Upload
castwork
View
236
Download
1
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Publicação bimestral da Quinta da Baroneza
Citation preview
Casas verdesBioarquitetura alia charme e sustentabilidade
BenefíCios do hipismoPrática favorece a postura e dá força aos músculos
renovaçãoGolfe Clube apresenta nova diretoria
no Caminho da estrada realDesvendamos os segredos de Cunha, no interior de SP
# 44//2011
www.siemens.com.br/deltamondo
É assim a linha de placas DELTA mondo LX. Materiais nobres (vidro, metal e três padrões de madeira) para atender ao bom gosto e sofisticação que o cliente deseja. Com DELTA mondo LX os espaços são reinventados e você ganha ao oferecer um mix completo de produtos que utiliza mecanismos da linha Delta mondo. Tudo muito fácil, tudo muito simples.
DELTA mondo LX possui inédito processo de fabricação, design inovador e uma exclusiva variedade de mecanismos para compor ambientes sofisticados e funcionais, incluindo uma série especial de placas com legítimos cristais aplicados.
Todas as placas DELTA mondo LX podem ser usadas com qualquer mecanismo da linha DELTA mondo.
DELTA mondo LXSimplesmente magnífico
Rua Luiz Scavone, 711. Fones: 11 4524 5575 / 4538 5455. Itatiba.
Úni
ca
C
M
Y
K
Rua Luiz Scavone, 711. Fones: 11 4524 5575 / 4538 5455. Itatiba.
Úni
ca
C
M
Y
K
Brumas da Baroneza
Foto
s: C
hem
a L
Lan
os
”You are my sunshine, my only sunshine You make me happy, when skies are greyYou’ll never know dear, how much I love you Please don’t take my sunshine away.”
Jimmy Cliff, em “You are my sunshine”
\\ 7 OlharnaBaroneza #44
AL. GABRIEL MONTEIRO DA SILVA, 2045
SÃO PAULO - SP
FONE: (11) 3062 3626
SHOPPING LAR CENTER
SÃO PAULO - SP
FONE: (11) 2089 0534www.de l t acoz inhas . com.b r
AL. GABRIEL MONTEIRO DA SILVA, 2045
SÃO PAULO - SP
FONE: (11) 3062 3626
SHOPPING LAR CENTER
SÃO PAULO - SP
FONE: (11) 2089 0534www.de l t acoz inhas . com.b r
Todo o charme e requintena cidade e no campo.
Lareiras: a Gás, Artfi re (Álcool 92,8° Inpm) • Elétricas Dimplex • Salamandras ecológicas AmestiChurrasqueiras: portáteis Gás Grill • Patio Heater • Fogões • Fornos à lenha e acessórios
Tel.: (11) 3842 - 0105www.chamabruderlareiras.com.br
e-mail: [email protected] Av. dos Bandeirantes, 499/509 – Vila Olímpia - SP
Todo o charme e requintena cidade e no campo.
Lareiras: a Gás, Artfi re (Álcool 92,8° Inpm) • Elétricas Dimplex • Salamandras ecológicas AmestiChurrasqueiras: portáteis Gás Grill • Patio Heater • Fogões • Fornos à lenha e acessórios
Tel.: (11) 3842 - 0105www.chamabruderlareiras.com.br
e-mail: [email protected] Av. dos Bandeirantes, 499/509 – Vila Olímpia - SP
26 54
Produção e publicação: Fontpress ComuniCação av. pavão, 955, Cj. 85, moema – são paulo, sp – Cep 04516-012 • Tel.: (11) 5044-2557 • E-mail: [email protected]
• Jornalista responsável: márCio padula Carile (mtb 30.164) • Editora-chefe: luana GarCia (mtb 43.879) • Reportagem: alessandro Gonçalves, luana GarCia, márCio padula Carile, paula iGnáCio • Fotografia: Chema llanos, edson Foto e mariana l. Gatti • Colaboração: andré soares • Direção de arte e editoração eletrônica: WaGner Ferreira • Secretária de redação: vanessa almeida • Diretora comercial: anGela Castilho • Executivo de negócios: paulo zuppa • Impressão:
Para anunciar: Tels.: (11) 5044-2557 e 5041-4715 • e-mail: [email protected]
navegue pelas versões on-line da naBaroneza: WWW.quintadabaroneza.Com.br
Publicação bimestral, custeada integralmente por anunciantes.
É proibida sua reprodução total ou parcial, sem autorização por escrito da editora. a Fontpress Comunicação
não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e mensagens publicitárias, bem como dos artigos assinados
inclusos nesta edição.
Conselho Editorial: euriCo villela, josé julio aGuiar de Cunto, renata alves lima, riCardo Campos Caiuby ariani e sérGio lulia jaCob
Superintendência: soCiedade residenCial quinta da baroneza - eduardo eiChenberGer
As brumas da Baroneza
Londres é conhecida por suas brumas, o famoso fog londrino. os densos
nevoeiros que se formam na cidade, ao entardecer e ao amanhecer, são
um das atrações da capital inglesa. mas, de tempos para cá, as famosas
brumas vêm desaparecendo da cidade devido a mudanças nas condições cli-
máticas. Antes um evento rotineiro, hoje fica cada vez mais difícil curtir Londres
envolta em suas brumas.
Porém, para os privilegiados condôminos e visitantes da Quinta da Baroneza,
neste período do ano, basta abrir as janelas ou portas ao amanhecer ou no final do
dia para que o clima de outono/inverno se faça presente, alimentado pelos leves
nevoeiros que tornam o residencial ainda mais bonito e elegante do que já é.
Para que os leitores pudessem ver e “sentir” um pouco das brumas da
Baroneza, a equipe da revista passou uma noite no condomínio e, ao amanhecer,
circulou pelas alamedas, matas e clubes para registrar este fenômeno climático. o
resultado desse trabalho, captado pelas lentes do fotógrafo espanhol Chema Llanos,
você confere na seção Olhar e na Capa.
navegando pelas demais seções da revista naBaroneza, chegamos até a
seção Mundo, que traz uma deliciosa viagem por Cunha (sP), terra das cerâmicas e
das trutas. na seção Galeria, outra jornada, um pouco mais visionária, pelo mundo
mágico do holandês, m. C. escher. e que tal um interessante passeio pela onda da
bioarquitetura? É o que propomos na seção Meio Ambiente.
Para finalizar, uma viagem pragmática, mas não menos importante, pelos
caminhos que nos levam à Baroneza. na seção Infraestrutura, fique por dentro das
novidades sobre a duplicação da rodovia Constâncio Cintra (sP-360), via de chegada
ao residencial.
É isso, caros leitores. Viajem conosco nesta edição!
Um grande abraço,
Equipe naBaroneza
Brumas envolvem o Espaço Ecumênico da Quinta da Baroneza
mundO
galEria
Cidadania
Última Página
CluBE híPiCO
gOlfE CluBE
mEiO amBiEntE
infraEstrutura
aCOntECEClube Hípico
54 //
72 //
88 //
90 //
14 //
22 //
26 //
38 //
40 //
72Fo
to: C
hem
a L
Lan
os
naBaroneza #44\\ 13 Carta dO EditOr
índiCE
Força hípica
Fortalecimento muscular, correção da postura do cavaleiro... são vários os benefícios físicos proporcionados pela prática regular do hipismo. Alguns cuidados na execução dos movimentos permitem que se tire o máximo de proveito da atividade
Por aLessandro GonçaLVes
1
Especialistas em cuidados com o corpo
são unânimes: quando exercido de
forma correta e aliado a uma alimen-
tação balanceada, o hipismo fortalece a mus-
culatura e favorece a postura. E os benefícios
do esporte não param por aí. Wagner Favale,
graduado em Educação Física e pós-graduado
em Fisiologia do Exercício e Biomecânica da
Atividade Física e Saúde, afirma que a prática
também traz uma melhora da força, da mo-
bilidade e da propriocepção, que, em linhas
gerais, consiste no treinamento do sistema
motor, que permite a compreensão e o ajuste
do corpo para um equilíbrio perfeito. “Por
meio dela, alcança-se a postura neutra, que
é a posição de melhor acomodação de so-
brecarga pelo sistema músculo-esquelético, o
que faz o hipismo ser muito utilizado também
como recurso de reabilitação”, diz.
