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Revista do CRF-BA Nº 06

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Revista do CRF-BA Nº 06

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apresentação

DIRETORIADIRETORIADIRETORIADIRETORIADIRETORIA

DrDrDrDrDr. Altamiro José dos Santos. Altamiro José dos Santos. Altamiro José dos Santos. Altamiro José dos Santos. Altamiro José dos Santos - Presidente

DrDrDrDrDr. Eustáquio Linhares Borges. Eustáquio Linhares Borges. Eustáquio Linhares Borges. Eustáquio Linhares Borges. Eustáquio Linhares Borges - Vice-presidenteDrDrDrDrDr. Jacob Germano Cabús. Jacob Germano Cabús. Jacob Germano Cabús. Jacob Germano Cabús. Jacob Germano Cabús - Tesoureiro

CONSELHEIROS EFETIVOSCONSELHEIROS EFETIVOSCONSELHEIROS EFETIVOSCONSELHEIROS EFETIVOSCONSELHEIROS EFETIVOS

Dr. Altamiro José dos SantosDra. Ângela Maria de Carvalho PontesDr. Cleuber Franco FontesDr. Clovis de Santana ReisDra. Cristina Maria Ravazzano FontesDra. Eliana Cristina de Santana FiaisDr. Eustáquio Linhares BorgesDra. Fernanda Washington de Mendonça LimaDr. Jacob Germano CabúsDra. Maria Lúcia Fernandes de CastroDra. Sônia Maria CarvalhoDra. Tânia Fraga Barros

CONSELHEIROS SUPLENTESCONSELHEIROS SUPLENTESCONSELHEIROS SUPLENTESCONSELHEIROS SUPLENTESCONSELHEIROS SUPLENTES

Dra. Edenia Socorro Araújo dos SantosDra. Marly Gonçalves AlbuquerqueDra. Mara Zélia de Almeida

CONSELHEIRO FEDERAL EFETIVOCONSELHEIRO FEDERAL EFETIVOCONSELHEIRO FEDERAL EFETIVOCONSELHEIRO FEDERAL EFETIVOCONSELHEIRO FEDERAL EFETIVO

Dr. Jorge Antonio Píton Nascimento

CONSELHEIRO FEDERAL SUPLENTECONSELHEIRO FEDERAL SUPLENTECONSELHEIRO FEDERAL SUPLENTECONSELHEIRO FEDERAL SUPLENTECONSELHEIRO FEDERAL SUPLENTE

Dr. Edmar Caetité Júnior

JORNALISTJORNALISTJORNALISTJORNALISTJORNALISTA RESPONSÁVELA RESPONSÁVELA RESPONSÁVELA RESPONSÁVELA RESPONSÁVELRosemary Silva Freitas - DRT/BA - 1612

R E V I S Ã OR E V I S Ã OR E V I S Ã OR E V I S Ã OR E V I S Ã OCarlos Amorim - DRT/BA - 1616

EDITORAÇÃO ELETRÔNICAEDITORAÇÃO ELETRÔNICAEDITORAÇÃO ELETRÔNICAEDITORAÇÃO ELETRÔNICAEDITORAÇÃO ELETRÔNICALucca Duarte

IMPRESSÃO GRÁFICAIMPRESSÃO GRÁFICAIMPRESSÃO GRÁFICAIMPRESSÃO GRÁFICAIMPRESSÃO GRÁFICAGráfica Santa Bárbara

TIRTIRTIRTIRTIRAGEM DESTAGEM DESTAGEM DESTAGEM DESTAGEM DESTA EDIÇÃOA EDIÇÃOA EDIÇÃOA EDIÇÃOA EDIÇÃO4.500 mil

Horário de Funcionamento do CRF/BAHorário de Funcionamento do CRF/BAHorário de Funcionamento do CRF/BAHorário de Funcionamento do CRF/BAHorário de Funcionamento do CRF/BADas 9h às 17h

Rua Dom Basílio Mendes Ribeiro, 127 - Ondina - Cep. 40170-120Salvador - BA - Tels.: (71) 3368-8800 / 3368-8849 / Fax: 3368-8811www.crf-ba.org.br / e-mail: [email protected]

Editado pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado da Bahia

ISSN 1981-8378

Ações relevantes

Estamos satisfeitos por estar dirigindo o nosso conselho profissional, alcançando resultados

positivos por esse trabalho. Temos recebido váriasmanifestações em agradecimento às ações realizadasem prol da valorização profissional. No último encontrode delegados e dirigentes de associações, realizado nomês de julho em Salvador, tivemos a oportunidade deconhecer a opinião dos farmacêuticos sobre a nossagestão.

E comprovamos, mais uma vez, o quanto é impres-cindível a participação de todos vocês para a manu-tenção de um trabalho de qualidade e em prol docrescimento profissional, Para nós, é motivo de orgulhosabermos que estamos retribuindo a confiança depo-sitada pelos nossos colegas.

A nossa meta principal é a luta pela valorizaçãoprofissional. E, para isso, estamos empenhados emlutar por uma tabela justa para os laboratórios clínicos,pela defesa da farmácia como estabelecimento de saúde,pela inclusão do farmacêutico nos núcleos de apoio àsaúde da família e pela ampliação da assistênciafarmacêutica, entre outras causas relevantes.

Nesta edição da Revista do CRF/BA, destacamosmatérias voltadas para o crescimento e o fortalecimentoda área de Farmácia. Neste contexto, a criação doprimeiro mestrado em Ciências Farmacêuticas na UFBAé a expressão da ampliação do conhecimento científico.Uma das vitórias tão necessárias para prestarmosmelhores serviços à população do Estado e do país.

O CRF/BA vem apoiando, também, vários cursos deEspecialização Profissional, buscando, inclusive,regionalizar essas oportunidades. Ressaltamos comoexemplo o curso de Farmacologia Clínica, voltado paraprofissionais do Sul e Sudeste e em implantação aindaem Itabuna, no mês de novembro deste ano.

Além de desenvolvermos trabalhos na atenção básicaao paciente, o profissional tem atuado em serviçossignificativos como o Serviço de Informação sobreAgentes Teratogênicos do Hospital Professor EdgardSantos (HUPES), coordenado pelo farmacêutico bioquí-mico, Dr. Gildásio Carvalho.

Um grande abraço,

A Diretoria

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sumárioAno II - Nº 6 - Setembro/2008

4NASF foi tema de encontroO Núcleo de Apoio à Saúde da Família(NASF), proposta nacional apresentada peladireção da Secretaria de Saúde do Estado daBahia, foi o principal tema do XIII Encontrode Delegados Honorários do CRF/BA,realizado nos dias 11 e 12 de julho.Páginas 4 a 14Páginas 4 a 14Páginas 4 a 14Páginas 4 a 14Páginas 4 a 14 28

Produtos controladosInvestir na rastreabilidade demedicamentos é um dos objetivos dotreinamento sobre o Sistema Nacional deGerenciamento de Produtos Controlados(SNGPC), realizado pelo CRF/BA emdiversos municípios baianos.15

Mestrado inédito em CiênciasFarmacêuticasA aprovação do primeiro mestrado daFaculdade de Farmácia da UFBA pela CAPESobteve uma boa repercussão no meioacadêmico baiano.Páginas 15 a 18Páginas 15 a 18Páginas 15 a 18Páginas 15 a 18Páginas 15 a 18

25Excelência na farmácia doJorge ValenteA Organização Nacional de Acreditaçãoconcede certificado de excelência àfarmácia do Hospital Jorge Valente.Páginas 25 a 26Páginas 25 a 26Páginas 25 a 26Páginas 25 a 26Páginas 25 a 26

19Gestantes contam com serviçoimportante de informaçãoO HUPES mantém um serviço voltado para agestação de bebês saudáveis sob acoordenação de farmacêutico bioquímico.Páginas 19 a 20Páginas 19 a 20Páginas 19 a 20Páginas 19 a 20Páginas 19 a 20 31

Agende-sePrograme-se com os eventos da profissãofarmacêutica divulgados na revista.

29Farmácias notificadorasO Programa Farmácias Notificadoras capacitao profissional farmacêutico e tem o objetivode ampliar as fontes de notificação de casossuspeitos de efeitos adversos e de queixastécnicas.

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CRF-BA em Revista

Na cerimônia de abertura, na sexta-feira, 11 de julho, o presidente do CRF/BA,

Altamiro Santos, considerou otema abordado importante para aprofissão de farmacêutico. “Dianteda criação dos NASF, devemosconhecer a proposta profun-damente. Só assim poderemoslutar para sermos inseridos nessesnúcleos, a ser implantados nasdiversas cidades do Estado daBahia. Trata-se, portanto, de umtema estratégico para discutirmosno encontro. A realização desseseventos foi interrompida por umlongo tempo, mas a partir deagora vamos compensar as per-das, promovendo-os anualmente.”

O evento reúne os delegadoshonorários do CRF/BA e os repre-sentantes das associações defarmacêuticos. Na opinião do Dr.Altamiro Santos, constitui-se numa

excelente oportunidade de unificaro discurso desses dois segmentosrepresentativos da categoria dosfarmacêuticos. “Diante da necessi-dade de aprofundarmos um deba-te público enfocando questõesrelevantes, é de fundamentalimportância para a atuação con-

junta”, detalha. “Vamos tentartraçar metas tomando como basea perspectiva de investimento emuma ação conjunta no âmbito dosconselhos de saúde, seja atravésdos delegados honorários ouatravés das próprias diretorias dasassociações.”

XIII Encontro de Delegadosdebate o Núcleo de Apoio àSaúde da FamíliaO Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF),proposta nacional apresentada pela Direção daSecretaria de Saúde do Estado da Bahia, foi oprincipal tema do XIII Encontro de DelegadosHonorários do CRF/BA, realizado nos dias 11 e 12de julho, no Hotel Golden Park. Com esta edição,o evento, promovido com a finalidade de discutirproblemas enfrentados em cada município doEstado baiano, está sendo retomado, firmando-secomo uma tradição.

Representações dos farmacêuticos reunidos no encontro em Salvador

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CRF-BA em Revista

“Articulação parlamentar”O encontro foi encerrado com a

realização de uma plenária, queteve como resultado a aprovaçãode uma proposta de mobilizaçãoregional em torno da inclusão dosfarmacêuticos nos NASF. O presi-dente do CRF/BA fez um relatosobre a importância de umamobilização conjunta envolvendotoda a categoria, como a realizadaem Brasília na defesa da Farmáciae dos laboratórios. “A deputadaAlice Portugal conseguiu articularos parlamentares federais, obtendoo apoio necessário para a criaçãoda frente parlamentar em defesada Assistência Farmacêutica”, de-clarou Altamiro Santos. “Quantoaos laboratórios, garantimos aredução da alíquota do IR.”

Outra conquista enaltecida pelopresidente do CRF/BA, no encer-ramento do encontro, foi a criaçãoda Frente Parlamentar em Defesada Assistência Farmacêutica: “AFENAFAR articulou uma grandepasseata e fizemos uma movi-mentação importante em defesada Assistência Farmacêutica. Valeressaltar que quando estamosmobilizados e unidos, temos con-dições de reverter situações confli-tantes”.

“Temos que abraçaresta bandeira”

“A atuação dos farmacêuticosnos núcleos de saúde da família éuma necessidade importante etemos que abraçar essa bandeirapara não perdemos essa opor-tunidade.” Com essa declaração,Jacob Cabús, tesoureiro do CRF/BA, pronunciou-se na abertura doXIII Encontro de Delegados doCRF/BA sobre a retomada anualdo encontro de delegados. “Deve-mos manter esse contato regular-mente, apesar de questionarmosse a freqüência anual não é muitolonga. Afinal, temos que nos man-

ter atualizados com relação aodebate sobre as questões maisimportantes da categoria.”

