68
Ano V • Nº 50 • Outubro 2003 • R$ 6,00 www.embalagemmarca.com.br STAND-UP POUCH LUTA POR ESPAÇO ENVASE 2003

Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Edição de outubro de 2003 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

Citation preview

Page 1: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

Ano V • Nº 50 • Outubro 2003 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

STAND-UP POUCH LUTA POR ESPAÇO • ENVASE 2003

Page 2: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 3: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

Uma forma de agregar valorsta edição especial deEMBALAGEMMARCA

difere das 49 edições ante-riores, elas todas tambémespeciais, em três aspec-tos: na numeração, no ma-terial da capa e na quanti-dade de páginas, maior doque o habitual.Não poderíamos deixar devalorizar o chamado “nú-mero mágico” 50, commais uma ação em que arevista foi pioneira. Daítermos feito, como emoportunidades anteriores, acapa desta edição em papelmetalizado (Lamicote LM260g/m2, da Brasilcote).A idéia de usar a revistanão só como veículo de in-formação escrita, mas tam-

bém de amostragem demateriais como filmes, pa-péis especiais e lamina-ções, é uma forma de re-forçar o conceito de que osmateriais e sua utilizaçãoadequada nas embalagensagregam valor aos produ-tos e consolidam marcas.Quanto à numeração da re-vista, planejamos conti-nuar a mudá-la, alcançan-do vários algarismos,numa demonstração deque estavam errados aque-les que, ao ser lançada arevista, diziam não haverespaço para ela, pois estejá estava congestionado.Como prova de que háespaço para todos, conta-mos com o crescente apoio

dos leitores e dos anun-ciantes.É em retribuição a esseapoio – traduzido em men-sagens estimulantes e emnúmero cada vez maior deanúncios – que esta ediçãotem mais páginas. Assim,o volume de matéria jorna-lística é mantido, e osanúncios são valorizados,na medida em que não sãoveiculados um ao lado dooutro nem aglomeradosem verdadeiros engarrafa-mentos publicitários. Essafoi outra inovação que EM-BALAGEMMARCA introdu-ziu. Aguardem mais.Até novembro.

Wilson Palhares

E

Esta ediçãotem mais páginasque o habitual,para manter o volume de informação evalorizar osanúncios

Page 4: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

10

36

52

Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro [email protected]

ColaboradoresJosué Machado e Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

[email protected]

Assistente de ArteJosé Hiroshi Taniguti

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual: R$ 60,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Filiada ao

Capa impressa em Lamicote LM 260g/m2

da Brasilcote pela Sografe

Miolo impresso em Couché Mate 90g/m2

da Ripasa pela Congraf

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

FILIADA À

www.embalagemmarca.com.brO conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

3 EditorialUma edição especial quemostra como agregar valor

6 CartasA opinião, as sugestões e ascríticas dos leitores

24 Making ofNestlé chilena ganha frasco emforma de projétil para energético

45 TintasPrada lança sistema defechamento com lacre protetor

46 EstratégiaRetornáveis são a arma da Coca-Cola para conter tubaínas

48 EquipamentosNa área de enchedoras, quedados juros ainda não foi sentida

58 DisplayLançamentos e novidades – eseus sistemas de embalagens

62 PanoramaMovimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos

65 Painel GráficoNovidades do setor, da criaçãoao acabamento de embalagens

66 AlmanaqueFatos e curiosidades do mundodas marcas e das embalagens

ILU

ST

RA

ÇÃ

O D

E C

AP

A:

ED

ITO

RIA

DE

AR

TE

outubro 2003

STAND-UP POUCHCadeia de embalagensflexíveis vislumbra horizonte favorável aos“pacotes que ficam empé” no mercado interno

INTERNACIONALRealizadas em BuenosAires, Envase 2003 eAlimentek 2003 sina-lizaram início de re-cuperação argentina

CACHAÇASExposição mostraque boas embala-gens ganhamespaço no setor.Para ressaltar benefícios deapresentação nobre,EMBALAGEMMARCA

coordenou o lançamento de marcapromocional (pág. 55)

2614

A capa desta edição foi impressa pela Sografe em papel Lamicote LM260g/m2 da Brasilcote, em mais umaação especial de EMBALAGEMMARCA

mostrando concretamente que boasembalagens agregam valor ao produto

ENTREVISTA: PAULO SÉRGIO PERESpresidente da ABPO(Associação Brasileira doPapelão Ondulado)comenta novas normasde acondicionamento deprodutos hortícolas

CAPA: BRILHOAcabamentos e efeitosreluzentes consolidam-secomo ferramentas devendas e ganhamespaço nas gôndolas

Page 5: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 6: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

Cada dia melhor

C aro Palhares Como tenho feito algumas viagenspara as unidades regionais da Câ-mara Americana, tenho tido tempode colocar a leitura que mais gostoem dia, e sem dúvida, como vocêbem sabe, embalagem é meu hobby.No fundo, por força de minha vidapassada, tenho acompanhado desdeo início seu excelente trabalho narevista EMBALAGEMMARCA, o qualsempre me entusiasmou. É ótimo ver que a sua revista está setornando cada dia melhor, princi-palmente na parte gráfica, pois noconteúdo sempre foi a melhor domercado. Porém, para um leitorcomo eu, menos intelectual e maisfolheador, as matérias ficavam lon-gas demais, às vezes parecendo terimagens de menos. Portanto nãoposso deixar de bisar parabéns e de-sejar que a revista continue sempremelhorando. Na minha opinião éhoje a melhor publicação brasileirade embalagem. Um grande abraçodo amigo e admirador.

Sergio HaberfeldPresidente da Câmara

Americana de ComércioSão Paulo, SP

Trabalho sempre inovador

E screvo com o intuito de parabe-nizá-los pela revista EMBALAGEM-MARCA de setembro. Ela acaba dechegar às minhas mãos e, com ela,a satisfação de ler boas matérias eme informar com qualidade. Res-salto a estratégia da revista ter sidocolocada na embalagem dos Roli-

Redação: Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel (11) 5181-6533

Fax (11) 5182-9463

[email protected]

As mensagens recebidas por carta, e-

mail ou fax poderão ter trechos não es-

senciais eliminados, em função do es-

paço disponível, de modo a dar o maior

número possível de oportunidades aos

leitores. As mensagens poderão tam-

bém ser inseridas no site da revista

(www.embalagemmarca.com.br).

MENSAGENS PARA EMBALAGEMMARCA

nhos Primavera. Idéia fantástica!Mais uma vez, toda a equipe mere-ce elogios por um trabalho tão pro-fissional e de altíssima qualidade,sempre inovador. Parabéns! Muitoobrigado pela preciosa atenção amim dispensada e por oferecer a to-dos um trabalho de tão alto nível.

Oswaldo CamargoAssistente Comercial

Coniexpress S/A - QueroAlphaville – Barueri, SP

Agradecemos os elogios. Ressalta-mos porém que esse trabalho, comooutras iniciativas de integração dacadeia de embalagem em cuja pro-moção a revista é pioneira, não sãomérito só nosso, mas de todos osparceiros que delas participaram.No caso do Projeto PapelcartãoDesign, do qual as caixas de Roli-nhos Primavera fazem parte, essesparceiros, que produziram as em-balagens conceituais, foram: Anti-lhas Soluções Integradas para Em-balagens (caixa de cosméticos),Box Print Grupograf (champagnede jabuticaba), Brasilgráfica S/A(executive kit), Embalagem SantaInês (trenzinho), Jofer Embalagens(chocolate premium), Packing(design), Rigesa (rolinhos primave-ra) e Ripasa (papel cartão).

Colírio para os olhos

M eus parabéns pela qualidadeapresentada na edição EspecialLuxo. A diagramação foi muitobem montada e muito criativa, umcolírio paras os olhos de qualquerdesigner. Ficou de primeira.

Lincoln Seiji KogaDesigner Gráfico

Forma DesignSão Bernardo do Campo, SP

F ico muito contente de ver a edi-ção Especial Luxo de EMBALAGEM-MARCA, uma página mais bonitaque a outra. Parabéns!

Letania MenezesMenezes Comunicação

São Paulo, SP

Flexografia

R ecebi EMBALAGEMMARCA desetembro. Achei a matéria sobreflexografia muito boa.

Eduardo SousaMarketingAlphaprint

São Paulo, SP

6 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

Correções• Na reportagem “Apelo Notur-no”, publicada em EMBALAGEM-MARCA nº 49 (setembro de2003), foi informado que a for-necedora das tampas plásti-cas utilizadas nas ices daFlying Brasil seria a TaponCorona. Na verdade, ela é aAlcoa, que também desenvol-veu o projeto das garrafas dePET das bebidas. Em tempo:o telefone de contato da en-garrafadora New Age Bebi-das, não citado na reporta-gem, é (19) 3572-1313.

• A SPP-Nemo, empresa per-tencente à Suzano Bahia Sul,é uma das mais importantesdistribuidoras de produtosgráficos do Brasil. Diferente-mente do que foi publicadopela revista na edição 48 deEMBALAGEMMARCA, na nota“Nordeste na mira-2”, na pági-na 48, a distribuidora não atuano segmento de plásticos.

Page 7: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 8: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 9: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 10: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

10 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

m novo empurrão em favor da diminui-ção das perdas de hortigranjeiros, quechegam a comprometer 30% da produ-ção brasileira, foi dado no último mês demaio, quando entrou em vigor no país aInstrução Normativa Nº 009. Fruto de

uma ação conjunta do Ministério da Agricultura, daAgência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)e do Inmetro, a medida dispõe sobre a padronizaçãodas embalagens e dos métodos de transporte e ar-mazenamento de frutas, legumes e verduras.Antiga interessada nesse mercado, que representa4% de suas entregas, a cadeia brasileira do papelãoondulado viu na medida uma nova possibilidade decrescimento e afirmação das vantagens do materialpara o acondicionamento de produtos hortícolas.Presidente da Associação Brasileira do Papelão On-dulado (ABPO) desde 1995, Paulo Sérgio Peres co-menta nesta entrevista as perspectivas que se abrempara o setor com a adoção da nova política de em-balagens de hortigranjeiros no país. Embora não fa-çam considerações específicas sobre materiais deembalagens, as normas deixam claro que todos ossistemas de acondicionamento terão de garantir hi-giene e proteção aos produtos hortícolas. “São doispontos aos quais as caixas de papelão ondulado seadaptam perfeitamente”, defende Peres.Além das explanações sobre hortigranjeiros, o exe-cutivo da ABPO, que está no terceiro mandato àfrente da entidade, fala sobre as conseqüências daonda de retração econômica que atingiu o país nosetor. Mas também comenta boas notícias, como anotória tendência de utilização do material direta-mente nas gôndolas, via embalagens primárias fei-tas de papelão microondulado e que oferecem aca-bamentos e impressões bem diferentes das vistasnas tradicionais caixas de despacho.

Diante das novas exigências de modernização dasembalagens de produtos hortigranjeiros, como ficaa importância do setor para os fabricantes de pa-pelão ondulado?A partir de agora os produtos hortícolas terão de es-tar embalados corretamente. Entre outras coisas,isso significa que tanto os fabricantes das embala-gens como os produtores terão de estar identifica-dos. Na parte das embalagens, há basicamente doispontos que não poderão deixar de ser atendidos. Deum lado, elas terão de ser resistentes. De outro, no

U

PAULO SÉRGIO PERES,presidente da ABPO(Associação Brasileira doPapelão Ondulado), falasobre as oportunidadesque surgem para o setordiante das novas exigências de padroniza-ção das embalagens edos processos de trans-porte e armazenamentode hortigranjeiros, ecomenta o desempenhodas vendas do material no primeiro semestre

entrevista

DIV

ULG

ÃO

“Seremos favorecidos”

Page 11: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

caso das embalagens retornáveis, terão de ser hi-gienizadas a cada novo uso. Além desses dois pon-tos, para minimizar o manuseio e o desperdício dosprodutos, as embalagens terão de ser paletizáveis.Isso é muito importante, pois atualmente estima-seque a perda dos produtos hortícolas seja de 30%,basicamente em função das condições não adequa-das de embalagem e transporte. Sobre a importân-cia do setor para os produtores de papelão ondula-do, vale dizer que atualmente os produtos hortíco-las representam 4% de nossas entregas. Mas hápaises em que esse percentual chega a 20%. Por-tanto, temos boas perspectivas pela frente.

Com a adoção dessas normas, a briga do papelãoondulado com outros materiais não tende a seacentuar no setor de hortigranjeiros?Acredito que as embalagens de papelão onduladosão as que estão mais adequadas às disposiçõesdessa Instrução Normativa. Elas são fabricadassob encomenda e especificadas para atender aosrequisitos de resistência e paletização. Além disso,são recicláveis e biodegradáveis, evitando conta-minação não só dos produtos, mas também domeio ambiente. Como se esses diferenciais nãobastassem, o papelão ondulado tem a seu favor aspossibilidades de impressão de alta qualidade, oque agrega valor aos produtos acondicionados emembalagens feitas desse material.

Em que lugar o Brasil se situa no ranking mundialde produtores de papelão ondulado? Como o setortem reagido à estagnação econômica do país?O Brasil é o nono maior produtor de papelão on-dulado no mundo. De 1995 a 2002, nosso setorapresentou crescimento constante, sendo que noano passado atingimos a expedição de 2 144 mi-lhões de toneladas. Entretanto, em 2003 nosso ci-clo de crescimento está sendo quebrado. No pri-meiro semestre acumulamos uma queda de 14,4%em comparação ao mesmo período de 2002. Expe-dimos 906 000 toneladas nos primeiros seis mesesde 2003, contra 1 058 milhão de toneladas no mes-mo período do ano passado.

O senhor pode falar um pouco sobre a crescentetendência de diminuição das ondas do papelão? Épossível tornar o papelão ondulado uma nova al-ternativa celulósica para produção de embala-gens primárias?Ultimamente, surgiram novos perfis para as mi-croondas do papelão ondulado. Isso se deu atravésda inclusão das ondas F, G e N, com alturas pro-

Page 12: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

12 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

gressivamente menores. A onda F, por exemplo,tem 0,75mm de altura. Já a onda G tem 0,50mm; ea onda N, 0,45mm. Com ondas cada vez mais bai-xas, impressões flexográficas sofisticadíssimas po-dem ser aplicadas no papelão ondulado. Isso am-plia fortemente as aplicações do material para pro-dução de embalagens primárias. Cosméticos, pro-dutos farmacêuticos, eletroeletrônicos, itens de in-formática, perfumaria, higiene e limpeza, fruticul-tura, brinquedos, produtos alimentícios e muitosoutros poderão ser vendidos em embalagensprimárias feitas de papelão microondulado.Neste último campo, aliás, a última novidadeé a onda O, com apenas 0,30mm de altura.

Qual a taxa de reciclagem do papelão ondu-lado consumido no Brasil?As caixas de papelão ondulado des-tacam-se por sua eficiência comoembalagem e pelos elevados índicesde reciclagem já alcançados. Mun-dialmente a indústria do papelão on-dulado tem o compromisso de cons-tantemente reduzir o impacto totalcausado por suas embalagens aomeio ambiente, ao mesmo tempo emque mantém a funcionalidade e aeconomia do produto por elas emba-lado. No Brasil, o papelão ondulado,confirmando sua condição de amigofiel e eterno não agressor da nature-za, atingiu a taxa de reciclagem de75%, umas das maiores do mundo.

Voltando à área de hortigranjeiros,muito se fala sobre a necessidade deaumento das exportações brasilei-ras. Para isso, os alimentos precisam ser normal-mente submetidos a embarques em ambientes friose úmidos. Como anda a produção de papelão on-dulado destinado a essas condições?O Brasil é competitivo quanto a isso, pois no seuprocesso produtivo de papelão ondulado estãocontempladas tecnologias para ambientes úmidos,câmaras frias e produtos congelados. Tais tecnolo-gias resumem-se a tratamentos à base de imper-meabilizantes, repelentes a água, colas e tintas es-peciais. Essas soluções são aplicadas nas capas eno miolo durante o processo de fabricação das em-balagens de papelão ondulado. É importante sa-lientar que todos os produtos destinados a aumen-tar a resistência do papelão ondulado à água de-vem ser recicláveis ou aplicados em proporções

que não afetem o baixo impacto ambiental do pa-pelão ondulado. Por outro lado, pode-se usar pa-péis já previamente tratados.

