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Revista Freela Ed 00

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edição de divulgação da revista freela

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Matéria

Produtividade

Social

Entrevista

Perfil

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Razões para se tornar Freelancer

Trabalhar com amigos e familiares sem estragar o relacionamento pessoal

Como ser um patrão melhor pra si próprio

Conselhos para parar de adiar constantemente as suas metas e objetivos

Adiana HOTE PfifferDe Analista de sistemas Para Artista Freelancer

Freelance X Emprego Fixo

Como criar um Portfolio Online

Dicas para melhorar o seu Portfolio Online

Studio Sembe

Carol Munhoz

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• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Está mais fácil conseguir trabalhar por conta própria

do que arrumar um emprego com carteira assinada e benefícios? É inevitável que a internet está facilitando cada vez mais a ganhar dinheiro. Temos blogueiros que talvez ganhem mais que muitos gerentes de grandes empresas. Tendência? Dedicação? Sorte? ou tudo isso junto? Assim como todo trabalho pode dar certo ou não, também pode acontecer com os freelancers. Mas até aonde vale a pena lutar para fazer o que gosta? Vale a pena ser seu próprio patrão? Fazer seu próprio horário? Consegue administrar seu tempo e seu dinheiro? Se você respondeu SIM em todas as questões até agora, talvez não conheça direito a profissão ou você seja o melhor freela de todos os tempos. A idéia dessa revista é abordar exatamente esses assuntos e pôr na balança. Teremos experiências e depoimentos de freelancers de várias áreas que já estão “na estrada” um tempo considerável para opinar. Também ajudar você a talvez querer se tornar um freelancer ou, se você que já é um e seus negócios não vão como esperado, podemos ajudar a aprimorar suas técnicas e assim ter um destaque maior com seus clientes.Não importa a sua área. Todas passam pelos mesmos pro-blemas que, infelizmente, é comum nessa e em qualquer outra profissão. Uma vez que não se tem um dia específico para receber, fica cada vez mais e mais complicado manter as contas em dia. Nossa ideia principal é fazer você ser o melhor pra você e para os outros.

Thiago KongDiretor Executivo

Editorial

Equipe

Como criar um Portfolio Online

Dicas para melhorar o seu Portfolio Online

Studio Sembe

Carol Munhoz

Thiago KongDiretor Executivo

Igor MirandaArte Digital

Natacha MirandaRevisão de Arte

Um produto ESZS Design

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Vejamos um exemplo: é um bom designer, no entanto não têm nenhuma licenciatura, qual será a empresa que lhe garante um contrato de trabalho? Nenhuma (ou praticamente nenhuma), pois as empresas pedem sempre licenciatura, ou grau acadêmico similar. Mas o Designer tem visão, tem técnica, tem estética. Vai ficar a espera que uma empresa lhe dê emprego?Se o freelancer é de fácil trato, se é sociável, se tem talento, e não tem qualquer problema em falar “em pú-blico”, então tem (praticamente) tudo para se tornar um grande Designer Freelancer.

Vou dar algumas razões para se aventurar no free-lancing.

As suas capacidades vão aumentar

Quando se trabalha numa empresa é difícil sobressair-se com algum trabalho que é feito, até porque o trabalho sai para o público assinado pela empresa e não pelo autor. Ao mesmo tempo, ninguém escolhe a equipe com que trabalha, essa equipe é imposta quando entra na empresa.Quando se trabalha como freelancer, pode-se escolher

a equipe com que se quer trabalhar, podemos escolher (ou pelo menos tentar) trabalhar com os mais talento-sos na nossa área, aprendendo assim com os melhores, tirando dúvidas, receber críticas e comentários, melhorando assim de dia para dia.

O valor do trabalho vai TODO para você

A grande diferença entre trabalhar para uma empresa, ou trabalhar por conta própria é o valor do seu trabalho. Vejamos, vocês faz 5 trabalhos num mês, todos eles de valores superiores a R$ 1000 cada um, perfazendo assim no mínimo R$ 5000 nesse mês. Trabalhando numa em-presa esse valor nunca será seu, mas sim da empresa, e no final do mês receberá o seu salário normal (que dada a situação do país o mais provável é que seja o salário mínimo ou pouco mais). Se trabalhar por conta própria, todo o valor que o trabalho render é exatamente seu. Obviamente que numa empresa tem a segurança do salário ao final do mês, ao contrário do freelancing que não é seguro.Então para que ter ótimos trabalhos, se não é você que fica com o valor do trabalho?

Hoje em dia quando se fala no freelancing, a resposta é “como está a economia, não é seguro”. Ok. Concordo. No entanto a economia é apenas uma parte do freelancing. Tudo bem que é um trabalho in-seguro, e sem grandes garantias, mas quem se torna um freelancer já sabe isso e a primeira coisa que faz é esperar grandes dificuldades no inicio. Mas isso não deve ser um motivo para não se tornar Freelancer.

Razões para se tornar Freelancer

Matéria

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A sua rede de contactos aumenta exponencialmente

O freelancer está constantemente em reuniões, a con-tatar com pessoas seja online ou na vida real. Se você estiver trabalhando numa empresa o tempo disponível para participar em grupos de discussão, blogs, ou até reuniões de pessoas da mesma área é muito diminuta. Ao contrário do freelancer que passa algum tempo (ou devia) a tratar dessa questão.Agora pense, em caso de situação dramática, quem acha que arranja trabalho mais facilmente? O empregado da empresa que passa o tempo todo na empresa ou o freelancer que interage com pessoas de qualquer área constantemente?

Ganha experiência em outras áreas

Quando trabalha numa empresa o seu trabalho é con-finado apenas a uma área, dedica-se aquele tipo de trabalho e mais nada. No entanto, se trabalhar como freelancer terá que fazer as várias etapas do trabalho, ganhando assim experiência em várias áreas que num futuro próximo (caso volte a trabalhar por conta de outra pessoa) poderá ser-lhe muito útil. Para ganhar

essa experiência possivelmente além de ler muito sobre essa informação terá que perguntar a outras pessoas que são especializadas, ou pelo menos que têm experiência, ganhando assim na sua rede de contatos mais um conta-to que poderá ser crucial na sua carreira.

Você será uma pessoa mais feliz

Este ponto é muito simples.Será possível não ser feliz quando não aturamos um chefe arrogante todos os dias? Nós somos o nosso chefe!

Não quero com este artigo convencer ninguém a lar-gar os empregos e ser freelancer de um dia para o outro, queria apenas mostrar algumas BOAS razões para se tornar freelancer, caso seja essa a sua vontade!

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A pergunta se mantem, como ser um melhor patrão?

• Planejar

Todos os patrões o fazem, eles planejam os meses, delegam tare-fas, e criam objetivos. Nós devemos fazer o mesmo. Devemos nos or-ganizar criando listas de Excel com clientes, objetivos mensais, ganhos e perdas. Também devemos planejar a semana e decidir quando cada tarefa tem de estar acabada. Pois não cum-prindo os prazos que estabelecemos não só nos desorganizamos comple-tamente como ainda falhamos datas com os nossos clientes.

