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CIRURGIA PERIOPERATÓRIO SEMINÁRIOS
Bahianest
COOPANEST-BACOOPERATIVA DOS MÉDICOS ANESTESIOLOGISTAS DA BAHIA
REVISTA DA SAEB – SOCIEDADE DE ANESTESIOLOGIA DO ESTADO DA BAHIA E DA COOPANEST-Ba – COOPERATIVA DOS MÉDICOS ANESTESIOLOGISTAS DA BAHIA.ANO III | Nº 1 | ABRIL 2008
Nova Diretoria,Conselho Fiscale Conselho Superior tomam posse em noite de festaPág. 02
Efeitos sedativose cardiovascularesem pacientes submetidos a estudos hemodinâmicos Pág. 04
Abertura daProgramaçãoCientífica saúdaos Médicos em Especialização e divulga as atividadesde 2008Pág. 10
Coopanest-BArenegocia,firma novos,contratos eamplia áreade atuaçãoPág. 14
Editorial
BAHIANEST é uma publ icação da SAEB - Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia em parceria com a COOPANEST-Ba - Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas da Bahia.
RedaçãoAv. Garibaldi , 1815, Sobreloja, Bloco B, Centro Médico Empresarial, Ondina, Salvador - Bahia.Fone : 71 3247-4333
DIRETORIA Presidente
Dr. Ricardo Almeida de Azevedo
Vice-presidente Dr. Rodrigo Leal Alves
Secretário Geral Dr. Gustavo Gomes Pereira França
1ª Secretária Dra. Lúcia Pereira Nascimento
1º Tesoureiro Dr. José Admirço Lima Filho
2º Tesoureiro Dr. Luiz Alberto Vicente Teixeira
Diretor Científico Dr. Durval Campos Kraychete
Diretor de Defesa Profissional Dr. Aurino Lacerda Gusmão
Responsável pela revista Dr. Ricardo Almeida de Azevedo
Textos e EdiçãoCinthya Brandão - 71 9964-5552
Designer GráficoCarlos Vilmar
car losv i lmar@gmai l .com
FotografiasHitanez Freitas
Tiragem 500 exemplares
ImpressãoCar togra f
Jornal ista DRT 2397
Crescendo juntos
O ano já começa com vários desafios, alguns novos, outros velhos, mas com uma Diretoria disposta a fazer o melhor para a SAEB.
Um destes desafios é tornar o sócio mais próximo da SAEB. Para isto estamos organizando um Calendário Científico inovador com divulgação antecipada para que todos se organizem a fim de participarem com maior assiduidade.
Continuaremos, juntamente com a COOPANEST, a tentar um melhor gerenciamento no setor público. O importante neste momento é termos consciência de que ninguém cresce sozinho. Quem acredita que isto é possível não está pensando no futuro, este só será favorável se crescermos juntos. Portanto vamos colocar nossas vaidades de lado, para que possamos em uníssono e sem heroísmo, evitar que a Anestesiologia baiana sofra retrocessos. Afinal, somos um exemplo de organização para todo o Brasil.
A SAEB estará sempre de portas abertas para quem quiser participar, opinar, se reciclar e criticar. Basta comparecer!
Dr. Ricardo Almeida de AzevedoPresidente da SAEB
A SAEB disponibiliza para locação dois auditórios devidamente equipados com tecnologia e conforto suficientes para qualquer tipo de evento. Capacidade para oitenta pessoas confortavelmente sentadas, sonorização, ar-condicionado, projetor de slides e retroprojetor. Para outras informações, entre em contato com a nossa secretaria.
O espaço ideal para o sucesso do seu evento
Contato:(71) 3247-4333
A partir da próxima edição da Revista Bahianest, os sócios da SAEB e da COOPANEST - BA vão poder contar com um espaço gratuito para divulgação de serviços - pessoas físicas, vendas de equipamentos, enfim, uma página de classificados específica sobre Anestesiologia.Os interessados devem entrar em contato com a secretaria da SAEB (71) 3247-4333 ou com a Assessoria de Comunicação (71) 9964-5552 (Cinthya Brandão) ou pelo e-mail: [email protected].
Classificado gratuito
A solenidade foi marcada pela emoção tanto para o presidente gestão 2006-2007, Dr. Samuel José de Oliveira, quanto para o eleito, Dr. Ricardo Almeida de Azevedo que ficará à frente dos trabalhos da SAEB durante o biênio 2008-2009.
Durante o discurso de despedida, Dr. Samuel José de Oliveira ressaltou, em breves palavras, o quanto foi enriquece-dora a experiência de presidir a socieda-de, revelou também a descoberta da vocação de doar-se àqueles que necessi-tam. Agradeceu o apoio da esposa Dr. Patrícia, das filhas, de Dr. Carlos Eduardo Aragão de Araujo, presidente da
Nova Diretoria da SAEB toma posse em noite de festaOs novos integrantes da Diretoria, Conselho Fiscal e Conselho Superior da SAEB foram empossados dia dezenove de janeiro, às oito da noite, numa solenidade que reuniu diversas gerações da Anestesiologia baiana. A transmissão de posse contou com a presença do vice-presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, Dr. Luiz Antonio Vane, do vice-presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia - SINDMED, Dr. Francisco Magalhães, do presidente da SAMG, Dr. Tolomeu Artur Assunção Casali, do Dr. Cícero Péricles de Lucena Feitosa, representando a SAEC, do Dr. Francisco José Antunes de Brito, representando a SAEPE, do Dr. José Renato Gomes Cabral, representando a Coopanest-Pe e do Dr. Marcos Antonio Costa de Albuquerque, representando a SAESE
Coopanest-Ba, e dos funcionários e colaboradores da SAEB. Além de desejar sorte ao novo presidente.