Qual o principal mercado consumidor de caixasde papelão ondulado hoje no Brasil?Em um levantamento feito em 2001, constatamosque o setor alimentício é o maior consumidor deembalagens de papelão ondulado no país, comparticipação de 32,9%. Em segundo lugar vem a

área de químicos e derivados, que inclui pro-dutos de higiene e limpeza, com 8,4% departicipação. Os setores de avicultura e fruti-cultura ocupam o terceiro lugar nesse ran-king, consumindo 7,2% de todas as embala-gens de papelão ondulado produzidas no

Brasil. A seguir, vêm os mercados debebidas e fumos (5,6%), produtosfarmacêuticos e perfumaria (4,5%),têxteis e vestuário (3,7%), metalur-gia (3,6%) e eletro-eletrônicos(3,1%). A produção de chapa de pa-pelão ondulado para cartonagens res-ponde por 16,3% do nosso setor, e osdemais segmentos, juntos, conso-mem 14,7% do papelão onduladoproduzido no Brasil.

Além da utilização de papelão ondu-lado para embalagens primárias, omaterial vem mostrando impressõescada vez mais sofisticadas para em-balagens de transporte. Em termosde custo, essa seria uma tendênciarestrita a produtos de maior valoragregado?De maneira geral sim, porém, com a

evolução dos processos, crescem as possibilidadesde impressões de qualidade bem diferenciada comcustos competitivos. Cada vez mais acessíveis, astecnologias de impressão sem dúvida ajudam a au-mentar o valor agregado dos produtos acondicio-nados em papelão ondulado.

Afora as embalagens, o papelão ondulado apre-senta outros usos? São inúmeras as utilizações, com destaque para pa-letes, colméias internas de divisórias e divisóriasem si, painéis decorativos, biombos e displays desupermercado, além de sistemas de proteção eamortecimento para processos logísticos, urnas emgeral, protetores solares para automóveis, aplica-ções para construção civil, entre muitos outros.

Num setor que mundialmente

tem o compromissode reduzir o

impacto ambientalcausado por suas

embalagens, a indústria brasileira

de papelão onduladoatingiu uma dasmaiores taxas de

reciclagem domundo: 75%

Page 13: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 14: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

14 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

o sentido figurado a palavrabrilho normalmente significabeleza, prestígio e sofistica-ção. Trata-se de uma simbo-

logia mais do que presente no mundo dosprodutos de consumo, onde embalagenscom efeitos resplandecentes se tornaramum eficiente instrumento de marketing.Afinal, soluções de acondicionamento re-cobertas ou guarnecidas por filmes meta-lizados, acabamentos perolizados, efeitosiridescentes e holográficos ou aplicaçõesde hot stamping – dentre outras alternati-vas de decoração de embalagens que lite-ralmente levam brilho às gôndolas – sãohoje naturalmente associadas pelos con-sumidores à idéia de luxo e requinte.

Mas, ao contrário do que leva a crer aatual pressão por redução de custos, o to-que de Midas das embalagens brilhantesmostra-se cada vez menos restrito ao ni-cho dos itens de alto valor agregado. Semdeixar de comparecer nas embalagens deprodutos refinados, o que se percebe éque, a despeito de quedas nos índices deconsumo, um número crescente de em-

reportagem de capa

Sonhopresas vem se dando conta de que aplicarcamadas reluzentes em cartuchos, rótu-los, bisnagas e outros acessórios de acon-dicionamento pode ser uma maneira deconferir atratividade a custos acessíveis.

A fim de mostrar que esses diferen-ciais efetivamente geram negócios, alémde constituírem uma maneira de garantirproteção extra contra luz, umidade e atécontrafações, as empresas que oferecemacabamentos brilhantes e metalizadosvêm conseguindo pôr em prática um ob-jetivo comum à cadeia de embalagem:deixar claro que vale a pena gastar umpouco mais para obter uma aparência no-bre e chamativa.

NEmbalagens metalizadas e brilhantes viram estrelas nas gôndolasPor Leandro Haberli

ST

UD

IO A

G

Page 15: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

out 2003 • EMBALAGEMMARCA – 15

“A barreira do custo ainda existe, masmesmo fabricantes de produtos de preçofinal relativamente baixo se mostramcada vez mais dispostos a apostar no im-pacto visual de um acabamento metaliza-do”, diz Ana Paula Martins, profissionalde marketing da Brasilcote, um dos prin-cipais fornecedores de papéis metaliza-dos do país, com forte atuação no merca-do de embalagens.

Para conquistar definitivamente essenicho, e assim fazer deslanchar o setor, asempresas que lidam com acabamentos eembalagens brilhantes também lutampara romper a idéia de que empobrecer aapresentação é uma forma de aumentar asvendas em tempos de vacas magras. “Aprocura por nossos serviços aumenta àmedida que as empresas se dão conta deque até consumidores de baixo poderaquisitivo procuram aspectos visuais li-gados à idéia de sofisticação”, fala RodAbbamonte, diretor da FRM Brasil, em-

presa que oferece filmes de hot stampinge outros acabamentos especiais para omercado de embalagens.

“Privilégio” de muitosO ramo de higiene pessoal pode ser cita-do como uma amostra dessa espécie deanseio coletivo por um pouco de requin-te. Mesmo que incomum entre marcas decombate, a utilização de efeitos brilhan-tes em produtos como xampus e condi-cionadores deixou de ser exclusividadede embalagens voltadas aos chamadoshappy few. Exemplo recém-chegado nasprateleiras é a nova linha de tratamentocapilar Elsève Liss-Intense, da L’Oréal.

Do tipo auto-adesivo e com aparênciatransparente (no label look), os rótulos doproduto se destacam por amplas aplica-ções de hot-stamping, além de uma logo-tipia dourada da marca L’Oréal. O acaba-mento ficou a cargo da FRM, que na áreade perfumes também acaba de participar

Embora sejam apreciadas normal-mente fora das gôndolas, embala-gens promocionais usadas para dis-tribuição de brindes institucionaistambém vêm recorrendo à diferen-ciação visual possibilitada pelo bri-lho metálico. A VSP Papéis Espe-ciais, empresa que representa noBrasil marcas como a celebrada Ar-joWiggins, informa que a procuravem crescendo a cada ano nesse ni-cho. Revestimentos da linha Curious

Metallics, uma das principais chan-celas da empresa na área de papéisbrilhantes, já foram usados para dis-tribuição de presentes de marcascomo Chivas Regal e Shiseido.Sem restrições quanto a fornecer re-vestimentos especiais para aplica-ções de ponto-de-venda, a empresaimplantou recentemente um serviçode acoplamento de folhas, que per-mite ao cliente receber os papéis es-peciais já empastados em cartão, ou

em qualquer outro tipo de papel.“Com isso buscamos facilitar o tra-balho dos profissionais de embala-gens, que geralmente necessitamgramaturas mais altas”, informa Ali-ce Ohira, que atua na área de marke-ting da empresa. Além do novo ser-viço, a VSP está lançando a linhaGeltex Reflejos, composta por pa-péis com brilho iridescente, quetambém podem ser usados para re-vestimento de embalagens.

Foco em promocionais e em nova linha iridescente

ST

UD

IO A

G

DIV

ULG

ÃO

Page 16: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

16 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

do projeto de embalagem da ColôniaClassic, de O Boticário. Além de efeitosprateados no cartucho de papel cartão, oproduto conta com tampa plástica reco-berta por um filme opaco, detalhe queconfere charmosa aparência de madeiraao fechamento.

Rótulos também aproveitamMas é o segmento de bebidas alcoólicas oque talvez dimensione com mais fidelida-de a crescente democratização dos acaba-mentos brilhantes no mercado de embala-gens. Produtos como catuabas, conha-ques e outros drinques à base de aguar-dente e algumas marcas de vinhos demaior giro compartilham em número

Os profissionais gráficos, cujas res-salvas quanto a projetos envolvendolaminados metalizados já foram vis-tas como um obstáculo ao cresci-mento desse tipo de material nomercado de embalagem, têm semostrado receptivos à diversificaçãoda oferta nacional de filmes e papéisno setor. “Antigamente, era precisorevisar o laminado antes mesmodele ir para a máquina”, afirma To-bias Meyer, gerente de produção da

Sografe, gráfica que, segundo seusregistros, foi a primeira a imprimirembalagens metalizadas no Brasil.“Começamos a trabalhar com essetipo de material na década de 70,quando recebíamos laminados me-talizados pouco resistentes e des-providos de tratamentos”, relembraMeyer. Quanto à dificuldade de absorçãoda tinta na superfície metalizada,que acabou se transformando no

grande bicho-papão das impressõesnesse tipo de material, ele explicaque o surgimento de novas gera-ções de tintas UV, que podem serexpostas a lâmpadas especiais paraacelerar a secagem, e de tintas oxi-dativas, que secam em contato como ar, tem evitado grande parte dosproblemas. “É claro que quem nãotem experiência pode se complicar,mas de uma maneira geral a evolu-ção dos processos facilitou nosso

trabalho”, conclui o gerente daSografe.Outro depoimento que corrobo-ra a melhora de qualidade dossubstratos metalizados no Brasilé dado por André Victor, da grá-fica Congraf, que fornece cartu-chos brilhantes para diversasempresas do ramo de cosméti-cos, como Sara Lee, Contém 1ge Impala. Ele lembra que atual-mente o material já é fornecidocom primes, de modo que asgráficas não precisam mais sepreocupar com aplicação de ver-nizes, nem com outros tipos detratamento pré-impressão. “Tam-bém temos notado que os car-tões metalizados deixaram deapresentar problemas de delami-nação, que antes eram freqüen-tes”, fala Victor.

Metalizados não são mais bicho-papão nas gráficas

Na linha Elsève Liss-Intense, nolabel look abusa de hot stamping. Abaixo, brilho prateado nos cartu-

chos e tampa plástica recoberta porfilme com aparência de madeira

ST

UD

IO A

G

ST

UD

IO A

G

Page 17: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 18: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

18 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

crescente o sonho dourado das embala-gens brilhantes.

“A diferença de preço entre um rótuloem papel couché e um rótulo metalizadoé irrisória quando comparada ao custo to-tal do produto e aos resultados que podegerar nas gôndolas”, defende RobertoGasparini, diretor comercial da Novel-print, fornecedora de rótulos auto-adesi-vos que nos últimos anos tem ampliado aoferta de alternativas metalizadas.

Bebidas alcoólicas na frenteProva de que esse discurso já é acolhidopelos fabricantes de bebidas é o sistemade decoração da garrafa do vinho Chali-se, que é fabricado pela Vinícola Salton econta com rótulo metalizado impresso empapel Metalcote, uma das marcas da linhade papéis metalizados da Brasilcote. Ou-tro caso interessante na área foi o lança-mento, no final do ano passado, da novalinha de vinhos e espumantes da Piagen-tini. Para demarcar a entrada no segmen-to de bebidas finas, os produtos adotaramuma extensa linha de rótulos auto-adesi-vos metalizados da Indexflex. O esmerono acabamento é tal que as impressõesdouradas e prateadas dos logotipos “seassemelham a aplicações de hot-stam-ping”, nas palavras de Flávio Piagentini,diretor de marketing da vinícola.

A explosão das marcas de bebidas icetambém vem se revelando profícua paraos rótulos metalizados. Produtos comoVelho Barreiro Caipirinha Ice, produzidopela IRB (Grupo Tatuzinho – 3 Fazendas)e decorado com rótulos da Novelprint,Johnnie Walker One, da Diageo, e Tea-cher’s com Guaraná, da Allied Domecq,são alguns exemplos de que a estrela doacabamento metalizado está brilhando nacategoria.

Nem todos percebem benefíciosMas os argumentos de venda desse tipode auto-adesivos nem sempre chamejamcomo gostariam as empresas que ofere-cem o diferencial. O departamento demarketing da Prodesmaq, fornecedorados rótulos do Johnnie Walker One e doTeacher’s com Guaraná, lembra que, em-

Rótulos metalizados demarcaram território estratégico no merca-do de ices, onde brigam com transparentes e termo-encolhíveis

Marcas comoChalise, com rótulos produzidoscom papelMetalcote, da Brasicote, ePiagentini, que adotou auto-ade-sivos da Indexflex,demonstram forçado brilho nas gôndolas de vinhos

FO

TO

S:

DIV

ULG

ÃO

Page 19: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 20: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

20 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

bora as alternativas metalizadas possamser mais baratas do que os rótulos feitosem filmes transparentes ou termo-enco-lhíveis, poucos usuários se mostram dis-postos a investir no diferencial. “Muitasempresas ainda associam o recurso ao au-mento de custo e acabam não explorandoseus benefícios”, avalia a empresa.

Apesar disso, gráficas e convertedoresde embalagem vêm investindo cada vezmais em novas tecnologias produtivasvoltadas a projetos e aplicações brilhan-tes, num movimento que tem ajudado abalizar o crescimento desse mercado.“Alternativas como o UV a frio e os pro-cessos de secagem química têm se mos-trado eficientes para resolver os eventuaisproblemas de impressão das embalagensmetalizadas”, diz Gilson Peixe, diretor devendas da Igel, convertedora do Sul dopaís que atualmente imprime cartuchoslaminados com papéis e filmes da Brasil-cote para produtos como perfumes e cre-mes dentais branqueadores.

Bernardo Senatro Neto, da paulistaBergraf, não só lembra que os acabamen-tos brilhantes e metalizados deixaram deser uma dor-de-cabeça para os profissio-

nais gráficos, como observa que quemnão se adaptar às exigências pode perderirrecusáveis oportunidades. “Não é maisconcebível evitar esse tipo de projeto emfunção da exigência de técnicas e proces-sos produtivos mais complexos”, ele diz,com o know-how de quem já produziucartuchos com aplicações de hot-stam-ping prateado na famosa linha de cosmé-ticos anti-sinais Renew, da Avon.

Nova tecnologia de metalização Não por acaso, o movimento de con-

vertedores e gráficas rumo ao mercado deembalagens brilhantes tem ocorrido emsintonia com a crescente oferta de papéismetalizados para o mercado de rótulos ecartuchos. Prova das novas alternativasde provimento irrompe na trajetória daMálaga Papéis Metalizados, um dos prin-cipais nomes do setor, ao lado da Brasil-cote. Surgida em 1962 como fabricantede lantejoulas e outros artigos carnavales-cos, a empresa entrou no ramo de emba-lagens em 1999.

Numa demonstração de que a aberturade leque foi compensadora, a Málagaacaba de colocar em operação uma la-

Se em mercados como o de cosméticos e perfumes as apli-cações brilhantes são normalmente empregadas sob o prin-cípio da sedução visual, na área de alimentos o aspecto daproteção costuma falar mais alto. Isso não significa, porém,que a aparência das embalagens metalizadas não tenha fun-ção mercadológica nesse setor."Além da excelência em temos de barreira, o uso de folhasde alumínio gera um sensível destaque na aparência dosprodutos", diz Otávio Carvalheira, gerente-geral da divisãode flexíveis da Alcoa, empresa que fortaleceu sua estratégiabrasileira nessa área no final de 2000, quando adquiriu aItaipava, um dos principais fabricantes nacionais de embala-gens flexíveis.Desde então, a Alcoa vem pondo em prática uma estratégiade follow sourcing, atendendo no Brasil fabricantes que jásão fornecidos nos Estados Unidos. Exemplos podem servistos em alguns candies da americana Hersheys. Ou-tros importantes clientes da divisão de flexíveis noBrasil são a Garoto, cujo chocolate Batom é vendidoem folhas submetidas a processos de gofragem, alémda linha de caldos Maggi, da Nestlé, que utiliza o material la-minado a substratos celulósicos como embalagem primária.

Alimentos também resplandecem

Cartucho de anti-sinais da Avon

tem aplicaçõesprateadas feitas

pela Bergraf

Page 21: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 22: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

Alcoa(11) 3741-4939www.alcoa.com.br

Bergraf(11) [email protected]

Bracelpa - AssociaçãoBrasileira de Celulose e Papel(11) 3885-1845www.bracelpa.org.br

Brasilcote(11) 4360-6221www.brasilcote.com.br

Congraf(11) 5563-3466 www.congraf.com.br

FRM Brasil Comercial(11) [email protected]

Igel(51) 3041-8300www.igel.com.br

Indexflex(11) [email protected]

Lingraf(11) 6525-9800www.lingraf.com.br

Málaga Papéis Metalizados(11) 3601-4360www.malapm.com.br

Novelprint(11) 3768-4111www.novelprint.com.br

Prodesmaq(19) 3876-9300www.prodesmaq.com.br

Sografe(11) [email protected]

UV Pack Acabamentos Especiais(11) 3641-1055www.upackacabamentos.com.br

VSP Papéis Especiais(11) [email protected]

22 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

queadora que metaliza estruturas cartona-das em alto vácuo. Dessa maneira, dis-pensa-se a etapa de laminação do filmeou do papel metalizado. “Além de reduzircustos e prazos, essa tecnologia viabilizaa metalização de cartões com gramaturasmais baixas”, explica Simone Málaga,executiva da empresa, acrescentando quea intensidade do brilho pode ser trabalha-da de acordo com o projeto que se pensadesenvolver.