• Criar um local de trabalho

Uma das caraterísticas dos “típicos” locais de trabalho é que estes são arrumados e livres de distrações. Trabalhar na sala com a televisão ligada é um ótimo exemplo do que não deve acontecer. O nosso local de trabalho, mesmo que seja em casa, deve estar limpo, arrumado e não devemos estar rodeados de coisas que nos distraiam o tempo todo. Temos de ser disciplinados e execu-tar as coisas o mais rápido e eficaz-mente possível. Lembre-se quanto menos fizer, menos recebe.

• Aproveitar os horários

Se está em casa e o seu pico cria-tivo é as 3h da manhã aproveite e trabalhe a essa hora. Aproveitar os picos de energia, criatividade, von-tade de trabalhar pode revelar-se ex-tremamente útil e uma vez que não há um horário fixo a cumprir, desde que consigamos cumprir as metas que estabelecemos, porque não tra-balhar quando temos vontade ou às horas que são melhores para nós?

• Não misturar casa e trabalho

Um dos problemas de quem tra-balha em casa é misturar o trabalho de casa com o trabalho trabalho. Ou seja, paramos de ser produtivos para ir dar banho nas crianças, para lavar a cozinha, para fazer o jantar. Ao programarmos o nosso dia temos já incluir essas tarefas e organizar tudo de forma que as tarefas normais de lavar a roupa, limpeza, comi-da, família, não acabem por tomar o tempo todo que tínhamos para produzir o que precisávamos para o nosso emprego.

O importante quando se é o próprio patrão é: a disciplina para fazer o que precisamos, não dar prioridade a tudo, o resto, ou então ceder à preguiça.

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ProdutividadeComo ser um melhor Patrão para si próprio

Muitas vezes pessoas auto-empregadas sobretudo na área do freelance, dão por si desorganizadas e sem atingir as metas que haviam proposto quando começaram a exercer a atividade que queriam. Geralmente culpamos o patrão que não nos dá liberdade ou que o ordenado não compensa… mas a verdade é que sendo nós o patrão temos simplesmente de nos culpar a nós.

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Trabalhar com amigos e familiares sem estragar o relacionamento pessoal

Matéria

Quando o leitor pensa numa ideia de negócio inovadora ou num projeto para uma empresa, certamente as primei-ras pessoas que surgem na sua cabeça para começarem a trabalhar consigo são os seus familiares ou amigos. Eles, a princípio, são as pessoas em quem você mais confia e em que deposita as suas maiores esperanças. De fato, vemos casos de sucesso de empresas familiares, mas será que é assim tão simples trabalhar com quem está mais próximo? Digo-lhe de antemão que, ao trabalhar com amigos e parentes, tem todos os requisitos para que mais cedo ou mais tarde os problemas comecem.

Uma coisa é confiar em alguém e outra, muito diferente, é trabalhar com essa pessoa. Eu, por exemplo, confiaria a minha vida a pessoas com as quais a última coisa com quem faria seria trabalhar. Uma coisa é trabalhar com alguém e, mais tarde, desenvolver uma amizade. Outra bem diferente, é ser amigo de alguém e depois trabalharem juntos. A última situação é muito mais difícil, principalmente devido às expectativas que colocamos nessa pessoa e vice-versa. Quando trabalhamos com pessoas mais próximas temos tendência a pensar que tudo vai decorrer sem problemas, de forma natural, tal como acontece com a amizade. Por isso, criar regras e gerir expectativas torna-se essencial.

Como sei que, mais tarde ou mais cedo, o freelancer acaba por estabelecer um tipo de colaboração com amigos ou familiares, no artigo de hoje vou explicar como pode minimizar as chances de surgirem problemas graves. “Prevenir é melhor do que remediar” e este ditado aplica-se a este gênero de situações.

A melhor maneira de evitar alguns problemas é, desde o início, definir um acor-do com essa pessoa. Este contrato deve ser o mais claro possível, contendo to-dos os pormenores. O melhor momento para fazê-lo é mesmo antes da relação profissional começar. Fazer acordos com clientes é essencial, mas é ainda mais preponderante que se trata de alguém mais próximo, visto que os limites do rela-cionamento podem ser ultrapassados com maior facilidade. O problema aqui é a confusão de papéis que as duas pessoas podem fazer. Enquanto amigo, você espera que a outra pessoa faça tudo por você, que esteja a qualquer momento pronto para ajudá-lo. Mas a nível profissional é normal que isso não aconteça. E é este dese-quilíbrio entre expectativa/ação que leva a grande parte dos conflitos.

Experimente dizer a uma amigo seu para para ajudá-lo com um problema no seu carro às duas da manhã. Certamente a resposta dele será positiva e mesmo que ele não vá, você certamente irá compreender. Agora, se vocês têm um negócio juntos e pede para que ele trabalhe até às duas da manhã, ele certa-mente não vai achar muita graça e poderá ter uma atitude que você não concorde. Estas duas situações diferentes, apesar de parecerem ser semelhantes, geram expec-tativas/ações diferentes de parte a parte.

OS PRIMEIROS PASSOS PARA TRABALHAR COM AMIGOS

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Matéria

No acordo com a outra pessoa devem ser escritos todos os pormenores que sejam necessários para que tudo se desenvolva conforme o previsto. Aconselho vivamente que aborde aqueles pontos que considerar mesmo com menor importância, porque são esses que geralmente acabam por criar problemas. Devem abordar questões como:

• Quem faz o quê na empresa.• Quais vão ser os prazos de entrega.• Quantas horas cada um deve trabalhar por dia.• Quem fala com os clientes.• Que meios vão ser utilizados.• Em que consiste o trabalho.• Quanto vai receber cada um.• Quando vão receber os pagamentos.

Estas são as questões mais simples mas depois existem outras que são, por norma, aquelas que mais dificultam a vida a longo prazo. A primeira de todas é qual a percentagem da empresa que será entregue a cada um, caso tenham criado um negócio juntos obviamente. Por norma, esse valor é de 50/50, mas isso poderá variar, principalmente se um tiver investido mais do que o outro ou se algum dos dois tiver feito um investimento inicial mais elevado. Outro ponto delicado que é importante definir é o que acontecerá caso deixem de trabalhar juntos. Ficam algumas questões que também podem e devem ser levantadas:

• Com quanto tempo de antecedência deve avisar?• O que acontecerá aos trabalhos que estão em andamento?• De quem será o cliente a partir daí?• O que acontecerá a possíveis projetos que estejam próximos a começar?

O diálogo é importante e sem eles algumas organizações acabam por morrer. Em alguns momentos, alguém tem que decidir, mas se essa decisão já estiver definida por escrito,

melhor ainda. Uma das maiores fontes de conflito do ser humano está em não definir bem no início do relacionamento ou à medida que este progride, os limites e as ex-

pectativas de cada um. Quando iniciamos uma relação, temos sempre tendência a esperar algo mais da outra pessoa. Mas se dissermos de antemão ao outro que ex-pectativas são essas, ficará muito mais claro para ambas as partes. É que definir estes acordos não é apenas importante para evitar problemas, mas também para encontrar soluções antes que eles mesmo aconteçam.