Dr. Ricardo Almeida de Azevedo, envolvido pela emoção da solenidade falou que assume a presidência da SAEB num momento decis ivo para a Especialidade, por isso, será necessário cautela na tomada de decisões. Agradeceu o apoio dos familiares, amigos e colegas de profissão. Garantiu trabalho durante os próximos dois anos, como também, continuidade à inclusão digital dos sócios e apoio total ao 56o. Congresso Brasileiro de Anestesiologia que será realizado em Salvador, no
próximo ano, presidido por Dr. Adhemar Chagas Valverde. Dr. Ricardo Almeida de Azevedo fez um alerta aos profissionais baianos: "Não podemos nos esquecer de respeitar os limites da ética na defesa dos nossos interesses individuais. Sabemos o quanto são graves os problemas sociais e reconheço as inúmeras dificuldades que enfrentamos no exercício da nossa profissão, mas precisamos moralizar e organizar a Anestesiologia baiana". Para finalizar, fez um apelo: "Busquemos avaliar o trabalho individual de cada profissional independente do grupo a que pertence." Após a leitura e assinatura do termo de posse, o presidente eleito Dr. Ricardo Almeida de Azevedo entregou a medalha comemorativa da SAEB ao Dr. Samuel José de Oliveira e o ajudou no descerra-mento da fotografia do mesmo na galeria dos ex-presidentes.
O final da noite deu espaço à confraternização entre diretores, sócios e convidados num coquetel seguido de jantar no terraço da SAEB.
Cinthya BrandãoJornalista DRT-2.397
2 3
Transmissão de posse: Dr. Samuel José de Oliveira e Dr. Ricardo Almeida de Azevedo
Dr. Ricardo Almeida de Azevedo em discurso de posse
1 - Dra. Maria Lúcia Bomfim Arbex, Dr. Ricardo Almeida de Azevedo, presidente eleito da SAEB, Dr. Samuel José de Oliveira e Dr. Luiz Antonio Vane, vice-presidente da SBA
2 - Dr. Durval Kraychete, Dr. Marcos Antonio C. Albuquerque representante SAESE, Dr. Cícero Péricles de Lucena Feitosa, representante SAEC, Dr. Ricardo Almeida de Azevedo e Dra. Maria Lúcia Bomfim Arbex
3 - Auditório repleto de sócios e convidados para a Solenidade de Posse 4 - Dr. Ricardo Almeida de Azevedo recepciona membros da Diretoria e convidados
Dr. Ricardo Almeida de Azevedo, Dr. Tolomeu Artur Assunção Casali, presidente SAMG e Dr. Samuel José de Oliveira
4 5
Efeitos sedativos e
cardiovasculares do
midazolam e do diazepam
associados ou não a
clonidina, em pacientes
submetidos a estudos
hemodinâmicos por
suspeita de doença arterial
coronariana
Benzodiazepínicos e clonidina na coronariografia
MétodosApós aprovação pelo Comitê de
Ética em Pesquisa e assinatura do consentimento informado, um ensaio clínico prospectivo, duplo cego, randomizado e controlado foi realizado.
Antes de assinar o consentimento informado os pacientes foram esclarecidos das rotinas do serviço e dos objetivos do presente trabalho. Foi também comunicado que ele poderia utilizar clonidina ou benzodia-zepínicos e seus possíveis benefícios durante o exame seriam avaliados.
Cento e sessenta pacientes de ambos os sexos, entre 18 e 80 anos de idade foram admitidos para o estudo, os quais realizariam cineangi-ocoronariografias eletivas, todos com cintilografia miocárdica ou teste de esforço positivo para isquemia.
Foram excluídos os pacientes com angina instável, índice de massa corpórea maior que 35; alteração do sensório que impedisse a avaliação e historia de alergia às drogas utilizadas.
Os parâmetros utilizados neste estudo foram à pressão arterial (PA), a freqüência cardíaca (FC) e o escore de sedação conforme a escala de Ramsay (Tabela I).
Os pacientes eram monitorizados na sala de hemodinâmica com oximetria de pulso (Criticare 504DX), eletrocardiografia contínua com seis derivações, e pressão arterial invasiva através artéria femoral ou braquial a depender da abordagem utilizada no exame (Polígrafo SP12 - TEB®).
Todos os pacientes estavam em jejum há pelo menos oito horas e não receberam nenhum tipo de medica-ção ansiolítica.
Tomando por base Nascimento et al., que foi o único trabalho publicado sobre sedação com clonidina em cineangiocoronariografia, onde o grupo controle foi o uso de solução salina e o tratamento foi o uso de clonidina. Para o cálculo de tamanho amostral foram usados os seguintes
parâmetros: erro á de 5%, poder de 80%, tendo como diferença de média entre os grupos de 16 mmHg na pressão arterial sistólica, um desvio padrão de 20,22 mmHg no grupo controle e de 22,58 mmHg no grupo teste. Com estes parâmetros se chegou a um tamanho amostral mínimo de 30 pacientes para cada grupo.
Os pacientes foram divididos em cinco grupos de 32 pacientes cada, de acordo com o fármaco utilizado: grupo C (clonidina 0,5 µg.kg-1); grupo M (midazolam 40 µg.kg-1); grupo MC (associação do midazolam 40 µg.kg-1 e clonidina 0,5 µg.kg-1); grupo D (diazepam 40 µg.kg); grupo DC (associação do diazepam 40 µg.kg-1 e clonidina 0,5 µg.kg-1).