Somadas ao aumento de oferta, novi-dades como essa podem, segundo ela, in-jetar novo ânimo no setor. “Esperamosque o processo de substituição das impor-tações de papéis e cartões metalizadospor produtos nacionais seja acelerado”,diz Simone. Entre os exemplos que já de-monstram essa migração, ela cita a emba-lagem de um dos telefones da linha Baby,da antiga Telesp Celular. Produzido compapel cartão metalizado da Málaga lami-nado sobre um cartucho de papelão mi-croondulado da Lingraf, o produto foiagraciado no ano passado com o prêmioFernando Pini de Excelência Gráfica.

Fim do temor ecológicoOutro argumento em favor das aplicaçõesmetalizadas no mercado de embalagensreside no desligamento da pecha ambien-talmente incorreta que já chegou a ser as-sociada a esse tipo de acabamento. Alémdos cartonados metalizados estarem aptosa receber o selo Papel Cartão para Emba-lagem, criado pela Bracelpa (AssociaçãoBrasileira de Celulose e Papel) para, en-

tre outros objetivos, identificar embala-gens feitas de acordo com as legislaçõesambientais, verifica-se o surgimento denovas alternativas de material em harmo-nia com a preocupação ecológica.

Merecedor de menção é o filme deacetato de celulose da UV Pack Acaba-mentos Especiais, empresa que oferecegrande variedade de aplicações com bri-lho e metalização, incluindo hologramasde segurança e um diversificado portfóliode aplicações em relevo. Abaixo, o pro-duto aparece recobrindo cartuchos de-monstrativos produzidos sobre fundo me-talizado e decorados com aplicações dehot-stamping preto com relevo seco ehot-stamping holográfico. “A principalmatéria-prima do filme é a celulose, umrecurso natural renovável, obtido de flo-restas plantadas”, destaca Andréa Prado,responsável pelo marketing da UV Pack.

Além de inquestionável prova de queos efeitos metalizados e brilhantes seconsolidam como uma maneira charmosade atrair atenções na gôndola, a varieda-de de opções envolvendo esse tipo deacabamento dá razão a uma conhecidamáxima. No mundo das embalagens, de-finitivamente, nem tudo o que reluz éouro. Mas para quem é do ramo esse afo-rismo não precisa ser interpretado comoalerta contra falsas aparências. É muitomais um lembrete: “Seja para aumentar aproteção ou gerar um novo fator de deci-são de compra, os produtos e suas apre-sentações tendem a demandar um núme-ro cada vez maior de aplicações brilhan-tes”, arremata Bernardo Senatro Neto, dagráfica Bergraf.

Embalagem decelular produzidapela Lingraf compapel metalizadoda Málaga:microonduladotambém ganhacom brilho

Cartuchos metalizados recobertospor filmes de acetato de celulose:

matéria-prima renovável

ST

UD

IO A

G

DIVULGAÇÃO

Page 23: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 24: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

24 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

reqüentemente o design é apontado comouma das áreas em que o Brasil tem tudopara se destacar no motor da globalizaçãoeconômica. Essa visão parece ser proce-

dente não apenas ao se considerar o design de produ-tos, como roupas ou móveis, mas também – por quenão? – os projetos de embalagens. Um bom exemploé dado pela DIL Brands. Desde que se internacionali-zou, em 1996, estendendo seus dotes a clientes chi-lenos e argentinos, a agência já amealhou mais de3 000 serviços. Entre eles, um de recente im-pacto, que mostra o potencial para se trabalharcom criatividade em outros mercados, foi fei-to para a subsidiária chilena da Nestlé.

A empresa decidiu entrar no nicho de bebidasenergéticas naquele país através de sua marca Bliss.No entanto, como aqui, a chancela Bliss é familiar aiogurtes e outros produtos lácteos frescos, o que pesoupara se afastar a hipótese inicial de se utilizar a mes-ma garrafa plástica dos iogurtes no projeto do energé-tico. Ganhou força, assim, a idéia de criar uma emba-lagem exclusiva e diferenciada, e foi aí que a DILBrands entrou no jogo.

Conceito expressoPartindo da premissa de que a embalagem deveria ex-pressar o conceito de “energia” – afinal, o nome esco-lhido para o produto foi Bliss Energy –, a equipe daagência gerou diversas formas associadas à palavrautilizando modelagens através dos softwares de reali-dade virtual Maya e Alias Studio. Assim, o cliente po-deria visualizar cada modelo com alto realismo. “Noinício, não sabíamos a qual tipo de embalagem recor-rer, já que o segmento de bebidas energéticas se carac-teriza por latas de 200ml ou 250ml de pequeno cali-bre”, conta Fernando Muniz Simas, gerente geral paraArgentina e Chile da DIL Brands.

Dos modelos criados foram pinçadas três opções,submetidas posteriormente a pesquisas em focusgroups. Numa triagem, sobressaiu o conceito da balade revólver. Escolha feita, a agência se debruçou sobreo desenvolvimento industrial da embalagem, em con-tatos constantes com convertedores, e sobre os deta-

making of

Alvo externoF

OT

OS

: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

F

159.

18

126.

95

62.7

47.

748.

15

54.00

Design internacional faz energéticochileno ganhar “frasco-projétil”

Com formato de bala,embalagem consistenum frasco plástico

decorado com um rótulotermo-encolhível.

Abaixo, o frasco despidoe sua planta técnica

Page 25: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

DIL Brands(11) 4191-9711www.dilbrands.com

lhes do design gráfico. Quanto ao primeiro quesito, afornecedora chilena BurgoPlast fez o modelo escolhi-do tomar corpo em um frasco de polietileno de altadensidade, conjugado a uma tampa em polipropilenocuja cor remete ao chumbo das cápsulas dos projéteis.

A decoração da peça plástica rendeu um episódiocrucial. Ocorre que a equipe da DIL Brands conside-rou que um rótulo termo-encolhível geraria grandeapelo à embalagem, mas não sabia se o filme retrátiliria se amoldar ao seu desenho singular. “Acreditáva-mos que haveria dificuldade em conseguir um encai-xe perfeito do filme com a tampa, e precisávamos sa-ber se o rótulo teria contração suficiente para o deta-lhe da base, um anel típico das balas”, lembra Simas.Testes feitos com rótulos de PVC da Edelpa, impres-sos em seis cores mais o branco, aprovaram a idéia.

Nos detalhes gráficos gravados no rótulo, a marcaBliss ganhou um formato menor que o utilizado habi-tualmente, e na cor preta. Para casar com esse deta-lhe, o logotipo da Nestlé ganhou tonalidades simila-res. Na finalização do trabalho, a DIL Brands realizoudiversas provas de cores, a fim de reproduzir com omáximo possível de fidelidade as cores associadas auma bala de verdade.

Modelos alternativos para a embalagem do energético,criados digitalmente com o auxílio dos softwares Mayae Alias Studio, foram descartados após pesquisas

Page 26: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

m meados de 1968, um dire-tor de uma fábrica francesade máquinas de envase,Louis Doyen, obteve a paten-

te de um invento que, ele imaginava, ti-nha tudo para dar certo. Registradocomo doypack, uma abreviação de Do-yen Pack, o objeto consistia num envol-tório flexível de baixo custo que, por teruma base sanfonada, conseguia manter-se em pé. O francês tinha razão. Sua em-

flexíveis

Agora o trem vai?balagem, hoje sob o nome genérico destand-up pouch, ou “bolsa que fica empé”, em tradução livre do inglês, avançamundo afora como uma locomotiva nasgôndolas dos supermercados, ora vestin-do novos produtos, ora substituindo ou-tras apresentações.

Para se ter idéia, a consultoriaPackaging Strategies estima que, de2001 a 2006, o consumo mundial dessasembalagens saltará de 11 bilhões para

EStand-up pouch ainda briga por maior aproveitamento no BrasilPor Guilherme Kamio

FO

TO

S:

ST

UD

IO A

G

Page 27: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

mais de 24 bilhões de unidades. Além daestatística, o momentum favorável aostand-up pouch, ou SUP, como tambémé conhecido no jargão industrial, ficaevidente ao se observar que ele vemconseguindo sair de seus mercados cati-vos, os de alimentos e de bebidas, paraconquistar novas searas – entre elas, asde limpeza doméstica, higiene pessoal,cosméticos, produtos automotivos e atédo setor farmacêutico.

Isso ocorre não apenas substituindo,com perceptível valor agregado, outrostipos de saquinhos plásticos. O stand-uppouch a cada dia angaria simpatizantesentre itens tradicionalmente identifica-dos com recipientes como os cartuchosde papel-cartão, potes de vidro e latas.“Além de ser atraente em termos de cus-

out 2003 • EMBALAGEMMARCA – 27

to unitário se comparado a determinadasembalagens rígidas ou semi-rígidas, ostand-up pouch tem grande apelo pelavisibilidade que propicia nas prateleirascom sua exposição vertical”, afirmaMárcia Rodrigues, da área de desenvol-vimento de mercado da Itap Bemis.

Sérgio Angelucci, diretor comercialde outra grande convertedora, a Embala-gens Flexíveis Diadema, adiciona que oSUP pode ser trabalhado sob diversosformatos e volumes e acoplar zíperes,válvulas ou um canudo interno, o que ga-rante o consumo prático e fracionado deprodutos. “É uma embalagem sintoniza-da com os novos hábitos de vida, conve-niente e também segura, uma vez quepode atender aos mais variados requisi-tos de conservação”, ele ressalta. “Ade-mais, vale dizer que o SUP implica numalogística ‘amigável’, pois permite amploaproveitamento de espaços no transportee na estocagem”, lembra Maristela Si-mões de Miranda, diretora comercial daprodutora de máquinas Maqplas.

Benefícios em série“Costumamos dizer que o stand-uppouch não é barato, mas sim econômico,pois mesmo que se pague por ele umpouco mais do que por outra embala-gem, ganha-se em custos industriais, emdesign, em percepção de valor pelo con-sumidor”, define Alan Baumgarten, di-retor da Tradbor, empresa que vende oserviço de produção de SUPs a muitosconvertedores, os quais podem, assim,concentrar-se em suas vocações, ou seja,

Maionese emstand-up pouchencontra grandereceptividade principalmente naregião Sul do país.Apesar da apresen-tação um tantocuriosa, com furospara gancheiras,temperos tambémrepresentam mercado de bompotencial para osSUPs

Page 28: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

28 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

SegmentoTemperos e condimentos

Alimentos secos/Arroz

Maionese

Molhos/Conservas

Café

Chocolate/Confeitaria

Snacks

Limpeza doméstica

Higiene pessoal

Pet food

Retort pouch

Bebidas

Outros

Total

199512 000

12 040

21 670

24 100

13 240

1 000

4 000

88 050

199817 000

21 110

60 200

4 000

46 860

16 200

14 500

5 150

11 000

196 020

200038 000

28 810

74 650

5 600

50 860

13 200

14 900

4 600

19 300

48 280

1 000

24 500

323 700

200257 050

45 580

86 690

8 800

64 286

16 200

15 600

9 000

43 824

114 300

4 700

15 000

37 400

518 330

200568 973

46 080

95 359

9 240

75 197

18 826

16 536

9 504

48 206

131 445

38 000

206 200

39 284

802 850

Previsão: consumo de stand-up pouches no Brasil*

a laminação e a impressão de filmes.É esse rol de benefícios que vem le-

vando, há praticamente uma década, aexplosão do stand-up pouch no país serseguidamente alardeada como inevitá-vel. Até agora, porém, trata-se de um atoque ainda não saiu dos ensaios. A bemda verdade, o número de SUPs nas lojastem crescido nos últimos anos. “Masessa presença já poderia ser bem maior”,atesta Mauro Kernkraut, diretor comer-cial da Terphane, produtora de filmes depoliéster, material importante na compo-sição da estrutura dos stand-up pouches,lembrando que em outros países, mesmoem vizinhos sul-americanos, esse siste-ma de embalagem “já virou o padrão emcertos segmentos de mercado”.

Num uníssono, as empresas ligadas àconversão de flexíveis entendem que oprincipal motivo para essa difusãoaquém da esperada é o cenário econômi-co desfavorável dos últimos anos, quetem freado os investimentos. “Por isso,as vantagens do stand-up pouch ficammais claras para um produto novo, e nãona substituição de uma outra apresenta-ção, o que implica numa troca de linhade embalagem”, explica Márcia Rodri-gues.

Outros aspectos também são lembra-dos pela profissional da Itap Bemis. Umdeles é o “histórico desfavorável dostand-up pouch por aqui”. Ocorre que osprimeiros produtos comercializados em

SUPs, na primeira metade dos anos 90,enfrentaram problemas estruturais e de-voluções dos supermercados. “Houvemuitos projetos descuidados no início”,conta Márcia Sato, da área de desenvolvi-mento de mercado do escritório local daAlusa, convertedora chilena que buscaabrir o mercado nacional para a solução,uma coqueluche em seu país de origem.

Receio pesaMárcia rememora que muitos pouchesdelaminavam, foram usados sistemas deabertura falhos na área de sucos e houveaté falta de oferta à época. “Outro pro-blema é que em muitos casos os varejis-tas instituíram para os itens em SUPspreços similares ou até maiores que osdas versões em outras embalagens, o quecriou uma visão distorcida dos pouchesno mercado.”

FO

NT

E:

ITA

PB

EM

IS *

EM

UN

IDA

DE

S (

X 1

000

)

Previsões dãoconta de quehaverá crescimentodo uso de stand-uppouches no paísmesmo em segmentos nosquais já existerazoável aproveitamentodessas embala-gens, como o de pet food

Page 29: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

Fechamossempre ótimos

negócios.

TOTA

LITY

TAMPAS 38 MMA Alcoa tem sempre a solução que a sua empresaprecisa para o lacre de embalagens plásticas (PET,PVC, PEAD e PP) e embalagens de vidro, em diver-sos segmentos, como alimentício, temperos,bebidas, alcoólicos, farmacêutico e químicos.38 MM EXTRA LOK• Bebidas sem gás envasadas a quente ou a frio.• Lacre Anti-violação.• Pode ser fornecida com ou sem vedante.38 MM DOUBLE LOK• Duplo sistema de travamento, com maior segurança.• Para bebidas com gás, fornecida sempre com vedante.

0800 12 3727www.alcoa.com.br

Fone: 4195.3727 Ramais: Luiz Mello: 2315

Marijosy Silva: 2327Fábio Spinola: 2336

Tais fatores ajudaram acriar certo receio em relação aostand-up pouch no país. No en-tanto, a cadeia de produção efornecimento dos SUPs nãoquer jogar a toalha. Segundoela, agora, sem alarme falso, ostand-up pouch tem tudo paravivenciar uma curva ascenden-te. “Creio que é o típico casoem que a oferta vai multiplicara demanda, ou seja, o consumi-dor fatalmente será seduzido apartir da disponibilidade deprodutos nessa apresentação,que irá se avolumar no varejo”,diz Angelucci, da Diadema.

Esse vaticínio, assinadoembaixo pelos profissionaisouvidos, não está sendo feitoao acaso. Primeiramente, con-corre para ele a expectativa deuma melhora econômica, jáque o próprio presidente Lulasinalizou recentemente o “fimdo tempo de vacas magras”.

Outro ponto para sustentar esse oti-mismo relaciona-se aos bens de capitalnecessários à utilização dos SUPs. “Nãohá mais dependência exclusiva de equi-pamentos importados, antes acessíveisapenas às grandes companhias”, informaJosé Marcos de Souza, gerente de mar-keting da G.D do Brasil, uma das empre-sas que vêm se movimentando para faci-litar o acesso do empresariado às máqui-nas para a produção e o envase do stand-up pouch (veja quadro). “Como o país járeúne todos os requisitos técnicos paraproduzir SUPs de alta qualidade e os fa-bricantes estão se organizando para faci-litar o investimento das empresas quequerem adotar o conceito, a expectativaé muito positiva”, resume Kernkraut.

Salto em todas áreasDe modo detalhado, um estudo realizadopela Itap Bemis prevê que no período de2002 a 2005 haverá um crescimento de55% no volume de stand-up pouches uti-lizados no Brasil, num salto de 518,330milhões de unidades produzidas para

Na Europa, osstand-up pouchesvêm progressiva-mente conquistandonovos mercados,como os de cosméticos, higienepessoal, bricolageme o farmacêutico

DIV

ULG

ÃO

Page 30: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

30 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

Fabricantes e distribuidores de máquinas de embalagemtambém vêm sinalizando o potencial do stand-up pouchcomo negócio. Isso fica claro pelas novidades que têminvadido o mercado, sejam elas do tipo form-fill-seal

(FFS), que formatam,enchem e fecham asembalagens, sejamde corte e solda, queproduzem a embala-gem e a deixam pron-ta para o envase pos-terior.

