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GERSON CONSTANTINO um homem de fé entrevista:

Revista Mais Conteúdo - Edição 8

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Destaque: Gerson Constantino

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Estamos a pouco mais de um mês para as eleições e os quadros co-meçam a se desenhar. E nós, da Revista Mais Conteúdo, seguimos com nosso papel de informar e apresentar ao nosso leitor alguns dos nomes que estarão nas urnas para serem um dos 18 eleitos.

Mais do que uma obrigação jornalística, é também um dever cívico dar ao ribeirãopirense a oportunidade de saber quem poderá o estar representando nos próximos quatro anos, ainda que saibamos que Polí-tica é um assunto a que, infelizmente, muitos ainda são refratários.

A estes (e todos os outros), deixamos um alerta: não se deixem levar por falsas promessas, não vote em um candidato X ou Y porque é “le-galzinho”, “gente fina” ou “camarada”. Saiba analisar o que esta pes-soa tem feito em prol do seu bairro e da cidade fora do mandato ou se apenas é um daqueles que aparecem de tempos em tempos e ficam “fora de serviço” por três anos e meio.

Outra preocupação, recente, mas que deveria ter sido sempre lem-brada, é se o seu escolhido tem ou não sua Ficha Limpa. Para isso, exis-tem os mais diversos meios de consulta na Internet, como os sites do Tribunal Superior Eleitoral e Tribunal Regional Eleitoral, além do Cartório Eleitoral e a própria imprensa que tem noticiado os casos mais recentes de candidaturas não aprovadas, seja para vereador ou prefeito.

E, independente do merecedor de seu voto ter sido eleito, você, como cidadão, está convidado a participar ativamente da vida políti-ca do município, cobrando tanto os dezessete vereadores da próxima legislatura quanto o prefeito(a) e também comparecendo às sessões da Câmara Municipal. Com isso, você estará dando sua parcela para uma cidade melhor para esta e as futuras gerações.

Danilo MeiraJornalista Responsável da Revista Mais Conteúdo

Está chegando a hora

4. Artigo Prof. Nelson Camargo

14. PolíticaMauro Coelho

8. CidadeBastidores do Festival

25. PerfilDeborah Perrone

6. Palavra do EditorAntonio Carlos Carvalho - Gazeta

22. DestaquesStar Wars Con e Festival do Chocolate

12. GenteDonata

32. PetA importancia da Castração

27. MulherCarla Soares

5. CurtasNotícias do Brasil e do Mundo

17. Matéria de CapaGerson Constantino

34. CrônicaPaulo Franco

11. PersonalidadeAntônio Muraki

26. AutosFusca “Pé de Boi”

7. Fiel RespondeTorcida do Corinthians

24. ReceitaEscodidinho de Carne Seca

13. SaúdeDr. Gerson Suzuki

33. CulturaJovens escritores

31. Ala VoloshynA Identidade

58 anos de históriaA professora Vera Camargo comemorou 90 anos ladeada por dois de

seus alunos do jardim da infância: seu filho, o professor Nelson Camargo e o editor do Mais Notícias, Antonio Carlos Carvalho, o Gazeta.

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Edição 8 - Agosto / 2012

Publicação Mensal de Mais Notícias Empresa Jornalística Ltda.

CNPJ: 05.531.420/0001-18email: [email protected]

Editor: Antonio Carlos Carvalho

Jornalista Responsável: Danilo Meira - Mtb: 43.013

Redação:Thiago Quirino - Mtb: 61.451Isabella Veiga - Mtb: 63.034

Editoração:Gustavo Santinelli

Departamento Comercial: Sidnei Matozo

Claudio Sant’anna

Departamento Jurídico: Dr. Gilmar Andrade de Oliveira

Dr. Eric Marques Regadas

Colaboraram: Nelson Camargo / Dr. Gerson Suzuki

Ala Voloshyn / Paulo FrancoGazeta / Raul Carlos

Administração: Elisete Helena Pimenta

Distribuição Gratuita em:Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra,

Região da Represa Billings

Rua Olímpia Catta Preta, 194 1° Andar, Sala 2 • CEP 09424-100

Centro • Ribeirão Pires • SP Fone: 4828-7570 • Fax: 4828-1599

Impressão: Gráfica Bandeirantes

(11) 2436-3010

Agora surgiu mais um recurso “de marketing”, elaborado por um conhe-cido órgão de comunicação : eleger “o maior brasileiro de todos os tempos”. Essa é uma questão totalmente subjeti-va: Se escolhemos um brasileiro, inevita-velmente estamos esquecendo de citar outros, tão ou mais importantes.

O pior é que, salvo raríssimas exce-ções, escolhemos pessoas famosas, distantes de nós, cujas reais qualidades e defeitos desconhecemos. Para que pudéssemos avaliar com mais objetivi-dade, teríamos que escolher pessoas de nossas relações pessoais cujo caráter e valor conhecêssemos realmente. Mes-mo assim, é difícil, pois como sugeriu o fi-lósofo grego Sócrates, é muito difícil uma pessoa conhecer-se a si próprio, quanto mais ao próximo, ainda mais, tratando-se de uma pessoa distante de nós.

Se votássemos num conhecido ínti-mo, a grande maioria de nós teria que escolher alguém de nossa família ou de longa amizade. Está claro que esse al-guém não seria escolhido na votação geral, por não ser conhecido nacio-nalmente. Também estaríamos sendo injustos, porque a maioria dos maiores brasileiros de todos os tempos vive no anonimato e não são conhecidos de nós.

Mas digamos que, deixando todos esses senões de lado, resolvêssemos vo-tar em alguém: escolheríamos aquele esportista que nos proporcionou mera diversão, que nos manteve alienados da realidade e que nada fez realmen-te de concreto para o crescimento do país e em prol dos cidadãos brasileiros, mas apenas encheu o bolso de dinheiro e muito gastou pessoalmente dentro e

fora do país? Ou aquele político de famí-lia rica, a qual sempre atuou na política e pouco conhece das reais necessida-des da imensa parcela da população, vivendo em berço de ouro? Ou aquele outro que fingiu ou finge defender os ne-cessitados, mas na realidade pertence a uma quadrilha de corruptos? Ou o falso religioso, de interesses duvidosos, cuja verdadeira intenção foi enriquecer-se, enganando a população com truques para tirar-lhes o dinheiro? Ou aquele ator ou atriz de novela, pelo seu porte físico?

Os verdadeiros maiores brasileiros de todos os tempos são os que coletiva-mente fizeram pela ciência, pela cons-cientização e auxílio do próximo, os que morreram pela pátria em defesa de um ideal, o povo humilde trabalhador e ho-nesto, real responsável pela grandeza de um país, do qual se aproveitam os enganadores e vendilhões dos templos.

Nelson Luiz de Carvalho Camargo é pesquisador, professor de Ciências Humanas, Língua Portuguesa, Literatura e de Língua Latina. Leciona nas Faculdades Integradas de Ribei-rão Pires. Nasceu na Vila de Tarumã, estado de São Paulo, em 1947. Veio para Ribeirão Pires, com sua família em 1952, aos cinco anos de idade.

O maior brasileiro de todos os tempos

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Instalada no Masp (Museu de Arte de São Paulo) a mostra traz 20 obras de Michelan-gelo Merisi da Caravaggio e de artistas por ele influenciados (caravaggescos). Dividida em três setores, trabalhos consagrados, novas descobertas e obras “problema”, que es-tão em estudo, a mostra vale ser conferida também pela presença de duas obras muito famosas do pintor: a Medusa Murtola e o Retrato do Cardeal. O curador italiano da expo-sição, Giorgio Leone, garante que esta é uma oportunidade única para os brasileiros.

A exposição do mestre da pintura fica no Masp até dia 30 de setembro. O Museu fica na Av. Paulista, 1578. Acesso a deficientes. Horários: De terças a domingos, das 10h às 18h. Às quintas, das 10h às 20h. A bilheteria fecha meia hora antes. Ingresso: R$ 15. Estudante: R$ 7. Às 3ªs feiras, o acesso é gratuito.

Em portaria publicada no último dia 13, no Diário Oficial da União, o Ministério da Educação criou o Pares (Programa de Aperfeiçoamento dos Processos de Regulação e Supervisão da Educação Superior), que tem como intenção aumentar a participação da sociedade sobre mudanças e exigências que possam impactar nos cursos e vidas dos estudantes.

O MEC explica que a população vai poder participar também do conselho consultivo (órgão criado dentro do Pares) com a finalidade de orientar a atuação da Seres (Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior) na formulação de políticas públicas. Esse conselho proporá soluções sobre diversos temas, em que os representantes das instituições po-derão discutir a política de supervisão do MEC e sugerir prioridades para a educação superior.

A peça “Maria do Caritó”, escrita pelo consagrado dramaturgo Newton Moreno conta a história de uma solteirona de quase 50 anos que tenta se casar. O problema é que Maria, a protagonista, é fruto de um parto complicado e, por ter con-seguido sobreviver, o seu pai prometeu sua virgindade para um santo e a cidade acabou por considerá-la santa também.

Com direção de João Fonseca, o espetáculo está em cartaz no teatro Faap. Rua Alagoas, 903, Higienópolis- São Paulo. Sexta as 21h30, R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada). Sábado 21h00, R$80 (intei-

ra) e R$40 (meia-entrada). Domingo 18h00, R$70 (inteira) e R$35 (meia-entrada).

Mostra “Caravaggio e seus seguidores”

MEC cria programa que regulamenta o ensino superior

Peça “Maria do Caritó” com Lilia Cabral está em São Paulo

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Por Isabella Veiga

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Um duro aprendizadoApós quase dez anos frente ao Mais Notícias, concluí re-

centemente, talvez com algum atraso, que fazer jornalismo é muito mais do que publicar fatos com ética, imparcialidade e independência.

