Revista Novo Ambiente 19 TechNa

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A Coelba vem renovando a sua energia em nome de um pensamento que se renova todos os dias. Em nome do compromisso de contribuir no presente para a construo de um futuro melhor.PARA CONHECER MAIS AS DIVERSAS AES DA COELBA RELACIONADAS SUSTENTABILIDADE, ACESSE WWW.COELBA.COM.BR

ndice8 No Meio 13 Cartum 14 No Meio Turismo 16 InfopginaCeia racionalsrie

DF vai ganhar estdio mais sustentvel do mundo

Golao!

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18 TechNA 20 InfopginaBrasil nuclearsrie

52 Gois

Mais proteo ao cerrado Atitudes em Verde e Amarelo Madureira mais bela

56 11 Atitudes

Gerenciamento de resduos slidos na construo

edifiCar uma nova ConsCinCia

46

66 11 Atitudes - Governo 72 O eco-heri 78 Amaznia 82 RiosCapito Planeta nas telonas Centenrios, mas muito vulnerveis Salve, salve Tiet!

58Eliminando mitos e resduos

PePsiCo em busCa da sustentabilidade

88 Lente Limpa 92 Velho Ambiente 96 Da RedaoPastoral da CrianaNa Amaznia, apenas 10% dos filhotes de quelnios vo se tornar adultos, o que no um fato necessariamente ruim, j que mostra quanto eles so importantes na cadeia alimentar destas regies.

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O poder do voluntariado contra a mortalidade infantil

srie

Projeto Parque Juma exemplo de pagamento por servios ambientais

no derrube!

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Foto: Dreamstime

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CALOR, TRAbALhO e Luz

Abstrata por definio, muitas vezes tangvel em sua aplicao, a energia permeia a vida do homem desde sua gnese. Indmita sob a forma dos raios solares e outras foras naturais, fomos rpidos em perceber a sua aplicabilidade em nosso favor. Nos tornamos to viciados nela, a ponto de toda a nossa civilizao estar apoiada no desenvolvimento de atividades, recursos e aparatos diretamente dependentes dela. Por sinal, todas as projees de futuro possvel tambm dela dependem.desenvolvimento com equilbrio

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dezembro/2011

EditorialEditorialAno 02 - Edio 19 - Dezembro/2011 Distribuio dirigida e a assinantesUma publicao da Novo Ambiente Editora e Produtora Ltda. CNPJ/MF.: 12.011.957/0001-12 Rua Professor Joo Doetzer, 280 - Jardim das Amricas - 81540-190 - Curitiba/PR Tel/Fax: (41) 3044-0202 - [email protected] Impresso: Grfica Capital TIragem:30 mil exemplares

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A tiragem desta edio de 30 mil exemplares comprovada pela BDO Auditores Independentes.

DireTor-Geral Dagoberto Rupp [email protected] relaes De mercaDo Joo Rodrigo Bilhan [email protected] aDmiNisTraTiVo Jaqueline Karatchuk [email protected] Paula Santos [email protected] Mnica Cardoso [email protected] comercial (Dec) Paulo Roberto Luz [email protected] Joo Claudio Rupp [email protected] Joo Augusto Marassi [email protected] Rodrigo Nardon [email protected] Leandro Dvorak [email protected] rePreseNTao (sP) Iokisa Takau Jr. [email protected] Diana Tabajara [email protected] markeTiNG e comuNicao Diretor de Marketing Marco Jacobsen [email protected] Fernando Beker Ronque [email protected] Rafael de Azevedo Chueire [email protected] Dagoberto Rupp Filho dagoberto. [email protected] Fernanda Prodossimo [email protected] Paula Mayara [email protected]

coNselho eDiTorial Dagoberto Rupp [email protected] Joo Rodrigo Bilhan [email protected] Carlos Marassi [email protected] Paulo Roberto Luz [email protected] Joo Claudio Rupp [email protected] Joo Augusto Marassi [email protected] Fbio Eduardo C. de Abreu [email protected] Edemar Gregorio [email protected] eDiTor-cheFe Edemar Gregorio [email protected] ceNTral De JorNalismo Carlos Marassi [email protected] Davi Etelvino [email protected] Uir Lopes Fernandes [email protected] Carolina Gregorio [email protected] Paulo Negreiros [email protected] Leonardo Pepi Santos [email protected] Leonilson Carvalho Gomes [email protected] Estanis Neto [email protected] Marcelo Ferrari [email protected] Oberti Pimentel [email protected] Marcelo C. de Almeida [email protected] Alexsandro Hekavei [email protected] Ricardo Adriano da Silva [email protected] DiaGramao e iNFoGraFia [email protected] reViso Karina Dias Occaso [email protected] ilusTraes Marco Jacobsen [email protected] WebDesiGN Fernando Beker Ronque [email protected] bem-esTar Clau Chastalo [email protected] Maria Telma da C. Lima [email protected] Paulo Fausto Rupp [email protected] Janete Ramos da Silva [email protected]

[email protected] loGsTica Juliano Grosco [email protected] Juvino Grosco [email protected] Alcio Luiz de Oliveira Filho [email protected] Renato da Conceio Filho [email protected] Jackson Thayan [email protected] Gilmar Penter [email protected] aTeNDimeNTo e assiNaTuras Mari Iaciuk [email protected] Raquel Coutinho Kaseker [email protected] auDiToria e coNTroller Marilene Velasco [email protected]

que a vida seno energia? as relaes do homem com a gerao desta fora fazem parte do tema de capa desta edio que fecha um ano de grande transformao planetria. Utilizada em larga escala em todos os setores da economia, da soberania energtica depende o crescimento brasileiro. mas por onde caminham nossas polticas energticas? O que h de revolucionrio? o que no funciona mais? o que pode atrasar o pas? um pouco do que tentaremos mostrar. em duas matrias sobre a construo civil, antecipamos o tema da prxima edio, a de janeiro de 2012, que trar uma profunda matria sobre grandes obras baseadas na sustentabilidade. Esta edio tambm marca a ltima sequncia de reportagens denominadas 11 Atitudes em verde e amarelo, que mostrou, no total, 33 bons exemplos (do governo, de onGs e de empresas, 11 matrias de cada setor) que podem replicar melhorias por todo o pas, e por isso carregam a bandeira da nossa nao. Nesta edio, voc conhecer os projetos do fabuloso Parque madureira, que faz cair o queixo quando o assunto sustentabilidade. tambm conhecer as iniciativas de reduo de resduos da PepsiCo, que fabrica alguns dos alimentos mais consumidos no pas. Para fecharmos a srie de matrias de onGs que mudaram a cara do brasil, nada melhor do que falar um pouco sobre a Pastoral da Criana e de como ela salvou milhes de crianas pelo mundo, com tcnicas simples e muita dedicao. novamente abordamos a biodiversidade amaznica, desta vez sob a perspectiva dos quelnios de gua doce, e tambm apresentamos a Fundao Amaznia Sustentvel, entidade que administra o bolsa floresta, que serviu de base para o bolsa verde do governo federal. Entre tantos outros assuntos que voc vai encontrar aqui, ainda faremos dois convites irresistveis: primeiro o cartum de Marco Jacobsen, que j se tornou uma das paradas preferidas do leitor da na, e nossa cartunista convidada desta edio, Pryscila vieira, que com seu belssimo trao traz uma reflexo bem-humorada.

o

boa leitura! Central de Jornalismo

diesel menos poluenteA Petrobras vai implantar, a partir de janeiro prximo, o fornecimento do Diesel S-50, diesel com baixo teor de enxofre, para todos os estados brasileiros. o combustvel, que comeou a ser distribudo gradativamente a partir de janeiro de 2009, ser disponibilizado para a nova frota de veculos com tecnologia P7, que sero produzidos a partir de 2012. A fase P7 do Programa de

Controle da Poluio do ar por veculos automotores (Proconve) estabeleceu nveis de emisses veiculares mais baixos, que requerem uma tecnologia mais sofisticada nos motores. O Diesel S-50 estar disponvel inicialmente em mais de 900 postos de servios Petrobras em todo o pas, permitindo ao caminhoneiro planejar sua viagem para abastecer exclusivamente em postos Petrobras. a companhia tambm fornecer o Arla 32, uma soluo de ureia utilizada nos novos veculos pesados a diesel para reduo de emisses.

NOMEIOComo descartar?o que fazer com aquele fogo velho? e com o leo de cozinha usado? E com aquela cadeira que voc no usa mais? Diante da mudana de conscincia nacional em relao ao lixo, motivada pela nova Lei de Resduos Slidos que, entre outras definies, decreta o fim dos lixes, para onde ia at ontem aquele fogo velho , a obrigatoriedade dos fabricantes em recolher as embalagens descartadas de seus produtos aumentou radicalmente os pontos de coleta de tais resduos. mas necessrio saber onde esto e que tipo de material eles coletam. O portal eCycle aponta, por meio de um mecanismo de busca, o destino correto para o descarte de mais de 170 itens de consumo cotidiano. So mais de 7 mil postos de coleta e doao espalhados pelo pas. o eCycle oferece excelente contedo sobre o consumo consciente e o reaproveitamento de materiais. possvel conhecer sobre um determinado material, desde suas propriedades nocivas terra at como e onde descart-lo para evitar problemas ambientais.dezembro/2011

O uma iniciativa que tem como objetivo oferecer opes de descarte para pessoas que no sabem o que fazer com objetos do dia a dia.

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foto: agencia Petrobras

rPPns avanam no esprito santoo governo do esprito santo acaba de reconhecer mais duas Reservas Particulares de Patrimnio natural (rPPns), protegendo, com isso, mais 96 hectares de Mata Atlntica em bom estado de conservao. as rPPns Cachoeira da Fumaa, localizada em Ibitirama (45 hectares), e lajinha, no municpio de afonso Cludio (51 hectares), devem ajudar na conservao da biodiversidade da mata Atlntica e so primordiais na formao de corredores ecolgicos, que proporcionam a troca gentica e aumentam as chances de as espcies sobreviverem. a rea preservada em uma reserva privada ganha carter perptuo, e a criao da rPPn parte de uma iniciativa do proprietrio da rea. Atualmente, existem 37 rPPns localizadas no esprito santo, totalizando uma rea de aproximadamente 4,3 mil hectares. Desde 2006, o governo do estado reconheceu 27 delas, sendo 24 por meio do Iema (Instituto Estadual do Meio Ambiente) e trs por meio do Idaf (Instituto de Defesa Agropecuria e Florestal do esprito santo).

um presente para nossa faunaA nica espcie de golfinho ameaada de extino no brasil, as toninhas, deram um belo presente fauna brasileira: o nico exemplar albino j registrado no planeta. a equipe do Projeto toninha, da univille (universidade de Joinville, Santa Catarina), que estuda e monitora h uma dcada os simpticos cetceos na costa catarinense, conseguiu fotografar, na Baa da Babitonga, um filhote albino de toninha acompanhado da me, nascido provavelmente no final de outubro. No Brasil, j houve o registro de filhotes albinos de baleia-franca (Eubalaena australis) em Santa Catarina e de um adulto de boto-cinza (Sotalia guianensis) no rio Grande do norte. segundo os pesquisadores, a cor poder sofrer algumas alteraes ao longo do tempo, adquirindo um tom acinzentado ou rosado. filhotes de toninha so totalmente dependentes da me at aproximadamente um ano de vida e se alimentam exclusivamente do leite materno at os seis meses, quando passam a ingerir pequenos peixes.foto: Projeto toninha/univille

Foto: Revista Novo Ambiente/Oberti Pimentel

NOMEIOvotao do Cdigo florestal s em 2012sem acordo sobre o texto do novo Cdigo florestal, os deputados federais disseram que o assunto s entrar na pauta da Cmara em 2012. No ltimo dia 6 de dezembro, depois de aprovado pelo Senado, o novo Cdigo retornou Cmara, que dever analisar as alteraes feitas pelos senadores, podendo, inclusive, suprimir as alteraes e mandar para sano presidencial o texto originalmente aprovado pelos deputados. A Cmara, ao que tudo indica, promete rechaar as alteraes propostas pelo senado. o Deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) reiterou suas crticas ao texto aprovado pelos senadores. Para o deputado, os produtores rurais tero de enfrentar altos custos para regularizar suas propriedades e inscrev-las no Cadastro Ambiental Rural (CAR), o que, segundo ele, torna impraticvel a aplicao da nova lei. O Deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) disse ainda que o texto do novo Cdigo poder prejudicar a agricultura e a pecuria do pas. ns plantamos 56 milhes de hectares e temos mais 170 milhes de pecuria. absolutamente invivel termos que recuperar 65 milhes de hectares e ainda assim continuarmos produzindo, disse.

