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Revista Label - 3ª edição

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Terceira edição da Revista Label www.revistalabel.com.br

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carta do editor

Dia do Orgulho Homofóbico

Danilo BrasilEditor [email protected]

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Parece que virou moda fazer apologia ao crime, principalmente, quando o crime é considerado homofobia. Neste

mês, vimos a insensatez do vereador Carlos Apolinário atingir níveis altíssimos, através da sua proposta de lei que cria o Dia do Orgulho Hétero. Felizmente, o projeto foi vetado pela prefeitura de São Paulo. Ainda há quem abra a boca para dizer “mas num tem o Dia do Orgulho Gay? Por que não ter o Dia do Orgulo Hétero”. Meu Santo Lunga, protetor da ignorância. Também não vejo nada demais em ter o Dia do Orgulho Hétero, desde que o motivo da sua criação não seja uma forma de apelo aos privilégios dados aos gays. Que privilégios são esses? Estão matando os gays

a troco de nada. E pior, nem precisa ser gay, basta o assassino achar que você é, e você está morto. #desabafo

Mudando de assunto, quero agradecer novamente o apoio dos leitores, que enviam (e os que não enviam também) e-mails elogiando a Revista Label. Isso tudo é para vocês. Neste mês, publicamos depoimentos sobre a relação dos gays como os pais, em homenagem ao dia deles. A entrevista também está fantástica. Johnny Hooker falou até de política e deu pano para manga. Não deixem de ler o especial que fizemos da Amy Winehouse. Não deixem de ler. Essa, eu “agarantio”.

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índiceA Label selecionou as melhores tuitadas de agosto e postou para os leitores.

O talentoso Johnny Hooker concedeu uma entrevista para nós e falou tudo. Confira!

Gothan for Man é o novo site de compra coletiva gay

Texto literário de Jo Fagner fala sobre a sexualidade de um gay

Danilo Brasil fala sobre as campanhas contra homofobia que partem de pequenos grupos

Pernambuco lança guia GLS para atrair turistas

Dayvson Fabiano questiona a abordagem dos homossexuais na TV

Projeto pede para os héteros falarem sobre os seus amigos gays

Vídeo do ator Fabrício Mira critica homofobia de forma inusitada

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índice

As indicações dos melhores CDs e livros do mês de agosto

Depoimentos sobre o que os gaysacham de seus pais

Flaviano Quaresma fala sobre o consumo da violência

O GRGC luta em prol dos direitos homossexuais no agreste

As principais notícias do mundo LGBT do Brasil e do mundo

Janaina Ventura dá dicas de como aproveitar os recursos da máquina digital

Castelo de Brennand é uma ótima opção de passeio

Os momentos marcantes da carreira da inesquecível Amy Winehouse

Darlan Gomes fala sobre oaniversário de 1 ano da Villa neon

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Avesso do avessoÉ madrugadaUm silêncio ruidosoEu e vocêNossos pensamentos se tocamE te sintoQual abismo a nos separar?As horas passamO desejo nos consomeSomos o avesso do avessoContrariando a norma Que norma?Pensei que as flores fossem em direção do sol!Sou o teu VerlaineVocê o meu RimbaudFaçamos diferenteE Comecemos...

Dayvson Fabiano

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espaço do leitor

Ao falarmos em ativismo e Movimento LGBT entre nossos amigos é comum ouvir opiniões

como “chatice”, “é indiferente”, “acho interessante, mas não é para mim”, entre outros. O reflexo da atual despolitização é um fenômeno presente em diversos setores e segmentos da sociedade brasileira, que atinge também a população LGBT.

Ser um/a militante não é apenas sair com a bandeira gay gritando “eu sou gay”, como muitos pensam. Dá até pra militar às escondidas! (denunciando uma

comunidade homofóbica no Orkut, por exemplo).

Se queremos respeito e liberdade, teremos de lutar para conquistá-las. Pense na melhor estratégia de combater as injustiças sociais no seu caso: discordando da opinião equivocada de algum conhecido, votando em candidatos pró-LGBT, utilizando as redes sociais, dialogar em espaços mais abertos (faculdades), participar de alguma ONG... São inúmeras as maneiras de atuar: faça sua parte na desconstrução da homofobia!

Ser um militante LGBT: você pode!

Cleyton FeitosaPedagogo

@ Escreva sua história com temas relacionados a tribo LGBT para que ela seja publicada na Revista Label. Envie um e-mail para [email protected] juntamente com uma foto e seu texto de até 800 caracteres.

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E-mail: [email protected]: cleytonpedagogo

Orkut e Facebook: Cleyton Feitosa

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@euleiolabel

Recado do Miguel no meu cel.Mae to c saudade,volta pra casa.Doei pro Criança Esperança 7 reais.Tudo bem?Se nao pode descontar da mesada :) @NiveaStelmann

Tem gente escrevendo frases d efeito medíocres e assinando como se fosse eu. Quem nasce p lagartixa nunca chega a jacaré@LitaRee_real

As tuitadas de agosto

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Do meu amigo Marcio Libar: “Ficar famoso na internet é igual a ficar rico no Banco Imobiliário”.

@bmazzeo

5 Motivos pra ver @furomtv hj 1- Veja 2- Pelo 3- Amor 4- de 5- Deus

@calabresadani

Em breve nas Faculdades: Fundamentos do Marketing com Lei de Gaga

@_DJGael

Coitadinhos. Não conseguem nem comprar um Ipad: Assembleia de MG vai comprar Ipads 2 para deputados

@beatrizcastrope

Olha, até q tem umas bee magia no quiosque da Suely

@HugoGloss

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Campanhas contra homofobia a baixo custo

Por Danilo Brasil

Danilo Brasil é Jornalista

coluna

Marketing Colorido

[email protected]

A internet dispõe inúmeras formas para os usuários compartilharem as suas informações com outros usuários. Com

o surgimento das redes sociais, milhões de informações são divulgadas a todo segundo, através de milhões de usuários. É justamente a facilidade de navegação desses conteúdos que várias campanhas, de todos os segmentos, surgem dia a dia.

Durante o último mês, vimos o lançamento do vídeo do ator e diretor Fabrício Mira no YouTube. A filmagem é caracterizada pelo extremo ódio do personagem em relação aos gays, que, rapidamente, é transformado numa defesa aos homossexuais. O conteúdo do vídeo foi espalhado como forma de protesto aos vários personagens que fazem apologia à homofobia (Jair Bolsonaro, Myrian Rios, entre outros). Em termos de custos, para a produção do vídeo, só foi necessário um celular com filmadora, duas pessoas do mesmo sexo que topassem beijar na boca e um pouco de criatividade. Por fim, a campanha foi para

o ar (para a rede) e conseguiu agregar vários seguidores, que concordaram com a mensagem final: que os homofóbicos nada mais são do que homossexuais encubados.