ele explica que o bom desempenho
sob quatro patas depende de uma técnica
\\ 15 CluBE híPiCOnaBaroneza #44
correta de execução de movi-
mentos, por parte do cavaleiro,
aliada a uma base física adequa-
da. “em todo esporte, busca-se
a maior eficiência com o menor
desgaste mecânico da estrutura
corporal. Isso significa que o
desportista quer ter o melhor
desempenho, sem entrar em
quadro de lesão.”
nesse processo, a parce-
ria entre técnico e preparador
físico ganha relevância. “O trei-
nador tem, como função, zelar
pelo ensino e o aperfeiçoamento
da parte que lhe compete,
procurando evidenciar a necessi-
dade da manutenção da postura
adequada”, destaca Favale.
o condicionamento res-
palda o trabalho do instrutor,
cujo objetivo é estruturar melhor
os movimentos do aprendiz ou
desenvolver uma reprograma-
ção da postura, visando à ação
desportiva correta. também
possibilita que o treino seja
otimizado e, consequentemente,
privilegie o aproveitamento
do praticante. “desta forma,
2
2
Como aqueCer antes de pratiCar o hipismoO preparador físico Wagner Favale recomenda que o aquecimento seja sempre orientado por um especialista, já que depende das atividades a serem exercidas no dia. “O praticante nunca deve alongar os músculos previamente. Para aquecer, geralmente indico exercícios com posturas básicas em baixa intensidade, ou seja, posturas fundamentais para que a equitação seja exercida de forma correta”, explica Favale. A seguir, o técnico exemplifica alguns movimentos a serem executados antes do treino. - Agache e permaneça na postura por dois segundos;
levante, finalizando o exercício na ponta dos pés;- Abaixe e eleve o tronco, mantendo o mesmo ereto –
como em uma saudação japonesa;- Sente-se e coloque uma toalha entre as pernas. Pressione
e relaxe, simultaneamente, ambas as pernas;- Sentado e com a postura ereta, execute uma expiração
forçada, enquanto “encolhe” o umbigo.De acordo com Favale, cada um dos exercícios acima propostos deve ser realizado quinze vezes.
16 // CluBE híPiCOnaBaroneza #44
A execução correta dos movimentos, aliada à uma base física adequada, garante bom desempenho por parte do cavaleiro
cavaleiro e amazona podem
desfrutar do prazer de realizar
uma atividade que une desafio,
coragem, força, resistência,
flexibilidade, autoconhecimento,
concentração, a singular intera-
ção com o cavalo e também o
benefício estético”, acrescenta o
preparador físico.
Preparação eficiente
o treinamento deve
trabalhar inúmeros pontos,
como o alongamento da cadeia
posterior do corpo; a força de
membros inferiores, sobretudo
da panturrilha; de adução, que
é a aproximação das pernas,
com equilíbrio do músculo
opositor (o glúteo médio) e a
força estabilizadora do tronco,
dando atenção especial à
musculatura paravertebral e
aos músculos do cinturão ab-
dominal, que são o longíssimo
do dorso, o quadrado lombar,
os multífedos, o transverso, os
oblíquos e o reto do abdômen.
“deve-se treinar também a
mobilidade das articulações
do tornozelo, do quadril e da
coluna”, recomenda Favale.
Quando esse trabalho
deixa de ser realizado de forma
satisfatória, a consequência é o
surgimento de dores na coluna
lombar. Por isso, a orientação
é um fator relevante desde
os primeiros passos. “alunos
de hipismo me procuram com
dores na coluna pela falta de
compreensão da técnica ou
pela incapacidade de realizar
a atividade por não terem fle-
xibilidade, mobilidade articular
e força estabilizadora, que são
os pré-requisitos físicos para o
hipismo.”
Para desenvolver essas
atividades de forma eficaz,
Wagner Favale explica que é
necessário fazer uma planifi-
cação, levando-se em conta
a individualidade biológica,
que é a condição específica
de cada praticante, o histórico
clínico e físico dele e a interação
desses fatores com a moda-
lidade de hipismo. “Faz-se,
para tanto, uma avaliação física
com o intuito de reconhecer
o padrão postural e, a partir
daí, traçar a estratégia que
melhor ajuste para o sucesso
do treinamento.”
questão de segurança
Como em qualquer outra modalidade esportiva, os cavaleiros e amazo-
nas devem usar uniforme. Este assunto já foi abordado anteriormente
aqui, na naBaroneza, mas nunca é demais reforçar que as vestimentas
e acessórios não têm função meramente estética. Se, por um lado,
devem conferir beleza, por outro precisam oferecer conforto e, sobre-
tudo, segurança.
Nos treinos, o praticante deve usar culote, camisa polo ou blusa com
gola padre, botas de couro, que podem ser substituídas por perneiras,
luvas, meias e capacete. O material usado nas provas é praticamente
idêntico, mas demanda um pouco mais de cuidado na escolha das cores.
As calças devem ser claras, de preferência brancas ou bege; a casaca,
preta, cinza, vermelha ou azul-marinho. Em competições internacionais,
pode-se usar as cores das bandeiras de seus países na casaca.3
18 // CluBE híPiCOnaBaroneza #44
4
Ponte lateral- Principais músculos trabalhados: longíssimo
do dorso, quadrado lombar, oblíquos;- Como fazer: mantenha-se na posição por,
no mínimo, 20 segundos; aumente o tempo, gradativamente (máximo: 40 segundos);
- Frequência: três séries por dia; três vezes por semana.
Glúteos- Principais músculos trabalhados: lange lateral, adutores da coxa, tríceps sural (panturrilha),
paravertebrais;- Como fazer: agache lateralmente e mantenha-se na posição entre 12 e 15 segundos; aumente a carga,
gradativamente;- Frequência: três séries por dia; três vezes por semana.
Ponte ventral- Principais músculos trabalhados: multífedos,
transverso do abdômen, reto do abdômen;- Como fazer: mantenha-se na posição por,
no mínimo, 20 segundos; aumente o tempo, gradativamente (máximo: 40 segundos);
- Frequência: três séries por dia; três vezes por semana.
diCas de exerCíCios para melhor desempenho no hipismo
4
6
5
7
20 // CluBE híPiCOnaBaroneza #44
Alongamento da cadeia posterior- Principais músculos trabalhados: da planta do pé, bem como da perna e da
coxa (em especial glúteo, bíceps femural, semitendineo e semimembranáceo);- Como fazer: mantenha-se na posição por, no mínimo, 20 segundos; aumente
o tempo, gradativamente (máximo: 40 segundos); - Frequência: três séries por dia; três vezes por semana;- Importante: deve vir sempre ao final de uma determinada sequência de
exercícios, ou em dias alternados.
parCeiro na reabilitação
Chamada no Brasil de equoterapia, a técnica de reabilitação global (neuropsicomotora) e reintegração
social por meio da utilização do cavalo é mais conhecida como hipoterapia em outros países, segundo o
fisioterapeuta Fernando Guimarães, especialista e introdutor do tratamento no Brasil, em 1989. “O uso do
animal como meio de reabilitação data de antes de Cristo, mas a terminologia hipoterapia surgiu na década
de 1960, na cidade suíça de Basel”, conta. A atividade também induz as pessoas à prática esportiva.
Guimarães explica que a hipoterapia é indicada a quem sofre de qualquer patologia ligada ao sistema
nervoso central e a pessoas que tenham déficit de atenção ou sofram de hiperatividade, rebaixamento
mental e males da coluna, entre outros problemas. Ela vale-se dos movimentos promovidos pelo cavalo
para proporcionar ao paciente um favorecimento no quadro neuropsicomotor.
Para o especialista, as vantagens oferecidas ao praticante são muitas, tais como melhora da postura, da
simetria, da qualidade do tônus; diminuição da espasticidade e os reflexos patológicos; aumento das reações
de proteção e equilíbrio; alongamento e fortalecimento de diversos grupos musculares, além do incremento
da marcha, do controle cervical e do tronco pelo lado motor. “Cada caso é um caso. Existe, sim, um padrão,
que, no entanto, pode ser modificado de acordo com a necessidade de cada paciente”, conclui.
