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Nº 1275 | maio ' 13 | Ano 30 | Mensal | Assinatura Nac. 40€ | Diretor: Jorge Sousa | Edição: Tâmegapress | Redação: Marco de Canaveses | t. 910 536 928 | Tiragem média: 20 a 30.000 ex. | OFERECEMOS LEITURA Prémio GAZETA MAIO ’ 13 repórter do marão + norte Lei eleitoral prejudica candidatos independentes Rebanho do Marão produz cabritos todo o ano Alberto Santos revoluciona sentido das peregrinações a Compostela

Revista Repórter do Marão

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Revista Mensal de Informação. Tiragem média de 20 a 30 mil exemplares. Distritos do Porto, Vila Real e Bragança e parte dos de Viseu, Aveiro e Braga. Regiões do Douro, Tâmega e Sousa, Trás-os-Montes

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Page 1: Revista Repórter do Marão

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Alberto Santos revoluciona sentidodas peregrinações a Compostela

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cultura

02 maio'13 | repórterdomarão

Page 3: Revista Repórter do Marão

Se vale a pena continuar a fazer as pere-grinações? Sim, claro, a peregrinação é um movimento que vai para além da questão de saber qual é a pessoa que pode estar, ou não, naquele lugar. A peregrinação é um movimento interior de uma própria pes-

soa”, defende o autor que um dia se deparou com a his-tória daquele que viria a ser a personagem principal da obra. Prisciliano, asceta, bispo de Ávila no século IV, líder incompreendido pela própria igreja e defensor da igualda-de de direitos entre homem e mulher, considerado herege, acusado de magia, condenado à morte e decapitado com alguns dos seus discípulos. “Um homem fascinante”, con-ta Alberto Santos.

A ideia para este terceiro livro nasceu de uma circuns-tância. Em conversa com amigos espanhóis ouve a histó-ria de Prisciliano e logo começa a demanda por mais in-formações. “A partir daí, comecei a ficar completamente fascinado por essa personagem que é o Prisciliano e tam-bém por uma outra personagem que descobri que viveu esse tempo e que foi a primeira mulher a fazer uma pere-grinação no sentido contrário, da Galécia até à terra san-ta”, lembra. A inquietação inicial nasceu “há seis ou sete anos” na mente do autor. Das investigações em livrarias, universidades e textos de fontes primárias nasceu o ro-mance ficcionado que ao longo de quase 500 páginas fala de descoberta, de religiões que se cruzam, de mistério e de como a peregrinação a Compostela é muito mais do que o destino que comporta.

A peregrinaçãoPara o autor, o “fim da peregrinação não deve ter que

ver com a pessoa que está nesse local mas sim com o mo-vimento”, vale pelo percurso não só físico, mas também o percurso interior. É também um “movimento de encon-tro” com o próprio que assim consegue, de alguma forma, refletir sobre si, sobre a vida, sobre os outros e se reencon-tra “com uma nova etapa da sua existência”.

Estima-se que a peregrinação a Santigo de Composte-la, com fins religiosos, tenha começado no século IX. Al-berto S. Santos conta, porém, que já os povos pré-cristãos se deslocavam à Finisterra, então o “último lugar do mun-do conhecido, onde o sol se punha para voltar a oriente”. Durante a extensa investigação que levou a cabo para es-crever o livro que agora lança, percebeu que Composte-la e Finisterra “sempre tiveram essa energia espiritual ao longo dos milénios e os movimentos de peregrinação para essa zona não começaram com a pretensa descober-ta do túmulo do [apóstolo] São Tiago”.

Ainda que o livro desvende o segredo por detrás da pe-regrinação, o escritor não quer com isso destruir o imagi-nário coletivo e pôr em causa o centro religioso composte-lano. Quer sim provocar, revolucionar e “ajudar a perceber que o movimento de peregrinação a Santiago vai para além daquilo que é o evidente e que vem nos roteiros turísticos”. Até porque, para Alberto S. Santos, quem faz os caminhos de Santiago não se limita a ir de encontro ao apóstolo mas caminha pelo apelo sentido por aquela “ter-ra mágica e sagrada”.

repórterdomarão | maio'13 03

Escritor desvenda

“O Segredo de Compostela”

Qual o sentido das atuais peregrinações a Santiago de Compostela? Foi com esta pergunta em mente que Alberto S. Santos começou a escrever a sua terceira obra que chegou este mês às livrarias. Depois dos sucessos de “A Escrava de Córdova” e de “A Profecia de Istambul”, que venderam 50 mil exemplares, chega a vez de o escritor, e autarca de Penafiel, desvendar “O Segredo de Compostela”. Reza a lenda, pelo menos uma delas, que os restos mortais do apóstolo Tiago foram sepultados na Galiza e descobertos oito séculos mais tarde a 30 quilómetros de Compostela, sendo essa crença que motiva milhares de peregrinações anuais. Mas, e se essa não for a verdade? E se o túmulo a partir do qual foi edificada a catedral, e toda a religiosidade local, for de outra pessoa? Alberto S. Santos responde…

Entrevista a

no lançamento do seu

terceiro livro de ficção

Liliana [email protected]

Page 4: Revista Repórter do Marão

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04 maio'13 | repórterdomarão

cultura

Nome completo:

Alberto Fernando da Silva Santos

Data de nascimento:

6 março 1967

Local de Nascimento:

Paço de Sousa, Penafiel

Habilitações literárias:

Licenciatura em Direito

Livro:

“O Segredo de Compostela”

Filme:

“Blue Velvet” de David Lynch

Música:

Antony and the Johnsons

Page 5: Revista Repórter do Marão

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repórterdomarão | maio'13 05

O peregrino

O escritor nunca fez os caminhos de Santiago. A peregrinação, interior, fá-la de cada vez que, de um desassossego, nasce uma ideia para uma es-tória da História que se impõe escrever. Depois de “A Escrava de Córdova” (2008) e de “A Pro-fecia de Istambul” (2010), Alberto S. Santos logo se propôs escrever outro livro, partindo das mui-tas reflexões que lhe fervilham na mente. “O Se-gredo de Compostela” foi um desses pensamen-tos que pedem para ser escritos, muito embora os dedos já divagassem por uma outra narrativa. “Cheguei ao momento em que concluí que o ti-nha de escrever agora. Senti que tinha que ser escrito agora. Ele estava a bulir dentro de mim, estava a pedir que fosse escrito”, recorda.

O processo de escrita vai-se desenvolvendo ao longo de vários dias, semanas, meses. Alber-to S. Santos, que acumula a vida de escritor com a azáfama da presidência da Câmara de Penafiel que irá deixar nas próximas eleições autárqui-cas, nem sequer escreve todos os dias. “Escrevo quando posso”, confessa o escritor que se procu-ra sempre concentrar nas atividades que vai de-senvolvendo e que quando trabalha “nas ques-tões públicas, na câmara, no desenvolvimento”

do concelho, é “nesse foco” que está, fechando toda as outras gavetas da mente. “Mas tenho momentos da minha vida em que tenho direi-to a estar com a minha pessoa e é nesses mo-mentos que procuro concentrar-me nessa gave-ta que aqui abro que é a da escrita”.

Novo livro na cabeça

O maior desafio que sentiu em “O Segredo de Compostela” foi o de transformar a vida “de um asceta”, como foi Prisciliano, “numa coisa en-tusiasmante”. Porque, e ao contrário dos livros anteriores, a sua personagem principal não era ficção. “É uma provocação também para quem tem de escrever, saber como há-de resolver esta questão”, assume.

E depois de Compostela? Ousamos perguntar. Alberto S. Santos admite que tem já vários temas e ideias para futuros livros. Aliás, a própria es-trutura já ganhou contornos na sua mente e, em confidência, deixa o mosteiro de Paço de Sousa, em Penafiel, como palco principal de uma obra fu-tura. A religião, enquanto tema, mantém-se em plano de fundo, ou não fosse o autor um “perma-nente peregrino” em busca dessa verdade inal-cançável de Deus.

Page 6: Revista Repórter do Marão

06 maio'13 | repórterdomarão

economia rural

A taxa de sucesso da sincronização de cio (ou cio induzido) de um rebanho de ca-bras no Marão, uma exploração de gado caprino em Murgido, Amarante, é supe-rior a cinquenta por cento, considerou ao RM o médico veterinário Domingos Amaro, responsável pelo planeamento reprodu-tivo do referido rebanho. A técnica repro-dutiva, que começou a ser usada há cerca de ano e meio, já conseguiu algum rendi-mento extra na exploração, com o aumen-to do número de cabritos para venda, mas com o seu aperfeiçoamento, a conjugação com a aplicação de implantes subcutâneos de melatonina e o aumento das fêmeas re-produtoras, o veterinário garante que em 2014 atingir-se-á o objetivo – conseguir três partos a cada dois anos, por fêmea, passando a exploração a dispor de cabri-tos para venda durante todo o ano.