Neste mesmo viés, os atores Marco Antônio Cals e Rafael Puetter protagonizaram em apenas 1 minuto e 46 segundos uma das campanhas mais diretas de crítica ao veto do beijo homossexual na TV. A filmagem, intitulada “Beijo Gay na Novela”, mostra um casal de homens em crise. Os dois brigam pelo fato de um deles só querer beijar o outro em público depois das 22h. Assim como no primeiro caso, não se precisou de uma filmadora profissional, nem de um expert em edições de vídeo para a mensagem se difundir por milhares de usuários. Esse ativismo LGBT é mais uma opção para os gays não se calarem. Se por um lado, organizações e indivíduos tentam impedir a conquista dos direitos para os homossexuais, por outro, há uma população cheia de vontade para lutar contra a homofobia e ainda de maneira barata e eficaz.

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O fervo deA nova cor dorock and roll

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O vencedor do programa Geleia do Rock, da Multishow, é pernambucano, leonino e tem dois nomes: Johnny Hooker (nos palcos) e John Donovan (na vida). O artista de apresentação singular e ao mesmo tempo estranha fala sobre a paixão pela música, sobre a sua sexualidade dúbia em cima dos palcos e muito mais.

O show vai começar!

Abram as cortinas...

Como e quando começou sua paixão pela música e como foi o início da sua carreira profis-sional?Acho que a paixão pela música começou bem cedo e foi tra-zida através do meu interesse pelo cinema, pelo teatro e pelo drama. Sempre me interessei também pelo conceito do ído-lo, lembro que o filme do show “Ziggy Stardust” e o documen-tário “Na cama com Madonna” foram verdadeiros adventos na minha vida. Foi quase como um chamado ver aqueles artistas que uniram teatro, visual, cine-ma e música pop. Sentia o palco

me chamando em direção a ele, sinto até hoje.

Onde foi a sua primeira apre-sentação em público? Bateu um pouco de insegurança?Minha primeira apresentação em público foi em 2003, durante um concurso de bandas da Cul-tura Inglesa. Lembro que senti que a hora tinha chegado de apresentar aquela visão que eu tinha tido. Naquele ponto, com 15 anos de idade, ainda estava tudo em fase seminal. Mas arte é isso, uma obra em progresso constante, um processo de lapi-dação. Saímos premiados desse

concurso e senti que, a partir daquele momento, a música e o palco estariam para sempre en-trelaçados com a minha própria vida. Ninguém consegue sentir aquela adrenalina e não querer mais.

Você se inspira em alguma banda ou artista para fazer o seu som?Procuro estudar todos os tipos de arte ao máximo para que o resultado fique o mais comple-to possível, tanto visual quanto sonoramente. Portanto, as ins-pirações vêm de todos os luga-res possíveis.

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Você já fez duetos com vários cantores consagrados. Se pu-desse escolher algum artista para dividir o palco com você, quem seria?Uma das maiores emoções da minha vida foi dividir o palco com Caetano Veloso, meu ído-lo máximo da música brasileira. Então, eu queria poder cantar com ele novamente e com mais calma. Outro artista que eu gos-taria de trabalhar é com o Ney Matogrosso. Torço para que oportunidades não faltem.

O Rafael Mascarenhas (filho da Cissa Guimarães) morreu dias depois de vocês vencerem o Geleia do Rock. Como era a sua relação com ele e como o gru-po encarou essa perda?O Rafael era um menino profun-damente talentoso e tranquilo de se trabalhar. Eu sentia uma paz muito forte sempre que estava próximo a ele. Costumo até comentar com meus com-panheiros de Geleia do Rock que ele deveria ser um espírito daqueles bem antigos e sábios, tranquilos com sua missão. A missão dele se estende e acom-panha nossas vidas sempre, nos unindo por um amor e uma cumplicidade de uma maneira com a qual só o Rafa poderia conseguir.

O seu desempenho em cima do palco é algo muito inten-so. Houve algum processo para construção dessa perfor-mance (estilo, maquiagem) ou esse que você leva para o pal-co pode ser considerado como “uma mistura de todos os sen-timentos do Johnny”?Um processo, por assim dizer, sempre existe e está em cons-

tante construção. Porém, tento manter tudo da maneira mais intuitiva e emocional possível. Acredito que existe um ponto de entrega no palco e no proces-so de composição e construção do show que te dá as diretrizes. Você acaba descobrindo aonde aquele determinado trabalho vai te levar nesses momentos.

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A sua figura em cima do palco não é a de um homem, mas também não é a de um gay. Você se caracteriza como um “artista de todos os sexos” ou um “artista sem sexo”?Em cima do palco, não sou homem, nem mulher, e sim uma espécie de entidade, algo espiritual e no meio do camin-ho entre a terra e o céu. Mas não numa concepção ortodoxa e assexuada do divino. Os dese-jos carnais estão lá e em grande intensidade, como na mitologia dos gregos aonde os deuses e semi-deuses sofrem das intem-péries da natureza humana. É um ídolo, cuja provação é o palco.

Em cima do palco, não sou homem, nem mulher, e sim

uma espécie de entidade

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Como está a preparação do lan-çamento do seu CD? O que esse trabalho irá tentar inspirar nas pessoas que vão escutá-lo?O disco vai se chamar “Roques-tar” e pretende dialogar com essa idéia do ídolo, do intocá-vel, dos desejos de fama e ce-lebridade que permeiam a so-ciedade moderna, mas de uma maneira “retrô”. É um pouco também da minha chegada ao Rio de Janeiro, na situação de estar dentro de um reality show e também um pouco autobio-gráfico sobre minha caminhada até agora. É uma ode ao dese-jo de ser “rockstar” e também um autoaviso de que isso pode destruir você, que nem tudo na foto é verdadeiro, mas que cada foto deixa escapulir um pouco de verdade. É uma ode a diver-são e uma reflexão sobre senti-mentos superlativos, quase um mini-musical. O disco vai ser lançado pela EMI Music (mes-ma de Ney Matogrosso, Para-lamas do Sucesso, Katy Perry e Kylie) no segundo semestre e nas próximas semanas devo es-tar gravando o clipe do primeiro single “Amor Marginal”.

Quais são as diferenças e as se-melhanças entre o John Dono-van (vida pessoal) e o Johnny Hooker (vida profissional)?Minha mãe costuma ter uma definição que eu acho muito engraçada. Ela fala que “John

Donovan tem mãe, Johnny Hooker não.” Não que eu con-corde 100%, mas acho que dá pra dar uma idéia geral. A música de sua autoria “Amor Marginal” deixa de lado os

rótulos e fala de um homem cheio de sentimentos. Essa letra é uma característica do “novo homem” que habita na sociedade e ainda é muito re-criminado?Acho que essa música reúne

Minha mãe costuma

dizer que o John Donovan

tem mãe e o Johnny

Hooker não

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elementos que acabam deixan-do ela com sentimento univer-sal. Não foi algo proposital. To-das as pessoas que ouviam essa música pareciam se emocionar muito. É sobre aquele senti-mento de angústia e desespero

extremos que sentimos quando estamos sofrendo por um amor que não vamos poder viver. É um tema bastante recorrente na minha obra.

Você já gravou músicas da

Beyoncé. Existe alguma outra diva do público gay que você tem apreço?Por todas as que reúnem as di-versas formas de arte em um produto genuinamente artísti-co, inovador e, principalmente, provocador.