Fotos: 1 e 2 - Chema LLanos; demaIs - arQUIVo FontPress ComUnICação
8 9
FOntE: PrEPArAdOr FíSiCO WAgnEr FAvALE
QBGc tem nova diretoria
O Quinta da Baroneza
Golfe Clube (QBGC)
tem novo corpo di-
retor, empossado no dia 1º de
maio, com mandato bienal,
finalizando no dia 31 de abril
de 2013. a revista naBaroneza
parabeniza e reitera que este
espaço é, e sempre será um
canal de comunicação do clube
com os leitores.
Veja a relação dos diretores e Capitães:
DIRETORIADiretor presidente - Norberto Armando Jannuzzi Raffo
Diretor vice-presidente - Antonio Jacinto Caleiro Palma
Diretor social - Marcelo Roberto Giorgi Monteiro
Diretor administrativo-financeiro - Renato Opice Sobrinho
CAPITANIACapitão - Carlos Eduardo Villela
Vice-capitão - Guilherme de Albuquerque Maranhão Biscaia
Capitã - Vera Lúcia Quaresma
Vice-capitã - Mariangela Fabiane Melcher
Head Pro - Marco Ruberti
Gerência geral - José Carlos Soares
1
No mês de julho, a
equipe do QBGC da-
rá espaço para a 7ª
escolinha de Golfe, com aulas
para crianças e jovens de cinco
a 15 anos. os kids terão noções
de movimento (swing), inicia-
ção, princípios que norteiam o
esporte, o respeito como outros
jogadores e com o campo,
honestidade na contagem, as
regras do jogo, desenvolvimento
da mecânica do movimento para
se bater na bola, além de outras
premissas básicas.
as aulas serão ministra-
das no driving range (área de
treinamento), aos sábados das
10h às 11h; e no campo, de
quarta a sexta-feira, das 10h
às 11h. as bolas e tacos serão
oferecidos pelo clube.
todas as crianças, de
cinco a 15 anos, filhos e filhas
de golfistas e sócios do QBgC
estão convidadas para participar.
tacadas nas Férias de julho
Fotos: 1 - © IstoCkPhoto.Com / datareC; 2 - Chema LLanos
2
\\ 23 gOlfE CluBEnaBaroneza #44
na onda da BioarQuitetura
26 // mEiO amBiEntEnaBaroneza #44
É possível conciliar projetos arquitetônicos sofisticados à utilização de materiais como o barro, palha ou revestimentos naturais. As paredes e telhados verdes também estão em alta, e conferem charme às residências
Por PaULa IGnaCIo
Mais do que uma
simples tendência,
criar novas manei-
ras de se conciliar o consumo e
o estilo de vida à preservação
do meio ambiente consiste,
para muitos, no grande desafio
da arquitetura moderna. nesse
cenário, ganha força o termo
bioarquitetura, que congrega
todos os tipos de construção
que priorizam o uso de materiais
naturais – ou mesmo recicláveis
–, proporcionando economia de
recursos e menores prejuízos ao
meio ambiente.
“a chamada ‘casa sus-
tentável’ é uma tentativa de se
amenizar os problemas intrínse-
cos aos sistemas já consolidados
do modo de construir. estas
visões geram arquiteturas bem
diferentes: a linha ecológica se
inicia com um uso adequado de
materiais naturais locais, sem
causar impacto e buscando har-
monia com o meio natural onde
se insere; já a linha sustentável
pode resultar em uma casa
feita totalmente de materiais
industrializados, porém com tec-
nologias para autossustentação
– como uma pequena estação
para tratamento de esgoto,
captação de energia eólica e 1
grandes janelas de vidro, que permitem
uma boa iluminação, por exemplo”, explica o
bioarquiteto paulista César augusto da Costa.
muitos profissionais aderiram ao
conceito de uma vida sustentável e procu-
ram transformar seus projetos de casas e
edifícios em verdadeiros exemplos de como
é possível conciliar beleza e sofisticação
com atitudes conscientes de preservação
ambiental.
o arquiteto marcelo todescan, sócio
da todescan siciliano arquitetura, não só
aderiu ao conceito de sustentabilidade, como
tem empregado em muitos dos seus projetos
a utilização de materiais não agressivos
ao meio ambiente. muito requisitado, já
coordenou projetos na Quinta da Baroneza
e atualmente é um dos participantes do
Transition Towns no Brasil.
o Transition Towns é focado na
harmonização das grandes cidades com o
meio ambiente, bem como em ações de
conscientização sobre o consumo consciente,
descarte de lixo e construções de baixo
impacto ambiental, entre outras questões.
“essas, entre outras ideias, devem ser co-
muns a todos os setores da sociedade para
que, de fato, as cidades iniciem um processo
de transição capaz de beneficiar a todos os
habitantes”, afirma todescan.
Earthships
há diversas maneiras de se reciclar
materiais como o plástico, o alumínio, o
vidro e o papel, e uma delas é o reaprovei-
tamento dos mesmos como matéria-prima
em construções. o arquiteto norte-americano
michael reynolds, por exemplo, criou um
conceito de vida sustentável a partir da edifi-2
28 // mEiO amBiEntEnaBaroneza #44
3
Nestas páginas, “paredes verdes” assinadas pelo francês Patrick Blanc
cação de casas totalmente independentes, as chamadas Earthships.
a construção se dá a partir de pneus descartados cobertos
com barro do próprio local onde a casa será construída. Os vãos
entre os pneus são preenchidos com barro e outros materiais des-
cartados, como latinhas e garrafas pet. após secagem, as paredes
ficam prontas para receberem revestimento.
a impermeabilização do chão, por sua vez, é feita com pneus
velhos picados misturados com cimento ecológico. e todas as casas
têm seu aquecimento e energia garantidos pela luz solar.
Dome House
as Dome House, ou casas-cúpula, são habitações construídas
com o mais inusitado de todos os materiais: o poliestireno expandido,
mais conhecido como isopor. o formato de cúpula contribui para
uma melhor circulação do ar em seu interior, dispensando o uso de
aquecedores ou aparelhos de ar condicionado.
elas são mais comuns no Japão – principalmente porque
resistem a terremotos por conta do seu formato circular –, mas
também são encontradas em países como China e Estados Unidos.
o curto tempo de construção e o isolamento térmico que as
Dome House oferecem são alguns dos benefícios que incentivam
sua disseminação pelo mundo. Alguns estudiosos chegam a afir-
mar, inclusive, que este tipo de residência contribui para a cura de
Abaixo, interior de casa-cúpula (Dome-House); à dir.,
projeto de César Augusto da Costa executado com
materiais naturais e/ou reaproveitados
54
30 // mEiO amBiEntEnaBaroneza #44
doenças como rinite e asma. Por
ser uma solução antioxidante,
o poliestireno expandido evi-
taria desgastes estruturais na
construção, contribuindo para
amenizar os sintomas desses
males.
Uma das maravilhas da
bioarquitetura é justamente a
possibilidade de se criar dese-
nhos diferentes em construções
que poderiam ser mais sóbrias.
algumas casas se apre-
sentam como verdadeiras obras
de arte, seja em meio à natureza
ou nas grandes cidades. as re-
sidências projetadas pelo arqui-
teto mexicano Javier senosiain,
por exemplo, são absolutamente
inconfundíveis.
Concebidas a partir de
formas orgânicas, suas cria-
ções atuam como esculturas e
algumas parecem flutuar em
meio à paisagem. na Nautilus,
além das formas arredondadas,
senosiain criou jardins internos
que se integram muito bem aos
ambientes. Pedaços de vidro de
diferentes cores aplicados nas
paredes conferem um colorido
e uma iluminação toda especial
aos ambientes. Um luxo.
Paredes e telhados verdes
Pensando em inovações
que favorecessem a qualidade
de vida em cidades onde as
6
32 // mEiO amBiEntEnaBaroneza #44
construções de concreto são mais
comuns, o francês Patrick Blanc
desenvolveu uma pesquisa sobre
as chamadas “paredes verdes”.