Quando em setembro de 2012 o RM deu con-ta do tratamento hormonal que Domingos Ama-ro começava a ensaiar na exploração, a sincroni-zação de cio ainda estava em fase experimental. O trabalho decorreu com normalidade, os do-

nos da exploração estão satisfeitos mas o cami-nho não foi isento de percalços, como conta o ve-terinário.

"Os primeiros lotes de experimentação [do ano passado] ficaram aquém das expectativas. No de-correr do ano, foram melhorando, tanto que os últi-mos lotes que foram para vender na última Páscoa, o resultado foi bom. Houve um percalço no início do ano com o surto de uma doença que afetou bastan-te a nível da mortalidade dos cabritos, mas relativa-

mente à eficácia do tratamento hormonal para sin-cronização de cios fiquei satisfeito", referiu.

A taxa de nascimento de cabritos relativamen-te às sincronizações já passou dos 50 por cento? "Sim. Quanto a nascimentos seguramente bastan-te acima de 50%, mas depois há a questão da mor-talidade que ocorre e que tem a ver com outros fa-tores. É um método que tem interesse para quem queira rentabilizar uma exploração e que tenha animais suficientes. O objetivo aqui é ter três par-

a caminho dos três partos a cada dois anos

Taxa de sucesso da reprodução superior a 70 %.

Cabrasdo Marão

Page 7: Revista Repórter do Marão

repórterdomarão | maio'13 07

tos em cada dois anos em cada fêmea", enfatizou.Domingos Amaro contou que em março e

abril foram realizadas 120 sincronizações de cio, um lote de 40 cabras e 80 animais noutro. Estes tratamentos nesta altura do ano visam sobretu-do o mercado do Natal: "As cabras tem que ser co-bertas sete ou oito meses antes. São cinco meses de gestação, mais dois ou três de engorda de cabritos".

O médico veterinário adverte, contudo, que este método mais intensivo de reprodução de ca-

prinos não pode alhear-se da fisiologia do animal. "O objetivo dos tratamentos é simular os dias cur-tos. Só nos dias curtos é que as cabras conseguem entrar em cio".

"Numa fêmea conseguimos sincronizar o cio [si-mulá-lo nos períodos do ano em que ele não ocor-reria, sobretudo quando os dias são maiores que a noite, entre o solstício de Inverno e o de Verão] mas nunca nos podemos esquecer que temos o período de engorda dos cabritos e temos também o perío-

do do parto e pós-parto até a fêmea estar prepa-rada para ser coberta novamente. O objetivo é oti-mizar isso de forma a conseguirmos, então, os tais três partos em cada dois anos. Ainda não estamos lá mas para o ano atingiremos esse objetivo", escla-rece Domingos Amaro.

Fernando Esteves, proprietário deste gigan-tesco rebanho da serra do Marão – está quase nas sete centenas mas deverá atingir as 750 cabeças já no próximo ano, o limite do projeto de investi-mento – está "muito satisfeito com o planeamento reprodutivo". E reconhece que já consegue passar a mensagem de "que é possível ter cabritos para venda na época do Natal", apesar da "desconfian-ça" de alguns talhos", habituados a vender aque-les pequenos ruminantes apenas entre a Páscoa e o S. João.

Afirmou ao RM que não tem dificuldade em vender os cabritos e, às vezes, ainda tem de com-prar a terceiros para servir a clientela. Quanto ao sucesso da sincronização do cio, o negócio não podia correr melhor: das 120 sincronizações fei-tas no início da primavera, Esteves espera dispor de 80 a 90 cabritos para vender no Natal deste ano, ou seja, a taxa de sucesso esperada é de qua-se 75 por cento. Um negócio com altíssima rendi-bilidade e que desmente o aforismo popular que "do Marão nem palha nem grão"... J.S.

a caminho dos três partos a cada dois anos

Cabrasdo Marão

Entre 80 e 90 cabritos prontos a comer no Natal

Page 8: Revista Repórter do Marão

política | autarquias

08 maio'13 | repórterdomarão

Lei eleitoral prejudica

i n d e p e n d e n t es

Apesar das dificuldades ainda existentes na lei eleitoral, as candidaturas independentes às autarquias multiplicam-se. O distrito do Porto vai ter, pela primeira vez, um grupo de candidaturas de peso, protagonizadas por grupos de cidadãos desencantados com os partidos, que criam movimentos em torno de figuras públicas conhecidas. São candidatos que fogem aos círculos partidários. Porém, nalguns casos são oriundos dos mesmos espaços políticos. Há até casos de afrontamento, por não terem sido escolhidos, de militantes ou simpatizantes de partidos onde sempre militaram.Pedro Barros, antigo militante social-democrata, protagoniza uma candidatura independente em Amarante, Município onde o PSD também concorre com uma lista própria. Desde sempre pouco alinhado com a ortodoxia dos partidos, considera, contudo, que a nova lei é “pouco amigável” para os independentes. As condições não são idênticas para independentes e partidos políticos, como é o caso do reembolso do IVA pago na campanha, apenas reembolsável para os partidos formais.O conjunto de normas prévias é mais complexo para as candidaturas independentes que se apresentam este ano às autarquias. Exige-se, por exemplo, a apresentação de um número elevado de assinaturas a favor de cada lista, nomeadamente para o executivo, assembleia municipal e ainda por cada assembleia de freguesia a que se candidatem. A isto juntam-se as dificuldades em recolher apoios financeiros para as despesas da campanha eleitoral.

A vida difícil dos candidatos desalinhados dos partidos

Paulo Alexandre Teixeira *[email protected]

“A lei é de facto uma abertura aos indepen-dentes mas é uma meia-abertura, uma porta que ficou entreaberta e com bastante ferru-gem” explicou ao Repórter do Marão (RM) o gestor Pedro Barros, candidato independen-te à Câmara Municipal de Amarante. O ex-mi-litante do PSD não poupa críticas ao sistema político, aos partidos políticos e à lei eleitoral.

“Lógica partidária” contra revisão da lei

“A lei eleitoral é uma coisa que envergonha todos. Andamos há mais de vinte anos para rever a lei mas vemos sempre que o taticismo e as lógicas partidárias nunca permitem que seja revista”, avançou Pedro Barros.

Uma das diferenças mais notórias da nova lei prende-se com a obrigatoriedade de apre-sentar assinaturas de apoio às listas indepen-dentes numa quantidade elevada, que varia de concelho para concelho [No caso de Ama-rante, 2012 assinaturas para cada lista aos dois principais órgãos: Câmara Municipal e Assem-bleia Municipal]. O número é calculado a partir de uma fórmula em que o total de eleitores é dividido pelo triplo dos eleitos locais.

Para o movimento cívico “Renovar, por Amarante”, que apoia esta candidatura inde-pendente, a fórmula aponta ainda para perto de três mil adicionais caso apresentem candi-daturas a todas as freguesias do concelho de Amarante.

“Do ponto de vista administrativo é efetiva-mente uma carga pesada para quem avança com um projeto destes e não tem uma máqui-na, uma estrutura. Estamos a falar de situa-ções que são prova que as leis estão mal feitas e que quem as faz não tem o cuidado e a pre-

ocupação de as corrigir”, disse o candidato in-dependente de Amarante.

Partidos “fundamentais” na representação mas não exclusivos

Pedro Barros explicou ao RM que avança com uma candidatura independente pelo de-sejo de ver uma renovação dos agentes políti-cos e da forma de fazer política, para que “não continue tudo na mesma”. Acrescenta que tem conseguido reunir apoios de personalida-des da sociedade civil, do CDS ao Bloco de Es-querda. Acredita, também, que é possível "tra-zer para a política gente nova" e "pessoas que não estão enfeudadas aos partidos".

Em particular, olha para o que, na sua opi-nião, é a pouca representatividade dos cida-dãos na atual vida política, nomeadamente a nível local.

“Algo vai mal. Veja, por exemplo, o caso de Amarante: dados do anterior ciclo eleitoral apontam para a existência de cerca de 200 mi-litantes inscritos na concelhia do PS, um PSD com 200 militantes, hoje com cerca de 470, num universo eleitoral de 54 mil eleitores. Que representatividade é esta que lhes dá tão grande legitimidade?”, enfatiza o candidato, ao referir-se ao universo de cidadãos que es-colhe os candidatos dos partidos.

Sublinha, contudo, que a sua candidatura é contra a situação política local e não contra a existência de partidos. Defende que estes têm um papel fundamental mas “não exclusivo” de representação dos cidadãos no sistema polí-tico democrático que, na sua opinião, “apesar das suas imperfeições é o melhor dos sistemas”.