“Nós sabemos que o SUSencontra-se em construção e

nós somos convidados aparticipar dessa construção”

A presidente do Sindifarma,Eliane Simões, destacou, no seudiscurso de abertura, o quanto omomento é decisivo para umadiscussão que poderá levar aoencontro das soluções para osproblemas que são trazidosdurante o encontro. “Podemosresolver os desafios juntos. Esseé um momento importante. Nóssabemos que o SUS encontra-seem construção e nós somos con-vidados a participar dessa cons-trução. Todos nós estamos aquipara contribuir com melhorias queresultem em uma boa qualidadede vida para a população.”

“Esse é o momento em quepromovemos um

intercâmbio”A promoção do intercâmbio

entre dirigentes de associações edelegados honorários, com o obje-tivo de debater os problemas eencontrar a solução para situaçõesconflitantes dos profissionais far-macêuticos em cada município, foi

ressaltada por Ligia Barbosa, dire-tora da FENAFAR, como a principalmotivação do evento. Ela encerroua sua fala, na abertura, incentivan-do a todos os presentes para quefizessem das discussões uma opor-tunidade proveitosa, alcançandoum resultado positivo.

“Nós acreditamos que o NASFé estratégico para o

desenvolvimento da atençãofarmacêutica”

“Parabenizo o CRF-BA por enten-der a importância deste encontro e,mais ainda, pela discussão escolhidana pauta.” Com essas palavras,Clóvis Reis, conselheiro do CRF/BAe presidente do GDAF, iniciou o seupronunciamento ao integrar a mesade abertura do encontro. Ele desta-cou que o Núcleo de Apoio à Saúdeda Família (NASF) é uma oportuni-dade muito grande para o farma-cêutico contribuir na equipe desaúde da família. “Essa discussãofará com que os delegados possam,ao voltarem para suas regiões,fomentar um debate que promovao desenvolvimento e a participaçãodo farmacêutico nessas equipes.Sabemos que se nós não tivermosum papel ativo, o farmacêutico nãovai conseguir estar inserido naequipe. E nós acreditamos que oNASF é estratégico para o desenvol-vimento da atenção farmacêutica.”

Presentes à abertura do evento, o deputado estadual Álvaro Gomes; Dr. Altamiro Santos,presidente do CRF/BA; Dr. Jacob Cabús, tesoureiro do CRF/BA; Dra. Eliane Simões,

presidente do Sindifarma; Dra. Ligia Barbosa, diretora da FENAFAR; Dra. Maria ConceiçãoSantana dos Reis, secretária de Saúde municipal da cidade de Santo Amaro; Dr. Clóvis Reis,conselheiro do CRF/BA e presidente do GDAF; Dra.Sônia Carvalho, diretora do Sindifarma;

Dra. Edênia Araújo dos Santos, diretora do Sindifarma e conselheira do CRF/BA; e Dra.Eliana Fiais, coordenadora da ANVISA/Bahia.

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CRF-BA em Revista

“Só agora o farmacêuticoestá sendo reconhecido comoprofissional da área de saúde

pública”O farmacêutico não era visto

como profissional da área desaúde pública, segundo a Dra.Maria Conceição Santana dos Reis,secretária de Saúde municipal dacidade de Santo Amaro. Para ela,só agora ele está sendo reconhe-cido pela sua participação, e todosestão exercendo e desenvolvendoessa atividade muito bem. “Naatuação como secretária municipalde Saúde, quando elaboramosum projeto na área de saúdepública, temos sempre a preocu-pação de dar espaço ao profis-sional farmacêutico no projeto. NaSESAB, vale a pena destacar queantes existiam poucos farmacêuti-cos em cargos diretivos, mas agoratemos a felicidade de ver umfarmacêutico respondendo pelaSuperintendência de AssistênciaFarmacêutica”.

“O Brasil vem assumindouma posição de vanguarda”O deputado estadual e farma-

cêutico Dr. Álvaro Gomes, pales-trante convidado para a aberturado encontro, fez referência à

conjuntura em que o evento estáinserido, considerando a ampli-tude do tema abordado. “O Brasilconseguiu um grande avanço nosúltimos anos. No governo Lula, oBrasil vem assumindo uma posiçãode vanguarda. Recentemente, ogoverno federal lançou o chamadoTerritório da Cidadania, que temcomo objetivo desenvolver políticaspúblicas. O resultado dos progra-mas sociais do governo já retirouda linha de pobreza dez milhõesde pessoas e 20 milhões das quemigraram para as classes D e E epara a classe C.”

Álvaro Gomes também reforçoua importância fundamental daredução das desigualdades sociaisno país e apresentou as iniciativasresultantes do seu mandato parla-mentar, destacando os projetos emtramitação na Assembléia Legisla-tiva com o objetivo de incluir ofarmacêutico no programa desaúde da família, além de respon-sabilizar as empresas pelo descartede medicamentos. A garantia doespaço para o farmacêutico naFarmácia é outra luta importante.

“O momento é muito difícil”Para o Dr. Rubem Pamplona,

delegado honorário da cidade deBarreiras, o momento é muitodifícil. Ele chama a atenção para o

fato de que o imposto de rendapago pelos laboratórios clínicos émuito alto. “Os hospitais pagammenos e os farmacêuticos nãoestão fazendo parte dessa fatia demercado. Precisamos estar atentospara interferir nesse processo esermos incluídos nos NASF, núcleosque já estão sendo ocupados poroutras profissões.”

“A indústria avançou paraacabar com a Farmácia de

Manipulação”A diretora do Sindifarma, Dra.

Edênia Araújo, denunciou que osgrandes laboratórios estão “co-mendo” os pequenos. Falou

também sobre a indústriaque vem avançando veiopara acabar com a Far-mácia de Manipulação.Para ela, o entendimentoda situação tem quepassar pelo conhecimentosobre a política praticadaem nosso país. “O governoneoliberal contribuiu parao avanço das indústriasfarmacêuticas, prejudi-cando os postos de tra-balho na Farmácia deManipulação e a produçãodos laboratórios públi-cos”, conclui.

Dra. Edênia Araújo debate a atividade

Deputado Álvaro Gomes participa do debate

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A programação na manhã dosábado,12 de julho, foi abertapelo Dr. Jacob Cabus com arealização de uma mesa-redonda,enfocando o tema “Estratégiaspara Implantação dos Núcleos deApoio à Saúde da Família naBahia”. Antes do início dos debates,o médico e diretor da SecretariaEstadual de Saúde, Dr. HeiderPinto, falou sobre a criação eimplantação dos NASF, reafir-mando a sua importância para asaúde pública do Estado. Marca-ram presença, como participantesda mesa, Dra. Gizélia Santana deSouza, Dr. Jucelino Nery da Con-ceição e a Dra Carolina Vilas BoasFonseca.

Resultado deintenso debateO Núcleo de Apoio à Saúde da

Família (NASF) foi resultante deum intenso debate de três anos,travados no âmbito da gestão dasaúde pública.

De acordo com o Departamentode Atenção Básica da Secretaria deAtenção à Saúde (DAB/SAS) doMinistério da Saúde, o NASF podeser visto pelos farmacêuticos comouma iniciativa muito importantepara a estratégia de saúde dafamília, dentro da política de Aten-ção Básica da Saúde da Família,uma vez que inclui a coordenaçãoe execução das ações da assistên-cia farmacêutica básica.

Ao apresentar o sistema de fun-cionamento dos NASF, o médicoHeider Pinto referiu-se à situaçãoencontrada no governo do Estadodetalhando como pontos nega-

recer um serviço de qualidade. Oobjetivo do NASF é ampliar aabrangência, o escopo de açõese a resolutividade da AtençãoBásica. “Pretendemos apoiar ainserção da estratégia de Saúdeda Família na rede de serviço e oprocesso de territorização e regio-nalização a partir da AtençãoBásica”, declarou Dr. Heider Pinto.

Os NASF são constituídos porequipes compostas por profis-sionais de diferentes áreas deconhecimento que atuarão emparceria com as equipes de Saúdeda Família, compartilhando aspráticas em saúde nos territóriossob responsabilidade das ESF.Assim, os núcleos atuam direta-mente no apoio às equipes e nasunidades referenciadas.

Existem duas versões de NASF.No caso do “NASF 1”, estes de-verão realizar suas atividades vin-culados a, no mínimo, oito equi-pes e, no máximo, 20 equipes desaúde da família. Poderão comporo NASF 1 as seguintes ocupa-ções: médico acunputurista,assistente social; farmacêutico;profissional de educação física,fisioterapeuta; fonoaudiólogo;

Mesa-redonda aprofunda debatesobre a Saúde da Família

tivos a baixa cobertura e estagnaçãoda expansão da estratégia de Saúdeda Família, a precarização das rela-ções de trabalho e a existência deum mercado predatório com altarotatividade de profissionais. Alémdisso, também foram relatados abaixa qualidade de atenção, adesarticulação do sistema, a inade-quação do perfil dos trabalhadorescom baixo investimento em Educa-ção Permanente, a baixa capacidadede gestão loco-regional e a poucapotência de controle social.

Em seguida, ele falou sobre osprojetos estratégicos, ressaltando aexpansão da Saúde da Família comoum relevante fator de inclusão social.Dentre os subtemas abordados pelomédico, destacaram-se a “Precari-zação e valorização do trabalha-dor”; “Carreira de saúde da família”;“Saúde da família pra valer”; “OSUS é uma escola”; “Descentra-lização solidária e fortalecimento dagestão municipal e regional”; e o“Fortalecimento da participaçãopopular e do controle social”.

De acordo com o gestor daSESAB, a Política Nacional de Moni-toramento objetiva avançar naqualidade do setor público e ofe-

Dr. Heider Pinto, Dra. Carolina Vilas Boas, Dra. Gizélia Santana, Dr. Jacob Cabúse Dr. Jucelino Conceição

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médico ginecologista; médicohomeopata; nutricionista; médicopediatra; psicólogo; médico psi-quiatra e terapeuta ocupacional.

Os NASF 2 deverão realizar suasatividades vinculados a, no míni-mo, três equipes de saúde dafamília, sendo compostos por, nomínimo, três profissionais de nívelsuperior de ocupações coinci-dentes. Poderão compor os NASF2: assistente social, professor deeducação física, farmacêutico,fisioterapeuta, fonoaudiólogo,nutricionista, psicólogo e terapeutaocupacional. O número máximode NASF 2, por município, é um.Somente os municípios que tenhamdensidade populacional abaixo dedez habitantes por quilômetroquadrado, de acordo com dadosdo IBGE, ano-base 2007, poderãoimplantar os NASF 2.

A promoção do acesso nacionalde medicamentos, o auxílio pres-tados aos gestores e a interaçãodireta com o usuário específico,quando necessário, em confor-midade com a equipe de Saúde daFamília, são os três âmbitos deação que visam a incentivar aAssistência Farmacêutica e a Aten-ção Básica. “Esse é um momentomuito importante para os farma-cêuticos pensarem numa políticade Assistência Farmacêutica”,argumentou o médico da SESAB.“Outra questão importantíssima é

a implantação da Assis-tência Farmacêutica naequipe. A equipe inte-grada por farmacêuticospoderá comprometer ouso irracional ou exage-rado de benzodiazepíni-cos, por exemplo. Açõesque podem atender opaciente individualmenteou em grupo, dispen-sando medicamentos naforma nociva. O farma-cêutico pode fazer umpapel muito importantena equipe.”

