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Revista Rio Cooperativo n° 1

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Revista voltada para cooperativas

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As palestras, a feira eas mesas de negócios.Tudo que aconteceu no

Rio CoopShow 2005.

Habitação

Como o Programa deCrédito Solidário podeelevar as cooperativas

de habitação.

Educação

Educar mostra ocrescimento esucesso cooperativista.

Saúde

A Cooperar Saúde abreas portas de seuCentro Médico.

E aindaE aindaE aindaE aindaE ainda SeçõesSeçõesSeçõesSeçõesSeções

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Capa

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Nesta ediçãoNesta ediçãoNesta ediçãoNesta ediçãoNesta edição

EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL - Cláudio Montenegro

PPPPPAPO COOPERAAPO COOPERAAPO COOPERAAPO COOPERAAPO COOPERATIVTIVTIVTIVTIVOOOOO - Entrevista com Afonso de SouzaFilho, assessor especial da Chave Real, que fala sobre ascooperativas habitacionais.

CIRCULANDOCIRCULANDOCIRCULANDOCIRCULANDOCIRCULANDO - Um giro pelas principais notícias cooperati-vistas do Rio de Janeiro e do Brasil.

MÃOS À OBRAMÃOS À OBRAMÃOS À OBRAMÃOS À OBRAMÃOS À OBRA - Marcos Rogério Curi.

DDDDDAAAAATTTTTA A A A A VÊNIAVÊNIAVÊNIAVÊNIAVÊNIA - Adriana Amaral dos Santos.

NNNNNA PONTA PONTA PONTA PONTA PONTA DO LÁPISA DO LÁPISA DO LÁPISA DO LÁPISA DO LÁPIS - José Ribamar do Amaral Cypriano.

PÉ NPÉ NPÉ NPÉ NPÉ NA ESTRADA ESTRADA ESTRADA ESTRADA ESTRADAAAAA - Nélio Botelho.

DIRETO AO PONTODIRETO AO PONTODIRETO AO PONTODIRETO AO PONTODIRETO AO PONTO - Maria de Fátima Moraes Rodrigues

AAAAAGENDGENDGENDGENDGENDA COOPERAA COOPERAA COOPERAA COOPERAA COOPERATIVISTTIVISTTIVISTTIVISTTIVISTAAAAA - Os eventos do mundo cooperativo.

OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO - Paulo Rober to Braga, assessor jurídico daUnicred do Brasil.

SALA DE ESTSALA DE ESTSALA DE ESTSALA DE ESTSALA DE ESTARARARARAR - um momento de descontração cooperativista.

A A A A A força da uniãoforça da uniãoforça da uniãoforça da uniãoforça da união - A luta da Febracoop em defesa dascooperativas de trabalho.

PPPPParceria de sucesso - arceria de sucesso - arceria de sucesso - arceria de sucesso - arceria de sucesso - A Coopmilênio fala sobre seusserviços na área médica.

VVVVVale a pena aale a pena aale a pena aale a pena aale a pena apostar no apostar no apostar no apostar no apostar no agggggrrrrroneoneoneoneonegócio brgócio brgócio brgócio brgócio brasileirasileirasileirasileirasileiro - o - o - o - o - Aforça do setor que é considerado a locomotiva da economiabrasileira, responsável por um em cada R$ 3 gerados no país.

PPPPPela valorização do profissional - ela valorização do profissional - ela valorização do profissional - ela valorização do profissional - ela valorização do profissional - A Uniodonto LesteFluminense comemora 10 anos de luta pela classe do pro-fissional de odontologia.

UUUUUm panorama das cooperativas filiadas à Fenacredm panorama das cooperativas filiadas à Fenacredm panorama das cooperativas filiadas à Fenacredm panorama das cooperativas filiadas à Fenacredm panorama das cooperativas filiadas à Fenacred- - - - - As singulares filiadas à Federação Nacional das Coope-rativas de Crédito Urbano mostram seu desenvolvimento.

INFORME ESPECIAL - DINFORME ESPECIAL - DINFORME ESPECIAL - DINFORME ESPECIAL - DINFORME ESPECIAL - Depois da tempestade, a bo-epois da tempestade, a bo-epois da tempestade, a bo-epois da tempestade, a bo-epois da tempestade, a bo-nança - nança - nança - nança - nança - A Cocedae volta a crescer após um período demuitas dificuldades.

Ano I, nº1 - Outubro de 2005

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Bem-vindos ao novo pontode encontro das cooperativas

Rio Cooperativo Rio Cooperativo Rio Cooperativo Rio Cooperativo Rio Cooperativo é uma publicação bimestral daMontenegro Comunicação CorporativaMontenegro Comunicação CorporativaMontenegro Comunicação CorporativaMontenegro Comunicação CorporativaMontenegro Comunicação Corporativa

Rua da Conceição, 105, sala 1909, CentroCEP: 20051-011 - Rio de Janeiro - RJTelefones: (21) 2233-5547 / 2233-0712

E-mail: [email protected]: www.montenegrocc.com.br

Editor executivo e jornalista responsável:Editor executivo e jornalista responsável:Editor executivo e jornalista responsável:Editor executivo e jornalista responsável:Editor executivo e jornalista responsável:Cláudio Montenegro (MTb 19.027)[email protected]

RedaçãoRedaçãoRedaçãoRedaçãoRedaçãoDardano Piranda ([email protected])Kenia Vida ([email protected])

Projeto gráfico e produçãoProjeto gráfico e produçãoProjeto gráfico e produçãoProjeto gráfico e produçãoProjeto gráfico e produçãoFábio Louzada

Colaboraram nesta edição:Colaboraram nesta edição:Colaboraram nesta edição:Colaboraram nesta edição:Colaboraram nesta edição: Adriana Amaral, JoséRibamar do Amaral Cypriano, Marcos Cúri, Maria deFátima Moraes Rodrigues, Nélio Botelho e Paulo Braga.

Publicidade/ContatosPublicidade/ContatosPublicidade/ContatosPublicidade/ContatosPublicidade/ContatosTel.: (21) 2233-5547 - 2233-0712E-mail: [email protected]

Os artigos publicados são de inteira responsabilidadede seus autores, não correspondendo necessariamenteà opinião dos editores.

DistribuiçãoDistribuiçãoDistribuiçãoDistribuiçãoDistribuiçãoLideranças cooperativistas, dirigentes, gerentes e funcio-nários de cooperativas de todos os segmentos (agrope-cuário, consumo, crédito, educacional, especial, habita-cional, infra-estrutura, mineral, produção, saúde, trabalho,transporte e turismo), empresários, administradores,auditores, contadores, profissionais de recursos humanos,associações, sindicatos, federações e entidades de classede forma geral, órgãos e instituições governamentais,universidades, fornecedores de produtos e serviços paracooperativas, e demais formadores de opinião.

Expediente

Editorial Cláudio Montenegro

O cooperativismo do Rio de Janeiro co-

meçou a viver uma nova fase em termos

de divulgação e comunicação. O primeiro

passo foi dado com a realização do Rio

CoopShow 2005, em julho deste ano, que

reuniu representantes de todos os segmen-

tos cooperativos na sede da Firjan para

debater os mais di-

versos assuntos liga-

dos ao tema.

Este trabalho ga-

nha continuidade

agora nas páginas

desta revista que

está em suas mãos.

Com o lançamento

de Rio Cooperati-vo, o cooperativismo

fluminense finalmen-

te passa a ter o me-

recido espaço num

veículo de comuni-

cação exclusiva-

mente voltado para o setor.

Abrangendo todos os ramos coopera-

tivistas em atuação no Rio de Janeiro, a

publicação será distribuída gratuitamen-

te para todas as cooperativas do estado,

além das organizações estaduais, órgãos

governamentais e demais instituições que

tenham ligação com o cooperativismo.

Rio Cooperativo já nasce forte, com a

participação de colaboradores que são pro-

fundos conhecedores do assunto. Fátima

Rodrigues (consultora especializada em

cooperativismo), Adriana Amaral (assessora

jurídica de cooperativismo), José Ribamar do

Amaral Cypriano (contador de entidades co-

operativas e de classe), Nélio Botelho (re-

presentante do ramo transporte na OCB),

Paulo Braga (assessor jurídico da Unicred

do Brasil), dentre outros participantes volun-

tários, estarão comen-

tando, a cada bimestre,

assuntos de interesse

direto das cooperativas

e trazendo ao conhe-

cimento do público as

grandes questões que

cercam o coopera-

tivismo não só do Rio,

mas de todo o Brasil.

E muitos outros

colaboradores irão, a

cada edição, se jun-

tar ao time que se de-

dica a elaborar este

trabalho único, sem

partidarismos ou dependência editorial a

qualquer grupo ou instituição.

Mais uma vez, a Montenegro Comu-

nicação Corporativa tem a grata satisfa-

ção de capitanear um empreendimento

que visa, antes de tudo, a levar as infor-

mações pertinentes ao sistema coope-

rativo a todos que dele participam ou têm

a curiosidade em conhecer um movimento

que cresce ano após ano no País. Por-

que este é o nosso papel: comunicar.

Saudações cooperativistas a todos!

O cooperativismo

fluminense

finalmente passa a

ter o merecido

espaço num veículo

de comunicação

exclusivamente

voltado para o setor.

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Criada em 1996, inspirada em um sis-tema cooperativista alemão, a ChaveReal Cooperativa Habitacional passou,no último mês, de 4 mil associados, commais de R$ 10 milhões em investimentode imóveis liberados.

O assessor especial Afonso de Sou-za Filho concedeu este bate-papo ondefalou do atual momento das cooperati-vas de habitação do Rio de Janeiro e dosucesso da Chave Real.

Rio Cooperativo - Como o senhor vêa atual situação das cooperativas dehabitação?

Afonso de Souza Filho - O cooperati-vismo de habitação esteve muito bem atémeados de 1986 e 1988. Com o fim doprograma BNH, houve um descrédito mui-to grande. Em 1992, houve um boom decooperativas, mas, como muitas pessoasnão acreditavam, este é o maior passivoque herdamos. Hoje temos cerca de 10cooperativas atuantes no Rio de Janeiro,mas sem nenhum financiamento. Já ten-tamos a Caixa Econômica e nada. Estive-mos recentemente em Brasília para falarcom o Governo Federal, que prometeu al-gumas medidas que nunca aconteceram.Continuamos sendo autofinanciados.Estamos lutando contra tudo e contra to-dos. Acredito que o único caminho paraacabarmos com o déficit habitacional é atra-vés das cooperativas.

RC - Como funciona o sistema da Cha-ve Real?

Souza - Quem paga aluguel, paga oapartamento com juros de 100%, com oagravante de que não fica com o imóvelao final. Estamos aqui para acabar comisso. O associado escolhe o tipo de apar-tamento que deseja, o número de quar-tos e o local, e, através de uma tabela de

O fim do pesadelo do aluguel

mercado, ele entra num plano que podeser pago em até 180 meses. O associa-do paga uma taxa de 1% e passa a pagarcotas. Quando é contemplado, escolhe oapartamento que quer, desde que estejalegal, e nós liberamos o dinheiro.

RC - E quanto tempo demora paraser contemplado?

Souza - São duas formas. A primeira,por mérito, é um ranking que contemplaos associados com o maior número depontos. Quanto maior o número de par-celas pagas, maior a pontuação dele. Aoutra é um sorteio em que todos os coo-perados que estejam em dia participam.Então compramos o imóvel que o coope-rado escolhe dentro daquele valor. Ossorteios, abertos a todos os sócios, sãorealizados sempre na segunda semanade cada mês, na sede do Sindicato dosMetroviários, no Centro.

RC - Que documentos ele necessita?Souza - Apenas a identidade e o

CPF. Não queremos saber se o coope-rado está com nome no SPC ou Serasa,nem quanto ele ganha por mês. Umcamelô, por exemplo, pode comprar umapartamento pela Chave Real.

RC - E quais são as garantias contraa inadimplência?

Souza - Não temos inadimplência,até porque o imóvel fica alienado até queo associado acabe de pagar. A lei da ali-enação fiduciária nos permite que tome-mos o imóvel caso este não seja pago.A nossa garantia é o próprio imóvel.

RC - Como é possível entrar em con-tato com a Chave Real para adquirirum imóvel?

Souza - Basta ligar para (21) 2224-3709e 2224-3799 e marcar o atendimento.

O único caminho

para acabarmos

com o déficit

habitacional

é através das

cooperativas.

Papo Cooperativo Afonso de Souza Filho, assessor especial da Chave Real

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Circulando

O Governo do Estado doRio de Janeiro destinou fun-do especial para reativar aCooperativa Central de Pro-dutores de Leite (CCPL), emSão Gonçalo. O fundo con-tará com recursos de créditos tributários do setor leiteiro. Afábrica desativada tem capacidade para processar 500 mil li-tros de leite por dia.

Criada em 1946, a CCPL foi pioneira na fabricação de leitelonga vida e iogurte. O leite em caixinha será o primeiro a serretomado. Posteriormente, devem voltar às prateleiras dosmercados o iogurte Yoplat e o leite em saquinho.

CCPL voltaráà ativa no Rio

As notícias que circulam no mundo cooperativista

Sinecop já homologa

O Sindicato dos Empregados em Cooperativas do Es-tado do Rio de Janeiro – Sinecop já faz homologações defuncionários de cooperativas. Os agendamentos devemser feitos pelo telefone (21) 2613-2571, com Cleusa.

As homologações são feitas todas as quartas-feiras,a partir das 10h, na sede do sindicato em Niterói/RJ, noauditório da Amaral Contabilidade, que fica na avenidaAmaral Peixoto, 334, sala 901, Centro.

O Sinecop tem como presidente Hélio Quintanilha, daUniodonto Leste Fluminense.