Quando iniciamos com o semanário no longínquo 19 de março de 2003, eu e meus sócios tínhamos uma visão român-tica e até quixotesca do papel que o novo e moderno jornal poderia desempenhar. Aos poucos, a dura realidade come-çou a se impor, e um a um (éramos cinco) foram se afastando para cuidar de afazeres e ganhar a vida de uma forma mais, digamos, normal.

Nós permanecemos, já que o sonho maior era nosso, e temos tocado a empresa com certa dificuldade, porém sem maiores percalços. Crescemos, ganhamos credibilidade e respeito, chegando ao estágio atual com o lançamento da Revista “Mais Conteúdo”, buscando ampliar nosso círculo de abrangência.

Depois de ficarmos sós, diante do desafio de colocar nas ruas semanalmente um informativo confiável e de qualidade, fomos tomando ciência de que só bons profissionais não bas-tavam para cumprir a tarefa a que nos propúnhamos, con-cluindo através da observação e da experiência do dia a dia, a importância de estar inseridos no meio político, social, eco-nômico, religioso, terceiro setor, etc.

É daí que vêm as fontes de informações privilegiadas e ex-clusivas, que permitem produzir matérias de conteúdo irrefu-tável, garantindo assim a credibilidade e, graças a isso, temos publicado artigos e matérias antecipando o desfecho da can-didatura governista de Dedé da Folha, impugnada pelo juiz eleitoral. Muitos continuam afirmando que o candidato do PPS se livrará da sentença e seguirá na campanha. Nós porém, embasados nas informações levantadas, acreditamos poder afirmar ao leitor do Mais Notícias e da Revista Mais Conteúdo, que a lei prevalecerá e assim ocorrendo será mantida a ine-

legibilidade, restando ao candidato incluído na “Lei da Ficha Limpa”, desistir da campanha ou apelar ao TSE (Tribunal Su-perior Eleitoral) e prosseguir sub júdice, correndo o risco caso vença, de perder o mandato para o segundo colocado no pleito.

A coleta de informações privilegiadas e de fontes exclusivas é um processo longo, que exige das partes confiança mútua e interesses em comum de produzir matérias e divulgá-las para a comunidade interessada, ampliando o leque de influência e conquistando cada vez mais a confiança do leitor.

Antonio Carlos Carvalho, Gazeta, Editor do Jornal Mais Notícias

e da Revista Mais Conteúdo

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Mundial de ClubesApós muitos pedidos (e reclamações), a Fiel Torcida vol-

tou outra vez à Mais Conteúdo para esclarecer as dúvidas de torcedores (especialmente rivais) sobre o Mundial de Clubes, competição que o Corinthians disputará pela segunda vez, com a chance de conquistar o bicampeonato.

1 – Quer dizer então que vocês vão atravessar o planeta?Isso mesmo, mano. Agora é o seguinte: vamos até o Japão

conquistar essa taça outra vez “pra” desespero dos antis e de quem dizia que a gente não tinha passaporte.

2 – Você ainda se lembra do primeiro Mundial de Clubes do Corinthians?

Como se fosse ontem. Aquilo sim é que foi Mundial, não aquele joguinho entre um time da Europa e um da América do Sul, certo? Tinha Real Madrid, Manchester United e times do mundo inteiro, como deve ser. Foi sofrido, mas valeu a pena. “Invadimo” o Maracanã e conquistamos o mundo pela pri-meira vez.

3 – Mas a invasão não foi em 1977?Aquela foi a primeira. Em 2000, teve a segunda. Quem es-

tava na Dutra não via nem o começo nem o final da fila. Era tanto corinthiano que não dava nem “pra” contar. Foi uma viagem longa, cansativa, mas valeu a pena ir até o Rio.

4 – Mas tem rival que diminui esse título, não?Falta do que fazer. Eles ficam falando só porque ganhamos

e eles não. Se tivéssemos perdido, iam tentar “zoar” do mesmo jeito. Quer saber? Deixa falar, mano. Enquanto eles cuidam da nossa vida, a gente cuida do que interessa: jogar bola e ser campeão!

5 – Mas e para fazer essa viagem? O valor está meio sal-gado, não acha?

Salgado “tá” mesmo, né? Dez mil não é fácil, mas com um carnêzinho “da hora” a gente paga. Vale tudo “pra” ver o Timão onde quer que seja. Agora é correr atrás, trabalhar bastante para juntar tudo e pagar as parcelas em dia. Vai Co-rinthians!

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Construindo uma festaconfira os bastidores da 8ª Edição do Festival do Chocolate

Por Danilo Meira, Isabella Veiga e Thiago Quirino

Gargalhadas, gastronomia especial, encontro de amigos, música, cultura e muitas atrações. Enquanto o público se di-verte e desfruta do evento de modo geral, existe um bata-lhão de pessoas responsáveis por fazer o evento acontecer. Desde a equipe de segurança, passando pelo atendimento médico, comunicação, manutenção, trânsito e alimentação interna, até a ACIARP e o Conselho Tutelar, há uma elabora-da trama que trabalha para que tudo funcione a contento. A sinergia do trabalho de cada equipe é que resulta na qua-lidade da festa mais querida da região: O Festival do Choco-late.

Ao todo, mais de 500 pessoas trabalharam diariamen-te nos bastidores do Festival. Um dos principais grupos foi a ACIARP (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribei-rão Pires), que desde 2005 mantém parceria com a Prefeitura. A associação é responsável por definir expositores, comercia-lizar chalés (cuja arrecadação é revertida para pagamento de contas do próprio evento), e a captação de patrocínios, como o dos chocolates Harald, parceira em quase todas as edições da festa.

Além disso, também ministra treinamentos e define nor-mas de funcionamento e comercialização dos produtos ali-mentícios, que têm qualidade garantida: “Acompanhamos os chalés de perto e de forma contínua”, explica Deborah Perrone coordenadora de parcerias ACIARP, que ressalta a parceria dos lojistas em diversas inovações, como, por exem-plo a Praça de Alimentação coberta. Se hoje a estrutura é invejada, nem sempre foi assim. Deborah lembra as dificulda-des do começo: “Lembro do primeiro festival. Eram apenas dez chalés e ninguém queria alugar. O Canoa havia partici-pado do Festival de Paranapiacaba e tomado prejuízo e, por isso, estavam com medo. Depois falei com o Geraldo, da Di Roma, e outros comerciantes, que toparam entrar”. Mas aí

veio outra questão: o que vender? Não sabíamos”. A decisão veio rapidamente: “O Sr. Calixto (da Santa Edwi-

ges) tinha um amigo que fazia demonstração de máquinas de chocolate na televisão. Ele conseguiu que ele a trouxesse e então começamos a fazer espetinhos de morango. O equi-pamento chegou no dia do início. Aprendemos a mexer com a máquina e começamos a venda. Foi um sucesso a ponto de todo mundo ter que sair às pressas para outras cidades para comprar as frutas e atender a demanda. Na semana seguinte, vieram mais máquinas e o Morango com Chocolate virou uma das marcas registradas do Festival”. Pois é. E o que seria da festa sem essa iguaria? Impossível imaginar.

ComunicaçãoUm dos aspectos importantes da Festa é a parte de co-

municação que fica a cargo da Secretaria de Comunica-ção, comandada pela secretária Vera Guazelli. “O Festival do Chocolate cresceu desde sua primeira edição e é atual-mente o evento mais importante da cidade. Meses antes do anúncio das datas, formato e programação da Festa, come-ça um trabalho integrado de diferentes departamentos da Prefeitura, liderados pela SEJEL”, comenta Vera.

A Secretaria de Comunicação realiza reuniões semanais desde o final de maio, para alinhar as informações, levantar dados que possam ser relevantes e definir, junto aos organiza-dores, a estrutura para credenciamento, recepção dos jorna-listas, área para fotógrafos, fluxo de produção de sugestões de pauta e envio de imagens e balanços.

“Nos últimos dois anos, apostamos nas redes sociais como importante ferramenta para a organização se comunicar com o público. Na página oficial do Festival do Chocolate no Facebook é possível observar as expectativas do público, di-vulgar o evento em tempo real e esclarecer dúvidas”, acres-centa Guazelli.

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SegurançaCâmeras de monitoramento, canhões de luz, revista na en-

trada do evento e pontos altos para visualização fazem parte da rotina de segurança do Festival do Chocolate. Uma estru-tura de vigilância em que nada ilegal acontece sem ser visto.

Na entrada, mulheres e homens são separados e passam por detectores de metais e revista, ato que visa impedir a en-trada do público com armas ou bebidas alcoólicas. Os pon-tos altos para a visualização servem para que a Polícia tenha controle e observe o Complexo como um todo. Em um deles, um canhão de luz é usado para facilitar a visão de um ponto específico onde algo possa estar errado.

Para a aproximação ser feita de maneira rápida na Festa, os policiais da PM tem um segredo. É o que conta o Capitão Kupstaite: “Temos duas ‘passagens secretas’, por elas é possí-vel chegar rápido em dois pontos do complexo sem precisar passar pela multidão, tornando assim nossa abordagem mais eficaz”, afirmou.

Já o monitoramento por vídeo é feito em uma sala cheia de monitores, que transmitem as imagens produzidas pelas 12 câmeras espalhadas pelo evento. Destas, quatro permitem vi-são em 360 graus. De acordo com Francisco Henrique, geren-te de informática da Prefeitura, o equipamento (controlado por um joystick) já ajudou até a encontrar uma criança. “A avó veio aqui, fez a descrição, fomos e encontramos, tudo por conta da visualização detalhada”, contou o gerente.

O Comandante Xavier, da Guarda Civil Municipal conta que o trabalho em conjunto (PM, e GCM) é um dos segredos da organização do evento. “Tudo está funcionando bem por conta do entrosamento de todos, principalmente entre a Polí-cia Militar e a Guarda Civil Municipal”, comentou.