A atriz Regina Braga declarou esse mês que “Todo mundo é bissexual”? Você concorda com isso? Como você vê o pre-conceito sofrido pelos homos-sexuais?Acredito na liberdade em ex-perimentar a sexualidade e em perceber o quão diferente pode ser bonito e atraente. O preconceito sofrido pela co-munidade gay, principalmente na realidade brasileira, é uma incompetência do Estado, que vale lembrar: é laico, em educar e proteger sua população com direitos legítimos. A interferên-cia da religião, principalmente a massa evangélica, nos proces-sos de aceitação das minorias é absolutamente inaceitável. Qual a sua opinião sobre a le-galização da união estável ho-mossexual?Acho que é mais uma vitória do único órgão brasileiro que age com a racionalidade (o Su-premo Tribunal Federal) sobre o religioso. É uma conquista importante e uma legitimação de uma parcela expressiva da

Acredito na liberdade em experimentar a sexualidade

O preconceito sofrido pela

comunidade gay, principalmente

na realidade brasileira, é uma incompetência do Estado, que vale lembrar: é

laico

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população que já vive casada, e muito bem casada. Não vejo por que temos união estável reconhecida e não temos uma lei para nos proteger nas ruas, contra agressões verbais e físi-cas. Apesar da questão gay ser discutida bem mais abertamen-te, ainda se vive a margem da opinião alheia e dos órgãos re-ligiosos.

Apesar da questão gay ser discutida bem mais

abertamente, ainda se vive a margem da opinião alheia e dos

órgãos religiosos“

Vote no Johnny Hooker como artista revelação do Prêmio Multishow 2011http://multishow.globo.com/Premio-Multishow-2011/Vote/

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Público gay masculino ganhasite de compras coletivas

Muitas empresas perceberam nos últimos anos a força do poderoso mercado

gay. Esse público gasta 30% mais que os heterossexuais, se mantém fiel às marcas e é um nicho que tem atraído a atenção de diversos segmentos tais como moda, turismo, decoração, esportes, cultura, entre outros.

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Segundo o IBGE, 10% da população do Brasil é homossexual. Na visão corporativa, isso significa 18 milhões de consumidores. De olho nesse público que não abre mão de produtos e serviços com qualidade, nasce no Brasil o primeiro site de compras coletivas para gays, o Gothan For Man. Um dos autores pelo projeto, Rafael Lopes, escolheu o nome Gothan For Man em homenagem a cidade onde viviam Batman e Robin. “A idéia é dar um ar urbano ao portal. Ele é a porta de entrada para uma cidade virtual cheia de ofertas de lojas, spas, restaurantes, casas noturnas, bares, locadoras, clínicas de estética, operadoras de turismo, pet shops, entre outros”, declara o idealizador.

A idéia do site é propiciar um ambiente diferente e autêntico, onde os gays poderão transitar de forma natural e livre, sem se preocupar com máscaras ou sombras. “Aqui eles podem vivenciar suas identidades de maneira plena. Esse público tem luz e talento próprios para conquistar o que quer em qualquer área da vida, sentimental ou material”, finaliza. O objetivo do projeto é oferecer serviços e produtos específicos para o público gay masculino tais como Cruzeiros para Gays, restaurantes e bares gay-friendly, produtos com temática homossexual, produtos eróticos, sensuais e outros.

Por enquanto, as atividades do site só estão disponíveis em São Paulo. Estima-se que em poucos meses o negócio se expanda para o Rio de Janeiro e, na temporada de verão, para Florianópolis.

Sites de compra coletiva vão movimentar R$ 14 bilhões até o final

de 2011, segundo o e-bit

www.gothanforman.com.br

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O Segredo e a Luz(carta a um jovem gay)

De todas as imagens que vem à cabeça quando se fala em ar-mário, a que resiste é aquela de escuridão. Trata-se de um lugar secreto, às vezes com cheiro de mofo, onde os segredos se misturam com imaginários cul-tivados em torno da mesma ex-periência: um desejo, que tam-bém pode ser confundido com doença ou subversão. O “ser” homossexual atravessa ou es-taciona nessa etapa do “ver” homossexual, a partir de onde a duração e o sabor de estar no armário pode ser irritante ou confortável.

A situação de enfrentar o espe-lho e se perceber como desvian-te é uma cena comum na vida da maioria dos gays. Crescemos em meio a uma sociedade que considera a heterossexualidade como norma, o que afeta não somente o olhar dos outros para si, mas principalmente a forma como um indivíduo se encontra em sua própria existência. Ex-plicações são buscadas, experi-ências passadas se retomam no

intuito de achar respostas para compreender tal momento. E depois de um longo tempo, o que parece fundamental é a ne-cessidade de uma decisão.

Acontece que “ser gay” nunca foi projeto social de um pai para seus filhos. O que se espera de um menino ou de uma menina pela família, religião e escola é cultivado através de uma carti-lha que engloba uma série de códigos, que vai desde a escolha da roupa e de brinquedos até o investimento em carreiras pro-fissionais. Forma-se aquilo que se chama “coisa de homem” e “coisa de mulher”, assim como se ensina que o amor e o sexo também pertencem a essa mes-ma regra.

Já não bastasse o fato de encon-trar-se fora das possibilidades de um sujeito social legitima-do, ainda se fazem presentes imagens e percepções que se apresentam sobre a sexualida-de humana. Certos conceitos e estereótipos são reforçados. Ao

invés de se educar para a diver-sidade, modelos impregnados como probabilidades únicas de se reconhecer “gay” persistem. Mesmo com as resoluções que retiraram o “homossexualismo” das classificações patológicas, a “homossexualidade” ainda apa-rece como tabu na experiência humana.

Desejos e impulsos são fatores característicos que condicio-nam qualquer forma de vida. Pelos mesmos canais por onde corre o sangue, também circula uma série de disposições para as mais diversas situações, das cotidianas às mais estranhas. Se levarmos em consideração as estatísticas biológicas, logo podemos observar que a ho-mossexualidade está presente em um número significativo de espécies animais, mesmo elas estando alheias a códigos so-ciais que norteiem o compor-tamento sexual. A natureza de uma raça se sobrepõe a uma concepção social do que seriam

Jo Fagner

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estas experiências. E como isto se aplicaria com seres huma-nos?

Somos diferentes dos outros animais pela nossa capacidade de raciocínio, o que nos permi-te aprender com mais facilidade o universo ao nosso redor. E ao mesmo tempo somos organis-mos tão parecidos, com o mes-mo funcionamento, que qual-quer analogia é cientificamente permitida e racionalmente acei-ta. Ao passar pela cultura que nos educa, algumas terminolo-gias e modelos são transmitidos e ensinados, num sistema de produção de discursos que são abstraídos e tidos como verda-des absolutas, assim como afir-mava o filósofo Michel Foucault na sua obra História da Sexuali-dade.