Alho sem cheiroO médico cardiologista, Edison

de Cezar Philippi, desenvolveu uminteressante e novo sistema dedesodorização física do alho. Osistema visa acabar com o mauhálito dos apreciadores da raiz eevita o cheiro nas mãos de quemos manuseia.

O invento, batizado como AlhoFree, será comercializado em parceria com a Cooperalho, co-operativa de curitibanos, que já fechou com a rede Carrefourpara venda do produto em São Paulo e está em negociaçõescom a rede Pão de Açúcar.

A Cooperativa Agroindustrial dos Produtores de Cachaça Artesa-nal do Sudoeste (Coachaça), apresentou oficialmente a Cacha-ça Sudoeste Série Prata, em evento realizado em Curitiba (PR).

A cooperativa é composta por 35 produtores de 22 municí-pios, sendo 20 da região Sudoeste e 2 da Oeste. A estimativade produção é de 600 mil litros/ano/safra.

Cooperativa lança cachaça

O ramo cooperativo de infra-estrutura divulgou, em en-contro na sede da OCB, a “Carta de Brasília”, que solicitaações políticas para garantir de forma justa os procedimen-tos da Aneel, na outorga de permissões ou autorizações àscooperativas que prestam serviços de energia aos coopera-dos brasileiros.

Carta de Brasília

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Circulando

As cooperativas paulistas terão que esperar mais um pou-co para ver o sonho da lei cooperativista aprovado. A votaçãodo projeto de lei 269/2005, que seria realizada no início desetembro, foi adiada e ainda não tem data definida para voltarà Assembléia Legislativa.

Na ocasião, mais de 200 cooperativas estiveram presen-tes no Plenário Juscelino Kubitscheck para, frustradas, ouvi-rem que foi criado um impasse por líderes de partidos de opo-sição, que apresentaram duas emendas, o projeto não pôdeser votado e retorna às comissões de Constituição e Justiçae Administração Pública, conforme determina o RegimentoInterno da Assembléia.

Projeto de lei adiado

Cooperativa despejadaA Coopamare (Cooperativa de Catadores Autônomos de

Papel, Aparas e Materiais Reaproveitáveis) de São Paulo, foinotificada que terá que deixar o viaduto Paulo Sexto, em Pi-nheiros. A subprefeitura concedeu prazo de 30 dias para queos 56 catadores deixem o local.

A cooperativa ocupa o viaduto desde 1989 e beneficia umamédia de 130 toneladas de material para reciclagem por mês.

Unimed-Rio organiza eventopara a Terceira Idade

Com o tema TerceiraIdade, Voluntariado e Ci-dadania, a Unimed-Rio re-alizará, no dia 4 de outu-bro, a sétima edição doEncontro da Terceira Ida-de. Das 13h às 18h, comdinâmicas e palestras, acooperativa pretende contribuir na orientação para uma vidamais produtiva e saudável do idoso e mostrar o exercíciodo trabalho voluntário como fonte de satisfação pessoal.O evento é gratuito e aberto à comunidade de idosos epessoas interessadas.

O dançarino Carlinhos de Jesus encerra o evento combaile e apresentação de dança. As inscrições são gratui-tas e podem ser feitas pelo telefone (21) 3139-7422. Osparticipantes devem levar um livro infantil novo ou usadoem bom estado. Todos os exemplares arrecadados serãodirecionados para as crianças assistidas pelas Associa-ções Renascer e Repartir.

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No ano em que o país comemora o Ano Internacional doMicrocrédito, a cidade do Rio de Janeiro recebeu representan-tes dos mais diversos ramos do cooperativismo durante o RioCoopShow 2005, entre os dias 25 e 28 de julho, na sede da Firjan.

Durante o evento, ocorreram o 1º Fórum Regional deCooperativismo do Estado do Rio de Janeiro, a 1ª Feira Regi-onal de Cooperativas e Fornecedores de Produtos e Serviçospara Cooperativas do Estado do Rio de Janeiro e a 1ª Mesa deNegócios Cooperativistas do Estado do Rio de Janeiro.

Na solenidade de abertura, participaram os secretários esta-duais de Trabalho, Marco Antônio Lucidi, e de Agricultura, ChristinoÁureo, que apresentaram as ações do Governo do Estado parafomentar o cooperativismo fluminense. Também compuseram amesa o presidente da Federação Nacional das Cooperativas deCrédito Urbano (Fenacred), Valdinar Gomes da Fonseca, o repre-sentante do Sindicato das Cooperativas de Crédito do Estado doRio de Janeiro (Sindcoopcred), Wagner Guerra da Fonseca, apresidente da Federação de Cooperativas Habitacionais doEstado do Rio de Janeiro (Fecooherj), Iracy Caldas, o presi-dente da Federação das Cooperativas de Trabalho do Estadodo Rio de Janeiro (Febracoop), Antônio Procópio, o coordena-dor regional de negócios dos Correios, Ricardo Mota e o dire-tor da Montenegro Comunicação Corporativa e idealizador doevento, Cláudio Montenegro.

O secretário de Trabalho, Marco Lucidi, afirmou que “o

cooperativismo é um instrumento alternativo de emprego e ascooperativas fomentam o espírito empreendedor”.

Já o secretário de Agricultura, exemplificou as ações doGoverno Estadual na luta pelas cooperativas de leite, comcasos da recuperação da Parmalat e da CCPL: “Não podería-mos deixar este evento passar em branco. Estamos aqui parareforçar nosso compromisso com as cooperativas do nossoestado”, enfatizou Christino Áureo.

A presidente da Fecooherj elogiou o evento e desejou vidalonga ao Rio CoopShow: “O Rio de Janeiro está carente deeventos na área de cooperativismo. Es-peramos que este seja o primeiro deuma série.”

Já o representante do cré-dito junto à Federação no Sin-dicato das Cooperativas de Cré-dito do Estado do Rio de Ja-neiro (Sindcoopcred), WagnerGuerra da Fonseca, explicoua importância do evento: “Éuma oportunidade única para ocooperativismo fluminense. O RioCoopShow é o pontapé inicial de umasérie de eventos para cooperativas donosso estado. O Rio de Janeiro precisavade um evento como este”.

Cooperativas fluminensesse encontram no maior

evento do setor noRio de Janeiro

A partir da esquerda: Iracy Caldas (Fecooherj), Ricardo Motta (ECT),A partir da esquerda: Iracy Caldas (Fecooherj), Ricardo Motta (ECT),A partir da esquerda: Iracy Caldas (Fecooherj), Ricardo Motta (ECT),A partir da esquerda: Iracy Caldas (Fecooherj), Ricardo Motta (ECT),A partir da esquerda: Iracy Caldas (Fecooherj), Ricardo Motta (ECT),VVVVValdinar Gomes (Fenacred), Waldinar Gomes (Fenacred), Waldinar Gomes (Fenacred), Waldinar Gomes (Fenacred), Waldinar Gomes (Fenacred), Wagner Guerra (Sindcoopcred),agner Guerra (Sindcoopcred),agner Guerra (Sindcoopcred),agner Guerra (Sindcoopcred),agner Guerra (Sindcoopcred), Christino Christino Christino Christino Christino

Áureo (Seaapi-RJ), Cláudio Montenegro (Montenegro ComunicaçãoÁureo (Seaapi-RJ), Cláudio Montenegro (Montenegro ComunicaçãoÁureo (Seaapi-RJ), Cláudio Montenegro (Montenegro ComunicaçãoÁureo (Seaapi-RJ), Cláudio Montenegro (Montenegro ComunicaçãoÁureo (Seaapi-RJ), Cláudio Montenegro (Montenegro ComunicaçãoCorporativa) e Marco Antônio Lucidi (Setrab-RJ)Corporativa) e Marco Antônio Lucidi (Setrab-RJ)Corporativa) e Marco Antônio Lucidi (Setrab-RJ)Corporativa) e Marco Antônio Lucidi (Setrab-RJ)Corporativa) e Marco Antônio Lucidi (Setrab-RJ)

Platéia presente à abertura do eventoPlatéia presente à abertura do eventoPlatéia presente à abertura do eventoPlatéia presente à abertura do eventoPlatéia presente à abertura do evento

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Microcrédito abreciclo de palestras

O Microcrédito e as co-operativas de habitação fo-ram os temas principais doprimeiro dia do 1º Fórum Re-gional de Cooperativismo doEstado do Rio de Janeiro,que aconteceu durante o RioCoopShow 2005.

A palestra de abertura ficou a cargo do assessor especial doMinistério do Trabalho e Emprego e coordenador de Ações doAno Internacional do Microcrédito, Valdí Araújo, que falou sobre oPrograma Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO).

Dantas apresentou os esforços do Ministério do Trabalhopara promover um maior crescimento do microcrédito e expli-cou como funciona o PNMPO.

No painel “O papel do Sebrae no desenvolvimentocooperativista brasileiro”, o gerente da Unidade deAcesso a Serviços Financeiros do Sebrae Nacional,Carlos Alberto Santos, a analista Taniara Castro e oassessor Júlio Resche mostraram as ações da enti-dade para motivar o cooperativismo no estado.

Santos falou sobre a importância do microcrédito edo cooperativismo para o crescimento dos micro e pe-quenos empresários, enquanto Taniara mostrou que oSebrae está presente no cooperativismo de oito regiõesdo estado do Rio de Janeiro, alcançando um total de 61municípios. O trabalho que vem sendo feito visa a am-pliar este número para 92 municípios.

Crédito para habitação

Coube aos presidentes da Cooperativa Habitacionaldos Servidores Federais (Coopersefe), José AfonsoJacomo do Couto, de Brasília, e da Confederação Bra-sileira das Cooperativas Habitacionais (Confhab), deNatal (RN), Jaime Callado Pereira dos Santos, deba-ter o tema “Cooperativas habitacionais, um sonho con-

creto”, mediados pela presidente da Fecooherj, Iracy Caldas,e pelo assessor especial da Cooperativa Habitacional ChaveReal, Afonso de Souza Filho.

Jacomo falou um pouco da história da Coopersefe, as princi-pais construções concluídas e os futuros projetos da instituição. JáCallado, mostrou as necessidades habitacionais do Brasil e assoluções para o déficit habitacional.

Outra importante apresentação foi do assessor especialdo Ministério das Cidades, César Ramos, que apresentou oPrograma de Crédito Solidário do Governo Federal para Coo-perativas Habitacionais, destinado a famílias organizadas emcooperativas ou associações habitacionais, com verba do Fun-do de Desenvolvimento Social (ver página 14).

Após as apresentações das cooperativas habitacionais, agerente de marketing da Ética Imobiliária, Daniele Messias,apresentou as técnicas de marketing e propaganda usadasque resultaram no sucesso da empresa.

Durante os três dias do Rio CoopShow2005, cooperativas e empresas participaram da1ª Feira Regional de Cooperativas e Fornece-dores de Produtos e Serviços para Cooperati-vas do Estado do Rio de Janeiro.

A feira teve como objetivo apresentar às co-operativas empresas e produtos que possamagregar serviços que tenham o perfil para to-dos os ramos, como planos de saúde, treina-mentos, cursos de línguas, sistemas de infor-mática e outras cooperativas.

Entre os participantes, a certeza de que ascooperativas estão em um nicho de marcadoainda pouco explorado, mas com potencial paratrazer lucro às empresas.

Entre empresas e cooperativas participan-tes estiveram presentes Sebrae, Correios, Tele-listas, CNA, DN4, Febracoop, Fenacred,Unipsico Rio, Sindcoopcred, CoopCorreios,Infocrerj, Easy System, Vargas D´Ávila Consul-toria, Comprove, Cooperação, Rogério MarguttiTreinamentoEmpresarial,MPM Correto-ra de Segu-ros, Giffe ePhysical.

VVVVValdí Dantas e o microcréditoaldí Dantas e o microcréditoaldí Dantas e o microcréditoaldí Dantas e o microcréditoaldí Dantas e o microcrédito

Produtos e serviços para cooperativasProdutos e serviços para cooperativas

Os representantes do Sebrae: Carlos Os representantes do Sebrae: Carlos Os representantes do Sebrae: Carlos Os representantes do Sebrae: Carlos Os representantes do Sebrae: Carlos AlbertoAlbertoAlbertoAlbertoAlbertoSantos, Santos, Santos, Santos, Santos, TTTTTaniara Castro e Júlio Rescheaniara Castro e Júlio Rescheaniara Castro e Júlio Rescheaniara Castro e Júlio Rescheaniara Castro e Júlio Resche

CapaCapaCapaCapaCapa

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A força do crédito

Na palestra “Mercadode crédito: uma visãoanalítica”, o diretor de Pro-dutos Pessoa Jurídica daSerasa, Laércio de Olivei-ra Pinto, mostrou os me-canismos da empresapara gerenciar crédito.

Em seguida, foi avez do sistema Unicred

mostrar sua força, com a apresentação do diretor presidenteda Unicred do Brasil, Jayr Paula Gomes Gonçalves, e dadiretora presidente da Unicred Rio e da Unicred Central RJ,Denise Damian.

Gonçalves fez uma comparação do sistema Unicred comos outros sistemas de crédito do Brasil. Já Denise Damian,mostrou como é a estrutura da Unicred Central Rio e os nú-meros alcançados em 2004.

O painel “Um panorama jurídico nas sociedades cooperati-vas” teve a participação dos expositores Paulo Braga, assessorjurídico da Unicred do Brasil, Ênio Meinen, vice-presidente doSicredi, Vanessa Cardone, coordenadora da área de direito co-

operativo do escritório Benício Advogados Associados, e foi me-diado pelo assessor jurídico da Fenacred, Benoni Kraul.