Partindo do princípio da criação
de jardins verticais, o botânico
se dedicou a encontrar plantas
que se adaptassem a uma vida
“vertical”, além de terem o
crescimento das raízes mais
controlado.
depois de estudar as
plantas mais adequadas para
um determinado local, Patrick
utiliza em suas criações uma
armação de metal, uma cama-
da de PVC e, por último, uma
camada de feltro. a armação de
metal pode ser “pendurada” nas
paredes ou ser completamente
independente, o que confere
mobilidade ao trabalho. “algu-
mas plantas, se observadas com
mais atenção, costumam crescer
e se desenvolver em terrenos
verticais. sem qualquer tipo de
solo, o sistema planta-suporte
é muito leve e, portanto, pode
ser implementado em qualquer
parede, seja qual for o seu tama-
nho” diz Patrick que, em 2004,
participou de uma exposição no
maB-FaaP, em são Paulo.
ainda pouco comuns
no Brasil, os telhados verdes
também vão muito além da
beleza. eles ajudam a manter
a temperatura da casa mais
amena e contribuem para conter
o aquecimento global, já que
diminuem os prejuízos das
construções ao meio ambiente.
além de todos os be-
nefícios que oferece, o telhado
verde pode ser adotado em
qualquer tipo de casa, contanto
que a estrutura suporte o peso
das instalações e das plantas.
“temos de pensar na insolação,
no tipo de manutenção desejado
e no efeito paisagístico que cada
7
Nesta página, o exterior de uma Dome-House; ao lado, mais uma criação de Patrick Blanc
34 // mEiO amBiEntEnaBaroneza #44
8
permaCultura e eduCação ambiental
Em São Paulo, César Augusto da Costa aproveita sua experiência na área para realizar oficinas educativas
para grupos individuais, condomínios e escolas, oferecendo a oportunidade de aprendizagem sobre alguns
princípios fundamentais de ecologia e utilização de materiais não prejudiciais ao meio ambiente. “Muitos
têm se interessado pelo projeto, pois além de aprenderem mais sobre o aproveitamento consciente dos
materiais disponíveis, também participam da construção de uma pequena escultura ou canteiro para o
jardim”, conta o bioarquiteto.
Crianças e adolescentes, por sua vez, têm a oportunidade de aprender sobre técnicas de construção de
maneira mais consciente, o que futuramente poderá se refletir na maneira como pensam a qualidade de
vida e a necessidade de preservação dos recursos naturais.
O IDHEA (Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica), na capital paulista, procura educar leigos
e profissionais da área, promovendo e divulgando novas tecnologias e o desenvolvimento de materiais
para construção que não prejudicam o meio ambiente. Segundo Márcio Araújo, sócio-fundador do Instituto,
é preciso reconhecer a importância da permacultura. “Esta é uma palavra que surgiu da união de outras
duas: permanência e agricultura. Ela não diz respeito apenas a um modo de se construir, mas a um modo
de se viver, de maneira cada vez mais sustentável, partindo da integração de diversos ramos da economia
e atividade humanas com a própria natureza”, diz.
pessoa pretende obter. alguns
clientes optam pela grama, que
demanda maior manutenção de
poda e rega, e outros preferem
espécies de baixa manuten-
ção. mas sempre encontramos
soluções interessantes”, afirma
manuela Feijó, da ecotelhado.
“o ideal é que se chegue a
uma mistura de espécies colo-
nizadoras, de forma que se crie
um consórcio entre as plantas.
elas podem colaborar entre si”,
acrescenta.
Sistemas para captação de energia eólica e de água da chuva em residências
9 10
saiba maisTransiTion Towns: www.transitionnetwork.org
todesCan siCiliano arquitetura e sustentabilidade: www.tsarq.com
arquiteto César auGusto da Costa: www.espiralando.com.br
inTernacional Dome House: www.i-domehouse.com
VerTical GarDen – patriCk blanC: www.verticalgardenpatrickblanc.com
eCotelhado: www.ecotelhado.com.brearTHsHips: www.earthship.org
instituto para o desenvolvimento da habitação eColóGiCa: www.idhea.com.br
Fotos: dIVULGação
36 // mEiO amBiEntEnaBaroneza #44
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
AF_Anuncio_FS_205x270mm.pdf 1 6/22/11 1:22 AM
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
AF_Anuncio_FS_205x270mm.pdf 1 6/22/11 1:22 AM
caminho renovado
Tema já abordado di-
versas vezes na re-
vista naBaroneza, a
duplicação da rodovia enge-
nheiro Constâncio Cintra (sP-
360) contará com investimentos
de r$ 98,4 milhões, totalmente
custeados pela concessionária
rota das Bandeiras, adminis-
tradora da via.
as intervenções bene-
ficiarão todos os visitantes e
moradores do residencial que
transitam pela estrada, resultan-
do em redução de tempo, mais
segurança, atendimento com
socorro mecânico e ambulância,
monitoramento, serviço de
atendimento ao Usuário (saU),
radares que inibem a velocida-
de, entre outras melhorias.
É evidente que, nesta
fase inicial de obras, em que
a rodovia terá vários desvios,
máquinas e operários na pista,
além do asfalto irregular, o cui-
dado por parte dos motoristas
deverá ser redobrado.
ao término das obras de
duplicação, a sP-360 receberá
outros importantes investi-
mentos. no trevo de acesso do
bairro Caxambu à sPa-067/360,
serão construídos três viadutos.
Já no acesso ao bairro mato
dentro, no quilômetro 70,1,
será implantada uma passagem
inferior para melhorar o tráfego
de veículos. Para oferecer mais
segurança aos pedestres que
circulam pela região, também
será construída uma passarela,
no quilômetro 72,1.
a rota das Bandeiras
vai erguer ainda um viaduto no
acesso ao residencial Parque Fa-
zenda, no quilômetro 74,6, outro
na ligação das marginais norte e
sul, no quilômetro 77,9, e mais
um no quilômetro 78,9, também
entre as marginais norte e sul.
Já entre os quilômetros 77,4 e
81, nos dois sentidos da pista,
serão implantadas avenidas
marginais para facilitar o acesso
dos usuários à rodovia.
Por intermédio de sua
assessoria de imprensa, a con-
cessionária informou que não há
prazo para conclusão das obras
de duplicação da sP-360, uma
vez que as mesmas encontram-
-se em fase de remoção de
interferências, tais como dutos
da Comgás, CPFL, entre outras
Duplicação da SP-360, já em andamento, cria expectativa para uma viagem mais segura e rápida até a Quinta da Baroneza
38 // infraEstruturanaBaroneza #44
Trecho da rodovia SP-360 ainda não duplicado; obras na pista exigem cuidado redobrado no volante
Foto
: dIV
ULG
açã
o/r
ota
da
s Ba
nd
eIra
s
companhias. a naBaroneza se-
gue acompanhando de perto os
trabalhos e trará mais detalhes
nas próximas edições.
Compensação ambiental
o Plano de Compensação
ambiental da rota das Bandeiras
destinará cerca de 15 mil mudas
para o município de itatiba. Está
previsto o plantio de 25 mudas
para cada árvore nativa suprimi-
da nas intervenções realizadas
pela concessionária; e a com-
pensação média de uma área
equivalente ao dobro daquela
suprimida no caso das Áreas de
Preservação Permanente (aPP).
no caso do trevo de Lou-
veira, todas as ações já realiza-
das foram aprovadas pela Com-
panhia ambiental do estado de
São Paulo (Cetesb). O início dos
trabalhos no local que receberá
o novo viaduto e as quatro alças
de acesso exigiu a intervenção
da concessionária em uma
área total de 15.354 hectares,
incluindo uma área com 5.240
ha em aPP e a remoção de 164
árvores nativas isoladas e de 84
árvores exóticas.
a concessionária destaca
que 24 dessas árvores nativas,
entre elas jerivás e jabuticabei-
ras, foram transplantadas para o
quilômetro 107 da rodovia dom
Pedro I, em Itatiba.
diversão e muito chocolate Fotos: edson Foto
40 // aCOntECE Clube HípiconaBaroneza #44
A Páscoa é um dos feriados
mais aguardados do ano,
sobretudo pelas crianças. e
este ano, a data foi ainda mais doce,
em razão do feriado prolongado de
tiradentes. na Quinta da Baroneza,
a época é um convite à diversão em
família. A naBaroneza selecionou
alguns cliques de duas atrações, entre
várias, propostas pelo Clube Hípico: a
apresentação do adestrador de cavalos
antônio Luiz, no picadeiro coberto da
vila Hípica, e a oficina de Páscoa com
a nutricionista kátia negretti. saboreie!