Observando melhor as mudanas climticasO primeiro observatrio de mudanas climticas do mundo est sendo construdo na Cidade do Cabo, frica do sul, pela International Polar Foundation (IPF). O observatrio ter como foco fornecer informaes cientficas sobre o planeta e suas mudanas devido ao aquecimento global. o observatrio Polaris de Mudanas Climticas ser construdo no famoso victoria & albert Waterfront da Cidade do Cabo. o projeto pretende servir como um caminho para a sustentabilidade, oferecendo a visitantes de todas as idades exposies permanentes e temporrias, atividades educacionais e de conscientizao, novas formas de apresentar fatos e nmeros sobre o clima, novidades da cincia e inovaes do setor. O Polaris pretende desmistificar o debate sobre as mudanas climticas e dar aos visitantes uma viso e compreenso mais amplas sobre o tema, e isso muito importante porque as decises que as pessoas tomam hoje afetaro o seu prprio futuro, disse o Vice-Presidente do IPF, Nighat Amin.dezembro/2011

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tetra!Pela quarta vez consecutiva, a Companhia de gua e Esgoto do Cear (Cagece) conquistou o Prmio Nacional de Qualidade em saneamento (PnQs). neste ano, a companhia levou o trofu Prata, nvel ii, pela qualidade de gesto e aes desenvolvidas na unidade de negcio bacia do salgado, que atende a regio sul do Cear. Concedido pela associao brasileira de engenharia Sanitria, o PNQS tem como objetivo estimular a busca e aplicao de boas prticas na rea, reconhecendo as organizaes que se destacam pela implementao de medidas exemplares que apresentem resultados efetivos. O prmio reconhecido em toda a Amrica Latina e considerado o oscar do saneamento por ser o mais importante prmio voltado para o setor. Ento, que venha o penta! e que a dedicao da Cagece inspire outras companhias de saneamento brasil afora, independente do trofu. Saneamento sade. E, no final das contas, quem sai ganhando mesmo a populao.

cones do futebol e campees ambientaisGraas a um bem bolado projeto do banco Cruzeiro do sul, chamado Jogando pelo Meio Ambiente, dois dos principais times brasileiros, Palmeiras e o grande vencedor do brasileiro 2011, Corinthians, motivaram o plantio de mais de 40 mil rvores nativas. A dinmica do programa, que em 2010 plantou 23 mil mudas, simples e divertida: 100 rvores plantadas para cada partida jogada por cada um dos times; 100 rvores plantadas a cada gol feito; 100 rvores plantadas a cada partida sem tomar gol. Goleiro tambm ajuda o meio ambiente: cada pnalti defendido levou ao plantio de 200 rvores. Se qualquer um dos dois times ganhasse o campeonato, outras 3 mil mudas seriam plantadas. Para sorte dos corintianos e dos amantes da natureza, deu Timo, responsvel direto pelo plantio de 21,3 mil rvores, contra 19,7 do arquirrival e parceiro deste apaixonante processo de neutralizao de carbono.

foto: ascom Cagece

orientaes para mercado voluntrio de carbono

Ilustrao: Revista Novo Ambiente/Marco Jacobsen

a associao brasileira de normas tcnicas (abnt) lanou, no incio de dezembro, a norma ABNT NBR 15948:2011 Mercado voluntrio de carbono Princpios, requisitos e orientaes para comercializao de redues verificadas de emisses. a publicao, elaborada pela Comisso de estudo especial de mercado voluntrio de Carbono (ABNT/CEE-146), especifica princpios, requisitos e orientaes para comercializao de redues verificadas de emisses (rve) no mercado voluntrio de carbono brasileiro. ela inclui requisitos para elegibilidade das redues de emisses, transparncia de informaes e registro de projetos e de RVE (ttulo). isso fortalece em bases regulatrias o to aguardado mercado de servios ambientais no Brasil, que pode vir a ser um timo investimento diretamente ligado conservao do meio ambiente. A publicao custa R$ 29,30 e comea a chegar s livrarias.

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Foto: Revista Novo Ambiente/Juliano Gosco

Um dos primeiros a conhecer o projeto que criou a Revista Novo Ambiente, Geraldo Alckmin, Governador de So Paulo, tornou-se nosso leitor assduo. Com a gentileza de sempre, posou com a edio de novembro para as lentes dos fotgrafos em evento no interior do Estado.

NOMEIOCARTUM

Ilustrao: Revista Novo Ambiente/Marco Jacobsen

NOMEIO Turismofoto: revista novo ambiente/leonilson Gomes

As sete maravilhas naturais do mundoduas das sete maravilhas naturais do mundo esto no brasil, segundo uma eleio mundial realizada pela internet que durou mais de dois anos e teve mais de 100 milhes de votos. a fundao sua new7Wonders, ligada ao governo, depois de eleger as novas sete maravilhas artificiais do mundo, resolveu criar uma lista das mais impressionantes belezas naturais do planeta. os vencedores, ainda provisrios, foram anunciados no simblico 11/11/11, e para que assim se confirmem ser feita uma nova contagem, que inclui a conferncia dos votantes, na qual a organizao far contato por telefone ou por mensagem de texto via celular (sms), para diminuir a probabilidade de uma pessoa votar vrias vezes. a verdade que todos os 28 finalistas so lugares fabulosos, mas a classificao final apontou para apenas sete lugares (veja a lista), entre eles a amaznia (que se espalha por nove pases sul-americanos, tendo sua maior poro no brasil) e as Cataratas do iguau, na fronteira entre o Brasil e a Argentina.

Amaznia

Pases: Bolvia, Brasil, Colmbia, Equador, Peru, Guiana Francesa, Guiana, Suriname e Venezuela

Cataratas do Iguau Baa de HalongPas: Vietn

Pases: Brasil e Argentina

Ilha Jeju

Pas: Coreia do Sul

Komodo

Pas: Indonsia

Rio Subterrneo de Porto PrincesaPas: Filipinas

Montanha da MesaPas: frica do Sul

r$ 1,3 bi para o turismo no Cear

Pedalando pelo mundo todoum pouco da histria do ambientalista e aventureiro Z do Pedal, que j visitou 66 pases pedalando mais de 150 mil km, ser exibida em um documentrio dos cineastas bruno lima e fabrcio menicucci. ambos acompanharam os 15 dias finais da ltima aventura do Z do Pedal, que comeou em maio de 2008, na frana, e terminou durante a Copa do mundo da frica, em meados de 2010, quando percorreu mais de 17 mil km em um kart movido a pedal. Nesta ltima aventura, foram mais de 3 mil horas pedalando, nas quais Z do Pedal, com poucos recursos e patrocnios, chamou a ateno para os problemas oftalmolgicos que assolam o continente africano. A primeira aventura de Z foi em 1981, quando saiu do Rio de Janeiro e chegou Espanha, durante a Copa de 1982; dali para frente, apenas o cu passou a ser o limite para o aventureiro, que conheceu o mundo com uma baixssima pegada ambiental, principalmente no que se refere s emisses de gases poluentes.

O governo do Cear vai investir R$ 1,3 bilho no turismo sustentvel do estado, anunciou o Governador Cid Gomes durante a Conferncia Internacional em Turismo. o turismo um setor que gera muitas oportunidades e uma vocao da Amrica Latina, Brasil e mais especialmente do nosso estado. talvez seja a nossa nica vocao natural. esse setor corresponde a 11% de todas as riquezas produzidas no Cear e deve ser encarado como um meio de gerar emprego e renda para a populao, destacou o Governador. entre as aes, esto a implantao de equipamentos regionais, como o Centro de Convenes do Cariri, em Juazeiro do norte, e o Centro de eventos do Cear (CeC), em Fortaleza este ltimo ser o segundo maior equipamento do pas em rea construda. o dinheiro tambm ser usado para a construo dos aeroportos de Tau e So Benedito, Camocim e Aracati, sendo os dois ltimos com padro nacional, e do Acquario Cear, que dever ser inaugurado no final de 2013 e ser um grande diferencial para o turismo no estado, com destaque no cenrio nacional e internacional, ressaltou Cid Gomes. Presente na solenidade de abertura da Conferncia, o Secretrio-Geral da Organizao Mundial do turismo (omt), taleb rifai, destacou : o turismo o maior meio de transferncia de fundos voluntrios daqueles que mais tm para os que menos tm. e um importante meio econmico que gera vrias oportunidades, classificou Rifai.

foto: revista novo ambiente/leonilson Gomes

foto: blog Z do Pedal

desenvolvimento com equilbrio

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CEIA RACIONAl

Mesmo que o velho mundo da insustentabilidade ainda resista, ele est, enfim, comeando a se esvaziar. As pessoas esto cada vez mais conscientes de suas responsabilidades individuais e dos impactos de seu consumo alimentcio. Foie gras (o infame pat de fgado de ganso ou pato submetido a um cruel processo de superalimentao) ou palmitos nativos vo passar longe de muitas ceias nesta e nas prximas comemoraes de fim de ano. Os grandes astros deste ano so os orgnicos, que, alm de oferecer produtos mais saudveis e saborosos, tambm ajudam a agricultura familiar de baixo impacto. Ao invs de comprar cestas prontas, muito mais sofisticado e original montar a sua prpria utilizando produtos do bem; afinal, no este o esprito do Natal?

Vinhos biodinmicos e orgnicosOs vinhos orgnicos j representam quase 5% da produo mundial. Com sabores mais puros e transparentes, segundo grandes sommeliers brasileiros, os vinhos biodinmicos (produzidos a partir de vinhedos orgnicos, mas que ainda utilizam conhecimentos ancestrais sobre a relao da plantao com energias naturais como o Sol, os movimentos da Terra e at os ventos) so a grande novidade para as festas de fim de ano. O Brasil produz boas bebidas orgnicas, que vo da cachaa ao vinho, mas as biodinmicas ainda so pouco conhecidas, embora na Europa j sejam produzidas desde a primeira metade do sculo passado.

Confira trs dicas dos sommeliers:

Clos de La Coule de Serrant 98Francs, branco um dos biodinmicos mais bem avaliados mundialmente.

Jean Bousquet Grande Reserva MalbecArgentino, tinto orgnico com preos em torno de R$ 80, possui avaliaes entre 88 e 91 (em uma escala que vai at 100).

PanetonePrefira os certificados, sempre. Prefira os panetones com menos embalagens, ou mesmo aqueles que vm em latas estilizadas que depois podem ser reutilizadas. O Brasil o segundo maior produtor de panetones do mundo, portanto geramos uma quantidade imensa de resduos nos fins de ano em funo do delicioso po de frutas.

Coopernatural Cabernet Sauvignon 2007Brasil, tinto com produo limitada a 1.575 unidades, um dos primeiros vinhos finos orgnicos do Brasil.