A punção da artéria femoral foi escolhida para os pacientes internados no hospital e a dissecção da artéria braquial para os pacientes ambulatori-ais. Após, os pacientes eram também monitorizados com oximetria de pulso e eletrocardiografia contínua, e iniciada a avaliação. A FC, PA e sedação eram avaliadas da injeção venosa e a cada 5 minutos até o final do procedimento.
Houve variação de 15 a 90 minutos no tempo do exame depen-dendo do paciente e da dificuldade técnica. Por isso foi necessário criar uma avaliação em momentos específi-cos para corrigir este aspecto. Portanto, foram escolhidos quatro momentos para avaliação da PA, FC e escores de sedação nos pacientes: Momento 1 (M1)- antes da injeção venosa, seria o momento controle; Momento 2 (M2)- Cinco minutos após a injeção da droga; Momento 3 (M3)- seria a mediana do tempo do exame, esta foi escolhida pois ocorre-ria na metade do tempo do procedi-mento; e o momento 4 (M4)- final do exame.
As complicações avaliadas foram bradicardia e hipotensão, bem como a prevalência do uso de betabloquea-
dores como tratamento da insuficiên-cia coronariana.
Com relação à sedação, por questões éticas, a meperidina 0,04 mg/kg foi utilizada nos pacientes que continuaram agitados ou ansiosos após dez minutos do inicio do exame. Sendo a utilização desta droga um dos parâmetros de eficácia sedativa da clonidina.
Na apresentação dos resultados de variáveis contínuas foram descritas através de média e mediana, variáveis categóricas através de percentual. Para inferência, a análise de variância (ANOVA) ou Teste de Kruskal-Wallis nas variáveis contínuas foram utiliza-dos, e o X2 ou Teste Exato de Fisher para variáveis categóricas. Adotando-se um á de 5% (Erro tipo I).
Nenhuma diferença foi observada nos grupos estudados com relação ao sexo, idade, peso, altura ou índice de massa corpórea (Tabela II).
O estudo foi realizado durante seis meses, dos meses de julho a dezem-bro do ano de 2006.
Com relação à FC, a analise estatística dos grupos em cada momento, o M1 valida a homogenei-dade da amostra, pois não existem diferenças significativas. No M2 observa-se que os grupos que utilizaram o midazolam apresentaram as maiores variações (p<0,05), enquanto os demais que utilizaram clonidina ou diazepam, inclusive o grupo MC têm uma tendência à maior estabilidade, sem diferenças na análise estatística. O M3 e M4 mantêm o padrão de diferença apenas no grupo M ( Figura 1).
Na pressão arterial sistólica (PAS), a comparação dos grupos em cada momento demonstrou que apenas em M1 os grupos não diferiram. Nos momentos posteriores apenas o grupo D diferiu estatisticamente do
Resultados
Artigo Científico
A clonidina diminui o tônus simpático e aumenta o tônus parassimpático, reduzindo, conseqüentemente, a freqüência cardíaca, o metabolismo sistêmico, a contratilidade miocárdi-ca e a resistência vascular sistêmica. Todos estes efeitos resultam em uma diminuição do requerimento miocárdico de oxigênio, aspectos que devem ser respeitados nos pacientes com doença coronariana.O controle da resposta autonômica no paciente com suspeita de doença coronariana já é realizado com o uso de betablo-queadores cuja eficácia é bem conhecida. Os alfa2 agonistas, como a clonidina, estão sendo estudados, e os seus benefínicos no controle autonômico são evidentes.Particularmente na cineangiocoronariografia, estudos sobre sedação neste procedimento são poucos e o conhecimento do uso de alfa2 agonistas durante este exame é pobre. Por este motivo o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da clonidi-na comparando-a com dois benzodiazepínicos o midazolam e o diazepam e suas associações, observando seus efeitos sob a pressão arterial, freqüência cardíaca e sedação nos pacientes submetidos à cineangiocoronariografias.
grupo MC (M2) de do grupo M (M3) mostrando que o diazepam tem um efeito mínimo sobre a PAS e o midazolam isolado ou quando associado à clonidina tem seu efeito hipotensor, apresentando uma redução estatisticamente significativa sobre a PA. Os grupos não diferiram estatisticamente no momento quatro (Figura 2).
Na pressão arterial diastólica (PAD) a análise das diferenças entre os grupos em cada momento, revelou que apenas em M1 os grupos foram semelhantes sendo que em M2, M3 e M4 o grupo D apresentou valores maiores que o grupo MC (p<0,05) (Figura 3).
Com relação ao comportamento sedativo, o consumo de meperidina não diferiu entre os grupos, validando um efeito sedativo semelhante entre eles (p>0,10) (Figura 2). Os escores
de sedação apresentaram diferenças estatisticamente significantes princi-palmente no momento dois, três e quatro (Figura 4,5 e 6).
Com relação aos momentos do estudo a média do tempo de realiza-ção dos exames (M4) foi 25,44± 11,13 e o momento três (M3), que foi a mediana do tempo do exame, foi de 13,69 ± 5,64.
Nenhum paciente apresentou hipotensão que necessitasse de tratamento. Com relação à bradicar-dia não houve diferença estatística entre os grupos, no entanto no grupo MC quatro pacientes necessitaram de tratamento com atropina 0,01 mg/kg, seguido do grupo M com dois pacientes, dos grupos C e DC com um paciente cada e do grupo D que não necessitou do tratamento.