Existe uma unanimidade nadefinição do desafio do farmacêu-tico dos NASF e nos demais profis-sionais na equipe da SaúdeFamília. A grande questão colo-cada por Heider Pinto é comoconciliar a realização de ações deorganização do processo de tra-balho, de ações pedagógicas e deações que podem ser desenvol-vidas diretamente com o usuário?O médico reafirma que existemgrandes possibilidades de atuaçãodo profissional farmacêutico nosNúcleos de Apoio à Saúde daFamília. “A Bahia é o segundoEstado do país com mais NASFimplantados. No início de 2009,esperamos alcançar 90 NASF noEstado. Este ano é muito impor-tante para assegurar os projetosdos estados. O ano que vem é oano de organizar a prática.”

A implantação dos NASF 1envolveu o gasto de R$ 20 mil,repassados em parcela única nomês subseqüente à competênciado SCNES com a informação docadastro inicial de cada NASF. Parao custeio serão gastos 20 milmensais. Já os NASF 2 serãoimplantados com o custo de R$ 6mil, em parcela única, no mêssubseqüente à competência doSCNES, com a informação docadastro inicial de cada núcleo.Para o custeio serão gastos R$ 6mil mensais.

“Temos que cobrar dasautoridades a implantação

imediata dos NASF”Após a explanação do dirigente

da SESAB, o Dr. Jucelino Neryposicionou-se como membro daComissão de Farmácia Comunitáriae tornou público o apoio à implan-tação dos NASF com a efetivaparticipação do farmacêutico. “Éum dever de cada um de nós. Porisso, as instituições farmacêuticas,profissionais e as instituições desaúde, a população e nós farma-cêuticos temos que cobrar dasautoridades responsáveis a implan-tação imediata dos Núcleos deApoio à Saúde da Família.”

Para o Dr. Jucelino Nery, a pro-posta de inserção do farmacêuticodeverá ser apresentada aos Conse-lhos Municipal e Estadual de Saúde.“Assim, será possível conseguir-mos a adesão dos conselheiros nosentido de recomendar a implan-tação dos NASF em cada muni-cípio”, defende. “Vale registrar que,com a interferência da equipe deAssistência Farmacêutica municipal,foi possível inserir o farmacêuticonos NASF. Temos que estar atentosporque no primeiro momento, nomunicípio de Salvador, quando foidiscutido o Programa de Saúde daFamília, não foi incluído nessadiscussão os profissionais do setorde Assistência Farmacêutica”,denuncia Dr. Jucelino Nery.

Dr. Jucelino Conceição fala daexperiência municipal

Gestor da SESAB, Dr. Heider Pinto

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CRF-BA em Revista

A Assistência Farmacêutica nosNASF visa a fortalecer a inserçãoda atividade farmacêutica e dofarmacêutico de forma integradaàs equipes de Saúde da Família. Otrabalho dessas, por sua vez, égarantir à população o efetivoacesso e a promoção do usoracional de medicamentos, contri-buindo com a resolutividade dasações de promoção, de prevençãoe de recuperação da saúde. E tudoisso será realizado em conformi-dade com as diretrizes de estra-tégia da Saúde da Família e daPolítica Nacional de Medicamentose da Política Nacional de Assistên-cia Farmacêutica.

“A resistência foi substituídapela certeza da necessidade

de um farmacêutico”“Os NASF não foram devida-

mente discutidos, mas, felizmente,tivemos tempo de discutir a nossaparticipação na equipe de Saúde.”Esse é o comentário da Dra. Caro-lina Vilas Boas Fonseca. Ela desta-cou, na sua fala, que no municípiode Salvador a questão dos NASFfoi deixada de lado pela Coor-denação de Atenção Básica. “Nósfomos pegos de surpresa quandosoubemos que havia uma discus-são séria sobre a sua implantação.Por sorte, deu tempo para definir-mos com a nossa coordenaçãocomo será feita a inclusão dofarmacêutico nessa equipe.”

Após ter sido aprovada a criaçãodos NASF no município de Salva-dor, existem cinco equipes emprocesso de implantação. Dois noSubúrbio Ferroviário e mais três emlocal a ser estabelecido. Nessasequipes, foram inseridos, além defarmacêuticos, médicos, fisiotera-peutas, nutricionistas e educadoresfísicos. “Trata-se de uma vitória paranós farmacêuticos. Se inicialmentehavia uma certa resistência, esta foisubstituída pela certeza da neces-sidade de o profissional farma-cêutico fazer parte dessa equipe.”

“Esse é o momento históricopara darmos

uma virada na AtençãoFarmacêutica”

A superintendente da Assistên-cia Farmacêutica do Estado daBahia, Dra. Gizélia Santana, fez umbreve histórico resgatando aimportância da atuação profis-sional em diversos fóruns dediscussão nessas duas últimasdécadas. “Estamos em um mo-mento de ascensão dentro doSUS, de confirmação dessa linhade cuidado e dessa rede deatenção da ampliação da equipede Saúde da Família, com a criaçãodos NASF,” analisa Dra. GizéliaSantana. “Trabalhamos com apossibilidade de qualificação daAssistência Farmacêutica no nívelmunicipal. É um momento de vira-da em que nós temos que qualificaresses profissionais de saúde paraatender à essa necessidade. Nóstemos que ter quantidade e quali-dade profissional.”

Que profissional irá suprir essepapel? A questão é apresentadacomo um grande desafio. “Temosque assumir uma mudança decomportamento, de mentalidade,de atitude. As entidades represen-tativas têm que buscar atender àessa exigência. Esse é o diferen-cial. O medicamento. Que negócioé esse que tem enorme valor sim-bólico na sociedade? É como seele fosse capaz de curar tudo. Todasorte de problema pode ser curadocom o medicamento. Medica-mento tem um valor simbólicoimenso porque é uma mercadoriaespecial.”

Dra. Gizélia Santana defendeque o farmacêutico assuma deforma qualificada o seu poder deajudar o processo de reorgani-zação da atenção básica, melho-rando a qualidade da gestão deAssistência Farmacêutica. Para ela,esta atitude passa por estrutura-

ção de serviço, por organogramasda secretaria e pela formalização einstitucionalização da AssistênciaFarmacêutica.

“Precisamos contar com profis-sionais qualificados e dedicados aAssistência Farmacêutica. Isso éfundamental”, reafirma. “Esses sãoos grandes desafios para nós. Nãoé apenas ofertar o medicamento,mas dar acesso qualificado, comuso racional e gestão qualificadacom profissionais que saibam fazersua promoção.”

“A articulação do poderpúblico com a academia é

muito importante”O vice-presidente do CRF/BA e o

presidente da Comissão de Ensinodo CRF/BA, Dr.Eustáquio Borges,destaca a importância da formaçãofarmacêutica, congregando ascoordenações de todos os cursosde Farmácia da Bahia em prol daqualidade farmacêutica. “Podemoscontribuir com a busca de umaformação mais adequada paraatender às políticas públicas daBahia e do Brasil”, comenta. “Aqui,as condições estruturais que nóstemos estão muito dispersas. Osprojetos pedagógicos e currícu-lares não estão muito vinculadosàs demandas das políticas públi-cas. Como propostas, nós devería-mos desenvolver um trabalhoconjunto que sirva de orientaçãopara as unidades de ensino local.A articulação do poder público coma academia seria muito importantepara atender a essa demanda.”

Para a Dra. Ângela Pontes, acomissão criada pelo CRF/BA seráimportante para promover a espe-cialização, bem como a capacitaçãoe curso de residência para os novose atuais bioquímicos: “ A comissãojá deliberou pela realização de umseminário para consolidarmos pro-postas de interesse das análisesclínicas.”

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Dr. Natércio Pinto de Oliveira Passos: “A defesa da presença do farmacêutico na FarmáciaComunitária é muito importante para a categoria. Defendo a Farmácia como propriedadedos farmacêuticos. O Conselho Regional de Farmácia tem tido uma atuação muito boae merece os nossos elogios.” (Delegado/Catú)(Delegado/Catú)(Delegado/Catú)(Delegado/Catú)(Delegado/Catú)

Em depoimentos sobre a atuação do CRF/BA, delegados honorários e diretores de Associaçõesde Farmacêuticos reconhecem o excelente trabalho desenvolvido pelo CRF/BA.

Conselho obtém aprovação

Dra. Maria Conceição Santana Reis: “São muitas as dificuldades enfrentadas em SantoAmaro. Nós enfrentamos alguns problemas, de responsabilidade técnica emfarmácias naquela cidade. Mas temos resolvido essas questões e não aceitamosum trabalho que venha trazer conseqüências graves para nós farmacêuticos.”(Delegada/Santo Amaro)Delegada/Santo Amaro)Delegada/Santo Amaro)Delegada/Santo Amaro)Delegada/Santo Amaro)

Dr. Gustavo Tanajura Machado: “Vou defender as nossas reivindicações e colocar aimportância dos NASF, desde que o profissional farmacêutico participe daequipe.”(Conceição do Coité -(Conceição do Coité -(Conceição do Coité -(Conceição do Coité -(Conceição do Coité - Delegado e Membro do Conselho Municipalde Saúde)))))

Dr. Euler Antunes Farias: “Parabenizo o Conselho e o Sindicato pela realização doencontro e destaco a importância de que a categoria deve ter no Programade Saúde da Família com a inserção do profissional farmacêutico na equipe.”(Delegado/Ruy Barbosa)(Delegado/Ruy Barbosa)(Delegado/Ruy Barbosa)(Delegado/Ruy Barbosa)(Delegado/Ruy Barbosa)

DrDrDrDrDr..... Hugo Mont Hugo Mont Hugo Mont Hugo Mont Hugo Monteireireireireiro da Co da Co da Co da Co da Costa Júniorosta Júniorosta Júniorosta Júniorosta Júnior::::: “Tínhamos problemas com a situação das farmáciasirregulares, mas após o TAC, realizado pelo MP, VISA e CRF, estes foram solucionados.Quero denunciar a ausência de vagas para os farmacêuticos na pós-graduação daUESC. Eles estão beneficiando apenas os biomédicos. Em Santa Cruz de Cabrália, asituação melhorou com relação às farmácias irregulares. Havia 70 estabelecimentoscom apenas sete farmacêuticos residentes na cidade. Conseguimos solucionar aquestão e hoje o clima é de tranqüilidade.” (Delegado/Ilhéus)(Delegado/Ilhéus)(Delegado/Ilhéus)(Delegado/Ilhéus)(Delegado/Ilhéus)

Dr. Alyson Montesano: “Quero elogiar a escolha do tema do encontroe agradecer ao Conselho pela realização desse grande evento.”(Porto Seguro)(Porto Seguro)(Porto Seguro)(Porto Seguro)(Porto Seguro)

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Dra. Ilma dos Santos Gally: “Temos problemas com a ausência de profissionaishabilitados nas farmácias comunitárias e nos laboratórios clínicos. Por isso,solicito apoio do Sindicato e do CRF/BA. Assim, esperamos melhorar o quadroprofissional na nossa cidade.” (Delegada/Eunápolis)(Delegada/Eunápolis)(Delegada/Eunápolis)(Delegada/Eunápolis)(Delegada/Eunápolis)

Dra. Márcia Cristina Piton “Agradeço ao Conselho pela atuação destacada na luta peladefesa da inclusão dos farmacêuticos no Programa de Saúde da Família. Ressalto aimportância das parcerias entre o MP, a VISA e o CRF para solucionar as irregula-ridades das farmácias sem responsabilidades técnicas.” (Delegada/Gandu)Delegada/Gandu)Delegada/Gandu)Delegada/Gandu)Delegada/Gandu)