ChocolateO Brasil passou de exportador para importador de cacau. Apesar de estar historicamente relacionado ao trabalho escravo (que ainda hoje existe em plantaes africanas e mesmo brasileiras), o cacau vive sombra da Mata Atlntica, servindo de escudo econmico para ela. Boas dicas para este fim de ano so os bombons de sabores brasileiros, como os de cupuau, ara, araticum, aa e umbu. Como, em sua grande maioria, so feitos artesanalmente ou por pequenas empresas, que compram de produtores nacionais, h grandes chances de se estar contribuindo com o mercado interno, mais sustentvel que os outros onde o cacau produzido.

DocesDoces industrializados no combinam com festejos natalinos. Prefira as compotas, frutas brasileiras (secas ou no) e doces artesanais orgnicos, quase sempre mais saudveis. Contudo, atente para a procedncia. Com a expanso dos centros urbanos, que invadem e contaminam terras produtivas ao redor, muitos hortifrutigranjeiros, mesmo que no contenham qumicos, so contaminados pela gua durante sua produo.

ChampagneMarcas famosas como Mot & Chandon e Veuve Cliquot j possuem garrafas que pesam 65 g a menos que as anteriores. Depois de muitas pesquisas, descobriu-se que essa medida reduz em 7% as emisses de CO2, j que cada caminho poderia transportar 2.400 garrafas a mais. Em 2003, quando as pesquisas foram feitas, constatou-se que a indstria de champagne emitia 200 mil toneladas de CO2 somente na distribuio da bebida ao redor do planeta. Prefira, ento, as garrafas de 835 g.

CachaaDeixar a brasileirssima cachaa de fora da festa muita indelicadeza. O Brasil produz as melhores cachaas orgnicas do pas e no difcil encontr-las nos mercados municipais. Justamente por ser to tupiniquim, a preferncia pelas orgnicas impacta diretamente no nosso meio ambiente e no alimenta a cadeia de produo agressiva da cana-de-acar.

CastanhasOs castanheiros amaznidas sempre estiveram entre os mais aguerridos defensores da floresta, mas a produo caiu 50% na ltima dcada. Segundo estudo do Imazon Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amaznia, o potencial de extrao de castanha-do-brasil (castanha-do-par) de R$ 200 milhes/ ano somente no Par. Ao adquirir, para suas festas de fim de ano, a castanha-do-brasil e a castanha-de-caju, esta tpica das reas mais ressequidas do Nordeste, voc pode estar ajudando as famlias extrativistas que protegem o meio ambiente, porm procure certificaes e selos de sustentabilidade confiveis, seno voc pode estar financiando o manejo incorreto.desenvolvimento com equilbrio

CarnesExistem alternativas bem menos impactantes, como o pernil de cordeiro biodinmico. Mas, se quiser revolucionar, voc pode propor uma ceia sem carne. Opes interessantes no faltam: lasanha de verduras, canaps de funghi, sufl de couve-flor, salpico de peixe, saladas com legumes, verduras, sementes e frutas.

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Infogrfico:RevistaNovoAmbiente/Studio Verttice 3D

Plano B

TechNA

# astronomia, novas descobertasCIENTISTAS DA NASA DESCOBRIRAM RECENTEMENTE UM PLANETA COM CARACTERSTICAS SEMELHANTES S DA TERRA POSSIVELMENTE CAPAZ DE ABRIGAR VIDA. ELE O PRIMEIRO DA MISSO KEPLER A SER CONFIRMADO DENTRO DA CHAMADA ZONA HABITVEL, OU SEJA, EST NUMA RBITA AO REDOR DE UMA ESTRELA QUE POSSIBILITA A EXISTNCIA DE GUA LQUIDA NA SUA SUPERFCIE. O PLANETA FOI DETECTADO PELA PRIMEIRA VEZ APENAS TRS DIAS DEPOIS DO INCIO DA MISSO PELO MTODO CHAMADO TRNSITO O PLANETA PASSOU ENTRE O TELESCPIO E A ESTRELA DE SEU SISTEMA, REVELANDO UM PEQUENO PONTO PRETO. UMA VEZ DETECTADO, PDE-SE CALCULAR O TAMANHO DA RBITA, O TAMANHO DO PLANETA (OBSERVANDO-SE O TAMANHO DA SOMBRA QUE ELE FAZ NA ESTRELA) E ASSIM DETERMINAR SUA TEMPERATURA MDIA NO CASO, 22 GRAUS CELSIUS. OS ASTRNOMOS AINDA NO SABEM SE O NOMEADO KEPLER-22B PREDOMINANTEMENTE GASOSO, LQUIDO OU ROCHOSO, MAS SUA DESCOBERTA SERVE COMO REFERNCIA NA BUSCA DE PLANETAS HABITVEIS. O SISTEMA DESCOBERTO FICA A 600 ANOS-LUZ DA TERRA.*Um ano-luz equivale a distncia que se percorre viajando, por um ano, na velocidade da luz 299.792,458 quilmetros por segundo. Nesse caso, 600 anos-luz, aprox. 5.676.438.283.548.480 km.

Super realidade# novas tecnologias, futuroENGENHEIROS DA UNIVERSIDADE DE WASHINGTON DERAM UM GRANDE PASSO PARA ALCANAR ALGO PELO QUAL VRIOS FILMES J AGUARAM NOSSO DESEJO: O OLHO BINICO. ELES FIZERAM UMA LENTE DE CONTATO DESENHADA PARA EXIBIR IMAGENS NA VISO DO USURIO, MISTURANDO-A COM O QUE SE V NORMALMENTE.

O PROTTIPO ENERGIZADO POR ONDAS DE RADIOFRE-QUNCIA; POSSUI UMA ANTENA, UM CIRCUITO INTEGRADO COM COLETOR DE ENERGIA DAS ONDAS RF (RADIOFREQUNCIA), CONECTORES DE METAL, CAMADAS DE ISOLAMENTO E UM MICRO LED AZUL. OS COMPONENTES TM QUASE UM MILSIMO DA ESPESSURA DE UM FIO DE CABELO HUMANO E UTILIZA TCNICAS DE CONSTRUO NANOMTRICAS. AS POSSVEIS APLICAES PARA A TECNOLOGIA SO MUITAS: ALERTAS SOBRE A SADE DO USURIO, ALARMES, MEDIDORES DE VELOCIDADE EM TEMPO REAL PARA PILOTOS, MIRAS ELETRNICAS PARA O EXRCITO, VIDEOGAMES COM TOTAL IMERSO VISUAL, NAVEGAO NA INTERNET, VISUALIZAO DE NOTCIAS, LEITURA DE LIVROS DIGITAIS, ETC.

NA Online# facilidades , internetVOC NOTOU AS #HASHTAGS DA TECHNA? ELAS FAZEM PARTE DO DIA A DIA DO TWITTER, UMA REDE SOCIAL J BEM DIFUNDIDA NO BRASIL, VISTA COMO UMA DAS NOVAS MDIAS DE MAIS SUCESSO NO PLANETA, E QUE TEM AT DIALETO PRPRIO. AS MARCAES, OU HASH TAGS, SERVEM PARA ORGANIZAR OS MILHARES DE TUITADAS (POSTAGENS) DOS USURIOS. 7,166 TUITADAS POR SEGUNDO O SEGUNDO LUGAR NO RECORDE DA CATEGORIA TUITADAS ESPORTIVAS, LOGO AO TRMINO DA FINAL DA COPA AMRICA 2011, QUANDO O BRASIL PERDEU PARA O PARAGUAI NOS PNALTIS. O TWITTER AJUDOU A MOLDAR OUTRAS REDES, COMO O FACEBOOK, E AT O MODO COMO OS CELULARES SO FEITOS HOJE. A REVISTA NOVO AMBIENTE TAMBM EST L! ACESSE TWITTER.COM/NOVO_AMBIENTE E SIGA NOSSO PERFIL PARA ACOMPANHAR OS LANAMENTOS DE CADA EDIO.

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Torres elicas# energias alternativas, novos designsCOM QUASE METADE DO TAMANHO DAS TURBINAS ELICAS MAIS COMUNS, A ECO WHISPER TEM UMA POTNCIA DE 20 KW, GERANDO 30% A MAIS DE ENERGIA AO ANO SE COMPARADA S TRADICIONAIS TRIAXIAIS. A TURBINA ELICA AUSTRALIANA TEM UM DESIGN DISTINTO SO 30 LMINAS LIGADAS DO CENTRO A UM ANEL EXTERNO, RESULTANDO EM UMA OPERAO SILENCIOSA E COM POUCA VIBRAO; ISSO OCORRE PORQUE O AR NO CORTADO NA PONTA DAS LMINAS. A ECO WHISPER SEGUE A DIREO DO VENTO, EVITANDO PERDAS E MELHORANDO SEU DESEMPENHO FINAL. O DESIGN PERMITE QUE O GERADOR FUNCIONE COM VELOCIDADES DE VENTO MAIS COMUNS (COM VENTOS DE VELOCIDADES MDIAS A PARTIR DE 5 M/S, OU 18 KM/H, A TURBINA PODE GERAR DE 18 A 32 MIL KWH POR ANO, DE ACORDO COM A FABRICANTE). A ESTRUTURA, INTEIRA DE ALUMNIO, MEDE 21,1 M DE ALTURA E PODE SER ABAIXADA EM CASO DE CONDIES EXTREMAS DE VENTO (A TURBINA SUPORTA VENTOS DE AT 220 KM/H, EQUIVALENTES A FURACES CATEGORIA 4 NA ESCALA SAFFIR-SIMPSON).

Energia martima# energia limpa projetosAS ONDAS DO MAR SO FORMADAS, GERALMENTE, PELA AO DO VENTO SOBRE ELAS. ASSIM COMO UMA PEQUENA BRISA CAUSA VARIAES NA SUPERFCIE DA GUA, OS VENTOS E TEMPESTADES MARTIMAS SO CAPAZES DE GERAR ONDAS QUE VIAJAM VRIOS QUILMETROS PELO MAR ANTES DE ARREBENTAR NUMA PRAIA.

A ENERGIA DA MOVI-

MENTAO DAS GUAS PODE SER CAPTADA DE VRIAS FORMAS, SENDO CONSIDERADA UMA TIMA FONTE DE ENERGIA LIMPA E RENOVVEL J EXISTEM AT FAZENDAS DE ONDAS EM ALGUMAS COSTAS INTERNACIONAIS, A PRIMEIRA INAUGURADA EM 2008, EM PORTUGAL. O BIOWAVE, DA COMPANHIA AUSTRALIANA BIOPOWER, UM COLETOR DE ENERGIA MARTIMA QUE FUNCIONA COM UM COMPRESSOR.

AS BOIAS PRESAS AO

FUNDO DO OCEANO VO PARA FRENTE E PARA TRS COM O MOVIMENTO DAS ONDAS, COMPRIMINDO UM SISTEMA HIDRULICO QUE, POR SUA VEZ, GIRA UMA TURBINA E CONVERTE A ENERGIA EM ELETRICIDADE. DE ACORDO COM O FABRICANTE, TODO O MECANISMO RELATIVAMENTE SIMPLES E DE FCIL MANUTENO. O MINISTRO DE ENERGIAS E RECURSOS DO ESTADO DE VITRIA, NA AUSTRLIA, CONCEDEU RECENTEMENTE UM SUBSDIO DE US$ 5 MILHES PARA QUE SE MONTE UMA UNIDADE PILOTO DE 250 KW.