ManutençãoCélio Moscatelli e Mauricio Nagaiassu são os verdadeiros

responsáveis pela manutenção de todo o espaço. A equipe, composta por funcionários de três secretarias (Educação, In-fraestrutura e SEJEL) e cuidam de problemas relacionados a hidráulica, elétrica e infraestrutura em geral. “Assim que um problema é detectado, resolvemos. Temos que olhar para to-dos os lados, até os buracos no chão. Tentamos prever tudo o que pode acontecer.”, comenta Célio.

Neste ano, a organização foi muito feliz na montagem da estrutura, a ponto de não deixar muito trabalho para a equi-pe. “Nada de grave aconteceu, por isso ajudamos nos outros setores como nas entradas, na retirada de lixo, mas confesso que não é fácil montar isso com toda essa qualidade”, revela o gerente de manutenção.

Célio e Nagaiassu estão na função desde a primeira festa e, com isso, adquiriram a experiência necessária para garantir a qualidade.

AlimentaçãoExiste outra equipe que, para alguns, é uma das mais im-

portantes. Todas as pessoas que trabalham para tornar possí-vel o evento, até mesmo os artistas, não conseguiriam desem-penhar bem sua função se não fosse uma equipe mais do que querida: o time da cozinha.

Parte dela, comandada por Hélio Marinheiro, da empre-sa Lanchonélio Pirâmide, conta com um time de 10 pessoas composto por gastrônomos, nutricionista e até especialista em vigilância sanitária, tudo para providenciar uma alimentação equilibrada e de qualidade para quem trabalha nos bastido-res. “Nos preocupamos em fazer a vontade de todos. Mais ou menos um mês antes do show, o produtor da banda ou do artista vem para a cidade para verificar a estrutura do local e nos entrega uma espécie de cardápio do que deve ter no ca-marim, então procuramos providenciar todos os itens”, conta o empresário. O problema é quando o pedido é muito exóti-co. “Quando não achamos ou não sabemos onde encontrar algum item, ligamos para a produção e perguntamos onde comprar ou se existe outro produto similar”, acrescenta Hélio. Na maioria dos casos, os pedidos são mais simples e incluem refrigerantes, cestas de frutas, pães, tábua de frios, isotônico, chocolates, etc.

Hélio divide seu trabalho com uma equipe da própria res-ponsável por servir refeições aos integrantes da Pasta que trabalham no evento. A cada final de semana foram servidas mais de 1200 refeições. Como o time da SEJEL fica por conta da própria secretaria, Hélio abasteceu outros setores, como a Segurança. Só para a Polícia Militar foram fornecidos mais de 200 kits lanches diariamente (incluindo suco, dois lanches, uma barra de cereal e uma fruta).

Sala de monitoramento do Festival do Chocolate, segurança em primeiro lugar

Equipe de alimentação

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Atendimento médicoAqueles que comeram muito chocolate e ficaram enjo-

ados, sentiram tontura ou falta de ar no meio da multidão durante o Festival do Chocolate, não precisaram se deses-perar. Com certeza alguma das bases de saúde ou ambu-lâncias do evento estavam bem perto para atendê-los.

A estrutura médica da Festa é ampla e conta com dois médicos responsáveis, enfermeiros e técnicos de enferma-gem para realizar procedimentos mais simples e emergen-ciais ao público do evento. No geral, as pessoas procuravam as salas para solucionar problemas mais simples, na maioria dos casos, dor de cabeça, medição de pressão e mal estar.

Paulo Orlando e Graziela Amêndola foram os médicos responsáveis pelo atendimento do setor no Festival, junto com enfermeiros e técnicos de enfermagem. “Nós que cui-damos dos socorros há cinco anos, consideramos um even-to tranquilo pela ausência de bebidas alcoólicas”, ressaltou Paulo. Segundo o médico, no geral, o número de atendi-mentos não passou de dez pessoas por dia.

Conselho TutelarO Festival do Chocolate é conhecido por ser um evento

para a família. Parte desse clima vem do Conselho Tutelar. Com olhos atentos, mãos que guiam e sorriso no rosto, es-tiveram sempre com a atenção voltada para a proteção das crianças durante o evento, como verdadeiros anjos da guarda. Os responsáveis por toda essa atenção são os con-selheiros Antonio Carlos, Waldirene Vieira, Maria Aparecida (Cidinha), Lucimara dos Santos Silva e Claudia Stumpl. Como radares, eles deram alertas para o público a cada postura que pode, de alguma maneira afetar um dos pequenos.

Antonio explica que eles orientam aos pais, que não per-cebem que seus filhos estão ficando distantes, para se apro-ximarem e assim não se percam. Ele afirma que por serem cinco conselheiros, ficam divididos pelo Complexo Ayrton Senna para recomendar melhores condutas para os adultos. “Alguns aceitam tranquilamente, outros não, mas conver-samos e resolvemos da melhor maneira. Dando prioridade sempre a criança”, conta.

Trânsito

Dentre toda a equipe organizadora do evento, os agen-tes de Trânsito, por certo, podem ser considerados grandes heróis. A Secretaria de Transporte e Trânsito, realizou esque-ma de segurança especial no entorno do Complexo Ayrton Senna para garantir a segurança dos visitantes do evento e moradores que passaram pelo local. Os agentes orientavam os motoristas e turistas que passaram no entorno da área da festa.

A maior parte do efetivo foi destacada para manter a or-dem do trânsito e a tarefa foi desempenhada a contento.

Novos preparativosÉ desta forma que se realizou mais uma edição do Festi-

val do Chocolate. Para o ano que vem, como haverá mu-dança na Administração Municipal, o grupo responsável pelos bastidores espera que a estrutura melhore ainda mais e que a Festa mantenha a crescente qualidade e organiza-ção. Uma coisa é certa: o Festival do Chocolate é e sempre será feito por pessoas dedicadas e compromissadas em dar à população um evento da mais alta qualidade.

Equipe da manutenção

Deborah Perrone coordena a atuação da ACIARP

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São 54 anos de vida, mais de 20 anos na política e cinco man-datos de vereança. Esses números fazem de Antonio Muraki um dos políticos mais experientes de Ribeirão Pires. Sua trajetória é marcada por conquistas significativas para a cidade, mas ele não está satisfeito. Sabe que pode fazer muito mais pelo municí-pio que vê com grande potencial de crescimento.

Seu nome, aliás, está marcado na história da cidade como uma das pessoas que trabalhou na elaboração da Constituição Municipal, em que apresentou dezenas de emendas. Entre elas, reserva de 5% de vagas no poder público para pessoas portado-ras de deficiência e o projeto de lei que oficializou o Jardim Pa-norama, um dos primeiros condomínios de Ribeirão Pires, modelo de beleza e organização. Entre várias benfeitorias, também foi responsável pela primeira rua a ser pavimentada em Ouro Fino.

Muraki não tem dúvida de que sua permanência na car-reira política é resultado da aprovação popular de suas ações. “Quando um vereador é reeleito, é por merecimento. Sei que mi-nhas ações em geral agradam a meus eleitores, que me apoiam e incentivam em todas as eleições”, afirma.

O parlamentar também acredita que a continuidade de um trabalho político é fundamental para novas conquistas. Ele sabe que a cidade pode crescer muito, mesmo com a lei ambiental

Por Isabella Veiga

Muraki: uma trajetória de sucesso

(que é bem restrita e severa). “Ribeirão é a melhor cidade do ABCDMRR e tem muito potencial. Muitas pequenas e médias em-presas poderão ser instaladas na cidade, além de condomínios e o turismo pode ser fomentado pela realização de mais eventos culturais”, explica.

Muraki vê algumas prioridades para Ribeirão que pretende fis-calizar caso seja reeleito. Uma delas é a continuação do projeto “Minha casa, minha vida”, que visa atender algumas centenas de famílias residentes em locais de alto risco e que têm as suas moradias interditadas por conta das chuvas ocorridas em 2009 e 2010. Além disso, a cidade precisa discutir o novo convênio de licenciamento ambiental, construir mais unidades de escolas e creches (para assim reduzir as filas), além de finalizar o Hospital Santa Luzia tornando-o estadual. “A prioridade nº1 é essa: o esta-do assumir a administração do hospital. Para a prefeitura é impos-sível pelo alto custo operacional” finaliza.

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Por Thiago Quirino

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“Terra Boa – Solo Fértil”, essa é a interpretação da palavra indígena “Mantena”, que por sinal é o nome dado a uma cidade do leste de Minas Gerais que tem se mostrado uma terra fértil na produção de bons cida-dãos. É de Mantena que veio um dos mais célebres mu-nícipes de Ribeirão Pires, o cabeleireiro Donata Januário Rosa. Dos 56 anos de idade, 45 foram vividos na Pérola da Serra do ABC, o que resultou em muitas histórias de sucesso para o mantenense Donata. “Cresci junto com a cidade, tanto econômica como profissionalmente”, comenta.

Donata é popularmente conhecido por sua profis-são já que há 35 anos trabalha com corte de cabelo na cidade. Hoje, emprega 18 pessoas em seu salão que são responsáveis por realizar de seis mil a nove mil cor-tes de cabelo por mês. Até mesmo sua esposa trabalha junto para dar conta da demanda. “Sou o proprietário do maior salão da cidade e isso requer responsabilida-de”, ressalta Donata.

Apesar disso, ser cabeleireiro não é sua única ati-vidade, ele já foi metalúrgico e taxista. Atualmente, o profissional também se dedica ao esporte. Diariamente, Donata corre cerca de 20 km e, como maratonista, se destaca conquistando prêmios por todo o Brasil. Recen-temente, ganhou troféu e medalha ao chegar em 5º lugar na Maratona de Porto Alegre. “Esporte é Saúde e Qualidade de Vida”, ressaltou.

