, procure a Delegacia de Mulheres

(DEAM) ou a delegacia mais próxima.

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Sociedade Brasileira

Em entrevista a revista Sociedade Policial, o ex-prefeito de Santa Luzia, região metropolitanade Belo Horizonte, Carlos Calixto fala sobresua experiência como representante da comu-

nidade e mostra como algumas ações podem mudar orumo da atual sociedade no Brasil.

SSociedade Policial – Qual é a solução para melhorar a so-ciedade em que vivemos e a segurança pública?

A solução começa na escola onde se formam os cidadãosdo amanhã. Depois passa para a polícia que tem que dar re-torno à sociedade. E o terceiro é da justiça, pois a nossa leicriminal ainda é antiga. Dentro desse meio em que vivemosestá difícil de ver uma solução se não mexer nessas três coi-sas básicas.

Sociedade Policial – Como você detalharia essas ques-tões?

A primeira delas é onde cuida de causas. Durante o meutempo de governo, que foram dois mandatos, a premissa daescola era formar cidadãos de caráter, paralelo a isso, ensi-nar português, matemática e outras matérias. Sou um ob-servador da escola que deforma e admirador da escola queforma cidadãos. Você tem que saber dos seus direitos e tam-bém dos seus deveres. Em segundo lugar a polícia tem quefazer a sua parte. Pode-se ter um policiamento mais pre-sente e mais participativo na comunidade. Precisa-se de umpolicial mais amigo e mais envolvido naqueles problemas queestão nascendo para que ele não se desenvolva. Essa partetem que ser revista e colocar o policial mais envolvido coma sociedade e vice e versa. Porém, sei que mesmo se tripli-car o contingente de policiais no mercado e não estabilizar aeducação onde está se deformando as crianças, o contin-gente ainda será insignificante diante dessa população. Aterceira parte são as nossas leis criminais que também sãomuito antigas, se não mudar o país irá virar algo que ele jáestá próximo: impossível de se viver.

Como se forma cidadãos

Empresário Carlos Calixto

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Sociedade Policial – Hoje todosos setores de segurança públicaestão empenhados no combate àsdrogas, como você acha que deveser feito esse combate?

Acho que este combate não é efi-caz, o combate às drogas não se fazcom polícia. A droga tem que sercombatida, em primeiro lugar,dandoa juventude educação com formaçãode caráter e emprego a partir dos 14anos com obrigatoriedade da conti-nuidade dos estudos. Entretanto, háuma lei que proíbe trabalhar nessaidade, considerando o ato como umcrime de abuso ou exploração demenor. Na minha época de escola,estudávamos bastante para nãotomar bomba para até os 14 anos terfeito o primário e entrar em um cursode admissão para fazer o ginásio. Noginásio 90% das escolas eram à noiteporque o cidadão de 14 anos traba-lhava durante o dia. Não sei de nin-guém que ficou doente, louco oumorreu por causa disso, eu fui umdeles e não me senti abusado nemexplorado. Muito pelo contrário, sourealizado e me considero bem suce-dido. Agradeço a esse trabalho quecomecei ainda adolescente e que medá ainda hoje oportunidade de con-seguir conviver neste mundo de in-

coerência que estamos vivendo.Vamos evitar que novos jovens tor-nem-se viciados e isso é papel daeducação que falei e de oportunidadepara o jovem. Se não fizermos isso,não vamos mudar absolutamentenada.

Sociedade Policial – Há, atual-mente, alguma instituição social quevocês estão trabalhando?

A nossa empresa tem participa-ção efetiva em várias entidadescomo asilos, creches, igrejas, entreoutros meios que prestam assistên-cia com esse tipo de trabalho.

Sociedade Policial – Como vocêacha que o governo deve investirnesse campo?

O governo tem que investir finan-ceiramente em entidades sérias queprestam esse trabalho de assistênciasocial e temos várias instituições demuitas religiões e, outras ainda, quefazem por vontade própria, são se-ríssimos, capazes e que tem muitoamor para dar.Temos que cuidar des-sas pessoas por amor.

Sociedade Policial – O que você

espera para o ano de 2012?

Esse é um ano muito importantepara todo o brasileiro porque espera-mos muito do governo federal, pen-sando que ele pode tudo. Espera-semuito também dos governos esta-duais imaginando que eles tambémpodem tudo quando na realidade ne-nhum dos dois podem nada sozinhos.O único que pode realmente é o pre-feito, pois ele está próximo de umacomunidade e com seu foco em umaúnica comunidade. Ele é o únicocapaz de levar as aspirações até oestado que lhe cabe e ao governo fe-deral para resolver os problemas dascomunidades. E as pessoas têm aoportunidade de escolherem seusgerentes. O mínimo que se podefazer é verificar o passado dessescandidatos a gerentes da sua cidade.É uma oportunidade ímpar de o paíscomeçar a mudar. É a sociedade quemuda um país e não o presidente deuma república, nem o governador enem o prefeito. Não vamos esperarque a presidenta resolva todos osproblemas, vamos ajudá-la. O mo-mento que temos pela frente vai serdifícil, mas talvez bom e propício paraque as pessoas pensem melhor nahora de escolher os seus represen-tantes.