O painel abordou as questões administração de cooperati-vas; PIS/Cofins; Código de Defesa do Consumidor e as impli-cações do cooperativismo de trabalho. O debate foi bastanteelucidativo, em que os expositores puderam esclarecer asmuitas dúvidas dos cooperativistas presentes.

Banco Central e as cooperativas de crédito

A palestra mais esperada pe-las cooperativas de crédito foiapresentada pelo consultor doDepartamento de Organizaçãodo Sistema Financeiro do BancoCentral do Brasil (DEORF),Abelardo Duarte Sobrinho, commediação do representante doSindcoopcred, Wagner Guerra, edo gerente administrativo daFenacred, Paulo Muniz.

Com o tema “Banco Central e cooperativas de crédito -desafios e oportunidades para o sistema”, Abelardo Sobrinhotraçou as normas do Bacen para regulamentação das CECMse os critérios para criação de singulares.

Fechando o ciclo de temas ligados ao crédito, o painel “Con-cessão e Gerenciamento de Crédito - Administrando Riscos”, como presidente da Associação Brasileira das Sociedades de Créditoao Microempreendedor (ABSCM), Euds Pereira Furtado, e o ge-rente de Operações da Planet Finance, Christiano Toupitzen, me-diado pelo presidente do (Sindcoopcred), Jorge Meneses, mostrouas saídas para evitar inadimplência para quem concede crédito.

Saúde e agropecuáriaAs cooperativas de saúde também tiveram espaço para deba-

ter seus problemas no Rio CoopShow 2005. O painel “Cooperati-vas de saúde - um diagnóstico para o futuro” teve a participação dadiretora financeira do Centro Médico Cooperar Saúde, Ana PaulaCunha Nunes da Rocha, da diretora financeira da Uniodonto LesteFluminense, Liana França Araújo Cerqueira e da diretora financeirada Unipsico Rio, Vera Lúcia Rego, que mostraram a atuação desuas cooperativas, seus resultados e a situação do ramo saúde.

Em paralelo ao Fórum e àFeira, as Mesas de Negóciosderam ao público a oportunida-de de conhecer produtos e ser-viços para cooperativas e reali-zar negócios, fomentando umdos princípios básicos do

cooperativismo, a intercooperação.As salas localizadas ao lado do plenário do Fórum foram

bastante disputadas para assistir a exposições de soluçõespara cobrança, informatização, comércio exterior, suportes téc-nicos, entre outros temas.

Destaque para as apresentações da Serasa e suas solu-ções para cooperativas de crédito, do Exporta Fácil (ECT), daFenacred, do es-critório Benício Ad-vogados Associa-dos e da corretorade seguros Coope-ração com seu pro-duto “Capitaliza-ção Inteligente”.

Mesa da SerasaMesa da SerasaMesa da SerasaMesa da SerasaMesa da Serasa

Mesa do Exporta FácilMesa do Exporta FácilMesa do Exporta FácilMesa do Exporta FácilMesa do Exporta Fácil

CapaCapaCapaCapaCapa

Presença feminina na saúde: Presença feminina na saúde: Presença feminina na saúde: Presença feminina na saúde: Presença feminina na saúde: Ana Paula CunhaAna Paula CunhaAna Paula CunhaAna Paula CunhaAna Paula Cunha(esq.), Liana França e V(esq.), Liana França e V(esq.), Liana França e V(esq.), Liana França e V(esq.), Liana França e Vera Lúcia Regoera Lúcia Regoera Lúcia Regoera Lúcia Regoera Lúcia Rego

Sistema Unicred: Jayr Paula Gonçalves,Sistema Unicred: Jayr Paula Gonçalves,Sistema Unicred: Jayr Paula Gonçalves,Sistema Unicred: Jayr Paula Gonçalves,Sistema Unicred: Jayr Paula Gonçalves,Denise Damian e Mário StuckertDenise Damian e Mário StuckertDenise Damian e Mário StuckertDenise Damian e Mário StuckertDenise Damian e Mário Stuckert

Abelardo Sobrinho (Bacen)Abelardo Sobrinho (Bacen)Abelardo Sobrinho (Bacen)Abelardo Sobrinho (Bacen)Abelardo Sobrinho (Bacen)

Momento de fechar negóciosMomento de fechar negócios

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rio cooperativo 13

Já no painel agropecuário, o chefe-geralda Embrapa Solos, Celso Manzatto, o che-fe de Desenvolvimento Rural da Delegaciado Ministério da Agricultura–RJ, CelsoMerola, o representante da Federação deAgricultura do Estado do Rio de Janeiro(Faerj), Ricardo Bastos, e o subsecretárioadjunto do Desenvolvimento do Interior, Síl-vio José Elia Galvão, deram uma visão dosegmento no estado e constataram que énecessário uma divulgação maior do traba-lho agropecuário fluminense.

O representante nacional do ramo trans-porte junto à OCB, Nélio Botelho, falou so-bre a situação do setor e convidou a todospara o seminário do ramo que ocorrerá emBrasília, em outubro.

Tudo pelo socialO ramo trabalho foi colocado em questão na pales-

tra ministrada pelo diretor executivo da Federação deCooperativas de Trabalho do Estado do Rio de Janeiro(Febracoop), Marcos Rogério Curi, que apresentouas propostas da Federação e as dificuldades que osegmento passa atualmente, devido às ações do Mi-nistério Público, que impedem as cooperativas departicipar de licitações para órgãos públicos.

O caso de sucesso da cooperativa educacional Edu-car, de Angra dos Reis, foi apresentado pelo presiden-te da instituição, Paulo Roberto Ribeiro, dando umaverdadeira lição de como o cooperativismo pode mu-dar o rumo da vida das pessoas.

A última palestra, “Cooperativismo social: o as-sociado sempre em primeiro lugar”, foi apresentadapelos diretores da cooperativa de crédito dos servi-dores dos Correios (CoopCorreios), Alfredo Brito eCarlos Zaranza, que mostraram o trabalho social pro-movido em prol de seus associados, que vai desde adistribuição de material escolar, promoção de cam-panhas de higiene bucal, entre outras, até a aquisi-ção de uma ambulância para os cooperados.

Quem esteve presente saiu com a certeza de queo Rio CoopShow 2005 foi apenas o começo e muitosoutros encontros estão por vir. É aguardar e conferir.

De cima para baixo: rDe cima para baixo: rDe cima para baixo: rDe cima para baixo: rDe cima para baixo: representantesepresentantesepresentantesepresentantesepresentantesdo crédito (do crédito (do crédito (do crédito (do crédito (11111))))) e e e e e habitação (habitação (habitação (habitação (habitação (22222))))); Brito e; Brito e; Brito e; Brito e; Brito eZaranza, da CoopCorreios (3);Zaranza, da CoopCorreios (3);Zaranza, da CoopCorreios (3);Zaranza, da CoopCorreios (3);Zaranza, da CoopCorreios (3);Laércio Pinto (Serasa) e a múmiaLaércio Pinto (Serasa) e a múmiaLaércio Pinto (Serasa) e a múmiaLaércio Pinto (Serasa) e a múmiaLaércio Pinto (Serasa) e a múmia (4) (4) (4) (4) (4)

Painel agropecuário: mais divulgaçãoPainel agropecuário: mais divulgaçãoPainel agropecuário: mais divulgaçãoPainel agropecuário: mais divulgaçãoPainel agropecuário: mais divulgação

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rio cooperativo14

Incentivar a criação de cooperativas habitacionais e fazercom que o sonho da casa própria se torne concreto. Este é oobjetivo do Programa de Crédito Solidário lançado pelo Gover-no Federal e apresentado no 1º Fórum Regional deCooperativismo do Estado do Rio de Janeiro, durante o RioCoopShow 2005.

Na oportunidade, o assessor especial do Ministério dasCidades, César Ramos, discutiu não só o programa, mastambém a síntese do déficit habitacional, o planejamento dosetor, os objetivos e os componentes da Política Nacional deHabitação, as formas de acesso à moradia, infra-estruturaurbana, entre outros temas ligados ao assunto.

Panorama atual

A desativação do modelo BNH, em 1986, desestruturou aoferta de moradias que era apoiada, de um lado, por umainstância nacional, e, de outro, por agentes promotores, com-panhias estaduais e municipais. Com isso, uma política naci-onal de habitação deixou de existir e foi realizada uma sínte-se de diagnóstico do problema habitacional. Segundo o Go-verno Federal, o déficit do país é de 7,2 milhões de moradias,sendo que 5,5 milhões são urbanas e o restante, rurais; amaior parte da necessidade de novas moradias concentra-seno Sudeste (39,5%) e Nordeste (32,4%).

O número de domicílios urbanos vagos ainda é crescente(em nove anos, houve um aumento de 58%), tornando maisexpressivo o número de imóveis vazios nos centros urbanos,principalmente nas regiões metropolitanas, que atingem por-centagens superiores às demais. A progressiva transferência daresponsabilidade para os estados e municípios, inaugurada coma Constituição de 1988, tornou a habitação uma atribuição con-corrente dos três níveis de governo: municípios e estados tam-bém tomaram para si a tarefa de enfrentar o problema habitacional,porém, na prática, as ações são desarticuladas entre as trêsinstâncias governamentais.

Governo Federal lança Programade Crédito Solidário paracooperativas habitacionais

Desafios

O novo programa está lastreado nos recursos do Fundo deDesenvolvimento Social (FDS), que está inativo desde 1996. Osrecursos do ano passado giram em torno de R$ 542 milhões,sendo seu público-alvo famílias com renda até três salários míni-mos. O atendimento se dá sob a forma associativa, medianteintervenção de cooperativas e associações nas modalidades deconstrução, aquisição e melhoria de habitação, priorizando osprojetos em parceria com os governos locais e, por fim, o valorde financiamento: até R$10.000,00, admitindo-se até R$20.000,00 em RMs, em até 240 meses, com juros de 0%.

O recebimento foi de, aproximadamente, três mil pro-postas, que representaram uma demanda de financiamentoda ordem de R$ 3,5 bilhões para atendimento a 350 milfamílias; foram selecionadas 812 propostas, beneficiandoem torno de 45 mil famílias com a aplicação de R$ 450milhões na produção de unidades habitacionais e, por fim,foram realizados 12 seminários técnicos regionais de capa-citação para as cooperativas e associações em conjuntocom a Caixa Econômica Federal.

“Os maiores desafios do Programa são a capacitação dasentidades para a elaboração dos projetos, implantação e ges-tão do empreendimento”, aponta César Ramos, “além de ga-rantir a participação das famílias beneficiárias em todas asetapas do projeto; a montagem de alternativas para solucionaras restrições cadastrais dos beneficiários; a habilitação de no-

Habitacional

Sonho mais próximoda realidade

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vos agentes financeiros em alternativa à Caixa Eco-nômica Federal; definição de alternativas à Garan-tia de Alienação Fiduciária sem prévio registro imo-biliário individual; alternativas para inserção de ter-renos/imóveis não regularizados juridicamente noprograma e a implementação de um processode gestão eficiente”.

Já para o segmento cooperativista, osdesafios são o reconhecimento e/ou au-torização do Conselho Monetário Nacio-nal para as cooperativas de créditos se-rem agentes financeiros do Sistema Fi-nanceiro Habitacional (SFH); viabili-zação de empréstimos a longo prazo, juntoaos agentes financeiros, para cooperativas habi-tacionais e a garantia coletiva da terra.

Moradia digna

O representante do Governo destacou como princípios paraa Política Nacional de Habitação o direito à moradia, enquan-to um direito humano, individual e coletivo; moradia digna comodireito e vetor de inclusão social garantindo padrão mínimo dehabitabilidade, infra-estrutura e saneamento ambiental, mobi-lidade e transporte coletivo, equipamentos e serviços urbanose sociais; função social da propriedade urbana buscando

implementar instrumentos de reforma urbana; gestãodemocrática com participação dos diferentes segmen-

tos da sociedade possibilitando controle social etransparência nas decisões e procedimentos; e

articulação das ações de habitação à políti-ca urbana de modo integrado com as de-

mais políticas sociais e ambientais.Dentre os objetivos gerais do PNH,

César Ramos destacou a universa-lização do acesso à moradia digna,promoção da urbanização, regulariza-ção e inserção urbana de assenta-mentos precários e o fortalecimentodo papel do Estado. “Com isso, tor-na-se a questão habitacional uma pri-

oridade nacional, democratiza-se o acesso à terraurbanizada e ao mercado secundário de imóveis, amplia-se a produtividade, melhora-se a qualidade na produçãohabitacional e, por último, incentiva-se a geração de em-pregos e renda”, enfatizou o assessor.

A integração urbana de assentamentos precários, a pro-dução da habitação e a integração da política habitacional àpolítica de desenvolvimento urbano são os componentes ne-cessários para que a política nacional de habitação ganhefôlego, deixe de ser uma utopia e vire realidade.

César Ramos: prioridade nacionalCésar Ramos: prioridade nacionalCésar Ramos: prioridade nacionalCésar Ramos: prioridade nacionalCésar Ramos: prioridade nacional

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rio cooperativo16

trabalho vem de antigas raízes danação: “Viemos de um regimeescravocrata e o povo ainda estácompelido a isso. O brasileiro ain-da não se acostumou a ter suarenda de acordo com o seu suor.Ele pode fazer seu salário, trabalhar o quanto quiser. Pode ter dois,três, quatro empregos, se houver tempo disponível para ele. O tra-balhador cooperado não fica preso a uma empresa, não tem víncu-los. Mas o brasileiro ainda vive sobre o regime de trabalhar sendomandado. É mais fácil. Infelizmente este é nosso padrão”, comen-ta Procópio, alertando que a realidade dos cooperados é diferentedo que se fala por aí. “Muitos não sabem ou não acreditam, masas cooperativas dão uma melhor remuneração ao trabalhador.”