42 // aCOntECE Clube HípiconaBaroneza #44
Depois Do contato com a natureza, naDa melhor Doque o contato consigo mesmo. Beleza e conforto em proDutos De cama, mesa e Banho.
Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues • 272 • Vila Olímpia São Paulo • SP • T.: 3846-6317
Estacionamento no local.
www.ivetenaccache.com.br
44 // aCOntECE Clube HípiconaBaroneza #44
O novo picadeiro coberto do Clube Hípico segue com programação a todo vapor. No dia 22 de maio, foi palco da segunda etapa do Ranking Interno Quinta da Baroneza. Um dia ensolarado, com muitas boas surpresas no circuito. A naBaroneza esteve presente, e selecionou alguns momentos.
disputa acirrada
Fotos: marIana L. GattI
46 // aCOntECE Clube HípiconaBaroneza #44
48 // aCOntECE Clube HípiconaBaroneza #44
50 // aCOntECE Clube HípiconaBaroneza #44
É importante destacar que
construir uma residência não
consiste no simples trabalho de
erguer uma estrutura de cimento,
tijolos e concreto. Mais do que
isso, é entender as necessidades
e os desejos de cada cliente e
de sua família, transmitindo uma
visão clara da casa fi nalizada. Isso
porque, na maioria das vezes, o
cliente não consegue perceber
todos os detalhes no projeto
inicial.
Nossa equipe técnica, com grande
experiência no segmento, procura
interagir com o arquiteto e o
cliente, apresentando sugestões
que vão desde a espaçabilidade
das áreas interna e externas
da residência – procurando
dimensioná-las de forma
agradável e aconchegante
para o uso no dia-a-dia –, até
acabamentos que poderão trazer
difi culdades ou facilidades para a
manutenção diária da mesma.
É como “caminhar” pela casa,
visualizando cada cômodo ainda
no “papel”. Efetuar ajustes nesse
momento assegura, sem dúvida,
o melhor resultado fi nal.
É evidente que não podemos
deixar de lado os processos
construtivos, introduzindo
constantemente novos materiais
e novas tecnologias, com uma
mão de obra treinada e capaz
de executar obras de forma
organizada e planejada.
Grande parte do reconhecimento
que temos no mercado se deve
à perfeita interação com nossos
parceiros e fornecedores que,
ao longo do tempo, absorveram
nosso conceito de QUALIDADE
TOTAL, criando um diferencial, um
detalhe, em cada item fornecido.
São detalhes que fazem toda
a diferença, sobretudo na fase
de acabamentos, e contribuem
tanto para a beleza quanto para
a funcionalidade da casa. Mas,
como são inúmeros os detalhes
envolvidos na construção de uma
residência, a INhouse criou, ao
longo do tempo, um chek list de
acabamentos, com mais de 300
itens a serem analisados no início
e no transcorrer da obra.
Com projetos realizados em São
Paulo, litoral e interior, a INhouse
se orgulha de ter, em seus
clientes, a principal referência de
seu trabalho!
\\ INFORME PUBLICITÁRIO
Atender cada cliente de forma personalizada, de modo
que a obra seja motivo de prazer e o resultado fi nal...
UMA AGRADÁVEL SURPRESA
T + 55 13 3353.6718 C + 55 11 7840.0398 E [email protected]
É importante destacar que
construir uma residência não
consiste no simples trabalho de
erguer uma estrutura de cimento,
tijolos e concreto. Mais do que
isso, é entender as necessidades
e os desejos de cada cliente e
de sua família, transmitindo uma
visão clara da casa fi nalizada. Isso
porque, na maioria das vezes, o
cliente não consegue perceber
todos os detalhes no projeto
inicial.
Nossa equipe técnica, com grande
experiência no segmento, procura
interagir com o arquiteto e o
cliente, apresentando sugestões
que vão desde a espaçabilidade
das áreas interna e externas
da residência – procurando
dimensioná-las de forma
agradável e aconchegante
para o uso no dia-a-dia –, até
acabamentos que poderão trazer
difi culdades ou facilidades para a
manutenção diária da mesma.
É como “caminhar” pela casa,
visualizando cada cômodo ainda
no “papel”. Efetuar ajustes nesse
momento assegura, sem dúvida,
o melhor resultado fi nal.
É evidente que não podemos
deixar de lado os processos
construtivos, introduzindo
constantemente novos materiais
e novas tecnologias, com uma
mão de obra treinada e capaz
de executar obras de forma
organizada e planejada.
Grande parte do reconhecimento
que temos no mercado se deve
à perfeita interação com nossos
parceiros e fornecedores que,
ao longo do tempo, absorveram
nosso conceito de QUALIDADE
TOTAL, criando um diferencial, um
detalhe, em cada item fornecido.
São detalhes que fazem toda
a diferença, sobretudo na fase
de acabamentos, e contribuem
tanto para a beleza quanto para
a funcionalidade da casa. Mas,
como são inúmeros os detalhes
envolvidos na construção de uma
residência, a INhouse criou, ao
longo do tempo, um chek list de
acabamentos, com mais de 300
itens a serem analisados no início
e no transcorrer da obra.
Com projetos realizados em São
Paulo, litoral e interior, a INhouse
se orgulha de ter, em seus
clientes, a principal referência de
seu trabalho!
\\ INFORME PUBLICITÁRIO
Atender cada cliente de forma personalizada, de modo
que a obra seja motivo de prazer e o resultado fi nal...
UMA AGRADÁVEL SURPRESA
T + 55 13 3353.6718 C + 55 11 7840.0398 E [email protected]
Pela Estrada Real...
54 // mundOnaBaroneza #44
Em meio ao vai e vem
frenético de caminhões
da via dutra, iniciamos
nossa viagem até a estância
Climática de Cunha, destino
bucólico e hospitaleiro que, ano
após ano, reafirma-se como
importante roteiro de charme
em são Paulo. da capital, são
cerca de 250 quilômetros de
carro até a cidade. os encantos
do passeio se iniciam ainda na
estrada, mais precisamente em
Guaratinguetá, ao acessarmos
a sP-171. trata-se da histórica
estrada real, antiga rota dos
exploradores do ouro, que liga o
interior de minas Gerais ao litoral
carioca. rodovia estreita e sinu-
osa, mas com asfalto impecável,
digno de rei. a cada quilômetro,
percorremos os passos dos an-
tigos exploradores, envolvidos
pelas nuances da paisagem.
Pela Estrada Real... ...chegamos a Cunha, estância climática rodeada pelas serras do Mar, da Bocaina e do Quebra Cangalha. Terra da cerâmica, das trutas e dos fuscas!
Por LUana GarCIa
Vista exuberante da Pedra da Macela: trilha imperdível
Os caminhões da dutra ficaram para trás, e
araucárias, castanheiras e carvalhos despontam
na paisagem. alguns fuscas cruzam a estrada,
e sugerem que estamos bem perto de Cunha.
os “destemidos” automóveis sobrepõem, de
maneira eficiente, ruas de terra e ladeiras
revestidas de paralelepípedos. E ganharam
status de atração entre os turistas, junto com a
cerâmica local, o verde ímpar e o clima rústico
e reconfortante da cidade.
Localizada entre as serras do mar, da
Bocaina e do Quebra Cangalha, Cunha é o
cenário perfeito para quem busca conforto e
tranquilidade, cultura e tradição em cerâmica
e gastronomia, aventura e contato pleno com
a natureza. nossa primeira parada é a Barra
do Bié, 2,5 alqueires de mata preservada em
meio ao Parque estadual da serra do mar. a
pequena estrada de terra que leva à pousada
reflete a proposta do empreendimento: um local
pensado para que o turista curta ao máximo o
silêncio e do verde deslumbrante do entorno,
se desligando completamente do relógio e do
ritmo impiedoso da cidade grande.