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Setembro NetParceria de Sucesso

Com parceria consolidadaentre a revista SociedadePolicial e a Setembro.net,Alexandre Rodrigo de Oli-

veira fala um pouco sobre os siste-mas desenvolvidos por sua empresae explica como essa parceria podebeneficiar os leitores e futuros par-ceiros da revista.

SSociedade Policial – Como vocêenxerga a pareceria entre a revistaSociedade Policia e a Setembro.net?

Tendo como base o conceito deparceria que é bom para os doislados, vejo que isso dará bons frutospara ambas e será duradoura. A Se-tembro.net, hoje, detém o know-hall(conhecimento) no que diz respeitoàs mídias voltadas para internet, in-cluindo site e também a administra-ção de recursos tecnológicos queenvolve desenvolvimento de siste-mas. Portanto, nós podemos casar oserviço que nossa empresa oferececom o serviço que a revista oferece,levando o que tem de melhor emmídia impressa e mídia virtual aosleitores e anunciantes.

Sociedade Policial – Quais servi-ços e recursos a Setembro.net pos-sui que nós podemos oferecer, com aparceria, às empresas anunciantes?

A Setembro.net, hoje, desen -volve uma gama de serviços, mas

nós temos três considerados carros-chefeda empresa.O principal deles éo desenvolvimento de sites e, emmaior abrangência o site dinâmico,

que é um site que desenvolvemos deforma rápida e consegue atingir pra-ticamente 80% da necessidade demercado e abrange todo o país.

Empresário Alexandre de Oliveira e Rodrigo Guimarães

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Além disso, ele temcusto mais baixo queum site comum epossui uma área ex-clusiva para que ocliente te nha adminis-tração de todo o seuconteúdo sem ter a neces-sidade de nenhum conhecimentotécnico. Esse site dinâmico abrange,por exemplo, a inserção de conteú-dos co mo texto, foto, vídeo e áudio,de uma forma muito prática e rápida.O segundo seria o desenvolvimentode sistemas voltado para internet,no qual você pode administrar umaempresa. Eles seriam sistemas ad-ministrativos e financeiros que ofe-recem o controle total da suaempresa, como o controle de clien-tes, fornecedores, transportadoras,entre outros. As grandes vantagensde você ter um sistema na web éque você pode utilizar em qualquerlugar e de qualquer plataforma, sejaela um smartphone, um tablet, oudispositivo da Apple, como iPad,iPod, ou notebook.Se esses disposi-tivos possuírem acesso a internetseu sistema está na mão, o que ofe-rece uma grande mobilidade. Ele éum sistema que tem muitas vanta-gens sobre um sistema convencio-nal. Nosso terceiro produto é ogerenciamento de mídias sociais.Quando falamos de mídias são osvários serviços já consagrados e quemuitas pessoas possuem, por exem-plo, Facebook, Orkut e gerencia-mento de blogs. Porém, quandofalamos no campo empresarial, o ge-renciamento muda porque todomundo quer uma boa posição ou

uma boa colocação noGooglee, para isso, háuma técnica. Nós te -mos, hoje, esse know-hall de administrar egerenciar todas as mí-

dias inclusive vídeos comoo Youtube. É um fato engra-

çado, pois até as empresas degrande porte migraram a consultade satisfação dos seus clientes paraessas mídias porque o efeito é ime-diato. Hoje, é muito importante asempresas estarem presente nas mí-dias com o foco pro fissional.

SSociedade Policial – Casoesses serviços não atendam a umaempresa, nós podemos desenvol-ver o sistema que elas considera-rem melhor?

Sim. Esse é outro diferencial danossa empresa. Desenvolvemosqualquer tipo de sistema que elaprecisar, por exemplo, se uma con-sultora atua no Brasil todo,mas temum escritório central e outros espa-lhados, o sistema via web vem aoencontro de trazer um resultado on-line de gerenciamento único. A par-tir do momento em que essaempresa alimenta o sistema, elepode ser utilizado por todas em nívelnacional. Não, tem barreiras paraisso, desde que ela possua acesso àinternet.

Sociedade Policial – Você acre-dita que uma empresa que estejapassando por uma dificuldade finan-ceira tem que investir em propa-ganda?

Uma empresa que não gerenciae não investe, às vezes, precisa se-parar um percentual do que ela lucraem publicidade, pois se ela não fizerisso ou pior se ela corta sempre quepassa por um momento de crise, elanão vai vender. A publicidade e omarketing faz com que ela vendamais e vendendo mais ela sai dacrise. Se ela cortar justamenteaquilo que vai divulgar a empresa efazê-la vender mais, ela estará fe-chando o bolso para não entrar o di-nheiro. O pensamento tem que sercontrário porque ao fazer um inves-timento em publicidade, principal-mente, na revista Sociedade Policial,ela vai atingir não só o público de re-vista, mas também um público vir-tual. Tudo isso por um custo muitobaixo.

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Capital dos A

descoberta do ouro conti-nuava polarizando as aten-ções como o acontecimentomaior do século XVII. Entra-

das e bandeiras cruzavam os sertõesdas Minas Gerais e de Goiás numa pe-netração histórica, para fincar muitoalém do meridiano de Tordesilhas, osnovos marcos das fronteiras da pátria.