Patinho feio

Para os que pensam que o trabalho cooperado explora, pornão dar ao cooperado os direitos vigentes na Consolidação dasLeis do Trabalho (CLT), Orliane explica que a Constituição e aprópria CLT prevêem o cooperativismo, mas em leis ultra-passadas, o que coloca o termo de ajuste de conduta comoinconstitucional: “Para melhorar o cooperativismo do Brasil énecessário que as leis sejam atualizadas e cumpridas. Preci-samos de pessoas que realmente defendam o cooperativismo elutem por nossos interesses É o que vem tentando a FrenteParlamentar Cooperativista junto à Câmara e ao Senado e peloque a Febracoop vem lutando. Até lançamos uma revista, Coo-pera Trabalho, que está sendo distribuída aos políticos com ointuito de sensibilizar o Judiciário”, enfatiza a vice-presidente.

Apesar de tudo, as conquistas vêm sendo alcançadas. A Or-ganização Internacional do Trabalho já entrou com uma ação contrao Brasil por causa do termo de ajuste de contas. Os próximospassos da Febracoop visam ao fomento do cooperativismo: “Ha-via uma promessa de fomen-to que o governo não levou àfrente e continua tratando osegmento de trabalho comoo patinho feio dos 13 ramosdo cooperativismo. É fácilpara o governo defender co-operativas de artesanato, dedoceiras. Já uma cooperati-va de pessoas mais articu-ladas politicamente não é in-teressante defender”, con-clui Procópio.

A força da uniãoTrabalho

A Federação das Cooperativas de Trabalho do Estado do Riode Janeiro surgiu a partir da Associação Brasileira de Cooperati-vas de Trabalho (Abracoop), que reunia as dez maiores coopera-tivas de trabalho do estado, que lutavam contra o termo de ajustede conduta do Ministério Público. Segundo o presidente daFebracoop, Antônio Carlos Procópio, o termo impede que os ór-gãos públicos contratem cooperativas de trabalho, e a luta maioré contra a pressão das empresas que terceirizam serviços paraórgãos públicos, limitando a área de atuação das cooperativas.

“É difícil competir, temos lutado através de ações, ganhamosuma, perdemos outra. Mas há um lobby político muito grandedas empresas. Os órgãos públicos eram os maiores contratadoresde cooperativas. Atualmente o maior rombo das finanças públi-cas é das contratações terceirizadas”, expõe Procópio.

Atuando há um ano, a Febracoop vem conquistando umamédia mensal de três cooperativas afiliadas, já tendo alcan-çado, até agosto, o número de 49 associadas.

Melhor remuneraçãoPara a Febracoop, existe muito preconceito em se contra-

tar cooperativas de crédito e o Rio de Janeiro está algunspassos atrás quando o assunto é cooperativismo.

“Não existe no estado uma educação cooperativista. Faltamcursos de direito cooperativista, só agora vem surgindo algumacoisa de MBA voltado para cooperativa”, explica a vice-presidenteOrliane Ferreira Rangel, que acredita no crescimento do sistemanos próximos anos. “Nos países desenvolvidos, as cooperativassão mais valorizadas e respeitadas, compreende-se a necessidadedo trabalho cooperativado. Mas o Brasil ainda é preconceituosoquando se trata de trabalho sem carteira”, conclui.

Procópio acredita que o preconceito com as cooperativas de

Procópio: “Cooperativas remuneram melhor o trabalhador”Procópio: “Cooperativas remuneram melhor o trabalhador”Procópio: “Cooperativas remuneram melhor o trabalhador”Procópio: “Cooperativas remuneram melhor o trabalhador”Procópio: “Cooperativas remuneram melhor o trabalhador”

Orliane: leis cumpridas eOrliane: leis cumpridas eOrliane: leis cumpridas eOrliane: leis cumpridas eOrliane: leis cumpridas eeducação cooperativistaeducação cooperativistaeducação cooperativistaeducação cooperativistaeducação cooperativista

Revista Coopera Trabalho,Revista Coopera Trabalho,Revista Coopera Trabalho,Revista Coopera Trabalho,Revista Coopera Trabalho,da Febracoopda Febracoopda Febracoopda Febracoopda Febracoop

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rio cooperativo 17

Parceria de sucesso

A presidente Rita entre as assistentesA presidente Rita entre as assistentesA presidente Rita entre as assistentesA presidente Rita entre as assistentesA presidente Rita entre as assistentesCamille e BárbaraCamille e BárbaraCamille e BárbaraCamille e BárbaraCamille e Bárbara

sofia e o espírito cooperativistas”, explica Rita.A Febracoop trouxe novas parcerias para a cooperativa,

como os hospitais Alberto Torres, Tavares de Macedo e Reviva,que deram novo impulso para os cooperados.

Ramos de atuação

A Coopmilênio tem como principais áreas de atuação: controlee combate a endemias, capacitação profissional de cooperados,apoio técnico em hospitais, clínicas, postos médicos, casas desaúde e repouso, administração, conservação e limpeza hospita-lares, enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacio-nal, medicina, odontologia, farmacologia, biologia, análisesquímicas e laboratoriais, venda de planos de saúde, consultoria acooperados e assessoria de contatos empresariais.

Criada em 2002 como uma cooperativa de trabalho de pro-fissionais na área de planos de saúde, a Coopmilênio englobaum mundo de serviços hospitalares, tendo entre seus sócios,médicos, vendedores de planos de saúde, administradoresde hospitais, que totalizam 450 cooperados.

A Coopmilênio nasceu depois que um grupo de corretores,com a meta de ampliar o alcance do mercado, uniu-se com idéi-as que trouxeram crescimento e lucro a todos os cooperados.“Quando buscávamos de forma individual, a fatia do mercado fica-va muito pequena e desorganizada. Quando resolvemos nos reu-nir em forma de cooperativa de trabalho, tivemos as melhoresidéias e opções para trazer a melhor fatia do mercado para cadaum de nós”, informa a presidente Rita de Cássia.

Para crescer de forma segura, a Coopmilênio buscou par-ceiros que lhe dessem suporte. E uma dessas parcerias deuorigem à Federação das Cooperativas de Trabalho do Estado doRio de Janeiro (Febracoop), na qual a Coopmilênio vê uma re-presentação forte, que busca o melhor para suas filiadas naluta pelo cooperativismo de trabalho.

“É muito valioso ter parceiros com quem podemos apro-fundar nossos laços de relacionamento e que difundem a filo-

Trabalho

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rio cooperativo18

O cooperativismo de trabalho é um fe-nômeno social moderno, que surgiu da ne-cessidade da sociedade em retirar umagrande parcela de trabalhadores do desem-prego, da linha da miséria e pobreza, ex-clusão social e informalidade. A socieda-de, o sistema organizado, precisa enten-der que cada vez mais as relações de tra-balho necessitam de uma maior flexibili-zação. Caso contrário, todo esse discursodemagogo em favor do trabalhador não serásuficiente para conter o desemprego e ainformalidade no Brasil.

No início da década de 90, houve um con-trafluxo, devido à falta de reconhecimento dascooperativas pelo Ministério Público do Tra-balho, que fechou as portas de diversas enti-dades sob a alegação de que todas coope-rativas de trabalho eram fraudulentas.

O Ministério Público se baseia na CLTpara chegar a esta conclusão. Sabemos quea CLT foi criada em 1943 para dirimir confli-tos trabalhistas de uma outra realidade, deuma outra época. Os cooperativados não po-dem ser regidos por uma lei que surgiu an-tes desta modalidade associativa de traba-lho. O trabalhador cooperativado está inse-rido na condição de trabalhador autônomo, enão de empregado.

O cooperado, como qualquer autônomo,contribui para a previdência social e, portan-to, arroga dos benefícios inerentes a esta con-tribuição, como, por exemplo, auxílio-doen-

ça, auxílio-natalidade, aposentadoria.Vejamos também o pequeno empreen-

dedor, o dono do bar da esquina, do seucomércio, da mercearia. Todos trabalhampelo menos 10 ou 12 horas por dia, na mai-oria das vezes não tiram uma hora de al-moço, férias nem pensar. Quem será quepaga o 13º salário deles? Será que alguémse preocupou com esses trabalhadores oupreparou uma ação civil pública?

Entendemos que, por mais que as coo-perativas de trabalho possuam todos os re-quisitos de uma cooperativa legítima, comrateio de sobras líquidas, conselho fiscal atu-ante e participação de todos os sócios, ain-da assim será perseguida. Porque essa bri-ga não é jurídica, mas sim política.

A maior prova disso foi a assinatura deum termo de ajuste de conduta entre a Ad-vocacia Geral da União e o Ministério Pú-blico do Trabalho em Brasília, proibindo ascooperativas de trabalho de participarem delicitações públicas.

Realmente, estamos diante de um mode-lo inovador, porém polêmico, de relação detrabalho, que precisa ser amplamente debati-do, entendido e aproveitado pela sociedade eo sistema organizado como uma “ferramentado bem”, que veio através da necessidadesocial e que precisa ser respeitado.

Marcos Curi Marcos Curi Marcos Curi Marcos Curi Marcos Curi é diretorexecutivo da Febracoop

Mãos à obra

Uma solução para a informalidade

Por mais que

as cooperativas

de trabalho

possuam todos

os requisitos de

uma cooperativa

legítima, ainda

assim será

perseguida.

Porque essa briga

não é jurídica,

mas sim política.

Marcos Curi

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Se existe um setor que se encontra em franco crescimento nopaís, é o Agronegócio. Responsável por um terço do PIB nacio-nal, 42% das exportações totais, 37% dos empregos brasileirose 36% das exportações brasileiras, o agronegócio é consideradohoje o principal setor e locomotiva da economia brasileira por res-ponder por um em cada R$ 3,00 gerados no país.

Além de ser uma atividade próspera, segura e rentável, oagronegócio brasileiro vem se tornando mais eficiente a cadadia e também muito competitivo por diversos motivos, entreeles o clima favorável que o país oferece. Outros fatores quecontribuem para esse crescimento são as chuvas regulares, aenergia solar e a abundância de água doce. O Brasil possuicerca de 388 milhões de hectares de terras agricultáveis fér-teis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões ainda nemforam explorados. Esses fatores fazem do país um lugar devocação natural para a agropecuária e todos os negócios rela-cionados à suas cadeias produtivas.

Nos últimos anos, o agronegócio brasileiro se destacou comopoucos no cenário internacional, como comprovam os números:em 1993, as exportações do setor eram de US$ 15,94 bilhões,com um superávit de US$ 11,7 bilhões. Em dez anos, o país do-brou o faturamento com as vendas externas de produtos agro-pecuários e teve um crescimento superior a 100% no saldo comer-cial. Esses resultados levaram a Conferência das Nações Unidaspara o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) a prever que o paísserá o maior produtor mundial de alimentos na próxima década.

Entre 1998 e 2003, a taxa de crescimento do PIB agro-pecuário foi de 4,67% ao ano. Em 2004, as vendas externasde produtos agropecuários renderam ao Brasil US$ 36 bilhões,com superávit de US$ 25,8 bilhões.

Em relação à produção e exportação de produtos agríco-las, o Brasil é um dos líderes mundiais e também o primeiroprodutor e exportador de café, açúcar, álcool e sucos de fru-tas. Além disso, lidera o ranking das vendas externas de soja,carne bovina, carne de frango, tabaco, couro e calçados de

Vale a pena apostar noagronegócio brasileiro

couro. As projeções indicam que o país também será, empouco tempo, o principal pólo mundial de produção de algo-dão e biocombustíveis, feitos a partir de cana-de-açúcar e óle-os vegetais. Milho, arroz, frutas frescas, cacau, castanhas,nozes, além de suínos e pescados, são destaques noagronegócio brasileiro, que emprega atualmente 17,7 milhõesde trabalhadores somente no campo.

No Brasil existem mais de 1.500 cooperativas agropecuárias. Essenúmero vem caindo, levando-se em conta que, em 2002, eram 1.624.Por outro lado, o número de cooperados vem aumentando. Em 2001, onúmero era mais de 822 mil e hoje ultrapassa os 940 mil.

O setor de agronegócio e da agricultura familiar fluminense está base-ado na Lei Estadual 4.177, assinada em 29/9/2003, pela Secretaria deEstado de Agricultura, Abastecimento, Pesca e Desenvolvimento do Inte-rior do Rio de Janeiro. A Lei se baseia em alguns artigos que resguardamo setor, como a redução de 100% na base de cálculo de ICMS na saídado produto da agroindústria artesanal mais crédito tributário de 7% paraadquirente, redução para 1/3 a base de cálculo do ICMS para produtosagrícolas semi-processados e o ICMS devido por industrial de abate oude processamento será calculado deduzindo o valor correspondente a95% do imposto relativo às saídas internas.

As causas do crescimento do setor estão intimamente ligadas à tecnologiapara agricultura tropical, securitização, preços de commodities, juros pré-fixados no crédito rural, câmbio e claro, a competência do produtor.

Cooperativas agrícolas: a realidadeque vem dos campos

AgropecuárioAgropecuárioAgropecuárioAgropecuárioAgropecuário

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rio cooperativo20

Durante o painel “Cooperativas de Saúde – Um diagnósticopara o Futuro”, apresentado no Rio Coopshow 2005, a apresenta-ção da médica endocrinologista Ana Paula Cunha chamou à aten-ção por tratar de um assunto tão importante e que, por uma tristeironia do destino, está doente: a saúde do brasileiro.

Ana Paula, que é diretora financeira da Cooperar Saúde,cooperativa fundada há 11 anos, mostrou aos participantesdaquele evento o plano de trabalho da instituição, as experi-ências no ramo de saúde e a menina dos olhos da Coopera-tiva, o Centro Médico Cooperar Saúde. Ana Paula apresen-tou com muita propriedade o histórico da cooperativa e di-agnosticou também as deficiências do setor.