DEBATA OS LIMITESDepois de pensar nas tarefas de cada, chegou o momento de pensar nos mínimos

que devem ser feitos por ambos. Não debata apenas os máximos que espera do seu parceiro/familiar, mas defina também as expectativas mínimas. Deixe já

escrito, por exemplo, o que espera que ele faça. Que seja pontual, que se dedique ao máximo ou que esteja sempre dedicado às suas tarefas.

Estes são os limites mínimos para que a vossa relação funcione. Estes pormenores também são de muita importância.

E por falar em acordo, se for por escrito é ainda melhor. O “diz que me disse”, sem haver provas de que isso mesmo aconteceu, geralmente gera duas versões diferentes, o que é mais do que suficiente para dar origem a uma discussão. Isto não significa que você desconfie da outra pessoa, mas você apenas pretende o melhor dos dois (e do negócio também). Faça um contrato ou envie um email com os pontos principais. Desta forma, pode verificar se todos com-preenderam aquilo que foi falado, sendo também uma excelente forma de ambas as partes recordarem o que foi dito. É normal descer um pouco a sua exigência quando trabalha com outra pessoa, mas não caia nesse erro.

O QUE DEVE SER DEFINIDO?

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RELAÇÃO DE PAI PARA FILHONão gosto de arriscar em percentuais, mas acredito que mais de 50% dos negócios hoje em dia acabam por ter, pelo menos, dois membros da família inseridos. Isto acontece, em grande parte, porque o pai acredita que será benéfico para o seu filho fazê-lo ingressar na empresa e ensinar tudo aquilo que ele aprendeu. Mas isso nem sempre é assim tão linear. Ainda há pouco tempo li uma estatística que indi-cava que 30% dos negócios são transmitidos para um se-gunda geração familiar e que quase metade acaba por nem sequer chegar a uma terceira geração.Então, como fazer com que o negócio perdure e que o bom relacionamento familiar possa continuar? Em primeiro lu-gar, é necessário evitar que se criem postos de trabalho ape-nas para satisfazer desejos familiares, pois isso poderá ser “um tiro no pé” a longo prazo. As empresas (e os negócios de freelancers) têm de viver num mundo real, onde devem ser contratados profissionais para locais que a marca real-mente precise.

Depois, é necessário perceber que o familiar poderá nem sequer entrar no negócio por não gostar do trabalho re-alizado pela empresa. Eu, por exemplo, desde muito novo recebi convites por parte do meu pai para trabalhar na empresa com ele. Mas é uma área que não gosto. Apesar de ser bastante rentável, desde cedo deixei definido com o meu pai que não era esse o meu futuro e que não seria a melhor pessoa para acompanhá-lo na empresa. Com isso, defini desde cedo o meu futuro e o da empresa do meu pai. Mas para isso foi preciso deixar as regras bem claras desde o início.

TRABALHANDO EM CASA COM FAMILIARESEste ponto é essencial para os freelancers. Quando falo em trabalhar, não me refiro ao fato de trabalhar juntamente com eles num negócio mas sim de trabalhar no mesmo espaço em que outras pessoas utilizam para outros fins. Cer-tamente o leitor já sentiu que, apesar de estar trabalhando, os seus familiares sentem-se à vontade para convidá-lo para dar um passeio ou assistir a uma série na televisão. Isso é muito prejudicial, principalmente para a sua produ-tividade e foco no trabalho. Por isso, desde o início, explique para eles que, apesar de estar em casa, está em horário de trabalho e que isso deve ser levado em conta. Diga para eles que irá trabalhar do horário “X” ao horário “Y” e que durante esse período não deve ser interrompido. Caso mesmo assim você continue a ter problemas, o melhor é encontrar um ambiente de trabalho possa ser estar livre das interrupções.

CONCLUSÃOPense bem antes de trabalhar com amigos e familiares, se quer mesmo fazê-lo ou se dispõe de outras opções. No caso de decidir avançar, defina de forma clara e concreta, os termos da relação. Se não o fizer, mais parte poderá sentir algum receio de dizer certas coisas à pessoa próxima. Mas esse receio, mais tarde ou mais cedo, pode tornar-se num problema mais grave. As dicas e conselhos que dei acima não são a solução final para este gênero de situações, mas certamente são uma excelente forma de evitar que muitas dificuldades surjam. No entanto, cabe sempre a si encon-trar soluções mais criativas quando eles surgirem no seu caminho.

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OBJETIVOExistem duas formas de surgir um portfolio: através de uma página nor-mal, onde tem alguns dos seus tra-balhos. Ou então através de um blog que posteriormente servirá para ser contatado por clientes. Qual das duas opções é a melhor? Tanto faz. Tudo depende do que você pretende. No entanto, existem algumas diferenças em termos de tempo investido em cada uma destas duas opções. Se con-struir uma página estática, irá per-der menos tempo e conseguir uma melhor organização de toda a sua informação. Por outro lado, se criar um blog, terá uma maior número de visualizações e uma maior interação com pessoas interessadas no seu tra-balho. No entanto, não será tão fo-cado para os clientes e irá retirar-lhe muito tempo no seu dia-a-dia.

Independentemente de escolher um ou outro, o mais importante é que defina desde o início qual será a sua forma de trabalhar. Infelizmente, muitas pessoas cometem o erro de criar um portfólio e depois tentar in-serir textos, como se fosse um blog. O problema dessa alternativa é que, depois, não fica com aspecto de um blog nem de um portfólio. O mesmo acontece quando toma a decisão in-versa. Sempre poderá alterar o layout ou fazer outras mudanças, mas isso é sempre um trabalho que pode ser evitado se definir desde cedo a sua estratégia. De realçar, ainda, que tenha o cuidado de inserir no blog um destaque relevante sobre as suas funções de freelancer. Caso con-trário, os seus leitores dificilmente vão pedir os seus serviços.

TEMPLATEExiste sempre a eterna questão: devo utilizar um domínio pessoal ou um portfólio pré-fabricado por outro site? Eu aconselho sempre a opção de ter um template único, que os distin-ga dos demais. Sei que isso implica um pouco de investimento, mas é a sua imagem profissional que está em jogo e todo o cuidado é pouco nessa situação.

INTRODUÇÃO DE CONTEÚDOEsta é a parte mais importante na criação de um portfólio. O conteú-do vai ser o segredo para converter os seus clientes em possíveis vendas. Em primeiro lugar, tudo deve estar bem claro no que toca à informação que está disponível. Vejamos alguns das seções que devem existir:

SocialComo criar um portfolio online em 7 passos

Criar um portfolio é uma regra básica para qualquer freelancer. É nessa página que você deve conter toda a sua informação de forma a que os clientes consigam encontrar tudo aquilo que necessitam. Ter dúvidas sobre como criar seu portifolio é muito comum, especialmente para quem está iniciando o trabalho de freelancer e não sabe o que deve fazer ao começar uma página do “zero”.