Para suportar correr os 42 km de uma maratona, Do-

nata explica que é necessário muita determinação e disciplina. São esses mesmos princípios que o cabeleirei-ro procura aplicar em outro lado de sua vida: a política. Militante político desde a época em que ou se perten-cia ao PMDB ou a ARENA, Donata tem uma longa histó-ria de lutas. Hoje, como candidato a vereador pelo PR, ele encara sua terceira disputa eleitoral (em 2004 e em 2008 conquistou uma quantidade expressiva de votos e tornou-se suplente em ambos os pleitos).

Otimista, Donata faz uma avaliação sobre o an-damento de sua campanha: “Estamos em uma fase crescente com lideranças fortes, em especial os grupos religiosos de católicos e evangélicos”. A exemplo, um dos grandes apoiadores de Donata é o pastor presiden-te Antônio Campasse, da Assembleia de Deus da Vila Alzira de Santo André, juntamente com seu grupo de pastores de Ribeirão Pires.

Como todo bom candidato, Donata tem projetos interessantes para as mais variadas áreas. Um deles propõe que os bairros recebam uma porcentagem es-pecífica da arrecadação de modo que o recurso seja investido em pontos específicos da comunidade. “Isso fortaleceria as Sociedades Amigos de Bairro economi-camente, o que resolveria itens como Saúde, Educa-ção, Lazer, Segurança e Manutenção”, destaca.

É dessa forma que Donata vem mostrando que veio a Ribeirão Pires para fazê-la crescer, uma vez que, se-gundo ele, “aqui o solo social é tão fértil quanto o de sua terra natal”. De uma forma humilde, Donata Janu-ário Rosa revela sua receita de sucesso, aprendida no ambiente familiar, mas que pode ser aplicada em todas as fazes da vida: “Tenha sempre fé em Deus, persistên-cia e consistência para viver a vida”, conclui.

Pastor Antônio Campasse é um dos apoiadores de Donata

Na maratona de Paranapiacaba, Donata foi destaque

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Muitas mulheres que tem alterações mens-truais podem estar diante de distúrbio endócri-no-ginecológico relativamente frequente cha-mado Síndrome de Ovário Policístico ( S.O.P.). É uma doença crônica que afeta de 6 a 10 % da população feminina em idade de 20 a 44 anos (idade reprodutiva), com repercussões estéticas, clínicas e menstruais. Nesta doen-ça são formados pequenos cistos em grande quantidade nos ovários, geralmente visíveis ao ultrassom.

Os principais sintomas incluem: irregularida-de menstrual, caracterizado por atraso ou até mesmo ausência de menstruação; aumento da acne e seborréia com queda de cabelos; au-mento de pêlos, pêlos grossos em excesso e ex-cedentes também no rosto; cólicas exacerba-das; dor pélvica; infertilidade; ganho de peso e alterações hormonais com elevação dos níveis de androgênios, estes podendo ser provocados por problemas no hipotálamo, hipófise e supra-renal.

Muitos estudos tem mostrado a associação da S.O.P. com à resistência periférica à ação da insulina o que leva a intolerância à glicose

e ao diabetes mellitus tipo 2, e ainda um risco maior a doença cardiovascular. Sabe-se que mulheres com ovários policísticos tem 7 vezes mais risco de ter diabetes.

A S.O.P. também pode provocar redução da fertilidade da mulher, o que pode ser con-tornado quando as pacientes não engravidam espontaneamente através de medicamentos específicos e indutores da ovulação.

Para confirmação diagnostica utiliza-se da ultrassonografia e dosagem hormonal, além das características clínicas.

Já o tratamento depende dos sintomas e da intenção da paciente. Quando quer regularizar o ciclo e melhorar a pele optamos por métodos hormonais, através de anticoncepcionais orais.

Se a opção for engravidar, partimos para in-dutores da ovulação. Se a síndrome estiver as-sociada à resistência insulínica, o médico pres-creverá antidiabetogênicos orais.

Não podemos esquecer que, quando aci-ma do peso, é muito importante a paciente emagrecer, pois a redução da massa corpórea pode até reverter o quadro de disfunção hor-monal e normalizar o ciclo.

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Por Dr. Gerson Suzuki

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O meio sindical é um verdadeiro berço de políticos, tanto pela característica de luta pelos direitos de classe, quanto pela capacidade em revelar pessoas que primam por lutar pelos direitos do próximo e pelas lutas sociais. Uma destas pessoas é Mauro Coelho.

Morador de Ribeirão Pires há 42 anos, onde constituiu sua família com esposa e dois filhos, ganhou respeito e conhecimento na região por sua história, marcada por lutas em prol dos trabalhadores e suas famílias desde 1994, quando iniciou sua trajetória como membro do Sindicato da Construção e do Mobiliário e também fez parte da Co-missão Interna para a Prevenção de Acidentes de Trabalho (CIPA) da empresa onde trabalhava, uma das gigantes do setor moveleiro.

Dois anos mais tarde, passou a atuar em Ribeirão Pi-res, na recém-inaugurada subsede local, onde ficou até 2001, quando assumiu a Secretaria Geral do Construmob por dois mandatos consecutivos até atuar como diretor so-cial, sendo responsável pelas atividades relacionadas à cultura, lazer e esporte, como os Jogos Solidários que, em 2012, chegaram a sua 12ª edição. A atuação regional lhe garantiu respeito, tanto que hoje, faz parte da Associação Solidária, órgão estadual dos trabalhadores de construção e madeira que tem como função discutir as questões tra-balhistas, da diretoria da Confederação Nacional dos tra-balhadores nas Indústrias da Construção e Madeira (CON-TICOM/CUT) um reconhecimento nacional de seu trabalho em prol das melhores condições de trabalho e valorização

da categoria e também uma cadeira no Conselho de Ha-bitação e Urbanismo de Ribeirão Pires, órgão responsável pelo planejamento habitacional e urbano da cidade para o futuro. “Sempre vi a necessidade de participar destes ór-gãos que são a forma mais clara de se lutar pelos direitos e a qualidade de vida dos trabalhadores e da população como um todo”, explicou.

A participação em órgãos populares e as lutas levaram Mauro Coelho a se candidatar a vereador pelo PT, para deixar o seu conhecimento em prol do desenvolvimento de Ribeirão Pires. Ele pensa que há muitas carências na cidade que precisam ser sanadas: “vejo que a cidade tem muito a melhorar, especialmente em setores vitais como saúde e direitos da população, sem contar nas condições de muitos trabalhadores, que estão aquém do que se deveria”, ex-plica. “Por isso é preciso a participação ativa da Câmara e seus vereadores, fazendo uma gestão séria, aberta e que proporcione ao ribeirãopirense a oportunidade de exercer sua cidadania de forma plena e com respeito”, completou.

O candidato conta com apoios importantes, como o do deputado federal Vicentinho (PT), que esteve na cidade no meio do mês de agosto para auxiliar em sua campanha: “Mauro Coelho é tão importante para Ribeirão Pires quanto é para os trabalhadores da construção civil. Ele tem expe-riência de representação, além de ser uma pessoa ética e comprometida. Tenho nele uma profunda confiança e tenho certeza de que será um dos melhores vereadores da histó-ria dessa cidade. Por isso estou aqui para apoiá-lo”.

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Por Danilo Meira

uma nova cara a serviço de Ribeirão Pires

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Mauro Coelho e o Dep. Federal Vicentinho

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Motorista Atento para na Faixa e Respeita o Pedestre

‘‘Deixar de dar preferência ao pedestre, resulta em cinco pontos na carteira e multa de R$ 127,69‘‘

Atenção:Quando houver semáforo, certifique-se de que está verde para você

Quando não houver semáforo, acene para o motorista pararCuidado com o veículo que trafega na outra faixa, ele pode não parar e atropelá-lo

Tenha paciência, nossos motoristas ainda estão se adaptando à campanha do Mais Notícias

Pedestre educado e consciente só atravessa na faixa

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Veni, vidi, vici. A notória frase em latim, que significa “Vim, vi e venci” se encaixa perfeitamente com a história de Gerson Constantino, presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Pires e

candidato a vice-prefeito na chapa de Maria Inês (PT) que disputa uma vaga no Paço Municipal.Sua história, na verdade, começa a 525 km de Ribeirão Pires, na cidade de Quatá, região de Araçatuba, interior do estado de São Paulo. Foi lá onde Gerson Constantino nasceu, foi criado até os 7 anos e teve os primeiros contatos com a carreira que viria a seguir anos mais tarde.

“Com essa idade, eu já ajudava meu pai, pedindo votos a ele”, explicou. “Meu pai foi vereador por 12 anos, e foi ali que aprendi a militar e a gostar de política”, completou Gerson.

Gerson Constantino: um homem de determinaçãoPor Danilo Meira

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Em 1976, seu pai concor-reu à reeleição mas não foi eleito. Esse foi o ponto em que sua vida mudou: “fo-mos para Ubatuba, onde ele foi ser pastor e abriu uma empresa no ramo da construção civil que atuava na região”, explicou Gerson. Dois anos mais tarde, após o patriarca vender a empre-sa, Gerson se mudou para Santos enquanto seu pai veio pastorar na Assembléia de Deus de Ribeirão Pires. “Na sexta, eu vinha para a casa dele para encontrar a minha esposa, que subia de Santos. Passávamos o fi-nal de semana o ajudando na Igreja. Na segunda-feira pela manhã, a Ana (esposa) descia a Santos enquanto eu trabalhava em São Pau-lo, na Sabesp até o fim do dia, quando voltava para a minha a minha casa”. Na estatal paulista de água, ele trabalhou na diretoria e chegou à auditoria. Essa rotina se manteve por cinco anos, quando foi designado para trabalhar em Ribeirão Pires. Paralelo a isso, Gerson se tornou líder da comu-nidade de jovens da Igre-ja: “cheguei a ter mais de 100 jovens na comunidade evangélica. À época, pro-movemos o maior encontro de jovens da história de Ri-beirão Pires”, lembra.