Atendimento de qualidade

A Cooperar Saúde é uma cooperativa formada e administra-da por profissionais de saúde que têm como lema a primazia doatendimento de qualidade e possui três centros médicos no Riode Janeiro - Copacabana, Centro e Bangu - 10.000 cooperados,sendo 4.000 atendendo no centro cidade, que foi o projeto pilo-to. Desde sua fundação a Cooperar firmou-se no mercado comouma cooperativa séria, conquistando uma vasta carteira de cli-entes, tanto do setor público quanto no setor privado.

O Centro Médico Cooperar Saúde foi inaugurado há três

anos num espaço com amplas instalações, profissionais domais alto gabarito, atendimento diferenciado e o comprome-timento de assistir a todos os pacientes da mesma forma.

A unidade Centro atende de segunda à sexta-feira, de 7hàs 16h, nas seguintes especialidades: angiologia, cardiologia,clínica médica, dermatologia, medicina do trabalho, endo-crinologia, ginecologia, gastroenterologia, mastologia, pedia-tria, pneumologia, neurologia, cirurgia geral, oftalmologia,otorrinolaringologia, reumatologia, urologia e psiquiatria.

O Centro Médico oferece também exames de endoscopia,ecocardiograma, mamografia, ultra-sonografia e raios-X, alémdos serviços de fonoaudiologia, psicologia, nutrição e ainda rea-liza exames laboratoriais de análises clínicas e citopatologia.Qualquer consulta no Centro Médico tem o valor de R$ 27.

Programa Numa BoaPensando em mudar a cara da saúde e também das própri-

as cooperativas de saúde, o centro médico Cooperar Saúdecriou o programa de fidelidade “Numa Boa”, que nada mais éque um estímulo para os pacientes particulares trazerem famili-ares e amigos para uma consulta no Centro. Os pacientes ga-nham um cartão de fidelidade e, a cada três novos pacientesque levarem, têm direito a uma consulta grátis e os novos clien-

Saúde numa boa

AAAAA diretora financeira diretora financeira diretora financeira diretora financeira diretora financeira Ana Paula Cunha (de preto) e parte da equipe da Cooperar SaúdeAna Paula Cunha (de preto) e parte da equipe da Cooperar SaúdeAna Paula Cunha (de preto) e parte da equipe da Cooperar SaúdeAna Paula Cunha (de preto) e parte da equipe da Cooperar SaúdeAna Paula Cunha (de preto) e parte da equipe da Cooperar Saúde

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rio cooperativo 21

tes ganham um desconto de 20% na consulta.“Acaba virando uma pirâmide, que vai crescendoprogressivamente”, aponta Ana Paula.

A iniciativa estimula não só o paciente a setornar um cliente cativo, mas também os médi-cos, que, por serem os donos da cooperativa, de-sejam o sucesso da mesma. Com isso, mais de450 clientes já foram cadastrados ao programa eestão aproveitando suas vantagens e facilidades.

Convênios com cooperativasA mudança estratégica da Cooperar surtiu efei-

to e já vem motivando o interesse das cooperati-vas que não possuem plano de saúde e desejam oferecer umserviço de qualidade para seus cooperados. Por não ter ins-crição na ANS, a Cooperar ainda não pode criar um plano desaúde próprio, mas pode oferecer descontos nas consultasde procedimentos, inclusive na parte odontológica. Além dascooperativas, a Cooperar tem como objetivo conquistar tam-bém associações, sindicatos e entidades de classe.

O Centro Médico conta ainda com um hospital próprio, oPrevicor, em Ipanema, que realiza procedimentos cirúrgicoscom internação, cirurgias geral, de cabeça e pescoço, entreoutras. E pensando também na onda da medicina estética, oPrevicor oferece leasing de cirurgia plástica, facilitando o paga-mento para quem sonha com uma cirurgia estética.

Meta é alcançar 30 centros

O plano estratégico da Cooperar Saúde tem como metaalcançar a marca de 30 centros médicos espalhados no Rio deJaneiro, de forma a suportar a demanda dos 10 mil cooperados,

consolidando-se nonicho “clínica parti-cular popular”. “Éalgo que está soltono mercado, pois oua pessoa tem umplano de saúde e dis-põe de clínicas alta-mente duvidosas oumuito caras, ou ficanas mãos do aten-dimento precário dasaúde pública”, ana-lisa a médica.

SaúdeSaúdeSaúdeSaúdeSaúde

Atendimento no Centro Médico Cooperar SaúdeAtendimento no Centro Médico Cooperar SaúdeAtendimento no Centro Médico Cooperar SaúdeAtendimento no Centro Médico Cooperar SaúdeAtendimento no Centro Médico Cooperar Saúde

Centro Médico Cooperar SaúdeCentro Médico Cooperar SaúdeCentro Médico Cooperar SaúdeCentro Médico Cooperar SaúdeCentro Médico Cooperar Saúde

Conselho de Conselho de Conselho de Conselho de Conselho de AdministraçãoAdministraçãoAdministraçãoAdministraçãoAdministraçãoPresidência - Paulo Augusto Kahale RaimundoDiretoria Administrativa - Marcos CuriDiretoria Financeira - Ana Paula Cunha Nunes da Rocha

Endereços:Unidade CentroUnidade CentroUnidade CentroUnidade CentroUnidade Centro - Avenida Presidente Vargas, 446 / 2º andar.Tel.: 2516-0437/0904/0903 FAX: 2283-2174Unidade CopacabanaUnidade CopacabanaUnidade CopacabanaUnidade CopacabanaUnidade Copacabana - Av. Nsa. Sra. de Copacabana, 928, 1.201Tel.: 2545-5768 e 2545-0648Unidade BanguUnidade BanguUnidade BanguUnidade BanguUnidade Bangu - Rua Francisco Real, 1.950, subsolo 105 e 107Tel.: 2402-9321 e 3464-0575Clínica IpanemaClínica IpanemaClínica IpanemaClínica IpanemaClínica Ipanema - Rua Caning, 15 - Tel.: 2523-0014

IncentivosNo centro médico, a diretoria da cooperativa resolveu o

problema de pessoal com alguns incentivos, como bonificaçãopor alcance de metas. Um exemplo pode ser visto na recep-ção, onde os funcionários trabalham como se fossem vende-dores in loco. “Isso estimula não só o trabalho, mas a vontadede trabalhar e melhorar no atendimento”, ressalta Ana Paula.

A Cooperar Saúde realiza também parcerias com institui-ções como Sesi e Firjan, fornecendo os profissionais ealocando mão-de-obra.

A diretora financeira destaca ainda que a cooperativa estárespaldada junto ao Tribunal do Trabalho e do Ministério Pú-blico como uma das únicas cooperativas de saúde do Brasillegitimadas, devidamente filiadas e registradas nos órgãosreguladores do cooperativismo no estado.

A Cooperar Saúde oferece suporte total ao quadro social,através de seus Conselhos Especializados, assegurando di-reitos e deveres aos cooperados.

A unidade CentroA unidade CentroA unidade CentroA unidade CentroA unidade Centroconta, entre outraconta, entre outraconta, entre outraconta, entre outraconta, entre outraespecialidades, comespecialidades, comespecialidades, comespecialidades, comespecialidades, comsala odontológicasala odontológicasala odontológicasala odontológicasala odontológica

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rio cooperativo22

Pela valorização do profissionalsam por um processo de aprovação, e vai até os benefícios dadospela cooperativa, como plano de invalidez temporária, plano dental,plano de saúde (em parceria com a Unimed) e auxílio funerário.

A Uniodonto Leste Fluminense oferece uma valorização ao pro-fissional diferenciada: “Não cobramos taxa de administração, queé uma prática normal de todo o sistema. Administramos nossacooperativa sem onerar o cooperado. Fomos até criticados porisso, mas hoje percebemos que é uma prática vantajosa, que sa-tisfaz o cooperado e não diminui a tabela”, diz Luiz Antonio.

Mudança de pensamentoNão foram só os números da ULF que mudaram nos últimos

dez anos. O pensamento cooperativista também evoluiu. Váriosdentistas criticavam a cooperativa na época de sua criação, prin-cipalmente pela cobrança da cota-parte, mas hoje a Uniodonto jáé procurada de forma diferente, com os profissionais entendendoos princípios e ideais da cooperativa: “Não é pagar para entrar. Éum princípio do cooperativismo. Você entra com uma cota e temdireito às vantagens da cooperativa, passando a ser sócio daempresa. Se houver lucratividade, será dividida entre todos. Comovocê vai fazer parte do rateio se não contribuir com nada? Hoje oscolegas já entendem melhor isso, até pelo crescimento dasUniodontos em todo o Brasil”, explica o presidente.

Outra mudança que ainda é necessária refere-se à menta-lidade do usuário. Segundo a diretora financeira da ULF, LianaFrança, a cultura odontológica está muito parada, continuasendo feito apenas o trabalho de tratamento e não o de preven-ção: “A assistência odontológica faz parte da promoção desaúde que defendemos. Como a pressão arterial, a cárie éuma doença crônica que precisa de métodos preventivos para

limitar o dano. Isso envolveuma mudança de pensamen-to e de cultura. Nossos cli-entes já perceberam essa di-ferença, mas os de outrasoperadoras ainda não sa-bem”, informa Liana.

O futuro da UniodontoLeste Fluminense estáfocado na valorização daclasse odontológica, paracontinuar dando um melhoratendimento. Esta é a metada cooperativa, segundoseus diretores, para os pró-ximos 10, 20, 30 anos.

Completando dez anos, com o projeto de trabalhar a promoçãoda saúde odontológica, a Uniodonto Leste Fluminense vem cres-cendo e lutando pela valorização do profissional de odontologia.

Criada por um grupo de dentistas da Uniodonto Rio deJaneiro, a singular Leste Fluminense, que começou com 28profissionais, tem hoje, em sua área de atuação, sete municí-pios - Niterói, São Gonçalo, Maricá, Saquarema, Rio Bonito,Itaboraí e Tanguá -, com 110 dentistas cooperados atendendoa 30 mil clientes e um cadastro de mais de 500 currículos.São números que colocam a Leste Fluminense como a maiorUniodonto do estado do Rio de Janeiro.

“Os dentistas de Niterói eram prestadores de serviços daUnimed. Resolveram criar sua própria cooperativa, já que aUnimed, como cooperativa médica, não poderia filiar dentis-tas. Então criou-se a Uniodonto Leste Fluminense”, conta opresidente Luiz Antonio de Almeida e Silva.

União contra a exploração

A Uniodonto surgiu a partir das dificuldades do mercadoodontológico para os profissionais. Atualmente, só no municí-pio de Niterói, cerca de 300 profissionais são colocados nomercado anualmente pelas três faculdades de odontologia dacidade (UFF, Universo e Pestalozzi), para um número reduzi-do de pacientes. A cooperativa viu então uma forma de lutarcontra a exploração das empresas através da união de dentis-tas. “Essas empresas contratam um profissional e colocamuma tabela baixa de procedimentos. E, com o mercado difícil,você não consegue atrair a clientela. Com isso, as empresasaproveitam e exploram o dentista”, acusa o presidente.

Os números mostram o crescimento da cooperativa em seusdez anos de vida, mas o co-meço não foi tão fácil: “Uma em-presa mercantilista tem umdono, que banca a estrutura.Na cooperativa, os donos sãoos próprios dentistas. Para co-meçar a funcionar, dividem-secotas, paga-se secretária, alu-guel, tudo. E não é só o paga-mento, tem o trabalho, que nemtodos têm a vontade e o idealpara tal”, aponta Luiz Antônio.

E a valorização do profissio-nal começa na escolha do clien-te, em sua maioria de empresasque, segundo o presidente, pas-

SaúdeSaúdeSaúdeSaúdeSaúde

Luiz Luiz Luiz Luiz Luiz Antonio (à esquerda), Liana França (terno branco) e equipe daAntonio (à esquerda), Liana França (terno branco) e equipe daAntonio (à esquerda), Liana França (terno branco) e equipe daAntonio (à esquerda), Liana França (terno branco) e equipe daAntonio (à esquerda), Liana França (terno branco) e equipe daUniodonto Leste Fluminense: valorizando o profissional de odontologia”Uniodonto Leste Fluminense: valorizando o profissional de odontologia”Uniodonto Leste Fluminense: valorizando o profissional de odontologia”Uniodonto Leste Fluminense: valorizando o profissional de odontologia”Uniodonto Leste Fluminense: valorizando o profissional de odontologia”

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Em 22 de dezembro de 1999, surgia no Colégio São José,a primeira cooperativa educacional de Angra dos Reis, a Edu-car. Foi com garra, força de vontade e a idéia fixa de nãodeixar o sonho de milhares de alunos se perder que um grupode ex-professores e pais de alunos do colégio São José deci-diu montar uma cooperativa e dar continuidade ao trabalhoexercido ao longo de tantos anos.

OrigemO fechamento do colégio São José

se deu com o declínio da renda da po-pulação da cidade, logo após o fecha-mento do Estaleiro Verolme e a es-cassez da mão-de-obra especializada,já que metade da população, que es-tava em Angra a trabalho, teve que vol-tar para suas cidades de origem.

A notícia do fechamento da esco-la abalou a todos, professores, pais ealunos. Como não se podia fazer nadapara evitar, a solução veio de uma pro-fessora que, após assistir a uma palestra do Sebrae, deu a su-gestão aos seus colegas de montarem uma cooperativa para darcontinuidade ao trabalho iniciado no colégio, que chegou a termais de 400 alunos, com turmas do maternal ao vestibular.

Surgiu então a Cooperativa Educacional Educar, que fun-ciona hoje no bairro Parque das Palmeiras e conta com 39cooperados (apenas professores) e 280 alunos.