Foi por volta de 1701 que o ban-deirante João Leite da Silva Ortiz, im-pressionado com os aspectos datopografia, clima ameno e fertilidadedo solo na imensa planície que se es-tendia logo após a Serra do Curral, re-solveu lançar, ali, os fundamentos dasua Fazenda do Cercado em cujas ter-ras foi, aos poucos, surgindo o arraialde Curral del Rei.

Juntamente com o povoado, Ortizfez construir uma capela que seriatempos depois a matriz de Nossa Se-nhora da Boa Viagem.

Curral del Rei foi aos poucos se fir-mando, de forma tal que em 1707 jáaparecia citado em documentos ofi-ciais. Em 1711, Ortiz obtém carta desesmaria das terras com os limites fi-xados pelas serras do Curral, Jabo-rema, Jatobá, José Vieira, Pangaré,Taquaril, Navio, Rola Moça e Mutuca.

A propósito, vale reproduzir trechodo relatório enviado à Cúria de Ma-riana pelo Vigário Francisco de PaulaArantes, conservada a ortografia e opitoresco da época: "Ä Matriz deNossa Senhora da Boa Viagem deCurral del Rey está situada em cam-pos amenos na extensa planície de suaserra donde manão imensas fontes decristalinas e saborosas águas; o climada região he temperado; a atmospherahe salutifera; está circulada de pedrase mais materiais onde se podem fazersoberbos edifícios; a natureza crioueste logar para sua formosa e linda ci-dade, si algum dia for auxiliada estalembrança."

O pequeno Curral del Rei crescia abom crescer. Desdobrada em curatos,

sua freguesia alcançava o Paraopebae Sete Lagoas, numa jurisdição queatendia a cerca de 18 mil almas. De-pois, extintos os curatos, o Curral delRey viu-se novamente reduzido ao pri-meiro arraial, com sua população de2500 habitantes.

Ouro Preto vivia praticamente omelancólico final de sua discutida con-dição de sede do Governo do Estado.

Confinada entre montanhas, semmeios nem condições para desenvol-ver-se em consonância com o espíritomarcadamente reformista da época, avelha capital já vinha, de há tempos,sentindo os efeitos de crises consecu-tivas cuja tônica repousava no movi-mento de caráter mudancista queempolgava a opinião pública.

Dos tênues vagidos dos períodoscolonial e provincial ao clamor públicoque incendiava os espíritos, a idéiaavolumou-se até que a República veioproporcionar condições para efetiva-ção da mudança, apaixonante questãoem que se punham em jogo motivosfundamentais ligados ao desenvolvi-mento e segurança do Estado.

Ao Governador Augusto de Lima,coube a missão de encaminhar aoCongresso a importante questão e,após acalorados debates em que os in-teresses regionais se empenharam afundo, foi incluída na Constituição Es-tadual dispositivo determinando a mu-dança da Capital para local quereunisse as condições ideais para o fimalmejado. Das cinco localidades suge-ridas - Juiz de Fora, Barbacena, Pa-raúna, Várzea do Marçal e BeloHorizonte, a Comissão Técnica sob achefia do engenheiro Aarão Reis julgouem igualdade de condições Belo Hori-zonte e Várzea do Marçal, opinando aofinal pela última localidade.

Entre a Várzea do Marçal e o BeloHorizonte é difícil a escolha, emambas, a nova cidade poderá desen-volver-se em ótimas condições topo-gráficas, em ambas, é facílimo o

abastecimento de água e a instalaçãode esgotos, ambas oferecem excelen-tes condições para as edificações e aconstrução em geral, e se, na atuali-dade, a Várzea do Marçal representamelhor o Centro de Gravidade do Es-tado e acha-se já ligada por meiosmais rápidos e fáceis de comunicaçãocom todas as zonas, - daqui a algumasdezenas de anos Belo Horizonte me-lhor o representará, de certo, e maisdiretamente ligada ficará a todos ospontos do vasto território mineiro.?(Comissão Construtora). Voltou oCongresso a pronunciar-se, e depoisde novos e extensivos debates surgiu aLei nº 3, adicional à Constituição, quemandava fosse a Capital construídaem terras do arraial de Belo Horizonte,ex-Curral del Rei.

A escolha do local levou em conta aproteção contra os ventos frios e úmi-dos garantida pelas serras do Curral ede Contagem, com mananciais deágua de boa qualidade e suficientespara abastecer sua futura população.Planejada para abrigar cerca de 400mil habitantes, a capital foi inspiradaem cidades modernas do mundo comoParis e Washington, a partir de umanova concepção estética urbana, comlargas avenidas, ruas simétricas e ar-borizadas, bulevares, praças, jardins eum moderno sistema de transportes.

Criada pelo Decreto 680, de 14 defevereiro de 1894, a Comissão Cons-trutora da Nova Capital iniciou imedia-tamente seus trabalhos com o prazoimprorrogável fixado em um qüinqüênio.