Como sempre acom-panhou seu pai, foi parte ativa dentro da Assembleia de Deus. Desta forma, na-turalmente foi diácono. A seguir, passou a presbítero, evangelista e chegou a ser pastor auxiliar na cidade, justamente abaixo de seu pai. Gerson Constantino passou a pastor após a mor-te do patriarca: “quando isso aconteceu, eu era novo para o meio assembleiano, tinha apenas trinta e pou-cos anos, mas assumi a res-ponsabilidade”, relembra.

A Política em Ribeirão PiresVoltando um pouco no tempo, chegamos ao momento em que Gerson Cons-

tantino deu seus primeiros passos na política local. “Em 1988, trabalhei na campanha da vereadora Marluce Verçosa do Nascimento Albuquerque, que foi a candidata da Igreja. Meu pai a lançou e foi aí que passei a ser conhecido politicamente, já que trabalhei na coordenação de sua campanha”, explicou. Na eleição seguinte em 1992, seu pai o orientou para sair candidato pela primeira vez: “tive 457 votos e fiquei como primeiro suplente”.

Constantino assumiu a cadeira de vereador pela primeira vez na carreira ao final deste mandato. Na eleição seguinte, continuou na Casa, já que foi eleito e iniciou como um dos vereadores titulares da cidade: “em 1996, eu fui eleito com 525 votos”. Na ocasião, foi primeiro vice-presidente da Câmara e acumulou uma outra função: “eu fui líder de governo da Maria Inês, cargo que ocupei por quase todo o mandato”, relembra sobre a posição que ocupou e que lhe rendeu muitos elogios.

O “quase” na verdade se deu por conta de uma breve ausência que lhe ren-deu uma grande experiência de vida: “Em 1998, fui convidado a me candidatar a Deputado Federal”, explicou, antes de ressaltar: “foi um chamado para ser can-didato da Igreja que não poderia recusar. Foi um voto de gratidão”. Na época, apesar de a campanha não ter seguido exatamente da maneira que esperava, foi bem votado, tendo recebido exatos 4.954 votos. Apesar de não ter sido eleito, con-seguiu algo muito mais importante do que o mandato em si, ainda mais para um político jovem: “Ganhei muita experiência ao andar ao lado de nomes importantes da política estadual, como o Orestes Quércia e o Jooji Hato. Cresci muito tanto como pessoa quanto como homem público”, relembrou.

Em 2009, durante a diplomação de vereadores

Gerson com Dep. Ivan Valente e Banha

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A mudançaA trajetória política de Gerson Constantino estava em uma

curva ascendente. Entretanto, a virada do milênio trouxe mu-danças que o fizeram repensá-la. Apesar de ter atuação elogia-da, em 2000 não conseguiu a reeleição. “Naquele pleito, acabei ficando como suplente, mesmo tendo 832 votos. Fiquei de fora pelo quociente eleitoral”.

Mesmo assim, Constantino não desanimou. Quatro anos mais tarde, tentou mais uma vez e, mesmo em uma situação não tão favorável, mostrou uma de suas grandes virtudes: a lealdade. “Em 2004, fui fiel ao Dr. Cezar de Carvalho. Durante o processo eleitoral, tive a chance de me juntar com o grupo que hoje go-verna, até com vantagens e recusei. Mantive a minha palavra e fui até o fim, mas infelizmente não consegui”.

Mais do que ficar fora da Câmara, outro detalhe tirou seu âni-mo: “Tive 500 votos, uma queda na votação, e pensei que aque-le seria o fim da minha trajetória política. Sabe o que representa 300 pessoas a menos votando em você? Pensei: quer saber, vou fazer Direito que eu ganho mais”. Foi aí que Gerson Constantino

passou a deixar a política de lado. Apesar de ser formado em Teologia, ele seguiu por outro caminho, também para realizar o sonho de seu finado pai: “decidi entrar na faculdade e cursar Direito”, afirmou, antes de explicar a escolha: “sempre gostei de leis, e meu pai incentivava muito a ser advogado. Fiz Teologia, me formei, mas o Direito estava em mim”. Hoje a faculdade está trancada, mas Gerson planeja voltar no futuro.

Além da universidade, Constantino também manteve as atividades religiosas e decidiu enveredar pelo lado empresarial: “assumi a administração do Society, uma quadra de futebol de areia, e, com todas essas atividades, pude refrescar a cabeça e baixar a bola em relação a política”. Seus pensamentos o fi-zeram refletir melhor sobre o que tinha acontecido: “aquelas eleições foram realizadas em um momento atípico, o peso finan-ceiro foi decisivo e cheguei a conclusão de que com o pouco recurso que tinha jamais chegaria”, explicou. “Com o tempo e muita reflexão, conclui que aquele resultado não aconteceu por conta de uma recusa do eleitorado. Amadureci e isso fez muito bem para mim”.

Gerson com sua esposa e filho

Gerson com Dep. Ivan Valente e Banha

Gerson como pastor na Assembléia de Deus

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O retornoMesmo afastado da vida pública, seu nome não foi es-

quecido e sua experiência na Sabesp e também em serviços municipais, já que em 1994 ocupou o cargo de Diretor de Serviços Municipais, na Garagem Municipal, então no final da Rua Capitão José Gallo, lhe rendeu o convite para ajudar na manutenção de Ribeirão Pires, em 2006: “fui chamado por Clóvis Volpi para ajudar como coordenador da Limpeza Pública. Assumi e, em pouco tempo, meu nome voltou a ser falado na cidade. Ajudei no planejamento e montei crono-gramas rígidos que não eram interrompidos. Com a ajuda dos funcionários, com quem tive um bom relacionamento, fiz um trabalho reconhecido”, lembrou.

Com isso, ele pavimentou seu retorno à vida pública e, em 2008, voltou a se candidatar a vereador, sendo eleito com 1130 votos. Assumiu a cadeira em 2009 e, em 2011, a presidência da Câmara. Neste cargo, teve que promover uma série de mudanças, sendo a principal delas difícil, mas necessária: “como presidente, fui obrigado a tomar medidas impopulares. Havia uma ordem judicial a cumprir e, mesmo sabendo que isso geraria insatisfação, tive que tomá-las”. Na ocasião, houve uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que extinguiu cargos de assessoria na Casa. Com isso, houve a necessidade de se promover demissões em quase todos os gabinetes. Isso, aliado ao corte da verba de gabinete fez com que o início de sua gestão fosse marcados por medidas duras, porém necessárias. “Havia presidências anteriores sendo punidas, tendo inclusive, contas reprova-das. Aliás, essa situação só pôde ser revertida porque fize-mos o que deveria ter sido feito”, relembrou. “Entendo que haja algumas pessoas, funcionários públicos e até mesmo colegas vereadores, que ficaram insatisfeitos com algumas medidas impopulares que foram tomadas, mas estas foram necessárias”, afirmou, relembrando o momento mais difícil dessa passagem: “olhar a 25 pessoas, sabendo que muitas tinham famílias que delas dependiam por trás, demitidas na-

quela ocasião me machucou muito”. Os que ficaram, tanto comissionados quanto efetivos são unânimes em elogiá-lo. Gerson Constantino também lembra algumas medidas que foram tomadas por Maria Inês, quando prefeita, que gera-ram insatisfação em parte do funcionalismo público: “na-quele momento, por conta da crise econômica do país, foi uma medida dura, porém necessária. Hoje, há verba três ve-zes maior do que quando ela saiu e tenho certeza de que as coisas serão diferentes. Teremos uma UPA, mas não pode-mos esquecer que é algo que vem do Governo Federal. Não podemos esquecer que se Ribeirão Pires tem uma situação melhor hoje, é por causa da melhora do país como um todo, um novo momento em relação ao que a companheira Inês teve quando esteve à frente desta cidade”.

Hoje, Gerson, junto com a própria Maria Inês, busca dar um passo adiante em sua trajetória. Vice da candidata pe-tista, pretende ser atuante. “Vou ajudá-la em tudo o que for preciso”, afirmou. Sua trajetória, entre idas e vindas, mostra que está preparado para este novo desafio: “Vim a Ribeirão Pires para ser um vencedor. Esta cidade me adotou, e hoje também me sinto adotado por Ribeirão. Vejo meus irmãos em Quatá felizes em me ver como representante da cida-de aqui mesmo lá no interior. Me espelho no senador Alvaro Dias, que também saiu de Quatá e hoje é uma figura de des-taque no Brasil. Me pergunto: Por que não eu também? Em relação a Ribeirão Pires, me sinto como o filho que, quando cresce, dá respaldo a seu pai. Se Deus me der saúde, farei história nesta cidade pelo bem. Não preciso de nada além do que Ele pode me dar, apenas o necessário para eu poder cuidar dos meus. Não preciso de excesso, de tirar da Saúde, do poder público, não dormiria tranqüilo se visse um irmão meu precisar de uma operação e não ter, de um medica-mento e não ter. Isso é uma aberração que não desejo ver acontecer. Espero que a cidade me dê credibilidade, con-fiança. Confio muito em Deus e hei de honrar esse carinho que recebo hoje.

Gerson ao lado da esposa Ana, da mãe Almerinda, do irmão Moizés e da cunhada Lilian

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Maria Inês ressalta importância da parceria com Gerson Constantino

Nestas eleições, o PT conta com a maior chapa de sua história para uma eleição majoritária em Ribeirão Pires, com nove legendas aliadas (PSD, PSDC, PTC, PP, PDT, PPL e PRTB completam a aliança) e nome esco-lhido, após inúmeras reuniões inter-nas, para ser o vice de Maria Inês foi o de Gerson Constantino, atual presi-dente da Câmara de Ribeirão Pires.