Entre tais idéias e mitos, o en-tendimento sobre a sexualidade ainda é tratado como “opção”, como se ela funcionasse da mesma forma que um interrup-tor, que permite desligar qual-quer desejo, qualquer instinto. Alguém com tendências maso-quistas certamente optaria por viver sob a sombra do estigma e aceitar o preconceito que são vigentes em nossa sociedade.

Por outro lado, a idéia de “orien-tação” é uma forma de recusar

o modelo de “opção”, conside-rando a sexualidade como inde-pendente da arbitrariedade do indivíduo. De fato, uma orien-tação tem início quando se im-põem modelos. Comportamen-tos sexuais (hetero, homo, bi, entre outros) e comportamen-tos sociais (como no caso de ser másculo ou afeminado) são re-presentações aprendidas. Então poderíamos pensar que existe uma orientação social acerca da “condição” sexual expressa em moldes, seguida de uma opção individual pelo qual se preten-de desempenhar.

Tais códigos não se notam pre-sentes apenas no sentido “mun-do hetero” para “mundo gay”. Entre os próprios integrantes de um universo homossexual algumas dessas regras estão presentes, obedecendo a uma mesma lógica normativa. O se-gredo torna o desejo invisível, uma vez que o comportamento social é um fator que legitima o relacionamento e a segmen-tação de gays discretos e assu-midos, num jogo recíproco que oscila entre o armário e a ban-deira, quando “viver um desejo” se encontra com “assumir uma identidade”, principalmente em termos de movimentos sociais.

Situações como essa aparecem no momento em que se pensa:

“sou gay, e agora?”. O público e o íntimo se (des)combinam em uma tempestade de inter-rogações que parece dominar a mente de quem se vê fora dos padrões que foram estabeleci-dos para si. O armário parece um lugar seguro, já que nas ruas pessoas são assassinadas pelo ódio a uma expressão da diver-sidade que na há como conter. Mas não se trata de definir um lugar delimitador da experiên-cia sexual de alguém. Cada ser humano é capaz de se adap-tar ao ambiente que considera com melhores condições para se viver.

Nem o armário, nem a rua, o lugar central para a vivência do desejo não se encontra num círculo fechado. Eles exprimem uma situação que é aprendida através do tempo, assim como a forma pela qual se lida com as diversas expressões ensinadas acerca da própria existência. O desejo afetivo ou sexual não precisa de modelos estabeleci-dos para ser vivido. Padrões de comportamento são todos fle-xíveis e acessórios, podem ser rompidos ou acionados sempre que se desejar, assim como as portas, paredes e muros dos se-gredos e tabus que tanto pres-sionam os olhares sobre a tão discutível sexualidade humana.

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Pernambuco lança guia LGBTpara atrair turistas gays

Eleito como o quinto destino gay mais procurado no Brasil, segundo Ministério do Turismo, Pernambuco marcou presença na primeira feira destinada ao mercado gay, a Expo Business LGBT Mercosul, realizada em São Paulo, no último mês. A Empetur e o Recife Convention & Visitors Bureau representa-ram o Estado no evento com o objetivo de promover Pernam-buco como destino gay-friendly junto a um público selecionado, multiplicador e potencialmente capaz de difundir os produtos e serviços locais para a sua carte-la de clientes.

Na ocasião, o Recife Convention & Visitors Bureau apresentou os associados e ações que vem realizando dentro do projeto ‘Friendly LGBT. Pernambuco Simpatiza com Você’, lançado no final de 2008. “Desde 2008 estamos realizando ações de capacitação com objetivo de preparar os profissionais locais que atuam diretamente com o visitante gay e promovendo o destino Pernambuco em even-tos no Brasil e exterior”, disse Paulo Menezes, presidente do Recife CVB. “O nosso objeti-vo é trabalhar para consolidar Pernambuco como um dos principais destinos gays do Bra-

sil, apresentando serviços que atendam às suas expectativas”, complementa Menezes, que ainda revela que o Estado tem todos os ingredientes para con-quistar esse público: cenários paradisíacos, cultura, uma gas-tronomia ímpar e uma cena gay atuante.

Durante o encontro, a Empetur lançou o Guia GLS de Pernam-buco, desenvolvido pela En-genho de Comunicação e com apoio do Recife CVB e da ABRAT GLS. “O material traz um mape-amento dos espaços receptivos ao público gay, desde boates, restaurantes, academias, salão de beleza e centros de estética, além de apresentar excelentes dicas de passeios a serem rea-lizados pelo visitante gay no Re-cife, Olinda e praias do Litoral Sul do Estado”, diz o presidente da Empetur, André Corrêa.

A Empetur e o Recife CVB estão utilizando o cadastro dos parti-cipantes da feira – 3 mil pessoas entre agentes e operadores de viagens, empresas que atuam no mercado LGBT e público fi-nal – para divulgar através de campanhas de email marketing os roteiros e atrativos turísticos pernambucanos.

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O defasado conceito de “chocar”

Estava assistindo televisão quando, de repente, vejo uma cena lastimável numa novela: um jovem sendo espancado até a morte só porque é gay. Fiquei chocado. E não estou falando de hipocrisia, pois essas situa-ções ocorrem a todo instante, seja com homossexuais, seja com heterossexuais. Isso é fato. A grande questão é: isso pode aparecer na TV? A emissora acha um absurdo mostrar uma cena com dois homens se bei-jando, porque pode chocar o telespectador. E uma cena des-sas de violência não choca? Fi-quei horas me questionando a respeito de tão barbárie cena.

Sinceramente, não sei realmen-te o que o autor da novela quer

mostrar, ou até sei, porém acho que o caminho poderia ser ou-tro. Isso me lembra um soció-logo, Bauman, que diz que os laços de amor são tão frágeis, portanto líquido. Um mundo líquido onde o sentimento de amor está distante. Voltando à cena daquela novela bastante insensata, lembro que fiquei com os olhos marejados e o pior: meu sobrinho estava jun-to. Não sabia o que dizer a ele que ficou de olhos arregalados. E sabem o que ele disse a mim? “Nada a ver bater nele só por-que é gay. Deus está triste e o diabo está sorrindo.” Meu so-brinho tem apenas 6 anos de idade. Fiquei pasmo e feliz: pri-meiro por tão pouca idade e tão sensível ao demonstrar piedade

ao outro; segundo, feliz porque foi o meu sobrinho quem falou algo tão puro e doce.

É preciso que as pessoas pos-sam ter mais sensibilidade com as causas humanas, para que si-tuações como essas mostradas na novela não se torne natural. O natural e mais sensato é res-peitar o outro independente de qualquer coisa. Portanto, minha felicidade hoje não é clandesti-na, como querem fazer alguns que tentam anular o sentimen-to dos outros, ela está à mostra para quem quiser ver e sentir. E gritarei sempre. Quem não qui-ser ouvir que tampem os ouvi-dos, pois a liberdade de escolha é minha.

Dayvson Fabiano

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Fale sobre oseu amigo gay

O Grupo de Pais e Homosse-xuais (GPH) em parceria com os jovens do Projeto Purpurina lançaram neste mês a campa-nha Quem são eles?. O proje-to, pioneiro no Brasil, vai usar a opinião dos heterossexuais sobre os LGBT como forma de combater a homofobia. A inicia-tiva é totalmente democrática e pessoas de todo o Brasil podem participar.