Dr. Rubem de Almeida Pamplona: “Precisamos manter ações que viabilizema qualificação profissional e incluam o farmacêutico no Programa deSaúde da Família. Esperamos que os delegados sejam multiplicadoresdas informações aqui colocadas.” (Delegado/Barreiras) (Delegado/Barreiras) (Delegado/Barreiras) (Delegado/Barreiras) (Delegado/Barreiras)

Dr. Gildasio Darlan Guimarães Filho: “Quero elogiar a atuação do CRF. Estamos criandoa Associação de Farmacêuticos para podermos contribuir e melhorar aassistência aos farmacêuticos da região e de municípios vizinhos.” (Delegado/(Delegado/(Delegado/(Delegado/(Delegado/Caculé)Caculé)Caculé)Caculé)Caculé)

Dr. José Carlos Sampaio Cardoso: “Devemos nos empenhar para fazermos parte dosConselhos Municipais de Saúde diante da importância da nossa profissão para apopulação. Além disso, precisamos estar inseridos nos NASF e solicitar a imediataimplantação desses núcleos. Quero denunciar que as VISA vêm sendo coordenadaspor veterinários e que os profissionais farmacêuticos não querem assumir diante dopiso salarial oferecido, que é muito baixo.” (Delegado/Nazaré das F(Delegado/Nazaré das F(Delegado/Nazaré das F(Delegado/Nazaré das F(Delegado/Nazaré das Farinhas)arinhas)arinhas)arinhas)arinhas)

Dra Viviane Carneiro Farias: “Eu defendo que uma carga horária menor seráviável para solucionar dificuldades da categoria. Acredito que assimpoderemos solucionar muitos problemas enfrentados pelos profissionaisfarmacêuticos.” (Associação dos F (Associação dos F (Associação dos F (Associação dos F (Associação dos Farmacêuticos Ilhéus e Itabunaarmacêuticos Ilhéus e Itabunaarmacêuticos Ilhéus e Itabunaarmacêuticos Ilhéus e Itabunaarmacêuticos Ilhéus e Itabuna)

Dr. Lucas Carneiro da Silva: “““““É preciso fazer um trabalho de conscientizaçãocom os colegas para termos condições de vencermos os desafios impostos.”(Delegado e Associação dos F(Delegado e Associação dos F(Delegado e Associação dos F(Delegado e Associação dos F(Delegado e Associação dos Farmacêuticos de Jacobina)armacêuticos de Jacobina)armacêuticos de Jacobina)armacêuticos de Jacobina)armacêuticos de Jacobina)

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Dr. Washington Murilo Peixoto: “Quero denunciar o descaso do poder públicopara com a questão da Vigilância Sanitária. É necessário que esse órgãointerfira de forma enérgica nas questões sanitárias do municipio. Consideroque esse momento é muito importante para a ampliação da nossaprofissão.” (Delegado/Cruz das Almas) (Delegado/Cruz das Almas) (Delegado/Cruz das Almas) (Delegado/Cruz das Almas) (Delegado/Cruz das Almas)

Dr. Roberto Soares da Silva: “Registro a importância dessa atividade edestaco o excelente apoio que o CRF/BA tem dado aosfarmacêuticos de Juazeiro, sobretudo com a inauguração daseccional.” (Associação dos F (Associação dos F (Associação dos F (Associação dos F (Associação dos Farmacêuticos de Juazeiro)armacêuticos de Juazeiro)armacêuticos de Juazeiro)armacêuticos de Juazeiro)armacêuticos de Juazeiro)

Dr. César Cristiano Cavalcante: “Em Bonfim, havia 29 farmácias nomunicípio. E, dentre estas, 11 eram irregulares. Foi feita uma parceriapara regularizar esse comércio, mas só envolvia a VISA. O MP nãoteve interesse em promover o Termo de Ajustamento de Conduta(TAC)”. (Delegado/Senhor do Bonfim) (Delegado/Senhor do Bonfim) (Delegado/Senhor do Bonfim) (Delegado/Senhor do Bonfim) (Delegado/Senhor do Bonfim)

Dr. Getúlio Vale Dultra: “““““Agradeço o apoio que a nossa Associação de Farmacêuticostem tido do CRF/BA. Com a criação da seccional, sabemos que irá ajudar muito naregião. Quanto à irregularidade de farmácias, essa situação vem sendo sanada. Ocurso superior de Farmácia em Teixeira de Freitas irá resolver o problema danecessidade de profissionais na região. O CRF/BA e a SBAC devem elaborar umaproposta para apresentarmos no Congresso Nacional da categoria, fortalecendo aproposta já encaminhada para os laboratórios clínicos, como o aumento da tabelado SUS para pagamento de serviços dos laboratórios.”(Delegado/Alcobaça)(Delegado/Alcobaça)(Delegado/Alcobaça)(Delegado/Alcobaça)(Delegado/Alcobaça)

Dr. Helder Conceição Teixeira: “““““Estamos trabalhando com a intenção de agregar aclasse. Promovemos, este ano, uma confraternização em homenagem aoDia do Farmacêutico. Contamos, também, com um curso superior na UESB,que está oferecendo 40 vagas para o curso de Farmácia. Temos 300 farmáciasna cidade e há um grande número de estabelecimentos irregulares.Certamente, o aumento de profissionais na região poderá resolver esseproblema.” (Delegado/Jequié) (Delegado/Jequié) (Delegado/Jequié) (Delegado/Jequié) (Delegado/Jequié)

Dr. Bruno Shettini: “Como representante do Conselho Municipal de Saúde,destaco a importância da participação dos farmacêuticos nos fóruns desaúde. Além disso, acrescento a importância do encontro para os delegadosdos municípios do Estado.” (Delegado/Itapetinga) (Delegado/Itapetinga) (Delegado/Itapetinga) (Delegado/Itapetinga) (Delegado/Itapetinga)

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“O CRF/BA tem se estruturadopara atender às necessidades

da capital e dos municípiosdo Estado”

O presidente do CRF/BA, Dr.Altamiro Santos, anuncia o investi-mento da atual gestão do Conselhoem uma estruturação melhor, res-saltando que já existem algumasseccionais funcionando e cumprin-do o seu papel de filiais do Con-selho, nos municípios de Barreiras,Itabuna, Vitória da Conquista eFeira de Santana. Segundo ele, arede se completa com a atuação defiscais permanentes em Barreiras,Vitória da Conquista e Itabuna.

“Na cidade de Vitória da Con-quista, criamos também a Comis-são de Ética, especialmente voltadapara dar mais celeridade à tramitaçãodos processos éticos dessa região”,relata. “Mas ainda é alto o númerode farmácias irregulares no Estadoda Bahia. É de fundamental impor-tância que as nossas estruturas

funcionem e que possam servirpara a diminuição do índice deirregularidades.”

O CRF/BA recentemente apro-vou, em reunião plenária, uma deli-beração sobre a quantidade deresponsabilidade técnica comAssistência Farmacêutica para oscasos em que o profissionalbioquímico é também obrigado a

lhistas se o farmacêutico concordar.“Vamos promover uma grande

mobilização, alertando sobre anecessidade de fiscalização dosetor público. Além disso, vamoscobrar a contratação do farma-cêutico em toda a rede pública,exigindo vagas para o cargo emconcursos públicos. A VigilânciaSanitária não possui na sua grandemaioria funcionários concursados.A rotatividade é muito grande. Asituação salarial afasta o profis-sional farmacêutico, que acaba nãoocupando as vagas na VISA.”

Quanto à diminuição de farmá-cias irregulares, 40% do total defarmácias clandestinas no Estadopoderiam ser regularizadas sehouvesse uma fiscalização siste-mática da VISA, na opinião do pre-sidente do CRF/BA. “Em Juazeiro,a VISA ignora a abertura de farmá-cias irregulares. No entanto, como crescimento de faculdades deFarmácia em todo Estado baiano,certamente resolveremos essaimportante demanda.”

Dr. Altamiro Santos destaca avanços para a Farmácia

assumir a Assistência Farmacêu-tica do município. Para o Dr. Altami-ro Santos, o Conselho normatizoue deliberou, considerando que épossível haver dois vínculos traba-

• Os NASF devem funcionar em ho-rário de trabalho coincidente aosda equipe de Saúde da Família,sendo que a carga horária consi-derada para o repasse de recursosfederais é, no mínimo, de 40 horassemanais;

• A responsabilidade das equipes desaúde e dos NASF é compartilhada.Assim, os NASF não se constituemem portas de entrada do sistemade saúde;

• Os NASF vão atuar em parceriacom as equipes da Saúde daFamília. Os NASF têm tambémresponsabilização social. Mas nãosão partes da entrada do sistema;

• O usuário não tem acesso diretoao NASF, uma vez que primeiro

Recomendações sobre o NASFtem contato com uma equipe daSaúde da Família;

• Os NASF não vão atender tudo quea Saúde da Família não consegue. Aresponsabilidade é partilhar naequipe e o acompanhamento élongitudinal;

• Os NASF devem buscar a integrali-dade na qualificação. Atenção: évedada no complemento da Saúdeda Família;

• As equipes dos NASF devem darapoio oficial às equipes de Saúdeda Família. Por exemplo, um farma-cêutico pode identificar um conjuntode erros. A importância dos NASFreside na qualificação do trabalhoda equipe. Poderão acontecer açõesde educação permanente;

• O município poderá colocar acontrapartida. O ministério repas-sa um valor para os municípios eestes poderão agregar algum paraoutras opções;

• Os municípios que não têm umnúmero de habitantes suficientespara ter um núcleo poderão fazerum consórcio e serem atendidos,de acordo com as linhas de açõesde Assistência Farmacêutica;

• Ao atuar de forma integrada emprol da Saúde da Família, os NASFgarantem à população o efetivoacesso. O uso racional de medica-mentos visando a resolutividadede ações continuará sendo feitoconforme estabelecem as diretrizesda Saúde da Família e da Assis-tência Farmacêutica.

PORTARIA A Portaria nº 154 de 24 de janeiro de 2008, instituída pelo Ministério da Saúde, cria os Núcleos deApoio à Saúde da Família. O objetivo é ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica. Os núcleosapóiam a inserção da estratégia de Saúde da Família na rede de serviços.

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É preciso que a gente tenhasempre em mente a possibilidadede respaldar alguns antecedenteshistóricos para entendermos omomento por que passa a Assis-tência Farmacêutica, alertou Dra.Gizélia Santana, ao fazer a suaanálise histórica das mudançasintroduzidas pelos NASF. “Em1982, há muito tempo, foi pro-movido o 1º Encontro de Políticasde Medicamentos no contexto doCEME. Nesse encontro, a preten-são do estado brasileiro era oaprofundamento nessa Política deMedicamentos e de AssistênciaFarmacêutica.”

De acordo com o relato da Dra.Gizélia Santana, o Decreto nº 793do Genérico, resultante do Governode Itamar Franco, trouxe um gran-de alvoroço no país. Pela primeiravez, era imposto aos prescritoresque levassem em consideração adenominação genérica do medica-mento. Foi uma pressão forte daindústria farmacêutica. O decretoficou na gaveta.

alguns projetos como o do depu-tado Ivan Valente, que colocava afarmácia como estabelecimento desaúde, existiam vários projetossolicitando a transformação das

farmácias e drogarias em estabe-lecimentos meramente comerciais.

“Nós acumulamos histórias im-portantes para a nossa profissão”,destacou a palestrante. “Um marcofundamental foi a Política de Medi-camentos criada em 1998. Depoistivemos a Lei dos Genéricos. Essalei foi um impacto, porque a dis-cussão anterior considerava que ofarmacêutico não podia intercam-biar produtos farmacêuticos. Osmédicos contestavam e, mais umavez, o farmacêutico se coloca nacena. Com essa lei, o farmacêuticoganhou a condição de intercambiar.”