No seu primeiro mandato, entre 1997 e 2000, Gerson foi elogiado lí-der de governo, o que a candidata sempre relembra em seus discursos. Apesar disso, a escolha se deu pelo seu currículo e por agregar o que o grupo julgou ser consenso no que se buscava para um vice : Gerson hoje tem um trabalho reconhecido como presidente da Câmara e vem de vá-rios mandatos. Isso não é de graça. Todo parlamentar que permanece no cargo ratificado pelo voto repre-senta uma escolha popular, um tra-balho que é aprovado pela popula-ção”.

Maria Inês concluiu ressaltando a capacidade que Constantino tem para agregar a sua campanha: “A chapa tem que ter pessoas que se complementam. A presença dele amplia o diálogo com vários seg-mentos, inclusive com aqueles liga-dos a institucionalidade”.

ReligiosidadeCom uma vida inteira dedicada à Igreja, Gerson Constan-

tino passou por todas as funções. Ele é irmão, filho e neto de pastores, tendo iniciado na Assembleia de Deus, mas hoje fre-qüentando o Ministério Alpha e Ômega. “Pastor Moizés, meu irmão caçula que também foi jogador de futebol, foi para o Rio de Janeiro e lá, junto aos Atletas de Cristo, fazia palestras motivacionais nos clubes. Mais tarde, ele foi jogar em Portugal e se machucou. Neste período, participou da montagem do Ministério Alpha e Ômega, que foi ligado a jogadores e tem a presença de atletas de nome como o Marcelinho Carioca (ex-Corinthians), Roger (ex-São Paulo e Portuguesa) e o Clé-ber (ex-Palmeiras). Eles, inclusive, já estiveram aqui em Ribei-rão Pires”, explicou. Mesmo estando mais vinculado a Alpha & Ômega, Gerson é filiado à Convenção Geral e é Pastor em qualquer Igreja. “A Alpha & Omega tem uma liberdade maior de costumes, já que é dirigida a louvor, adoração e palavra.

Por isso, conta com um maior numero de jovens”, completa. Mesmo durante a campanha, Gerson mantém a rotina

religiosa: “eu freqüento a Igreja, tenho comunhão, um pastor ao qual sou subordinado e faço questão de estar lá ao menos uma vez por semana porque se não o faço, sinto falta”, ex-plicou. Nas atividades, visitas a cultos também são inclusas e os fieis têm mostrado muito respeito: “A Maria Inês chega aos lugares e deixa claro que é católica, mas que acredita em Deus, portanto é uma cristã também”.

Isso é uma prova de que eventuais diferenças religiosas não devem impedir a harmonia entre as pessoas: “prego um bom relacionamento entre todas as religiões, porque se for vice-prefeito eleito, serei o vice-prefeito de toda a cidade. Um exemplo, na Câmara esteve presente a todas as sessões so-lenes, inclusive as destinadas a outras religiões e faço toda a questão de ir, até por conta da Casa que represento e respei-to a cidade e aos meus colegas”

Gerson Constantino em igreja da Vila Suissa

Gerson e Maria Inês

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Foto 1: Um fã expôs a linha completa de produtos adquiridos ao longo de sua vida. Foto 2: Os vilões Darth Vader, Stroopper e Darth Sidious. Foto 3: Fã adere ao “Lado Negro da Força”. Foto 4: Cosplay foi uma das principais atrações do evento. Foto 5: O vilão mais famoso do cinema ganhou uma versão infantil. Foto 6: Visitantes não perderam a chance de tirar uma foto ao lado do Imperador. Foto 7: A Aliança Rebelde também foi representada. Foto 8: Alguns personagens se caracterizaram de modo exclusivo. Foto 9: Representantes dos diferentes fã-clubes apresentaram as ações de cada grupo.

Agosto de 2012 será um mês inesquecível para fãs da saga Star Wars. A cidade de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, foi escolhida para sediar a Star Wars Con, uma feira voltada aos “Jedimaníacos”* de plantão. Nela, além de palestras sobre o mundo de SW, os visitantes puderam conhecer fãs, comprar produtos exclusivos e participar de debates temáticos. Confira os melhores momentos.

Por Thiago Quirino

Há não muito tempo, em uma galáxia não muito distante...

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Foto 1: Zélia Duncan abriu o Festival. Foto 2: A Banda Skank agitou a galera no show mais concorrido deste ano. Foto 3: Siderais, banda formada por musicos da cidade, foi uma das mais elogiadas do Palco Chocolate. Foto 4: Palavra Cantada arrancou sorrisos das crianças. Foto 5: Oswaldo Montenegro protagonizou um dos mais belos shows. Foto 6: Jair Rodrigues mostrou muita alegria e mostrou ótima forma em sua apresentação. Foto 7: Patati e Patatá alegraram a criançada. Foto 8: Família volta ao passado em uma das atrações. Foto 9: Padre Fábio de Melo fechou o evento.

O 8º Festival do Chocolate movimentou Ribeirão Pires entre o final de julho e o começo de agosto e deixou muitas lembranças inesquecíveis que irão perdurar até a próxima edição, no ano que vem. A Revista Mais Conteúdo separou alguns destes momentos em uma seleção mais do que especial.

Confira o que rolou de melhor no 8º Festival do Chocolate

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Ingredientes:• 1 kg de batata cozida • 1 copo de leite• 1 bisnaga de catupiry • 2 colheres de manteiga • 1/2 kg de carne seca • 2 tomates picados • 1 cebola média ralada• 3 dentes de alho picado• 1 folha de louro• ½ xícara de salsinha pica-

da• 4 colheres de azeite

Massa:Preparar um purê, com o

leite, a manteiga e sal a gosto. Reservar

Recheio: Dessalgar a carne seca,

Por Gazeta

Escondidinho de carne secacortar em cubinhos de mais ou menos 2 cm.

Cozinhar na panela de pressão por 30 minutos. Escor-rer e levar ao fogo para refogar com o azeite, o alho, a cebo-la, o tomate e a folha de lou-ro, até que a carne fique bem macia e quase sem molho.

Montagem: Colocar o purê nas laterais

de uma forma refratária, acres-centar o refogado de carne seca e cobrir com o restante do purê.

Abrir o catupiry, espalhar sobre a superfície do purê e le-var ao forno para gratinar.

Servir com arroz branco e salada de sua preferência.

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Por Isabella Veiga

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irão Mulher, esposa, mãe e avó. Nascida em Bocaina, in-

terior de São Paulo. Casada ha 36 anos com Alex Per-rone. Mãe de Efren e Carolina, já formados e casados. Vó da pequena Helena de quase dois anos. Todas essas funções já seriam o suficiente para ocupar a cabeça e o tempo de qualquer pessoa. Só que Deborah Perrone é um tipo raro, daqueles que não se encontra em qual-quer lugar. Incansável no trabalho, ela marca seu nome na história de Ribeirão Pires, na Aciarp, no Rotary Club, na Apae e no RPFC.

A forte disposição de Deborah vem desde os estudos. Ela passou pelas faculdades de Letras, Filosofia e Admi-nistração. O forte estofo cultural, adquirido pelos estudos a levou a ser membro do Comitê de Responsabilidade Social da FIESP, coordenadora de Projetos e Parcerias da Aciarp e Coaching empresarial e profissional. Nesta última função, Deborah colabora com os empresários e, principalmente empresárias ribeirãopirenses a galgar pa-tamares em busca da excelência profissional e pessoal.

Sua trajetória de importância histórica está firmada em algumas conquistas. Foi a primeira mulher de Ribei-rão Pires a ingressar e presidir o Rotary Club. Foi lá que Deborah conseguiu (através da ONU) toda a aparelha-gem para a instalação do Centro Audiológico Josefa de Oliveira, e que nasceu o projeto “Livros Andantes”, que oferece livros gratuitos em diversos locais públicos da ci-dade.

Foi Diretora Social do Ribeirão Pires Futebol Clube, ge-rente de Cultura na Secretaria de Educação e é Sócia Fundadora e Vice Presidenta da Associação das Produ-toras de Chocolates e Doces Artesanais de Ribeirão Pi-res.

Todo trabalho bem feito é reconhecido e com De-borah não foi diferente. Como integrante do Conse-lho Consultivo da APAE, elaborou um projeto premiado mundialmente que visava a utilização de máquinas de detecção de surdez em bebês e adultos. Entre os vários prêmios recebidos dentro do Rotary, está o Prêmio de Reconhecimento Distrital pelo maior número de projetos apresentados e pela maior captação de recursos finan-ceiros para projetos em Ribeirão Pires.

Outro retorno forte do trabalho que Deborah produz vem da luta para treinar jovens carentes e prepará-los para o primeiro emprego. Esse treinamento faz com que a candidata seja procurada por famílias que pedem para que ela treine seus filhos adolescentes em posturas e atitudes coerentes com programas de geração de ren-da.

Se com sua função social Deborah já é responsável por tantas conquistas, imagine o quanto a potência do seu trabalho poderá aumentar caso seja eleita. “Serei uma vereadora que implementará projetos que benefi-ciem a população. Sou uma mulher de fibra, que sempre

lutou e continuará a lutar pela qualidade de vida”, diz a candidata do PR.

Forte representante do universo feminino, a candida-ta está se mobilizando para criar a Universidade Livre da Mulher, cuja missão é ser um centro de excelência em for-mação continuada da mulher para a educação cidadã das gerações futuras dando conhecimento e ferramen-tas para se sentirem mais úteis e capazes.

“Sem sombra de dúvidas, sem lampejos de promessa vazia, trarei uma filial dessa Universidade para Ribeirão Pires. Chamo isso de certeza de campanha”, explica De-borah. Esta certeza e idéia vêm do serviço que realiza no PIC Mulher (Pólo de Irradiação do Conhecimento para Mulheres) junto com a Dra. Eliana Belfort (única diretora mulher na FIESP).