A professora e fundadora do GPH, Edith Modesto, explica que o projeto, cujo logotipo foi criado pelo designer Samuca, surgiu após um dos integran-tes do grupo ser espancado na saída de uma boate por ser ho-mossexual. “Esse fato, somado aos atos homofóbicos que têm se dado ultimamente, me fez

pensar numa campanha que ajudasse as pessoas a ver que ser homossexual é uma con-dição natural e espontânea do ser humano, como ser heteros-sexual, e nenhum dos tipos de orientação sexual implica em tipo de caráter, bom ou ruim”, explica Edith.

A campanha Quem são eles? está recebendo depoimentos de amigos de homossexuais, des-tacando suas qualidades e pro-vando, desse modo, que ser gay não é melhor nem pior do que ser heterossexual. Para partici-par é só mandar um depoimen-to sobre seu amigo LGBT para o e-mail [email protected]. O site da iniciativa é o quemsaoeles.tumblr e já está cheio de depoimentos.

Edith Modesto, fundadora do Grupo de Pais e Homossexuais

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HOMOFOBIASIM

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O ator e diretor Fabrício Mira divulgou um vídeo este mês na internet que anda causando muita polêmica tanto ao público LGBT quanto aos que propagam a homofobia no Brasil. O próprio Fabrício é o personagem do vídeo, que começa em tom preconceituoso, chegando a elogiar as atitudes de Jair Bolsonaro e Myrian Rios. A filmagem, no começo, é caracterizada pelo extremo ódio do personagem em relação aos gays. A descrição no YouTube é “Desabafo de um cidadão decente, preocupado com a família, a moral e os bons costumes, sobre ser hétero”. Eis que o rumo da conversa vira para o outro lado...

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HOMOFOBIANÃO

Em certo momento do vídeo, enquanto Fabrício Mira continua o seu discurso fazendo apologia à homofobia, um homem abre a porta do local onde a filmagem está acontecendo. Os dois começam a se beijar e, dez segundos depois, Fabrício pede licença e continua falando mal dos homossexuais. A mensagem final sugere que os homofóbicos, que cruzam as nossas vidas todos os dias, estejam reprimindo as suas vontades sexuais e dá mais uma forma para homofobia: a dos homossexuais reprimidos pela “heteronormatividade”. O vídeo já possui mais de 200 mil acessos.

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Lorena Simpson no aniversário da Villa Neon

Por Darlan Gomes

Darlan Gomes é DeeJay

coluna

Hey Mr. [email protected]

A Cantora Lorena Simpson, conhecida por seus singles Can´t stop Loving you, Brand New Day, Revolution Of Love e Breathe

Again, está divulgando o seu novo show: Dreams Tour 2011. O talento é tanto, que, a nova música de Simpson, Dreams, aparece em primeiro lugar em downloads no Flexx Acess. A agenda da cantora já está fechada até outubro, mostrando o sucesso que a cantora faz nas casas noturnas, sempre lotando e fazendo o público vibrar a cada música.

Aqui em Pernambuco, o show da cantora acontece no dia 20 de agosto (sábado), no aniversário de 1 ano da boate que está fazendo a diferença em Caruaru, a Villa Neon, que sempre

traz grandes atrações como Wanessa Camargo, Preta Gil, DJ Filipe Guerra, entre outros. Além de Lorena, todos os DJs residentes da boate também irão esquentar a noite e colocar o público para dançar.

Top 10 de Agosto:1 Adelle – Someone Like You2 Britney Spears – I Wanna Go3 Alexandra Stan – Mr. Saxobeat4 Jennifer Lopez – I´m Into You5 Bruno Mars – Talking To The Moon6 Lady Gaga – The Edge Of Glory7 Aroma feat. Lyck – Summer Of love8 Pitbull Ft Ne-Yo, Afrojack & Nayer – Give Me Everything9 Sophie Ellis-Bextor – Bittersweet10 Alexis Jordan – Good Girl

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O novo álbum de Wanessa veio para sacudir as estruturas de qualquer balada. Com um repertório frenético, Wanessa lança um CD irresistível para quem curte a noite. Inovador na carreira da cantora, ela incorpora o inglês em todas as faixas do disco. O single Stuck On Repeat atingiu os primeiros lugares na Europa, além de ter sido elogiado no New York Post como “a música dance mais poderosa dos últimos tempos”. DNA é simplesmente um álbum completo e de altíssima qualidade musical.

O cantor e compositor Jay Vaquer lança pelo selo LAB 344 seu quinto álbum de estúdio, com repertório inédito e autoral. Umbigobunker!? foi gravado e mixado por Moogie Canazio, e conta com a participação da cantora Maria Gadú na faixa “Do Nada Me Jogaram Aos Leões”.

Baladeiros de plantão

Baladinha nunca é demais

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Após uma desilusão amorosa, Nina rompe com sua namorada e resolve mudar de vida indo em busca do seu grande sonho, que é tornar-se uma reconhecida chef de cozinha. Muda de país para dedicar-se inteiramente a sua carreira num pequeno restaurante em Montreal, no Canadá, porém, ela não poderia prever que uma simples reserva, num dia rotineiro de trabalho, mudaria sua vida drasticamente, e a faria experimentar a sensação de apaixonar-se perdidamente por uma mulher casada. Mesa 27, da gaúcha Adriana Nicolodi, retrata a luta e o drama dessa jovem para tentar uma aproximação e conquistar o amor da Dra. Allegra Cavazza, cardiologista bem-sucedida, internacionalmente reconhecida, que vive num mundo totalmente distante do de Nina.

Comida e romance... juntos!

Jack Mallard é um agente enviado em uma complicada missão a Zanzibar, onde a homossexualidade é proibida. Isso não o impede, entre visitas a praias desertas e tentativas de despistar os policiais que o seguem, de ter vários encontros ardentes com homens de várias nacionalidades. Até conhecer o policial Konoco Fassal, um negro belíssimo que o enlouquece com o melhor sexo de sua turbulenta vida. No Calor de Zanzibar, obra de Alex Von Mann, tem um pouco James Bond e muito sexo seguro em cada página.

Prazer, trabalho e romance na África

Desvendando as baladasA noite surge com seus caminhos desviados, suas múltiplas possibilidades de prazer e satisfação. Mas com ela também aparecem fantasmas internos difíceis de aniquilar. A festa está apenas começando para Henrique e seus amigos, que se preparam para uma típica festa gay. Em Anatomia da Noite, de Marcio El-Jaick, aos poucos, o protagonista descobre que a noite tem uma anatomia própria, também moldada por desencontros, mal-entendidos e frustrações.

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capa

MEU PAI É...Em comemoração ao Dia dos Pais,

no mês de agosto, a Revista Label convocou os leitores para escreverem

um pequeno depoimento sobre a sua relação com o seu pai. Abaixo você poderá ler o relato de cinco leitores. A partir deles, refletimos e percebemos que, assim como mãe: PAI É PAI! Alguns podem ser diferentes dos outros, mas a certeza do amor que sentimos por eles é notável em cada depoimento.