No lado das marcas importadas, a G.D do Brasil iniciourecentemente a produção nacionalizada do modelo SP-220, do tipo FFS, de uma de suas marcas representadas,a espanhola Volpak. Segundo o gerente de marketingJosé Marcos de Souza, já existem cinco unidades sendofabricadas aqui para clientes locais, e já se planeja a pro-dução de um modelo para o processamento de pouchesretort. “Com a isenção de taxas de importação e as pos-sibilidades de financiamento, nossa meta é vender nomínimo cinco unidades por ano”, ele diz. Flexibilizaçãodo pagamento também é brandida pela Carlos Wanderley& Filhos, que já instalou no país vinte unidades de outra

grife espanhola de renome na área deFFS para SUPs, a Bossar. “Uma melhorados juros deverá estimular o investimen-to nesse tipo de máquina, de alta sofisti-cação”, acredita Fausto Alberto, enge-nheiro de vendas da distribuidora.Por sua vez, as fábricas nacionais tam-bém estão investindo em máquinas paraSUPs. Na área de FFS, uma novidade é aUltra-Pouch, da Masipack. É a primeira

máquina do tipo FFS para stand-up pouches com cons-trução vertical de que se tem notícia, segundo Patrícia

Foligati, da área de marketing e comércio exterior da em-presa. O modelo, que ocupa um espaço reduzido, produzaté oitenta pacotes por minuto e possui um exclusivosistema de aplicação de zíper e Eurolock, desenvolvidopela própria Masipack. “Desde o seu lançamento, no iní-cio do ano, já vendemos trinta unidades, sendo que de-zesseis delas para exportação”, conta Patrícia. Já na área de equipamentos para corte e solda, a Hudson-Sharp lançou re-centemente a SUP 750, má-quina 100% nacional para aprodução de 80 a 140 pou-ches por minuto, com ousem zíper. “O equipamento,servo-acionado, é de fácilset-up, processa filme emplano único e possui desbobinador com eixo motoriza-do”, destaca Flávio Antiqueira, da área de vendas inter-nacionais da empresa, que tem comemorado o fatura-mento com as exportações. Quem também tem vendidoum bom número de máquinas para stand-up pouchespara o exterior é a Maqplas, que afirma ser a pioneira emmáquinas servo-motorizadas no Brasil e que tem na CSPUP 600 a vedete em sua carteira para a produção deSUPs. Conforme explica sua diretora comercial, Mariste-la Simões de Miranda, “é uma máquina de duas pistas,capaz de produzir até 140 unidades por minuto e aplicarzíper”. Para necessidades de produção menores, a Maq-plas oferece umaversão de pista úni-ca, para fechar até70 SUPs por minuto.“É um modelo bemacessível ao merca-do nacional”, afirmaMaristela.

Oferta de máquinas cresce e se diversifica

802,850 milhões. Segundo estimativasdesse trabalho, até mesmo os segmentosnos quais o stand-up pouch já encontraboa receptividade, como os de pet food,maioneses e cafés, irão escorar o aclive(veja o gráfico na página anterior).

Interessante, contudo, é notar a previ-são de um salto vigoroso para o merca-do de bebidas, no qual o aproveitamentode SUPs é ainda ínfimo. Além disso, osfabricantes antevêem o crescimento dospouches retort, termo que define umprocesso em ascensão no mundo todo.Voltado especialmente ao acondiciona-mento de produtos não-ácidos, esse pro-cesso consiste na combinação do enchi-

mento dos SUPs a quente com a esterili-zação de produtos em processo de auto-clave. “É uma tecnologia ainda crua noBrasil, que dá os primeiros passos empouches de rações úmidas para gatos”,comenta Márcia Rodrigues. “No exte-rior, o retort vem se espraiando para aárea de pescados em conserva, substi-tuindo latas, um tipo de aplicação quetem tudo para dar frutos no Brasil”, re-vela Kernkraut.

Menos intrincada, a utilização so-mente do enchimento a quente (hot fill),de especial apelo para produtos com aci-dez elevada, como frutas, geléias e ato-matados, também possui campo aberto F

OT

OS

QU

INA

S:

DIV

ULG

ÃO

Page 31: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 32: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

32 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

horizontes para o stand-up pouch. Nosmercados estrangeiros, os SUPs vêm ga-nhando simpatia e confiança atravésde novas aplicações, como acapacidade de irem ao forno demicroondas para aquecer mo-lhos e alimentos, o acondiciona-mento de papinhas infantis,xampus, soluções intravenosashospitalares e cremes para a pele,entre outras.

São tendências que podem con-templar em breve os consumidoresnacionais. “Imaginamos que, comoo SUP está demorando mais para ga-nhar mercado aqui do que no exterior,talvez no Brasil consigamos queimaretapas”, sugere Angelucci. O que se des-carta, definitivamente, é a noção de queos stand-up pouches não decolam nopaís porque o brasileiro não aprova aembalagem por questões culturais.

“Existem barreiras mercadológicas,mas não de aceitação. O stand-up pouchtambém enfrentou certa resistência ini-cial nos Estados Unidos, onde hoje cres-ce a passos largos”, define Kernkraut.“Para haver crescimento aqui, é preciso‘vender’ bem a solução, ou seja, utilizá-laadequadamente como ferramenta paraagregar valor e alavancar um melhor po-sicionamento dos produtos”, entendeFlávio Antiqueira, da área de vendas daprodutora de máquinas Hudson Sharp.

Alusa(11) 5093-6511www.alusa.cl

Carlos Wanderley e Filhos(11) [email protected]

Embalagens Flexíveis Diadema(11) 4066-7833www.embdiadema.com.br

GD do Brasil(11) 6095-2000www.gdbr.com.br

Hudson Sharp(16) 3303-8500www.hudsonsharp.com

Itap Bemis(11) 5516-2000www.dixietoga.com.br

Masipack(11) 4178-8099www.masipack.com.br

Maqplas(11) 3686-6198www.maqplas.com.br

Terphane(11) 5503-3960www.terphane.com.br

Tradbor(11) 3739-4909www.tradbor.com.br

Quem imagina que o stand-up pouch éuma solução disponível apenas às aquisi-ções em quantidades que começam nacasa das dezenas de milhares de unidadesse engana. Especializada na produçãodessa embalagem, a empresa paulistanaTradbor oferece, sob o nome TradPack,uma linha de pouches disponível paracompras a partir de 500 unidades. Em ta-manhos e cores padronizadas, os pouchesnão levam impressão, mas podem ser or-nados com serigrafia e até mesmo com ró-tulos auto-adesivos. “Eles acabam ficandocom a mesma qualidade de apresentaçãoque os pouches tradicionalmente decora-dos”, argumenta Alan Baumgarten, diretor

da Tradbor. Outros destaques da linhaTradPack são as versões “tamanho famí-lia”, com alça para transporte incorporada,e as inovadoras de papel kraft, de aparên-cia rústica e que também podem ter zíper.

Pequenas frações ao alcance

por aqui, pois ainda se restringe ao enva-se de algumas bebidas. “Temos a con-vicção de que esse processo puxará umboom no mercado de atomatados, comSUPs substituindo latas e cartonadas as-sépticas”, destaca Márcia Sato, da Alu-sa, propondo um cotejo com que aconte-ce no Chile: lá, perto de 70% dos atoma-tados são vendidos em stand-up pou-ches.

Desembarque high-techÀ frente, outra tecnologia em franco de-senvolvimento mundial para SUPs, eque por enquanto ainda não deu as carasno Brasil, é o enchimento asséptico.Nela, produtos esterilizados são envasa-dos em stand-up pouches em ambientecontrolado, permitindo que se conser-vem por longo tempo em temperaturaambiente, à guisa das caixinhas longavida. “É uma promessa para o acondi-cionamento de leites e demais produtoslácteos”, opina Kernkraut, da Terphane.

Todos esses aportes tecnológicos têmum reflexo claro: a abertura de novos

Home care (acima) émercado promissorpara SUPs no país,assim como o deatomatados (no ladooposto da página)

DIV

ULG

ÃO

Page 33: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 34: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 35: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 36: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

36 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

e na edição de 2001, quando a Argentina estava emmeio ao colapso econômico que culminaria meses maistarde com panelaços e renúncia presidencial, as feirasconjuntas Envase e Alimentek fizeram jus ao posto de

mais importante encontro sul-americano da cadeia de embalagem ede máquinas de processamento de alimentos e bebidas, atrás apenasda brasileira Fispal, não seria num momento de expectativa de re-cuperação que tais eventos desapontariam. E foi exatamente a es-perança de um panorama econômico mais ameno a grande marcade Envase 2003 e Alimentek 2003, realizadas em Buenos Aires, en-tre 22 e 26 de setembro último.

Organizadas bienalmente pelo Instituto Argentino del Envase,em conjunto com a União Latino-Americana de Embalagem (Ula-de), as feiras transcenderam neste ano o saldo positivo representa-do pelo acréscimo do número de visitantes e expositores. Melhor:não se resumiram a uma descomunal desova de lançamentos – em-bora não se ouvissem queixas de uma atípica falta de novidades en-tre as mais de 40 000 pessoas que circularampelos cinco pavilhões e 23 000 metrosquadrados do Centro Costa Salguero,onde os eventos tiveram vez.

Sobretudo para os expositoresbrasileiros – que, apoiados pelaAbre (Associação Brasileira deEmbalagem), compareceramem número maior do que secostuma notar nas feiras inter-nacionais do setor –, os eventosargentinos acabaram valendopela demonstração de que,apesar dos problemasconjunturais, o país vi-

internacional

O pior já passou

S

Feiras argentinas renovam expectativa de recuperação econômica

Por Leandro Haberli, especial de Buenos Aires

Chefe do Setor dePromoção Comer-cial e Turismo daEmbaixada do Brasilem Buenos Aires,Benoni Belli tem en-tre suas principaisfunções a coordena-ção do fornecimentode informações aempresários brasi-leiros interessadosem exportar para aArgentina. Baseado em balanços recentes sobreo fluxo comercial entre os dois países, ele falanessa entrevista a respeito do impacto da crise ar-gentina nas vendas brasileiras para o país vizinho,além de comentar a importância do setor de em-balagens no comércio bilateral entre as duasmaiores economias do Mercosul.

Como tem sido nos últimos anos a evoluçãodo intercâmbio comercial entre o Brasil e a Ar-gentina?O Brasil tem tido sucessivos déficits na balança

DIV

ULG

ÃO

Ajuda para chegar lá

Page 37: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

zinho abriga diversas oportunidades para a cadeia de embalagens. Para muitos, mesmo que a retomada só ocorra em médio prazo,

a Argentina é desde já um potencial mercado consumidor de emba-lagens brasileiras. Isso porque, menos por animadores índices deconsumo e mais pela falta de crédito, o parque industrial do paísopera muito próximo de sua capacidade máxima.

“Isso pode representar a necessidade de importar produtos finaispara suprir a demanda interna”, lembra Benoni Belli, chefe do Se-tor de Promoção Comercial e Turismo da Embaixada Brasileira naArgentina. Personagem da entrevista publicada no decorrer destareportagem, o diplomata fornece indicadores de que o enfraqueci-mento do vizinho não é interessante à aliança comercial que se pre-tende consolidar entre os países formadores do Mercosul.

No caso do comércio bilateral entre Brasil e Argentina, nem épreciso recorrer a dados da balança comercial para perceber isso.Como em tantas outras, sabe-se que na área de embalagens a crisedisseminou por lá a utilização de materiais de menor qualidade, oque acabou postergando os planos de muitas empresas brasileirasde exportar para a Argentina.

“Foi o nosso caso”, diz Maurício Groke, diretor comercial daAntilhas, um dos expositores brasileiros, que mostrou na feira sualinha de sacolas, caixas e cartuchos. Ele lembra que, antes do colap-so, a idéia era estruturar no Uruguai e na Argentina um entrepostopara distribuir sacolas diretamente em lojas de confecção e buti-ques. Frente às turbulências, o projeto acabou indo para a gaveta.

comercial com a Argentina desde 1995. No entan-to, a corrente global de comércio, que é um bomindicador do dinamismo das transações econômi-co-comerciais, chegou em 1998 (considerado omelhor ano desde o início do Mercosul) a quase15 bilhões de dólares. Naquele ano, exportamos6,7 bilhões de dólares para a Argentina e importa-mos 8 bilhões de dólares. Desde então, houveuma queda sensível no comércio bilateral, mas oano de 2002 foi claramente o pior. Não apenas ti-vemos o maior déficit registrado na balança com aArgentina, da ordem de astronômicos 2,4 bilhõesde dólares, como a corrente global de comércioatingiu seu ponto mais baixo desde 1995. Em2002, vendemos somente 2,3 bilhões de dólarespara a Argentina. Esse número, comparado aosmais de 5 bilhões de dólares exportados para a Ar-gentina em 2001, dá uma dimensão concreta doimpacto da crise argentina sobre o comércio bila-teral. Felizmente, esse quadro dá mostras de es-tar sendo revertido. No primeiro semestre de2003, o Brasil exportou para a Argentina quase odobro do que no mesmo período do ano passado.

Há previsões de quando esses números po-dem crescer?As projeções indicam que em 2003, pela primeiravez em muitos anos, o Brasil pode ter um peque-no superávit na balança comercial com a Argenti-na. A principal razão é o fato de que nossas expor-tações estão crescendo em ritmo mais intenso do

Page 38: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

38 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

que as importações. Há sem dúvida espaço paravendermos ainda mais para a Argentina, de modoa recuperar o nível de exportações de anos maisfelizes. O crescimento das exportações brasileirasno primeiro semestre de 2003 é expressivo secomparado ao primeiro semestre de 2002. Ocor-re que essa base de comparação pode levar aequívocos, uma vez que a primeira metade de2002 foi o pior momento da crise argentina, coma desorganização na economia, o “corralito”, achamada pesificação assimétrica e a retração naatividade econômica. Comparado à série históricados primeiros semestres das exportações brasi-leiras para a Argentina, o resultado de 2003, ex-cetuando o atípico ano de 2002, continua sendo omenor dos últimos 10 anos. Não obstante, os es-tatísticos e economistas dizem que o importante éanalisar as tendências e, dessa perspectiva, amelhora é inegável.

Em que áreas esse crescimento pode ser maisacentuado?A pauta exportadora do Brasil para a Argentinatem apresentado poucas mudanças em sua com-posição geral nos últimos anos. Os manufatura-dos são a principal categoria de exportação paraa Argentina, cerca de 90% do que vendemosaqui. Tanto os manufaturados quanto os semima-nufaturados apresentaram aumento nas exporta-ções. O interessante a notar, contudo, é que o fimdo sistema de conversibilidade do peso gerou umprocesso de substituição de importações na Ar-gentina, já que os preços de muitos importados setornaram proibitivos. Passada a fase mais agudada crise, chegou-se a um equilíbrio nas taxas decâmbio entre Brasil e Argentina. Esse contextotalvez explique por que, em 2003, entre os cemprincipais produtos exportados para a Argentina,55 corresponderam a insumos e bens intermediá-rios, ou seja, utilizados no processo de substitui-ção de importações e na produção argentina des-tinada à exportação. Exemplos nesse sentido se-riam o algodão, o minério de ferro e produtos uti-lizados na indústria química. Além disso, se so-mamos os bens de capital aos insumos e bens in-termediários, teríamos quase 70% do valor dasexportações brasileiras no primeiro semestre de2003. Se tivesse de arriscar um palpite, diria queainda há margem para vender mais nesse campo.Mas isso não deve limitar ou inibir o empresáriobrasileiro, que é competitivo em muitos outros se-tores e poderá expandir seus negócios com a ten-dência de recuperação da economia argentina.

Na sua opinião, dada a atual conjuntura eco-nômica argentina, há mais possibilidades eoportunidades para a importação de produtosbrasileiros de maior ou menor valor agrega-do? Creio que as oportunidades estão crescendo nãoapenas para a exportação brasileira para o mer-cado argentino, como também para a realizaçãode negócios em sentido mais amplo. Ainda que acorrente de comércio bilateral seja um indicadorcentral para medir o grau de integração entre paí-ses, o universo das relações empresariais entreo Brasil e a Argentina é muito mais abrangente:

“Queremos retomar isso agora”, adianta Groke, que inicialmen-te antevê a implantação de um sistema de abastecimento contínuopara redes brasileiras com lojas na Argentina. “Viemos para nos ex-por e para voltar a namorar esse mercado”, diz o diretor da Antilhas.