Chegada em Cunha
Saindo de São Paulo: pela rodovia Pres. Dutra ou
Carvalho Pinto, seguir até a saída para a cidade
de Taubaté. Neste trecho, acessar a rodovia Pres.
Dutra, sentido Rio de Janeiro. Na saída do km. 65
(Guaratinguetá), manter-se à direita em direção à
Cunha/Paraty (Estrada Real).
56 // mundOnaBaroneza #44
encantados pelo local, os
proprietários, ana rosa e Ciro
Calfat, optaram por redirecionar
sua vida e negócios para lá há
cerca de cinco anos, deixando
para trás mais de quinze anos
de rotina estressante na capital
paulista. os próprios nos recep-
cionam na entrada na Barra do
Bié, junto com seus simpáticos
– e educadíssimos – companhei-
ros de quatro patas, Gurê, Bié
e dino, cães das raças golden
retriever e são bernardo. “Cui-
damos pessoalmente de nossos
hóspedes e de cada detalhe da
pousada como faríamos com
amigos hospedados em nossa
casa. seguindo o conceito de
hotel butique, optamos por
manter apenas seis chalés de
forma a garantir um atendimen-
to personalizado e de extrema
qualidade”, explica Ciro Calfat.
Cuidado este que se reflete em
mimos como bolsas de água
quente colocadas estrategica-
mente sob os lençóis nos dias
mais frios – no dia 5 de junho,
por exemplo, a temperatura
chegou a 0,9ºC; os chalés de-
corados individualmente, todos
com lareira e espaço para leitu-
ra; ou a oportunidade de provar
delícias preparadas pela própria
ana rosa, como o estrogonofe
A natureza intacta da Barra do Bié: oásis de tranqulidade
58 // mundOnaBaroneza #44
Foto
: Har
uo M
ikam
iBe
llagi
o Co
m. e
Res
t. de
Móv
eis L
tda.
Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1264 - São Paulo - SP - Tel. (11) 3085-3400OUTLET: Via das Paineiras, 3178 - Bairro Pinhal jacaré - Cabreúva - SP . Tel. (11) 4529-5557
AM
BIE
NT
AÇ
ÃO
: Sil
van
a A
nd
rad
e
de pinhão e o risoto de shiitake.
tudo elegantemente servido em
louças Limoges, talheres Cris-
tofle e copos de cristal tcheco,
herança de família do casal.
na pousada, a tranqui-
lidade é total. Ali, é possível
desfrutar do silêncio absoluto,
interrompido vez ou outra por
pássaros ou pelo barulho de rios,
coisa rara para quem mora em
uma metrópole. mas aqueles
que gostam de aventura logo
ficam tentados a explorar a re-
gião e movimentar o esqueleto.
no Parque estadual da serra do
mar, uma boa pedida são as
caminhadas pelas trilhas do rio
Paraibuna, com 1.700 metros de
extensão, e do rio Bonito, que
tem 7.600 metros. também vale
visitas às cachoeiras do desterro,
Pimenta, Jericó, mato Limpo e
Gabiroba. mas o caminho mais
procurado e, sem dúvida, imper-
dível, é o que leva à Pedra da
Macela. A subida é íngreme, e
são cerca de 45 minutos, ou dois
quilômetros, de caminhada (veja
mais informações no quadro).
Mas a vista incrível recompensa
todo o esforço: em dias claros, é
possível avistar, inclusive, a Baía
de Ilha Grande e as cidades de
angra dos reis e Paraty – esta
última distante apenas 47 qui-
lômetros de Cunha, pela estrada
real.
Apurando o paladar
a viagem a Cunha aguça
todos os sentidos, incluindo o
mais delicioso deles, o paladar.
além de lindo, o caminho para a
Pedra da macela reserva ótimas
surpresas também na gastrono-
mia. À apenas 500 metros da
SP-171, fica a taberna Coração
da terra, restaurante charmoso
cujas estrelas do cardápio são
os cogumelos – cultivados pelo
dono, no sítio ao lado, de forma
cuidadosa e essencialmente na-
tural. no inverno, experimente o
“ravioli de shiitake ao gorgonzo-
la e passas”, acompanhado de
um dos bons vinhos servidos na
casa. os pratos do dia reservam
outras boas surpresas, tais como
o “fetuccini ao pesto negro de
funghi, peras glaceadas e lascas
de provolone”. Para fechar o
banquete com chave de ouro,
não deixe de provar os pêssegos
em calda, também da horta
orgânica, acompanhados de
creme de leite. Uma sobremesa
delicada e saborosíssima.
Interior do restaurante e de um dos chalés da pousada: proprietários cuidam pessoalmente dos detalhes
60 // mundOnaBaroneza #44
1
seguindo por mais 1,5
quilômetro na estrada cascalha-
da que leva à macela, desvenda-
mos outro precioso segredo da
cidade, a cervejaria Wolkenburg.
“castelo nas nuvens”, signifi-
cado da palavra alemã que dá
nome ao negócio, é a tradução
perfeita da propriedade man-
tida em Cunha pelo alemão e
mestre cervejeiro thomas rau
e sua esposa, a brasileira heike.
thomas produz suas cervejas
de forma 100% artesanal e or-
gânica no topo das montanhas,
literalmente. “anos atrás, me
apaixonei pelo vale e escolhi
esse local para me estabelecer
com minha família por conta do
clima, da beleza e da qualidade
da água – fundamental para a
qualidade da cerveja. também
estamos bem próximos da praia,
o que é ótimo”, conta o alemão.
a visita à microcervejaria,
aberta ao público aos sábados,
domingo e feriados desde 2008,
é conduzida pelo próprio thomas
e inclui uma degustação dos
tipos produzidos na casa – são
quatro, no total. mesmo com vá-
rios convites, o proprietário não
autoriza a comercialização fora
da cidade. Cuida, pessoalmente,
da produção de cada exemplar,
e não quer que isso mude. “o
que importa é a qualidade, e não
inClua no roteiro
Pedra da Macela: o caminho começa no km 65 da rodovia Cunha/Paraty (Estrada Real). Dalí, são quatro
quilômetros de estrada cascalhada, até a porteira de Furnas. Deixe o carro estacionado próximo à porteira e
siga a pé por mais dois quilômetros. Você chegará em uma estrada asfaltada, bem íngreme, onde caminhará
por cerca de 45 minutos até a Pedra da Macela. Não deixe de levar muita água e protetor solar.
Cachoeira do Mato Limpo: entrada no km 67 da rodovia Cunha/Paraty, na beira do asfalto.
Parque Estadual da Serra do Mar: acesso pela rodovia Cunha/Paraty (km 56,5). Entre à direita na estrada
de terra que dá em Paraibuna. A partir do bairro, são mais 10 quilômetros até a entrada do parque.
Parque Nacional da Serra da Bocaina: rodovia Cunha/Campos Novos – 31 quilômetros do caminho são
asfaltados. De Campos Novos até o Campo da Bocaina, são mais 30 quilômetros. O parque também permite
acesso pela cidade de Silveiras (SP).