Em 2004, a Política Nacional deAssistência Farmacêutica foi umapolítica gestada no governo Lula.A Assistência Farmacêutica passoua assumir uma incidência muitogrande no nível de Atenção àSaúde. A diretoria da AssistênciaFarmacêutica ganhou um realcemuito grande.

É fácil perceber que algumasdiretrizes são fundamentais. A

Análise histórica reafirma Política de Medicamentos

Dra. Gizélia Santana reconhece a importânciadas lutas para o crescimento da categoria

Política de Assistência Farmacêu-tica não se resume à dispensaçãode medicamentos. Esse é o mo-mento de usar o medicamento deforma racional. No entanto, ante-riormente a essa dispensação, épreciso debater até que ponto opaís é vulnerável à produção demedicamentos. “A nossa vulnera-bilidade é percebida a partir dadependência no momento deobter a matéria-prima para aprodução de medicamentos”, escla-rece Dra. Gizélia Santana. “E issosem falar na falta de produção econdições para a realização depesquisas.”

“A AssistênciaFarmacêutica não se

resume à dispensação”

O governo avançou na Lei daInovação e na Lei Industrial deprodução de fármacos, abrindoespaço e possibilitando a produ-ção local de matérias-primas e defarmacoquímicos. Foi possívelestabelecer uma política integradada produção. Nesse contexto, fo-ram definidas como fundamentospara a política que dá embasa-mento à Assistência Farmacêuticatrês diretrizes básicas.

A idéia de que o Estado tem odever de garantir o acesso aomedicamento, promovendo con-dições para que este venha a serbem utilizado, é a primeira diretriz.Mas a importância e necessidadede que a utilização de medica-mentos seja racional também me-rece destaque. Finalmente, existeuma preocupação com a gestãoassumida pelo poder público.

“Nós acumulamoshistórias

importantes”

A partir daí, foi unificada a dis-cussão sobre o Uso Racional deMedicamentos (URM). Discussãoque culminou com o Estado pro-vocando mudanças e discutindo opapel do farmacêutico e da farmá-cia como estabelecimento de saúdee não como estabelecimentocomercial.

Ao mesmo tempo, segundo Dra.Gizélia Santana, em que os farma-cêuticos tentavam avançar com

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entrevista

“““““

“““““

Como a comunidadeComo a comunidadeComo a comunidadeComo a comunidadeComo a comunidadeacadêmica acolheu aacadêmica acolheu aacadêmica acolheu aacadêmica acolheu aacadêmica acolheu aaprovação do mestrado?aprovação do mestrado?aprovação do mestrado?aprovação do mestrado?aprovação do mestrado?Esse é o primeiro cursoEsse é o primeiro cursoEsse é o primeiro cursoEsse é o primeiro cursoEsse é o primeiro cursoStricto sensuStricto sensuStricto sensuStricto sensuStricto sensu?????

A Faculdade de Farmácia não pos-suía uma pós-graduação strictosensu em Farmácia (mestrado oudoutorado). Possui um curso strictosensu de mestrado em Ciênciasdos Alimentos, área de CiênciasAgrárias, há cerca de dois anos,sendo inclusive uma boa opção parao farmacêutico interessado nessaárea. Embora de grande impor-

A aprovação do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Farmácia da

Faculdade de Farmácia da Univer-sidade Federal da Bahia pelaCAPES obteve uma boa reper-cussão no meio acadêmico baianoe nos profissionais de Farmácia. ADiretoria do CRF/BA parabenizaa todos os responsáveis peloprojeto. E destaca que tem desen-volvido um trabalho especial-mente voltado para a conquistadessa vitória ao longo de muitos

anos. Através da atuação da suaComissão Científica, o ConselhoRegional de Farmácia semprereafirmou a sua luta em prol damelhoria da qualidade do Ensinonas Faculdades de Farmácia. Ocoordenador do projeto, AjaxMercês Atta (foto), professortitular e doutor em Imunologia,chefe do Departamento deAnálises Clínicas e Toxicológicas epesquisador do CNPq, em en-trevista exclusiva, comenta aimportância dessa conquista.

tância para a Faculdade de Farmáciae para o Estado da Bahia, não con-templa o medicamento e as análisesclínicas. Por outro lado, já tínhamosalguns cursos lato sensu (especiali-zação), possibilitando a comple-mentação da formação profissionalem diferentes áreas. Muitos dessesjá funcionam há mais de cincoanos, a exemplo do CETADIL e ocurso de Assistência Farmacêutica.A nossa grande expectativa, por-tanto, referia-se ao curso Strictosensu em Farmácia, especifica-mente Ciências Farmacêuticas.

Os nossosOs nossosOs nossosOs nossosOs nossos

professores maisprofessores maisprofessores maisprofessores maisprofessores mais

experientes estavamexperientes estavamexperientes estavamexperientes estavamexperientes estavam

associados a outrosassociados a outrosassociados a outrosassociados a outrosassociados a outros

cursos de mestradocursos de mestradocursos de mestradocursos de mestradocursos de mestrado

e doutorado quee doutorado quee doutorado quee doutorado quee doutorado que

não eram danão eram danão eram danão eram danão eram da

FFFFFaculdade deaculdade deaculdade deaculdade deaculdade de

FFFFFarmáarmáarmáarmáarmáciaciaciaciacia

Mestrado em Farmácia pela UFBAé aprovado pela CAPES

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CRF-BA em RevistaCRF-BA em Revista

Como se explica que aComo se explica que aComo se explica que aComo se explica que aComo se explica que afaculdade mais antiga dofaculdade mais antiga dofaculdade mais antiga dofaculdade mais antiga dofaculdade mais antiga doBrasil somente agora tenhaBrasil somente agora tenhaBrasil somente agora tenhaBrasil somente agora tenhaBrasil somente agora tenhaconquistado a sua primeiraconquistado a sua primeiraconquistado a sua primeiraconquistado a sua primeiraconquistado a sua primeirapós-graduação pós-graduação pós-graduação pós-graduação pós-graduação strictostrictostrictostrictostrictosensusensusensusensusensu?????

Há muito tempo, nós, professoresda faculdade, começamos atrabalhar em propostas de cursosde mestrado em Ciências Farma-cêuticas, mas não conseguíamosatender totalmente às exigênciasda CAPES. Para obtermos a apro-vação, era necessário ter um quadromínimo de dez docentes perma-nentes, com boa produção cien-tífica e experiência em orientação.Os nossos professores mais expe-rientes estavam associados a cursosde mestrado e doutorado que nãoeram da Faculdade de Farmácia.Para exemplificar, eu fui um dosfundadores do Programa de Pós-Graduação em Imunologia doInstituto de Ciências da Saúde(PPGIM) junto com o professorRoberto Meyer. Vários professoresda Faculdade de Farmácia iniciaramas suas atividades de ensino eorientação, e ainda atuam em pós-graduação fora da Faculdade deFarmácia. Podem ser citadas, entreoutros, a progessora Juceni Davidno Instituto de Química e a profes-sora Marilda Gonçalves da FIOCRUZ,onde têm desenvolvido um belís-simo trabalho acadêmico.

Quando a CAPES aprovou aQuando a CAPES aprovou aQuando a CAPES aprovou aQuando a CAPES aprovou aQuando a CAPES aprovou aproposta?proposta?proposta?proposta?proposta?

Apresentamos a proposta emmarço e a aprovação foi divulgadano mês de agosto passado, naúltima avaliação de novos cursos. Quantos professores irãoQuantos professores irãoQuantos professores irãoQuantos professores irãoQuantos professores irãointegrar a equipe docente?integrar a equipe docente?integrar a equipe docente?integrar a equipe docente?integrar a equipe docente?

Nós tivemos a felicidade de contarcom 14 professores da Faculdade

de Farmácia, dez permanentes equatro colaboradores nesse pro-grama. Não foi preciso a partici-pação de professores externospara a aprovação do mesmo.Todos os professores têm respon-sabilidade de disciplinas, obrigató-rias ou optativas, além de orientaçãoem pesquisa. Essa qualificação,inclusive, foi comprovada pelaCAPES, no momento em que elaaprovou a proposta. Em que medida o nível deEm que medida o nível deEm que medida o nível deEm que medida o nível deEm que medida o nível deexperiência docente atendeexperiência docente atendeexperiência docente atendeexperiência docente atendeexperiência docente atendeaos pré-requisitos exigidosaos pré-requisitos exigidosaos pré-requisitos exigidosaos pré-requisitos exigidosaos pré-requisitos exigidospela CAPES?pela CAPES?pela CAPES?pela CAPES?pela CAPES?

Atende à CAPES pela qualidade,documentada pelo ensino de disci-plinas em bons cursos stricto sensudentro e fora da UFBA, pela experi-ência acumulada no campo daorientação em pesquisa e publicaçãono triênio de 72 artigos científicosem revistas científicas indexadas,na sua maioria internacionais.

Além da qualificação dosAlém da qualificação dosAlém da qualificação dosAlém da qualificação dosAlém da qualificação dosprofessores, quais osprofessores, quais osprofessores, quais osprofessores, quais osprofessores, quais osdemais critérios exigidosdemais critérios exigidosdemais critérios exigidosdemais critérios exigidosdemais critérios exigidospela CAPES?pela CAPES?pela CAPES?pela CAPES?pela CAPES?

Na área de Farmácia, a CAPES sóaprova cursos que incluam nagrade curricular disciplinas con-sideradas obrigatórias, a exemplode Epidemiologia, Biologia Mole-cular, Bioética e Bioestatística eFarmacologia. Esses são requisitosconsiderados importantes paraaprovação.

Quais são as linhas deQuais são as linhas deQuais são as linhas deQuais são as linhas deQuais são as linhas depesquisa?pesquisa?pesquisa?pesquisa?pesquisa?

O nosso curso de mestrado temuma única área de concentraçãoem Ciências Farmacêuticas e duaslinhas de pesquisa: Fitoquímica eFarmacognosia e InvestigaçãoLaboratorial de Doenças.

E a sua participação nessaE a sua participação nessaE a sua participação nessaE a sua participação nessaE a sua participação nessainic iat iva?inic iat iva?inic iat iva?inic iat iva?inic iat iva?

Tive o privilégio de coordenarum trabalho coletivo, que contoucom a participação de profes-sores pesquisadores altamentecomprometidos com a Farmáciabaiana e a Ciência brasileira.Além disso, a colaboração doprofessor Marcelo Castilho, vice-coordenador no projeto, foi muitoimportante. Quando o curso foiQuando o curso foiQuando o curso foiQuando o curso foiQuando o curso foiinstalado na faculdade?instalado na faculdade?instalado na faculdade?instalado na faculdade?instalado na faculdade?

O Colegiado do programa foiinstalado em agosto. Na ocasião,fui eleito para coordenador doPrograma de Pós-Graduação emFarmácia para os próximos doisanos, tendo sido confirmado navice-coordenação o professorMarcelo Castilho. Para a CAPES, ocurso começa a ser avaliado apartir da matrícula da primeiraturma. Temos muito trabalho pelafrente. Qual a importância para aQual a importância para aQual a importância para aQual a importância para aQual a importância para acriação do mestrado nacriação do mestrado nacriação do mestrado nacriação do mestrado nacriação do mestrado naFFFFFaculdade de Faculdade de Faculdade de Faculdade de Faculdade de Farmácia daarmácia daarmácia daarmácia daarmácia daUFBA?UFBA?UFBA?UFBA?UFBA?