Quadriflex# veculos sustentveis, energias renovveisUMA OPO DE VECULO SUSTENTVEL FOI CRIADA NO CEAR PELO ENGENHEIRO FERNANDO ALVES XIMENES. COM O OBJETIVO DE REDUZIR A EMISSO DE CARBONO DOS VECULOS AUTOMOTORES, O PRIMEIRO CARRO QUADRIFLEX DO MUNDO USA O SOL E O VENTO COMO GERADORES AUXILIARES DE ENERGIA ELTRICA. O CARRO MOVIDO POR UM MOTOR BICOMBUSTVEL COMUM (ETANOL E GASOLINA), POSSUI UM PAINEL FOTOVOLTAICO NO TETO E TURBINAS ELICAS INSTALADAS NA PARTE DIANTEIRA, ACIONADAS QUANDO O VECULO ATINGE MAIS DE 40 KM/H. OS PERIFRICOS NO PROPULSIONAM O CARRO, SERVINDO EXCLUSIVAMENTE PARA ALIMENTAR A PARTE ELTRICA. COMOO MOTOR NO TEM QUE DOAR PARTE DE SUA ENERGIA PARA CARREGAR A BATERIA E ALIMENTAR O AR-CONDICIONADO, H GANHO DE POTNCIA E REDUO NO USO DE COMBUSTVEL, CONSEQUENTEMENTE DIMINUINDO A EMISSO DE CARBONO DO VECULO. A PESQUISA DUROU DEZ ANOS AT A MONTAGEM DO PROTTIPO, QUE LEVOU OITO MESES.

APRESENTADO NA FEIRA ECOENERGY, 1 CONGRESSO INTERNACIONAL DE TECNOLOGIAS LIMPAS E RENOVVEIS PARA GERAO DE ENERGIA, O PROJETO FOI FEITO EM UM FIAT UNO.

revistanovoambiente.com.br 19

Brasil NuclearO acidente de Fukushima, no Japo, em maro de 2011, levantou preocupaes sobre quo seguros estamos vivendo prximos a usinas nucleares, que, no entanto, so consideradas por muitos como as que oferecem menos riscos. Entenda por que o Brasil tem um dos sistemas de segurana mais robustos e baixos riscos de acidente.As usinas de Angra dos Reis utilizam sistemas de segurana que se ativam automaticamente em caso de acidentes, independente da ao dos funcionrios e da instalao e acionamento por dispositivos eltricos. Preparados para vrios tipos de catstrofes, os esquemas de preveno vo alm da preocupao com vazamento de radiao e resfriamento do ncleo do reator, protegendo a usina tambm contra impactos externos e aumentos de presso interna do complexo.

Um edifcio de concreto armado com 60 cm de espessura protege a estrutura do reator contra impactos externos.

Infogrfico:RevistaNovoAmbiente/Studio Verttice 3D

Modelo Ilustrativo da

Usina Nuclear de Angra dos Reis

Os rgos da Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, o Exrcito e todos os funcionrios das usinas esto preparados para executar um plano de emergncia que abrange um raio de 15 km em volta das instalaes.

15km

De acordo a Eletrobras Eletronuclear, 95% das substncias radioativas numa usina so geradas pela fisso nuclear que ocorre no reator, sendo a prpria pastilha de combustvel suficiente para reter a maioria destes subprodutos da fisso.

Tubos feitos de uma liga especial chamada zircaloy, material resistente a corroso, contm as pastilhas de combustvel e servem tambm para reter o pouco que escapa as mesmas.

O Prdio de Conteno, um edifcio esfrico de ao com 56 m de dimetro e 3 cm de espessura que garante o controle do reator, mesmo que toda a gua de seu sistema de refrigerao escape da tubulao, e tambm mantm a presso interna da estrutura, que diferente da exterior.

O nome energia nuclear dado por conta do processo que trabalha com o ncleo do tomo do combustvel. Usinas nucleares funcionam como usinas trmicas: o calor liberado pela fisso dos tomos de urnio aquece a gua e o vapor move as turbinas, gerando eletricidade.desenvolvimento com equilbrio

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COPA DO MUNDO bRASLIA

GolAo!

Na partida de abertura da Copa das Confederaes de 2013, a Terra vai parar para olhar para Braslia. o torneio de teste para o maior evento futebolstico do planeta em um pas que, de longe, tem a histria mais gloriosa do esporte. os olhos do mundo estaro no corao do brasil. e sabe o que mais interessante? eles estaro no corao de braslia, j que o novo estdio nacional foi construdo exatamente sobre o marco zero da capital projetada. o estdio promete ser o mais sustentvel do planeta e, quem sabe, uma vitrine mundial para as boas prticas da construo civil.

foto: revista novo ambiente/Paulo negreiros

srie

Estdio Nacional de Braslia: quase metade das obras prontas.

elo e inteligente, o novo estdio nacional de braslia (enb), com capacidade para 71 mil espectadores, quando pronto, ser o mais sustentvel do planeta, lanando mo de conceitos claros de desenvolvimento econmico aliado preservao ambiental, utilizando a racionalizao, reciclagem, reso e coleta seletiva de resduos. em busca do indito selo internacional Leed Platinum, conferido pela prestigiada instituio US Green Building Council, tornou-se uma forte referncia na engenharia nacional ao se transformar em uma verdadeira ecoarena. decidimos no construir apenas um estdio, mas uma arena verde, que segue os conceitos mais modernos de sustentabilidade, de aproveitamento dos recursos naturais. no apenas uma obra, mas um legado para a capital do pas, declarou o Governador do distrito federal, agnelo Queiroz, que j recebeu uma homenagem prvia da Green building Council pela iniciativa da construo de um estdio verde. Foi o nico a receb-la entre os 12 estados envolvidos na Copa e apontado pela entidade como o exemplo maior a ser seguido. Nas prximas pginas, voc poder acompanhar uma entrevista com Cludio monteiro, Chefe de Gabinete do Governador do distrito federal e secretrio Executivo do Comit Organizador Braslia 2014, dada Revista Novo Ambiente, na qual ele aponta detalhes sobre a obra e seus efeitos socioambientais e econmicos. veja alguns aspectos interessantes do novo estdio nacional de braslia:

b

- gua de reso aplicada na lavagem dos pneus dos veculos que circulam pelo canteiro de obras. Nenhum caminho sai do local com as rodas sujas, para no poluir a cidade. - Mil toneladas de detritos foram recicladas desde o comeo das obras, em julho do ano passado. - Est em negociao a possibilidade de adquirir cadeiras para o estdio feitas com materiais reciclados. - Foi necessrio retirar 81 rvores exticas ao redor do estdio. Como compensao, esto em plantio 5 mil mudas de espcies nativas. - Os materiais comprados para a construo do Estdio Nacional so ecologicamente corretos. O cimento do tipo CP3, que contm a escria, substncia oriunda da produo do cimento que seria descartada no meio ambiente. - Grande parte dos detritos reutilizada na obra. - O concreto da antiga arquibancada foi britado e, hoje, pavimenta o espao externo do canteiro de obras. Ao todo, foram mais de 200 toneladas de material. - O consrcio responsvel pela construo desenvolve ainda uma srie de projetos, como os ecopontos, para coleta seletiva. - Vrios kits mitigao esto espalhados pela obra, compostos de um tambor de serragem, uma p, um saco de lixo e uma aparadeira. Os operrios esto capacitados para utilizar o equipamento o mais rpido possvel em caso de algum vazamento qumico. - Uma horta foi montada perto do refeitrio dos operrios. Os restos do caf da manh e do almoo, refeies oferecidas pelas construtoras aos funcionrios da obra, so encaminhados ao ptio de compostagem para serem transformados em adubo. Em contrapartida, toda hortalia colhida da horta servida nas 2,5 mil refeies dirias. - A obra da ecoarena est prxima de completar 40% de sua execuo. Cerca de 3 mil operrios atuam no canteiro e o terceiro turno j foi iniciado. Os trabalhos de escavao e fundao (96% concludos) esto em fase final, e a concretagem da arquibancada inferior est em ritmo acelerado, com 60% j executados. - Foi realizado um amplo estudo bioclimtico, uma exigncia de qualquer prdio verde. Ele consiste em um planejamento de como aproveitar melhor fatores climticos, como a iluminao solar e os ventos, para minimizar o uso de lmpadas e ar-condicionado, por exemplo. Ou, ainda, a captao de gua da chuva para a irrigao do gramado. - Depois de pronto, o estdio contar com captao de energia solar e de gua da chuva. O piso no entorno do estdio ser permevel. Alm disso, a arena ser capaz de gerar 2,5 megawatts de energia, o que corresponde ao abastecimento de mil residncias por dia.

Projeto mostra corte lateral do Estdio Nacional.desenvolvimento com equilbrio

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Cludio Monteiro

ENTREVISTA

Secretrio Executivo do Comit Organizador Braslia 2014

dinamizado. talvez essa seja a palavra certa para o homem que nos concedeu entrevista no incio de dezembro. Cludio Monteiro, Secretrio Executivo do Comit Organizador Braslia 2014 e Chefe de Gabinete do Governador agnelo Queiroz, no disfara sua admirao obra para a qual tem se dedicado: o novo estdio nacional de braslia, um exemplo mundial de sustentabilidade. acompanhe a entrevista: As obras do novo Estdio Nacional de Braslia (ENB) esto ou dentro do cronograma, ou adiantadas, enquanto essa no a realidade da maioria dos estdios brasileiros para a Copa de 2014. Qual a dica? Planejamento e vontade poltica. No existe atraso nem no cronograma, nem no pagamento. ns sabemos da nossa responsabilidade e aprendemos com erros cometidos na frica do Sul, no Rio de Janeiro (Jogos Pan-Americanos) e em Belo Horizonte, no que se refere a greves, e assim mantemos adiantado o nosso cronograma. estamos com mais de 40% da execuo pronta. a parte de concretagem, terminaremos entre junho e julho do ano que vem. Para o Governador agnelo Queiroz, esta uma obra prioritria. E o fantasma do elefante branco? o novo estdio no seria mais uma obra cara e que ficaria ociosa depois da Copa? Se voc considerar que o futebol o nico elemento a conduzir a viabilidade econmica dessas arenas, ver que no existe estdio nenhum no mundo que seja autossustentvel. mesmo que tenhamos uma grande tradio nesse esporte, qual a mdia de pblico de so Paulo, o estado mais populoso da federao? Cerca de 9 mil pagantes. E a mdia do Rio de Janeiro? Pouco acima de 6 mil. Isso no mantm estdio nenhum. essa ideia de que um estdio vai ser sustentado apenas por futebol uma ideia superada. at mesmo por causa do advento das tvs fechadas, que permitem que as pessoas, no conforto de suas casas, possam ter acesso a esses espetculos. a

soluo para isso termos arenas multiuso para as quais o futebol apenas um ingrediente. J existem cinco grupos internacionais que j manifestaram interesse em administrar este empreendimento, e para isso exigimos duas coisas: o pagamento de um aluguel ao distrito federal e um calendrio de eventos nacionais e internacionais que iro movimentar o ciclo econmico da cidade. o legado dele t sendo construdo agora e prev os prximos 50 anos, e no h risco, pelas caractersticas da cidade, da arena se tornar um elefante branco. as obras de mobilidade urbana, a melhoria nos servios pblicos, a ocupao e renda da populao ir corroborar isso. Uma obra deste porte conseguir se manter de shows e jogos? A placa da cervejaria que fica no estdio de Munique, na alemanha, paga 7 milhes de euros por ano de publicidade. E o estdio deles fica em uma rea de floresta. Ns temos uma rea singular e uma construo que s poder ser superada em sustentabilidade por moscou em 2018, se assim o quiserem, mas at l eles podem fazer o segundo, porque o primeiro vai ser esse. alm de ser no centro da cidade. o espao que essa arena proporciona para publicidade e grandes eventos singular. e ns temos a populao com a maior renda per capita do pas. no estamos apenas fazendo um estdio, estamos criando um instrumento de desenvolvimento econmico. o estdio estava no marco zero da cidade. O antigo projeto era de um estdio para 110

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foto: revista novo ambiente/Paulo negreiros

aQui a CoPa a P

mil pessoas, que por causa de crises no conseguiu ser concludo. ns resolvemos construir um estdio menor, para 70 mil pessoas, e est instalado no Parque Esportivo. Tem ao lado dele ginsio, centro de conveno, autdromo e um timo setor hoteleiro e de servios j instalados. o que dever facilitar a mobilidade... aqui a Copa a p. as pessoas podem ir do hotel para os estdios a p. Como um modelo de engenharia sustentvel, o que mais lhe chama a ateno nas obras? a sustentabilidade o tema que vai mobilizar o mundo. at que ponto podemos viver da forma errnea que vivemos no passado? a primeira mudana dos governantes na hora de decidir sobre obras ecologicamente corretas. A obra no fica mais cara, voc pode fazer um belo projeto usando o benefcio e sem causar impacto negativo ao meio ambiente, sem aumentar custos. Por isso ns buscamos o selo de sustentabilidade. Por isso que em seu teto sero instaladas placas fotovoltaicas, para fornecer energia para mil residncias, alm da iluminao do prprio estdio e do ginsio ao lado. a cobertura do estdio ser capaz de captar a poluio de 2 mil veculos/dia e uma medida simples. s escolher um material que seja autolimpante e que faz esta captura de carbono. uma questo de atitude. Durante a demolio, 100% do material do antigo estdio foi reaproveitado, o que gerou (e ainda gera) empregos diretos na obra e tambm nas cooperativas de reciclveis.