Mais informações: www.cunha.sp.gov.br
(da esq. para dir.) A cerveja WolkenbuG; o centro da cidade, rodeado por paralelepípedos; e a Taberna Coração da Terra: encantos de Cunha
\\ 63 mundOnaBaroneza #44
em abril, com trutas – o peixe faz
muito sucesso em Cunha –, entre
outros; a Bretzelfest, em julho,
com pratos típicos da Alemanha
e o irrecusável bretzel feito por
dona Frederick, mãe de heike; e,
em julho, a versão cunhense da
tradicional Oktoberfest, a festa
do chope.
deixando um pouco o
Forno Noborigama do ateliê Suenaga & Jardineiro: tradição centenária
a quantidade”, garante. em data
especiais, a Wolkeburg promove
também festivais gastronômicos
para atrair os turistas, como a
Fischerfest (festa do pescador),
caminho que leva à Pedra da
macela, rumo ao centro da cida-
de, chegamos a outro excelente
restaurante da região, o Quebra
Cangalha. ali, como em diversos
64 // mundOnaBaroneza #44
CerâmiCa em Cunha
suenaGa e jardineiro
Próxima fornada aberta ao público: 02 de julhowww.ateliesj.com.brE-mail: [email protected]
ateliê Flávia santoro
www.flaviasantoro.com.brE-mail: [email protected]
ateliê mieko e mario
miekoemario.sites.uol.com.brE-mail: [email protected]
Carvalho CerâmiCa
Tels.: (12) 3111.2483 / 3742.0785E-mail: [email protected]
Abaixo, detalhe da queima do raku; na pág. ao lado, clique de ateliê de cerâmica
outros locais, as trutas ocupam
posto de destaque no cardápio,
já que a região é forte na cultura
do peixe. de junho a julho, a
estância sedia, inclusive, a “Fes-
ta Gastronômica da truta”. no
Quebra Cangalha, prove a “truta
com purê de abóbora e amên-
doas ao vinho do porto”. mas o
principal atrativo do restaurante
ainda são os pratos inspirados na
cozinha mineira, como a dispu-
tada “leitoa à pururuca”. encerre
a refeição experimentando um
66 // mundOnaBaroneza #44
outras atrações
Pousada Barra do Bié
Rodovia SP-171, km 58,8 + 5,8 km de estrada de terraReservas: (12) 3111.1477www.pousadabarradobie.com.brE-mail: [email protected]
restaurante QueBra Cangalha
Rua Manoel Prudente de Toledo, 540, CajurúTels: (12) 3111.2391 / 3111.2357www.quebracangalha.com.br
taBerna Coração da terra
Rodovia Cunha/Paraty, km 65 + 500 metros de estrada de terraTel.: (12) 9763.8554E-mail: [email protected]
Cervejaria WolkenBurgRodovia Cunha/Paraty, km 65 + 2 km de estrada de terrawww.cervejariawb.com.brE-mail: [email protected]
tudo da roça
Estrada SP-171, km 24Tel.: (12) 9785.7975www.tudodaroca.com.br
dos “doces de tacho” vendidos
ali. Uma delícia.
Cerâmica
Boa parte da fama de
Cunha no cenário do turismo se
deve à tradição centenária da
cerâmica. no centro da cidade
e arredores, os apreciadores da
arte têm acesso a uma diversi-
dade enorme de ateliês, como
os dos artistas Leí galvão, Kimiko
Suenaga, gilberto Jardineiro, Luís
toledo, mieko Ukeseki, Benedita
Olímpia e Sandra Bernardini –
dentre tantos outros.
a cerâmica cunhense
data da época em que a região
ainda era ocupada por índios,
mas ganhou força em torno do
ano de 1975, com a chegada
de artesãos japoneses e por-
tugueses. Com eles, vieram a
cerâmica de alta temperatura e
duas técnicas muito singulares
de queima das peças: o forno
noborigama e o raku.
no noborigama, o fogo
percorre um caminho seme-
lhante ao de um dragão ondu-
lante: vai passando de câmara
a câmara em uma graduação
crescente de temperatura. ela
chega a surpreendentes 1400ºC,
o que resulta em peças com
68 // mundOnaBaroneza #44
superfícies vitrificadas, de muito
requinte e beleza. no raku,
por sua vez, os artefatos são
retirados do forno ainda incan-
descentes, e colocados sobre
serragem de madeira, que
pega fogo. Logo em seguida,
as peças são lavadas em água
fria. esse choque cria efeitos
interessantes e imprevisíveis,
e é também responsável pelo
craquelado escuro característico
do raku.
além de mergulhar de
cabeça em diferentes técnicas
aprimoradas durante séculos,
o visitante tem a oportunidade
de levar para casa peças únicas,
muitas delas saídas diretamente
Fotos: dIVULGação e arQUIVo FontPress ComUnICação
Ateliê Flávia Santoro de cerâmica
do forno. Isso porque alguns
ateliês, como o suenaga & Jar-
dineiro – que tem um fantástico
forno noborigama logo na en-
trada –, promovem as chamadas
“aberturas de forno” em datas
pré-programadas.
Com a bagagem rica em
cultura e bons momentos, ini-
ciamos nosso retorno à capital.
mas antes, vale uma paradinha
estratégica no tudo da roça. nas
prateleiras, tradições do campo
produzidas com carinho e bom
gosto, tais como biscoitos, bolos,
geleias, compotas salgadas, de
pimenta, doces e agridoces,
como chutneys e relish. delícias
de dar água na boca.
70 // mundOnaBaroneza #44
o mundo mÁGico de escher
Por PaULa IGnÁCIo
Exposição ajuda o visitante a compreender truques de ilusão de ótica do artista holandês1
72 // galErianaBaroneza #44
Após uma temporada de
sucesso em Brasília e rio de
Janeiro, O Mundo Mágico de
Escher, mostra que celebra o legado
do artista holandês maurits Cornelius
escher, desembarcou em abril na
cidade de são Paulo. as 95 peças ori-
ginais, pinceladas do acervo da Haags
Gemeentemuseum, mantenedora do
museu escher, permanecem expostas
até o dia 17 de julho, no Centro Cultural
Banco do Brasil, com entrada franca.
o curador da exposição, Pieter
tjabbes, esteve no museu dedicado
ao artista, na holanda, e organizou
as obras de acordo com um recorte
cronológico – entre 1919 e 1960. “são
trabalhos raros e muito procurados
para exposições. só existem três co-
leções no mundo. as gravuras, todas
Mostra comemorativa apresenta 95 desenhos, entre litografias e xilogravuras, de um dos artistas mais matemáticos de todos os tempos
Por meio do acúmulo de gor-
dura na pedra, o desenho é
fixado em papel, madeira ou
tecido. as xilogravuras, por sua
vez, são desenhos criados por
meio de entalhes em madeira,
que podem ser transferidos
para o papel.
o artista holandês estu-
dou arquitetura e artes, mas te-
ve de abandonar os estudos em
razão de problemas de saúde.
mesmo assim, dominou técnicas
como a xilogravura e a litografia,
À esq., litografia inspirada na teoria do matemático Augustus Möbius; à dir., mais uma instalação exposta na mostra itinerante
elas originais, são muito frágeis
e o Haags Gemeentemuseum
não poderá exibi-las por mais
de quatro anos após a exposição
brasileira”, conta tjabbes.
escher nasceu na cidade
holandesa de Leeuwarden e
viveu entre os anos de 1898
e 1972. Sua obra é constituída
principalmente por litografias
e xilogravuras. A litografia é
uma espécie de gravura que
utiliza como materiais a pedra
calcária e um lápis gorduroso.
2 3
74 // galErianaBaroneza #44
e trabalhou com princípios de
desenhos tridimensionais.
exercitando desenhos,
escher subverteu a noção de
perspectiva. ele dividiu os mes-
mos em várias partes regulares,
criando formas geométricas
que se metamorfoseiam em
animais, homens e objetos. o
mesmo princípio também foi
utilizado para a construção de
imagens impossíveis de serem
pensadas ou construídas no
mundo real.
após uma visita a cidade
de Granada, no sul da espanha,
escher passou a fazer desenhos
onde tentava seguir os padrões
geométricos encontrados nas
paredes do palácio de La alham-
bra, local de moradia de antigos
sultões árabes.
os árabes tinham gran-
de conhecimento de mate-
mática, e cr iaram padrões
de triângulos, quadrados e
hexágonos para conseguir
preencher todos os espaços
À esq.: em desenhos que se dividem sucessivamente, o
artista explora a ilusão de repetição infi nita; na obra Stars
(à dir.), fi guras de poliedros auxiliam na construção de
imagens tridimensionais
4 5
76 // galErianaBaroneza #44
Escher subverteu as noções clássicas de perspectiva
Desenhos geométricos encontrados em ornamentos árabes inspiraram série de
litografias de metamorfoses
em paredes, por exemplo. À
sua maneira, representavam
a beleza por meio de imagens
geométricas, já que a religião
islâmica não permite a criação
de representações figurativas.