PORTO

RuiMoreira

VILA NOVA DE GAIA

JoséGuilherme

Aguiar

C A N D I D A T U R A S I N D E P E N D E N T E S A N U N C I A D A S N O D I S T R I T O D O P O R T O

MATOSINHOS

Guilherme Pinto

GONDOMAR

FernandoPaulo

AMARANTE

PedroBarros

MARCO DECANAVESES

Avelino FerreiraTorres

MARCO DECANAVESES

ArturMelo

e Castro

PORTO

OrlandoCruz

Page 9: Revista Repórter do Marão

repórterdomarão | maio'13 09

Risco para o “estatuto de cidadão”

Pesam ainda nas candidaturas independen-tes vários fatores de risco, um facto sublinhado por Manuel Fontoura, mandatário político de Barros. Durante a apresentação da candidatura ao município de Amarante, realizada no início de maio, aquele enalteceu a coragem do can-didato independente que, com este ato, “pode pôr em risco o seu atual estatuto como cida-dão”.

Pedro Barros afasta esta preocupação e ex-plicou ao RM que está habituado a lidar com os riscos, salientando que é um cidadão livre, que não depende da política.

“Do ponto de vista pessoal, seria muito mais cómodo tratar da minha vida, das minhas ati-vidades profissionais e extraprofissionais e aguardar por alguém que aparecesse com uma solução. Mas como cidadão livre e responsá-vel, não me posso acomodar com essa situa-ção. Portanto, não estou preocupado com os riscos. Faço isto porque nasci e vivo em Ama-rante e porque acredito que esta terra tem um potencial enorme que continua subaproveita-do”, concluiu.

Todos os dossiers serão considerados

Durante a apresentação pública da sua can-didatura, Pedro Barros salientou a abrangência política do movimento de cidadãos que apoia a sua candidatura e que abarca todo o espec-tro político. "São pessoas que, como eu, acham que é necessário encontrar uma alternativa para Amarante, com novos projetos, políticas e protagonistas", afirmou.

Sobre as linhas de atuação propostas pela sua candidatura, promete apostar nas indús-trias culturais e do turismo, anotando que fal-ta em Amarante uma agenda cultural que per-mita a atração de fluxos turísticos ao concelho.

Na área social, pretende dar novo dinamis-mo ao setor através da conjunção de recursos públicos e privados à volta de uma rede em que a Câmara Municipal funcione como o “dí-namo” de um processo que permita aos cida-dãos “viver dentro de padrões que respeitem a dignidade humana”.

O candidato disse ainda que "nenhum dos-sier, quer esteja aberto ou fechado, será ignora-do". Destacou que com a sua candidatura pre-tende que Amarante tenha um presidente de Câmara “com peso político e capacidade de diá-logo com todas as estruturas do poder”. * Com J.S.

Lei eleitoral prejudica

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Page 10: Revista Repórter do Marão

política | autarquias

"Não fecho a porta a essa possibilida-de. Enquanto que para 2013 fechei sem-pre a porta, para 2017 não fecho a porta. O futuro a Deus pertence e nunca se sabe se nessa altura, estando já livre desta res-ponsabilidade profissional que tenho, que não possa pensar em ter uma atividade li-gada ao meu concelho, uma atividade de missão que é aquilo que entendo como autarca. Contudo, neste momento estou a dar prioridade à minha carreira profissio-nal. Tenho 55 anos, estou a caminhar para o fim no aspeto laboral, portanto não pos-so cometer o mesmo erro que cometi há uns anos quando, em 2001, decidi seguir a vida autárquica abandonando a minha vida profissional", afirma o antigo verea-dor marcuense.

Norberto Soares reconhece que em 2005 esteve à beira de uma vitória, mas um conjunto de acontecimentos e notícias – a que chama "maldades" – relegaram-no para o segundo lugar. "Em 2005, a um mês das eleições, a probabilidade de vitória era muito grande, porque as sondagens davam isso exatamente, embora tenha de reco-nhecer mérito de quem ganhou as eleições, o dr. Manuel Moreira", realçou.

Norberto explica: "Houve um conjunto de coincidências que me roubaram a vitó-ria, é verdade. Algumas maldades que en-tretanto me foram feitas que ainda hoje eu não consigo explicar o porquê. Foram umas três ou quatro maldades que eu de facto pa-guei. No decorrer destes anos julgo que as pessoas terão a certeza absoluta de que eu fui usado nessas maldades mas que não participei nelas. O povo sabe disso".

Ficou desapontado durante o seu per-curso político?, perguntamos. "Não fiquei desencantado. Só arranjei amigos e é ver-dade que arranjei algumas consumições,

como é do conhecimento público, algumas situações foram mesmo muito ingratas. Mas o maior património que obtive na mi-nha vida autárquica – 20 anos, entre a jun-ta de freguesia de Soalhães e a Câmara –, foi um património enorme de pessoas amigas".

Tomando o seu caso pessoal, qual a maior dificuldade de um candidato inde-pendente, ou seja, o que é mais difícil: con-seguir votos ou dinheiro para a campanha? "Relativamente aos votos, a maior dificul-dade é galvanizar o eleitorado para uma candidatura independente, que não é um partido. Em qualquer sociedade, mesmo admitindo que as pessoas estejam afas-tadas da política com facilidade nós tere-mos metade da população afeta a qual-quer partido e que de uma maneira mais ou menos apaixonada está com esse par-tido. Portanto, veja logo o que sobra, sobra metade... Mas também é muito difícil obter apoios financeiros para a candidatura. En-quanto que a máquina partidária tem um conjunto de pessoas que apoia, um inde-pendente começa tudo do zero. E se a pes-soa não é conhecida ou figura forte no con-celho quem é que lhe vai dar credibilidade e apoio financeiro? Limita-se a um ou dois amigos, um ou outro familiar, não pas-sa disso", considera Norberto Soares, para quem o custo mínimo de uma campanha feita por um independente é de 75 mil eu-ros. Ele gastou 60 mil em 2005, fez uma ges-tão criteriosa e saldou todas as dívidas.

Norberto Soares concorda com a limi-tação de mandatos – até admite dois man-datos de cinco anos, no máximo – e lem-bra "que uma campanha eleitoral é uma maratona autêntica. Não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona terrível em que tudo se ganha e tudo se perde durante aqueles dias de campanha". J.S.

Norberto Soares foi candidato independente em 2009

... e regressar à vida política é uma hipótese em 2017"

Não fiquei

desapontadoFez duas tentativas como candidato independente e regressou à vida profissional, ligada à indústria farmacêutica. Norberto Soares foi vereador no Marco de Canaveses durante quatro anos, depois de 12 anos na junta de freguesia da sua terra natal, So-

alhães. Em 2005, protagonizou uma candidatura numa lista do CDS/PP (que elegeu dois vereadores) mas perdeu para Ma-nuel Moreira, atual presidente da câmara. Quatro anos mais tarde, criou um movimento para apresentar a sua candida-

tura mas não chegou sequer a ser eleito vereador (recolheu apenas 3.458 votos em 2009, perdendo o mandato para o PS, que obteve 4.279). Prometeu à família que abandonava a política temporariamente mas não enjeita um regres-

so dentro de quatro anos (ou em 2021) se reunir apoios políticos suficientes para uma candidatura vencedora.

10 maio'13 | repórterdomarão

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repórterdomarão | maio'13 11

Page 12: Revista Repórter do Marão

22 outubro'12 | repórterdomarão

agenda | crónica

22 outubro'12 | repórterdomarãoCENTROS DE PROmOçãO PRODUTOS LOCAIS: MARCO DE CANAVESES: DOLMEN - Alameda Dr. Miranda da Rocha, 266 | T. 255 521 004 BAIÃO: DOLMEN - Rua de Camões, 296 | T. 255 542 154

A Câmara Municipal do Marco de Canaveses, a Dolmen, a Associação das Co-lectividades e a Confraria do Anho Assado com Arroz de Forno organizam mais uma edição da Feira das Colectividades e Festival do Anho Assado, que terá lugar no último fim de semana de maio, entre os dias 24 e 26. Uma excelente oportu-nidade "para apreciar as especialidades gastronómicas, vínicas e os saberes das gentes de Canaveses", realça a organização. O evento terá lugar junto ao Parque Radical da cidade.

A apreciada gastronomia será acompanhada pelos premiados Vinhos Verdes da Rota dos Vinhos do Marco de Canaveses.

Estarão ainda presentes meia centena de expositores, em representação de várias associações e colectividades.

O Festival do Anho Assado integra quatro restaurantes, que serão responsá-veis pela confeção desta iguaria gastronómica marcuense.

Ao longo dos três dias do evento serão apresentadas actuações de Ranchos Folclóricos, Grupos de Cavaquinhos, Grupos de Bombos e Bandas.

RELATÓRIO DO 3.º CONCURSOMEDIDA 3.2 Melhoria de Qualidade de Vida

AÇÃO 3.2.1 - Conservação e Valorização do Património Rural

No âmbito do 3.º concurso da ação 3.2.1 – conservação e valorização do património rural, que decorreu entre 15 de Outubro e 30 de Novembro de

2012, deram entrada 19 candidaturas prevendo um investimento total de 1.859.346,40€ e um apoio 1.115.607,84€.