Hoje em dia, poderá pensar que criar uma conta no LinkedIn ou ter uma página no Facebook é algo suficiente e que pode servir como portfolio. Essa é uma visão errada das redes sociais. Facebook, LinkedIn ou Twitter, devem fun-cionar apenas como uma forma de divulgação do seu trabalho, criando uma interação extra que o próprio portfolio não o permite. As suas páginas nas redes sociais são uma excelente forma para dar a conhecer aos outros alguns exemplos dos seus trabalhos, interagir com eles ou maximizar a sua capacidade de divulgação. As contas nas redes sociais jamais devem servir como portfolio, mas sim uma forma de encaminhar outras pessoas para a sua página.

Construir o seu portfolio não é algo simples ou que aconteça de um momento para o outro. Ele deve ser pensado, bem es-truturado e só depois deve ir para o ar. Mas ele deve ficar visível para os seus clientes com qualidade. Porque será essa mesma qualidade que irá diferenciar o “sim” e o “não” do seu cliente. Se investir

500 reais num portfolio com bom aspecto e daqui a um

mês tiver ganho mil, o seu investimento já

estará recuperado. Pense um passo

à frente!

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Sobre: Aqui você irá explicar tudo aquilo que você já fez e faz atual-mente. Na minha opinião, quanto mais profissional for esta parte, me-lhor. Muitas vezes vemos portfólios em que o “sobre” contêm piadas ou frases de humor. Sinceramente, con-sidero que esse género de opção não é a mais indicada. O cliente procura sempre um trabalho sério e alguém em que possa confiar. Por isso, o seu “sobre” precisa de ser credível e fazer aquela pessoa acreditar que pode confiar no seu trabalho! Outro conselho que dou nesta seção é que insira uma foto, igualmente com um aspecto profissional.

O que esperar: Esta é uma seção cada vez mais comum e que aju-da naquela ligação entre o cliente e você, que expliquei há pouco. Nesta parte, você irá dar a conhecer ao seu cliente algumas das suas principais características (tempo de entrega, ex-periência, seriedade, etc). Esta seção não deve ser muito longa e com-preendo que seja das mais difíceis de serem escritas, mas esforce-se para conseguir uma apresentação convin-cente. Outra das hipóteses é a criação de um video, que pode ser uma es-colha bastante interessante também.

Videos: Esta seção não é obrigatória, mas se o fizer, certamente o seu porfólio terá um valor acrescentado. Vejamos o exemplo de um fotógrafo. Podem introduzir videos exempli-ficando como você faz o tratamento de um fotografia. Como cliente, você não ficaria contente por ver como o seu “futuro freela” trabalha?

Testemunhos: Uma das principais dificuldades dos clientes é perceber se você é de confiança ou não. Outra das formas de quebrar essa barreira é deixar testemunhos de outras pes-soas. Quando terminar o trabalho com um cliente, diga para ele fazer um pequeno resumo de como foi

trabalhar com você. Depois, insira as declarações no seu site. Se você trabalhar com empresas de renome, essa declarações terão ainda mais impacto. Você confiaria num profis-sional que já tenha trabalhado com a Nike e com a Apple? Certamente!

Áreas de trabalho: Se você é free-lancer, certamente terá mais do que uma área de trabalho ou então pode trabalhar um sub-nichos do seu mer-cado. Você pode ser escritor freelanc-er mas também tradutor e jornalista, por exemplo. Dedique uma seção para explicar em que áreas trabalha e faça um resumo da sua experiência em cada uma delas.

Contato: Se você convenceu o cli-ente, chegou o momento de ele en-trar em contato com você. Este é o último passo, mas se não for concret-izado de pouco terão valido os ante-riores. O meu conselho é que deixe a sua seção de contatos bem visível, de forma a não deixar qualquer dúvida aos seus clientes. Deixe também os links para as suas redes sociais, no caso de o cliente não conseguir en-viar o email.

ORGANIZAÇÃOVocê pode ser claro naquilo que es-creveu e saber desde cedo o que pre-tende, mas o seu portfolio necessita de ser organizado. O segredo de um bom portfolio é a sua simplicidade. Neste caso, menos é mais. Em pri-meiro lugar, a sua página de entrada deve dar possibilidade ao cliente de ir até qualquer página sem dificul-dades. Gerentes de empresas que pretendam os seus serviços e que tenham 50 ou 60 anos terão dificul-dades em pesquisar o seu portfólio se ele não for simples. Pense pela cabeça do cliente: “Eu quero contratar esta pessoa, como posso saber mais sobre ele?”.Outra estratégia interessante é al-ternar imagens com texto. Fale um

pouco sobre o seu trabalho e insira uma imagem com você trabalhando. Escreva um texto com os seus teste-munhos e insira uma foto com um cliente e por aí adiante. As imagens também transmitem outra confiança ao cliente.

“CONTRATE-ME”O objetivo do seu portfolio é que você seja contratado, então deixe isso bem claro. Além da página de contatos, tenha também uma seção (inserida na lateral do blog, por ex) onde o cliente pode clicar, ter um pequeno resumo e depois um local para entrar em contato. Sei que isso será quase uma repetição da página “contato”, mas acredite que faz toda a diferença ter uma página “contato” e outra “contrate-me”.

MOSTRE NÚMEROSOutra alternativa que infelizmente vemos pouco nos portfolios são os números. Além do testemunho dos seus clientes, é interessante ter na sua primeira página números, dados do que você já fez. Dando novamente o exemplo de um escritor freelancer, que tal inserir na home page a infor-mação que você escreveu mais de dez mil artigos? Isso não passaria uma confiança extra para o seu cliente? Certamente!

UM POUCO DE SEOQuando o seu cliente procurar por você, grande parte das vezes ele irá fazê-lo através do Google. Não só para encontrar o seu site mais facil-mente mas também para procurar outras referências sobre o seu tra-balho. Por isso, é determinante que ele apareça logo no primeiro lugar das buscas. A estrutura do site deve estar bem definida, as palavras-chave que pretende ser encontrado têm de estar nos textos, entre outras coisas.

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Entrevista

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De Analista de Sistemas à artista freelancer, conheça Adriana HOTE Pfeiffer que depois de muita ralação, encontrou na arte uma forma de

ganhar dinheiro fazendo o que gosta.Primeiro queria um pouco de pessoal. Quem é você, idade, filhos, onde nasceu... Adriana Pfeiffer Garcias, sou a caçu-la de 3 filhos. Estou com 34 anos, 2 filhos (um prestes a fazer 18 e outra com 2 anos). Nascida e criada em Curitiba. Fiz faculdade de Bacharelado em Análise de Sistemas até o último ano, até resolver largar tudo pra fazer o que eu gostava e ainda gosto. ARTE! Foi um pouco difícil no início pois como havia largado a faculdade não tinha o apoio dos meus pais, pois tinham medo de que não se pudesse viver de arte. Hoje a história é um pouco diferente, já tenho um apoio maior de meus pais conquistado a duras penas, faço faculdade de Tecnologia em Produção Cênica, na UFPR, estou trabalhando na minha área e a cada dia melhorando.