A candidata explica a atenção especial que dá as mulheres com uma frase da jurista Flavia Piovesan: “Nós mulheres, somos mais da metade da população e mães da outra metade” afirma dando ênfase a responsabilida-de do sexo feminino frente ao futuro. Apesar de valorizar o desenvolvimento e respeito pelas mulheres. Deborah não se vê na política como sexo frágil, ela deixa claro que não acredita que seja mais doce que os homens em suas decisões. “Eu tenho firmeza de propósito, quando tomo uma decisão, é porque ela foi muito bem analisada antes”, finaliza a candidata.

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O ano de 1965 foi muito importante para a indústria automobilística do país. Era o início do Regime Militar e o Governo Federal criou uma linha de crédito para tornar possível a compra de veículos zero-quilômetro a custo popular. A iniciativa obrigou fabricantes a cortar itens de uma série de mo-delos e dessa forma foi possível baratear os veículos mais vendidos. Foi nessa época que surgiram o DKW Pracinha, o Simca Profissional e Willys Teimoso.

A Volkswagen não ficou para trás e lançou uma versão simplificada do Fusca, que acabou recebendo o apelido de “Pé de Boi”. Aqueles que ad-quiriram o carro perceberam a falta de alguns equipamentos que não eram essenciais segundo a legislação de trânsito da época, como por exemplo: sem frisos, retrovisores ou piscas; apenas duas opções de cores (cinza claro e azul pastel); aros dos faróis, calotas e para-choques na cor branca; não havia sequer o emblema da montadora no capô dianteiro; na parte interna não havia muita coisa, já que faltava alto-falante, tampa do porta-luvas, alça de apoio, cinzeiro e marcador de combustível, aquecedor, ilumina-ção, porta-objetos na porta, apoio de braço, para-sol e borracha no ace-lerador.

Recentemente, a Clássicos Caslini restaurou um modelo do Fusca Pé de Boi, que inclusive foi premiado durante um evento em Santos. “Esse carro é uma raridade. O pessoal que comprava geralmente modificava para acres-centar os itens que faltava, estragando a originalidade”, comenta André Denani, da Caslini.

Confira ao lado algumas imagens da restauração do Pé de Boi. Para mais detalhes sobre restauração de carros antigos acesse www.classicos-caslini.com.br (o site foi recentemente remodelado) ou curta a página ofi-cial do Facebook (facebook.com/classicos.caslini).

Fusca “Pé de Boi”, simplicidade clássica

Por Danilo Meira

Fusca 1965

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Uma mulher de fibra, responsável e lutadora. Esta frase define bem Carla Soares, uma pessoa que luta em prol da segurança de Ribeirão Pires há mais de uma década.

Sua história começa há 33 anos, em São Bernardo do Campo, onde nasceu e se cruzou com a de Ribeirão Pires quando tinha apenas oito anos, no momento em que seus pais compraram um terreno para construir uma casa no Jar-dim Caçula. Foi nesse lugar também onde conheceu uma paixão: o voluntariado. “Sempre trabalhei voluntariamente em movimentos sociais, comunidade católica, associações, enfim, sempre no anseio de ajudar o próximo”. Em 2002, ini-ciou, na garagem de sua residência, o projeto “Viver Me-

lhor”, que atendia a crianças, jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social e chegou a contar com mais de 300 participantes apenas na região do Jardim Caçula, um marco lembrado pelos moradores da região até hoje.

Um ano antes, porém, iniciou na área em que mais se tornou conhecida na cidade: a segurança. Ela mesma con-ta como foi: “em 2001, fui procurada como liderança em meu bairro, pelo então cabo Farias, para ajudar no Proerd (Programa de Resistência às Drogas e à Violência). A partir daí, fui convidada pelo capitão Muniz para participar das reuniões do Conselho Comunitário de Segurança, o Con-seg. Passei a aprender várias coisas que, até então, não sabia como funcionavam: as funções de cada polícia, a maneira como agem, para que servem, daí por diante. Tudo relacionado à segurança passa por ali. Estive no cargo de secretária, vice-presidente e, em maio de 2009, fui eleita presidente”, conta.

Com isso, sua agenda ficou cheia ao conciliar a presi-dência do Conseg, a prática de esportes (é jogadora más-ter de vôlei no RPFC), o estudo superior de Gestão de Segu-rança Patrimonial e Privada e também a família, com a filha de quatro anos e o marido. Apesar da grande quantidade de responsabilidade, encarou tudo “com um sorriso no rosto e muita satisfação em saber que estava cumprindo bem a minha missão”.

À frente do Conselho, obteve grandes conquistas para diversas áreas da cidade, como o inovador Conseg Itine-rante e, mostrando que é incansável, ainda busca mais, como a implantação da Delegacia da Defesa da Mulher (DDM), por exemplo. Ela ainda deixou seu conhecimento a serviço da Administração ao atuar por um período como Chefe de Gabinete da Secretaria Municipal de Segurança Pública.

Com tanto destaque, naturalmente, se engajou na polí-tica. “Me interesso pelo assunto desde adolescente e, com a atuação no Conseg, vi que poderia fazer muito mais por Ribeirão”, explicou, antes de deixar um recado: “é preci-so eleger quem esteja comprometido com as aspirações e vontades da população e que tenham um passado sério, coerente e de constante trabalho pelo povo.”

Carla Soares: a dama da Segurança

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Por Danilo Meira

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AObservando a exposição de Modigliani no MASP, que terminou dia 15 do mês de julho, fiquei entusiasmada com tudo que vi. Conhecendo melhor sua vida contada em grandes painéis desde as primeiras obras, me en-cantou seu esforço incansável para conseguir ser quem ele realmente era. Através de seus esboços, esculturas e pinturas fica claro o quanto um talento se faz obra pela busca de si mesmo. O tempo aos poucos vai revelando sua transformação até atingir uma forma que o satisfaz, demonstrando uma linguagem que o torna real. Essa independência e liberdade são alcançadas pelo contínuo trabalho. Modigliani é imortalizado porque insistiu em não se adaptar a uma tradição, a uma etapa já vencida, e buscou uma linguagem pessoal que brotava de dentro de si, da mesma forma como outros de sua época, que imprimiram um novo olhar, uma abordagem que avançava o tempo.

O que torna alguém especial? Existe apenas uma resposta: encontrar seu estilo e realizá-lo. Não vejo al-ternativa diferente. Pensando assim pode-se concluir que todos são em essência especiais, mas a busca pela normalidade, pelo senso comum, acaba esmagando a possibilidade do encontro pessoal, o que torna a vida maçante e sem sentido.

Quebrar regras que oprimem o espontâneo não é tarefa simples, pois o senso comum sempre reage para continuar existindo como é, mas a força interna de quem busca algo maior empurra para fora o que está latente e necessita viver.

Resguardar-se naquilo que a maioria acredita sem questionar sua eficácia e verdade é confortável, mas somente para o preguiçoso que ainda não experimentou o gosto de ser quem de fato é.

Cada um traz em si a semente de sua verdadeira identidade e cabe a cada um transformá-la em realidade, através do esforço obstinado de se revelar num fazer e observar. Assim como Modigliani descobriu seu estilo de pintar, pintando, da mesma forma cada ser humano pode realizar-se praticando. É através da ação reflexiva que caem os véus da ignorância. É no trabalho a cada dia que construímos quem verdadeiramente somos.

Ala Voloshyn, nascida em agosto de 1956, em São Paulo, filha de imigrantes ucranianos, estudou Psicologia na atual Universidade Metodista de São Paulo. Formou-se em 1980 e desde então atua como psicóloga. Já tra-balhou com a educação de surdo-cegos e deficientes auditivos. Apresentou programa de entrevistas em Web TV.

Ministra palestras e contação de histórias. Mantém blogs pela internet sobre literatura infantil e textos de sua autoria. Tem editado um livro de literatura infanto-juvenil intitulado Pimenta do Reino. É membro da Aca-demia Popular de Letras da Biblioteca Paul Harris de São Caetano do Sul e colaboradora do jornal Enfim, de São Caetano do Sul, e Mais Notícias, de Ribeirão Pires.

Textos: http://alavoloshyn.blogspot.comLiteratura infantil: http://livrosvivos.blogspot.comLivro: http://ala-voloshyn.blogspot.comEmail: [email protected].: (11) 8275-7609Fone: 3565-6609

Identidade

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A castração é uma maneira eficaz de controlar a reprodu-ção de cães e gatos. Na forma cirúrgica, nas fêmeas, consiste na retirada do útero, trompas e ovários. Nos machos é feita a retirada dos testículos. Impedir que os animais se reproduzam é uma maneira de evitar sofrimento e morte de bichos.

A cirurgia de castração é simples, mas deve ser feita com veterinário habilitado. Também é importante atentar que se recomenda fazer este procedimento a partir dos 2 meses de idade. Para as fêmeas a sugestão é de que a operação seja feita antes do primeiro ciclo. Também existe o procedimento de castração química, nele o cão macho recebe (após inje-ção prévia de sedativo e analgésico) uma injeção nos testícu-los, composta por produto à base de gluconato de zinco.

As vantagens da castração cirúrgica são muitas, entre elas: diminui drasticamente o risco de doenças nas vias uteri-nas, do câncer de mama, útero, próstata e testículos; elimina a gravidez psicológica; elimina o risco do câncer dos órgãos genitais; diminui o risco das fugas e brigas; acaba com os la-tidos, uivos e miados excessivos que ocorrem por ocasião do cio; elimina os estados de excitação por falta de cruzamen-to; diminui o hábito dos gatos de urinar em paredes e móveis

para marcar território e a urina também perde o odor forte e desagradável.