Tabela com Hierarquização dos Pedidos de Apoio

Nº Nome do Beneficiário Nome do Projeto Investimento Total Despesa Elegível Apoio VGO

194BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE SANTA MARINHA

DO ZÊZERE

NÚCLEO DE PROTEÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL-SANTA

MARINHA DO ZÊZERE151.858,06 151.858,06 91.114,83 14,45

183 ASSOCIAÇÃO DE BENEFICÊNCIA DE VILA MEÃ REABILITAÇÃO DO CENTRO CÍVICO RAIMUNDO MAGALHÃES 198.608,50 198.608,50 119.165,10 14,38

178 MUNICÍPIO DE RESENDE VALORIZAÇÃO DA RIBEIRA DE CESTA - CALDAS DE AREGOS 190.028,75 190.028,75 114.017,25 14,20

193 MUNÍCIPIO DE BAIÃO ACONCHEGO & MEMÓRIAS - PORTO MANSO 177.489,24 158.839,36 95.303,62 13,58

196 MUNICÍPIO DO MARCO DE CANAVESES PARQUE DE LAZER DE ALPENDORADA E MATOS 183.975,70 183.975,70 110.385,42 13,55

181 FREGUESIA DE SOBRETÂMEGA CAMINHOS DE CANAVESES 16.502,00 16.327,10 9.796,26 13,43

182 CONCEPTREND, S.A. RIO OVIL - SUAS LEVADAS E MOINHOS 67.671,69 57.421,69 34.453,01 13,38

195 MUNICÍPIO DO MARCO DE CANAVESES PARQUE DE LAZER DA CIDADE DO MARCO DE CANAVESES 110.665,05 104.998,52 62.993,11 12,93

191 FREGUESIA DE SOALHÃES ELEMENTOS PATRIMONIAIS DE SOALHÃES 26.210,00 26.210,00 15.726,00 12,63

186 J. F. VILA CHÃ DO MARÃO PARQUE DE LAZER INTERGERACIONAL DAS FRALDAS DO MARÃO 97.458,82 65.974,58 39.584,75 12,30

188 MUNICÍPIO DE CINFÃES PARQUE DE LAZER DA PONTE DA RIBEIRA DE PIÃES 40.712,82 37.276,83 22.366,10 12,28

190JUNTA DE FREGUESIA DE S. CRISTOVÃO DE

NOGUEIRAPARQUE DE LAZER DO RIBEIRO DE SAMPAIO 11.451,56 8.440,84 5.064,50 11,28

179 JUNTA DE FREGUESIA DE ANSIÃES PRESERVAÇÃO CULTURAL 42.117,46 27.721,00 16.632,60 10,20

Festival do Anho Assadono Marco de Canaveses

Page 13: Revista Repórter do Marão

repórterdomarão | outubro'12 23

agenda | crónica

repórterdomarão | outubro'12 23

agenda | crónica

CENTROS DE PROmOçãO PRODUTOS LOCAIS: MARCO DE CANAVESES: DOLMEN - Alameda Dr. Miranda da Rocha, 266 | T. 255 521 004 BAIÃO: DOLMEN - Rua de Camões, 296 | T. 255 542 154

Produção editorial da responsabilidade da DOLMEN

A antiga escola primária de Mafómedes, aldeia encravada numa das encos-tas da serra do Marão, no território de Baião, vai dar lugar à "Casa da Comunidade de Mafómedes e Apoio à Observação da Natureza" sendo um espaço de encon-tro para revitalização da memória coletiva e tradições rurais daquela aldeia típica servindo igualmente de ponto de apoio aos visitantes que ali se deslocam para observar e interpretar a natureza e a aldeia, podendo pontualmente pernoitar.

Além de Mafóme des, estão previstas utilizações análogas nas antigas escolas de Pala, junto à albufeira do Douro e em Almofrela, aldeia da serra da Aboborei ra. “Pretendemos potenciar o valor turístico que o rio Douro e as Serras da Aboborei-ra e do Marão possuem e dessa forma rentabilizar este pa trimónio municipal, co-locando-o ao serviço da estratégia de desenvolvi mento turístico que temos para o concelho de Baião”, considera o autarca de Baião, José Luís Carneiro. A futu-ra Casa da Comunidade e de Apoio à Observação da Natureza de Mafómedes, que deverá entrar em funciona mento em junho, teve um investimento de cer-ca de 160 mil euros e con tou com 60% de comparticipação de fundos comuni-tários (PRODER).

Casa da Comunidade de Mafómedes e Apoio à Observação da Natureza

Douro Verde no Festival da Máscara Ibérica Mercado Medieval de S. Nicolau 2013

Percurso Pedestre “Caminhos de Canaveses”

Participação da Dolmen em Lisboa em parceria com a Rota do Românico

Page 14: Revista Repórter do Marão

regiões

Uma das obras emblemáticas do arquiteto Álvaro Siza, mais conhecido por Siza Vieira, a igreja de Santa Maria, no Marco de Canaveses, foi finalmente classificada, uma decisão que se arrastava desde 2004. O Governo atribuiu ao imóvel o estatuto de “Monumento de Interes-se Público”. A decisão, já publicada oficialmente, seguiu uma indicação do Instituto de Ges-tão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR), organismo tutelado pela Secreta-ria de Estado da Cultura.

No templo, aberto ao culto em 1996, destacam-se os “elementos de natureza panorâmi-ca”, as “linhas sóbrias” e a "verticalidade da fachada”, segundo a classificação agora atribu-ída. A igreja de Santa Maria e o complexo paroquial, inaugurados em 2006, constituem, segun-do o Governo, um “projeto marcante no percurso de um autor de exceção e como obra de caráter emblemático no quadro geral da arquitetura portuguesa do século 20, no âmbi-to particular da arquitetura sacra contemporânea”.

“É sobretudo no interior que se revela o encontro entre a depuração formal de Siza Vieira e as reflexões sobre o espaço e a moderna liturgia da Igreja, evidenciando por um lado a comunhão entre o celebrante e a assembleia, e assumindo por outro a ambigui-dade do ser humano, patente em contrastes formais plenos de dramatismo”, lê-se na portaria da classificação.

Resende promovea cereja

14 maio'13 | repórterdomarão

A Câmara de Resende volta a promover um dos seus ícones – a cere-ja. A 12.ª edição do Festival da Cereja realiza-se a 8 e 9 de junho, estando prevista a presença de mais de uma centena de produtores.

Resende, na margem sul do Douro, compete com mais duas regiões produtoras de cereja – a Cova da Beira, com destaque para o Fundão, e Alfândega da Fé, no interior da região transmontana.

O festival de Resende é organizado desde 2002 e este concelho do Douro Sul vem afirmando-se como um dos três centros produtores do país. A produção de cereja tem um peso significativo na economia local, mobilizando centenas de produtores. Têm sido ensaiadas algumas ini-ciativas de exportação deste produto, mas a sua curta durabilidade (em fresco) tem sido um entrave, sendo consensual que o seu potencial está sobretudo na transformação – compotas, licores, etc.

O programa do festival inclui atuações de grupos de música tradicio-nal e animação de rua. Em simultâneo, decorrerá uma mostra e venda de produtos de artesanato relacionados com a cereja, como compotas, lico-res, peças de cerâmica e de linho tradicional.

Igreja de Siza Vieira classificada

Page 15: Revista Repórter do Marão

repórterdomarão | maio'13 15

Prémio Douro Empreendedordouro

Os vencedores do prémio Douro Empreendedor vão ser divulgados no dia 31 de maio, numa cerimónia pre-sidida pelo primeiro-ministro no Teatro de Vila Real. A gala inclui um debate sobre o “Douro: Uma Boa Re-gião para Investir”, com a presença de Daniel Bessa (COTEC), Bianchi de Aguiar (Candidatura Douro Patri-mónio Mundial), Sérgio Figueiredo (EDP) e Jorge Dias (GranCruz), sob a moderação de Paulo Baldaia da TSF, uma vez que tem transmissão inserida nas comemora-ções dos 25 anos desta estação de rádio.

O prémio Douro Empreendedor registou 69 candi-daturas, o que superou as expectativas dos promoto-res do projeto, a rede EmpreenDouro, uma entidade que envolve 26 instituições públicas e privadas, ten-do o envolvimento direto neste projeto por parte da CCDR-Norte, UTAD, IPB, NERBA e NERVIR. As empresas em concurso gerem uma carteira de negócios de cer-ca de 55 milhões de euros, em áreas diversificadas, que comprova que o Douro possui recursos que podem po-tenciar novas oportunidades de negócio. Os finalistas do prémio são os seguintes por categoria: i) “Empresas que fazem o Douro”, destinado a empresas com mais de dois anos e que representam o melhor da região em “inovação” e “internacionalização”: Douro Boys, Duorum Vinhos, Geodouro, Restaurante DOC, SOLICEL e Quin-ta da Avessada; ii) “Douro uma boa região para inves-tir” que distingue investimentos no Douro, por pessoas de outras regiões: Bairro do Casal, João Brito & Cunha - Quinta de S. José, Néctar de Sabedoria - Quinta de Foz Torto, Quinta do Pessegueiro, Traga-Mundos e William

Smith & Lima - Quinta de Covela; iii) “Novas empresas” premeia projetos empresariais em criação ou empresas constituídas com menos de dois anos de existência e distingue a melhor “ideia de negócio” e “empresa ino-vadora”: Cachicos, Douro Skincare, Douro Natur Equus Resort, Low Cost Douro Tours, Lusa Saudade e TeaPort.