Seu perfil é um freela artístico. Qual foi o primeiro contato com a arte? Acho que hoje em dia meu perfil não é só freela artístico, já foi, pois tudo que aparecia de trabalhos temporários eu estava no meio. Hoje em dia além dos trabalhos freelas ainda estou com alguns trabalhos fixos.Meu primeiro contato com a arte na verdade foi de pequenininha, pois meus pais, quando éramos crianças sempre nos incentivaram esse lado mais voltado pra artes. Então nessa época, fiz aulas de tudo quanto é tipo, cerâmica, bonecos, pintura, pirógrafo, dentre outras. Mas acredito que isso tenha ficado adormecido por um tempo, pois a minha vida tomou outras direções, o tanto que fiz vestibular pra um curso que não tinha em nada a ver com arte. Mas com o tempo percebi que aquilo não estava de acordo com as minhas vontades e que estava a cada dia me deixando mais triste, tendo que fazer até terapia. Foi aí que tomei a decisão de trancar a faculdade, mesmo indo contra a vontade de meus pais. O que era importante pra mim naquele momento é buscar a realização profissional. E desde então eu estou em busca disso, e posso dizer que a cada dia consigo subir um degrau a mais nessa trajetória. Hoje em dia estou fazendo faculdade na área que que-ro, estou trabalhando na área que quero. Então eu acredito que aquilo que buscamos com amor, gar-ra, dedicação um dia teremos retorno garantido. A cada dia tenho provas disso!

Onde trabalhou a primeira vez? Numa vídeo-loca-dora, pois queria comprar algumas coisas que meu pai não podia me dar, isso eu com 14 anos. Con-segui o trabalho perto de casa que eu ia depois da escola, fiquei alguns meses lá.Meus primeiros trabalhos artísticos, foram com malabares, onde comecei a treinar sozinha, com a ajuda de alguns amigos que já eram formados em escolas de circo. A partir daí começaram a surgir convites para apresentações e oficinas. Isso aliado ao curso de teatro que eu recém tinha começado a fazer e me abriu várias outras oportunidades e me ajudou muito a conhecer pessoas e a trabalhar a timidez.

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Quando decidiu ser freelancer? No meu caso eu não decidi, meio que me forcei a trabalhar assim, pois como eu tinha largado a faculdade, não tinha emprego fixo, muito menos mesada ou apoio financeiro de meus pais, tive que correr atrás do prejuízo. Então o que surgia de trabalhos freela eu agarrava e já fazia um contato. Aprendi muito nessa épo-ca, mas hoje em dia já posso escolher o trabalho que valha a pena.

A quanto tempo é freelancer? Há 12 anos fiz o meu primeiro trabalho como freelancer, como malabarista e oficineira de um festival de música.

Quais as atividades que pratica como freelancer? Atriz, Bonequeira, malabarista, costureira, palhaça, ma-quiadora, produtora cultural. Mas já fiz muita coisa com recreação, panfle-tagem, divulgação em frente a lojas, já vendi jornal em sinaleiro, cuidadora de animais (pet sitter), personagens em shopings, até de papai noel já peguei.

Qual o trabalho de maior orgulho? Eu acredito que seja o Carnaval de São José dos Pinhais, pois faço parte da equipe de confecção há mais de dez anos. No início era apenas uma reles voluntária que estava lá somente pra aprender, entre idas e vindas hoje sou uma das bonequeiras responsáveis pela confecção dos bonecos e recebo pra isso um cachê mais de acordo com o trabalho. Existem outros trabalhos que tenho muito orgulho de ter participado, como manipuladora do SESI BONECOS DO BRASIL, FESTIVAL DE TEATRO E FITO – FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO DE OBJETOS.

Qual trabalho fez que não lhe agradou? Já fiz vários ainda mais no começo onde pegava tudo que aparecia. Então nessa época fiz trabalhos super massantes onde não via a hora que acabasse, mas era necessário pois eu precisava do dinheiro. Mas os trabalhos sempre foram feitos com o melhor de mim pois de um pequeno trabalho poderia me abrir portas pra trabalhos melhores com remuneração melhores também. Mas vender jornal em sinaleiro , se vestir de personagem pra ficar em frente a lojas, não foi um dos mais legais.

Já trabalhou pra alguém que pagou atrasado ou que não pagou? Conte como foi. Sim. As duas coisas. Uma pessoa me contactou para fazer malabares para um show de diversas bandas. Fiz o contato com outras malabaristas, pois a pessoa pediu para chamar mais pessoas para chamar mais atenção. Até o dia do evento estava tudo certo, à noite fizemos nosso trabalho, mais que o combinado inclusive. Na hora do pagamento , que geralmente é após executado o trabalho, a pessoa me diz que não tem dinheiro ali, pra passar na segunda –feira pois o show deu menos que o es-perado.... aquela desculpinha eterna!!! Nessa, já ficou chato diante das outras malabaristas, mas entenderam. O resu-mo é que a segunda-feira chegou e não recebi, fiquei muito tempo cobrando essa pessoa e consegui menos da metade do pagamento pra passar pelo menos pras outras pessoas que haviam trabalhado e eu que chamei. Situação super chata!!!Outra vez, fui fazer um trabalho fora da cidade, e também a mesma ladainha, a menina ficou de depositar o dinheiro e nada, meses cobrando e ligando até que finalmente a meni-na pagou. Essas são algumas das histórias desse sentido, isso geralmente acontece com quem faz trabalhos freelas, hoje em dia já tento me precaver mais dessa situação!

Entrevista

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Você acha que ser freelancer é tendência? Não sei se é tendência, mas no meu caso foi necessidade! Pois quando larguei a faculdade meu pai não me dava mais um centavo, então tive que dar jeito de me virar. Primeiro arrumei a minha bicicleta pois nem dinheiro pro ônibus eu tinha! Fiz um curso de corte e costura e comecei a fazer algumas roupas sob encomenda e alguns figurinos. Acho que a atividade hoje em dia é a salvação do mês pra muita gente que não consegue trabalho fixo. Mas pensando na área artística é até normal, pois é difícil ter alguma coisa fixa! Normalmente os trabalhos são temporários, como festival de teatro, e alguns outros eventos nesse modelo que não duram mais que alguns dias. Aí é legal pra pegar uma certa experiência e fazer contatos para futuros trabalhos. Pra você, a internet está facilitando a achar mais trabalhos? Hoje em dia sim. As pessoas estão bem ligadas a essa ferramenta e a cada dia mais, então é super necessário nos dias de hoje você estar esperta com isso pois é tudo mui-to rápido. Hoje anunciam que precisam de gente para trabalho e rapidamente a notícia se espalha e as vagas são preenchidas. Tenho usado bastante para divulgar o meu trabalho, com fotos, vídeos... mas ainda não estou aproveitando todo o potencial da internet, isso com o tempo com certeza aumentará mais. É uma ferramenta que ajuda bastante mas eu ainda acredito que o boca a boca é uma forma super forte de divulgar trabalho também!!!