A prevalência do uso de betablo-queadores foi semelhante entre os grupos não havendo diferença estatisti-camente significante (p> 0,05).
DiscussãoA clonidina mostrou ser uma
droga efetiva no controle da PA e FC tendo um efeito sedativo discreto o que é desejável no laboratório de hemodinâmica, assemelhando-se ao diazepam (Figuras 1, 2, 3 e 4)
A dose de clonidina de 0,5 µg/kg é menor que a utilizada na literatura (Habitualmente maior que 1µg/kg). Alguns autores defendem que doses, como a usada neste trabalho, são efetivas no controle da PA e FC.
Com relação à bradicardia e hipotensão que seriam as complica-ções mais esperadas com o uso da clonidina, não se observou nenhum paciente com hipotensão e apenas 8 pacientes que apresentaram bradicar-dia, não apresentando significância estatística, sendo que a associação do midazolam com a clonidina (grupo MC) foi responsável por 50% dos eventos, mostrando que existe uma potencialização sinérgica entre estas duas drogas.
Com relação ao comportamento da FC e PA os grupos que utilizaram midazolam apresentaram variações significativas quando comparado com o diazepam e clonidina e particular-mente o grupo MC mostrou que a clonidina estabilizou a resposta cardiovascular não havendo grandes variações com foi observado com o grupo M (Figuras 1,2 e 3)
É interessante ressaltar a impor-tância da diminuição do consumo de oxigênio pelo miocárdio no paciente que tem doença arterial coronária, pois nele quanto maior a freqüência cardíaca e a pressão arterial, maior o trabalho do coração e maior o risco de isquemia.
Obviamente desde que os valores da FC e PA se mantenham dentro dos limites fisiológicos isto é benéfico, pois se houver hipotensão o risco isquemia pode ocorrer. Como nenhum paciente neste grupo apresentou hipotensão, presumimos que a dose
da clonidina e dos benzodiazepínicos foram satisfatórias.
Alguns autores referem-se ao potencial dos alfa2agonistas, como a clonidina, de diminuírem a morbidade cardiovascular. Este ponto ainda é controverso, mas alguns autores têm comparado o efeito da clonidina como semelhante ao dos betabloque-adores na proteção miocárdica. Obviamente com este trabalho observou-se um efeito sedativo da clonidina semelhante ao do diaze-pam, com um controle autonômico característico dos alfa2agonistas, que diminui o trabalho miocárdico, como os benzodiazepínicos.
Apesar de não existir consenso sobre sedação no laboratório de hemodinâmica, Nascimento et al., 2006 mostrara o beneficio do uso de sedativos sobre a PA e FC. Esta discussão retorna neste momento quando a clonidina está sendo comparada com os benzodiazepíni-cos, particularmente com resultados de estabilização cardiovascular superiores aos do midazolam.
Até no aspecto da preservação da consciência a clonidina e o diazepam foram superiores, pois o midazolam isolado ou associado à clonidina teve como resultado, pacientes que não estavam cooperativos e isto é indese-jável no laboratório de hemodinâmi-ca.
A clonidina tem efeito sedativo que depende da dose utilizada e o seu sítio de ação é o lócus cerúleus, pequeno núcleo neuronal localizado na parte superior do tronco cerebral. Este efeito já foi descrito por vários autores e é importante ressaltar que o efeito sedativo não é conseqüência de hipotensão ou qualquer efeito cardiovascular.
Os benzodiazepínicos têm seu efeito sedativo mediado pelos receptores do Ácido gama aminobutí-rico e seus efeitos cardiovasculares parecem ocorrer por outros mecanis-mos. O midazolam, por exemplo,
ww
w.a
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logi
a.co
m.b
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O midazolam foi associado com maior efeito sedativo e cardiovascular enquanto o diazepam causou menor efeito
sedativo e cardiovascular. A clonidina e o diazepam tiveram efeitos semelhantes na PA, FC e sedação.
6 7
1- paciente ansioso, agitado, impaciente ou ambos;
2- paciente cooperativ o, orientado e tranqüilo;
3- paciente que responde somente ao comando verbal;
4- paciente que demonstra uma resposta ativa a um toque
leve na glabela ou a um estímulo sonoro auditivo;
5- paciente que demonstra uma resposta débil a um toque
leve na glabela ou a um estímulo sonoro auditivo;
6- paciente que não responde aos mesmos estímulos dos itens
4 ou 5;
4Tabela 1. Escala de Ramsay
Tabela 2.
Média e desvio padrão das variáveis antropométricas e da idade dos pacientes.
Variável
Grupo
IDADE*
PESO*
ALTURA*
IMC*
Sexo (m/f)
GRUPO C
59,22±12,51
59,22±12,51
1,65±0,76
25,22±3,47
23 09
GRUPO M
62,03±10,58
62,03±10,58
1,65±0,89
25,09±2,73
23 09
GRUPO MC
58,53±12,08
58,53±12,08
1,65±0,85
25,79±2,98 22 10
GRUPO D
62,56±09,60
62,56±09,60
1,64±0,81
26,24±3,14
19 13
GRUPO DC
60,97±10,96
60,97±10,96
1,65±0,81
25,22±3,63
23 09
Total
60,66±11,17
70,28±11,08
1,65±0,83
25,56±3,19
110 50
Estatística: p> 0,50 p>0,50 p> 0,10 p>0,10 p>0,10
Comentários: Os cinco grupos não diferiram em rela ção ao sexo, idade, peso, altura ou índice de massa corporal (IMC).