Integração com exportadores argentinos- Outros casostambém indicam que as feiras serviram como um proveitoso obser-vatório de mercado. Para alguns, ficou confirmado que as oportuni-dades mais latentes residem no setor exportador argentino. “Aten-der esse nicho é nossa grande meta na Argentina hoje”, diz AndréLuís Gimenez Giglio, do marketing da Poly-Vac, outra empresabrasileira que marcou presença em Envase 2003.

Ele explica que a estratégia passou a ser analisada devido à pou-ca utilização, naquele país, de embalagens plásticastermoformadas feitas de polipropileno (PP), justamen-te o carro-chefe da Poly-Vac. “Nos supermercados ar-gentinos só se vêem embalagens de poliestireno (PS)”,afirma Giglio. “Como a migração ainda é dificultadapor custos, centralizaremos esforços no mercado ex-portador deles”, completa o profissional da Poly-Vac.

Embora a linha ascensional do varejo argentino nãotenha sido senão esboçada, outros expositores brasilei-ros perceberam que a retomada dos índices de consu-mo é factível. Foi o caso da Védat, que atua com fe-chamentos e frascos plásticos para empresas farma-cêuticas, de cosméticos e de bebidas.

Paulo de Castro, gerente de comércio exterior da empresa, con-ta que há um ano participou de uma feira farmacêutica na Argenti-na cujos resultados foram bem diferentes dos agora obtidos. “O mo-vimento agora foi muito maior, e as pessoas demonstravam real in-teresse em fechar negócios”, conta. Isso mostra, segundo ele, queos fabricantes argentinos de medicamentos estão mais abertos aospadrões de diâmetro de tampas e de bocais utilizados no Brasil. “Asdiferenças de medidas, que constituíam uma espécie de barreiraprotecionista, vêm desaparecendo aos poucos”, analisa Castro.

Outro indicativo de que a cadeia de embalagem está contornan-do o arrefecimento da indústria argentina foi a pouca repercussão,nos corredores do Costa Salguero, dos problemas que o país enfren-ta. “Não ouvi comentários sobre a proposta de descontar o valor dadívida externa argentina, feita no mesmo dia em que as feiras foramabertas ”, observa Sidnei Schilive, do departamento comercial daMasipack, em referência à oferta feita pelo governo argentino emencontro do Fundo Monetário Internacional (FMI) como forma de

Integrados, eventos atraíram 40 000 pessoas

DIV

ULG

ÃO

Page 39: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 40: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

40 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

inclui investimentos brasileiros na Argentina (se-gundo estimativas, o estoque de investimentos éhoje de 10 bilhões de dólares), investimentos ar-gentinos no Brasil, formação de joint ventures, in-tegração de cadeias de valor, realização de feirasonde os empresários podem se conhecer e en-contrar soluções que aumentarão a produtivida-de de suas empresas. É necessário, portanto, re-fletir adequadamente sobre a complexidade daintegração com a Argentina e as múltiplas opor-tunidades que se abrem com as associaçõesprodutivas e a integração de cadeias de valor en-tre empresas, tendo em vista o objetivo de reali-zar o sonho de transformação da região em umaplataforma de exportação para terceiros merca-dos. Trata-se de utilizar a integração bilateralpara passar da exploração das vantagens com-parativas individuais de cada país à criação con-junta de vantagens competitivas regionais. Aschances de alcançar competitividade aumentamquando os tecidos produtivos se integram de for-ma dinâmica, conjugando o que há de melhor emcada país para ambos ganharem escala e quali-dade em bens e serviços.

Em seus contatos com a área de embalagem –especialmente após ter estado nas feiras con-juntas Envase e Alimentek – foi possível vis-lumbrar algumas tendências para o setor pro-dutivo brasileiro de máquinas e embalagensprontas?É claro que cada setor tem sua especificidade,mas todo empresário, não importa a atividade aque se dedique, precisa levar em conta o compor-tamento geral da economia na hora de tomar de-cisões. Nesse sentido, o empresário brasileiroestá bem informado sobre a conjuntura argentinae sabe que, apesar da crise, este é um país deenorme potencial, com recursos humanos ex-traordinários e com todas as condições de dar avolta por cima. Para falar de tendências novamen-te, desde o último trimestre do ano passado aeconomia argentina tem crescido de forma con-sistente, indiferente às incertezas nas negocia-ções com o FMI e com os credores privados de-tentores de títulos da dívida argentina. Prevê-seum crescimento de cerca de 6% do PIB em 2003,e pelo menos 4% no próximo ano. Os empresá-rios brasileiros também sabem que a taxa de utili-zação da capacidade instalada na Argentina émuito alta e está quase no limite, em um contextode escassez de linhas de crédito para investimen-tos novos. Esse gargalo pode representar a ne-cessidade de importar produtos para suprir a de-manda interna. Isso vale para o setor de máqui-nas e embalagens prontas e para vários outros. Oproduto brasileiro na área de embalagens é geral-mente muito competitivo e de alta qualidade. A cri-se na Argentina teve o efeito de disseminar a uti-lização de materiais mais baratos e menos resis-tentes, mas a recuperação econômica pode re-presentar oportunidades novas para os fabrican-tes brasileiros, isso sem falar no setor exportadorargentino que precisa de embalagens de padrãointernacional para conquistar os mercados lá fora.

O Senhor poderia citar exemplos de produtos

retomar os pagamentos sus-pensos desde dezembro de

2001. “Isso mostra que, inde-pendente do que acontece, a econo-

mia argentina está caminhando”, diz Schilive, cuja empresa fabricaequipamentos de envase e possui um braço de distribuição e pres-tação de assistência técnica no país vizinho.

Interesses recíprocos- A estratégia de exportaçãoargentina pode ser lida como um dos calçamentos quefacilitam essa marcha. Isso fica claro em trajetóriascomo a da Celomat, fabricante argentino de equipa-mentos conhecido pelas aplicadoras de válvulas aro-máticas para café acondicionado em embalagens dotipo almofada. “Estamos sentindo que a economia daArgentina está voltando a girar, mas a atuação em paí-ses como Colômbia, México e, mais recentemente,Brasil, ainda é o grande forte da Celomat”, descreveAirton Campos, representante da marca no país.

Ex-sócio da fabricante de rotuladoras Bauch &Campos, ele aproveitou a feira para negociar o interna-

mento de um novo equipamento da Celomat no Brasil, com o qualatuará na área de prestação de serviços. “A idéia é receber o filmee fazer a aplicação das válvulas internamente”, explica Campos.“Depois entregaremos tudo pronto para o cliente usar”, resume,lembrando que o mesmo equipamento pode ser empregado paraaplicação de figurinhas. “Começaremos com as válvulas, e mais

Duas entidades de classe liga-das à cadeia de embalagem – aAbre (Associação Brasileira deEmbalagens) e a Abeaço (Asso-ciação Brasileira de Embalagemde Aço) – garantiram, com es-tandes próprios, visibilidade ex-tra para a indústria nacional noencontro argentino. No primeiro caso, Luciana Pel-legrino, diretora executiva daAbre, reforça a idéia de que omercado argentino é um bomcampo de atuação para a indús-tria brasileira de embalagens.“Embora o volume não seja tãogrande quanto o nosso, a de-manda é bastante pulverizada”,coteja. “Isso permite alcançarum volume maior de vendas.”Já a ida da Abeaço, criada hámenos de um ano, acabou en-trando para os registros da enti-dade como sua primeira partici-pação em um evento internacio-

nal. Mas a suposta falta de ex-periência nem de longe foi umempecilho para contatos e veri-ficação de oportunidades. “Cha-maram muita atenção em nossoestande as latas expandidas,especialmente entre fabricantesde sucos, e os sistemas de fe-chamento para tintas e outrosprodutos químicos”, conta Sér-gio Iunis, diretor administrativoda Abeaço. Sobre o último ponto destacado,vale lembrar que mais de 40%do mercado argentino de tintas édominado por embalagens plás-ticas. “Isso ocorre principalmen-te devido à falta de praticidadedas tampas oferecidas lá”, dizIunis. Mas essa não foi a únicaoportunidade que ele identificou.“Novas leis ambientais estãoreabrindo espaço para o aço emmercados como o de óleos co-mestíveis”, conclui.

MAIS PRESENÇA VERDE E AMARELA

Page 41: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 42: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

brasileiros que sejam comercializados na Ar-gentina e que tenham sido importados do jeitoque vão para os pontos-de-venda?São muitos os produtos brasileiros importadospela Argentina. Marcas tradicionais no Brasil,como Garoto e Natura, fazem sucesso junto aoconsumidor argentino. Vale notar que os empre-sários brasileiros não somente exportam o produ-to acabado de forma direta ou por meio de repre-sentantes para a Argentina. Muitos constituemempresas aqui para importar, montar rede de ven-dedores e distribuir a mercadoria. Outros come-çam assim para, em um segundo momento, pro-duzirem localmente, no todo ou em parte, os seusprodutos. Para se ter uma idéia, a Marcopolo,maior fabricante de carrocerias de ônibus do Bra-sil, possui uma planta na Província de Córdoba eanunciou planos para retomar as atividades queestavam paralisadas desde o auge da crise. ARandon, que fabrica reboques e semi-reboquesutilizados em veículos de carga, está na Provínciade Santa Fe. Outras empresas de sucesso noBrasil, como a WEG, a Praxair, o Banco Itaú, en-tre muitas outras, têm presença na Argentina. AAmbev já tinha êxito com a cerveja Brahma, masagora detém o controle da cervejaria que fabrica aQuilmes, cerveja preferida pelos argentinos e comboa aceitação em outros mercados sul-america-nos. A Petrobras fez uma aposta no mercado ar-gentino com a compra do pacote completo de ati-vos da tradicional empresa de energia Pecom.Tudo isso demonstra que as empresas brasileirasestão se internacionalizando como parte da estra-tégia de ganhar mercados e alavancar seus negó-cios. A Argentina, pela proximidade e pelas facili-dades do Mercosul, tem sido o alvo principal dasempresas brasileiras que pretendem ser grandesjogadores no mercado global.

O senhor citou marcas e empresas que, porseu porte e sua cultura, têm maior desenvoltu-ra para exportar. O que o setor de promoçãocomercial da Embaixada do Brasil na Argenti-na pode fazer por aquelas que não têm a mes-ma facilidade? Quais os caminhos a seguirpara informar-se melhor e entrar em contato?Estamos preparados a oferecer apoio em diver-sas áreas. Na de comércio exterior, fornecemosao empresário brasileiro interessado em exportartoda a informação disponível na BrazilTradeNet(www.braziltradenet.gov.br), rede governamentalde comércio exterior de utilização gratuita. Dentreas diversas ferramentas de trabalho, disponibiliza-mos pela internet estudos específicos, de rápidaelaboração, com informações sobre as condiçõesde acesso de cada produto, conforme sua NCM(Nomenclatura Comum do Mercosul), no mercadoargentino. Também temos dados sobre tratamen-to tarifário, normas alfandegárias, estatísticas deimportação, relação de importadores e de entida-des de classe. A empresa pode solicitar esse tipode apoio através de um simples e-mail, fax ou porvia postal. Ademais, o Setor pode auxiliar o em-presário brasileiro em viagem de negócios àArgentina através da preparação de agendas comimportadores e da realização de work-shops oushow-rooms no auditório da Embaixada, que é ce-dido gratuitamente.

tarde atacaremos mercados como o de candies.”Outro exemplo de integração entre as cadeias brasi-

leira e argentina de embalagens pôde ser visto na áreade adesivos industriais. Envase 2003 foi a primeira fei-ra de que a Química Madepa, uma das maiores empre-sas argentinas do setor, participou depois de ter sidocomprada, em abril do ano passado, pela gaúcha Arte-cola. “Essa fusão faz parte de nossa estratégia de buscada liderança na América Latina”, diz Alexandre J. As-tolfi, gerente de mercado da Artecola. “Além da com-pra da Madepa, acabamos de formalizar uma parceriacom o grupo suíço Forbo, um dos líderes no segmentode adesivos industriais”, completa o executivo.

Importância dos saquinhos- Na área de embalagens flexíveis,a forte disseminação no mercado argentino de soluções como doy-packs também gera expectativas nos provedores brasileiros de equi-pamentos e insumos. Basta dizer que, nos supermercados de lá, ossaquinhos de exposição vertical acondicionam grande variedade deprodutos, ocupando espaços que no Brasil são dominados pelo vi-dro, pelos cartonados e pelos frascos plásticos.

Para Paulo Gilberto Corrêa de Lima, gerente de vendas da áreade cilindros para impressão flexográfica da Plaxair, esse tipo de em-balagem não só reverte boas oportunidades como confere expecta-tivas peculiares no segmento. “Eu diria que a retomada do consu-mo tem se mostrado mais veloz nesse setor”, ele diz. Opinião seme-lhante tem José Eduardo Sampaio Pinto, engenheiro de vendas daBosch, cuja subsidiária brasileira expôs no pavilhão destinado a so-

luções de processamento de alimentos.“Ainda existe capacidade ociosa, mas essa é

uma área em que as empresas argentinas usuá-rias de embalagem se mostram mais abertas aprodutos de valor agregado”, comenta Pinto.Tal impressão também era perceptível no estan-

de da Argencel, representante da brasileira Voto-cel na Argentina. Atuando com filmes de poli-

propileno bi-orientado (BOPP), Julio Destin Ros-si, presidente da empresa, afirma que mercados

como o de bebidas já mostram boa recuperação.“Já conseguimos deixar de vender apenas commo-

dities”, comemora.Apesar do otimismo generalizado, nada indica

que as empresas brasileiras confiam num imediatorestabelecimento do fluxo comercial com a Argen-

tina. No entanto, a confortadora sensação deque o pior já passou acabou sendo a grandetônica de Envase 2003 e Alimentek 2003.Desse ponto de vista, e se for realmente ver-dadeira a idéia de que na economia a pers-

pectiva de melhora é um dos mais importantesdesencadeadores da melhora em si, não há dúvi-

das de que dias melho-res virão.

Page 43: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 44: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 45: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

m segmento industrialbrasileiro que segura-mente não pode re-clamar da falta

de pró-atividade de seusfornecedores de embala-gens é o de tintas imobi-liárias. Basta reparar nonúmero de soluçõesque vêm sendo lança-das, nos últimos anos,para o acondicionamen-to desses produtos – aoque vale registrar sereminovações, na maioria doscasos, genuinamente nacio-nais. Essa carteira está ga-nhando uma nova integrante, queestá sendo revelada por uma tradi-cional provedora desse setor, a Prada.

A companhia metalúrgica aproveitou a con-gregação da cadeia da indústria de tintas, durante aAbrafati 2003 – 8a Exposição Internacional de Forne-cedores para Tintas, ocorrida no início de setembro emSão Paulo, para lançar a Safe Mix. Trata-se de umatampa dedicada às tintas preparadas no balcão, ou seja,aquelas cujas tonalidades são definidas nas mix machi-nes, no momento da compra.

Sem violaçõesEstruturalmente, o sistema de fechamento consistenuma tampa metálica com um batoque plástico agrega-do em seu centro, que facilita a inserção dos pigmen-tos na hora da mistura da tinta. Até aí, parece não ha-ver novidade, visto que esse tipo de tampa conjugada

tintas

Nova tampa reforça a segurança de tintas para mix machines

Integridade totaljá é conhecido há algum tempo pelo

mercado. Há, contudo, um grandediferencial brandido pela fabri-

cante: trata-se da única tam-pa do gênero a possuir um

lacre antiviolações.“A Safe Mix garante

a integridade do produ-to até o ponto-de-ven-da, impedindo viola-ções, o que dá seguran-ça para o fabricante esua marca e também

para o consumidor”, re-sume Marcelo Dinhi, da

área de marketing da Prada.Segundo ele, o lacre é de fácil

remoção, permitindo a aberturae o fechamento da lata sem que a

tinta espirre. Ademais, por ser transpa-rente, o batoque possibilita conferir a tonalidade

da tinta sem a necessidade de remoção da tampa.Todo o mix de embalagens da Prada para tintas é ca-

paz de incorporar a Safe Mix. Na prática, isso corres-ponde a dizer que a tampa pode ser acoplada a latas nosvolumes quarto de galão (900ml), galão e 18 litros.

Para familiarizar consumidores e lojistas com o usocorreto do sistema, instruções de uso estão litografadasna parte metálica do conjunto (como mostra a foto).Esse passo a passo e maiores detalhes sobre o novoproduto podem ser conferidos no novo portal da Pradana internet (veja maiores detalhes na seção Panoramadesta edição).