Meu pai éUM HOMEM COM

MUITOS ADJETIVOSTudo depende dos momentos: de tristeza, felicidade ou até mesmo de raiva. Apesar de ter levado um tapa na cara quando meu pai soube da minha orientação sexual, eu superei (ele superou) e ainda continuo dizendo que o AMO! Eu poderia ter ficado sem falar com ele, como muitos fazem, mas jamais deixarei de lembrar que ele me gerou, me criou, me deu a melhor educação que o filho merece e me deu muito amor. Impossível determinar um único adjetivo ao meu pai, são inúmeros!

Meu pai éMEU ABRIGOMeu pai e eu sempre tivemos uma relação maravilhosa e quando ele soube da minha sexualidade nos afastamos um pouco. Sempre o vi como um exemplo e um modelo mesmo com todos os nossos problemas. Ele é o único homem que eu sei dizer, sem pausa alguma ou nenhuma mágoa, que amo e sinto saudades. Embora ainda estejamos um pouco afastados, sei que ele me ama e que me aceita, mas o seu silêncio é uma forma de não assumir que tem medo que alguém me machuque, tanto que ele sempre diz a minha mãe que qualquer coisa que aconteça, ele faz questão de estar sempre ao meu lado.

Márcio

Becker

ThúlioFalcão

Page 39: Revista Label - 3ª edição

capaMeu pai éDISTANTEQuantos são os pais que sonham com um filho gay? Se existe um, esse não é o meu. Mas não posso me queixar de mudanças na nossa relação depois que minha orientação sexual foi posta à minha família. A verdade é que não temos tido uma relação muito próxima nos últimos anos, e depois do meu aniversário - quando convidei tanto a família quanto meus amigos gays, de forma indireta assumindo minha sexualidade - esse contato esfriou um pouco. Claro que gostaria de tê-lo mais por perto e voltar a ter a imagem do pai amigo que tinha quando criança, mas se existem divergências por parte dele, e também um certo orgulho da minha, mantemos nossas vidas assim, fria e distante. Agradeço por ele não se meter na minha vida pessoal, e ao mesmo tempo me entristeço em não poder contar com ele pra conversar sobre problemas na minha vida pessoal.

JoséAugusto

Meu pai éÚNICO

Nem sempre o pai vai entender o filho... E vice-versa! Tem decisões na vida que a gente toma, pensando na nossa felicidade, mas também ponderando o lado de quem amamos antes de tudo. Não sou, mas me coloco na posição de pai. De homem que nasceu nos anos 50 e cresceu sob outros valores e tradições. Respeito isso não por demagogia. Faço de coração! Vou sempre admirar e amar a figura do meu pai e protetor. Foi quem me ajudou vir ao mundo e quem me ensinou, ao seu modo, como conviver nesta “esfera”. Com ele, aprendi valores importantes, como respeito, ética, moral, postura... E, acima de tudo, aprendi a ser “homem” – viver com dignidade –, independente da minha orientação sexual. Devo muito a ele e minha única forma de retribuir tudo isso é o respeitando sempre. Obrigado, pai!

Artur

Arns

Meu pai éFECHADONão me lembro desde quando eu e meu pai nos afastamos. Acho que na verdade nunca fomos muito amigos. Com uma relação sempre muito próxima de minha mãe (acho que é normal que um gay se identifique mais com a mãe, né!?), meu pai sempre foi meio que um coadjuvante na minha vida. O fato é que cada pessoa demonstra seus sentimentos de uma forma particular e meu pai não consegue demonstrar muito bem os. E eu? Bem... Eu também não! Mas apesar de nunca se intrometer muito na minha vida nem na das minhas irmãs, ele sempre soube, aos modos dele, nos formar pessoas de bem. E se tem uma coisa que eu tenho certeza é que, meu pai e eu nos amamos muito.

FilipeRoma

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Bem-vindo ao consumo abundante

Por Flaviano Quaresma

Flaviano Quaresma é Jornalista, Mestre em Comunicação para o Desenvolvimento Local, editor geral da Leia Moda Mag Online (www.leiamoda.com.br) e compartilha suas ideias e sensações no twitter @leiaflaviano Compartilhe as suas.

coluna

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“A sociedade brasileira não está preparada para ver um beijo gay, mas está preparada para ver um gay morrer a chutes e pontapés em horário

nobre. Parabéns, Brasil! Parabéns, Rede Globo! Se você repudia a violência contra homossexuais, cole isso em seu mural!!” – esta não é uma frase minha, mas bem que poderia ter sido, admito. Mas tudo porque quando decidi falar sobre consumo da violência para o Consumado da Label de agosto, pesquisei, pesquisei e acabei encontrando relatos, frases, informações. Essa frase, por exemplo, é da Renata Rodrigues, de Sampa, que li no Facebook outro dia.

Quando vieram a valer direitos e emergiram as questões contemporâneas da diversidade, como exemplo, a união civil estável e os avanços no direito de família; e mais, o direito conjugal a bens e heranças – a indústria do consumo investiu em pesquisas e na segmentação de mercado para o público gay. Era oficial: havia uma procura do “consumidor”.

Como explica com propriedade Zigmunt Bauman em O Mal-Estar da Pós-Modernidade, “a sedução do mercado é, simultaneamente, a grande igualadora e a grande divisora. Afirma ainda que os impulsos sedutores, para serem eficazes, devem ser transmitidos em todas as direções e dirigidos indiscriminadamente a todos aqueles que os ouvirão”. E ressalta: “o consumo abundante, é-lhes dito e mostrado, é a marca do sucesso e a estrada que conduz diretamente ao aplauso público e à fama”.

E como aconteceu com o, digamos assim, “consumo tradicional”, o tal “consumo abundante” chegou para o consumidor gay. Chegou a hora de experimentar todas as diversificações desse consumo: o desejo, a repúdia, a alegria, a violência. A explosão começou com a agenda setting da imprensa focando os crimes contra homossexuais em seus telejornais. Lembrando aqui que, esses crimes não são eventos atuais contra os avanços judiciários, eles existem há décadas. E agora, as novelas se apropriaram do formato-produto para um consumidor “tradicional”. Ou vocês acreditam que o gay quer ver outro gay ser espancado até a morte? Esse “novo público” não quer ver um final feliz com beijo na boca? – sem mortes sob escombros de shoppings (novela Torre de Babel) ou em tocaias estilizadas de grupos sádicos e doentios em locais, considerados pelos frequentadores, como “seguros”.

Mas, como bem analisa Bauman a Sociedade, “não há mais seguro coletivo contra os riscos: a tarefa de lidar com os riscos coletivamente foi privatizada. Os medos reprimidos e circundantes que lhe permeiam a vida diária, devem ser dominados, extraídos do cotidiano vivido e moldados em um corpo estranho, um inimigo tangível com que se possa lutar, e lutar novamente, e lutar até sob a esperança de vencer”.