O “Prémio Douro Empreendedor” visa mostrar que o Douro é uma boa região para investir e pretende pre-miar projetos inovadores de cariz empresarial que va-

lorizem os produtos endógenos, contribuam para a competitividade da região e promovam o seu desen-volvimento integrado e sustentável. Desta forma, a rede EmpreenDouro pretende motivar ainda mais o desenvolvimento de projetos inovadores de elevado potencial nacional e internacional, com especial inte-

resse para a região do Douro. A rede EmpreenDouro está assim apostada em dar um forte impulso na cria-ção de novas empresas e investimentos na região du-riense. Ficou demonstrado com a diversidade de áreas de negócio que pretendem emergir na região que exis-tem oportunidades merecedores de ser apoiadas e va-lorizadas. O concurso tem o apoio da EDP, sendo que o vencedor de cada categoria receberá um prémio de 5 mil euros. O Júri de premiação escolheu ainda uma personalidade emblemática do Douro, que não foi su-jeita a concurso.

A rede EmpreenDouro pretende potenciar sinergias que conduzam a uma colaboração mais próxima e ati-va entre os atores que prestam serviços na área do em-preendedorismo e os próprios empreendedores, otimi-zando recursos e tornando os serviços mais acessíveis e adaptados às necessidades do investidor. Qualquer empreendedor com uma ideia de negócio pode recor-rer a uma das entidades de “front office”, casos das au-tarquias, associações de desenvolvimento, comerciais e empresariais, bem como centros de emprego que ga-rantem o encaminhamento do processo dentro da rede. A UTAD continua a assegurar a articulação da rede, bem como o apoio na maturação da ideia, elaboração do pla-no de negócio e análise de risco. Este apoio passa tam-bém pela formação na área do empreendedorismo e gestão empresarial, pela constituição formal da empre-sa, pelo “coaching” (treino) ao empresário nos primeiros anos de atividade, pelo apoio na cooperação empresa-rial e internacionalização, bem como pela formação e implementação de sistemas de apoio à gestão.

António FontaínhasRede EmpreenDouro

Page 16: Revista Repórter do Marão

regiões

16 maio'13 | repórterdomarão

A melhor classificação de sempre do Fu-tebol Clube de Paços de Ferreira (FCPF), que conquistou o terceiro lugar da Liga Portugue-sa de Futebol e o direito a disputar o apura-mento (play-off) para a "Champions", a princi-pal competição do futebol europeu, valeram a distinção da autarquia pacense, que atri-buiu ao clube a Medalha de Honra. Plantel e direção foram recebidos no Salão Nobre da Câmara Municipal, tendo sido entregues di-plomas de Cidadão de Reconhecido Mérito à Direção, Jogadores e Colaboradores. A Meda-lha de Honra do Município ao FCPF será entre-gue em data a definir. O autarca Pedro Pinto considerou que “ao patamar maior do futebol europeu não chega apenas o FCPF, mas tam-bém o nome do Concelho”.

Medalha de Honra para o PaçosDesfile histórico vai assinalar500 anos do Foral de Baião

Cerca de dois mil figurantes vão representar, em Baião, a 1 e 2 de junho, cenas de três diferentes perío-dos históricos. Segundo a organização, esta vila do inte-rior do Distrito do Porto regressa, por dois dias, à antiga Roma e ao período medieval. O cortejo que assinalará os 500 anos do foral da vila de Baião, também evocará a atu-alidade.

A 1 de junho, a partir das 14h30, têm lugar os desfi-les históricos. Às 18h00 ocorre a abertura dos mercados temáticos com bancas de artesanato e dos mais variados produtos que recriam diferentes períodos históricos. À noite, o programa prevê a representação cénica da entre-ga do foral de D. Manuel I ao concelho de Baião.

A organização sublinha que a preparação dos figu-rantes participantes no evento começou em setembro de 2012 e envolve dezenas de voluntários ligados a esco-las, associações cívicas e culturais e a juntas de freguesia. Muitos voluntários, incluindo costureiras e alfaiates, es-tão empenhados na preparação dos trajes históricos que vão recriar três épocas distintas: a romana, a medieval e a atualidade. A organização do evento quer proceder ao desfile com grande rigor científico, respei-tando as indicações de especialistas na história do concelho.

Para o presidente da autarquia, José Luís Carneiro, serão consolidadas informações que servirão para que a população do concelho «interprete melhor» o passado da terra onde nasceram ou onde residem, «valorizando a identidade histórica, social e cultural de Baião».

«Queremos que este evento deixe sementes para o futuro», enfatiza o autarca de Baião.A iniciativa tem o apoio do Turismo do Porto e Norte de Portugal, da Dolmen, do Museu Muni-

cipal Etnográfico e Histórico da Póvoa do Varzim e do grupo Filandorra - Teatro do Nordeste, que re-presentará alguns quadros históricos.

Cerca de 300 jovens de Penafiel poderão ingressar no mercado de trabalho no âmbito de uma iniciativa da câmara local e do pro-grama “Impulso Jovem”. A autarquia ajuda as empresas locais ao assumir a comparticipa-ção de 20% nas remunerações dos jovens.

As empresas poderão admitir os jovens para estágios de um ano, não tendo, em de-terminados casos, de suportar quaisquer en-cargos, uma vez que 80% da remuneração será apoiada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Emprego jovem em Penafiel

Page 17: Revista Repórter do Marão

Descubra o mundo com ...

Eliana Dias *

crónica

repórterdomarão | maio'13 17

RESPINGOS – III1. Como reformado da função pública, confesso que ainda não sei

o que vai acontecer à minha pensão. Sucedem-se os anúncios primo--ministeriais, os desmentidos ministeriais, as recomendações das res-peitáveis (?) instituições internacionais e os palpites dos não menos respeitáveis comentadores nacionais, num charivari em que ninguém se entende — e começa a cheirar mal. Por isso desisti de saber. E digo como dizia minha Mãe, quando se perfilava uma qualquer ameaça no horizonte da família: Seja o que Deus quiser!

Mas tomei boa nota do que Paulo Portas disse em 16 de Maio, no al-moço da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, sobre o assunto. Tomei nota nomeadamente das seguintes palavras, que deixo aqui fiel-mente transcritas: «Tenho uma palavra, e não duas ao mesmo tempo.»

Ter duas palavras ao mesmo tempo seria na verdade um extraordiná-rio caso de malabarismo glótico, que ninguém pode exigir de ninguém. E por isso acredito piamente em Paulo Portas: ele não tem de facto duas palavras ao mesmo tempo; mas com uma semanita de intervalo já não digo nada…

2. O Leitor deve estar lembrado de uma cantiga dos tempos áureos do gonçalvismo, que tinha por refrão: «Força, força, companheiro Vasco, / Nós seremos a muralha de aço!»

Pois os nossos banqueiros parecem que deram ultimamente em se constituir a muralha de aço de Pedro Passos Coelho. Vejamos:

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, alertava há dias para os perigos (cito de cor) do vício do emprego estável — como se fosse crime alguém aspirar à estabilidade no emprego. Nuno Amado, do BCP, disse mais ou menos pela mesma altura que seria bom reduzir os sa-lários. (Vá lá que acrescentou: temporariamente.) Fernando Ulrich, do BPI, o mais inefável de todos, depois da cena do ‘ai aguenta, aguenta’, da defesa de cortes cegos na despesa do Estado (únicos, a seu ver, que garantem resultados) e da cínica rábula dos sem-abrigo, achava natural, também por essa ocasião, a aplicação de taxas sobre os depósitos de cer-to montante. (Deve ter sido a primeira vez, em qualquer parte do mundo, que um banqueiro, cujo modo de vida é também captar poupanças, dá esse tranquilizador tipo de garantias.)

Uma autêntica muralha de aço a dar cobertura aos notáveis esforços do governo para nos arruinar a todos como pessoas e a Portugal como nação. Força, força, companheiro Pedro…

3. Umas atrás das outras, vão-nos chegando todos os dias notícias de mais qualquer coisa que encerra em alguma parte do país. Centros de saúde, tribunais, estações do correio, transportes, o diabo a quatro. A lógica economicista, que é um dos dogmas fundamentais do neo-li-beralismo, vai afanosamente privando as gentes do interior, sobretudo essas, de serviços que lhes são essenciais, e dessa forma promovendo o desamparo e a desertificação. Tudo aquilo de que a vara do capital não consiga extrair dinheiro como a vara de Moisés extraiu água do penedo — é para deixar cair.

E eu não posso deixar de, melancolicamente, antecipar que não virá longe o dia em que, provando-se que a distribuição de energia eléctrica ou de água não dão lucro, ou pelo menos o lucro esperado pelo mesmo capital, nos pequenos povoados da serra, as mesmas sejam definitiva-mente cortadas.