FO

TO

: D

IVU

LGA

ÇÃ

O

Brasilata(11) 3781-8500www.brasilata.com.br

Prada(11) 5682-1000www.prada.com.br

U

Outra fornecedora de peso de emba-lagens para o setor de tintas, a Brasi-lata, aproveitou o evento da Abrafatipara demonstrar em seu estande a li-nha de fechamento Plus e a lata Bi-plus, soluções premiadas e que já seencontram patenteadas em diversos

países. No entanto, a novidade ficoupor conta da lata de 5 litros Plus UN,homologada para o envase de produ-tos perigosos. Com frisos horizon-tais, ela é resistente a quedas e con-some menos matéria-prima, pois dis-pensa o processo de tripla recrava-

ção, que tradicionalmente é utilizadona fabricação desse tipo de embala-gem. A linha Plus UN atende as reco-mendações para o transporte de pro-dutos perigosos, estabelecidas pelaOrganização das Nações Unidas(normas UN).

Menos material, maior resistência

out 2003 • EMBALAGEMMARCA – 45

Page 46: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

s apreciadores de Coca-Colapodem começar a reservar es-paço em suas despensas e aprocurar os velhos porta-vasi-

lhames, encostados desde que as embala-gens descartáveis tomaram, quase por intei-ro, o mercado de refrigerantes. Aconteceque a gigante americana decidiu que, dian-te do crescimento das tubaínas, ou “refrige-rantes regionais”, as embalagens retorná-veis são a solução para recuperar mercado erentabilidade.

Essa guinada de marketing já mostra re-flexos no mercado fluminense. Desdemaio, a Coca-Cola vem abastecendo bares,padarias e lanchonetes dos subúrbios da re-gião metropolitana do Rio com garrafas re-tornáveis de vidro de 1 litro e de 1,25 litro,o popular “litrão”. Essas novas velhas em-balagens, que estão de visual renovado e in-

corporam anel de seguran-ça para facilitar o trans-porte, já marcam presençaem 4 000 pontos-de-ven-

estratégia

Retorno (re)forçadoda. O plano é estender a distribuição a7 000 lojas até o fim do ano. Agora, para re-forçar o leque de opções em retornáveis, acompanhia está lançando uma versão “ca-çula”, em garrafinha de vidro de 200ml.

Mix popularCom a novidade, a série de embalagens re-tornáveis da Coca-Cola agora é compostapor versões de 200ml, 290ml, 600ml (ven-dida só no Paraná), 1 litro e 1,25 litro. To-das as medidas têm versões light e com li-mão, seguindo a última novidade da com-panhia. Além delas, também continua emvidro a versão descartável de 237ml.

O alvo primário das versões retornáveisé o público de baixa renda, justamente omais suscetível ao apelo do preço baixo dosrefrigerantes regionais. Para a Coca-Cola, aligeira queda de vendas registrada nos últi-mos dois anos – período no qual sua parti-cipação de mercado desceu da média histó-rica de 50% – é conseqüência direta da que-da do poder aquisitivo das classes menosabastadas, que não têm comprado Coca-Cola unicamente devido ao preço inatingí-vel para seus orçamentos. “O objetivo é fa-

zer com que a marca seja acessí-vel a todos os consumidores”,afirma Cláudia Colaferro, direto-ra de marketing da Coca-Cola

OCoca-Cola aumenta aposta em retornáveis e lança versão de 200ml

FO

TO

S:

ST

UD

IO A

G

Série de Cocasretornáveis, com

a “caçulinha” (última à direita) já incorporada

Page 47: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

Brasil. “As embalagens retornáveis benefi-ciam diretamente a classe C, pois exigemum menor desembolso, uma vez que o con-sumidor, ao longo do tempo, vai pagar ape-nas pelo líquido”.

Na ponta do lápis, o preço menor conse-guido com as retornáveis é explicado demaneira simples. Ao possibilitarem váriosciclos de uso, as garrafas de vidro saembem mais em conta que as one-way de plás-tico, mesmo incluídos os custos com logís-tica e rinsagem dos recipientes, inerentes aosistema. Ademais, conforme explicitadopelo presidente da Coca-Cola Brasil, oamericano Brian Smith, numa reportagemna edição de setembro da revista Exame,da Editora Abril, também pesou a favordo incremento em retornáveis o fato de ovidro não sofrer, como acontece comas resinas plásticas e o alumínio daslatinhas, alterações de preço com oshumores do câmbio e da cotação dopetróleo. A instabilidade dessas va-riáveis, principalmente em 2002, abaloubastante as margens da Coca-Cola.

Prós e contrasPelo menos por ora essa conta vem fechan-do. O mix de “cocas populares” está che-gando ao mercado a um custo atraente: a re-tornável de 1 litro é vendida a um preço mé-dio de 99 centavos, e a versão de 1,25 litro,a 1,29 real. Já a caçulinha de 200ml será oque se costuma chamar no jargão industrialde “pocket money”, ou moeda de troco: irácustar 50 centavos.

Olhando à frente, é sabido que a Coca-Cola aposta que, com preços menores e

consumidores “repatriados”, o complicadonó da sua operação brasileira poderá ser

desatado. Apesar de ela ser a terceira emvolume de vendas no mundo, perdendo

apenas para Estados Unidos e México,ocupa apenas a 20a posição em lucrativi-

dade global. Por isso, a decisão pelas retor-náveis se fia no exemplo do México, segun-da operação mundial em volume de vendase também a segunda em retorno. Naquelepaís, 80% das embalagens são retornáveis.

“Cremos que esse retorno da Coca-Colaao vidro levará outras empresas do setor derefrigerantes a seguirem os passos da líderde mercado, migrando também para as em-balagens do material”, afirma Júlio Barbe-do, gerente comercial da Cisper, a fabrican-te dos novos vasilhames da multinacional.O profissional adianta que o setor vidreiro“tem capacidade e tecnologia para atender aum possível boom na demanda”.

Além das vidrarias, quem provavelmen-te também abrirá os braços para a volta empeso das retornáveis serão os distribuidores.Os cascos poderão funcionar como umaferramenta para reconquistar a fidelidadede bares e lanchonetes, abalada pelas ofer-tas do varejo. Esses pequenos estabeleci-mentos parecem não ser obstáculo para oavanço das retornáveis, pois eles geralmen-te possuem uma área de estoque para movi-mentar os vasilhames. Mas, e o auto-servi-ço? Dele, um sinal da cruz é bem provável.Procurada pela reportagem, a AssociaçãoBrasileira dos Supermercadistas (Abras)alegou que “não se pronuncia sobre deci-sões de fornecedores”. Resta esperar paraver o desenrolar dessa história.

Além do crescimento bancado pela Coca-Cola, o vidro vem se movimentando e ganhandoespaços em outros nichos de bebidas. A AmBev, por exemplo, vem se escorando em gar-rafas do material para pôr em prática sua estratégia de segmentação de produtos, lançan-do itens especialmente focados nas faixas A e B de consumidores. Como lembra Júlio Bar-bedo, gerente comercial da vidraria Cisper, “o primeiro passo nessa direção foi o lança-mento da Bohemia em garrafa de vidro long neck de 355ml”. Nessa apresentação, essacerveja é hoje vendida a um preço cerca de 20% maior que o da líder de mercado Skol.Logo depois, a companhia lançou a Bohemia escura de 500ml, em garrafa ornada à guisade um champanhe. Em seguida, veio a Skol Beats e sua inovadora garrafa long neck “re-torcida”, cerca de 20% mais cara do que a Bohemia e que já é um sucesso. Agora, a Am-Bev está novamente inovando ao relançar a cerveja Brahma Light em uma long neck âm-bar, em substituição à incolor, na qual a bebida era anteriormente comercializada. Trata-sede uma garrafa long neck modelo AmBev, com a palavra “Light” gravada em relevo.

Cisper(11) 6542-8000www.cisper.com.br

Lançamentos premium sorriem ao vidro

Retornável de200ml será“pocketmoney”

Page 48: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

diminuição dos juros no Bra-sil já repercutiu positivamenteem diferentes índices de con-sumo, mas a perspectiva de

retomada de fôlego da economia em curtoprazo continua disseminando ceticismona indústria de embalagens. Como outrossetores que lidam com bens de capital, aárea de equipamentos de enchimento paraprodutos líquidos e viscosos, que tem boaparte de seus negócios atrelada a linhas decrédito, é um exemplo de cautela quanto aprevisões cor-de-rosa. Apesar disso, sãoregistrados lançamentos, numa aposta dosfabricantes em um processo gradual decresimento econômico.

“A despeito de uma melhora que já sefaz perceptível, os índices de consumoainda não foram recuperados efetivamen-te”, diz Rogério Baldauf, diretor-comer-cial da Krones, uma das grandes empresasda área de equipamentos para linhas debebidas. “Também não se pode dizer quesurgiram, para o setor de máquinas indus-triais, novas linhas de financiamento queestimulem a renovação do parque instala-do”, ele completa. Sidnei Schilive, dire-tor-comercial da Masipack, outro nomeimportante da área de equipamentos paraenvase, reforça a tese de que os bons ven-tos não virão sem o respaldo da melhoradas vendas de seus clientes finais. “A que-da dos juros só acrescentará resultadospara o setor de enchedoras quando o vare-jo como um todo reagir”, analisa.

Mas a aversão a endividamentos emtempos de juros altos, ou mesmo ao risco

48 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

equipamentos

Ainda à espera

A

cambial inerente a empréstimos no exte-rior, não tem impedido o surgimento denovidades no setor de máquinas para en-vase de líquidos e bebidas. Sinalizandouma aposta na abertura de perspectivasmacroeconômicas mais amenas, os fabri-cantes desse tipo de equipamento não dei-xaram de lado o cronograma de lança-mentos. “Ainda estamos longe do ideal,mas precisamos nos preparar para quandoa queda dos juros for sentida pelo setor”,conta Júlio César Moleti, diretor da JHMMáquinas.

Longe da máquinaRecentemente a empresa lançou a Liqui-matic, equipamento anunciado como aprimeira envasadora nacional de líquidosque opera sob o princípio de bomba peris-táltica. “Trata-se de um processo de enva-se que permite que o líquido saia do tan-que de armazenagem e chegue até a em-balagem sem passar pela máquina”, defi-ne Moleti. Segundo ele, isso é possível

Setor de enchedoras vislumbra retomada só no médio prazo

Liquimatic, da JHM.Abaixo, detalhe dabomba peristáltica

Para o mercado de perfumes e cos-méticos, a Francesa PKB acaba delançar no Brasil um novo equipa-mento de envase, que atua comfrascos com capacidade entre 30mla 50ml, e também pode fazer o fe-chamento dos produtos. Batizada de

Cosmo, a máquina trabalha comuma grande variedade de produtos,incluindo óleos e produtos espu-mantes como cremes de barbearpara aerossóis e sprays. Para gerarassepsia aos processos, o equipa-mento é dotado de bombas cerâmi-

cas associadas a comportas demembranas, que dispensam articula-ções e oferecem uma configuraçãosem zona de retenção. A empresaafirma ainda que essas característi-cas resultam em diminuição doscustos do equipamento.

Alternativas européias ensaiam crescimento no Brasil

JHM(11) 4723-3744www.jhm.com.br

Krones(11) 4075-9504www.krones.com.br

Masipack(11) 4178-8099www.masipack.com.br

PKB(11) [email protected]

Promáquina(11) 3686-6722www.promaquina.com.br

Page 49: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 50: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

50 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

graças à utilização de um sistema de role-tes que gira sobre uma mangueira, empur-rando o líquido que está à sua frente e su-gando o que está atrás. Além de maior hi-giene, tal característica facilitaria a subs-tituição do produto a ser envasado. “Ouso de mangueiras diferentes dispensa alavagem do equipamento na hora de tro-car o produto a ser envasado”, justificaMoleti.

Na Krones, além de impulsionadaspela crença de que as políticas de finan-ciamento serão mais atraentes no ano quevem, diversas novidades têm surgido paraatender clientes com capital próprio. Den-tro de sua linha de enchedoras volumétri-cas para frascos de PET, a empresa re-centemente ampliou no mercadobrasileiro a oferta de alternativaspara envase de refrigerantes. Umdos destaques é o modelo VODM-PET, cujo enchimento se dá pormedidores de fluxo indutivos. Umaversão mais simples é a enchedoraVODM-OR, que não é dotada detanque de armazenamento. “O queune as duas soluções é a grande preci-são no enchimento”, conta RogérioBaldauf, diretor-comercial da Krones.

Tolerância zeroEm tempos de luta contra desperdíciose de crescentes preocupações quantoa vender os volumes prometidos, eassim não se sujeitar a reclamaçõesdos consumidores, envases precisosparecem ter se tornado um diferencialcompetitivo importante no mercado deenchedoras. Para produtos líquidos e pas-tosos acondicionados em embalagens fei-

tas de filmes termo-seláveis, laminadosou aluminizados, a Masipack vem ofere-cendo uma embaladora automática verti-cal cujo sistema de leitura de passo atra-vés de fotocélulas também promete erra-

dicação de erros. Batizado de MX400 LI, o equipamento foi lançado na

expectativa de que se consolide o con-ceito de stick para produtos como iogur-

tes, geléias, leites condensados e atémesmo cosméticos.

No mercado de enchedoras pornível, a busca por soluções maisconfiáveis e precisas também

tem resultado na oferta de novosequipamentos, e, apesar dos jurosainda altos, no fechamento de impor-tantes negócios. A Promáquina re-centemente instalou um modelo mo-nobloco de sua nova enchedora-tam-padora rotativa por nível na fábricade vinagres Castelo. Indicado paraoutros produtos não-carbonatados,como sucos e água sem gás, o novoequipamento da empresa opera comembalagens plásticas, metálicas e devidro, além de contar com bicos deenchimento específicos para cada

tipo de produto.Se a situação econômica do país ainda

inspira prudência frente a fechamento definanciamentos, os lançamentos do mer-cado de equipamentos de envase para be-bidas e outros produtos líquidos servempara lembrar que o setor produtivo, comosempre, precisa encontrar caminhos paradriblar os revezes nas vendas e os suces-sivos períodos de instabilidade. Comodeclarou um dos entrevistados, que prefe-re abrir mão da autoria do trocadilho, épreciso encher o cliente de argumentos devenda, para não correr o risco de envasarprejuízos.

MX 400 LI, daMasipack: de olho

nos sticks

Modelo monobloco daPromáquina: nova

aquisição da Castelo

VODM-PET, daKrones: precisão nosníveis de enchimento

Page 51: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 52: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

52 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

ais de 10 mil visitantes, maisde 400 marcas apresentadaspor 61 produtores e fornece-dores. Com esses resultados, a

I Expocachaça – Exposição Internacionalda Cachaça, realizada em São Paulo, de 18a 21 de setembro, foi considerada um su-cesso pelos expositores e pela empresa or-ganizadora, a PR Eventos. Do ponto de vis-ta da perspectiva de negócios a curto prazo,estimada em aproximadamente 18 milhõesde reais, o evento sem dúvida teve êxito.

Sob o ângulo da inovação em embala-gens e adição de valor aos produtos expos-tos, o que se viu foi pouco. Na verdade, noâmbito da feira, foi feito um único anúnciode lançamento em garrafa diferenciada,mesmo assim de um protótipo, não estandoainda pronta para comercialização. Porém,aproveitando o clima da Expo Cachaça,ocorreram na época lançamentos “porfora”, inclusive o da anunciada garrafa pa-drão criada especialmente pela Saint-Go-bain Embalagens para a bebida. Por repre-sentarem um bom volume em período

cachaças

ST

UD

IO A

G

MEmbora ainda sejam poucos, produtores percebem importância da embal

pouco superior a trinta dias, essas iniciati-vas podem indicar uma tendência entre osprodutores de cachaça de investir em emba-lagens mais adequadas à imagem que afir-mam querer consolidar para a bebida. Essesdestaques são apresentados a seguir.

O único caminhoDecidido a adicionar valor à cachaça pro-duzida desde 1924 para presentear amigos(e para consumo próprio) por seu avô, umimigrante italiano que fundou a FazendaMuzambinho, no município mineiro demesmo nome, Eduardo Galante seguiu oúnico caminho viável: modernizou as insta-lações da fábrica, estabeleceu rígidos pa-drões de qualidade para o produto e capri-chou na embalagem.

Primeiro, transformou o antigo alambi-que de cobre da fazenda, aquecido comfogo de lenha, tipo “ rabo quente” numequipamento moderno, dotado de serpenti-na de aquecimento. Em seguida comproumais três, de mesmo padrão, e instalou umacaldeira para suprir calor a todos. “Comisso, o aquecimento tornou-se estável e oproduto obtido, regular”, ele conta. Com-plementou essas providências utilizandocanas colhidas em épocas corretas e dotan-do o laboratório de controle de qualidade deequipamentos de ponta.