Está Consumado: os tempos pós-modernos estão marcados por uma concordância quase universal de que a diferença não é meramente inevitável, porém boa, preciosa, e precisando de proteção, de cultivo.

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Agreste pernambucano também é cenário

de luta contra homofobia

O Grupo de Resistên-cia Gay de Caruaru (GRGC) foi fundado

em 2006 pelo ativista Erison Ferreira de Vasconcelos e é uma organização de proteção e apoio à população LGBT de Caruaru. O surgimento da or-ganização foi resultado de um caso de discriminação homo-fóbica sofrida por Erison num banco: após processar a insti-tuição na justiça civil e ganhar a causa, Erison percebeu que a população deveria lutar pe-los direitos dos homossexu-ais (e por mais direitos civis). Além disso, a fundação des-se Grupo foi motivada pela ausência de representantes desse segmento na cidade.

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Desde então, o GRGC tem se valido de ações estratégicas que remontam às organizações LGBT bastante consolidadas no Brasil, como o Grupo Gay da Bahia (GGB), com o objetivo de reivindicar justiça social para essa minoria. A instituição pro-move palestras de conscienti-zação, campanhas preventivas, ações no Ministério Público contra órgãos ou empresas que discriminam gays, entrevistas à imprensa local, reivindicações e parcerias com o poder público e ONGs de Pernambuco, entre outras ações em prol da popu-lação gay.

Em 2011, o estudante Cleyton Feitosa, da Universidade Fede-ral de Pernambuco (UFPE), as-sumiu a presidência do Grupo após um trabalho realizado no ano anterior que pesquisou a atuação na sociedade. Erison Ferreira, por sua vez, assumiu a vice-presidência. Ambos foram empossados no Conselho Mu-nicipal de Juventude, posterior-mente. No mesmo ano, a ins-tituição filiou-se a Articulação Brasileira de Gays (ARTGAY),

significativa rede de organiza-ções LGBTs do Brasil.

O GRGC, apesar da expressiva trajetória de lutas sociais no agreste pernambucano, enfren-ta desafios que dificultam a sua atuação na perspectiva de pro-teção e apoio a população LGBT caruaruense. Assim como várias outras ONGs brasileiras, poderia ter mais apoio do poder público local. Além disso, possui dificul-dades de articulação com orga-nizações afins no Estado, sedia-das na capital - Recife, possui pouca atenção do governo do Estado e da prefeitura munici-pal, através de suas secretarias de Direitos Humanos e Desen-volvimento Social, necessita de uma sede com infraestrutura básica para oferecer atendi-mento ao público, entre outras questões de ordem legal. No entanto, não abre mão do com-promisso social e do espírito coletivo, característica estrutu-ral do grupo, que compreende que a emancipação social se dá a partir da organização social e da pressão popular no enfren-tamento à injustiça.

GRGC no início de suasatividades em 2006

GRGC reivindicando a criação de uma assessoria LGBT para

o Governo

GRGC participa de Mesa Redonda na UFPE/CAA sobre diversidade sexual

Contatos:Cleyton Feitosa (81) 8818-4253 [email protected]

Erison Ferreira (81) 9441-8852 [email protected]

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fato-ativoCasamento em PernambucoO primeiro casamento homoafetivo do Norte/Nordeste foi realizado em Pernambuco. O promotor de Justiça do Ministério Público de Pernambuco, Adalberto Vieira, e o técnico judiciário do TJPE, Ricardo Coelho comemoraram em agosto a decisão do juiz da Primeira Vara de Família e Registro Civil da Comarca do Recife, Clicério Bezerra, cuja sentença converteu a união homoafetiva mantida pelos dois há 13 anos em casamento. É a primeira decisão do gênero no Norte/Nordeste e a quarta no Brasil. “Gostaria de expor minha alegria, mas manter um pouco da minha privacidade. Espero que outros casais tenham a mesma coragem que a nossa e legalizem a sua vida. Acredito que o nosso ato vai servir de precedente para outras iniciativas na Justiça Pernambucana”, declara o recém-casado Adalberto Vieira.

Pesquisa do instituto Sensus, encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes e divulgada este mês de agosto, mostra índices idênticos - dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos - de aprovação à união homoafetiva, ao casamento e à adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo. Segundo o levantamento, 38,6% são a favor da união homoafetiva, 53,8% são contra e 7,7 não responderam. Para 37,7%, o Congresso deveria aprovar o casamento, outros 56,3% não concordam com isso e 6,1% não responderam. Já em relação à adoção de crianças, 40% se posicionaram favoravelmente, 55% contrariamente e 5,1% não responderam. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 136 municípios de 24 estados, entre 7 e 12 de agosto de 2011.

Pesquisa revela que população tem receio de casamento gay

“Gay ou hetero, para nós é só um beijo”, diz classificador

“De vez em quando recebemos críticas dizendo que nós somos os responsáveis por não deixar um beijo gay ir para a TV. Isso não é verdade, beijo não tem sexualidade para nós, gay ou hetero, é só um beijo”. A declaração é de Henrique Oliveira da Rocha, um dos classificadores de conteúdo do Ministério da Justiça.

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fato-ativo

O ator Rodrigo Andrade, que protagoniza o par romântico gay da novela “Insensato coração” ao lado do ator Marcos Damigo, diz que sempre teve vários amigos gays e revela ter tido um parente assassinado por homofobia: “Tive um primo que era gay e que morreu por preconceito”. Apesar de ter gay na família, o ator diz que esse não era um mundo com o qual ele estava acostumado a viver. “Achava que quem era gay escolhia ser. Não sabia que a pessoa já nasce gay. Não tinha noção desse tipo de coisa. Hoje eu tenho”, afirma Rodrigo para revista “Junior”. O ator não está preparado se amanhã um filho dele chegar e falar para ele que é gay. “Vou me assustar. Vou aceitar, mas vou tomar um susto porque a gente sabe que tem preconceito no mundo e é hipocrisia dizer que não há”.

Rodrigo Andrade revela: ‘Já tive um primo assassinado por homofobia’

Thammy Gretchen, filha da dançarina Gretchen, fez uma tatuagem em homenagem à nova namorada. Ela tatuou um trecho da música do cantor Jorge Vercilo - “...Ela só precisa existir para me completar...” A declaração é um trecho da canção “Ela une todas as coisas”. Dentre as namoradas de Thammy estão Júlia Paes, com quem namorou há um ano, e Janaina Cinci, com quem Thammy se casou em novembro de 2010 e separou recentemente. A filha de Gretchen prefere não revelar o nome da nova companheira.

Filha de Gretchen homenageia nova namorada

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Como aproveitar os recursos de sua câmera fotográfica

Por Janaina Ventura

coluna

Falando em Clicks

Janaina Ventura éfotógrafa e produtora

[email protected]

Elas são companheiras de viagens, festas e eventos Embora haja tantas facilidades, o resultado pode ser ruim, principalmente

se o autor não entender o funcionamento da câmera. Quantas fotos você realmente considera bem tiradas depois de um fim de semana todo de cliques e poses? Mesmo com as câmeras mais simples é preciso conhecer suas principais funções e ajustá-las às suas necessidades. Ler o manual é um bom começo.