Designado chefe da Comissão, oDr. Aarão Reis manteve-se no cargo demarço de 1894 até maio de 1895quando foi substituído, a pedido, peloengenheiro Francisco de Paula Bicalho.A essa altura já se encontravam os tra-balhos em franco desenvolvimento, in-clusive a desapropriação da área daarraial e conclusão dos estudos e pla-nos da nova capital.

Com a firme determinação de evi-

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tar que o prazo não fosse ultrapas-sado, o engenheiro Bicalho remodeloua Comissão Construtora e imprimiuritmo novo de ação, atacando a um sótempo as várias frentes de trabalho.

E com efeito, rigorosamente dentrodo prazo constitucional surgia a cidadenova com seu traçado de admirável si-metria exibindo um vistoso tabuleiro deamplas ruas e avenidas, imponentesedifícios públicos - Palácio, Secretariasde Estado, confortáveis residências aogosto da época em contraste com al-guns prédios antigos, e a bela estaçãoda Central do Brasil cujo ramal férreotambém fora construído pela Comissão.

Dentro da noção positivista de pro-gresso, o planejamento da capital es-tabelecia a separação entre as áreasurbana e suburbana , delimitadas pelaAvenida do Contorno. A área plane-jada na questão de residências só tinhaespaço para os profissionais liberais,comerciantes e funcionários públicos.Assim, às margens da Contorno, foramsurgindo bairros populares fora do pla-nejamento oficial. Do antigo arraial,restou quase que exclusivamente aMatriz de Nossa Senhora da Boa Via-gem, ponto central do povoado, cons-truída em estilo colonial, e reconstruídaem 1932, em estilo neo-gótico e a edi-ficação que abriga hoje o Museu AbílioBarreto, o local foi originalmente sededa fazenda do córrego do Leitão, cons-truída pelo curralense José CândidoLúcio da Silveira, por volta de 1883.

Foi assim que entre ruidosas e jus-tas comemorações a cidade viu nascera Nova Capital de Minas no dia 12 dedezembro de 1897 em ato público so-leníssimo, presidido pelo Dr. CrispimJacques Bias Fortes, então Presidentede Minas. A cidade custara aos cofresdo Estado a importância de 36 mil con-tos de reis.

Recebeu o nome de Cidade deMinas pela Lei adicional nº 3. Entre-tanto, em virtude da dualidade denomes - já que distrito e comarca se

chamavam Belo Horizonte, logo foi otopônimo modificado para o atual.

Ao ser inaugurada, Belo Horizontecontava com uma população de 10.000habitantes. Do total de prédios exis-tentes, era de apenas 500 o número decasas novas.

Nos primeiros anos Belo Horizontepouco evoluiu, isto em decorrência dosefeitos de duas crises econômico-fi-nanceiras em 1912, de âmbito nacio-nal, e a seguir a situação calamitosagerada pela Primeira Grande Guerra,em 1914.

Aos poucos, porém, a normalidadefoi sendo restabelecida, e a cidade par-tiu para uma fase de desenvolvimentocrescente que haveria de culminar coma realidade magnífica da metrópole dopresente.

As décadas de 20, 30 e 40 repre-sentaram um dos períodos áureos da in-dustrialização da região - a despeito dacrise de 1929 em Nova York e da Revo-lução de 30 - especialmente pela ex-pansão do setor siderúrgico , o que setornou fonte de geração de empregos eexpansão de mercados e serviços.

Os anos 40 e 50 foram marcadospela obra símbolo do modernismo oconjunto arquitetônico da Pampulha,criado por Oscar Niemeyer, que setornou referência e influenciou toda aarquitetura moderna brasileira. Com -posto pela Igreja de São Francisco deAssis, o Iate Tênis Clube, a Casa doBaile e o Cassino, hoje, Museu deArte da Pampulha, esses equipamen-tos circundam a Lagoa da Pampulha,construída na década de 40, quando oprefeito era Juscelino Kubitscheck.

Os jardins do paisagista BurleMarx, a pintura de Cândido Portinari eas esculturas de Ceschiatti, Zamoiskie José Pedrosa completam e valorizamo projeto concebido para a lagoa. A ca-pital ganhou os serviços de ônibus elé-tricos e sua vida cultural tornou-semais efervescente, com a proliferaçãode cafés, bares, restaurantes , teatros

e imprensa local.Consolidados os setores industriais

e de serviços , Belo Horizonte assiste,a partir dos anos 50, a um grandeêxodo rural em Minas Gerais , quandoa população da cidade dobra de tama-nho, passando de 350 mil para 700 milhabitantes. Nos anos 60 Belo Hori-zonte passou por um processo acele-rado de crescimento urbano queavançou sobre suas ruas, quandoforam demolidas casas e áreas verdese ergueram-se altos prédios, em umprocesso de descaracterização da "Ci-dade-Jardim ".

Atendendo à lógica do desenvolvi-mento, a verticalização da cidade ocor-reu sobretudo na década de 70,com prometendo as características ori-ginais e o seu patrimônio arquitetônico.Com um milhão de habitantes, Belo Ho-rizonte crescia de modo desordenado ,expandindo-se para os municípios vizi-nhos, o que levou à instituição da Re-gião Metropolitana de Belo Horizonte.