Essa ideia de que um estdio vai ser sustentado apenas por futebol uma ideia superada. At mesmo por causa do advento das TVs fechadas, que permitem que as pessoas, no conforto de suas casas, possam ter acesso a esses espetculos. A soluo para isso termos arenas multiuso para as quais o futebol apenas um ingrediente.no se pensa por parte. as obras do estdio so uma sala de aula a cu aberto. Hoje, temos cinco turmas de faculdades do brasil todo, no mnimo, a cada sbado, para conhecer o projeto de engenharia do estdio nacional, principalmente nas inovadoras tcnicas de sustentabilidade, buscando a simbiose entre a construo civil e o que a natureza tem a ofertar, como a luz, o sol, vento, de forma a ter um estdio sem impacto ambiental. estamos ajudando a mudar a mentalidade das prximas geraes da construo civil.

Montagem mostra como ficar o estdio inserido na paisagem do Distrito Federal

CAPA eNeRGIA

CAloR, tRABAlho E lUz

Abstrata por definio, muitas vezes tangvel em sua aplicao, a energia permeia a vida do homem desde sua gnese. Indmita sob a forma dos raios solares e outras foras naturais, fomos rpidos em perceber a sua aplicabilidade em nosso favor. nos tornamos to viciados na energia, a ponto de toda a nossa civilizao estar apoiada no desenvolvimento de atividades, recursos e aparatos diretamente dependentes dela. Por sinal, todas as projees de futuro possvel tambm dela dependem.

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foto: revista novo ambiente/leandro dvorak

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foto: revista novo ambiente/leonardo Pepi

oupar foras, recarregar as baterias, passar por uma experincia eletrizante, andar acelerado. so muitas as expresses cotidianas que fazem aluso energia e seus efeitos. no para menos, o corpo humano pode ser encarado como um sistema eletroqumico complexo e independente. Por princpio, a energia que nos move est em nossas vidas desde o momento em que, ainda divididos em gametas, ramos parte de outro organismo. ao segurar esta revista, no preciso momento em que l estas linhas, voc est desencadeando um processo que usa energia. ao seu redor, se estiver de noite, as lmpadas que possibilitam a seus olhos reconhecer a escrita substituem temporariamente a luminosidade da fonte de energia primria do planeta, o sol. parte estes aspectos, importantes para conceituarmos a tal energia e aprxim-la um pouco da nossa rotina no acadmica, fica difcil, seno impossvel, conceber a vida sem a energia. fato que, por estarmos intrinsecamente ligados, ela nos passa s vezes quase despercebida. a mecanicidade de nosso dia a dia nos distancia e nos torna menos analticos quanto ao assunto. basta ligar um interruptor, abastecer o carro, conectar o registro no botijo, e a luz se acende, o carro anda, o fogo est pronto para aquecer a comida. tanto itens de conforto como de primeira necessidade esto associados a uma cadeia de produo energtica extensa, com uma infinidade de fontes e outro tanto de qualidades que as tornam mais ou menos populares. Popularidade aqui no simplesmente opinio, e sim adeso efetiva a esta ou quela fonte de energia. Por tradio, facilidade de obteno ou adequao tecnolgica, as pessoas e pases, em ltima escala, optam por apoiar suas estruturas em matrizes energticas que sempre tendem para uma fonte especfica predominante. no nosso caso, a hidreltrica.

P

Gerao eltrica por fonte no mundo1980 2008Trmica Convencional

(%)

8.017 TWh

19.103TWh

Trmica Convencional

69,6%

67,3%

Nuclear

Nuclear

8,5%

13,6%

Elica

1,1 %Hidro Hidro

21,5%Outras

16,3%Outras

0,4%

2,8%

Geotrmica

0,3%

Solar

Biomassa

Fonte: U.S. Energy Information Administration (EIA); Elaborao: EPE

0,1%

1,3%

Capacidade instalada de gerao eltrica no mundo10 maiores pases (GW)2004 2005 2006 2007 2008 %* Part. %**

Mundo Estados Unidos China Japo Rssia ndia Alemanha Canad Frana Brasil Itlia Outros

3.975,1 962,9 444,1 275,3 218,4 139,3 124,6 120,5 117,0 90,8 81,3 1.401,0

4.112,4 978,0 519,0 277,3 219,6 147,6 125,0 122,8 115,8 93,2 85,5 1.428,7

4.293,1 986,2 625,5 278,7 222,1 156,6 131,6 123,9 115,7 96,6 89,5 1.466,6

4.467,6 994,9 717,4 279,2 224,7 170,2 134,1 126,4 116,5 1 00,4 93,6 1 .510,3

4.624,8 1.010,2 797,1 280,5 224,2 177,4 139,3 127,6 117,8 102,9 98,6 1.549,2*(2008/07) **(2008)

3,5 1,5 11,1 0,5 -0,2 4,2 3,9 1,0 1,1 2,6 2,4 2,6

100,0 21,8 17,2 6,1 4,8 3,8 3,0 2,8 2,5 2,2 2,1 33,5

Fonte: U.S. Energy Information Administration (EIA). Para o Brasil, dados do Balano Energtico Nacional (BEN) 2011; Elaborao: EPE

a luZ dos fatos:

CAPA

ElETRICIDADE

ENERGiA EltRiCA

Gerao, distribuio, demanda. a energia eltrica que nos ilumina e torna mais fcil nossa rotina e por vezes s percebida quando falta apoia-se neste trinmio simples, que esconde a complexidade de uma cadeia produtiva extensa e repleta de variantes. Na verdade, cada uma destas trs etapas responsvel pela maior ou menor confiabilidade e robustez de um sistema. Entend-las apenas um passo para verificar a necessidade de associ-las ao conceito de eficincia.

foto: revista novo ambiente/leandro dvorak

energia um tema que envolve, em ltima anlise, a sustentabilidade ou no do pas, tanto que o documento da AIE (Agncia Internacional de Energia) intitulado Energy Poverty How to Make Modern Energy Universal (em traduo livre Energia e Pobreza, como Universalizar o Acesso Moderna Energia) usa basicamente dois indicadores para verificar esta relao: acesso eletricidade e uso de biomassa para cozinhar. dois ndices simplrios que revelam um nmero perturbador de 1,4 bilho de pessoas espalhadas pelo mundo s escuras, 85% delas em reas rurais. outro documento da aie, publicado recentemente, define o ano que vem, 2012, como Ano Internacional da energia sustentvel para todos, em meio constatao de que nos prximos 25 anos, mantendo as taxas atuais, as emisses de Co2 podero aumentar cerca de 20%, especialmente por conta da atividade do setor energtico mundial, pelo uso de carvo em termoeltricas, como na China, maior consumidor deste insumo. Fato sobre a matriz energtica brasileira e ponto a nosso favor: ela limpa, pois est apoiada no modelo de centrais hidreltricas, que no queimam combustveis e so responsveis pela maior parte da gerao eltrica. esta, por si s, uma das questes centrais para o avano energtico brasileiro. Se por um lado elas so menos poluentes, por outro so onerosas do ponto de vista de implantao e geram impactos sociais e ambientais locais que, se no forem muito bem estudados, podem provocar o colapso irreversvel de ecossistemas.

a

Gases de efeito estufa: a gerao de energia no Brasil emitiu 33 MtCO2e (toneladas mtricas de dixido de carbono equivalente) em 2010 contra 3.500 MtCO2e da China.

Consumo de energia eltrica no mundo10 maiores pases (TWh)Mundo Estados Unidos China Japo Rssia ndia Canad Alemanha Frana Brasil Coreia do Sul Outros2008 Part. %

Polmicas e impactos originada justamente a partir da a discusso sobre a viabilidade ou no de usinas como belo monte, por exemplo. em entrevista Revista Novo Ambiente, o senador mrio Couto (PSDB-PA) aponta a tendncia progressista entre os senadores. belo monte j deveria ter sado h muito tempo. uma necessidade do pas. lgico que teremos um abalo, no h dvida, mas isso em funo do progresso. ns precisamos de energia, pois a nossa est indo para o brejo. No final do governo do Fernando Henrique Cardoso, a crise energtica acabou com sua popularidade, com sua carreira

17.436,9 3.906,4 3.016,6 963,9 857,6 600,6 549,5 544,5 460,9 412,1 402,0 5.722,8

100,0 22,4 7,3 5,5 4,9 3,4 3,2 3,1 2,6 2,4 2,3 32,8

Fonte: U.S. Energy Information Administration (EIA). Para o Brasil, dados do Balano Energtico Nacional (BEN) 2011; Elaborao: EPE

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A Binacional Itaipu (Brasil-Paraguai) a segunda maior em gerao de energia eltrica do planeta.

poltica. Ningum queria o FHC no palanque. Mas uma crise assim afundaria qualquer governo, do lula, da dilma, diz Couto, revelando o temor do governo acerca de uma eventual crise energtica. O estado do Par, em funo de suas atividades de minerao, teve um alto consumo per capita em 2010, correspondente a 2.071 kWh por habitante, muito acima da mdia da regio Norte (1.644 kWh), sendo o nono maior do brasil. alm do impacto bvio da implantao, os mais atentos segurana energtica chamam a ateno para o fator hidro das nossas usinas. Com a matriz amplamente apoiada nelas, o risco para o abastecimento durante uma estiagem pondervel. Da a procura constante por fontes diversas de gerao, nem sempre alimentadas por matrias-primas renovveis ou no poluentes. um mal necessrio, no curto prazo, mas que pode ser paulatinamente escalonado para ser substitudo por fontes alternativas, cujas tecnologias tm se aprimorado nas ltimas dcadas, viabilizando-as comercialmente. A justificativa a nossa grande fome por energia. somos a oitava economia do mundo e o dcimo pas do globo em consumo de energia, conforme fontes da eletronuclear, vinculada eletrobras.

45% de fontes renovveisHidreltricas respondem por

Matriz Energtica Brasileira:

75% da energia eltrica produzida no BrasilEficincia Comportamental e Eficincia Tcnicaapesar de o setor industrial ser o grande guloso no consumo energtico do pas, o Anurio da EPE (Empresa de Pesquisa Energtica), vinculada ao ministrio de minas e energia (mme), mostra que h uma porcentagem significativa e que pode ser consideravelmente melhorada em busca

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foto: revista novo ambiente/leonardo Pepi

Trazer a energia do Sol para dentro da sua vida

devolvendo natureza o respeito que ela merece.