DicasNormalmente, as pessoas optam por deixar o botão para ajustar a câmera a diferentes cenas no automático. Utilizar essa função faz o equipamento tentar evitar alguns erros, de acordo com a situação escolhida.

Como segurar a câmera - Segure a câmera com as duas mãos e com os cotovelos o mais próximo do tronco, para conseguir uma maior estabilidade. Apoiar a câmera em uma superfície plana ou usar um tripé pode evitar fotografias tremidas.

Fotografias mais reais - Se você acha difícil conseguir que suas fotos saiam com cores fidedignas, experimente usar um recurso chamado balanço de branco. Ele faz com que as interferências de cor, que variam dependendo da fonte de luz, sejam filtradas deixando com base no branco as cores mais próximas do real.

Enquadramento - Uma boa forma de enquadrar é imaginar um “jogo da velha” (#), ou seja, três linhas e três colunas de igual tamanho no visor. Tais linhas servem como referência para compor a foto. Coloque, por exemplo, o horizonte de uma paisagem sobre uma das linhas horizontais ou, no caso de um retrato, a pessoa. “Esta técnica evita um enquadramento em que o assunto principal fique no centro do quadro, gerando uma composição Lembre que quanto maior a resolução da câmera, maior será o arquivo e mais espaço ele ocupará no seu cartão de memória e no seu computador.

Bons clicks...

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ponto-a-ponto

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Castelo de Brennand oferece cultura e

paisagem deslumbrante aos visitantes

O Instituto Ricardo Bren-nand (IRB) é uma insti-tuição cultural localiza-

da no bairro da Várzea. O local é bastante frequentado por tu-ristas que vêm visitar o Recife e, também, por moradores locais que gostam de apreciar cultura, história e arte, principalmente quando estão acompanhados, pois, além de tudo, o lugar é uma ótima opção para curtir um passeio a dois. A organiza-ção, que é sem fins lucrativos, foi fundada em 2002 pelo co-lecionador e empresário per-nambucano Ricardo Brennand. O Instituto está sediado em um complexo arquitetônico em es-tilo medieval, composto por museu, pinacoteca e biblioteca, circundados por um vasto par-que.

Além disso, o local possui uma

coleção permanente de objetos histórico-artísticos de diversas procedências, abrangendo o período que vai da Baixa Ida-de Média ao século XX. A do-cumentação histórica e icono-gráfica relacionada ao período colonial e ao Brasil Holandês é um grande diferencial que o Instituto oferece aos visitantes, incluindo a maior coleção mun-dial de pinturas de Frans Post.

O IRB também abriga um dos maiores acervos de armas bran-cas do mundo, com mais de 3 mil peças, que, na sua maioria, foi proveniente da Europa e da Ásia, produzidas entre os sécu-los XIV e XIX. O local ainda pos-sui uma biblioteca com 20 mil volumes, datados do século XVI em diante, destacando-se as coleções de brasiliana e obras raras.

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Goodnight,sleep tight, Amy!Amy Winehouse, cantora e compositora de 27

anos, foi encontrada morta em sua casa, situada em Camden, Londres, no dia 23 de julho de 2011,

às 16 horas (hora local). A cerimônia fúnebre aconteceu no dia 26 de julho de 2011, uma terça-feira, em Londres, seguindo os preceitos da religião judaica. O corpo de Amy foi cremado. É o fim de uma carreira curta de uma das vozes mais poderosas da atualidade.

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Infância

Amy Winehouse nasceu em uma área suburbana de Southgate, bairro de Londres, numa família judia de quatro pessoas e de tradição musical ligada ao

jazz. Seu pai, Mitchell Winehouse, era motorista de táxi e sua mãe, Janis, farmacêutica. Amy tinha ainda um irmão mais velho, Alex Winehouse. Ela cresceu em Southgate, onde fez os estudos na Ashmole School.

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Vida adulta

Em 2007, Amy casou-se com Blake Fielder em Miami, que, atualmente, está preso. Em 2009, Amy e Blake se divorciariam por causa de acusações mútuas

de infidelidade e nessa época foram tornadas públicas as brigas com agressões que eles tiveram. Amy foi presa duas vezes em 2008, devido à posse de drogas, e por ter agredido um homem. No mesmo ano, um vídeo da cantora usando crack foi publicado na internet. Três dias depois, ela foi internada numa clínica de reabilitação, mas desistiu do tratamento.

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Início da carreira

Por volta dos dez anos, Winehouse fundou uma ban-da de rap chamada Sweet ‘n’ Sour, as Sour. Ganhou a sua primeira guitarra elétrica aos 13 anos de ida-

de e, por volta dos 16 anos, já cantava profissionalmen-te. O produtor Darcus Breeze ouviu demos que a cantora havia enviado e quis saber quem era a garota “com a voz de jazz e blues”. Pouco depois, Amy assinou um contrato com a gravadora Island Records e lançou seu álbum de estreia, Frank.

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Back to black

O segundo álbum, Back to Black, recebeu seis indicações para o Grammy 2008, das quais venceu cinco: Canção do Ano, Gravação do Ano,

Artista Revelação, Melhor Álbum Vocal Pop, Melhor Performance Vocal Pop Feminina. Back to Black foi o disco mais vendido com mais de 13 milhões de cópias vendidas até 2010. Apesar de ter apenas dois álbuns de estúdio, Amy Winehouse teve sua música Rehab eleita pelos críticos do segmento uma das músicas mais influentes da década 2000-2009.

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Visual

Amy Winehouse foi um ícone de estilo, trazendo em seu “look” uma mistura diversificada: os olhos cobertos por um forte delineador que lembrava o

visual de cantores de rock; o cabelo (característica mais marcante no seu visual) era inspirado nos penteados das divas dos anos 50/60. Suas roupas eram simples, sapati-lhas de balé estavam quase sempre com a cantora.

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Tatuagens

Winehouse possuía algumas tatuagens pelo corpo. Algumas delas são: no braço direito, um pássaro com as palavras Never clip my wings

(nunca amarres as minhas asas) e o nome da sua avó Cynthia. No braço esquerdo, uma pin-up e uma ferradura (símbolo de sorte), misturadas com a expressão daddy’s girl (menina do papai). Já no antebraço esquerdo tinha uma pena. Na barriga, Hello Saylor (Olá, Marinheiro). Já sobre o seio esquerdo tinha um bolso tatuado e, logo acima, o escrito Blake’s, referente ao seu ex-marido Blake.

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Terceiro álbum

O terceiro álbum de Amy Winehouse estava sendo produzido desde 2008, mas nessa época não foi concluído e foi abandonado. Após estar mais

recuperada das drogas, Amy compôs algumas canções quando estava em Santa Lúcia, em 2009, mas as canções foram rejeitadas pela gravadora. Em 2010, ela começou a trabalhar oficialmente no terceiro trabalho de estúdio, o sucessor de Back to Black, mas morreu antes do seu lançamento. Espera-se que até 2012, o álbum seja lançado para o público.

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