* Valores expressos em media ± desvio padrão
tem um efeito depressor da resposta simpática que determina hipotensão e no presente estudo maior incidência de bradicardia. O diazepam ao contrário tem um efeito de estabiliza-ção cardiovascular que inclusive o endossa para utilização em pacientes com insuficiência cardíaca grave por agir aumentando a resposta inotrópica provavelmente por inibir a fosfodies-
terase quatro.O numero de trabalhos nacionais
sobre sedação em cineangiocoronari-ografia é pequeno e com este trabalho espera-se contribuir para aumentar as experiências com boa metodologia, realizadas para melhorar o cuidado dos pacientes com risco coronariano.
Do ponto de vista prático, retoma-se a discussão da melhora da assistência médica do paciente que é submetido à cineangiocoronario-grafia. Hoje não existe consenso sequer se estes pacientes devem ser sedados e com este trabalho mostramos benefícios no controle da PA e FC.
Portanto este trabalho mostrou que a clonidi-na tem um efeito sedativo comparável ao do diazepam. O midazolam apresentou escores de sedação muito profundos, o que não é desejável para a realização da cineangiocoronariografia. A associação da clonidina com os benzodiazepínicos potencializou os efeitos sedativos e aumentou a estabilidade cardiovascular destes fármacos.
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Dr. Jedson dos Santos NascimentoCoordenador do CET do Hospital Santa Izabel
GRUPO DCGRUPO DGRUPO MCGRUPO MGRUPO C
170
160
150
140
130
120
110
PA
S (
mm
Hg
)
Figura 2. Pressão Arterial Sistólica (PAS) - Média e desvio padrão dos grupos em 4 momentos
GRUPO DCGRUPO DGRUPO MCGRUPO MGRUPO C
95
90
85
80
75
70
PA
D (
mm
Hg
)
M2
M3
M4
M1
Figura 3. Pressão Arterial Diastólica (PAD) -Média e desvio padrão dos grupos em 4 momentos
GRUPO DCGRUPO DGRUPO MCGRUPO MGRUPO C
77,5
75,0
72,5
70,0
67,5
65,0
FC
( b
pm
)
Figura 1. Freqüência cardíaca (FC). Médias e desvios padrões dos grupos em cada momento .
Momento dois
99
3311
1212
55
2323
2323
1919
1717
2424
55
77
33 3311
11
44
Grupo C Grupo M Grupo MC Grupo D Grupo DC
Ramsay 6
Ramsay 5
Ramsay 4
Ramsay 3
Ramsay 2
Ramsay 1
Figura 4. Momento dois. Escores e número de pacientes em cada grupo
Estatística: p< 0,05 ;MC>(C=D=DC) ;MC=M>(C=D) ; M=DC
Momento três
33 33 44 33
29292626
1919
2626 2626
22
99
22 3311222
Grupo C Grupo M Grupo MC Grupo D Grupo DC
Ramsay 6
Ramsay 5
Ramsay 4
Ramsay 3
Ramsay 2
Ramsay 1
Figura 5. Momento três. Escores e número de pacientes em cada grupo
Estatística: p< 0,05 ; MC>(C=M=D=DC)
Momento quatro
11 11
30302727
2121
29292727
1144
77
334431111
Grupo C Grupo M Grupo MC Grupo D Grupo DC
Ramsay 6
Ramsay 5
Ramsay 4
Ramsay 3
Ramsay 2
Ramsay 1
Figura 6. Momento quatro. Escores e número de pacientes em cada grupo
Estatística: p< 0,05
8 9
COOPANEST-BACOOPERATIVA DOS MÉDICOS ANESTESIOLOGISTAS DA BAHIA
Crônica
A abertura da programação científica da SAEB foi marcada pelo encontro de gerações da Anestesiologia baiana.
Consagrados profissionais e médicos em especialização participaram de uma palestra sobre Avaliação do Risco Anestésico ministrada por Dr. Manoel Rodrigues Medeiros Neto. Durante a explanação, Dr. Manoel Medeiros chamou a atenção dos iniciantes na especialidade para a importância do reconhecer e assumir a escolha. “Vocês precisam ter consciência da escolha que fizeram, principalmente, da natureza da Especialidade e o aspecto mítico que a envolve porque isso despertará uma expectativa e a necessidade de sucesso absoluto em qualquer procedimento futuro.”
Dra. Adriana Bittencourt Martins, R1 do Hospital das Clínicas, tem vinte e nove anos e concluiu a faculdade de Medicina em 2001. Inicialmente, pensou em seguir a área cirúrgica, depois optou pela Ginecologia quando chegou a fazer um ano e meio de especialização, mas quando conheceu a Anestesiologia não teve dúvidas. Apesar do pouco tempo em contato com a Especialidade, Dra. Adriana mostra-se bastante envolvida e satisfeita com a escolha. “O medo existe quando se pensa que somos um profissional que não podemos errar, mas o desafio instiga e a busca pela eficiência e precisão faz reduzir os riscos que estão ao nosso alcance.”
Nas palavras de boas-vindas, o presidente da SAEB, Dr. Ricardo Almeida de Azevedo convidou a todos os médicos em especialização a um contato mais direto e próximo com a Sociedade e ressaltou o quanto o aprimoramento do conhecimento científico é determinante para o Anestesiologista. Em breves palavras, o diretor científico da SAEB, Dr. Durval Campos Kraychete, falou da intensa programação científica escolhida para este ano. É a oportunidade, segundo ele, para os novos especialistas adquirirem experiência e bagagem teórica fundamentais para o bom desempenho da profissão.