Que rosto tão feio tem este capital selvagem!

[email protected]

EGITOLocalizado no nordeste de África, o Egito é um grande deserto cortado

pelo Rio Nilo, cujas águas estão ligadas à rotina da população sendo este um país com costumes ocidentalizados, pois as mulheres trabalham fora

e a maior parte não usa véu para cobrir o rosto. Apesar disto, a capital, Cai-ro, é uma cidade com mil anos de cultura árabe, algo notório até porque o povo orgulha-se da sua lendária tradição, preservando os seus costumes.

A República Árabe do Egito, território em forma retangular, com uma área de 1.002.000km2, e dos quais apenas, 35.500km2 são ha-bitáveis, possui 70 milhões de habitan-tes, sendo que 84% são islâmicos.

O território egíp-cio possui caracte-rísticas de clima de-sértico, com chuvas escassas e consideráveis diferenças de temperatura entre o dia e a noite. No Egito chove, em média, três dias por ano, o calor é intenso e quase toda a área disponível está coberta de areia.

O Egito, onde predomina o Árabe ou Francês, é o único país que man-tém o patrimó-nio intocável, ain-da existente, sendo que o fuso horário é de mais uma hora. A moeda é a libra Egípcia.

As pirâmides de Miquerinos, de Quéops e de Qué-fren, atrações turísti-cas, eram sepulturas

reais, erigidas depois de 2780 a.C., no antigo império egípcio. A pirâmide de Quéops, a maior, possui 138 metros de altura e mais de 6 milhões de tonela-das de pedra tendo sido considerada, pelos gregos antigos, como uma das sete maravilhas do mundo, e a única que sobreviveu aos nossos dias.

Situado na margem ocidental do Nilo, o Templo de Luxor foi construí-do em grande parte por Amenhotep III e é uma das mais importantes lem-branças do esplendor do antigo Egito.

A Mesquita Mohammed Ali, na cidade do Cairo, localizada num ponto de destaque dentro do complexo da antiga Cidadela de Saladino, foi con-cluída em 1848, em honra ao filho primogénito. É uma das maiores mes-quitas já construídas, com mais de 80 metros de altura.

* Aluna do 2º ano do curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marco de Canaveses

A.M.PIRES CABRAL

Nota: Este texto foi escrito com deliberada inobservância do Acordo (?) Ortográfico.

Pirâmides de Miquerinos, Quéops e Quéfren

Templo de Luxor

Mesquita de Mohammed Ali

Page 18: Revista Repórter do Marão

14 fevereiro'13 | repórterdomarão

poder local

EPAmAC

Porque escolheu a EPAMAC para concluir o Secundário?Confesso que andava um bocado indecisa do que fazer à minha vida, até me

inscrevi ao mesmo tempo na Escola Secundária de Alpendurada e em Rosém. An-dei uns tempos que não sabia o que é que queria realmente, só que depois fui-me afeiçoando às pessoas desta Escola. Na EPAMAC tem um pouco daquele espírito familiar e entre-ajuda entre os alunos, os professores tentam sempre nos ajudar, tentam perceber quais as nossas dificuldades e onde devemos melhorar. Desper-tou-me interesse o curso de Técnico de Turismo Ambiental e Rural.

Que percurso fez a seguir à EPAMAC?Estou a tirar uma licenciatura em Turismo no Porto. Mas tinha pensado ante-

riormente ir para Lamego com uns colegas, também um pouco para não vir sozi-nha para aqui que foi o que acabou por acontecer e custa um bocadinho a adapta-ção. Estou no 2º ano do curso. Está a correr mais ou menos, confesso, mas acredito que com as bases que ganhei na EPAMAC e o que estou a aprender aqui consegui-rei lançar-me no mundo do trabalho.

Que formação a Escola passa para os alunos?Na minha opinião é boa mas no meu caso senti algumas dificuldades quan-

do vim para a Faculdade, é verdade. A EPAMAC é exigente e deu boas bases para seguir o curso onde estou agora mas tive dificuldades porque não estava habitu-ada a certos trabalhos, com aquele rigor. Mas a Epamac foi muito boa para mim.

O que gostaria de fazer após a licenciatura?Bem, ainda não tenho uma ideia concreta do que eu quero fazer mas sei que

este curso me traz bastantes perspetivas. Se não encontrar trabalho em Portu-gal, não tenho barreiras e posso ir para fora, que no meu ver arranjo mais depres-sa trabalho nessa área.

Já estagiei, antes de vir para a Universidade, durante a época da Escola Pro-fissional, numa quinta pedagógica no Marco. O meu trabalho lá foi basicamen-te no computador porque a quinta não estava totalmente aberta. Mas gostava de trabalhar numa empresa como a Douro-Azul. Acho uma empresa interessan-te. Ou até abrir um negócio como uma Pousada ou uma Quinta de Turismo Ru-ral, mas ainda não sei.

Que recordações guarda da sua passagem pela Escola?Muito boas e tenho bastantes saudades. Não me arrependo porque o que vivi

lá na Escola marcou-me bastante, fiz bons amigos, tive bons professores. Acho que tudo na EPAMAC é bom e o espírito que lá existe é essencial para nos aju-dar no futuro.

António Pessoa trabalha numa quinta e Inês moreira prossegue os estudos

Os dois antigos alunos da Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Marco de Canaveses entrevistados nesta edição já terminaram os seus cursos: seguiram cami-nhos diferentes – um já trabalha, o outro está a fazer uma licenciatura – mas o que os une será sempre os bons momentos e aprendizagens que obtiveram enquanto estudantes da EPAMAC.

Inês Moreira tem 20 anos e é natural de Magrelos, Marco de Canaveses. Depois de cumprir o 9º ano na escola EB 2,3 de Sande, escolheu o curso Técnico de Turismo Ambiental e Rural. Está no 2º ano numa Licenciatura em Turismo no Porto.

O percurso de António Pessoa, 23 anos, de Várzea do Douro, é bem diferente. Após andar na Escola Básica de Alpendurada até ao 9º ano e ir para o curso de Técnico de Produção Agrá-ria na EPAMAC, onde completou o 12º ano, decidiu entrar no mundo laboral. Trabalha na Casa Agrícola de Ambrães, no Marco de Canaveses.

Como ingressou na EPAMAC?No fim do 9º ano não queria muito seguir os estudos mas aí tive conhecimento da EPAMAC e como sempre gostei desde pequeno da agricultura, dos animais e da natureza decidi ir para lá. Estudei no curso Técnico de Produção Agrária durante três anos.Como surgiu a oportunidade de entrar no mundo do trabalho?Durante o curso eu estagiei em várias quintas. Por onde passei gostaram do meu trabalho e na altura recebi várias propostas. Neste momento estou a trabalhar na Casa Agrícola de Ambrães onde também estagiei e posso dizer que fiquei marcado. Acabei o curso em julho e em novembro decidi aceitar vir para aqui. Estou cá há dois anos e meio. Seguir os estudos nunca foi o meu desejo.Que funções exerce nesta quinta?Basicamente dedico dois dias por semana à adega, faço preparação de vinhos, engarrafamento, rotulagens, todo o processo da adega. Estou responsável por isso. E tenho a parte exterior, temos todos os tipos de fruteiras, de jardins. Faço de tudo um pouco na parte exterior, na parte da quinta.

E sempre que for necessário dou orientação a outras pessoas. Onde se imagina daqui a uns anos?Gosto muito de trabalhar aqui mas não me imagino muito tempo no mesmo local. Sempre tive um pensamento comigo: nunca hei-de trabalhar mais do que 5 anos na mesma empresa. Duas razões: a vida começa a ficar muito monótona e também por questão de ganhar currículo que acho muito importante. Mas, apesar da situação do país, penso continuar em Portugal. Na parte agrícola ainda há bastante trabalho.Que formação acha que a Escola passa para os alunos?A escola tem duas partes fundamentais: tem a parte teórica, onde se aprende todos os nomes das plantas, tudo que está ligado à natureza e tem a parte fundamental que é a prática, pois uma pessoa pode saber muito bem a teoria mas se não tiver o conceito prático depois é mais difícil conseguir praticar o que aprendeu.Tem boas recordações da sua passagem pela EPAMAC?Foi uma escola que me marcou bastante. Foi lá que eu aprendi mais de metade do que eu sei hoje. Foi tudo bom: os estágios que fiz, as visitas de estudos, os colegas, os professores, gostei um pouco de tudo. Repetiria a experiência.

INÊS MOREIRA

ANTÓNIO PESSOA

Page 19: Revista Repórter do Marão

repórterdomarão | fevereiro'13 15

Produção editorial da responsabilidade da EPAMAC

Page 20: Revista Repórter do Marão

Armando MiroJornalista

opinião

Queria deixar em paz os políticos (não a Política em que acredi-to), não por eles precisarem dela, já que o que fazem e dizem em contrário evidencia a ausência de pudor, auto-avaliação e consci-ência, mas para o meu próprio sossego. E não admira que não os entenda, pois nem eles próprios se conseguem entender. Claro que eles sabem o que querem, mas continuam a ter muita dificul-dade em saber fazer passar o como fazê-lo.