A partir da criação desse cursode pós-graduação, vamos con-seguir atender a uma demandaque até o momento estava sendoimpedida de se qualificar acade-micamente em Farmácia aquimesmo. No Estado da Bahia,quando os professores queriamse capacitar para o ensino dasCiências Farmacêuticas tinhamque se deslocar para outrosestados como São Paulo, Per-nambuco e Rio Grande do Norte.Agora, temos a condição deoferecer essa oportunidade naprópria Faculdade de Farmáciada UFBA.

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Quantas vagas serãoQuantas vagas serãoQuantas vagas serãoQuantas vagas serãoQuantas vagas serãooferecidas?oferecidas?oferecidas?oferecidas?oferecidas?

Inicialmente, serão oferecidas dezvagas para ser preenchidas peloscandidatos aprovados em umprocesso de seleção. As exigên-cias para a seleção serão divul-gadas em edital específico. Aprevisão é que o processo seletivoseja realizado em novembro,como ocorre com os demaiscursos de pós-graduação daUFBA. Quem pode se candidatar aQuem pode se candidatar aQuem pode se candidatar aQuem pode se candidatar aQuem pode se candidatar auma vaga de mestrado emuma vaga de mestrado emuma vaga de mestrado emuma vaga de mestrado emuma vaga de mestrado emCiências FCiências FCiências FCiências FCiências Farmacêuticas ?armacêuticas ?armacêuticas ?armacêuticas ?armacêuticas ?

Apenas o profissional farma-cêutico. É importante que ocandidato identifique previamenteum orientador que deve fazerparte da equipe de docentescredenciados. Afinal, o cursoenvolve não apenas a freqüênciaem disciplinas, mas também apesquisa orientada em projetoscoerentes com as Linhas dePesquisa do Programa de PG emFarmácia. Por outro lado, ao optarpor uma linha de pesquisa, oaluno será submetido à seleçãona mesma. Ou seja, quem optarpor Investigação Laboratorial deDoenças será principalmenteavaliado em tópicos relacionadosao Laboratório Clínico e terá quepossuir uma carta de aceitação deorientador nessa Linha de Pes-quisa.

O que vocês esperam desseO que vocês esperam desseO que vocês esperam desseO que vocês esperam desseO que vocês esperam dessecurso em termos decurso em termos decurso em termos decurso em termos decurso em termos debenefícios para o Estadobenefícios para o Estadobenefícios para o Estadobenefícios para o Estadobenefícios para o Estadoda Bahia?da Bahia?da Bahia?da Bahia?da Bahia?

A nossa expectativa é queconsigamos dar uma “mexida”bem forte nas Ciências Farma-cêuticas na Bahia. Eu acho quepara isso é muito importante acolaboração do Conselho Regionalde Farmácia. Existem ações noatual governo visando a reativação

da BAHIAFARMA, além da criaçãode um pólo tecnológico voltadopara a área de desenvolvimento deconjuntos e reagentes para diag-nóstico de doenças. O Programade Ciência e Tecnologia do Gover-no Federal (recomendo a visita aosite do CNPq) não deixa dúvidasquanto à importância destas áreasestratégicas para o Brasil, espe-cialmente para o Sistema Único deSaúde. Temos que participar

ativamente na construção de umnovo modelo de Ciência e Tecno-logia Nacional. O nosso Programade Pós-Graduação em Farmáciapode contribuir significativamentena construção desse modelo. E quanto à repercussão daE quanto à repercussão daE quanto à repercussão daE quanto à repercussão daE quanto à repercussão dacriação do novo curso nocriação do novo curso nocriação do novo curso nocriação do novo curso nocriação do novo curso nopanorama da educaçãopanorama da educaçãopanorama da educaçãopanorama da educaçãopanorama da educaçãosuperior brasileira?superior brasileira?superior brasileira?superior brasileira?superior brasileira?

Um programa de PG em Far-mácia como o nosso atende emprimeiro plano às necessidadeslocais de mestres qualificadospara o ensino e pesquisa. Temosmais de uma dezena de facul-dades de Farmácia na Bahia,onde, com certeza, existem pro-fessores esperando uma oportu-nidade para uma melhor qualifi-cação acadêmica. Por outro lado,os cursos de mestrado e douto-rado como o nosso estão abertosa candidatos de qualquer localdo país. Entra quem estiver maisbem preparado e que já tenhaidentificado um futuro orien-tador no programa. Esse profes-sor obrigatoriamente tem que sercredenciado e desenvolverá a suaorientação estritamente nas linhasde pesquisa já previamente esta-belecidas no programa. Portanto,a nossa expectativa é de umademanda inicialmente local edepois regional. Contudo, nãome surpreenderei com a presen-ça de candidatos de outras regiõesdo país.

E no âmbito das demaisE no âmbito das demaisE no âmbito das demaisE no âmbito das demaisE no âmbito das demaisfaculdades de Ffaculdades de Ffaculdades de Ffaculdades de Ffaculdades de Farmácia noarmácia noarmácia noarmácia noarmácia nopaís?país?país?país?país?

Visual izamos futuras coope-rações científicas com outrosprogramas de Pós-Graduação emFarmácia nacionais e interna-cionais. As oportunidades paratais relações são hoje bastanteestimuladas pelo CNPq e CAPES.Aliás, já começamos a caminharnesse sentido.

Nós contamosNós contamosNós contamosNós contamosNós contamoscom a ação docom a ação docom a ação docom a ação docom a ação do

governo estadual,governo estadual,governo estadual,governo estadual,governo estadual,decorrente dadecorrente dadecorrente dadecorrente dadecorrente dareativação dareativação dareativação dareativação dareativação daBAHIAFBAHIAFBAHIAFBAHIAFBAHIAFARMA.ARMA.ARMA.ARMA.ARMA.

Sabemos que existeSabemos que existeSabemos que existeSabemos que existeSabemos que existeuma proposta deuma proposta deuma proposta deuma proposta deuma proposta de

criação de um pólocriação de um pólocriação de um pólocriação de um pólocriação de um pólotecnológico voltadotecnológico voltadotecnológico voltadotecnológico voltadotecnológico voltado

para a área depara a área depara a área depara a área depara a área deDesenvolvimento deDesenvolvimento deDesenvolvimento deDesenvolvimento deDesenvolvimento de

Diagnóstico deDiagnóstico deDiagnóstico deDiagnóstico deDiagnóstico deDoenças HumanasDoenças HumanasDoenças HumanasDoenças HumanasDoenças Humanas

com kitscom kitscom kitscom kitscom kitsreagentesreagentesreagentesreagentesreagentes

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A área de concentração do mestrado acadêmico emCiências Farmacêuticas abrangeanálise química e avaliaçãobiológica de produtos naturaiscom vistas ao desenvolvimentode fármacos; estudo laboratorialde doenças com vistas ao desen-volvimento de novos testesdiagnósticos; e identificação debiomarcadores para acom-panhamento de evolução clínicae de resposta terapêutica.

As linhas de pesquisa são:As linhas de pesquisa são:As linhas de pesquisa são:As linhas de pesquisa são:As linhas de pesquisa são:

1)1)1)1)1)Fitoquímica e FFitoquímica e FFitoquímica e FFitoquímica e FFitoquímica e Farmacogarmacogarmacogarmacogarmacog-----nosia nosia nosia nosia nosia (Isolamento e caracteri-zação de substâncias bioativasa partir de espécies de plantasregionais).

2)2)2)2)2) Investigação Laboratorial Investigação Laboratorial Investigação Laboratorial Investigação Laboratorial Investigação Laboratorialde Doençasde Doençasde Doençasde Doençasde Doenças (Investigaçãodos mecanismos envolvidosna patologia e patologia dedoenças infecciosas, hemato-lógicas metabólicas e imuno-lógicas. Desenvolvimento demétodos e ferramentasmoleculares de aplicação nolaboratório clínico).

Objetivos da formação deObjetivos da formação deObjetivos da formação deObjetivos da formação deObjetivos da formação demestres capacitados paramestres capacitados paramestres capacitados paramestres capacitados paramestres capacitados parao ensino de Ciênciaso ensino de Ciênciaso ensino de Ciênciaso ensino de Ciênciaso ensino de CiênciasFFFFFarmacêuticas earmacêuticas earmacêuticas earmacêuticas earmacêuticas edesenvolvimento dedesenvolvimento dedesenvolvimento dedesenvolvimento dedesenvolvimento depesquisas:pesquisas:pesquisas:pesquisas:pesquisas:

1)1)1)1)1) identificação e planejamentode fármacos a partir de pro-dutos naturais;

2)2)2)2)2) desenvolvimento de novasmetodologias em laboratórioclínico, com o objetivo diag-nóstico, acompanhamento eestudo epidemiológico dedoenças.

Espera-se do egresso do Pro-grama de Pós-Graduação em Far-mácia a sua inserção em unidadesde ensino de graduação em Ciên-cias Farmacêuticas locais e nacio-nais e em centros tecnológicos,contemplando a produção defármacos e medicamentos, pro-dutos médicos e biomateriais, kitsdiagnósticos, hemoderivados evacinas.

Pré-requisitos para osPré-requisitos para osPré-requisitos para osPré-requisitos para osPré-requisitos para oscandidatos ao processocandidatos ao processocandidatos ao processocandidatos ao processocandidatos ao processoseletivo:seletivo:seletivo:seletivo:seletivo:

• Carta com aceitação de orien-tação, especificando a linha depesquisa, onde o projeto dadissertação de mestrado serádesenvolvido e a sua viabilidadede execução encaminhada peloorientador.

• Apresentação de curriculumvitae da Plataforma Lattes doCNPq e histórico escolar paraanálise.

• Realização de entrevista.

• Realização de prova escritasobre conhecimentos na Linhade Pesquisa escolhida, com umaquestão discursiva, no mínimo.

• Interpretação sob forma deresumo de artigo científico eminglês da área.

Área de concentração é muito abrangenteCorpo docente:Corpo docente:Corpo docente:Corpo docente:Corpo docente:Ájax Mercês Atta – Prof.titular, Doutor em Imunologia

Cristiane Flora Villarreal –Profa. Adjunta, doutora emFarmacologia

Elisângela Vitória Adorno –Profa. Adjunta, doutora emAnatomia Patológica e PatologiaClínica

Eudes da Silva Velozo –Prof. Associado, Doutor emQuímica

Fernanda WashingtonMendonça Lima – Profa.Adjunta, doutora em BiologiaMolecular

Joice Neves Reis Pedreira –Profa. Adjunta, doutora emAnatomia Patológica e PatologiaClínica

Juceni Pereira de LimaDavid – Profa. Titular, doutoraem Química

Marcelo Santos Castilho –Prof. Adjunto, doutor em Física

Márcia Cristina AquinoTeixeira – Profa. Adjunta,doutora em Biologia Molecular

Maria Luiza Britto deSousa Atta – Profa. Adjunta,doutora em Imunologia

Marilda de Sousa Gonçalves– Profa. Adjunta, doutora emGenética

Neci Matos Soares – Profa.Associada, doutora em BiologiaMolecular

Ricardo David Couto – Prof.Adjunto, doutor em Farmácia

Tânia Fraga Barros – Prof.Adjunto, doutora emMicrobiologia

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Serviço voltado para uma gestação saudávelé coordenado por farmacêutico bioquímico

Para uma gestação segura e a formação de um em- brião saudável, uma mulher

grávida não pode usar os mesmosmedicamentos utilizados pelasnão-gestantes. Muitas substânciascausam problemas irreversíveis demalformação genética no feto,alterações que podem ser evitadase até mesmo tratados durante agestação, se forem detectadospreviamente. Mas poucas pessoassabem disso. O nível de desinfor-mação da população ainda é muitoalto e, conseqüentemente, onúmero de ocorrências de nasci-mentos de bebês com anomaliacresce a cada dia.