Após a apresentação, todos participaram do momento de confraternização com coquetel seguido de jantar na sede da Sociedade.
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SAEB recebe futuros anestesiologistas na abertura da Programação Científica 2008
Fotos: 1 - Dr. Durval Campos Kraychet, diretor Cinetífico da SAEB e Dr. Ricardo Almeida de Azevedo, presidente da SAEB 2 - Dr. Manoel Rodrigues Medeiros Neto ministrando aula sobre Risco Anestésico 3 - Médicos em Especialização reunidos na posse da nova Diretoria da SAEB4 - Dra. Maria Jucinalva Lima Costa, Dr. Altamirando Lima de Santana, Dr. Samuel José de Oliveira, Dra. Onsly
Fernandes de Canedo e Dra. Patrícia Ramos Dias
Dr. Ricardo Almeida de Azevedo com os médicos em especialização, a nova geração da Anestesiologia baiana
Os anestesiologistas dos mais diversos rincões deste Brasil, no próximo ano, invadirão Salvador para participarem, científica e socialmente, do 56º Congresso Brasileiro de Anestesiologia – CBA, que acontecerá na capital baiana depois de 14 anos.
Desde 2006, a Comissão Executiva – CE, definida em dezembro de 2005, vem desenvolvendo ações com a intenção e vontade de fazer um evento baiano que fique guardado na memória, para sempre, daqueles que aqui comparecerem.
Dentre os passos até então dados e confirmados, cabe o registro da escolha do local (Centro de Convenções da Bahia), da data do CBA (de 14 a 18 de novembro de 2009), da operadora (Interlink), do tema (Anestesia e Arte) escolhido pela Comissão Científica e do stand no 55º CBA em São Paulo este ano, cedido gentilmente pelo Dr. Irimar de Paula Posso, Presidente do Congresso Paulista.
Muito breve, a logomarca estará pronta e, como não podia deixar de ser, constará de um dos símbolos do folclore baiano e, para tanto, o responsável pela criação da mesma é um profissional conhecido da SAEB (Carlos Vilmar). Com alguns “pitacos” da Comissão Executiva certamente chegará ao esperado, como já aconteceu em outros eventos da Anestesiologia baiana. Em pouco tempo, a escolha do banco oficial também estará confirmada, devendo acontecer o mesmo com o escritório de contabilidade, os dois responsáveis pela movimentação financeira do 56º CBA. A rede hoteleira já foi contactada, a programação social já está amadurecendo, assim como a programação para acompanhantes, enfim, tudo que envolve um acontecimento desta envergadura.
O material de divulgação, que só pode ser divulgado em novembro deste ano no 55º CBA em São Paulo, já está no forno e em tempo hábil chegará às mãos do público alvo. Existe um cronograma, para este ano, que está sendo, dentro das possibilidades, obedecido e os prazos estão dentro do previsto pelas Comissões Organizadoras do CBA.
A Comissão Executiva está tendo o cuidado e a preocupação de entrar em contato com Presidentes de CBA's passados e do Congresso de 2008 para trocar idéias e ouvir suas expectativas, boas e ruins, principalmente, e o resultado, os frutos colhidos estão sendo animadores.
Envolvem a organização de um CBA, basicamente, cinco Comissões: Executiva, Científica, Social, de Secretaria e de Tesouraria. Destas algumas já estão formadas, outras em formação e existe uma tendência muito grande, vinda destas Comissões citadas, em se criar uma outra Comissão, em princípio chamada de Apoio que estará ligada à Social e tão importante quanto. Como se tem esta perspectiva, em outra ocasião e situação serão fornecidos os nomes que formarão o exército responsável pelo sucesso do 56º CBA, claro que com a colaboração de todos os anestesiologistas baianos, pois estes serão realmente os anfitriões daqueles que invadirão Salvador em 2009.
À guisa de esclarecimento vale salientar que um CBA é da responsabilidade da Regional onde o mesmo acontece que, por sua vez, elege ou indica a Comissão Executiva do citado evento. É mister que se torne público e registre o apoio dado pela SAEB na pessoa de seu Presidente, Dr. Ricardo Almeida de Azevedo, à CE do 56º CBA e, consequentemente, a todas as demais Comissões.
Os colegas já envolvidos no processo estão comprometidos com o mesmo e imbuídos em fazer o melhor para que Salvador seja palco de mais um Congresso Brasileiro de Anestesiologia digno dos que aqui chegarão e daqueles que se privarão de suas famílias, amigos, momentos de lazer, mas enfrentarão o desafio de organizar um CBA nesta Terra que completa, no ano que vem, 460 anos e mostrará a todos que o tempo a torna cada vez melhor, como acontece nos melhores vinhos.
Até de repente!Dr. Adhemar Chagas Valverde
Presidente do 56º CBA
Salvador vai sediar o 56º Congresso Brasileiro de Anestesiologia
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Dicas de Sites
Caros colegas, dentre as diversas páginas da web que disponibilizam informações médicas, a minha sugestão vai para uma prata da casa; o site do Serviço de Terapia Intensiva do Hospital do Servidor Público Estadual na cidade de São Paulo. Um exemplo de qualidade na medicina pública, e sob a chefia do Dr. Ederlon Rezende.
Este site disponibiliza gratuita e gentilmente, todo o programa de atualização em terapia intensiva daquele serviço, com aulas desde o ano de 2002 e conta com a participação de diversos convidados nacionais e estrangeiros. Como muitos dos temas tratados neste programa também servem à anestesiologia, como: monitorização hemodinâmica, uso de hemoderivados, reposição volêmica, ventilação mecânica e outros; temas sempre atuais e que são frequentemente revisitados e atualizados. Só nos resta desfrutá-lo.