Além da Educar, já existem mais duas cooperativas educa-cionais em Angra dos Reis, a Ceduc– Capacitar (Escola Marilac),que oferece ensino do maternal ao vestibular, e a CooperativaEducacional São Bento (Cesbe), do maternal à 8ª série. Dastrês, a que tem o maior número de alunos e cooperados e amais antiga é a Educar. A Educar trabalha em parceria com oSistema Anglo de Ensino, que oferece todo o material didático.

“A Educar não depende de nenhum sindicato, os professoresganham por hora/aula epossuem cotas de partici-pação, o que faz com quetodos ganhem com algumasobra que, por ventura, apa-reça ao fim de cada mês”,destaca o presidente daCooperativa, Paulo RobertoRibeiro da Costa. Já os fun-cionários da escola, como

Uma lição que devemos aprender

Educação

serventes, entre outros, trabalham com carteira assinada.A diretoria da Cooperativa estuda, para um futuro próximo, a

implementação do curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia,em parceria com a Universidade Castelo Branco.

Compromisso com o futuroA Educar tem acompanhado as

mudanças, tentando estabelecer ummétodo de ensino moderno mas semse esquecer de sua essência. Segun-do o professor Paulo, as crianças, prin-cipalmente, não estão mais aceitandoo modelo tradicional de ensino. Porisso, a escola resolveu adotar novasfórmulas para prender a atenção dosalunos, com aulas mais dinâmicas epalestras com orientadores de São Pau-lo.

“Depois que adotamos o novo mé-todo, o índice de aproveitamento cres-ceu e a aceitação foi imediata. Os alu-

nos estão muito satisfeitos com a escola e os pais, mais ainda.Para nós, isso é muito gratificante”, garante o professor.

Para Paulo Roberto, o que falta na maioria das cooperativas,principalmente as de educação, são o diálogo e a união da classepara que a mesma seja mais respeitada e possa pleitear junto seusdireitos ao Governo. “O maior problema que vemos é a questão dorateio, a legislação e as unidades de trabalho. Sem a união dascooperativas educacionais, não temos como cobrar nenhuma atitu-de, pois as mesmas não se conhecem e nem sabem qual o trabalhoque cada uma vem desenvolvendo. Só depois que isso acontecer éque seremos grande vencedores”, adverte o presidente da Educar.

O compromisso com o futuro é um dos lemas básicos daEducar, que tem como princípios participação ativa, objetivi-dade, otimismo, disciplina, honestidade e ética acima de tudo.O professor Paulo Roberto, que apresentou para o públicocooperativista presente ao Rio CoopShow 2005 o trabalhodesenvolvido pela Edu-car, finaliza com umamensagem de otimis-mo, do líder Martin LuterKing: “Talvez não te-nhamos conseguidofazer o melhor, mas lu-tamos para que o me-lhor fosse feito.”Paulo Ribeiro, presidente da EducarPaulo Ribeiro, presidente da EducarPaulo Ribeiro, presidente da EducarPaulo Ribeiro, presidente da EducarPaulo Ribeiro, presidente da Educar Professora e alunos em plena atividadeProfessora e alunos em plena atividadeProfessora e alunos em plena atividadeProfessora e alunos em plena atividadeProfessora e alunos em plena atividade

Os diretores em frente à cooperativa EducarOs diretores em frente à cooperativa EducarOs diretores em frente à cooperativa EducarOs diretores em frente à cooperativa EducarOs diretores em frente à cooperativa Educar

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As cooperativas de trabalho continuama ser perseguidas pelo Ministério Público doTrabalho. Em audiências preliminares, seusrepresentantes buscam incessante e in-discriminadamente provas que possam serobjeto de assinatura dos Termos de Ajustede Conduta. Há um pré-conceito em face daInstituição Cooperativa, rotulando-as comofraudulentas. É até interessante, nestemomento de grandes revelações políticas,tratar as cooperativas como fraudulentas.Parece que há uma inversão de valores.

Chamar as cooperativas de trabalho defraudulentas em um País em que, segundodados estatísticos do IPEA, a taxa dedesemprego no Brasil cresceu 56,2%, nosúltimos 10 anos, enquanto que na AméricaLatina cresceu 15,9% e agora está em 8%.Já o IBGE diz que “o desemprego bateurecorde em abril, atingindo 13,1% dapopulação economicamente ativa nas seisprincipais regiões metropolitanas do país”.“Eram 2,812 milhões de pessoas semtrabalho; 220 mil a mais do que em abril de2003”. “Para o IBGE, mais pessoas estãobuscando trabalho, e as vagas criadas sãoinsuficientes.” (Fonte: Folha de São Paulo).

Por que fraudulenta? Porque oferece aomercado opções de pessoas saírem dainformalidade, tornando-se verdadeiroscidadãos que recolhem para os cofrespúblicos INSS, PIS, IRRF. Será que oMinistério Público do Trabalho objetiva queos cooperativados continuem sem asfrentes de trabalho conquistadas pelascooperativas? Será que sua capacidade deorganização assusta?

É lógico que falar em flexibilização dasleis trabalhistas em um país em que otrabalhador não tem voz para negociar é umverdadeiro retrocesso ao laissez faire, laissezpasser, pois, com o fortalecimento da massa

laboriosa por intermédio de suas cooperati-vas, representando o ideal de um grupo,poderão obter até mais vantagens do queaquelas que constam na lei.

A simples formalização com carteiras assi-nadas não representa a alternativa social eeconômica necessária. Caso contrário, a Jus-tiça do Trabalho não estaria sobrecarregadade processos daqueles que possuem vínculoempregatício e formalização em carteira.

Vivemos a realidade de uma crise. “Crise”é aquele momento em que o que existe nãoé mais adequado à realidade, mas ainda nãose tem o modelo daquilo que deve ser. Destaforma, o Ministério Público do Trabalho nãopode ser apenas um algoz em relação àscooperativas de trabalho, fechando as portaspara o diálogo. O diálogo (dia = através; logo= palavra) representa chegar a uma con-clusão através da palavra. Não é a instalaçãode um pré-conceito em face das cooperativasde trabalho que vai resolver o problema. Averdade é que o mercado de trabalho nãoabsorve todos aqueles que dele necessitampara sua subsistência. Ao revés, poderá tor-nar pior a situação social e econômica donosso país, conforme consta nas estatísti-cas ora apresentadas por órgãos de se-riedade incontestável.

Mas, para que as cooperativas cumpramcom aquilo que consta em seus princípiosuniversais, desde sua gênese, é preciso quea educação cooperativista seja fomentadae não excluída. Assim, poder-se-á almejaro respeito às condições bio/psico/sociaisdo trabalhador, sem que para isso exista aexploração do homem pelo homem, ou seja,do empresário pelo empregado.

Data VêniaData VêniaData VêniaData VêniaData Vênia

Cooperativas de trabalho:a perseguição continua...

Adriana Adriana Adriana Adriana Adriana Amaral dos SantosAmaral dos SantosAmaral dos SantosAmaral dos SantosAmaral dos Santos é autora é advogadaespecializada em Direito Cooperativo.

* Data vênia* Data vênia* Data vênia* Data vênia* Data vênia é uma expressão latina quesignifica “com licença”.

Adriana Amaral dos Santos

Para que as

cooperativas

cumpram com

aquilo que

consta em

seus princípios

universais, é

preciso que

a educação

cooperativista

seja fomentada

e não excluída.

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Sem a ajuda

da contabilidade,

será muito difícil

para a cooperativa

se planejar e

controlar suas

atividades

econômicas

e financeiras.

José Ribamar do José Ribamar do José Ribamar do José Ribamar do José Ribamar do Amaral CyprianoAmaral CyprianoAmaral CyprianoAmaral CyprianoAmaral Cypriano é contadorespecializado em cooperativas e entidades classistas.

A contabilidade possui duas finalida-des básicas para as quais utilizamossuas informações: controle e planeja-mento. Tais finalidades a cooperativa de-verá promover dentro de suas estruturasde modo que a contabilidade, através deum plano de contas adequado e estru-turado, realize seus registros contábeisde forma eficiente, e sempre acompa-nhado por um profissional qualificado, eque esteja, de preferência, inserido nocontexto cooperativista para que ocontador possa, então, compreender me-lhor as mutações patrimoniais inerentesao sistema cooperativista. Infelizmenteainda não possuímos muitos profissionaisexperientes na contabilidade cooperativis-ta e outra verdade é que nem mesmo namais alta administração das cooperativasencontramos a valorização que a contabi-lidade merece.

Outro fator importante, quando umacooperativa se preocupa em manter suacontabilidade em ordem e atualizada,é lhe fornecer condições básicas paradesenvolver seu trabalho. Neste ponto,a informática, nos dias de hoje, é devital importância para a contabilidade,pois inúmeros retrabalhos são evitadosquando um planejamento informática-contabilidade é efetuado com sucesso.

Não importando a que ramo pertencea cooperativa, ela necessitará se planejare controlar suas atividades econômicas efinanceiras, e, sem a ajuda da contabili-dade, tal situação será muito difícil.

Hoje já existem duas normas de con-tabilidade que regulamentam as açõesdos contadores no Brasil. O ConselhoFederal de Contabilidade já publicou asNormas Brasileiras de ContabilidadeTécnica (NBC T) 10.8 e 10.21, e suasrespectivas Instruções Técnicas. A 10.8se aplica a todos os ramos do cooperati-vismo, exceto operadoras de planos desaúde, e a 10.21 para estas últimas.

Essas normas foram um grandeavanço para toda a classe contábil, pois,se de um lado estamos esperandodesde a Constituição de 1988 quenossos legisladores dêem o adequadotratamento tributário ao ato cooperativo,a fim de se evitarem os inúmerosquestionamentos judiciais que temosnos dias de hoje sobre tributação emcooperativas, a publicação das Normasde Contabilidade surgiram como uma luzno fim do túnel para que, pelo menos nomundo contábil, alguma definição fossealcançada.

Uma luz no fim do túnel paraa contabilidade cooperativistaUma luz no fim do túnel paraa contabilidade cooperativista

Na ponta do lápisNa ponta do lápisNa ponta do lápisNa ponta do lápisNa ponta do lápis José Ribamar do Amaral Cypriano

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Companheiro transportador, minha mensagem é de oti-mismo, a todos que militam no cooperativismo de transporte- cargas e passageiros.

Ao reconhecer o ramo Transporte, no ano passado, a Or-ganização das Cooperativas Brasileiras (OCB) abriu espaçoespetacular para o real fortalecimento e, principalmente, a orga-nização de todos aqueles que já atuam no mercado, além depropiciar a criação de novos grupos, de maneira a iniciar umatrajetória de garantia de sobrevivência e de firme futuro a todosque operam na informalidade.

Claro que tudo ainda está por conquistar, porém é nossa meta,na qualidade de representante nacional do ramo, ganhar tempo,arregaçar as mangas e partir para a conscientização, por todosque escolheram o transporte como sua atividade, de que o futurodo próprio país está direcionado para um cooperativismo firme-mente voltado para as parcerias. Urge a necessidade de todosentenderem que somos uma verdadeira irmandade, aberta a quemdela quiser participar. Sozinho não se vai a lugar algum.

Nos próximos dias 25 e 26 de outubro, estaremos reali-zando no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputa-

dos, em Brasília, o 1º SeminárioNacional das Cooperativas deTransporte de Cargas e Passagei-ros, onde debateremos as principais questões que envolvemo nosso ramo, através de palestras e diálogos proferidos pe-las maiores autoridades do setor, onde prevalecerá a objetivi-dade, de maneira a não permitir tratar-se de mais um “sim-ples evento”, mas sim um marco no início das ações neces-sárias e transformação do ramo, em um dos mais fortes epoderosos, dentre todos do sistema OCB. É indubitável quetemos estrutura para isso. Basta estabelecermos a disposi-ção e a união de todos, munidos de verdadeiro espírito coopera-tivista e, as dificuldades de hoje, com certeza, se transfor-marão no sucesso de amanhã.

Espero fazer desta mensagem o instrumento necessário quefará com que nos encontremos no Seminário, conscientizadosdas novas responsabilidades. O futuro depende de nós, e ago-ra. Recebam o meu abraço e, até 25 de outubro.

Pé na estradaPé na estradaPé na estradaPé na estradaPé na estrada Nélio Botelho

Cooperativismo, irmandade aberta

Nélio BotelhoNélio BotelhoNélio BotelhoNélio BotelhoNélio Botelho é representante nacional do ramo Transporte junto à OCB

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A partir da edição da Resolução do ConselhoMonetário Nacional / Bacen, de nº 3.106, de 25/6/2003, autorizando a formação de cooperativasde crédito de micro e pequenos empresários emicroempreendedores responsáveis por negóci-os de natureza industrial, comercial ou de pres-tação de serviços, incluídas as atividades da árearural, esse público passou a ser beneficiado porum instrumento que valoriza o desenvolvimentoeconômico e financeiro, seus projetos sociais eeconômicos, a geração de recursos para as ati-vidades produtivas, fortalecendo, também, suaspróprias regiões, evitando a evasão dos recursosgerados pelos empresários aportados e adminis-trados pela cooperativa.

Esse modelo de cooperativa de crédito, acurto prazo, possibilitará um desenvolvimentodo sistema em nosso País, como uma alter-nativa econômica viável e democrática, desdeque trabalhado com os instrumentos que lhepermitam oferecer aos associados o acessoao crédito desburocratizado, porém responsá-vel, e os demais produtos e serviços financei-ros próprios de uma instituição financeira.