Inovao.

este o principal objetivo da Eletrosul. Com o Projeto Megawatt Solar, a empresa ir instalar a maior planta fotovoltaica em prdio pblico do pas, gerando energia limpa a partir da luz do Sol. Com essa iniciativa pioneira, a Eletrosul reescreve o futuro e faz da sustentabilidade um sonho cada vez mais real.

Consumo por classe(GWh)2004 2005 2006 2007 2008 %* Part. %**

Brasil Residencial Industrial Comercial Rural Poder pblico Iluminao pblica Servio pblico Prprio

356.129 85.784 163.180 55.369 16.022 10.648 10.975 12.164 1.987

377.030 89.885 174.369 58.647 17.269 11.178 11.083 12.441 2.158

388.472 94.746 175.834 61.813 17.941 11.585 11.429 12.853 2.270

384.306 100.776 161.799 65.255 17.304 12.176 11.782 12.898 2.319

415.277 107.215 179.478 69.170 18.500 12.817 12.051 13.589 2.456

8,1 6,4 10,9 6,0 6,9 5,3 2,3 5,4 5,9*(2008/07)

100, 25,8 43,2 16,7 4,5 3,1 2,9 3,3 0,6*(2008)

Fonte: U.S. Energy Information Administration (EIA). Para o Brasil, dados do Balano Energtico Nacional (BEN) 2011; Elaborao: EPE

de maior eficincia de uso residencial, ou um quarto de toda a energia gerada. por isso que, alm de utilizar os interruptores com mais frequncia, tirar eletrodomsticos do modo de espera ou stand by, como gostam os americanos (isto buscar eficincia comportamental), necessrio prestar ateno aos selos de eficincia na hora da compra, como o selo Procel (Programa nacional de Conservao de energia eltrica) .

vale uma ItaipuUma lmpada fluorescente quatro vezes mais econmica do que uma equivalente incandescente.

Eficincia que

Isto significa que se todas fossem substitudas por modelos compactos de 15 W seria poupada uma fora equivalente hidreltrica de Itaipu.Com isso, 1.500 km de florestas deixariam de ser alagadas, ou ainda, no caso de usinas termoeltricas a gs natural, 6 mil toneladas/h de CO2 deixariam de ser lanadas na atmosfera No toa, em uma residncia, o gasto com iluminao ultrapassa 20%, sendo provavelmente um dos fatores de economia domstica mais fceis de controlar.

de olho no selo Procelem escala maior, no Pne 2030 (Plano nacional de energia, documento do ministrio de minas e Energia que faz uma projeo at o ano do ttulo) esto documentados sete passos para maior eficincia energtica, mas que, com um pouco de imaginao, podem ser aplicados ao dia a dia, na ponta da cadeia que nos diz respeito. entender custos pode ser traduzido como por que a conta subiu ou est alta; comparar-se pode ser entendido como ver como anda a conta dos vizinhos, se aumentou ou diminuiu; entender quando e entender onde podem ser comparados a algo como verificar a sazonalidade, por exemplo o uso de aquecedores no inverno

ou de ar-condicionado no vero e otimiz-los, ou verificar se a fiao do imvel necessita de reparos ou at mesmo de um up grade. eliminar despesas, maximizar a eficincia e otimizar o fornecimento so os trs ltimos passos que se seguem aps ao encontro de oportunidades de melhoria, que no caso do consumidor encontrar uma geladeira com a mesma litragem mas que consuma menos, um porto eletrnico ou um chuveiro eltrico menos exigentes do ponto de vista da potncia, entre outros exemplos simples. Para completar, o Plano ainda descreve dois mecanismos (que incidem sobre o uso dentro dos perfis tcnico e comportamental) como compulsrio e voluntrio. o compulsrio com base legal e o voluntrio com fomento a aes de carter econmico ou socioambiental.

Distribuio do consumo final de energia eltricaEnergtico Agropecuria

4%

Transportes

4%

0%

Pblico

8%

Comercial

14%

Residencial

22%

Industrial

48%

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CAPA

TRANSMISSO

Fotos: Revista Novo Ambiente/Oberti Pimentel

Muito bem, ns que consumimos a energia no final da cadeia fizemos nossa parte, entendemos como somos perdulrios, morosos em perceber as necessidades de melhorar os gastos, ou como somos simplesmente desatentos em relao ao uso que fazemos deste servio civilizatrio. mas e a outra ponta, a transmisso/ distribuio? precisamente a que se esbarra novamente na tecnologia para otimizar esta parte da cadeia.

PElo fio

sin (sistema interligado nacional) tem quase 100 mil km de fios espalhados pelo mapa brasileiro, e s por esse dado elementar d para ter uma ideia do trabalho que administrar o funcionamento disso. segundo o mme, a mdia brasileira que os subsistemas (sin, sem e outros) perdem de energia de aproximadamente 17% do que efetivamente gerado, mas que no pode ser aproveitado, ao menos comercialmente. J um dos grandes problemas so as ligaes clandestinas, que geram prejuzos de bilhes pagos pelos consumidores. a perda na cadeia da energia eltrica nos sistemas isolados (amap e amazonas) chegou a incrveis 40% em 2010, e isso se d, em parte, porque muitas usinas termoeltricas ficam desativadas e recebendo para ficarem alertas em caso de necessidade de suporte. a regio norte a que mais perde, desperdiando cerca de 20% da energia. Por ser uma porcentagem alta, que no exclusividade brasileira, mas de todo pas que gera, transmite e/ou distribui, que as redes de transmisso se tornaram objeto de estudos cientficos e tecnolgicos que visam fazer com que elas ofeream menos resistncia transmisso e se tornem mais eficientes. O cobre normalmente o metal condutivo utilizado nos equipamentos, mas mesmo assim ele apresenta algum tipo de resistncia. Isto significa que os cabos e fios feitos a partir dele, ao esquentar, ou mesmo dentro de sua vida programada e utilizao especificada, no entregam, no final, 100% da energia que por eles foi conduzida. Isso se existirem fios l quando a energia chegar, pois o furto desse material causa frequentes prejuzos em cadeia e um trabalho desgastante de reposio, especialmente em reas de ocupao irregular ou mais vulnerveis economicamente.

o

Tarifas de energia eltrica residencial em 2008 no mundopases selecionados (US$/MWh)

Coreia EUA Mxico Frana Brasil Reino Unido Portugal Itlia

96 103 108 173 212 227 233 272

$37

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Smart gridslinhas em srie como algumas das atualmente em uso no brasil esto mais sujeitas a falhas do que as em malha, o que levanta questes importantes quanto arquitetura das redes eltricas, chegando a uma soluo hoje tida como de ponta: as chamadas redes inteligentes de energia ou smart grids, dispostas de forma a permitir a deteco e o contingenciamento de picos e de falhas mais rapidamente, possibilitando remotamente que outros componentes da rede sejam acionados para suprir um excesso repentino de demanda ou para cobrir uma queda abrupta. ainda, a aplicao das smart grids permitir administrar melhor a demanda, podendo inclusive alterar a constituio dos preos que pagamos pela energia. Por exemplo, elas permitiro cobrar mais caro por sua utilizao em horrio de pico e diminuir o preo em horrio de baixa demanda, uma prtica que hoje no possvel, at por conta de um detalhe que mudar com a adoo da rede inteligente: uma nova gerao de medidores, j que os atuais relgios em uso no Brasil provm de uma tecnologia que j completou 100 anos, to caqutico quanto as igualmente centenrias lmpadas incandescentes.

a edP no brasil, empresa do Grupo edP energias de Portugal, quer tornar o municpio de aparecida o primeiro dotado de uma rede inteligente de energia no estado de so Paulo. o projeto piloto prev a instalao de 15 mil medidores para o teste de viabilidade de um conjunto de tecnologias que permitir ao consumidor o acesso a informaes mais detalhadas de consumo de energia, permitindo otimizar o comportamento de utilizao, a escolha de eletrodomsticos e seus reflexos na conta de energia. o consumidor receber sua fatura com maior nvel de preciso. Para a edP, a implantao da smart grid permitir detectar rapidamente pontos com interrupo no fornecimento de energia. as redes inteligentes se encontram em estgio inicial de desenvolvimento em todo o mundo, e a edP quer estar frente deste processo no brasil e na europa, onde j tem uma experincia muito bem-sucedida, e reconhecida pela Comunidade europeia, na cidade portuguesa de vora, nos diz antnio Pita de abreu, diretor-Presidente da EDP no Brasil. Pioneira no pas, a empresa tambm incluir a mobilidade eltrica em seu projeto, prevendo instalar uma rede de postos de abastecimento na cidade paulista, para incentivar a utilizao do veculo eltrico.

Tarifa mdia por regio(R$/MWh)Brasil

2010Mdia Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 265,23 264,50 254,76 269,46 227,31 268,29

Fonte: Agncia Nacional de Energia Eltrica (Aneel): Sistema de Apoio Deciso (SAD) ltima atualizao em 9/5/2011

foto: revista novo ambiente/leonardo Pepi

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CAPA

FONTES AlTERNATIVAS

VENtos E RAiosO Proinfa foi alm de subsidiar fontes alternativas, ele ajudou a consolidar um mercado, principalmente de energia elica, que hoje faz frente em custos (ambientais e financeiros) s outras fontes tradicionalmente mais baratas. aproveitar as vocaes solares e elicas do pas um caminho inteligente e sustentvel e tem ganhado uma substancial ajuda nos meios polticos e do mercado, alm da simpatia dos ambientalistas.

o final de 2011, o Brasil tinha uma potncia instalada de gerao de energia olica de 1,3 GW, ou 1% do total do que h no pas. um percentual que no impressiona ningum, mas o crescimento das usinas de gerao de energia, este sim, impressiona. segundo o anurio Estatstico 2011, da EPE (Empresa de Pesquisa Energtica), o potencial elico instalado no Brasil cresceu 54% de 2009 para 2010, enquanto as termoeltricas e PCHs (pequenas centrais hidreltricas) cresceram entre 16% e 17%. As usinas movidas a petrleo cresceram apenas 2,8% nesse perodo.

n

foto: revista novo ambiente/leonilson Gomes

Turbina elica em Santa Catarina. Com a reduo nos custos de produo das turbinas, a energia elica torna-se cada vez mais presente no Brasil.