Ah! Não esquecer de visitar semanalmente o site , da SBA que também oferece um programa
extenso e dinâmico de formação e atualização em anestesiologia.
E pra alma! Aos que curtem e aos que precisam curtir arte; a excepcional revista BRAVO disponibiliza na web, gratuitamente, todo o seu conteúdo em formato digital. É a BRAVO on-line que, além de permitir a participação nos diversos grupos de discussão, dá dicas de vários Blogs. Basta acessar:
A atriz Jeanne Moreau uma certa vez, disse ao nosso Milton: “Que coisa mais incrível é a arte. Assim que está pronta, não é mais sua. Vai à lugares aonde você nem fazia idéia de que pudesse chegar e mexe com a cabeça das pessoas”
Abraços,
Dr. Macius Pontes CerqueiraMédico Anestesiologia
www.sti-hspe.com.br
www.sba.com.br
www.revistabravo.com.br.
Faleceu no dia 07 de maio de 2007 Dr. Nelson Pereira Salles, formado pela Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus, em 1939. Fez pós-graduação em Cirurgia Geral na Universidade de São Paulo em 1940 e 1941, quando teve conato com a insipiente especialidade de Anestesiologia. Neste tempo, as grandes incursões de Anestesiologia eram a raquianestesia e anestesia inalatória realizada com máscara de Ombredagne, usando um anestésico chamado Balsoformio, mistura de éter e clorofórmio.
Ao retornar para Salvador, em 1942, casou-se com sua namora e amada Yvette Cardeiro Salles com a qual teve oito filhos. Em seguida, Dr. Nelson foi trabalhar como médico na Estância Hidromineral Caldas de Cipó, na época em que seu pai, Genésio de Seixas Salles, era o concessionário das águas. Durante este período, realizou inúmeras cirurgias em que o próprio, concomitantemente aplicava anestesia inalatória com éter gota a gota, com o auxílio de um enfermeiro.
ovamente de volta a Salvador, após o término da guerra em 1945 tomou conhecimento juntamente com outro anestesista, Milton Marques da Luz, do imenso progresso da Anestesiologia neste período de conflito. Nessa época, médicos anestesistas brasileiros na Itália presenciavam os anestesistas americanos realizarem a intubação traqueal com enorme sucesso nos jovens feridos em combate.
Em seguida, Milton Marques da Luz foi aos Estados Unidos e trouxe os laringoscópios Mc Dutoch de lâminas retas, recebendo posteriormente os de lâminas curvas. Juntamente com os laringoscópios vieram também dois aparelhos de mesa “Foregger” e um “Glidebrinlz”. Estes aparelhos foram instalados no Sanatório Espanhol e no Hospital Português. Existia ainda um aparelho “Foregger” portátil que se deslocava para outros hospitais da cidade, como o Sagrada Família, Santa Izabel e Pró-Mater.
Dr. Nelson Salles trabalhou na época com os grandes cirurgiões baianos como os Drs. Jorge Valente, Manoel Pereira, David Araújo, Gerson Mascarenhas, seu amigo e colega de turma, Aristides Novis, Fernando Carvalho Luz, Fernando Didier e muitos outros que gostaria de citar.
Durante quase toda a vida profissional, Dr. Nelson Salles trabalhou no Sanatório Espanhol tornando amigo particular do Sr. Manoel Lôpo, que tinha uma consideração especial com a sua pessoa.
Dr. Nelson Salles exerceu sua profissão de anestesiologista juntamente com seus filhos também anestesiolo-gistas Genésio, quem vos escreve, Adriano e Hélio, por quase vinte anos. Afastou-se da profissão em 1986, aos 71 anos, deixando um legado de competência, bondade e honestidade.
Dr. Genésio SallesMédico Anestesiologista
Homenagem póstumaDr. Nelson Pereira Salles
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Informe
A Cooperativa dos Anestesiologistas do Estado da Bahia – Coopanest-Ba atualizou alguns contratos com seus compradores. Um deles foi com a UNIDAS. A renegociação com a Petrobrás poderá gerar um contrato da empresa com a Coopanest-Ba. Não existia um contrato formal de prestação de serviços apenas anuência ao contrato existente no Ministério Público cumprido desde então.
“A partir de agora, as Glosas serão reduzidas, espera-se também uma relação mais segura para ambas as partes.”, ressalta o secretário geral da Coopanest-Ba, Dr. José Siquara da Rocha Filho
Cinthya BrandãoJornalista DRT-Ba 2.397
A Cooperativa dos Anestesiologistas do Estado da Bahia – Coopanest-Ba passará a atuar nos hospitais assistidos pelo Sistema Único de Saúde a partir de 2008. O contrato firmado com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia – SESAB em dezembro do ano passado é uma forma de amenizar as lacunas existentes na rede pública. Para o presidente da Coopanest-Ba, Dr. Carlos Eduardo Aragão de Araújo a iniciativa beneficia também os profissionais. “Esse contrato amplia o leque de opções para os cooperados, pois permitirá a abertura
Coopanest-Ba amplia campo de
atuação para Sistema Único de Saúde
do mercado de trabalho para os anestesiologistas, principalmente os recém-formados, além de contr ibuir para uma melhor remuneração sem abrir mão dos conceitos éticos.”