A constituição desse modelo de coopera-tiva, conjugando os diversos segmentos demercado, traz o fortalecimento através daspróprias diferenças e uma redistribuição dosrecursos financeiros de forma mais justa ehumanizada, saindo das exigências exces-sivas, e por vezes impossíveis de serem cum-pridas pelo empresariado, no que tange à for-ma de atuação do mercado financeiro, comseus critérios de reciprocidade e taxas dejuros inaceitáveis.

Consideramos que, apesar das inúmeras exi-gências apresentadas na Resolução, o que oBanco Central procura evitar são os entusias-mos desordenados ou projeções empíricas, re-sultando em casos de insucesso, o que nãomais cabe na história do cooperativismo de cré-dito no País. Com esses cuidados, dificilmentea efetiva viabilização dessas cooperativas de cré-

dito será comprometida, já que os planos de ne-gócios são projetados para 36 meses, tornandovisível a capacidade ou não do projeto dar certo. Aresponsabilidade é muito grande quando o pro-duto ofertado são os recursos financeiros dossócios, para os próprios sócios, exigindo, por-tanto, regras de proteção para a boa gestão.

O que distingue esses projetos em relaçãoaos modelos passados e o que fará essas co-operativas avançarem e se desenvolverem deforma continuada, com estruturas sólidas, eque chegarão para ficar e tornar-se-ão umpatrimônio que será legado às novas geraçõesempresariais, são as pessoas, associadas, quecomporão essas instituições, já que tivemos aintensa preocupação em repassar os valoresdo cooperativismo, suas responsabilidades le-gais e sociais, o respeito às regras esta-belecidas pelo órgão normatizador, a impor-tância da organização do quadro social da co-operativa de crédito, com sócios conscientese participativos, referendo do 5º princípio coope-rativo, que é a educação, formação e informa-ção, com a sua liberdade organizada e o zelode dirigentes e associados, para que não sealtere, perdendo o foco de atuação.

O resultado desse trabalho está expresso emquatro projetos de constituição de cooperativasde crédito para micro e pequenos empresários emicroempreendedores, que são o SicoobFlumicred, com sede em Barra Mansa, SicoobSupercred (Campos), Coopcred Três Rios (TrêsRios) e Sicoob Crednews (Nova Iguaçu), queenvolvem 25 municípios como área de atuação.

O trabalho de fomento continua, com novasdemandas sendo atendidas e o Sebrae e a suaconsultora acreditam que essas novas coope-rativas, no futuro, contribuirão para o fortalecimentodo cooperativismo de crédito no Estado.

Direto ao pontoDireto ao pontoDireto ao pontoDireto ao pontoDireto ao ponto Maria de Fátima Moraes Rodrigues

A responsabilidade

é muito grande

quando o produto

ofertado são

os recursos

financeiros

dos sócios,

para os próprios

sócios, exigindo,

portanto, regras

de proteção

para a boa gestão.

Maria de Fátima Moraes Rodrigues éconsultora especializada em Cooperativismo

Cooperativismo de crédito paramicro e pequenos empresáriosCooperativismo de crédito paramicro e pequenos empresários

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Agenda CooperativistaFenacoopFeira Internacional das Cooperativas, Fornecedores e ServiçosData: 5 a 7 de outubroLocal: Centro de Exposições ImigrantesEndereço: Rodovia dos Imigrantes, km 1,5Informações: www.fenacoop.com.br

Fórum Técnico AgronômicoData: 7 de outubroLocal: Maringá (PR)Informações: Ocepar - (41) 352-2276

19º Seminário de Cooperativismo de CréditoData: 13 a 16 de outubroLocal: Royal Palm Plaza Resort Hotel - Campinas (SP)Informações: Cecresp - (11) 3327-1926

Plano de Capacitação para Dirigentes de Cooperativas– FormacoopData: 17 e 18 de outubroLocal: Hotel Classic Rua da Bahia, 2727 - Santo Antônio -Belo Horizonte (MG)Informações: Sescoop/MG - (31) 3284-5866, 3284-5869,3284-5885 ou 3284-5881.

VI Convenção Nacional Unicred - “Unicred 2005 –Capacitação e eficiência”Data: 28 a 30 de outubro de 2005Local: Hotel Bourbon Cataratas Resort & ConventionCenter, em Foz do Iguaçu (PR)Informações: Unicred do Brasil - www.unicred.com.br

IV Seminário de Tendências do CooperativismoData: 15 a 18 de novembro de 2005Local:Florianópolis (SC)Informações: OCB - (61) 325-5500

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Crédito

Com menos de um ano de vida, acooperativa de crédito da UniversidadeSalgado de Oliveira (Universo) tem pla-nos ambiciosos. Espera, já em setem-bro, ter todos os 5.200 funcionários dosistema como cooperados.

Para os que duvidam da concretiza-ção do objetivo, um detalhe não pode pas-sar desapercebido: “Em apenas três me-ses, conquistamos 1.200 cooperados.Estamos fazendo um trabalho de incenti-vo, com o parcelamento da cota de ade-são em até 10 vezes”, explica o vice-pre-sidente, Sergio Figueiredo de Oliveira.

Atualmente a cooperativa trabalhacom três modalidades de empréstimos;crédito pessoal, material escolar e des-

Com apenas quatro anos de vida, aFederação Nacional das Cooperativas deCrédito Urbano (Fenacred) conquistou em2004 sua sede própria e vem buscandonovas parcerias para suas filiadas e no-vos caminhos para o cooperativismo decrédito fluminense.

Em um momento complicado do ce-nário político do Brasil e do segmentode crédito no estado do Rio de Janeiro,as singulares da Fenacred mostram queexiste vida apesar da crise.

Um panorama das cooperativas de crédito filiadas à FenacredUm panorama das cooperativas de crédito filiadas à Fenacred

pesas médicas. Todas as modalidadescom parcelamento em até 12 vezes.

Além disso, em setembro, a Coope-rativa inaugurou seu Posto de Atendimen-to ao Cooperado do campus Niterói.

Futuramente, a Universicred pretendeoferecer aos seus cooperados plano desaúde, previdência privada, seguros, turis-mo e promoções, entre outros benefícios.

Universicred: nova e ambiciosa

Criada em 1974, a CECM dos Funci-onários da Fabrimar tem hoje 95% dosfuncionários da empresa como coopera-dos, passando de 800 associados. O pre-sidente Antônio Delfin espera que este nú-mero cresça mais de 50% após a aprova-ção do novo estatuto, adequado 100% àsnovas normas do Banco Central, permi-tindo a inclusão de dependentes dos co-operados e de empregados de empresasprestadoras de serviços terceirizados.

A cooperativa oferece aos sócios, alémde empréstimos, auxílio funeral, kits escola-res, óculos, medicamentos, assistência ju-rídica, odontológica e cesta básica. Os jurospara empréstimo são de 1,5% mais o rendi-mento da poupança.

“Procuramos sempre ser a melhor coo-perativa. Não temos inadimplência, não dei-xamos de atender a nenhum empréstimo. Etodo empréstimo é liberado na mesma hora”,orgulha-se o presidente.

Coopfabrimar esperacrescer mais de 50%

A Cooperativa dosEmpregados dos Labo-ratórios B. Braun vemse informatizando paramelhor atender seusassociados. O primeiropasso foi a implantaçãodo sistema Fácil, que permitirá à coo-perativa maior eficiência e agilidade paraatender os cooperados.

O relacionamento da cooperativa comos funcionários do B. Braun é expressivo.Apenas 5% dos empregados não estão

vinculados à singular.São 1.250 associados,que têm à disposição se-guro de vida, auxílio fune-ral e empréstimos em até24 meses de até duasvezes o salário base.

O motivo para se trabalhar com ape-nas um tipo de crédito é simples: “Nãopodemos fazer muita distinção para queo cooperado não se sinta discrimina-do”, explica o presidente José RicardoVargas Mendes.

Cooperativa informatizada

Antônio DelfinAntônio DelfinAntônio DelfinAntônio DelfinAntônio Delfin

O presidente Mendes (esq.) e equipeO presidente Mendes (esq.) e equipeO presidente Mendes (esq.) e equipeO presidente Mendes (esq.) e equipeO presidente Mendes (esq.) e equipe

Sergio FigueiredoSergio FigueiredoSergio FigueiredoSergio FigueiredoSergio Figueiredo

O gerente da Fenacred Paulo Muniz,O gerente da Fenacred Paulo Muniz,O gerente da Fenacred Paulo Muniz,O gerente da Fenacred Paulo Muniz,O gerente da Fenacred Paulo Muniz,o presidente Vo presidente Vo presidente Vo presidente Vo presidente Valdinar Gomes e o secretárioaldinar Gomes e o secretárioaldinar Gomes e o secretárioaldinar Gomes e o secretárioaldinar Gomes e o secretário

de Trabalho Marco Antônio Lucidi,de Trabalho Marco Antônio Lucidi,de Trabalho Marco Antônio Lucidi,de Trabalho Marco Antônio Lucidi,de Trabalho Marco Antônio Lucidi,durante o Rio CoopShowdurante o Rio CoopShowdurante o Rio CoopShowdurante o Rio CoopShowdurante o Rio CoopShow

Esta visão, que pode ser compartilha-da nas notas a seguir, foi apresentadadurante o Rio CoopShow 2005, em julhona Firjan, pelos diretores da Federação,em especial por seu presidente, ValdinarGomes da Fonseca, e o gerente admi-nistrativo, Paulo Muniz.

A Fenacred participou do evento comum estande em parceria com o Sindicatodas Cooperativas de Crédito do Estado doRio de Janeiro (Sindcoopcred), onde apre-sentou o trabalho oferecido às suas filiadas.

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Com 36 anos, a Coopeaton estásempre buscando novas vantagenspara seus cooperados.

A mais recente promoção é a ginca-na de novos associados, onde os coope-rados que trouxerem o maior número deassociados (com o compromisso de semanter na cooperativa por um ano) até odia 16 de dezembro, ganharão um prê-mio de R$ 300,00: “É uma maneira queencontramos de conquistar o cooperado.Vem dando um resultado muito bom.Esperamos aumentar, até o fim do ano,em 100 associados o nosso quadro”,explica o presidente Amarino Braz daSilva, que está no seu terceiro mandato.

Além da chance de ganhar um salá-rio extra no final do ano, o associadoganha dois convites de cinema paracada indicado que se tornar cooperado.

A cooperativa realiza, constante-mente, reuniões festivas com os coo-perados, excursões, feira de artesana-to, palestras e sorteios mensais, tudopara alegrar e atrair mais funcionáriosda Eaton e Eletromar.

Gincanas e prêmiosna Coopeaton

Este é o caminho que o vice-presi-dente da OCB-RJ e presidente da CECMdos funcionários da Ampla (Credicerj),Wagner Guerra da Fonseca, acreditaque as cooperativas de crédito do Riode Janeiro devem seguir face à crisesurgida com o fim da Central das Coo-perativas de Crédito do Estado do Riode Janeiro (Sicoob Central-RJ).

“Precisamos de pessoas sérias atu-ando pelo crescimento do cooperativismono Rio. Pelo país afora, vemos muito se-riedade. Aqui ainda estamos engati-nhando”, afirma Guerra.

Apesar das dificuldades do coopera-tivismo de crédito no Rio, Guerra afirmaque os cooperados da Credicerj podem

Profissionalismoficar tran-qüilos. A coo-perativa podeser arranha-da, mas nãosofrerá preju-ízos pois es-tá consolida-da financeira-mente:

“Temosdinheiro aplicado e estamos financei-ramente bem. Infelizmente, outras co-operativas correm riscos sérios de fe-char as portas. Mesmo assim acreditoque o cooperativismo vai evoluir comeste episódio”, pondera.

Wagner GuerraWagner GuerraWagner GuerraWagner GuerraWagner Guerra

Com 1.970 associados e pouco maisde dois anos de existência, a CECMdos Funcionários do Grupo Jal (CoopJal)tem se destacado pelo crescimento eaceitação que vem tendo junto à em-presa e aos cooperados.

E se depender do presidente SérgioLucas, o crescimento será bem maior, poisa meta é ultrapassar a casa dos 2.500membros: “Sempre caminhamos com ospés no chão. Agora podemos pensar emexpandir e dar novas vantagens para nos-sos cooperados. Estamos estudando paraeste ano um plano dentário e uma sedesocial”, conta Sérgio.

A CoopJal atua com quatro modali-dades de empréstimos: em até 6 vezes,(2,5%); de 7 a 12 vezes (3%); de 13 a 18vezes (3,5%) e de 19 a 24 meses (4%).

Crescimento acelerado

Sérgio LucasSérgio LucasSérgio LucasSérgio LucasSérgio Lucas

Amarino Braz e a gerente RosanaAmarino Braz e a gerente RosanaAmarino Braz e a gerente RosanaAmarino Braz e a gerente RosanaAmarino Braz e a gerente Rosana

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BB apresenta convênio paracooperativas de crédito

O assessor da Superin-tendência Regional do Bancodo Brasil, Alberto Stassen(foto ao lado), reuniu-se comas filiadas da Fenacred, paraapresentar um convênio quepossibilitará abertura de con-ta para cooperativas de crédi-to, com condições melhores que as praticadas no mercado.

O encontro aconteceu no auditório do Sindicato dos Audi-tores Fiscais da Previdência Social, promovido pela Fenacredem parceria com a CECM dos Auditores Fiscais da Previdên-cia Social do Rio de Janeiro (Coafprev).

A conta convênio terá alíquota zero de CPMF e poderá seraberta para os cooperados, com direito a cartão de débito ecrédito (Visa ou Mastercard) e cheque especial. Os talões decheques serão personalizados com a logomarca da cooperati-va, que se encarregará de determinar o limite do cooperado.

As cooperativas também terão direito a linhas de crédito,com juros menores e mais atraentes.

Os interessados podem solicitar mais informações juntoà Fenacred pelo telefone 2518-0798.