Porém, escasseando o tempo e aumentando as coisas e as dificuldades, não dá para tirar a bissectriz que me ajuda a escru-tiná-los e a definir objectivos. Falam sem dizer nada, mais pare-cendo a Eva a oferecer a maçã ao Adão e a dizer-lhe “come que-rido que não te faz mal”. E lá vai havendo quem caia no engodo como se a maçã fosse o viagra que garante a felicidade eterna e o paraíso.

Antes empolavam-se os orçamentos e anunciavam-se medi-das apenas para encher o olho: era a demagogia. Agora anun-ciam-se medidas como não sendo para concretizar mas apenas para fazer de conta, com uns responsáveis a dizer que sim e ou-tros a dizer que não: é a auto-fagia.

Com tantos apelos e atropelos, reformas e pró-formas, ditos e desditos, instala-se a confusão e, ainda pior, a tentação do agior-namento através da mentira, dizendo aos seus que fazem como eles defendem, para logo aceitarem o contrário com a desculpa do interesse público, convencendo-os que até o jacaré voa, só que tão baixinho que nem se nota.

Com tanto cansaço de informação controlada no experimen-talismo a conta gotas – que saudades da «asfixia» - que tem es-gotado os argumentos que justificam os propósitos enunciados, perde-se o significado das palavras e oblitera-se a dignidade e o respeito a que as pessoas têm direito e merecem.

Até o PR, num assomo que talvez pretendesse ser de iro-nia ou até de humor, coisa que parece nunca lhe ter faltado (ah!ah!ah!), atribui a aprovação da avaliação da troika a um mi-lagre de Fátima. Vá lá que respeitou o direito autoral à sua Ma-ria. Mas, logo no dia seguinte, voltou a pedir milagres, desta vez a São Jorge (que luta no Minho contra a Coca) para nos trazer boas notícias.

Já o PM, tentando aliviar a carga psicológica, a nossa e não a dele que não tem, afirmou que o programa de austeridade «não implica, fora da esfera pública, consequências directas para os cidadãos.” Se por um lado tem razão por que os bombos da fes-ta são os permanentemente defenestrados da “esfera pública”, perde-a por que já se sabe o que a perda de rendimentos faz à Economia. É claríssimo que afecta «Todos», embora com as ex-cepções dos que ganham sempre e de qualquer forma, e que bem sabemos quem são e que não fazem parte dos «Cidadãos».

Já o escrevi há muito, ainda antes da vinda dos reis magos da dívida soberana. Perguntava então se, com eles, se acelera-va a Justiça, se encontravam os verdadeiros buracos e respecti-vos autores, se fazia luz sobre os meandros e milandros, se justi-çavam os fortes e protegiam os fracos, etc. e tal. Vieram e tudo parecia tão assertivo e correcto que os fautores até queriam fa-zer mais do que o recomendado. Chegam os resultados e nada dá certo. O problema era dos outros e não nosso. O breviário dos europeus ricos assim o aconselhava aos pobres. Mas como a peste alargava até à Germânia, a trindade quebrou-se e a cul-pa afinal é do Durão, até então o melhor do filme. Mas logo se desmente e diz que afinal não é bem assim, e ele volta a mere-cer a bênção da papisa.

Podemos assim concluir que os fiscais só vieram fazer o papel da vestal, ou seja, alimentar o permanente “fogo” que ilumina o altar do grande capital, interessando-lhes apenas o produto e não o meio de o obter. Mas, como a vestal tem de ser virgem, coisa que no campo operativo deles não existe, deixa a missão ao governo que bem sabe onde é fácil encontrá-las. Tanto faz no hímen permanentemente reciclado pela idade nos reforma-dos, como na virgindade da mentalidade atávica dos funcioná-rios públicos.

Os «magos» têm assim o”direito de pernada” (a primeira «pro-va» da noiva) e, ao vestirem a camisola amarela, lá do alto do seu poder e sapiência ditam as regras e as ordens, e os submissos exe-cutores, babados e pressurosos na missão que os honra e julgam engrandecer, logo desnudam a vítima para a entregar ao senhor.

Valha-nos São Pancrácio...

O direitOdepernada

20 maio'13 | repórterdomarão

“Pensar Perder o Peso que Pesa, compreender para decidir”, é o mais recente livro de Isabel do Carmo (Pu-blicações Dom Quixote, 2013), conceituada especia-lista em obesidade e comportamento alimentar.

A obesidade, é sabido de todos, passou a ser en-carada como uma epidemia global. Bem entendido, há a obesidade mórbida e algumas outras formas de massa gorda. O que interessa é que quanto mais peso maiores são os riscos para a nossa saúde. A au-tora começa por discretear sobre as formas de obesi-dade e como se apresentam os obesos neste mundo em que vivemos. E faz-nos refletir sobre certos resul-tados evidenciados pelas estatísticas: quanto mais instrução menos obesidade e quantas maiores difi-culdades financeiras maior é a prevalência da obesi-dade em crianças e jovens. Refere o caso de Portugal, Espanha, Itália e Grécia em que um terço das crian-ças e jovens destes países estão profundamente afe-tados pela obesidade: “É uma das faturas que vamos pagar. Crianças obesas serão adultos obesos, com do-enças associadas: diabetes, doenças cardiovasculares prematuras, doenças osteoarticulares. O país estará a pagar daqui a 50 anos este juro da dívida, que é eco-nómico e que é humano”.

São múltiplas e complexas as causas do peso a mais e não se pode dizer que há uma causa única. Com humor, a endocrinologista questiona as razões deste peso a mais onde podem aparecer a gravidez, a resposta ao stresse, a chegada da menopausa, o dei-

pensar perder O pesO que pesa

Beja Santos Ex-Assessor D.G.Consumidor

Page 21: Revista Repórter do Marão

repórterdomarão | maio'13 21

xar de fumar, a toma de medicamentos. E tratando sério o que é muito sério, comenta os mecanismos que levam a comer de mais, centrando-se na fisio-logia, no nosso tecido gordo e como é que se pode chegar à doença, caso da diabetes e das doenças do foro cardiovascular. Sente-se o peso a mais nas articulações, nos pés, na coluna, mas também no refluxo gastro-esofágico.

Então que de regime saudável carecemos para prevenir a obesidade? O regime saudável é aquele que tem nutrientes suficientes sob o ponto de vis-ta da manutenção do corpo humano com a saú-de. Esse regime caracteriza-se por uma ingestão da quantidade energética (calórica) idêntica à despen-dida; ao consumo diário de cinco porções de fru-ta e ou vegetais; ao consumo de laticínios, cereais integrais e sopa; à redução das gorduras animais e dos açucares; à preferência pelo padrão mediterrâ-nico (metade do prato com vegetais, pequenas por-ções de carne, peixes ou ovos, feijão ou grão, arroz ou massa); 1,5 a 2 litros de água por dia, por exemplo.

E assim se chega aos pratos de substância da médi-ca e que porventura muito interesse suscitarão ao lei-tor: as dietas para emagrecimento, os medicamentos para a obesidade, como mudar o comportamento e aderir a um regime alimentar saudável, qual o estado da arte da cirurgia no tratamento da obesidade.

O regime para perda de peso, insiste a autora, deve partir de uma ideia positiva e racional: a quan-

tidade de energia ingerida deve ser menor do que a despendida. Não há milagres, nem dietas mila-grosas que deem a volta a esta aritmética simples. E tece os seus comentários a uma dieta hipocaló-rica moderada, à dietas de baixo valor calórico, de muito baixo valor calórico, aos regimes especiais de emagrecimento, entre outras. Faz frequente-mente chamadas de atenção a erros comuns pra-ticados às vezes com a melhor das intenções. É o caso daqueles que aderem ao regime vegetariano e que comem habitualmente croquetes e rissóis de vegetais, chamuças, tartes e quiches de vegetais, descuram que se trata de fritos que alteram a car-ga calórica. Quem almoça fora de casa deve cuidar do que há na cantina, do que põe na lancheira e de como se deve comportar ao balcão.

Passando para os medicamentos, recorda-nos que os que estão destinados ao tratamento da obesidade estão associados a muitas espectativas, alguns êxitos e sucessivas suspensões. “Em anos passados, receitavam-se e foram muito consumi-dos medicamentos anorexisantes que eram esti-mulantes. Era o caso do Drenur. Foram todos reti-rados do mercado porque causavam aumento da frequência cardíaca, aumento da tensão arterial e dependência. Depois apareceu o Isoméride, que foi muito usado, mas em seguida retirado por ris-co de hipertensão pulmonar. Seguiu-se o Reductil, com largo uso e bons resultados, mas que foi reti-

rado em 2010, também por causa de efeitos cardí-acos. Apesar disso, há ainda doentes que adquirem esta substância (Sibutramina) através da internet. Devem ter precauções se tiverem doença coroná-ria, insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão não controlada. Também não deve ser acumula-do com antidepressivos”. E enuncia as diferentes fa-mílias de medicamentos que podem ter efeito na obesidade. Tece depois críticas graúdas aos suple-mentos alimentares recordando que este podero-so lóbi conseguiu que a inspeção e aprovação de suplementos fique fora da área da saúde, e é assim que produtos muitas vezes desconhecidos se ven-dem em cápsulas, pastilhas, comprimidos, pílulas, prometendo ter efeitos seguros sobre obesidade, além de não terem a sua toxicidade é um perigo potencial para a saúde dos crédulos que os tomam.