Diante dessa realidade, o Depar-tamento de Genética Médica doHospital Universitário Professor

Edgard Santos (HUPES/UFBA)mantém, desde 2001, o Serviçode Informação sobre AgentesTeratogênicos (SIAT). Chefiadopela médica geneticista Dra.Bethânia Torales, o serviço é coor-denado pelo farmacêutico bioquí-mico do HUPES, Dr. Gildásio deCarvalho, há 12 anos. O atendi-mento à população é realizadogratuitamente, a partir do forne-cimento de dados oriundos debancos específicos, além de artigoscientíficos atuais, sobre os riscosrelacionados à exposição de ges-tantes a agentes teratogênicos,todos aqueles que produzemdanos ao embrião ou feto.

“Este é o momento de pres-tarmos um serviço de qualidade,é necessário para a população em

Gestação segura

Dr. Gildasio Carvalho coordena oserviço e acumula experiência de 12 anos

de trabalho no HUPES

O SIAT-BA é um serviço gratuito que forneceinformações atualizadas a médicos, profissionaisda área de saúde, pesquisadores e a comunidadeem geral sobre os riscos relacionados àsexposições a medicamentos e outros agentesquímicos, físicos ou biológicos potencialmenteteratogênicos, ou seja, capaz de causarmalformação ao feto durante a gestação.

idade fértil do Estado da Bahia”,anuncia Dr. Gildásio Carvalho. “Éimportante alertar a todos paraque fiquem atentos aos riscos deagentes ambientais, físicos equímicos causarem alteraçõesdurante a gestação.

Serviços similares já funcionamhá muitos anos na Europa e naAmérica do Norte. No Brasil, em1990, foi fundado o SIAT emPorto Alegre, como a primeirainiciativa nessa área na AméricaLatina. Hoje só existe um total detrês serviços similares em PortoAlegre, Fortaleza e Salvador.

O serviço é formado por umaequipe de profissionais médico,farmacêutico, bioquímico, biólogo,enfermeiro e acadêmicos treinadose oriundos dessas diversas áreas.

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“O papel do farmacêutico naequipe do SIAT/BA é muito impor-tante”, defende Gildásio Carvalho.“Como especialista em AnálisesClínicas, eu posso contribuir como meu conhecimento nas diversasáreas, como farmacogenética,medicamentos e análises clínicas.”Além disso, o coordenador tambémdestaca, como outro objetivo rele-vante, o aprofundamento da pes-quisa nas áreas de teratogênicose ecogenética. “Temos uma preo-cupação muito grande com resí-duos agroindustriais precisamosampliar conhecimentos nessasáreas, Projetos voltados para essestemas devem ser incentivados”,afirma Dr. Gildásio.

“Nós cruzamos as informaçõescom outros estados que possuemo serviço. E quando não há esseserviço em outros estados, nósfazemos o cruzamento com bancossimilares. A base de dados é ainformação sobre os riscos demedicamentos ou outros agentesquímicos, físicos ou biológicos,que podem desenvolver anoma-lias genéticas.”

O SIAT/BA desenvolve ativida-des direcionadas para a preven-ção, informando às mulheressobre a existência de riscos deterem um filho com alteraçãogenética. A proposta leva em contaque, a partir do momento em queo público tem a informação sobreos agentes que levam às altera-ções, os riscos diminuem. Oatendimento é prestado através deconsultas por telefone e por e-mail. No ato da consulta, o usuáriodo serviço preenche um questio-nário e obtém a resposta no prazomáximo de 72 horas.

“É importante ressaltar que esseserviço tem caráter exclusiva-mente informativo e é extrema-mente sigiloso. Não é um serviçodiagnóstico”, declara o coorde-nador.

Segundo os especialistas, seriaideal que cada gravidez fosse

programada. O fato da contri-buição de o médico ser decisiva,por ele ter condições melhores deinformar à sua clientela quais sãoos riscos a que está submetidadurante a gestação, resultou narealização de aulas regulares paramédicos e gestantes. “Fazemospalestras educativas com profis-sionais treinados”, acrescentaGildásio Carvalho. “Também pro-movemos apresentações em feirasde saúde, consultórios médicos,hospitais, entre outras.”

O aparecimento de anomaliasgenéticas pode ser evitado adepender do tempo de exposiçãoaos agentes potencialmente tera-togênicos. O período em que amulher foi exposta e a dose inge-rida são informações importantespara que seja avaliada o grau depossibilidade da ocorrência deuma malformação no feto.

“Os profissionais de saúde preci-sam saber as conseqüênciasdevido à exposição a um deter-minado agente”, comenta GildásioCarvalho. “O simples fato deexposição a um determinadoagente ou apenas uma dose dedeterminado medicamento podelevar a um aborto, prematuridadeda gestação, malformações, dis-túrbios de comportamentos ouaprendizado, além de alteraçõesno crescimento do bebê.

O médico deve ser sempre con-sultado desde o início da gestaçãopara que a gestante tenha umagravidez saudável.”

IMPORTANTE:• Procure sempre o médico

para acompanhar a gravidez;• Determinadas substâncias

podem ser eliminadas peloleite materno, então antesde amamentar informe-se;

• Doenças transmissíveis, aexemplo de rubéola, sãoprevalentes em nosso meioe podem causar potenciaisdanos ao feto, daí a impor-tância de procurar seumédico para a realizaçãodo pré-natal;

• Campanhas de imunizaçãopara mulheres em idadefértil são importantes paraa prevenção; informe-se eparticipe.

• A informação é sempreuma ótima ferramenta paracuidar de sua saúde.

Mais informações podem serobtidas através do fone: (71)3245-4241, no horário das 13às 17 horas / [email protected]@[email protected]@[email protected]/siatupes.ufba.br/siatupes.ufba.br/siatupes.ufba.br/siatupes.ufba.br/siat

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A introdução de novas tecnologiasem nosso cotidiano provoca umaverdadeira revolução em con-

ceitos preestabelecidos alterandoradicalmente o rumo da vida emsociedade. Entretanto, nem sempre ainfluência de uma nova descobertacientífica sobre a vida do público emgeral pode ser prontamente reconhe-cida. Quando a estrutura da moléculado ácido desoxirribonucléico (DNA)foi elucidada por Watson e Crick em1953, nem mesmo os cientistas envol-vidos puderam vislumbrar a revoluçãoque, algumas décadas depois, tal des-coberta provocaria em várias áreas doconhecimento humano. Menos evidenteainda, eram as aplicações potenciaisdessa nova aquisição para a melhorada qualidade de vida da população.

Somente em 1973, quando Boyer eCohen surpreenderam a todos com apossibilidade da construção de umamolécula de DNA recombinante em umtubo de ensaio, que a comunidadecientífica compreendeu a verdadeiraimportância da descoberta do DNA. Aimagem do DNA, até então inviolável,tinha sido definitivamente alterada poresse tipo de experimento. Os genespodiam agora ser isolados, alterados,reproduzidos milhões de vezes e trans-plantados de um para outro organismo

vivo, e essa nova tecnologia apresen-tava um potencial tão positivo quantoassustador. Começava a ser redigido,portanto, um dos mais excitantescapítulos da história da biologia, a erada Biologia Molecular.

Em 1975, Nathans e Smith purifi-caram enzimas de restrição, ferramentasessenciais para a manipulação in vitrodo DNA. Essas foram de fundamentalimportância para o isolamento e ampli-ficação de fragmentos específicos deDNA para a clonagem in vivo, tecnolo-gia desenvolvida a partir das técnicasde DNA recombinante. Também em1975 uma nova metodologia, deno-minada Southern blotting, começoua ser usada para investigar a localiza-ção de genes e marcou o início daaplicação destas tecnologias no estudodas doenças genéticas. Em 1977,técnicas de seqüenciamento permiti-ram a identificação de alteraçõesespecíficas na seqüência de DNA e aassociação destas com diferentesdoenças genéticas.

Depois disso, o principal marco nodesenvolvimento das técnicas dediagnóstico molecular foi em 1983,quando Kary Mullis desenvolveu umatécnica que revolucionou a ciência,pois a mesma permitia a identificaçãode uma seqüência do material gené-

tico de qualquer organismo, a partirde quantidades ínfimas de material.Essa técnica chamada de Reação emCadeia da Polimerase (PCR) rendeu aesse cientista o prêmio Nobel emQuímica em 1993. A reação de PCRpermite que uma determinada regiãodo DNA seja amplificada artificialmenteatravés de ciclos repetitivos em umtermociclador com variações de tem-peratura e com auxílio da enzima DNApolimerase. A possibilidade de amplifi-car e detectar ácidos nucléicos refletiutambém na mudança de paradigma naárea de análises clínicas, a qual acabouincorporando esta tecnologia em suasjá estabelecidas rotinas de investigação,visto que a reação em cadeia da poli-merase oferece resultados com altasensibilidade e especificidade. Final-mente, em 1989, a Hoffman La Roche& Perkin-Elmer Corporation patenteouesse processo, tornando possível aautomação da técnica e sua aplicaçãono diagnóstico laboratorial.

Desde a introdução da técnica dePCR, rápidos avanços nas técnicas degenética molecular têm revolucionadoa prática da patologia, anatomia eanálises clínicas. As técnicas mole-culares são agora aplicáveis a todasas áreas do laboratório clínico, setornando uma ferramenta útil no

Mara Dias Pires1 e Siane Campos de Souza2

1 – Farmacêutica, doutora em Ciências pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo e atual pesquisadoraVisitante do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz – FIOCRUZ – BA

2 – Bióloga, mestre pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e atualmente doutoranda do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz– FIOCRUZ – BA

A era da biologia molecular nasanálises clínicas: aplicação eperspectivas futuras

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diagnóstico de inúmeras doençasatravés da identificação de umaseqüência gênica específica a partirdo material biológico obtido do paci-ente. Atualmente, a técnica de PCR éo principal método molecular dediagnóstico, sendo amplamente usadoem uma variedade de tarefas, comodetecção de doenças hereditárias,

clonagem de genes, medicina forense,detecção de mutações, testes depaternidade, exames para detecção deagentes patogênicos entre outras.Esses estudos podem ser realizadosno sangue periférico, fluidos cor-porais, materiais obtidos através depunção, tecidos frescos e tecidosembebidos em parafina.

No campo da virologia, os testes atéentão empregados dependiam de umgrande investimento dos administra-dores do laboratório clínico paratreinamento da equipe técnica epadronização dos métodos de cultivocelular para crescimento viral. Alémdisso, os testes sorológicos não eramsuficientemente eficientes para o diag-nóstico de infecções virais em seuestágio inicial e em algumas patolo-gias, como no caso da encefalite causadapelo Vírus Herpes Simplex (HSV), aúnica alternativa era a biópsia. Hoje atécnica de PCR permite a detecção doDNA do HSV com 95% de sensibilidadeem amostras de líquido céfaloraqui-diano sem a necessidade da biópsia2.

Outro exemplo é o emprego do PCRpara investigar o estágio da infecçãopelo vírus da hepatite C. Sabe-se quesomente os indivíduos portadores dacarga viral (RNA) são capazes de trans-mitir a hepatite C. Portanto, tornou-se de fundamental importância apresença de testes específicos, comoos testes por PCR em bancos desangue, laboratórios clínicos e hos-pitais para conseguir um diagnósticopreciso e eficaz e, desta forma,impedir a transmissão da hepatite Catravés de transfusão sanguínea, detransplante de órgãos ou até mesmoade transmissão vertical da mãe parao feto3. O mesmo acontece nodiagnóstico de infecção causada por

Tabela 1. Exemplos de agentes diagnosticados por biologia molecular em doenças infecciosas

Tabela 2. Kits disponíveis comercialmente para detecção de carga viral.