Graas ao Proinfa (Programa de Incentivo s Fontes Alternativas de Energia Eltrica), uma excelente iniciativa do governo federal, a energia elica ganhou mercado, escala e preos cada vez mais competitivos nos leiles de compra de energia, explorando uma vocao climtica brasileira. E quem at pouco tempo atrs levava os cata-ventos s piadas, agora se v diante de um mercado pujante, de megaempresas se instalando e gerando dezenas de milhares de empregos. E o ritmo acelerado deve continuar. A Abeelica (Associao Brasileira de Energia Elica) prev uma capacidade instalada de 7 GW ainda em 2014, o que perfaria 5% de todo o potencial de energia brasileiro, ou o equivalente ao potencial de energia nuclear em funcionamento atualmente. O fato de no emitir gases de efeito estufa durante a gerao e os impactos diretos mnimos sobre as regies em que so instaladas, alm da eficincia desta matriz energtica, a colocam como um dos smbolos de uma nova economia sustentvel. Porm, a euforia tem sido frequentemente questionada por aqueles que acusam a to simptica energia elica de deixar atrs de si uma gigante pegada ambiental, com

impacto de todas as ordens. suas torres elicas, que podem ultrapassar os 100 m de altura e vrias toneladas, so todas revestidas de metal, com frequncia o alumnio, que no brasil est associado queima de lenha (e, com isso, matas inteiras) para gerar energia para sua fabricao. ou seja, para construir esta fonte limpa, muitas vezes so utilizadas fontes sujas. As novidades no setor ficam por conta das usinas de pequeno porte, para pequenas empresas, comunidades e at mesmo caseiras, alimentadas por um conceito sustentvel de criar a prpria suficincia energtica, sem depender de extensas linhas de alimentao.

sob o solem agosto deste ano, o brasil ganhou sua primeira usina solar comercial, em tau, no interior cearense. inicialmente, a usina do grupo mPX, do empresrio Eike Batista, tem capacidade de 1 GW (o que d para abastecer 1.500 casas), mas os planos de expanso preveem o potencial para 50 GW. atualmente, o custo de produo da energia eltrica por meio desta

Com o aprimoramento dos painis fotovoltaicos a gerao de energia nas fazendas solares ser cada vez mais eficiente.

foto: divulgao

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Gerao de energia por energtico (GWh)2009 2010 Variao %

Total Gs Natural Hidrulica (i) Derivados de Petrleo (ii) Carvo Nuclear Biomassa (iii) Elica Outras (iv)

462.976 13.182 389.858 12.549 5.416 12.957 20.572 1.238 7.205

509.223 36.910 403.251 14.047 16.790 14.523 25.172 2.177 6.353

10,0 180,0 3,4 11,9 25,4 12,1 22,4 75,8 -11,8

100 7,2 79,2 2,8 1,3 2,9 4,9 0,4 1,2

Fonte: Balano Energtico Nacional (BEN) 2011: Elaborao EPE

matriz mais alto que o valor de venda. A expectativa que em 2020 o preo se torne competitivo em relao energia elica. a fase inicial da usina ocupa uma rea de 12 mil m2 e conta com 4.680 painis fotovoltaicos, que basta ver as fotos no site da mPX desalojaram mata da caatinga para serem instalados. em um clculo bruto, essa rea corresponde a apenas 2% do total que ser ocupado pelos quase 240 mil painis

solares da empresa de eike, que tambm possui em seu portflio fontes de gerao de energia sujas, como as termoeltricas. esta iniciativa pioneira, no entanto, representa um marco, um salto simblico no nvel de pesquisas e estmulo a um mercado que ganha cada vez mais adeptos e tecnologias novas, mais eficientes e mais baratas. sua aplicao em pequena escala a grande aliada do mercado e igualmente dos usurios, pois, apesar da demora, consegue pagar o investimento.

Carta do solsecretrios de estado de todo o pas estiveram presentes na apresentao da Carta do sol, uma lista com 14 propostas que devem nortear a criao de marcos regulatrios para o desenvolvimento da energia solar no bra-

sil. o evento foi realizado no incio de dezembro na cidade do rio de Janeiro. Carlos Minc e Julio Bueno, respectivamente Secretrio do Ambiente do Rio de Janeiro e secretrio de desenvolvimento econmico, energia, indstria e Servios do estado, foram enfticos quanto a criar oportunidades para os avanos da energia solar no setor energtico. Minc, reconhecido defensor das energias alternativas e renovveis (especialmente a solar), ressaltou, em uma conversa com a equipe da revista Novo Ambiente, a importncia da adeso dos demais entes federados Carta. a Carta do sol tenta repetir o sucesso da Carta dos Ventos, por isso o peso poltico do frum fundamental para a definio dos prximos passos quanto a este assunto, disse, frisando que a energia solar deve ser encarada como complementar energia hidreltrica. a dinamarca referncia em energia elica e

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compra energia hidreltrica da noruega. Por que no podemos fazer isto [combinar fontes] tambm no brasil? o potencial, tanto para energia elica quanto solar, existe, resumiu.

as habitaes solares da CDHUdesde de 2007, a Companhia de desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) tem instalado o sistema de aquecimento solar em seus novos conjuntos habitacionais. uma parceria com a eletropaulo eletricidade de so Paulo s.a. vai possibilitar a instalao de 5 mil aquecedores solares em conjuntos habitacionais na Cidade tiradentes e regio, Zona leste da capital paulista, reduzindo o consumo de energia eltrica para famlias de baixo poder aquisitivo. o sistema de aquecimento solar possui dois componentes bsicos: o coletor e o reservatrio trmico. o coletor instalado sobre o telhado e absorve o calor, aquecendo a gua que circula em seu interior. a gua aquecida armazenada no reservatrio, que varia de tamanho conforme a necessidade de consumo, e ento destinada exclusivamente para o banho.

alm dos aquecedores, os chuveiros convencionais dos moradores sero trocados por outros com sistema hbrido, que operam com o aquecedor solar e energia eltrica de baixa potncia, com dispositivo eletrnico para controle de temperatura. isso sem nenhum custo repassado aos mais de 20 mil moradores dos conjuntos habitacionais beneficiados. Esse o primeiro grande projeto nesse sentido que a AES Eletropaulo est desenvolvendo. Nosso objetivo ajudar a melhor qualidade de vida da populao mais carente e, em contrapartida, contribuir com o meio ambiente com a menor emisso de carbono, entre outros ganhos ambientais que o aquecedor proporciona, disse o Diretor Executivo de Operaes da Concessionria, sidney simonaggio. O Gestor do Programa Eficincia Energtica da CDHU, Eduardo Baldacci, que representou o Secretrio da Habitao de So Paulo, Silvio Torres, disse que com a instalao dos aquecedores e a troca dos chuveiros ser permitida uma reduo de 30% na conta de luz do morador. o chuveiro eltrico o maior responsvel pelo consumo de energia em uma residncia. Com a troca do sistema, os muturios tero uma economia de at 30% na conta de eletricidade, ressaltou baldacci.

Capacidade instalada de gerao eltrica(MW)

2009

2010

Variao

%

Total Usinas Hidreltricas Usinas Termoeltricas PCH CGH Usinas Nucleares Usinas Elicas Solar

106.569 75.484 25.350 2.953 173 2.007 602 -

113.327 77.090 29.689 3.428 185 2.007 927 1

6,3 2,1 7,1 16,1 6,9 0,0 54,0 -

100 68,0 26,2 3,0 0,2 1,8 0,8 0,0

PCH: Pequena Central Hidreltrica; CGH: Central Geradora Hidreltrica Fonte: Balano Energtico Nacional (BEN) 2011; Agncia Nacional de Energia Eltrica (Aneel). Elaborao: EPE

resDUOs CONSTRueS

srie

Para edifiCar uma nova ConsCinCiada melancolia cantada por adoniran barbosa no clssico samba em que ele, Mato Grosso e o Joca aperciaram, do meio da rua, a demolio da querida maloca fria dos tits no clssico rock em que eles se perdem na selva de pedra, cada gerao com seu cenrio, mas nas canes uma reflexo urbana: a vida e a morte de prdios. onde quer que seja, a urbanizao transforma paisagens e dita o cotidiano das populaes. A construo civil protagoniza esse processo e precisa urgentemente decidir se segue na histria como a mocinha ou a vil do futuro da humanidade.

DEMoliR VElhos CoNCEitos

mocinha. a construo civil ocupa lugar de destaque na gerao de capital e um dos setores responsveis por manter aquecida a economia do brasil. Com um crescimento de 11% em relao a 2009, somente em 2010 a atividade gerou 340 mil empregos formais, alcanando, no segundo semestre do mesmo ano, a marca de 2,6 milhes de trabalhadores com carteira assinada. foi o melhor desempenho dos ltimos 24 anos. E mesmo que a tendncia seja de desacelerao, a previso que o setor permanea em alta. de acordo com o departamento Intersindical de Estatsticas e Estudos socioeconmicos (dieese), a construo civil deve fechar 2011 com um crescimento de 8%, ndice superior ao esperado para o Pib (Produto interno bruto) nacional. Entre outros fatores, o momento positivo sustentado por polticas criadas pelo

a

governo federal, como o Programa minha Casa minha vida e a segunda etapa do Programa de acelerao do Crescimento (PaC 2), que prev, at 2014, um investimento total de R$ 950 bilhes em obras de infraestrutura em todas as regies do pas. A vil. embora, e, alis, como em muitos outros casos reportados pela Revista Novo Ambiente, no haja um diagnstico preciso dos impactos do setor sobre o meio ambiente, a estimativa que a construo civil seja a maior geradora de resduos slidos do pas. nos centros urbanos, a atividade responsvel, em mdia, por 50% a 70% do total dos resduos gerados. o Panorama de resduos slidos no brasil, elaborado pela associao brasileira das empresas de limpeza Pblica e resduos especiais (abrelpe), revela que no ano passado foram produzidos no pas mais de 60 milhes de toneladas de lixo slido.

A civilizao ergue cidades que definem os rumos das vidas que elas abrigam.

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foto: revista novo ambiente/leonilson Gomes

deste volume, 31 milhes de toneladas foram originadas por novas construes e demolies. sem considerar a coleta do setor privado, a associao calcula que o setor produza cerca de 99 mil toneladas de resduos slidos por dia. o problema, porm, no est tanto na quantidade, mas no destino dado a todo esse lixo. o mais comum que, sem separao adequada, o entulho acabe despejado em aterros, terrenos baldios ou logradouros abandonados pela fiscalizao dos municpios. Um descaso que precisa e pode ser revertido, uma vez que mais de 80% desse material pode ser reutilizado ou reciclado.

obras sustentveis e mais baratasa resoluo 307 do Conselho nacional do meio Ambiente (Conama), em vigor desde 2003, define os diferentes resduos oriundos da construo civil e determina a separao e destinao corretas para cada um. a gesto atribuda aos geradores e ao poder municipal, que deve elaborar instrumentos para disciplinar a atividade no cumprimento da lei. A regra clara e no h mistrio para segui-la. Bastam algumas mudanas simples na rotina das obras. E o melhor, mas em que poucos acreditam, que um projeto de gerenciamento de resduos bem implementado pode representar uma economia significativa para o empreendedor.fotos: revista novo ambiente/estanis neto

Resduos perigosos so frequentes em obras, e podem causar srios danos aos trabalhadores e ao meio ambiente se no forem bem acondicionados.

nem todos so cimento do mesmo sacoClaro, no existe mgica. o que o hbito, se no a repetio sistemtica de um determinado comportamento? Quando foi contratada para implementar o Projeto de Gerenciamento de resduos no canteiro de obras do Universe Life Square, edifcio projetado pelo grupo Th para ser o maior de Curitiba e o stimo mais alto do pas, flvia Wolf, formanda em engenharia Civil, sabia que os resultados no apareceriam da noite para o dia. que a tarefa no consistia apenas em convencer, mas reeducar os cerca de 110 operrios envolvidos na obra para que assumissem uma nova postura. nesse sentido, o desafio era fazer com que a mudana no fosse simplesmente acatada por eles em respeito a uma norma da empresa, e sim que ela se incorporasse como resultado da conscientizao de que, adotando os hbitos sugeridos, eles faro a diferena para o planeta, a partir de novos costumes simples.

A construo civil gerou de resduos em 2010, segundo a Abrelpe.