Já foram encaminhados à Diretoria de Acompanhamento e Avaliação da Rede Própria – Darp novos profissionais para serem locados em diversas unidades de s a ú d e m a i s c a r e n t e s d e anestesiologistas. Esse contrato foi fruto de um entendimento entre os setores jurídicos da SESAB e da
cooperativa a fim de adequá-lo à Legislação Cooperativista e ao perfil do Estatuto da Coopanest-Ba.
N a m e s a d e n e g o c i a ç õ e s participaram integrantes da diretoria e do setor jurídico da Coopanest-Ba através do presidente Dr. Carlos Eduardo Aragão de Araujo, do secretário geral, Dr. José Siquara da Rocha Filho, o presidente em exercício da Sociedade de Anestesiologia do Estado da Bahia - SAEB, Dr. Samuel José de Oliveira, do integrante da Comissão de Defesa Profissional da SAEB, Dr. Altamirando Santana, e de Dr. José Abelardo Garcia de Meneses, assessor do Secretário da Saúde, Dr.
Jorge Solla, que, com a imparcialidade e ética que lhe é característica, intermediou as negociações. “O contrato contempla o pleito dos cooperados e, no mês de janeiro foi apresentado o primeiro faturamento. Essa ampliação do mercado de trabalho dos anestesiologistas é muito importante na visão da cooperativa, principalmente em se tratando da função social já que o SUS atende a uma grande parcela da população”, finaliza Dr. Carlos Eduardo.
A assinatura do contrato com a C o o p a n e s t - B a a o m o d e l o d e credenciamento Pessoa Jur íd ica proposto pela SESAB já possibilitou a adesão de 26 profissionais que irão cobrir os postos de trabalho disponíveis. A integração de outros anestesiologistas poderá ser feita a qualquer momento, via Coopanest-Ba.
Aos moldes do contrato firmado entre a Coopanest-Ba e a SESAB, foi solicitado pela Universidade Federal da Bahia, UFBA, através do serviço de anestesiologia do Hospital Professor Edgar Santos, UPES, a viabilização
também de anestesiologistas dispostos a trabalhar na instituição. O contrato assinado em fevereiro deste ano já possibilitou o direcionamento de alguns profissionais. O pré-requisito
para ambos os contratos é a situação regular com a especialidade, conclusão da residência e condição para efetivar o registro com o Conselho Regional de Medicina - CREMEB.
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Coopanest-Ba
fecha 2007 com a
renegociação
de vários contratos
Dr. Samuel José de Oliveira, presidente da SAEB (2007), Dr. Carlos Eduardo Aragão de Araujo, presidente da Coopanest-Ba, Dr. Jorge Solla, secretário estadual da Saúde, e Dr. José Abelardo Gracia de Meneses, assessor do secretário.
Dr. Carlos Eduardo Aragão de Araujo e Dr. Jorge Solla no ato da assinatura do contrato
Posse da nova Diretoria da SAMG.Dr. Tolomeu Artur Casali, presidente SAMG, Dr. Antonio Monteiro (SAEPE), Dr. Mozart Ribeiro (SAMG) e Dr. Ricardo Almeida de Azevedo.
Agenda do presidenteDentre as atribuições do Presidente da SAEB, uma delas é sua presença nas atividades promovidas pela a SBA e Regionais.
IV Curso de Condutas e Procedimentos Perioperatórios
Temas: WORKSHOP - Analgesia Pós-operatória e Uso Racional de Opióides
Data: 12/04/2008 - Local: Auditório da SAEB
Informações: Ministrado por Dr. Durval Campos Kraychete
Módulo de Estudo de Artigos Científicos - NOVA DATA!!!
Temas: Discussão de Artigos Científicos com Dr. Durval Campos Kraychet e
Dr. Kleber Pimentel
Data: 03/05/2008 - Local: Auditório da SAEB
13° ENAI - Encontro de Anestesiologia do Interior da Bahia
Temas: A definir
Data: 21/05/2008 - Local: Vitória da Conquista - Ba
I Módulo de Estudo de Artigos Científicos
Temas: Artigos Científicos
Data: 12/07/2008 - Local: Auditório da SAEB
IV Curso de Condutas e Procedimentos Perioperatórios
Temas: A definir
Data: 09/08/2008 - Local: Auditório da SAEB
22ª JORBA - Jornada Baiana de Anestesiologia do Estado da Bahia e I
Jornada de Dor da SAEB
Temas: A definir
Data: 19/09/2008 a 20/09/2008 - Local: A definir
IV Curso de Condutas e Procedimentos Perioperatórios
Temas: A definir
Data: 11/10/2008 - Local: Auditório da SAEB
Celebração do Dia do Anestesiologista
Temas: Anestesiologia
Data: 16/10/2008 - Local: Auditório da SAEB
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Informações: 71 3247-4333 - www.saeb.org.br
Programação CientÍfica da SAEB - 2008Programação CientÍfica da SAEB - 2008
XXXII JONNA - Jornada Norte Nordeste de Anestesiologia Dr. Ricardo Almeida de Azevedo, Dr. David Fontes (SAESE) e Dr. Leonício Silva Umbelino Júnior, presidente da Comissão Executiva da XXXII JONNA.
Posse da nova Diretoria da SAESE Dr. Ricardo Almeida de Zevedo, Dr, Cássio Sobral Porto, vice-presidente da Coopanest-Se, Dr. José Gualberto de Oliveira Filho, 1º Tesoureiro da SAMG, Dr. Marcos Antonio C. Albuquerque, presidente da SAESE, e Dr. Cícero Péricles de Lucena Feitosa, Tesoureiro da SAEC.