A partir dos anos 80, caracteriza-dos por desaceleração econômica,descentralização do poder e pela tran-sição democrática vivida no país apósos governos militares, ampliaram-se amobilização e os canais de participa-ção popular. Os movimentos sociais ur-banos organizavam-se para reivindicardireitos urbanos básicos como melho-ria da infra-estrutura urbana, do trans-porte público, atendimento médico eacesso à educação de qualidade.

A partir do início da década de 90,Belo Horizonte torna-se palco de im-portantes experiências na gestão depolíticas públicas municipais, que se tra-duziram por inúmeros programas e pro-jetos de melhorias urbanas e sociais,com a efetiva participação popular, taiscomo o Orçamento Par ticipativo, a Es-cola Plural, o Programa Bolsa-EscolaMunicipal e o Programa de Saúde daFamília.

Fonte: IBGE

mineiros

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Jogar futebol! Esse foi e conti-nua sendo um dos maioressonhos de qualquer meninodurante a infância. Basta che-

gar perto de qualquer garoto e per-guntar o que ele deseja ser quandocrescer e, acredite, a maioria delesresponderá: Eu quero ser jogador defutebol. Essa também era a vontadede Paulo Curi. Sonho que se tornourealidade. Ele jogou no infantil doClube Atlético Mineiro, no Clube Li-banês, e também jogou futsal pelo

Recreativo, porém no seu sangue es-tava o amor pelas artes marciais ehoje ele lembra sua trajetória em en-trevista a Sociedade Policial.

SSociedade Policial – Quando vocêcomeçou a se interessar pela luta?

Eu iniciei na luta com 5 anos deidade, através do meu pai que eraprofessor de artes marciais. Come-cei na Associação Cristã de Moços(ACM). Eu era uma criança com 5anos de idade e gostava de jogar

bola, minha vontade era jogar fute-bol e até tive uma passagem pelofutsal mas acho que o amor já es-tava na luta e no sangue e não tevejeito de sair não. Tanto que esse anoeu completo 42 anos e desde de 5anos eu participo todo anos dealgum campeonato de luta.

Sociedade Policial – Como vocêentrou para o caminho das artesmarciais na polícia?

Formei-me na Academia de Polí-

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cia Civil do Estado de Minas Gerais(ACADEPOl) e fiz o curso em 6meses, um curso normal como poli-cial e quando saiu a designação aacademia estava mandando 40 ou50 policiais para a Divisão de Tóxi-cos. Quando eu cheguei pra minhasurpresa eles falaram que eu ia daraula para os formados. Peguei aturma para dar aula e a turma gos-tou do trabalho e elogiou, a partir deentão e comecei a fazer parte doquadro da ACADEPOl como profes-sor , no qual eu fiquei 15 anos lo-tado, ministrando aulas. Dei cursosde formação policial, aperfeiçoa-mento policial e chefia policial.Houve uma época em que ministreicursos para agentes penitenciários.

SSociedade Policial – Os agentespenitenciários não podem terarmas, como é realizado o treina-mento para eles?

Eles usam tonfa (bastão ameri-cano) então nós partimos disso e doconhecimento deles de luta parapoder agir numa situação. Treinamosa mente deles, fazemos situações deconcentrações para ele poder agir. Aatitude dele começa quando eleentra porque o preso sabe a horaque você chega e sai. Condiciona-mos os agentes a mudarem algunshábitos. Não é só técnica ou luta, étreinamento da mente pra não criarrotinas. Saber tratar o preso comrespeito e continuar com a luta paramanter a estima dele e o reflexoapurado.

Sociedade Policial – Entre aspessoas que você já treinou ou lutou,cite alguns nomes de destaque.

Eu tive a honra de lutar com oMinotauro, depois que ele ganhoude mim a final de 99 ele ficou fa-moso. Ele deu um show no evento ehoje é essa fera com muito talento.Tive uma luta boa com Fábio Gurgel.Lutei com Fabiano Pega Leve. Noinício da minha carreira lutei comMarcelinho Garcia. Ganhei um cam-peonato mundial contra o CarlãoSantos e, hoje, ele coordena o timede jui jitsu do príncipe de Abu Dhabi.Já treinei com o Maurício Mattar naépoca em que ele fazia a novela APadroeira e também estive comBeto Leitão.

Sociedade Policial – Vamos suporque você ganhe o direito de poderfazer um trabalho dentro de umaacademia. Qual projeto você faria deintegração?

Temos um bom material de pro-fessor, seria reunir esses professo-res. Já até temos um programa deaulas, um curso padronizado para aspolícias rodoviária federal, militar ecivil. Um padrão que busca a inte-gração, nós já estamos no nosso ob-jetivo que é a defesa pessoalin tegrada. Não é oficial, mas busca-mos estar sempre juntos para ver oque tem de novo em cada instituiçãoe trocamos informação.

Sociedade Policial – O que vocêestá buscando para o ano de 2012?

Vou continuar trabalhando emprol do crescimento das artes mar-ciais. Estou buscando uma parceriapra continuar trabalhando no quesempre gostei que é praticar e ensi-nar que é a arte marcial bem feitapra ela não só formar campeões,

mas o mais importante que é formarcidadãos de bem que são os vence-dores na vida. Bons profissionais,bons maridos e boas esposas.