Existem muitos mitos que circulam sobre esse assunto. Al-guns dizem que o animal castrado não toma conta da casa, sendo que na verdade o bicho não perde nada do instinto de proteger seu território. Outra mentira frequente propagada pelas pessoas é que a fêmea tem que ter tido pelo menos uma cria antes da castração. Ter tido filhotes, não acrescenta saúde ao animal. Pesquisas mostram que, quanto mais cedo for realizada a castração, menores as chances de a fêmea ter câncer de mama e Piometra (doença freqüente em fêmeas adultas).

Alguns dizem também que o animal irá sofrer na operação, o que é um absurdo pela cirurgia ser feita sob anestesia geral e a recuperação ser rápida. Outro mito é de que não se deve fazer a castração por ser interferência demais na natureza do animal. Ele segue apenas o instinto e o dono que previne nas-cimentos indesejados beneficia o animal e não o prejudica.

Outro argumento usado erroneamente contra a castração é o custo da operação, até porque este é compensado pelos futuros gastos com as crias, parto e vacinas. Aqui em Ribeirão Pires, por exemplo, o Centro de Zoonoses da cidade está com uma campanha de castração química gratuita para machos (com mais de três meses). A ação tem como principal objetivo controlar a reprodução de cães na cidade. “Atividades rea-lizadas paralelamente à castração, como incentivo à posse responsável, à adoção e o recolhimento de animais das ruas, não são efetivas para o controle da dinâmica dessas popula-ções. Por isso precisamos atuar nas causas do problema, entre elas a procriação sem controle”, explicou a Coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, Eliana Maciel de Góes.

A castração química também será feita em cães machos que circulam em vias públicas de Ribeirão. “Este procedimen-to será feito mais para frente, por demandar que a equipe trabalhe in loco. Sabemos da importância deste controle para a cidade”, contou a coordenadora. O controle ao qual Eliana se refere não diz só respeito à castração, mas a identificação que o animal receberá pela implantação de um microchip, além de serem vacinados contra raiva. As fêmeas (que não estão contempladas nesta ação de castração) receberão vacinas contra raiva e também terão os chips implantados. “Assim conseguiremos um número para possível futura castra-ção cirúrgica com as fêmeas”, finalizou.

Os moradores interessados em castrar seus cães deverão agendar o procedimento previamente pelo telefone 4824-3748 ou pessoalmente no CCZ, O procedimento será feito, no local, às terças e quintas-feiras, das 13h30 às 16h.

Por Isabella Veiga

Castração é importante para controlar a reprodução de animais

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Por Danilo Meira

Transformando sonhos em realidade: a incrível história dos bailarinos de Ribeirão Pires

Um sonho pode ser resumido de diversas maneiras. A mais comum é a de ser uma “realização no campo da imaginação”. Mas sempre há aqueles que os fazem virar realidade, os grandes realizadores, aqueles que inspiram outros a alcançar seus ideais. Dentre elas, está uma professora de Ribeirão Pires que conseguiu mostrar que o que pode parecer impossível acontece.

Nossa história começa em novembro de 2011, quando o Nú-cleo de Dança Karen Kihara (NDKK) participou de um evento realizado em São Paulo. Lá, três alunos foram selecionados para participar do Summer Intensive Program do Miami City Ballet, uma das academias mais renomadas do planeta na sua sede, que fica nos Estados Unidos. Começava aí a luta da professora Karen Kihara e os alunos Kauê Augusto, Jadiel Aprígio e Jorda-na Bertoldo para levantar recursos e meios para mostrar o seu talento.

“Foi uma conquista nossa, do grupo. Todos estamos muito fe-lizes por eles”, afirmou, orgulhosa, Karen Kihara. Ela ressaltou a importância de se fazer o curso: “hoje em dia, as grandes com-panhias querem formar seus bailarinos com seu próprio método. Por isso, para ser profissional, é de importância gigantesca parti-cipar de cursos como este”.

Unidos, todos os alunos do NDKK (e de outras escolas) aju-daram, bem como várias pessoas dentro e fora da cidade, aju-dando de diversas maneiras como, por exemplo, ao participar das muitas ações que foram promovidas para arrecadar fundos como apresentações de dança, festas e eventos beneficentes como a apresentação em homenagem ao Dia da Dança. Tudo isso, somado a reservas financeiras pessoais, viabilizou o sonho e, em 15 de julho, o grupo foi aos Estados Unidos.

Miami

Chegando lá, os jovens se juntaram a 100 alunos das mais di-versas partes do mundo e mostraram seu talento, se destacando nos 15 dias de curso, onde tomaram aulas com alguns dos me-lhores nomes da dança mundial. Dedicado, o grupo que tam-bém teve aulas preparatórias em inglês com a professora ainda no Brasil, conseguiu aproveitar cada momento e foi reconhecido por isso: “Eles ficaram entre os 10 melhores e foram muito elo-giados”, afirmou, emocionada, Karen. Com isso, também foram agraciados com bolsas para continuar os estudos de dança em 2013.

Além do curso, os alunos tiveram oportunidade de sentir um pouco da cultura norte-americana: “fizemos um ensaio na rua que chamou muito a atenção. As pessoas gostaram muito e res-peitam a arte do ballet e os bailarinos e paravam para parabe-nizar e tirar fotos conosco”, explicou Kauê, que ainda ressaltou: “estamos muito felizes por ter conseguido”. Além das ruas, eles também visitaram locais como a galeria Romero Britto e até mes-mo o parque da Disney, em Orlando.

Na volta, como não poderia deixar de ser, o sentimento foi de orgulho. “Quando cheguei a escola, todos vieram falar comigo, me cumprimentar e saber como foi o curso”, afirmou, feliz, Kauê. “As famílias e os alunos sentiram muito orgulho. Além disso, apro-ximou e uniu ainda mais todos os alunos, que se sentiram muito estimulados pela conquista. Vejo que valeu a pena todo o traba-lho, todo o esforço. Foi uma conquista que nunca havia sonhado e prova que quando se trabalha com seriedade e honestidade, coisas boas acontecem”, concluiu a professora Karen Kihara.

O Núcleo de Dança Karen Kihara se localiza na Avenida Fran-cisco Monteiro, 537, 3º andar – Centro de Ribeirão Pires. Ou pelo telefone 4824-3236.

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É deprimente, mas o Brasil perdeu de sete a três para o Ca-zaquistão e empatou com a Etiópia em quantidade de meda-lhas de ouro nas Olimpíadas de Londres e ainda tem gente que ficou triste apenas porque perdemos no futebol para o México em 28 segundos. Amargamos uma medíocre vigésima segun-da colocação no quadro geral de medalhas e somos uma das maiores potências financeiras do planeta, apesar de sermos mi-seráveis em educação. Mais um pouco e perderíamos para o Azerbaijão. Perdemos em quase tudo, mas os meios alienadores de plantão reafirmam a cada instante que somos os maiores no futebol, mesmo sem termos jamais conseguido um ouro olímpico neste esporte. E o pior é que criam heróis aos montes antes mes-mo que os atos heróicos sejam executados. Enquanto isso, nos bastidores das nossas corrupções, os atletas dos mensalões e os cachoeiras ficaram esquecidos. Isso sem contar que somos ape-nas o 53º colocado no Programa Internacional de Avaliação de Alunos e ficamos abaixo da média mundial em leitura, matemá-tica e ciências. Já tem empresa com dificuldade de preenchi-mento dos seus quadros, porque os candidatos, mesmo quando

diplomados, são analfabetos funcionais.Mas seremos a sede das olimpíadas de 2016. A bandeira já

está na mão do Rio que foi apresentado ao mundo, na festa de encerramento de Londres, pelo gari Sorriso que vendeu mais uma vez a imagem de um povo sambista, inculto e malemolen-te. Na mesma solenidade, uma rampa simbolizando o calçadão de Copacabana recebeu índios com cocares tecnológicos iluminados executando danças típicas enquanto que Iemanjá aparecia no palco para ser seguida por uma escola de samba que se misturou com a música “Nem Vem Que Não Tem” para representar o malandro carioca e no final receber uma top mo-del sem sentido nenhum naquela pantomima que foi encerrada com o Gari Sorriso correndo para abraçar o Pelé.

É salutar ressaltarmos que a bizarra imagem reafirmada ao vivo para o mundo não é o retrato do nosso país porque não é a nossa realidade. Aqui os garis não passam o dia sorrindo. Alguns dependem de bolsa-miséria e mastigam migalhas. Os índios já foram quase que exterminados e os que ainda restam usam ca-misa do Flamengo e têm as suas culturas invadidas por religiões de homem branco. Isso quando não fazem tráfico de madeira e de outras riquezas naturais. A malemolência não é a nossa prin-cipal marca, já que trabalhamos muito para as empresas estran-geiras e as corrupções arrastarem as nossas riquezas.

Resta saber se em quatro anos é possível preparar atletas de ponta em uma pátria que trata a educação com desdém. Já não conseguimos formar professores em qualidade e quantida-de suficiente para preparar os nossos jovens. As nossas escolas, em sua grande maioria, têm um formato físico e ideológico com um atraso histórico de séculos. E enquanto isso, vemos, adorme-cidos, uma enxurrada de dinheiro sendo derramado na moder-nização de estádios de futebol para a Copa de 2014.

Não podemos continuar esperando que os nossos atletas surjam ao acaso em decorrência de tratarmos a educação dos filhos da pátria com tamanho descaso.

“Tem desempregado novo na cidade, mais algum rebento a viver de esmola, corrupção na mão de outra autoridade que colherá prisão por não plantar escola”.

O acaso e o descaso

Por: Paulo FrancoFormado em Letras e em Pedagogia e Pós-graduado em Docência para o Ensino Superior. Poeta e escritor, tem 8 livros publicados e dezenas de premiações em nível nacional.

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