Do maior interesse é o capítulo que a autora re-serva à força de vontade e ao faseamento de um comportamento consciente e da construção de um plano bem estruturado que nos impeça retro-cessos e falhanços duros de digerir.

Também com grande interesse é o capítulo re-servado à cirurgia no tratamento da obesidade, à luz dos conhecimentos atuais. “Pensar Perder o Peso que Pesa” fica na dianteira da bibliografia obri-gatória de todo aquele que pretende perder o peso e quer fazê-lo de uma forma responsável, eficaz e duradoura.

Page 22: Revista Repórter do Marão

Cartoons de Santiagu

MANOEL DE OLIVEIRA

Publicação da IV Série

[Pseudónimo de António Santos]

O olharde...

eduaRdO PinTO 1933-2009

Amarante - Finais Anos 50

Degustação

artes

SENSIBILIDADES

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Esta edição foi globalmente escrita ao abrigo do novo acordo ortográfico. Porém, alguns textos, sobretudo de colaboradores, utilizam ainda a grafia anterior.

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22 maio'13 | repórterdomarão

Santiagu obteve, com esta caricatura de Manoel de Oliveira, o Grande Prémio do X FreeCartoonsWeb International Cartoonet Festival, na China.

2013

Page 23: Revista Repórter do Marão

FÁTImA e JULIETAOuve: o tempo das minhas certezas já terminou há muito tempo.

Agora sei que até as verdades são relativas, porque tudo pode ser vis-to de ângulos diferentes. Acredita, irmã, que estou a falar a sério. Quer queiramos ou não, a verdade é que andamos sempre a rever o que está certo ou errado porque nós também vamos mudando.

Espera, irmã, não te vás já embora. Fica aqui mais um bocadinho. É que eu tenho uma notícia para te dar. Senta-te aí, e bebe esse suminho com as laranjas que espremi há bocadinho.

Eu nunca tive segredos contigo, afinal és a minha irmã mais velha. Agora os dois anos que nos separam não são nada, o meu cabelo está muito mais branco que o teu, o que não é justo, não achas?

Bebe o sumo, irmã, não fiques aí especada com o copo na mão. Acho que também me deu a sede. Nem sei porque é que tenho sede. Ando a comer tudo sem sal , a ver se as tensões baixam. A minha médica é muito cuidadosa. Eu bem lhe digo: senhora doutora, eu não salgo a co-mida, eu não abuso no sal, tirando de vez em quando uma bocadinho de presunto, uma alheira que aparece em promoção, uma lasquita de bacalhau, mas tudo coisa pouca, que eu sou muito nervosa, e quan-do fico assim, com vontade de fugir para bem longe, como essas coi-sas para me acalmar.

Agora ando mais nervosa, e às vezes vêm-me à cabeça certos pensa-mentos, que nem quero falar deles.

Sabes, no sábado passado, a Fátima veio visitar-me. Há quatro meses que não lhe punha a vista em cima. Ela telefona-me praticamente to-dos os dias: Olá mãe, eu estou bem, diz ela a despachar. E eu faço-lhe perguntas, quero saber como é que vai a vida dela, mas a minha Fátima sempre foi assim calada como uma pedra. Nesse aspeto saiu ao pai, que Deus tenha. Não sei onde trabalha, não sei onde mora, ela já mudou de casa não sei quantas vezes. E eu quero contar-lhe da minha saúde, das minhas coisas, e ela não deixa, diz-me que as chamadas do telemóvel para o telefone ficam muito caras: Adeus mãe, beijinhos, beijinhos, e desliga. Às vezes até me dá vontade de chorar .

No sábado passado, sem avisar, a Fátima apareceu aqui. Eu estava a aquecer a sopa do almoço e fiquei admirada. Disse-lhe: ó filha, ha-vias de avisar, que eu fazia as minhas batatas à espanhola, que tu sem-pre adoraste. Ó Fatinha, porque é que tu não me avisaste com tempo e horas?

Quatro meses é muito tempo e não parece. A Fátima estava mais ma-gra, mas pareceu-me bem. E ela disse-me: não te preocupes, mãezinha, está tudo controlado. Trouxe o almoço, e também trouxe uma pessoa comigo.

Fiquei tão contente por ela me ter dito que tinha trazido companhia. Há tanto tempo que eu esperava que ela se casasse com um homem que lhe desse bom viver.

Já estava na hora de pensarem em ter um filho, afinal a Fátima já tem trinta e cinco anos. E soube-me tão bem fechar os olhos e imaginar um neto no meu colo. Ai, que milagre, que alegria.

Mãezinha, esta é a pessoa que vive comigo, disse a Fátima. E eu, que estava de costas a mexer a sopa, para que não queimas-

se, tentei imaginar o homem que a tua afilhada tinha escolhido. Pen-sei: deve ser alto e espadaúdo, e não faz a barba, como é o costume de agora.

Antes de me virar, a Fátima disse: mãezinha, esta é a Julieta. Junta-mos as nossas vidas há quatro meses, e somos muito felizes.

À minha frente estava um casal de mãos dadas. Eu fiquei calada sem saber o que dizer. E sabes o que aconteceu depois? Deitei a sopa na sanita porque es-

turricou num repente, e fui procurar uma toalha nova para cobrir a mesa onde almoçámos as três. E sabes o que comemos? Batatas à es-panhola.

Não dizes nada, irmã?

António Mota

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eventos | crónica

repórterdomarão | maio'13 23

Festas de Penafiel

As tradicionais festas de Penafiel regressam de 29 de maio a 2 de ju-nho, período que engloba o feriado nacional do Corpo de Deus. Cida-de há 241 anos, Penafiel oferece um programa rico de tradições secu-lares, no qual merece destaque o cortejo do Carneirinho, a Cavalhada, os bailes tradicionais e a procissão do Corpo de Deus, anunciou a or-ganização.

No dia 29 de maio, o cortejo do Carneirinho, tradição única no país, que remonta ao ano de 1880, marca o início das festas da cidade. Cen-tenas de crianças, de várias escolas básicas do concelho, percorrem as avenidas principais da cidade, um desfile em que cada turma leva o seu carneirinho, enfeitado, o qual será oferecido ao seu Professor, como si-nal de gratidão e respeito.

O cortejo é organizado no Campo de Torres Novas, vulgarmente co-nhecido por Campo da Feira, percorrendo depois as principais ruas da cidade.

No dia 31, às 21:30h, terá lugar o Festival de Foclore no Campo da Feira com os grupos de Penafiel, Pinheiro, Ordins e S. Miguel de Pare-des. Às 24h00 tem lugar o “Cool Music” 1, com o Dj Miguel Tika e o Dj Miguel Miggas.

A 1 de junho, a Cavalhada sai à rua, outra tradição única no país, um desfile com origem no século XVIII, que parte do Campo de Torres No-vas e percorre a cidade até ao edifício dos Paços do Concelho. A orga-nização descreve o ato: "Um carro puxado por uma parelha de cavalos traz a figura da cidade que, vestida a rigor, irá apresentar cumprimen-tos à edilidade. De frente ao edifício a figura da cidade pede silêncio aos presentes para poder saudar os autarcas que se encontram na varanda principal do edifício. Lidos os versos, a figura alegórica que foi delegada pelo povo dirige-se à varanda do edifício e aí saúda o Presidente da Câ-mara entregando-lhe o rolo com os versos declamados anteriormente".

A Cavalhada será acompanhada por bailes tradicionais, que retra-tam profissões, cantares e danças de antigamente. O Baile dos Ferreiros, o Baile dos Pedreiros, Baile das Floreiras, Baile dos Turcos, Baile dos Pau-zinhos e o Baile dos Pretos vão percorrer as ruas da cidade envergando e entoando os seus costumes. A tradição destes bailes remonta ao ano de 1864 e, ainda hoje, contínua a atrair muitos visitantes.

À noite, a animação estará a cargo do grupo “ Jonhy Abreu e sua Banda”, no Campo da Feira, seguido do “ Cool Music” 2 com o Dj Miguel Rendeiro e de uma sessão de fogo-de-artifício.

No dia 2, Penafiel celebra o Dia do Corpo de Deus, com a Missa So-lene, na Igreja Matriz. Às 17h30 terá lugar a Procissão do Corpo de Deus, cuja origem remonta a 1657.

Page 24: Revista Repórter do Marão