Sociedade Policial – Se você ti-vesse o apoio de algum investidorpara abrir uma academia para você,na qual pudesse ministrar seu sonho,no que ele precisaria investir?

Hoje tenho material humano,mas a gente precisa é do espaço. In-felizmente falta o dinheiro parapoder bancar, por exemplo, o inves-tidor pode ceder um espaço de umgalpão pra gente treinar, um ringue,um octódomo para ministrar aulasde boxe e MMA (artes marciais mis-tas) e uma área de tatame que se-riam pelo menos uns 20 metrosquadrados para desenvolver técni-cas de judô e jiu-jitsu. Isso é real-mente um sonho.

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Prof. Paulo Curi, Rodrigo Guimarães e alunos

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nossos problemas financeiros

F KECU

Como combater

Todos nós buscamos ter um2012 repleto de saúde fí-sica, espiritual e, também,financeira, mas como fazer

com que isso se transforme emrealidade? Para facilitar essa jor-nada, elaborei algumas dicas sim-ples e práticas.

1. Realizar reunião mensal comtoda família, inclusive com os fi-lhos, independente da idade, é pre-ciso que todos participem emostrando que para cada despesapaga, o dinheiro vai se acabando e,conseqüentemente, sobrará menospara realizar desejos e objetivos;

2. Faça uma faxina financeira, re-gistrando tudo que ganha, gasta,as dívidas se as tiver, aplicações fi-nanceiras. É necessário tirar umaverdadeira fotografia da sua real si-tuação financeira;

3. Se estiver endividado, é hora decombater a causa do endivida-mento, somente procurar o credorse tiver dinheiro sobrando em seuorçamento financeiro, caso contrá-rio não faça acordos que não possacumprir, é preciso ter muita calma

nesta hora;4. Em situação de equilíbrio finan-ceiro, esta situação é de muitorisco, isto porque essa é uma zonade conforto, não tem divida, mastambém não tem dinheiro guar-dado. É necessário rever seus gas-tos, fazendo que haja sobras noorçamento financeiro;

5. Se for investidor, mesmo assim,é preciso saber se as aplicações fi-nanceiras estão adequadas e cor-relacionadas com os sonhos eobjetivos, é muito comum termosdinheiro investido em aplicaçõesinadequadas;

6. Elabore seu orçamento finan-ceiro incluindo todos os eventosperiódicos como: Páscoa, Dia dasMães, Pais, Namorados, Crianças,Natal, aniversários, etc.;

7. Estabelecer os sonhos (objeti-vos) de curto (até um ano), médio(até dez anos) e longo prazo(acima de dez anos), sempre iden-tificando o valor de cada um equanto está disposto a guardarpara realizá-los;

8. Ao receber seus rendimentos,retirar parte para os sonhos, antesmesmo de entrar na conta cor-rente, isto fará com que você adé-que ao novo padrão de vida;

9. Seja o mais objetivo possível nahora de comprar, faça sempre apergunta: O que este produto ouserviço irá agregar em minha vida?Muitas vezes compramos por im-pulso, envolvidos pelo marketingpublicitário e pelo crédito fácil;

10. Evitar a linha de crédito do che-que especial, para quem não aindanão tem essa disciplina, aconselhoimediatamente cancelar o chequeespecial e negociar outra linha decredito que não ultrapasse 2,5% aomês e a prestação deverá caberem seu orçamento mensal. Comrelação ao cartão de crédito, tam-bém evite pagar a parcela mínima,esta linha de crédito é ainda maiorque o cheque especial;

RRodrigo GuimarãesEconomista

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CQRODO

13 anos de lutas e conquistas

Desde a sua criação, a AOPM -BM segue fiel ao cumpri-mento do objetivo maior derepresentar a classe dos Ofi-

ciais da Polícia Militar e do Corpo deBombeiros Militar do Estado de MinasGerais.

Ao completar 13 anos no dia 19 defevereiro de 2012, a atual Diretoriarende uma homenagem aos dirigentesdas gestões anteriores, que souberamconduzir a Entidade aos tempos atuaismantendo a tradição de lutas, reivindi-cações e conquistas para a classe, sem-pre levadas a efeito por intermédio delideranças da oficialidade mineira. Essasgestões passadas destacaram-se pelacoragem, destemor e elevada capaci-dade crítica, intelectual e realizadora.

Esta marca originária da AOPMBMcontinua viva e atuante, certamenteadaptada e preparada para enfrentar osdesafios do presente e do futuro da se-gurança pública, com reflexos diretossobre as pessoas das Instituições Mili-tares Estaduais.

Lutar contra poderes políticos revan-chistas e contra um poder econômicoque pauta nossos governantes e con-gressistas torna nosso trabalho cada vezmais árduo, sobretudo porque a segu-rança pública ainda não é prioridade nemobjeto de valorização e investimento àaltura de sua importância e relevânciapara o desenvolvimento do País.

Não obstante esse quadro apático edesanimador, a AOPMBM percebe umcenário de oportunidades para um pro-cesso de moralização, superação e mu-danças de rumo. Uma sociedade nãosobrevive sem seus valores e aí reside anossa força para lutar e vencer.