Galante importou da Escócia 100 tonéisde carvalho de 200 litros (“cartolas”), ondeenvelhece por quatro anos o produto, queleva a marca Empório Muzambinho, varie-dade Ouro. “Consegui uma bebida que seinclui entre as de melhor qualidade e ade-quada para comercializar como top de li-nha”, ele diz. Para completar, Galante enco-mendou à Cristaleria Guanabara uma garra-fa de formato exclusivo, de 700ml, comtampa de rosca metálica da Altec. A garrafaé acondicionada numa caixa de papelãomicro-ondulado revestido com papel cou-

Muzambinho:adição devalor pelaembalagem

Nas exceções, uma

Page 53: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

ché brilhante, produzida pela Congraf, quefez também os rótulos.

Além da Ouro, cujo volume anual deprodução é de 20 mil litros, a empresa pro-duz a Muzambinho Prata, num total de 200mil litros, acondicionados em garrafas stan-dard, de 700ml, da Vidroporto. As tampassão da Altec, e os rótulos, da Congraf.

Coisa fina mesmoPara valorizar a marca Velho Barreiro, oGrupo Tatuzinho levou ao pé da letra seuantigo slogan: “Até a garrafa é coisa fina”.Lançou a Velho Barreiro Ouro Edição Es-pecial, envelhecida 10 anos e limitada a 30mil unidades. A fim de marcar a chegada do

a gem para valorizar a marca

VelhoBarreiroGold: garrafade vidro combanho deouro, comose usa emcosméticos

DIV

ULG

ÃO

tendência

Page 54: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

54 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

produto ao mercado, o Grupoutilizou uma embalagem devidro com banho de ouro, pro-cesso de tratamento utiliza-do pela indústria cosmé-tica em frascos e potes.

A criação da embala-gem, uma garrafa de vi-dro no tradicional for-mato da Velho Barreirofornecida pela Cisper,foi desenvolvida interna-mente, cabendo o pro-cesso de metalização àMega Plast. O douradoda garrafa vaza nas áreastransparentes do rótuloda Novelprint, dando aimpressão de que tam-bém é metalizado. Agar-rafa tem um atraente esto-jo de PET, produzido pela IVEP – Indústriade Vanguarda de Embalagens Promocio-nais, de Penápolis (SP).

O C.E.O. do Grupo Tatuzinho, CesarRosa, conta que a empresa adotou em rela-ção à Ouro 10 anos o mesmo procedimentodos fabricantes escoceses de uísque: pa-ciência para esperar a maturação de umbom produto. “Manter aguardente estocadaexige tempo e muito capital, mas o resulta-do final é um produto refinado que vale apena”, diz. Segundo Rosa, a preocupaçãoem desenvolver produtos de qualidade visanão só agregar valor às marcas do GrupoTatuzinho, mas também abrir novos espa-ços no mercado externo, que hoje respondepor 4% de suas vendas.

Caipirinha para estrangeiroConscientes de que, no fundo, o hoje tãodecantado interesse de consumidores es-trangeiros pela cachaça reside sobretudono gosto pela caipirinha, os diretores daBBL – Brazilian Beverages & Liquor, cria-ram uma marca que procura associar a in-dicação da bebida para o preparo desse e deoutros drinques com a região de origem,Piracicaba, no interior de São Paulo. Assimnasceu a Caipipira, produzida na FazendaCapuava, onde os proprietários, tambémdiretores da BBL, plantam cana e produ-zem cachaça desde 1887. O lançamento do

produto foi programadopara a Anuga, maior feira

mundial de alimentos ebebidas, realizada naAlemanha a partir dodia 8 de outubro.

Acondicionadanuma garrafa de vi-dro da Saint-GobainEmbalagens, comtampa metálica derosca da Altec, a em-balagem tem rótu losde polipropilenotransparente, tipo no-label look, fornecidopela Prodesmaq. Acriação do rótulo é dodesigner Luís Bujan.

A marca da bebidaaparece em destaque naposição vertical, e a

transparência do rótulo permite a visualiza-ção, com “efeito lupa”, de outras frutas bra-sileiras e estrangeiras, além de limão, com asquais podem ser preparados drinques utili-zando a Caipipira: caju, carambola, maracu-já, cereja, morango e pêssego. Segundo CaioGudmon, diretor da BBL, sondagens demercado feitas por parceiros da empresa empaíses europeus indicaram boas possibilida-des de aceitação para um produto com as in-discutíveis características de polivalência nopreparo de drinques com frutas, como a ca-chaça. “Nesse aspecto, a bebida típica nacio-nal é imbatível, e o nosso produto tem tudopara dar certo lá fora e aqui dentro também”,ele aposta.

Altec(11) [email protected]

Congraf(11) 5563-3466www.congraf.com.br

Cristaleria Guanabara(21) 3351-7394

IVEP(11) 6463-3368(18) 652-2875www.ivep.com.br

Luís Bujan(11) 5614-7234

Mega Plast(11) 3621-4599www.megaplast.com.br

Novelprint(11) 3768-4111 www.novelprint.com.br

Saint-Gobain(11) 3874-7211www.sgembalagens.com.br

Saverglass+ 35 1 21 924 80 [email protected]

Vidroporto(19) 3581-1999www.vidroporto.com.br

Estão prontos para fornecimento os doismodelos standard de garrafas de vidro des-tinados a substituir os recipientes retorná-veis de cerveja de 600ml atualmente utiliza-dos por grande número de pequenos produ-tores de cachaça. Como observa André Li-berali, gerente comercial da Saint-GobainEmbalagens, empresa criadora da garrafa,que poderá ser produzida também pelas vi-drarias brasileiras, o novo recipiente man-tém o formato tradicional quanto à altura eao diâmetro da atual garrafa de cerveja, masinova nas opções de cores (branca, verde eâmbar) e de fechamento (rosca e coroa).

Caipipira: paradrinques, rótulo no-label look

FO

TO

S:S

TU

DIO

AG

De 600ml, só para cachaça

Page 55: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 56: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

56 – EMBALAGEMMARCA • out 200356 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

m resposta àqueles que afir-mam ser a cachaça um “ele-mento desagregador”, EMBA-LAGEMMARCA decidiu demons-

trar na prática que a bebida pode ser, justa-mente, um instrumento de integração – nocaso, de diferentes elos da cadeia de emba-lagem. Para isso, ao ser convidada a parti-cipar de uma iniciativa promocional daProdesmaq, uma das maiores convertedo-ras de rótulos auto-adesivos, a revista pro-pôs que a ação – o lançamento de uma ca-

A cachaça que une

EAção integrada de nove empresas reforça conceito de valor agregado

chaça como instrumento de reforço doconceito da importância da adição de valora essa categoria de produto – se transfor-masse em oportunidade para a participa-ção do vários parceiros.

Assim nasceu, em tempo recorde, e foiapresentada no estande da revista na ExpoCachaça, realizada de 18 a 21 de setembrono ITM Expo, em São Paulo, uma bebidacom a marca conceitual, fictícia, “BrasilCachaça”, como umbrella brand de nadamenos que oito empresas, além de EMBA-LAGEMMARCA. (ver a Ficha Técnica).

Seis sentidosComo está explicado no estojo em que vaia garrafa, o objetivo da iniciativa foi pro-mover a cachaça brasileira de qualidade e,ao mesmo tempo, demonstrar que a emba-lagem e seus complementos adicionam va-lor aos produtos, tornando-se um fator deatração de potenciais consumidores noponto-de-venda e de fortalecimento daimagem de marca.

O que se pretendeu foi explorar da me-lhor forma os sentidos do consumidor, acomeçar pela visão, com os apelos do for-mato e das cores do estojo, do perfil dagarrafa, do visual dos rótulos, da tampametálica e do tom dourado e atraente dabebida. O sentido do tato é estimuladopelo acabamento do estojo, pela pega dagarrafa e pela textura acetinada do rótulo.Ao retirar a tampa da garrafa, o consumi-dor pode sentir o aroma especial e suavede uma cachaça de pura cana-de-açúcar,destilada pela BBL – Brazilian Beverages& Liquor e envelhecida por dois anos nasadegas de sua centenária Fazenda Capua-va, de Piracicaba, no Estado de São Paulo.

O texto do estojo, que procura a sinto-nia com o tom institucional utilizado nasembalagens de bebidas, finaliza com umareferência aos demais sentidos: “Nessaviagem de prazer, você vai poder ouvir o

promoção

ST

UD

IO A

G

Page 57: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

som único da bebida ‘cantando’ ao sair dogargalo e se acomodando no cálice. E, aobebê-la, além de pôr em campo o paladar,você satisfará um sexto sentido, que ne-nhum animal além do ser humano possui:a consciência do que está desfrutando.”

Pela reação do público que degustou abebida no estande da revista na Expo Ca-chaça, o produto e seu sistema de embala-gem teriam tudo para ser um hit de vendas,não tivessem sido feitos em “edição limi-

tada”, puramente promocional.Ao coordenar a ação promocional, EM-

BALAGEMMARCA procurou, mais uma vez,ir além de sua Missão Editorial, que é su-prir os profissionais da cadeia de embala-gem com informações úteis. Como temfeito em outras oportunidades, a revista secolocou, nesta ação, como instrumentotambém material de integração dos dife-rentes elos da cadeia de embalagem. É poressa e outras razões que seu slogan é“Mais que uma revista”.

FICHA TÉCNICAAdesivos ..................................................................................... Avery Dennison (19) 3876-7424

Cachaça....................................................................................... BBL – Brazilian Beverages & Liquor (19) 3421-4268

Garrafa de vidro 750ml .............................................................. Saint-Gobain Embalagens (11) 3874-7482

Impressão dos estojos .............................................................. Embalagem Carton Pack (51) 559-3900

Projeto visual dos rótulos e do estojo..................................... Packing Design (11) 3168-9195

Papel couché Image Label (rótulo) e papel cartão

Acácia Art Royal textura Skin 350g/m2 (estojo) ..................... Ripasa S/A Celulose e Papel (11) 3491-5212

Rótulos auto-adesivos e rotuladora......................................... Prodesmaq (19) 3876-9300

Tampas e máquina recravadora ............................................... Altec Tampas (11) 6422-0143

Coordenação .............................................................................. EMBALAGEMMARCA (11) 5181-6533

Page 58: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

58 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

Lançamentos da MocinhaJá estão nos supermercados os doisnovos lançamentos da Nestlé:Moça Fiesta, nos sabores framboe-sa e torta de limão, e MocinhaMini. As latas de Moça Fiesta, pro-duzidas pela Rojek, trazem estam-pas com cores vibrantes. Para acaixa de papel cartão de MocinhaFiesta, produzidas pela Ibratec, fo-ram criados dois persona-gens: o ícone da mocinhaem versão infantil e seuamiguinho. Os flow packsde alumínio de 15g são pro-duzidos pela Alcan Packa-ging. O design das embala-gens é da Pandesign.

Cisne lança sal líquidoA Refinaria Nacional

de Sal, proprietária da

marca de sal Cisne,

lançou o Cisne Líqui-

do, único sal em

spray do País. O

produto é distribuí-

do em embalagem

de 250ml, o equiva-

lente a 2500 porções.

A embalagem foi de-

senvolvida pela Ofi-

cina d’ Design, o

molde é da Formol-

de, o frasco de PP

é da Vidraço e o

sleever de BOPP

da Propack.

Borboletas e flores ilustramlata de Omo Cores Referencial de qualidade eúnico detergente em pódesenvolvido para roupascoloridas, Omo Cores lan-ça, a partir de outubro, emtodo o Brasil, uma ediçãoespecial e limitada de latase embalagem ilustradascom obras de Romero Brit-to, o mais bem-sucedidopintor brasileiro no exterior. A edição limitada de OmoCores by Romero Brittocontará com dois modeloscolecionáveis de latas re-dondas e uma embalagem

decorada, disponíveis nasversões 1 kg e 500g. Alémde estampar suas obrasnas embalagens, RomeroBritto estilizou o logotipode Omo. A edição limitadado produto traz ilustraçõesde animais, flores e cora-ções com cores vivas, umacaracterística do artista,que tem sinergia com oproduto, desenvolvido paraa lavagem de roupas colo-ridas. As embalagens deaço são fabricadas pelaMetalgráfica Itaquá.

Gatorade agora em lata

A AmBev acaba de lançar o isotônico Gatorade em lata

de alumínio, produzida pela Latasa. A nova embalagem

da bebida tem 340ml e está disponível no sabor tange-

rina. Rio de Janeiro, Recife e Curitiba serão as primei-

ras cidades a receber a nova opção de embalagem.

O layout da lata foi desenvolvido no Brasil pela Usina

do Desenho em parceria com a equipe de marketing de

Gatorade e será utilizada em toda a América Latina.

Com a aparência de suada, a embalagem traz, abaixo

da logomarca, as palavras “reidrata, repõe e reabaste-

ce”. Gatorade também está disponível no mercado nas

embalagens de vidro (473ml) e Sport Bottle (591ml).

Page 59: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

Del Valle em embalagem numeradaA Sucos Del Valle coloca no mercadosua primeira “Safra Especial”, no sa-bor mix laranja com mel. A grandenovidade fica por conta das embala-gens: pela primeira vez as caixas deum litro da Tetra Pak são numeradas.

A tiragem é limitada: 294 mil embala-gens. É a primeira vez no mundoque a Tetra Pak numera suas emba-lagens. O produto também está dis-ponível em latas de 335ml da CrownCork. O design é da Packing.

A MelhoramentosPapéis modificou asembalagens de todasua linha de produ-tos (papel higiênicoFofura e Sublime,toalhas de papelKitchen, guardana-pos Lips e Kitchen elenços de papelSofty`s), visando fa-cilitar para o consu-midor a associaçãoentre produto e fa-bricante. Nas novasembalagens o nomeda empresa é im-presso em tamanhomaior, o que dámais visibilidade àmarca. Outra novi-dade é a inserçãode um selo queconfere ao produto

a característica deecologicamente cor-reto. As embala-gens são pioneirastambém na adoçãodo sistema de aber-tura Abre-Fácil (fiti-lho vermelho queenvolve a embala-gem). A agênciaque coordenou todaa criação e produ-ção das novas em-balagens da linhade produtos da Me-lhoramentos é aSPOK Design. Osfornecedores dasembalagens flexí-veis são a Zara-plast, a Regmar e aMazda e dos cartu-chos a Boxprint e aEmibra.

MELHORAMENTOS TEM NOVAS EMBALAGENS

Page 60: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

60 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

A M Design criou as novasembalagens da linha Assolan.A comunicação visual feitapela agência atingiu a lã deaço, as esponjas e os panos.Os códigos de cor tradicio-nais – amarelo e vermelho –foram mantidos, e novos tra-ços propiciaram renovação

para a assinatura da marca.Juntamente com o slogan“Casa Limpa”, aparece nanova embalagem um ícone deuma casa vermelha acompa-nhada de uma seta, que indi-ca movimento. A logomarcafoi redesenhado e ganhounova tipologia e inclinação.

Novas embalagens Assolan

Hikari tem embalagens metalizadas A Hikari está ampliando sua li-nha de Misturas para Bolo como lançamento de três novos sa-bores: Cenoura, Limão e Bauni-lha. As novas embalagens me-talizadas apresentam formatoretangular e um novo layoutque destaca o produto nagôndola. Cada sabor é identifi-cado mais facilmente, com asmatérias-primas aplicadas aofundo. Em primeiro plano, odestaque é a foto de uma fa-tia de bolo, seguida do logoda Hikari e de um splash sobreas características do produto.No verso, o modo de preparotem o passo tem o passo apasso ilustrado e receitas decoberturas.As embalagens são fabricadasem BOPP e PE metalizado pelaShellmar Embalagens, com la-yout da Pilon Comunicações.

Rígidos e flexíveis ao mesmo tempoPara reforçar o apeloem gôndola e dar maiorpraticidade aos consu-midores, a Nutrimentalestá mudando a apre-sentação de sua Fari-nha Láctea e de seumingau infantil Nutrilon.Os produtos, apresenta-dos em potes plásticosda catarinense Forza,estão ganhando emba-lagens-refil, na forma de

flow packs, convertidaspela Zaraplast. SegundoAdriana Sutile, gerentede produto da Nutrimen-tal, os potes são bemaceitos pelos consumi-dores, que os conside-ram higiênicos, segurose possíveis de seremreaproveitados. “Maspor serem produtos deconsumo diário, a rotati-vidade é muito grande,

e alguns consumidores,principalmente as mães,acham mais prática aversão refil”, ela diz. Osrótulos dos produtos,fornecidos pela para-naense Ingra, tambémmudaram. Eles agoraestão mais lúdicos e co-loridos. O projeto de redesenhovisual ficou a cargo daKomatsu Design.