31 milhes de toneladas

o projeto foi implantado em maro do ano passado. desde ento, o esforo permanente para que todos os resduos gerados pela obra ou pelos prprios trabalhadores, como restos de comida e bitucas de cigarro, sejam depositados nos locais adequados. Aos recipientes, dada a destinao final correta, de acordo com os padres determinados para a classificao de cada lixo madeira e ao, por exemplo, so vendidos para reciclagem. em viglia constante, nada passa despercebido ao olhar mais que atento da profissional, que monitora os coletores diariamente. flvia Wolf explica que o sucesso do gerenciamento

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depende do comprometimento coletivo, mas a partir de aes individuais. basta que um deles deixe de fazer a sua parte para estragar o que foi feito pelos outros. Se em um coletor de plstico, por exemplo, algum joga uma casca de banana, o esforo de todos os outros colegas simplesmente desperdiado, constata a responsvel pelo projeto de gerenciamento de resduos da obra. mensalmente, os funcionrios participam de atividades de integrao, quando assistem a vdeos, palestras e acompanham a execuo do plano. os erros so corrigidos, e os acertos so compensados com sorteios de brindes para que eles continuem motivados.

entre um escorrego e outro, as transformaes ocorridas nesse processo de quase dois anos j so perceptveis. O canteiro sempre organizado e limpo, alm de otimizar a produo, proporciona um ambiente mais agradvel e, principalmente, muito mais seguro. de acordo com rafael tyszka, engenheiro responsvel pelo universe, ao associar o bem-estar com as prprias atitudes, o trabalhador tende a dar continuidade nova postura dentro e fora da obra. o projeto de gerenciamento de resduos faz com que a obra seja mais limpa e mais consciente, ao contribuir para a reduo dos impactos ambientais e promover a reeducao dos colaboradores, afirma o engenheiro.

Prejuzos provocados pela destinao inadequada- Degradao de reas de manancial e preservao permanente. - Assoreamento de rios e crregos. - Ocupao de vias pblicas e degradao da paisagem urbana. - Potenciais vetores para a proliferao de doenas. - Contaminao do lenol fretico.

Se em um coletor de plstico, por exemplo, algum joga uma casca de banana, o esforo de todos os outros colegas simplesmente desperdiado.Flvia Wolf

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obstculosainda que o gerenciamento dos resduos seja uma exigncia legal, nem todas as empresas o executam com a eficincia do exemplo aqui citado. Isso porque a fiscalizao confere apenas o projeto de gesto antes do incio da obra, e a certificao de destinao correta ao final. O durante no acompanhado, e por isso as certificaes nem sempre so a garantia de que o processo foi realmente apropriado. A fiscalizao tambm se mostra ineficiente diante da enorme fatia do setor que atua na informalidade. um estudo feito pelo sindicato da Construo de So Paulo (Sinduscon-SP) aponta que 75% dos resduos gerados pela construo civil provm de pequenos geradores das chamadas autoconstrues ou de pequenas reformas executadas pelos prprios usurios dos imveis, com a utilizao de mo de obra informal. nesses locais, quando no so largados em qualquer lugar, os resduos so entregues a empresas caambeiras, contratadas para transportar

importante que, para cada lixeira, exista uma colorao de sacos de lixo diferente, seno a pr-separao no adianta nada. Para o de metal deve ser usada a cor amarela, para os vidros a cor verde, para os plsticos o vermelho e azul para papis. Caso contrrio, tudo o que sair em sacos iguais das lixeiras misturado novamente no caminho de coleta e de nada adianta ter belas e inteis lixeiras coloridas.

fotos: revista novo ambiente/estanis neto

Universe Life Square, boas prticas daquele que ser o mais alto prdio de Curitiba.

e dar a eles um fim. E, a, h pelo menos dois problemas. um deles a falta de separao. estacionadas nas ruas, as caambas se tornam depsitos de todo tipo de material. Outro problema a idoneidade das empresas que concorrem nesse mercado. boa parte delas funciona sem licena, e, ento, o destino do lixo por elas coletado quase sempre so aterros clandestinos, muitos s margens de rios e em reas de preservao permanente. o livro O Desafio da Sustentabilidade na Construo Civil elenca a informalidade como um dos principais obstculos para que a atividade reduza os impactos. o engenheiro vahan agopyan, coautor da publicao e tambm professor da escola Politcnica da USP, declarou agncia Fundao de Amparo Pesquisa do estado de so Paulo (fapesp) que a informalidade uma questo crtica no setor de construo, tanto em relao aquisio de materiais como na perspectiva da autoconstruo. Essa informalidade um dos principais gragalos para a construo sustentvel, pois faz com que nos afastemos dos preceitos do desenvolvimento sustentvel. outro obstculo apontado pelo professor Dr. Eloy Fassi Casagrande Jr., especialista em meio ambiente, da universidade tecnolgica federal do

Paran (utfPr). em entrevista Revista Novo Ambiente, ele afirma que o setor est condicionado a uma mentalidade inversa, que, corrigida, poderia minimizar consideravelmente os impactos produzidos pela construo civil. do total dos recursos estimados para uma obra, 30% so investidos no projeto e 70% na execuo, quando o correto e tambm mais vantajoso seria fazer o contrrio, diz Casagrande. Priorizando o projeto, possvel elaborar um planejamento detalhado para que no haja desperdcio de materiais e ainda reservar mais dedicao para a busca de solues sustentveis para a manuteno do imvel, como sistemas de reso de gua e eficincia energtica. ainda com relao aos resduos, na avaliao do especialista, falta estmulo para a reciclagem. Como o custo para a implantao de usinas elevado e, somado a isso, ainda no h uma cultura de utilizao dos materiais reciclados nas obras, poucos se arriscam a investir nesse tipo de indstria. Cabe tambm ao poder pblico estimular a reciclagem, estabelecendo parcerias na implementao das usinas e criando outros mecanismos, como incentivos fiscais para os que reciclam e para os que utilizam os reciclados, conclui o professor.desenvolvimento com equilbrio

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gOis PReSeRVAO AMbIeNTAL

mais Proteo ao Cerradoo estado de Gois comemora o crescimento econmico acima da mdia nacional e ao mesmo tempo precisa encarar desafios que a atividade humana gera em seu meio ambiente. o desenvolvimento e a preservao ambiental, sem esquecer as pessoas e a qualidade de vida nas cidades, so duas das principais metas da secretaria do meio ambiente e dos Recursos Hdricos de Gois, que anuncia que o nmero de reas de preservao ambiental deve dobrar no estado at 2014.

Gois:

Cerrado goiano: sensvel e precioso para o equilbrio ambiental.

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m um estado que cresce em ritmo acima da mdia nacional, o desafio do desenvolvimento sustentvel torna-se maior. Novos investimentos chegam, novas indstrias precisam ser instaladas, novos bairros nascem, o emprego e a renda aumentam, e o meio ambiente muitas vezes penalizado. A atividade humana ganha espao e a preservao dos recursos naturais no pode ser deixada de lado; afinal, ela que, em grande parte, garante a qualidade de vida de todos. manter um olhar atento a esta relao entre as pessoas e a natureza parte fundamental dos trabalhos da secretaria do meio ambiente e dos Recursos Hdricos de Gois (Semarh). Para o secretrio da pasta, leonardo moura vilela, o desenvolvimento e a preservao ambiental podem e devem coexistir. Em entrevista exclusiva para a Revista Novo Ambiente, vilela ressaltou que a tecnologia um dos principais aliados da preservao do meio ambiente e apontou novidades.

e

Parque Joo Leitea criao da rea de preservao do Parque Estadual Joo Leite uma das medidas rumo a um futuro mais verde para Gois. o projeto, j aprovado pelo secretrio Leonardo Vilela, prev a criao de uma rea de mais de 2 mil hectares. O objetivo que este novo parque proteja o reservatrio de gua do ribeiro Joo Leite e impea a ocupao irregular da rea, com a garantia da qualidade da gua, que vai abastecer mais de 2 milhes de pessoas. entre as aes do projeto, leonardo vilela explica que ser feita uma zona de amortecimento em torno do Parque Joo Leite, onde as atividades sero restritas e com foco em aes de reflorestamento. O secretrio ainda menciona a criao de um parque abaixo da represa do Joo Leite. Vamos discutir com a prefeitura de Goinia, onde ns temos vegetao de cerrado muito preservada, que pode ser tanto um parque estadual como municipal. o cerrado certamente o bioma mais degradado do brasil, e aes como esta podem simplesmente impedir sua completa extino.desenvolvimento com equilbrio

foto: revista novo ambiente

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Estao de tratamento de gua, Parque Joo Leite.

mais unidades de conservaoalm da criao do novo parque, o governo de Gois pretende ampliar o nmero de unidades de Conservao estaduais (uCes) das atuais 11 existentes para 22, ou seja, dobrar a quantidade de reas preservadas at 2014. segundo dados da Agncia Ambiental do Estado de Gois, as 11 uCes somam quase 117 mil hectares e formam o universo de unidades de Conservao de Proteo integral segundo os tipos de UCs estipulados em mbito federal. aliadas a estes 11 parques estaduais, outras 10 unidades de Conservao de uso sustentvel aPas (reas de Proteo ambiental) somam 1,1 milho de hectares.

dando o exemploo Programa Compensar ambiental j nasceu como o maior programa relacionado ao meio ambiente no estado e seu sucesso pode transformar o governo goiano, em breve, no primeiro governo carbono zero do pas. a ideia central , alm de minimizar drasticamente as emisses de gases de efeito estufa (Gees) do setor pblico estadual, dar o exemplo antes de cobrar dos cidados uma atitude ambientalmente responsvel, explica o secretrio leonardo vilela. o primeiro passo j foi dado com a elaborao de um inventrio de emisses de Carbono de Gois, na primeira fase do Compensar ambiental, em parceria com o banco interamericano de desenvolvimento (BID) a partir de estudos iniciais na capital, Goinia; em seguida, ampliou-se a ao para todo o estado. o projeto envolve quase 800 mil pessoas (180 mil funcionrios do estado e mais de 600 mil alunos da rede estadual de ensino).

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foto: revista novo ambiente/leonilson Gomes

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Latas Papis Plstico Vidro

Restos de comida Cascas e ossos P de caf e ch Galhos e podas

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ATiTUDes CONCeITO

11 AtitUDEsem verde e amarelo

m dos fundamentos da linha editorial da Revista Novo Ambiente o jornalismo til, aquele que participa de forma integrada com a sociedade, buscando seu aprimoramento evolutivo. Esta srie de reportagens tem um objetivo relativamente simples, mas importante: mostrar boas atitudes. Exemplos produtivos, inspiradores, que possam melhorar, em maior ou menor escala, toda a vida do planeta. Compartilhar esta informao parte deste processo capaz de tornar mais harmnica a vida em nossas comunidades, cidades, estados. o que os governos esto criando, pensando e executando para melhorar a vida dos cidados? Como fazem? Com quais recursos? Como as organizaes no governamentais (onGs) esto trabalhando no pas? o que fazem? Como contribuem de forma determinante para o futuro do brasil? e na iniciativa privada que a sustentabilidade se torna um profcuo negcio, inteligente e lucrativo.

u

Chegamos ao final da srie 11 atitudes em verde e amarelo. foram 33 bons exemplos que demonstram a capacidade dos brasileiros de buscar solues para um futuro melhor. Governos, empresas e onGs lanaram sementes ao apresentar suas aes e projetos. a revista novo ambiente acredita ter instigado um debate importante e motivado outros governantes e empresrios a adotar prticas sustentveis em suas instituies e organizaes. apontar certificar de maneira simples a existncia de tais aes, uma forma de dar visibilidade a estes temas e engajar pessoas na tomada de decises e na busca de solues, no caso da Sociedade Civil; comunicar boas prticas corporativas aos consumidores, no caso do Setor Privado; e fortalecer a cidadania e a transparncia do Setor Pblico. Assim, a partir de janeiro, esta srie passa a chamar-se Atitudes em verde e amarelo e far parte de todas as nossas prximas edies.

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Atitudes em verde e amareloGovernoSo Jos do Rio Preto Estado de So Paulo Governo Federal Estado do Tocantins Distrito Federal Estado do Paran Estado de Gois Imprio Governo Federal So Jos dos Pinhais Prefeitura do Rio de Janeiro

que j foram mostradas:Drenagem urbana sustentvel Projeto Mina dgua ICMBio Gesto de unidades de conservao Braslia, Cidade Parque ICMS Ecolgico Programa Compensar Ambiental Implantao da floresta da Tijuca Zona Fr