Adriana Hote Pfeiffer criou em 2011 a Toti Produções Artísticas localizada em São José dos Pinhais - PR que é uma empresa para difundir a arte bonequeira, diversão e cultura em geral para todos os segmentos da sociedade. Você pode conferir esse trabalho no endereço http://totiproducoes.blogspot.com.br Lá você encontra mais informações da empresa, os trabalhos realizados e contato para contratar os serviços.

Em todo caso, lá vai o telefone pra conhecer essa multi-artista:Fone: 41 . 9936 8977 (TIM)

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Freelance

Muitos de nós questionamos essa prática: será que o freelancing faz bem ao mercado? Será que atrasa o desenvolvimento do design no Brasil? Vamos analisar os pontos positivos e negativos da vida do freelancer.

O que é freelancing? É quando o designer (ou webdesigner, ou programador, etc) presta serviços como profissional autônomo.

Ou seja, é dono do seu próprio nariz.

Matéria

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Pontos negativos:- Freelancer não paga imposto. É, isso também é um ponto negativo. Por quê? Oras, pagando o impos-to você ajuda a sua cidade, seu estado e seu país a crescerem. Ok, talvez você acredite que já paga im-posto demais em produtos do dia-a-dia. Mas veja bem, imposto [teóricamente] serve para beneficiar a nós mesmos. - Local inadequado ao trabalho. Muitos têm a au-to-disciplina necessária, como um quarto especial-mente pro trabalho em sua casa, onde o freelancer pode passar o dia e não ser incomodado por nenhum outro membro da família, mas a grande maioria ainda têm um computador dentro de seu próprio quarto e têm a família pestanejando no seu ouvido coisas do tipo “por que você não arranja um emprego?”.- Não têm benefícios. Imagine se você acaba quebran-do sua mão? Sendo freelancer, você não têm direito a benefícios que uma empresa e o governo podem te oferecer. - Não têm carteira assinada. Quem não trabalhou com carteira assinada não pode recolher o dinheiro do benefício de aposentado. Talvez você não se preocupe com isso agora, mas nunca se sabe o que o futuro pode oferecer.- Não têm renda comprovada. Sem renda comprova-da, você não pode alugar uma casa ou até mesmo fi-nanciar um veículo (na maioria dos casos).

- Você pode ficar um tempo sem dinheiro. Enquanto que um emprego fixo significa salário fixo, um tra-balho freelancer diz logo o contrário. Não é raro apa-recer aquele mês onde não aparece um cliente sequer. E lá vai você, suar para conseguir pagar todas as con-tas e sobreviver até o próximo cliente aparecer.- Você estimula outros a seguirem os seus passos. Isso inclui micreiros. Fato: designer concorre com um monte de gente despreparada que acreditam que ao saber como mexer no Photoshop já sabe design. Ao virar freelancer, você acaba concorrendo diretamente com esse tipo de gente. Por quê? Oras, cliente de free-lancer nem sempre está interessado no produto final, e sim no custo que terá no seu bolso. Micreiro não gastou dinheiro com faculdade, não gastou dinheiro com toneladas de livros, não gastou dinheiro fazen-do testes, criando projetos, etc. Ou seja, cada centavo ganho é um centavo ganho.

A discussão vai mais longe que isso, sem dúvida. Freelancing têm seus pontos fortes e fracos, tal como um emprego também têm. Vai de cada um escolher o que quer fazer. Não apóio nem condeno nenhum dos dois tipos. Admito, sou freelancer agora. Mas quero ter um emprego fixo bom, em um escritório legal, pra trabalhar diretamente com out-ras pessoas.

Design.blog.br

Emprego FixoXPontos positivos:- Freelancer não paga imposto. Não tendo renda fixa comprovada, tecnicamente ele pode se isentar. Mas não vá direto as redes sociais me chingar. Não ainda, pelo menos.- Horários livres. A beleza do freelancer é que ele trabalha a hora que quiser. Não precisa acordar 6 da manhã, e trabalhar sem parar até as 6 da tarde.- Corte de custo em viagens. Viagens, aos quais me re-firo, são as comutas da sua casa até o local de trabalho. Isso levando em consideração que muitos designers trabalham em casa.- Não têm dor de cabeça ao ter seu próprio escritório. Meu chefe passado me deu uma dica preciosa certa vez: “Se for abrir um escritório de design, não faça-o”. São impostos, custos de aluguel, custos de manutenção para software e hardware, empregados, impostos dos empregados, benefícios, infra-estrutura, etc.

- Liberdade de ir e vir. Você pode trabalhar para um cliente em um dia, e no outro estar trabalhando para seu concorrente. São raras as empresas que ditam as regras ao freelancer, geralmente este sendo o responsável por formular um contrato. E que tipo de pessoa que não formularia um contrato que visa ben-eficiar a si próprio?- Você define seu salário. Não há nada melhor do que poder ir gradativamente aumentando seu custo de hora para filtrar os clientes, especialmente quando você vive ocupado. E não pagando imposto, você fica com 100% do seu dinheiro.- Não é necessário gastar tempo correndo atrás de emprego. Estou assumindo que você têm clientes já, e que conseguir outros não será difícil devido a sua gama de contatos. Acho que é mais fácil conseguir cli-entes do que conseguir emprego hoje em dia.

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Produtividade

Possivelmente o leitor já ouviu falar da palavra “procrastinação”. E também é possível que já tenha sofrido deste mal em alguma ocasião do seu dia-a-dia. É normal, pois todos chegamos a um momento da nossa rotina em que já não temos mais energia para concluir tarefas e então acabamos por adiar. O problema surge quando a procrastinação é constante e não um acontecimento temporário. Isso acaba não só por criar a falta de compromisso consigo mesmo, mas também por criar mais stress quer seja no seu trabalho ou no próprio relacionamento com os outros. E depois tudo funciona num sistema de bola de neve: piores resultados, frustração, stress, menos vontade de trabalhar, menos resultados, e por aí adiante.

Mas se você se considera a única pessoa no mundo a ter este hábito, desengane-se. De fato, grande parte das pessoas não consegue ter a própria disciplina pessoal para cumprir aquilo que prometeu com ela mesma. E quando falo em adiar tarefas não me refiro apenas ao trabalho. A procrastinação acontece quando você vai limpar a casa, quando precisa de ir pagar aquela conta ou quando tem ir jantar fora com a sua namorada. Nós, humanos, temos o hábito de adiar as tarefas logo à partida. A nível psicológico, é relaxante o fato de podermos começar aquela tarefa uma hora ou alguns minutos depois, considerando que podemos mandar no nosso tempo. Mas isso não é verdade: o tempo passa, a tarefa não é realizada e depois entra em ação a Lei de Parkinson. Mas você poderá estar a pensar que, apesar de aumentar o stress, sempre consegue concluir as tarefas. Eu acredito plenamente nisso. Mas também acredito que essa tarefa não seja concluída com a melhor qualidade possível. É necessário programar constantemente aquilo que pretende, de forma a parar de adiar as suas metas e objetivos.