TRADIÇÃO EM SACHÊS E FLOW PACKSO tradicional fermento biológico

Fleischmann tem novidades para

ampliar sua visibilidade nos pon-

tos-de-venda. São novas embala-

gens, assina-

das pela

Haus Design,

que desta-

cam a tradi-

ção da marca, além de variadas re-

ceitas culinárias em seu verso. O

produto é encontrado em duas

versões: a seca instantânea, ven-

dida em sachês embalados a vá-

cuo, e a fresca, em tabletes, co-

mercializada em flow packs. As

embalagens são convertidas pela

Santa Rosa.

Page 61: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

Revitalizada e estendidaA tradicional marca Leite de Rosas,que irá completar 75 anos em 2004,está pondo em prática um projeto derevitalização de sua identidade vi-sual, num trabalho assinado pela DIAComunicação de Marketing. Foramdesenvolvidas embalagens seguindovárias linhas criativas, testadas empesquisas qualitativas. As escolhidastrazem uma modernização significati-va em relação às antigas, com traçosmais femininos e sofisticados. Para-lelamente, a renovação é também omote para o lançamento de trêsversões de desodorante com achancela Leite de Rosas: Ae-rossol, Roll-On eCreme. O Aeros-

sol, de 165ml, é vendido em tubometálico da Tubocap, com tampa da Mecaplastic e válvula da Válvulade Precisão. Já o Roll-On, de 50ml,tem frasco, tampa e esfera da Glo-balpack. Por sua vez, o Creme tempote de 55g e tampa da Tecmax.Itens mais conhecidos da linha, o Hi-dratante Corporal e o Hidratante Fa-cial para pele mista e oleosa têmfrascos e tampas da Oxyplas, en-quanto o Hidratante Facial para pelenormal e seca tem pote com tampada Megaplast. Os rótulos e contra-ró-tulos de todos os produtos, exce-

tuando a versão aerossol,são da fluminenseMakton.

DOIS TIPOS DE EMBALAGENS PARA CEREAISTrês anos após sua chegada ao Bra-sil, a Gerber amplia sua oferta deprodutos com o lançamento de linhade cereais infantis: os preparadosinstantâneos Farinha Láctea, Arroz eArroz com Banana. Fabricados pela All Brands, no Pa-raná, os cereais chegam aos pontos-de-venda em duas versões de emba-lagem: lata e bag. En-quanto as latas estarãodisponíveis para todosos mercados e canais,o bag terá distribuiçãoconcentrada no peque-no varejo e um preçomais baixo. A FarinhaLáctea Gerber poderáser encontrada em lata

de 400g e os cereais de Arroz e Ar-roz com Banana, em latas de 225g.Os bags serão de 200g, nos sabo-res de Arroz e Arroz com Banana, ede 300g para a Farinha Láctea. As latas são fabricadas pela Sono-co, os bags pela Shellmar, e os rótu-los pela Gráfica 43.

Page 62: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

Com cartão...A Novelprint acaba de entrar parao grupo de empresas cadastradasno programa do Cartão BNDES,que amplia as possibilidades paramicro, pequenas e médias empre-sas terem acesso a crédito rápidoe barato com recursos do BNDES.

...máquinas à mãoCom isso, a empresa quer refor-çar as vendas de suas aplicadorasde rótulos auto-adesivos Novel-Tech. As compras realizadas como Cartão podem ser parceladasem 12 vezes iguais, com atraentetaxa de juros (em setembro, erade 1,64% ao mês). Maiores deta-lhes: (11) 3768-4111 ou emwww.novelprint.com.br.

Seguimento 1Em continuidade ao que já acon-tecera com sua fábrica de Vinhe-do (SP), a Coim Brasil recebeu ofi-cialmente o certificado ISO9001:2000 para sua unidade deNovo Hamburgo (RS). A empresajá se prepara para obter a ISO14000 no início de 2004.

Seguimento 2Quem também conquistou o certi-ficado é a Mecalor, indústria deSistemas de Água Gelada e Proje-tos para Ensaios Climáticos. Aempresa recebeu o ISO9000:2000. Em 1997, a Mecalorobtivera a ISO 9001.

Recém-nascidaFlex Label é o nome da mais novafornecedora de soluções auto-adesivas. A empresa informa tra-balhar com diversos materiais,entre eles BOPP e papéis couché,e baseia suas impressões em let-terpress 6 cores e 4 cores plana.Maiores informações podem serconseguidas pelo telefone(11) 6606-2399 ou peloe-mail [email protected].

62 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

Na temperaturacertaCom um conceito econômico, o Mi-nichiller Acqualine é a novidade daYork para o resfriamento contínuode moldes usados na fabricação deembalagens por sopro ou extrusão.O equipamento, que opera sozinhoatravés de resfriamento ultra-rápidocom água gelada, é acoplado dire-tamente às linhas de produção deembalagens e, segundo a York, ga-rante economia com energia elétricapor trabalhar com compressor Scroll.Ele possui, ainda, controle micro-processado com alarme de falhas di-versas, controle de pressão de con-densação e indicação digital dasfunções, entre outras características.O Minichiller está disponível nas ca-pacidades de 7,5TR e 10TR.(11) 3837-6700www.yorkbrasil.com.br

Forte apelo para pequenas produçõesAproveitando a ocasião da 1a edição

da Expo Cachaça, realizada de 18 a 21

de setembro em São Paulo, a E-Pa-

cking/ Bauch & Campos apresentou

seu mais novo lançamento, a Rottec

Semi-Automática. Trata-se de uma

aplicadora de rótulos e contra-rótulos

auto-adesivos para garrafas de 8mm a

80mm de diâmetro. Compacto, o equi-

pamento tem forte apelo para peque-

nas produções. Sua capacidade máxi-

ma de aplicação é de até 800 unida-

des por hora. O estande da empresa

ainda destacou o sistema de envase

Milli M-20, do Grupo Realiza, ideal

para o envase de pequenos volumes

com precisão e limpeza na operação.

(11) 4781-2359www.epackinggroup.com

Aço em portal reformuladoTradicional provedora de embalagensde aço, a Prada acaba de reformularo seu web site. Agora, o portal corpo-rativo da internet da empresa ofereceao visitante dois caminhos: produtosquímicos ou alimentos. Desse modo,as embalagens específicas para cadaaplicação são apresentadas separa-damente. O portal também ganhouconteúdo: histórias da empresa e daprópria lata de aço, uma área institu-cional que expõe as políticas de qua-lidade e de distribuição e até umabrincadeira interativa, para o internau-ta desenhar um esboço de embala-gem. Uma newsletter com notícias dosetor e de empresas clientes estáprevista para ser inaugurada em bre-ve. Mais adiante, a Prada pretendeinstalar um sistema de e-commercedentro do site.www.prada.com.br

Page 63: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

Destaque com efeitos peroladosEm consonância com a tendência deuso de cores fortes em embalagensdos mais variados produtos no Brasil ena Europa, a Cebal Brasil está lançan-do novas opções de cores peroladaspara suas bisnagas plásticas. A em-presa desenvolveu pigmentos que,quando aplicados ao processo de ex-trusão das embalagens, resultam emcores peroladas, de vigoroso impactovisual. Conforme explica Valdivo Be-galli Jr., gerente de marketing da Ce-bal Brasil, as novas cores podem seraplicadas em todos os tubos plásticos

produzidos pela empresa, sejam monoou multicamadas. (11) 4723-4700www.cebalbrasil.com.br

Aplicadora com perfil versátilLampo é o nome do novo sistemade impressão e aplicação de etique-tas auto-adesivas da italiana Cicres-pi que a Comprint está trazendo aoBrasil. De acordo com a representa-

ção, trata-se de um equipamento queoferece alta qualidade de impressãoe velocidade de aplicação para mar-car, codificar e rotular embalagens,com um baixo custo de investimento.É especialmente indicado para linhasde produção de pequenas e médiasvelocidades. Há duas versões deoperação: a estática, que aplica eti-quetas através de um sopro de ar,com o objeto parado, e a dinâmica,que pode realizar aplicações em ve-locidades mais rápidas, com o produ-to em movimento, através de umbraço aplicador.(11) 3371-3371 • www.comprint.com.br

Para sacolas não virarem malasA Brademaq está apresentando ao

mercado o acessório Parch, para a

produção de sacolas plásticas com

alças reforçadas em máquinas de

corte e solda. Além de fortalecer as

sacolas, através de um reforço in-

terno nas alças, o acessório

permite economizar matéria-

prima. O consumidor, por

sua vez, ganha sacolas mais

práticas e resistentes. Se-

gundo a Brademaq, o Parch

é uma tecnologia difundida

na Europa e nos Estados

Unidos, e já vem sendo im-

plementada em países sul-

americanos. O acessório pode ser

adaptado a qualquer máquina de

corte e solda, nacional ou importa-

da, com fácil instalação.

(11) 4427-4823www.brademaq.com.br

Page 64: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003
Page 65: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

Movimentações no mercado de ribbonsConvertedora e fabricante de fitas

para impressão por transferência tér-

mica, também conhecidas como rib-

bons, a IImak Brasil oficializou a com-

pra da Seal Eletrônica. Sediada em

Manaus (AM), a nova empresa do

grupo IImak passará a dedicar-se ao

segmento de integração de soluções,

deixando de atuar como convertedora

e distribuidora de ribbons. O diretor

comercial da IImak Brasil, Marcos

Mendes, afirma que a aquisição con-

solida a posição da empresa como lí-

der do mercado de ribbons na Améri-

ca do Sul. “Aumentaremos nossa ca-

pacidade de produção e nossa flexibi-

lidade nas negociações”, diz Mendes.

“O produto Seal será oferecido agora

com o padrão de atendimento e a efi-

ciência logística da IIMAK”, completa.

www.iimak.com.br(21) 2493-3060

Tudo (ou quase) sobre coresPara resolver problemas de incom-

patibilidade da cor impressa com a

cor previamente aprovada no moni-

tor do computador, a Editora J.J.

Carol acaba de lançar uma coleção

de livros acompanhada de um CD

com mais de 300 000 combinações

e tabelas de cores. Segundo a em-

Nacionalização em vistaA Windmoeller & Hoelscher do Bra-

sil aproveitou o Seminário de Flexo-

grafia, realizado pela Abflexo entre

os últimos dias 11 e 13 de setem-

bro, para divulgar o início da fabri-

cação no Brasil de alguns modelos

de impressoras que atualmente são

importados e distribuídos pela em-

presa. Segundo comunicado, a na-

cionalização visa à redução de cus-

tos e à ampliação de programas de

financiamento entre seus clientes.

Uma das impressoras que serão

fabricadas no Brasil é a Primaflex

CM, máquina que opera em oito

cores, possui troca rápida de

camisas e é destinada a bandas

média e estreita.

www.wuhdobrasil.com.br (11) 4066-7800

presa, o produto segue as normas

internacionais ISO 12647 e ISO

2846, que dispõem sobre a diferen-

ça entre as cores da tela e as co-

res impressas em processos como

flexografia, rotogravura e off-set

plana e rotativa. Seis volumes de-

verão compor a coleção, mas, por

enquanto, só dois foram lançados:

Offset Plana 1 (em papel couché) e

Offset Plana 2 (em papel cartão).

Além das tradicionais escalas de

cores, o material apresenta dezes-

seis cores especiais, diversos tons

pastéis, tons de cabelo, tons de

pele, entre outros tópicos freqüen-

tes no dia-a-dia das agências e

gráficas.

www.truecolorsytem.com.br(11) 3871-1888

Page 66: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

AlmanaqueMasculina e femininaAo contrário do que muitos podem pen-sar, a globalizada marca LU de biscoi-tos, trazida ao Brasil há pouco tempopela Danone, não é o nome ou o apelidode uma mulher. Na verdade, faz mençãoa um casal, os franceses Jean-RomainLefévre e Isabelle Utile, cujos biscoitos,vendidos numa confeitaria aberta em1846 na cidade de Nantes, ganharamfama de finas iguarias. LU é a junçãodas iniciais de seus sobrenomes.

Futebolistas e outros atletas brasi-leiros que hoje ganham fortunas

posando como garotos-propagan-da têm uma espécie de patrono no

craque que imortalizou uma dasmais belas jogadas do futebol: a

bicicleta. A “pedalada” no ar se tor-nou a marca registrada do centroa-vante Leônidas da Silva, considera-do o primeiro grande ídolo do fute-bol brasileiro. Costumava-se dizerque, nos anos quarenta, somentetrês pessoas eram capazes de reu-nir multidões no país: Getúlio Var-

gas, o cantor Orlando Silva e opróprio Leônidas. O apelido “Dia-mante Negro”, ganho pelo atacan-te, virou marca de cigarros, de ba-las, de um relógio e do chocolateque até hoje tem forte apelo de

vendas. Pelo contrato com a Lacta,o craque recebeu a então polpudasoma de 3 contos de réis. Foi umdos primeiros futebolistas a ter au-tomóvel no país. No último dia 6de setembro, internado com Mal

de Alzheimer numa clínica geriátri-ca próxima à capital paulista (cus-teada por um de seus ex-clubes, oSão Paulo, registre-se, dada a rari-dade do gesto), Leônidas comple-

tou 90 anos de idade.

Futebol emerchandising

Histórico tônico barriga-verdeOs xaropes fortificantes merecem uma página especial nos percalços da in-dústria farmacêutica brasileira. Um deles, o Sadol, lançado em 1924 pelo La-boratório Boettger e depois repassado ao Laboratório Catarinense, que o co-mercializa com sucesso até hoje, possui uma história das mais ricas. Com aajuda do fabricante, contamos aqui alguns dos episódios da vida do produto.

Por muito tempo o Sadol foi comercializado em frasco de vidro. E não à toa,já que o Laboratório Catarinense possuía uma vidraria própria. Todavia, NeyOsvaldo Silva Filho, presidente da farmacêutica, recebeu uma notícia ruimno fim dos anos 70. Ao visitar a subsidiária de uma grande vidraria estran-geira para propor uma parceria tecnológica, descobriu que sua vidraria esta-va bem ultrapassada. Não valeria a pena mantê-la funcionando. Curiosamen-te, o diretor da vidraria multinacional lhe sugeriu que, em vez de injetar ca-

pital na atualização das linhas de vidro, com-prasse máquinas injetoras para fabricar embala-

gens plásticas. Assim nasceu, em 1982, a ABPlast, braço do Laboratório Catarinense queproduz os frascos plásticos com o mesmo de-senho dos originais de vidro que, desde en-tão, acondicionam o Sadol.

Curioso conselho amigo

Postulante misteriosoHá cerca de 40 anos, em época de campanha eleitoral, a população de ummunicípio do interior do Paraná começou a se preocupar com um misterio-so candidato, surgido do nada. Na verdade, tudo não passou de uma confu-são. Com a profusão de santinhos dos candidatos e partidos políticose de inscrições em muros, porteiras e pedras, o povo pen-sou que o slogan publicitário “Tome Sadol”,inscrito em rochas, aludisse a umcerto postulante de nome “ToméSadol”. Até descobrirem a verdade,os candidatos de verdade chegaramaté a discutir estratégias para competircom o tal “Tomé”...

66 – EMBALAGEMMARCA • out 2003

Page 67: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003

1930SIG Combibloc é

a primeira fornecedoraeuropéia deembalagens

cartonadas parabebidas (Perga)

1962SIG Combibloc

introduz a primeiraembalagem

cartonada pré-formada

(Blocpak)

1985SIG Combibloc

envasa os primeirosprodutos alimentícios

com pedaços emembalagens

cartonadas assépticas

1993SIG Combibloc

introduz a primeiratampa paraembalagens

cartonadas assépticas(combiTop)

2003SIG Combibloc é a

primeira a darforma exclusiva às

embalagens cartonadas

(combishape)

SIG Combibloc – Eras sideraisna tecnologia de embalagem

1978SIG Combibloc

introduz a primeiramáquina de envase

asséptica, de alta produção, com

capacidade para 10.000 embalagens/hora

SIG Combibloc do Brasil Ltda Rua Iguatemi, 192 - cj. 1401451-010 – São Paulo – SPTel. +55 (11) 31 68 40 29Fax +55 (11) 31 68 40 18www.sigcombibloc.com

Como uma das líderes mundiais na fabricação de embalagens cartonadas assépticas, há décadas estabelecemos, continuamente, padrões através das nossas soluções em embalagem. Uma nova era sideral se inicia com a inovadora embalagem cartonada combishape, que oferece uma diversidade de formas exclusivas e quase ilimitadas. Com ela nasce uma nova estrela no universo das embalagens, criando possibilidades e oportunidades de mercado totalmente novas. Confira você mesmo: www.sigcombibloc.com

SIG Combibloc

Page 68: Revista EmbalagemMarca 050 - Outubro 2003