Para tentar compreender
como funciona a divisão regular
do plano, tomemos como exem-
plo as mandalas árabes. elas
são circulares ou quadradas, e
divididas internamente em
partes iguais. Cada parte é
preenchida com um desenho
geométrico.
escher, por sua vez, usou
esse mesmo princípio para pre-
encher os espaços com desenhos
6
7
78 // galErianaBaroneza #44
de perspectivas tridimensionais.
Esse exercício é interessante,
pois causa a impressão de que
existe movimentação da figura.
Poliedros, espelhos e Faixa de Möbius
além das imagens mou-
ras, escher se inspirou em es-
tudos das formas de minérios
– como o cristal – para criar
desenhos de mundos impossí-
veis. seu irmão era geólogo, e
por isso ele teve contato com
manuais de cristalografia (estu-
dos das formas e propriedades
dos cristais). esses minerais pos-
suem o formato de um poliedro.
Imaginemos um diaman-
te lapidado ou a figura de um
quadrado tridimensional trans-
parente. dentro dele, uma estre-
la tridimensional. o artista então
criava desenhos dentro de cada
uma dessas partes. explorava
quais imagens poderiam ser
admitidas dentro dos poliedros,
o que causava a impressão de
tridimensionalidade. A litografia
8
Nesta página, instalação de “O Mundo Mágico de Escher”
80 // galErianaBaroneza #44
9
stars mostra exatamente como
funciona esse princípio.
outras ideias surgiram a
partir da Faixa de möbius, forma
desenvolvida pelo matemático
alemão augustus möbius. trata-se
de uma construção simples: uma
fita ou pedaço de papel, em que
as duas pontas são coladas, dando
a impressão de que há dois lados –
mas, na realidade, só existe um. a
ilusão de ótica provocada chamou
a atenção de escher, que criou du-
as xilogravuras denominadas Laço
de Moebius I e Laço de Moebius II.
desta forma, para criar a
sensação visual de tridimensio-
nalidade em desenhos, o artista
holandês fez uso não somente
das formas dos cristais, mas
também de espelhos côncavos
e convexos, que distorcem as
imagens reais e causam efeitos
óticos interessantes.
Noção de infinito e construção de mundos impossíveis: elementos marcantes
82 // galErianaBaroneza #44
em várias imagens, po-
de-se perceber figuras maiores
que se dividem em menores,
causando a sensação de que
a divisão não acaba nunca.
a exploração de construções
infinitas pode ser percebida em
obras como Menor e Menor e
Cascata, e é tema recorrente na
obra do artista.
durante visita à mostra,
com a ajuda de espelhos côn-
cavos e convexos e o posicio-
namento correto de espelhos
planos, é possível vivenciar
diferentes experiências que uti-
lizam os mesmos princípios da
tridimensionalidade impossível
encontrada na obra do artista.
serViço
exposição: O Mundo Mágico de Escheronde: Centro Cultural Banco do BrasilRua Álvares Penteado, 112, Centro, São Paulo – SPquando: De 19/04 a 17/07Aberto de terça a domingo, das 9h às 20hinFormações: (11) 3113-3651 / (11) 3113-3652Entrada franca
Acima, a obra “Subindo e Descendo”; Abaixo, “Côncavo e Convexo”
10
11
84 // galErianaBaroneza #44
o visitante também tem
a oportunidade de assistir a um
filme em 3d, e de participar
de uma viagem por dentro
de alguns de seus principais
desenhos.
É realmente impressio-
nante em escher que este
não tivesse pleno domínio
ou conhecimento de teorias
complexas da geometria e da
matemática. suas criações são
até hoje analisadas e utilizadas
por matemáticos e educadores
do mundo todo, ajudam a
compreender noções de pers-
pectiva e convidam a brincar
com a “existência mágica” de
mundos impossíveis.
Acima, nesta pág., Céu e Água, um de seus trabalhos mais conhecidos. Ao lado: jogos óticos
proporcionados por espelhos côncavos e convexos também serviram de inspiração ao artista. Abaixo, imagens impossíveis que passam a ideia de infinito
13
12
Fotos 2, 4, 5, 6, 7, 10, 11, 12, 13 e 14: © the m.C. esCher ComPany B.V. Baarn, the netherLands e Fotos 1, 3, 8 e 9: dIVULGação
86 // galErianaBaroneza #44
14
É antigo o projeto de se ter próximo ao
residencial uma área própria destinada ao
lazer dos empregados e seus familiares
residentes na Quinta da Baroneza.
Pois, neste ano, esse lugar tão sonhado por
todos começa a sair do papel.
em uma área doada pelos empreendedores
do loteamento, próxima à portaria II, está tomando
forma uma praça de lazer. Lá, crianças, jovens e
adultos encontrarão, em meio ao verde, mesas e
bancos para piquenique, quiosques, churrasquei-
ras, parquinho infantil, tanque de areia, campo
de futebol gramado e uma quadra de vôlei de
areia. tudo isso dentro de um espaço seguro e
organizado.
trata-se de uma área pensada com carinho
para aqueles que, com seu trabalho e dedicação,
fazem da Quinta da Baroneza nosso lugar predileto.
e, por outro lado, as novas instalações vêm para
distinguir e engrandecer ainda mais a Quinta
da Baroneza, que se reafi rma como modelo de
cidadania e admiração.
Contribua com a Comissão de Cidada-
nia. envie seus comentários e sugestões para
sua participação é muito bem-vinda!
Comissão de Cidadania [email protected]
saindo do papel
88 // CidadanianaBaroneza #44
criatividade e experiência
membros dos Conselhos deliberatiVos para
o biênio 2011/2013:
José Roberto d´Affonseca Gusmão (Presidente)
Carlos Jorge Loureiro (Vice-presidente)
Alberto Jacobsberg
Andre Pinheiro de Lara Resende
Carlos Mario Siffert de Paula e Silva
Eliane Consentino
Fernanda Zocchio Semeoni
Rafael Marques Canto Porto
Renato Velloso Dias Cardoso
Ricardo Ermírio de Moraes
Ricardo Uchoa Alves de Lima
Silvio Steinberg
Após 24 meses de gestão, os Conselhos deliberativos da sociedade residencial e do Clube
Hípico Quinta da Baroneza, presididos por ricardo Campos Caiuby Ariani, tiveram concluídos,
no dia 18 de maio, os mandatos que lhes foram conferidos.
os Conselhos deliberativos foram parcialmente renovados, com a entrada de sete novos asso-
ciados. Passam, a partir de agora, a ser presididos por José roberto d’affonseca Gusmão.
A Sociedade residencial e o Clube Hípico agradecem o empenho dos Conselheiros que deixam
suas atribuições e dão as boas-vindas aos novos, desejando-lhes muito sucesso no aprimoramento da
Quinta da Baroneza.
A cada ano é maior o desafio de manter o padrão de qualidade de atendimento: o maior número
de residências prontas acarreta a necessidade de aumentar a infraestrutura disponível e de mantê-la
em adequado funcionamento; equipamentos e estruturas, alguns já com mais de 10 anos, devem
ser renovados ou substituídos; finalmente, a conclusão de novas instalações (restaurantes, picadeiros,
fitness) e a necessidade de um novo padrão de segurança são parte dos desafios a serem enfrentados.
a combinação de ideias novas dos recém-chegados com a experiência dos antigos conselheiros
certamente resultará no encontro de soluções para os desafios que se apresentam.
Sergio Lulia Jacob Eduardo Eichemberger
Presidente Diretor Superintendente
Clube Hípico Sociedade Residencial
Foto
: Ch
ema
LLa
no
s
90 // Última PáginanaBaroneza #44
TOLDOBOX ARES
PERGULA EOS
PERGULA 5000PERGULA 5000
SAX 800
proteção, conforto e designpara seus ambientes
@
Os toldos se adaptam às diversas necessidades arquitetônicas, proporcionando maior funcionalidade aos espaços além de reduzir a temperatura interna dos ambientes e o consumo de energia.
A TOLDOS DIAS desenvolve as melhores soluções em toldos e rolôs externos, com acionamento manual ou automatizado, e opções de controle de sol, chuva ou vento.