O PROBLEMA DA “HORA H”Se perguntar ao leitor se tem na sua memória algum caso, de alguém,

que tenha prometido fazer dieta e que não cumpriu. certamente o leitor irá lembrar-se de algum caso (ou lembrar-se de você mes-

mo). Mas tal como falamos de dietas podemos falar em deixar de fumar, fazer exercício físico ou começar a organizar o am-

biente de trabalho. Mas porque razão isso acontece? Porquê no momento em que tomamos a decisão parecemos estar tão certos do que vai acontecer e depois, na “hora h”, aca-bamos por adiar essa escolha mais uma vez? E o proble-ma é que isto acontece vezes e vezes sem conta para o mesmo problema. Tentamos dez vezes fazer dieta e não conseguimos, tentamos anos a fio deixar de fumar e não conseguimos. Mas porquê?

Conselhos para parar de adiar constantemente as suas metas e objetivos

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Para explicar isso, vou citar um es-tudo feito por Dan Ariely, 2001, no qual ele decidiu estudar as toma-das de decisões em momentos de excitação sexual (isso mesmo). Ele queria compreender como os jovens tomavam decisões antes de estarem excitados e o que decidiam depois de isso acontecer. O estudo consistia em dois passos. Primeiro, os jovens ficavam fechados numa sala respon-dendo algumas questões de carisma sexual em frente ao computador tais como se consideravam excitante uma mulher a suar, se conseguiriam ter relações com um homem ou se aguentariam apenas beijar no pri-meiro encontro. Como é óbvio, as decisões em condições normais e em condições de êxtase foram completa-mente diferentes. O que acontece é que estes jovens que foram testados passaram de um estado emocional para outro que eles não dominam. É isso que acontece também quando você toma uma decisão de começar a fazer algo. Naquele momento, você está com-pletamente racional e tudo parece muito claro. O problema é quando precisa de passar para um estado que você não domina. Você não domina a sua vontade de fumar ou a vontade de comer quando ela começa a sur-

gir. Caso contrário, seria capaz de dominar completamente essa situ-ação. Daí ser tão importante você conhecer você mesmo e perceber como atua em momentos como este.

O QUE FAZER PARA PARAR DE ADIAR TAREFAS?Responder a esta pergunta com meia dúzia de linhas é um ato con-traditório. Cada caso é um caso e a reação será sempre consoante a per-sonalidade da pessoa. Cabe a você, conseguir encontrar técnicas que resolvam o seu problema. Eu quan-do tenho de ir correr mas estou com preguiça de sair da cama, digo a mim mesmo que encontrar uma desculpa é muito mais fácil do que realmente realizar essa tarefa, o que acaba me motivando para começar o exercício. “Todo mundo quer ir para o céu, mas ninguém quer morrer”.

Mas como disse, esta técnica pode servir para mim e não para o leitor. No entanto, existem alguns princípios que são gerais a todos e quaisquer problemas. Vou partilhar todos eles com vocês, para que possa de uma vez por todas para de adiar os próximos objetivos!

PENSE NO QUE PODERÁ GANHARSe você deixar de fumar, o que irá ganhar com isso? Quais são os benefícios de começar uma corri-da? Todos nós sabemos a resposta e pensamos nisso quando tomamos a decisão. O grande problema é que esse pensamento desaparece na hora que você tem que realmente fazer a tarefa. E aí entram em ação todos os pensamentos contraditórios. “É tão bom ficar na cama” ou “aquele cigarro no final do café é tão praze-roso”. Os pensamentos invertem-se completamente na hora de tomar decisões. Por isso, o meu conselho é que tente se recordar dos benefícios na tal “hora h”. Imagine o que você irá ganhar com tudo isso. Se quiser, coloque todos os benefícios numa folha de papel e visualize-os no mo-mento de indecisão. Ganhará uma força extra.

A REGRA DOS 2 MINUTOSEste princípio deve ser aplicado em qualquer objetivo que você tenha. Não importa o que você quer atin-gir, mas o meu conselho é que faça essa tarefa durante dois minutos. Isso mesmo. Fazer algo, mesmo que você não goste, parece tarefa fácil durante dois minutos não é verdade? Ao começar uma tarefa ingrata du-

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rante dois minutos, as chances de você concluir ela, aumentam con-sideravelmente. Esta alteração acon-tece porque a procrastinação não é o hábito de começar uma tarefa e não terminar, mas sim o hábito de adiar uma tarefa. Ou seja, os procrasti-nadores nem sequer começam o seu objetivo, deixam ele simplesmente de lado. Se você tiver começado du-rante este período de tempo, já terá dado um passo extremamente im-portante.

Mas vamos supor que você começou uma tarefa durante dois minutos, mas mesmo assim a preguiça tomou conta e você voltou a adiar essa tare-fa. Não há problemas, pois no dia seguinte volte a ter o mesmo hábito: comece fazendo apenas dois minu-tos e assim sucessivamente. Mais tar-de ou mais cedo, essa tarefa menos prazerosa será concluída.

COMECE AOS POUCOSAlém da procrastinação, existem aqueles que adiam as suas tarefas porque querem algo tão perfeito que acabam por adiar constantemente o seu começo. Ficam pensando nos

detalhes e no que será preciso para que o seu trabalho seja tão grandio-so. Mas isso só leva a que essa tare-fa nem sequer dê os primeiros pas-sos. Ser perfeccionista é bom, mas é necessário conhecer os seus limites. O meu conselho vai para que planeje o seu negócio, decida todos os pas-sos, mas que comece pelos mais sim-ples, por aqueles que você sabe que pode fazer em pouco tempo. Depois, vá adicionando os pormenores. As chances de depois trabalhar neles mais motivados aumenta bastante.

DESENVOLVA A DISCIPLINA PESSOALO hábito de procrastinar não é mais do que falta de disciplina pessoal e falta de saber que naquele momen-to a tarefa deve ser feita, sem opção de ser adiada. Tal como tudo, essa disciplina pessoal deve ser trabalha-da todos os dias. Veja isso como um treino, como uma forma de contro-lar as suas vontades e os seus desejos. Preparar-se para uma maratona, por exemplo, requer um plano de treino definido. Para concluir todos os pas-sos, você necessita da tal disciplina pessoal, caso contrário não será ca-

paz de atingir essa sua meta. Na dis-ciplina pessoal é igual. Se quiser aumentar o seu auto-con-trole, você precisa de praticar o hábi-to de controlar as suas vontades du-rante várias vezes consecutivas. Li há alguns anos, num livro, que para um hábito ser adquirido são precisos 21 dias consecutivos a trabalhar esse mesmo hábito. Não digo que tenham de ser exatamente esses dias, mas o período de tempo não deverá fugir muito desse mesmo.