Os policiais militares e bombeirosmilitares mineiros – que a Constituiçãodo Estado chama de Militares Estaduais– representam uma classe de profissio-nais que formam uma reserva moral eintelectual dentro da sociedade brasi-leira, dotados de valores essenciais,destacando o amor à pátria, ética,moral, lealdade, perseverança, prudên-

cia, justiça, temperança e força. Eis aí a nossa arma para convencer

a sociedade brasileira, especialmente ajuventude abandonada à própria sorte,de que o Brasil pode ter um futuromuito diferente do que vemos hoje.Nesse contexto, a AOPMBM avançafirme, certa de que é preciso unir forçascom outras frentes da sociedade quelutam contra o Brasil da corrupção, dasdiferenças, dos interesses escusos dead minis tradores e políticos que enver-gonham nossa sociedade, dentre tantasoutras mazelas às quais precisamos ur-gentemente dar um basta e pôr umponto final, virando uma centenária pá-gina de vergonhas na história da Nação.

Os profissionais de segurança pú-blica estão sempre se atualizando, mo-dernizando para melhor acompanhar oprogresso técnico da sociedade, mesmoa duras penas e com pouca atenção einvestimentos.

Por vezes somos fruto de um meioperverso onde surgem células de des-vios que logo cuidamos e procuramosextirpar do nosso convívio, até mesmopara não comprometer a solidez donosso grupo. Esta perseverança, es-forço e confiança em nossa capacidadede ajudar a construir uma sociedademelhor deve ser assimilada por todos osmilitares estaduais como uma impres-cindível e necessária medida para re-construção moral da nossa sociedade.

Vamos vencer a partir da nossa for -ça de exemplo, suportando as ameaçasconstantes e algumas críticas pagasque pessoas não comprometidas com averdade veiculam na mídia tentandodistorcer os fatos a respeito do excep-cional desempenho dos Policiais e Bom-beiros Militares de Minas.

A resposta da AOPMBM em de-fesa de ambas as organizações e seusprofissionais têm sido dada medianteconhecimento técnico e precisão,apre sentando alternativas de soluçõesinteligentes e propositivas, com capa-cidade de convencer os que têm podere dever de decidir.

Assim, nossa Família Militar Esta-dual mineira precisa estar atenta para oprocesso eleitoral do corrente ano.Torna-se necessário despertar nossasensibilidade política, porque, ao todo,temos a força de mais de 1 milhão devotos em todo o Estado, contando comos efetivos (PM e BM) da ativa, re-serva, pensionistas, familiares e amigosleais, pois somos formadores de opiniãodentro da nossa sociedade. Já pode-mos colocar no poder municipal e naCâmara de Vereadores, no presenteano, governantes e políticos que co-mungam com nossos pensamentos demoralização e transformação, a partirdos valores e propósitos já elencados.

Para o presente e futuro próximo daAOPMBM, deixamos mais uma mensa-gem de transparência e otimismo. Es-tamos atuando numa sede própria, comautonomia e independência. Contamoscom uma administração enxuta, de pro-fissionais sérios e abnegados, man-tendo uma saúde financeira modesta enecessária ao desempenho das nossasatividades, portando, em dia, com todasas certidões dos principais Órgãos Fe-derais, Estaduais e Municipais, semqualquer dívida a quem quer que seja.

Estamos trabalhando com foco emprojetos estruturantes de curto e médioprazos, bem como em novas conquistaspara nossa classe. Em nosso site,www.aopmbm.org.br, contamos comagendas trimestrais e assim pensamose agimos de forma estratégica, sempreabertos à participação dos associados.

Obrigado aos quase 3.500 filiadosque nos depositam confiança. Podemestar certos de que os resultados dasnossas ações e conquistas em 2012serão percebidos em função da dedica-ção, empenho e metodologia de traba-lho que toda equipe tem empregadopara alcançar as metas acordadas!

TTenente-Coronel PM RonaldoPresidente da AOPMBM / MG

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Não se discute a Legalidade doporte de arma de fogo de “usopermitido e restrito (P.40)” porpoliciais, mesmo fora de ser-

viço, desde que estejam também deposse do CRAF (Certificado de Registrode Arma de Fogo), registrado no SI-NARM (policial civil e federal) ou SIGMA(militares estaduais) e expedidos pelasrespectivas Instituições a que pertençam.

O porte de arma de fogo em serviçoquando o policial está exercendo sua res-pectiva atividade profissional de segu-rança pública é inerente à função e aocargo que ocupa, entretanto, a polêmicasurge quan do nos perguntamos se o poli-cial deve ou não portar arma de fogo forade serviço em qualquer situação. Tenta-remos resolver, com razoabilidade, algu-mas questões de ordem, as quais seapresentam como primordiais para umatomada de decisão entre sair de casa ar-mado ou desarmado:

PPor que portar arma de fogo fora doserviço?