A Cooperativa de Crédito dos Funcionários da Puc(CoopPuc) comemorou seus 30 anos de existência numafesta na churrascaria Rincão Gaúcho, com direito a músicae diversão a noite toda para os cooperados que comparece-ram ao evento, reali-zado em 15 de julho.

A CoopPuc temcomo presidente Jor-ge Meneses (ao cen-tro na foto ao lado,com sua diretoria).

CoopPuc comemora 30 anos

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Somente após um ano e meio de turbulências, a CECMdos Empregados em Empresas de Água, Esgoto e Sanea-mento do Estado do Rio de Janeiro (Cocedae) pode voltar arespirar tranqüilamente, sem pressões externas.

A constatação é do diretor presidente da entidade, ValdinarGomes da Fonseca, que faz um balanço das dificuldades quea Cooperativa enfrentou no período.

“A Cocedae ficou sem receber uma receita significativa oriun-da de seus associados aposentados e isso afetou seriamentenossa saúde financeira”, atesta o presidente. “Tivemos que eli-minar todos os gastos desnecessários, paramos nossas obrasna sede campestre, suspendemos nosso informativo e até mes-mo tivemos que reduzir o quadro de funcionários”, completa.

Entretanto, apesar de toda dificuldade, a cooperativa con-seguiu honrar com todos seus compromissos, sem prejuízo aqualquer credor ou cooperado. E os resultados do balanço do

Mais um motivo de comemoração para a Cocedae. Osfuncionários das empresas terceirizadas Águas de Niterói,Águas de Juturnaíba e CAC vêm aderindo em massa à Coo-perativa e utilizando os produtos e serviços por ela oferecidos,como as linhas de crédito e suas diversas modalidades.

O presidente Valdinar Gomes agradece a colaboraçãodas diretorias das concessionárias, que têm possibilitadoa participação de seus funcionários na Cooperativa, semesquecer da inestimável contribuição do Sindicato dos Em-pregados em Água, Esgoto e Saneamento de Niterói, quevem difundindo a Cocedae junto àquelas instituições.

A Cooperativa deseja, em breve, levar seus serviços paraoutras concessionárias atuantes no segmento e fortalecerainda mais a instituição, bem como seus cooperados.

A Cocedae fez aniversário em agosto, quando completou16 anos de atividades. Um período de grandes conquistaspara a instituição,que trouxe seguran-ça e bem-estar só-cio-econômico paraseus associados.

A Diretoria da Co-operativa aproveita aocasião para para-benizar a todo o qua-dro social pela datae agradecer o apoiorecebido em todosos momentos.

primeiro semestreapontam que a medi-da emergencial foi cor-reta, pois a Cocedaejá apresenta sobras lí-quidas no montante deR$ 100 mil.

“É o que nos motiva a seguir em frente: saber que, mesmoem tempos difíceis, conseguimos ser criativos o bastante parasuperar as dificuldades e manter nossa Cooperativa novamenteem ritmo de crescimento”, afirma Valdinar, que aproveita o mo-mento para agradecer a colaboração dos delegados da Cocedaee a compreensão de todo o quadro social. “Sem dúvida, foramfundamentais para que a Cooperativa se mantivesse em situa-ção privilegiada nesse período conturbado. Agora podemos res-pirar aliviados e comemorar”, arremata o presidente.

Depois da tempestade, a bonança

Informe Especial

Concessionárias aderem à Cocedae Cooperativa completa 16 anos

A diretora administrativa Solange Moreira,A diretora administrativa Solange Moreira,A diretora administrativa Solange Moreira,A diretora administrativa Solange Moreira,A diretora administrativa Solange Moreira,o presidente Vo presidente Vo presidente Vo presidente Vo presidente Valdinar Gomes e o diretoraldinar Gomes e o diretoraldinar Gomes e o diretoraldinar Gomes e o diretoraldinar Gomes e o diretor

financeiro Júlio César da Silvafinanceiro Júlio César da Silvafinanceiro Júlio César da Silvafinanceiro Júlio César da Silvafinanceiro Júlio César da Silva

VVVVValdinar Gomes, presidente da Cocedaealdinar Gomes, presidente da Cocedaealdinar Gomes, presidente da Cocedaealdinar Gomes, presidente da Cocedaealdinar Gomes, presidente da Cocedae

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A Cocedae realizou Assembléia Geral Extraordinária comseus delegados para referendar as alterações de seu Es-tatuto Social, visando à adequação às novas normas doBanco Central do Brasil.

Entre as mudanças acertadas, ficou definida que, a par-tir de agora, 50% da taxa de administração será incorpora-da ao capital do associado, o que vai possibilitar um au-mento bastante significativo do valor de cada cooperado.

Assembléia aprova alteração do Estatuto Social

Na AGE, ficou acertado ainda um convênio da Coopera-tiva junto ao Grêmio dos Aposentados da Cedae, que pos-sibilitará a utilização da sede campestre da Cooperativa.

Valdinar lembrou ainda aos delegados que, em dezem-bro, será convocada assembléia para eleição dos novosdelegados que irão representar a Cocedae em suas unida-des de trabalho a partir do próximo ano. Mais informaçõesjunto à sede da Cooperativa pelo telefone (21) 2178-1998.

A Cocedae está acertando com o escritório MCP Advo-gados Associados um convênio de assessoria jurídica paraseus cooperados.

O convênio possibilitará consultas sem limite junto aos17 advogados da MCP, com representação processual nasáreas cível, trabalhista e Direito do Consumidor. Na áreapenal, os cooperados poderão ser representados comvalores previamente pactuados.

O atendimento será feito na empresa, quefica na rua México, 119, grupo 1.001, Centro.O telefone para contato é (21) 2532-3073.

Assessoria jurídica para cooperados

Os delegados se reuniram na sede da Cooperativa e referendaram as alterações do Estatuto SocialOs delegados se reuniram na sede da Cooperativa e referendaram as alterações do Estatuto SocialOs delegados se reuniram na sede da Cooperativa e referendaram as alterações do Estatuto SocialOs delegados se reuniram na sede da Cooperativa e referendaram as alterações do Estatuto SocialOs delegados se reuniram na sede da Cooperativa e referendaram as alterações do Estatuto Social

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Participando do Rio CoopShow 2005, aconvite da Montenegro ComunicaçãoCorporativa, tivemos a oportunidade de apre-sentar um panorama jurídico e legislativoacerca do cooperativismo nacional.

Iniciamos a exposição abordando doisrelevantes artigos constitucionais, quaissejam: 146 em seu inciso III, letra C e 192da Constituição Federal de 1988, que abor-dam, respectivamente, o tratamento tribu-tário adequado ao ato cooperativo e darcondições que as cooperativas de créditopossam atuar na plenitude.

Ambas as diretrizes constitucionais ci-tadas devem ser regulamentadas peloCongresso Nacional através da edição deLei Complementar e são de suma impor-tância para que o cooperativismo brasilei-ro conquiste de vez o seu lugar no rol dosmais importantes movimentos sociais,movimento que distribui a riqueza, geraempregos e divisas para a nação, regulaas atividades econômicas.

O artigo 164, §3º, da nossa ConstituiçãoFederal não permite que a União, os Esta-dos e os Municípios movimentem recursosatravés das cooperativas de crédito.

Uma mudança neste artigo benefici-aria não só as cooperativas como a po-pulação brasileira. Sem contar o fomen-to que as economias local e nacionalteriam; já que muitos municípios nãopossuem sequer uma agência de bancoe, com a legalidade das cooperativas po-derem atender aos entes estatais, tería-mos um avanço social imenso, um de-senvolvimento; muitas vezes nem imagi-

nado tempos atrás por nós mesmos,cooperativistas.

Não podemos nos esquecer tambémda necessária exclusão das cooperati-vas de crédito do § 1º do artigo 22 da Leinº 8.212/91, visando deslocar o adicio-nal de 2,5% sobre a folha de pagamento(hoje devido ao INSS) para o Sescoop -Serviço Nacional de Aprendizagem doCooperativismo (equiparação aos de-mais ramos cooperativos).

A destinação dos recursos para oSescoop será de grande valia, já que for-talecerá o sistema cooperativista, atra-vés da profissionalização dos gestoresdas sociedades cooperativas, preparan-do-os para os desafios dacompetitividade e da globalização.

De forma alguma, podemos esque-cer tudo que já foi conquistado pelocooperativismo, não só de crédito comoos demais ramos existentes, dentre osquais destacamos o reconhecimento daisenção da CSLL sobre o resultado doato cooperativo, não incidência das con-tribuições para o Pis e a Cofins pelosramos crédito e produção etc.

Devemos lembrar que nossa luta éárdua mas que estamos no caminho cer-to, já alcançamos o reconhecimento denossa importância não só para nossosetor como para atingir o desenvolvimen-to sustentável de nosso país.

Questõescooperativistasem pauta

Paulo Roberto Cardoso BragaPaulo Roberto Cardoso BragaPaulo Roberto Cardoso BragaPaulo Roberto Cardoso BragaPaulo Roberto Cardoso Braga é advogadoespecialista em direito cooperativo e empresarial e

assessor jurídico da Unicred do Brasil

OpiniãoOpiniãoOpiniãoOpiniãoOpinião Paulo Roberto Cardoso Braga

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Anúncio:Ediouro

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Sala de Estar

Bem-vindo ao WebcoopA Organização das Co-

operativas do Estado deMinas Gerais (Ocemg) re-formulou recentemente seusite. Rebatizado comoWebcoopWebcoopWebcoopWebcoopWebcoop, o canal tornou-se um ótimo portal de notí-cias, não só da entidade mi-neira, como também das outras Oces.

O Webcoop prima pela facilidade de navegação e pela simplicidadee clareza, além de ter um visual mais leve do que o antigo site.

Outro importante ponto positivo é a atualização diária das notícias.O antecessor tinha as matérias atualizadas esporadicamente, sem com-promisso com o cooperado.

Além de notícias, o Webcoop traz ainda destaque dos próximos even-tos da entidade e enquetes de avaliação do novo site. Vale a pena conferir.

Navegar é precisoNavegar é precisoNavegar é precisoNavegar é precisoNavegar é precisoNa estanteNa estanteNa estanteNa estanteNa estante

“A Cidade morria devagar - O romance deuma cooperativa” conta a história da Coope-rativa de Crédito Agrícola de São Roque deMinas O autor, André Carvalho, escreveu olivro com o presidente e fundador da coopera-tiva, João Leite.

O livro narra a história de uma cidadeque passou de mais de 10 mil habitantes, em1950, a pouco mais de 6 mil habitantes, nadécada de 90, e conseguiu se recuperar gra-

ças à força do cooperativismo.Localizada na nascente do Rio São Francisco, a 320km de Belo Hori-

zonte (MG), São Roque conquistou um dos maiores crescimentos de PIB doBrasil após o surgimento da cooperativa. Um livro que reacende no leitor achama e a crença cooperativista e mostra porque o movimento é considera-do a melhor saída para o país.

AAAAA cidade morria devagar cidade morria devagar cidade morria devagar cidade morria devagar cidade morria devagar - André Carvalho e João LeiteEd. Armazém de Idéias - 304 páginas

Um exemplo a ser seguido

WWWWWebcoop (Ocemg) - http://wwwebcoop (Ocemg) - http://wwwebcoop (Ocemg) - http://wwwebcoop (Ocemg) - http://wwwebcoop (Ocemg) - http://www.ocemg.org.br.ocemg.org.br.ocemg.org.br.ocemg.org.br.ocemg.org.br

Entre umas e outrasEntre umas e outrasEntre umas e outrasEntre umas e outrasEntre umas e outras

Conheça o Conheça o Conheça o Conheça o Conheça o ABC do vinho:ABC do vinho:ABC do vinho:ABC do vinho:ABC do vinho:Acetificado - Acetificado - Acetificado - Acetificado - Acetificado - Vinho com sinais característicos de acetificação, re-

presentada por um teor alto de ácido acético.Ácido - Ácido - Ácido - Ácido - Ácido - vinho contendo elevada acidez, composta pelos ácidosorgânicos da uva.AdstringenteAdstringenteAdstringenteAdstringenteAdstringente - Vinho que proporciona uma sensação táctil dasmucosas da boca devido ao excesso de tanino.Adulterado -Adulterado -Adulterado -Adulterado -Adulterado - Vinho apresentando características de adultera-ção por adição de substâncias estranhas ou por tratamento ilícito.Agressivo - Agressivo - Agressivo - Agressivo - Agressivo - Vinho com característica gustativa excessivamentepronunciada.Alterado - Alterado - Alterado - Alterado - Alterado - Vinho que sofreu modificações (naturais e artificiais)que alteram suas qualidades, normais.

A Cooperativa Vinícola Aurora lança a linha Pequenas Partilhas,uma nova família de vinhos selecionados e elaborados dentrodos mais rigorosos critérios de excelência. São quatro varietaistintos da safra 2002, em lotes reduzidos: Tannat, Carmenére,Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, que traduzem o talentoespecial de alguns de seus 1.300 produtores para a produçãode cada uma dessas cepas.

A nova linha de vinhos é resultado do trabalho de seleção decachos ainda nos vinhedos dos produtores da Aurora decomprovada e experimentada excelência no cultivo de cada umadessas varietais. Os vinhos se encontram em processo deestabilização nas garrafas há mais de um ano. A linha PequenasPartilhas está à venda diretamente na Aurora ou em poucas lojasespecializadas. No Rio, os pedidos podem ser feitos na ExpandStore Centro (Tel.: 21-2532-7332).

Pequenas Partilhas, uma boa pedida da Aurora

Fonte:Fonte:Fonte:Fonte:Fonte: Vinícola Aurora (www.vinicolaaurora.com.br)