Antes de terminar o artigo, aproveito para deixar alguns conselhos mais básicos.• Coloque os seus objeitovos num

papel.• Tenha uma agenda e os passos

definidos para esse mesmo obje-tivo.

• Conte para outras pessoas que você tem essas metas.

• Faça dessa meta algo público, postando no Facebook por ex.

• Encontre uma forma de mensu-rar se realmente está indo de en-contro à sua meta ou não.

Produtividade

CONCLUSÃO

Conseguir ganhar o hábito de parar de adiar as suas tarefas e objetivos constantemente não é uma tarefa simples. É preciso que o faça duran-te muito tempo, que ganhe disciplina pessoal e que adote algumas das técnicas que explicamos aqui. Como pôde ver pelo estudo de Dan Ariely, é normal que você adie aquilo que realmente precisa fazer. Mas cabe a você alterar essa realidade.

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Fotografia de Perfil A colocação da sua fotografia no seu portfolio não é uma regra. No entanto, dará muito maior confiança ao possível cliente para trabalhar consigo já que os clientes gostam de associar um nome a uma cara. Geralmente um Freelancer que não tem medo de mostrar a sua cara ao mundo, é um Freelancer que gosta de trabalhar e que se compromete com o seu trabalho por inteiro. Mais uma vez relembramos, não é obrigatório, mas aconselhável. Diversifique o seu trabalhoA ideia deste ponto assenta principalmente em mostrar os seus conhecimentos e habilidades no maior número de “categorias” possível. Ao mostrar que consegue fazer vários tipos de trabalho, dará uma maior amplitude não só ao seu trabalho, como à forma como encara a vida perante o trabalho.

Atualize o seu PortfólioA atualização do seu portfolio é extremamente vital para o seu desenvolvimento. Os clientes gostam de ver que o cliente vai trabalhando e não fica estagnado no tempo à espera de clientes. Mesmo que não tenha um cliente em cada mês, é importante que atualize. “Invente” um cliente, faça uma peça pessoal e atualize o seu trabalho Assim o cliente terá perfeita noção da sua evolução.

Não escreva muitoMuitas vezes os Freelancers têm necessidade de “explicar” o seu trabalho através de grandes textos a acompanhar as peças, o que não é uma boa prática. Os clientes querem ver trabalho, e não um grande texto a acompanhar. As-sim, estará a perder tempo escrevendo texto em vez de trabalhar, quando o cliente quer é ver novos trabalhos.

Escolha o seu trabalhoAssim como é importante manter o seu portfolio diver-sificado o mais possível, é simultaneamente importante mantê-lo seletivo. É tentador, muitas vezes, colocar todo o tipo de trabalhos para dar a sensação de muito trabalho, no entanto deverá apenas colocar o seu melhor material e fazer a seleção de acordo com o tipo de trabalhos que mais se identifica.Ps: Geralmente não existe problema, mas sempre que possível informe o cliente que irá colocar o trabalho no seu portfolio online, para mostrar a possíveis clientes. Poderá haver clientes que não querem isso e deverá res-peitar a sua decisão.

Cuidado com erros ortográficosO seu portfolio não é um local de encontro online entre centenas de pessoas, ou uma rede social, onde os erros ortográficos são perdoados de forma leve. O seu Portfo-lio deverá ser completamente limpo de erros ortográfi-cos, se não dará um ar de completo amadorismo ao seu trabalho.

Mostre o FeedbackElogios ou críticas construtivas que recebeu são ótimos para colocar no seu portfólio. Mostrará confiança dos antigos clientes, para que os futuros possam sentir-se se-guros a trabalhar com você. Não é uma boa solução a co-locação deliberada de feedbacks, peça ao seu cliente para ser ele próprio a escrever e nunca coloque nada online sem autorização do próprio.

Dicas para melhorar o seu Portfolio Online

Um Freelancer depende, principalmente, do seu Portfolio para trabalhar e para encontrar novos clientes. Seja o Portfo-lio Online ou Offline.O seu Portfolio deve destacar os seus conhecimentos, e oferecer uma grande confiança para os possíveis clientes quererem trabalhar com você ao invés de procurarem outro Freelancer. Por isso a criação e o melhoramento, do seu Portfolio Online é importante tanto no inicio da sua carreira como no decorrer da mesma.

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Social

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Studio Sembe

Perfil

Meu nome é João Gabardo sou ilustrador, animador 2D e Designer Gráfico. Trabalho como ilustra-dor e animador profissionalmente a 4 anos, mas minha carreira como freelance começou a pouco tempo.

Meu primeiro trabalho freelance começou na empresa onde trabalho no meu primeiro ano, quando um amigo ficou apertado com o prazo para entrega de algumas ilustrações, depois junto com alguns amigos decidimos fazer uma sociedade e juntar nossas habilidades para faturar um trocado, nosso primeiro cliente foi uma pizzaria e nosso pagamento foi em pizza, enfim, não podíamos começar exigindo muita coisa, éramos novos no mercado e precisávamos pegar qualquer trabalho para ter um portfolio, eu comecei a trabalhar no cardápio e depois de algum tempo entregamos o site para o cliente e estava tudo bem até então, depois de algum tempo pensamos em reunir a galera, comer al-gumas pizzas e fazer bagunça, foi então que descobrimos que um dos nossos parceiros comeu prati-camente 80% das nossas pizzas sem comunicar o resto do grupo, bem, a parceria não durou muito.Depois do acontecido fiquei um bom tempo sem nenhum trabalho como freelance, até fazer um

desenho de um amigo meu e postar em seu Facebook, depois disso muitas pessoas visualizaram meu trabalho, agora estou conseguindo juntar alguns clientes, mas ain-da tenho muita estrada nessa vida de freelancer.Agora presto alguns trabalhos para blogs, porém ainda estou longe de onde quero chegar.

O ilustrador que precisou ver o trabalho acabar em “pizza” para se descobrir freela

Curitiba (SJP) - [email protected]

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“O que me levou a gostar de fotografia, desde pequena, foi sempre a coisa das luzes e das cores. Eu queria ser pintora, mas não sabia pintar. Então percebi que eu podia fazer uma arte parecida que não requeria talento com pincéis, e sim com uma câmera. Eu sempre fui detalhista e me apaixonei mesmo pela fotografia durante o cur-so técnico que eu fiz no Senac, quando comecei a conhecer um estúdio, como você pode mexer com a iluminação, o cenário, tudo, pra no final do dia tirar só uma foto.

Percebi que podia ganhar dinheiro com isso, principalmente, porque foi a única coisa que eu me via fazendo. Eu tive a certeza que esse seria meu trabalho. Também perce-bi quando fiz meu primeiro casamento. Quando em somente algumas horinhas de trabalho, cheguei em casa com dinheiro no bolso, sem ter que ter um cartão de crédito, salário e essas coisas todas.”

A garota do interior que vive e fotografa suas paixões pela música, viagens e artes em geral.

Itatiba - SP. Tel: (11) 976878035 Email: [email protected]

Site: www.carolmunhoz.com