“Sou policial 24 horas”. Talvez umadas maiores “falácias e arriscadas con-cepções ideológicas”, ainda existentes nomeio policial. O argumento pode ser fa-cilmente desconstituído, pois aqueles queainda pen sam assim negligenciam aspec-tos fundamentais de segurança pessoal,destacando-se o princípio da superiori-dade nu mérica, regra mágica em qualquerabordagem policial.

Ainda, o uso do uniforme garante a in-clusão do policial em um grupo coeso erelativamente equipado, aspecto que am-plifica e favorece o uso da arma de fogo.Todas essas variáveis desaparecem paraquem se utiliza da arma fora de serviço,onde a atitude e a visibilidade da “forçaestatal” é indispensável.

A lei não obriga o policial a atuar naabordagem e captura do infrator quandofora do serviço, apenas exige que elereaja de forma diferenciada de um civil,devendo vigiar a ação em andamento,acionando imediatamente a força públicade serviço. O infrator, em regra, se tornamais agressivo e violento contra um ad-versário em trajes civis que esteja por-tando arma de fogo.

Quando e onde devo portar arma defogo fora do serviço?

Não há receitas de bolo, entretanto,há regras indiscutíveis e inquestionáveisque estabelecem a garantia de uma vidalonga a policiais. Jamais ter por pertoarma de fogo se você: a) possui um pa-drão de consumo de “substâncias entor-pecentes lícitas” fora do normal (ficaale gre e corajoso com facilidade); b) fre-quenta locais e estabelecimentos compresença elevada de público em consumode “substân cias en tor pecentes lícitas”fora do normal” (a maioria encontra-seale gre e corajosa como você); c) altera dehumor com facilidade e não leva desaforopara casa; d) realiza atividades paralelasde “garantidor” da tranquilidade univer-sal de pessoas físicas e jurídicas privadas(segurança). Não se esqueça, o mal che -ga onde o bem não se encontra presentee se não quer ter problema, cuida do seuambiente. Verdade n. 1: Nenhum estabe-lecimento tem autorização para “guar-dar”, mesmo que provisoriamente, emcofres ou armários, armas de fogo de po-liciais. Verdade n. 2: Se o local que vocêpretende ir é perigoso ou tem histórico decriminalidade, as chances de ocorrer umcrime aumentam. Verdade n. 3: Se vocêanda com pessoas de má índole, a proba-bilidade de se envolver em uma ocorrên-cia cresce. Verdade n. 4: Se estiver comsua família, não reaja a um assalto, aspessoas que você ama podem se machu-car. Mito n. 1: O bandido tem medo depolicial. Mito n. 2: Eu consigo sacar minhaarma se for assaltado. Mito n. 3: Eu nãovou tremer quando estiver de frente como perigo.

Como devo usar minha arma de fogo?Você passou incólume pelos itens 1 e

2, e decidiu portar a arma de fogo fora doserviço. Talvez você esteja sob ameaçade um criminoso, embora a maioria dospoliciais, com algumas raras exceções,acha e nunca esteve ameaçado – a pro-babilidade é a mesma de um civil. Entre-tanto, se o seu perfil profissional estiverligado a atividades administrativas ouoperacionais voltadas para investigaçãoe prisão de criminosos (civis ou militares)perigosos, é bom pensar que momentosextremos podem ocorrer, de modo quenão apenas portar arma de fogo é neces-sário, mas também preparar-se física epsicologicamente para o caso desses mo-

mentos se tornarem reais. Ela deve estar municiada e em condi-

ções de uso “imediato”, sempre ao alcan -ce das mãos, embora, jamais deva servista ou ser do conhecimento de terceiros,“é um segredo seu” (policiais fora do ser-viço e em trajes civis que insistem em darvisibilidade a arma de fogo são vítimasmais fáceis de serem abordadas, além depoderem ter a mesma apreendida porconduta ilegal e antiregulamentar).

Sabedoria, virtude e prudência

Quantos precedentes (exemplos) vo -cê conhece onde o uso da arma de fogofez a diferença para o policial que a por-tava fora do serviço. Poucos, certo? O nú-mero de experiências negativas é esempre será maior. Portar arma de fogoà paisana exige estado de alerta cons-tante, como se de serviço estivesse e, sea atividade policial te estressa, quandovocê pretende descansar?

Ela não lhe identifica como policial,exigindo cuidado redobrado com a possi-bilidade de roubo e furto, sem contar orisco de se tornar vítima do próprio equi-pamento, pois as chances de se ter su-cesso sozinho em uma ocorrência é umateoria fatal. No final, a decisão de portararma de fogo fora de serviço é sua, masque seja refletida e sempre lúcida, sem avelha e superada ideia de que se devaestar armado e pronto 24 horas por dia.No estresse do dia-a-dia, deixe para usá-la exclusivamente em serviço, pois umaatitude impensada, em virtude dum calorde momento, é algo que será julgadocomo injustificável.

Sabedoria é virtude. Virtude é pru-dência.

Leia mais sobre este assunto no site: www.aopmbm.org.br

O uso de arma de fogo

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Paulo Roberto de Medeiros é Major na Cor-regedoria da PMMG membro do Conselhoefetivo da OAPMBM

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Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Minas GeraisREPRESENTATIVIDADE COM RESPONSABILIDADE E PARTICIPAÇÃO

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