Esse avanço tecnológico tem permi-tido que os diagnósticos laboratoriaisaté então realizados por testes bioquí-micos, sorológicos e microbiológicos(análise fenotípica) sejam feitos poranálises moleculares (gênicas) em váriasáreas, como na virologia, bacterio-logia, parasitologia, micologia efarmacologia (tabela 1)(tabela 1)(tabela 1)(tabela 1)(tabela 1)1,10,111,10,111,10,111,10,111,10,11.....

outros vírus, como no caso do Vírusda Imunodeficiência Humana (HIV),o Citomegalovirus (CMV) e o vírus dahepatite B (HBV)12. O monitoramentoda carga viral em pacientes infectadospor HIV, HCV, HBV e CMV é uma dasprincipais ferramentas utilizadas pelosinfectologistas para investigar o efeitoda terapia anti-retroviral, além de serum bom índice preditor da progressãoe do prognóstico dessas patologias.Alguns kits são empregados nasrotinas de laboratório (tabela 2)(tabela 2)(tabela 2)(tabela 2)(tabela 2)sendo que o Cobas Amplicor HIV-1Monitor Ultra-sentitive Test, comercia-lizado pela Roche, possui sensibilidadepara detecção mínima de 50 cópiasvirais por ml de sangue4.

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Outra área de atuação da biologiamolecular é a genotipagem viral e adetecção de resistência a drogas, prin-cipalmente nas infecções por HIV, HCV

e HBV (tabela 3).(tabela 3).(tabela 3).(tabela 3).(tabela 3). Algumas infor-mações sobre seqüências gênicas emutações que conferem resistênciafarmacológica no tratamento dessas

Tabela 3. Exemplos de uso dos métodos de biologia molecular no laboratório de microbiologia clínica

doenças encontram-se disponíveispara consulta no Banco de Dados deProtease e Transcriptase Reversa(http://hivdb.stanford.edu).

A cancerologia é outra área que sebeneficiou com o desenvolvimentodas técnicas de biologia molecular. Oracional terapêutico para o câncer decolo de útero causado pelo papilomavírus humano (HPV) tem como pontode partida a genotipagem do HPV aser avaliada em conjunto com o examede Papanicolau. Um resultado normalde Papanicolau em pacientes porta-doras de genótipos de HPV conside-rados de alto risco para câncer, poderáser indicativo de que essa paciente nãopoderá esperar um tempo maior pararepetir seus exames de rotina7.

Na área de genética humana, a bio-logia molecular tornou-se ferramentafundamental no diagnóstico das doen-ças monogênicas, permitindo não sóa identificação do gene afetado, mastambém da mutação responsável peladoença. A disponibilidade dos métodosdiagnósticos tem possibilitado tambéma identificação de portadores heterozi-gotos, o diagnóstico pré-natal e atriagem populacional para estasdoenças. Embora a maioria dos testesgenéticos ainda se destine ao diagnós-tico e prevenção de doenças raras, osavanços tecnológicos têm permitidoo uso destes testes para a avaliaçãode risco de doenças como câncer edoenças cardiovasculares8,9.

A correlação entre mutações gêni-cas e suscetibilidade a doenças éparticularmente importante no câncer,sendo que cerca de 5% a 10% doscasos ocorrem em indivíduos que her-daram alguma predisposição a essadoença. Dentre os genes mais estudadosde predisposição ao câncer estão oBRCA1 e BRCA2, nos cânceres demama e ovário hereditários e os genes

de reparo do DNA, MLH1 e MSH2,para os tumores colorretais.

Na área da bacteriologia, um grandeavanço tem sido observado ao longodos últimos anos em relação ao diag-nóstico de infecções causadas porbactérias fastidiosas, como por exem-plo, a Mycobacterium tuberculosis,Chlamydia trachomatis, Neisseriagonorrheae e Bordetella pertussis.Usualmente essas culturas tendem ademorar em média de sete a 15 diasaté a obtenção final do resultado, etanto os meios de cultura quanto otreinamento do profissional respon-sável pelo teste são dispendiosos parao laboratório. Essas dificuldades sãominimizadas com o PCR, visto que umresultado poderá sair em, no máximo,dois dias, incluindo a repetição doexame, caso seja necessário. Noentanto, é importante pontuar que adetecção do M. tuberculosis é um dospoucos exemplos onde a culturaconvencional ainda se mantém maissensível do que o PCR10.

Na parasitologia, o diagnóstico deinfecções causadas por agentes comoo Toxoplasma gondii pode ser detec-tada por PCR em amostras obtidas dolíquido aminiótico para confirmar aafecção fetal, e pode ser feita tambémem líquido céfalo-raquidiano para odiagnóstico da encefalite causada peloprotozoário. Nessa mesma área valelembrar que o diagnóstico da maláriaque tem como agente causador oPlasmodium spp., também pode serrealizado por PCR, o qual apresentaráresultados mais sensíveis que osobservados em esfregaços10.

Apesar das inúmeras vantagensassociadas às técnicas de biologia

molecular, o método de PCR tambémpossui suas limitações. Os resultadosfalso-positivo ou falso-negativo, apesarde diminuir a incidência, infelizmenteainda não foram afastados da rotinados laboratórios de análises clínicas.Uma desvantagem da técnica é a não-distinção de organismos viáveis dosnão-viáveis, além de não ser quantita-tivo11. A entrada da automação nasvárias etapas de realização do PCR,desde a extração de DNA ou RNA esíntese de cDNA, a amplificação edetecção dos produtos de PCR, levoua uma modificação da tradicionalPCR. Entre as principais técnicasresultantes de modificações da PCR,podemos citar o RT-PCR, nested PCR,multiplex PCR, PCR a partir de primersrandômicos e PCR em tempo real12.

O RT-PCR utiliza uma enzima cha-mada transcriptase reversa paraconverter uma amostra de RNA emcDNA antes da etapa de amplificaçãopor PCR, permitindo estudo de vírusde RNA e análises de expressão gênica.O nested PCR, que emprega umasegunda etapa de amplificação comum par de primers internos aosutilizados na primeira etapa, visaaumentar a sensibilidade e especifici-dade do método. Já PCR multiplex éuma reação de amplificação desenhadapara detectar múltiplas seqüências-alvonuma mesma amostra. PCR, a partirde primers randômicos utiliza seqüên-cias curtas de oligonucleotídeos paraamplificar regiões repetitivas do DNAgenômico e é bastante empregado emestudos epidemiológicos. Finalmente,o PCR em tempo real permite que aamplificação e a detecção ocorramsimultaneamente, num sistema fechado,

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oferecendo resultados de forma quan-titativa, mas mantendo a especificidade,sensibilidade e rapidez encontradana técnica convencional12.

A técnica de PCR em tempo real éempregada para quantificação deamostras, como para testes de cargaviral e monitoramento de doença resi-dual mínima. Essa técnica é baseadana detecção e quantificação de umcorante fluorescente6,7. A fluorescên-cia emitida pela reação é monitoradaa cada ciclo da reação de PCR, o quepermite saber o início da fase expo-nencial da reação, contrariamente aoPCR tradicional que faz a detecção emreações do tipo “ponto final”. Oemprego dessa técnica permite copiara fita molde até 1077777 vezes, enquantoa PCR convencional limita-se a 1.000vezes. Tanto o número de ciclos dareação quanto a intensidade de fluo-rescência emitida são monitoradasmomento a momento e lançada emum gráfico, no eixo das abscissas eordenadas respectivamente, para aconstrução de uma curva sigmóide.Para as reações de PCR em tempo realé possível utilizar um reagente chamadoSYBRÒ green (Applyed Byosistem,Foster city, CA) que contém em suamistura o corante fluorescente, enzimacom atividade de polimerase, dNTPS e

dUTPS. Durante o PCR em tempo realos sinais de fluorescência emitidos,aumentam em intensidade em proporçãodireta com a quantidade de produtoespecífico amplificado. Um equipamen-to mede as mudanças na fluorescênciaciclo por ciclo em cada amostra, e osdados são inicialmente expressoscomo um limiar de ciclagem (Ct) querepresenta um patamar de detecçãode fluorescência. Baseando-se no Ctobtido, é possível estimar a quantidadeinicial de cDNA contido nas diferentesamostras. Vários protocolos utilizandoa técnica de PCR em tempo real têmsido publicados ao longo da últimadécada. No entanto, a oferta de kitscomerciais para a detecção clínica dealgumas viroses, como é o caso dadetecção de HIV, HBV, HCV e CMV,ainda é bastante limitada, o que acabalevando ao desenvolvimento de proto-colos caseiros (in house) para as reaçõesde PCR em tempo real em alguns labo-ratórios. A escolha desses protocolosdeverá ser feita sempre com estudoscomparativos para serem validadas deacordo com o objetivo de cada umadelas e as regras de cada país. Emalguns países, como é o caso daAustrália, há uma restrição no uso deprotocolos in house para HIV e HCV.

Esta nova variação da técnica de PCR

pretende novamente revolucionar odiagnóstico laboratorial em poucosanos e, embora o uso na rotina dodiagnóstico laboratorial ainda sejalimitado, quer pela falta de automaçãoou pelo custo elevado, cada vez maisas técnicas de diagnóstico molecularatraem médicos pela sua altíssimasensibilidade, especificidade e preco-cidade com que pode ser feito o diag-nóstico. Os benefícios já alcançados como emprego das técnicas de biologiamolecular, em inúmeras áreas biomédi-cas, foram enormes, e as perspectivasfuturas são incalculáveis. Nenhuma áreada biomedicina permaneceu intocávelapós o aparecimento dessa nova tecno-logia e os profissionais de outrosramos têm sido beneficiados comnovas aplicações dessas descobertas.Além disso, hoje a biologia moleculardeixou de ser uma ciência apenasacadêmica para atrair o interesse deexecutivos nas mais diferentes áreas.

Enfim, a biologia molecular é uma áreade estudo destinada a acelerar nossacompreensão sobre os organismosvivos, uma tecnologia em crescimentoque terá cada vez mais impacto positivosobra a sociedade humana, além de seruma metodologia que abre nossa imagi-nação para possibilidades, até então,aventadas somente pela ficção científica.

Referências bibliográficas

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De acordo com o coordenador, a metodologia da Acreditação

Hospitalar foi instituída peloMinistério da Saúde como um incen-tivo ao aprimoramento da assis-tência hospitalar. “Esse é um programade qualidade, promovido pelo Minis-tério da Saúde com a perspectiva demelhorar as instituições hospitalarese, conseqüentemente, oferecer maisqualidade no serviço prestado àpopulação”, conclui.

Para atingir esse objetivo, o MSestabeleceu parceria com a ONA,entidade formalmente reconhecida nocenário nacional por promover odesenvolvimento do processo deacreditação hospitalar no país e,conseqüentemente, a avaliação daqualidade dos serviços de saúde. Oprocesso de avaliação, realizadopelas instituições acreditoras, sefundamenta no Manual Brasileiro deAcreditação Hospitalar, editado pelaONA e Agência Nacional de VigilânciaSanitária (ANVISA), que orienta sobreo padrão de qualidade que devem seratendidos pelas instituições que parti-cipam desse processo.

A Farmácia do Jorge Valentealcança a Excelência

Uma década de êxitoComo coordenador da Farmácia

Hospitalar do Jorge Valente há 18anos, o Dr. Eduardo Silveira vem sededicando ao aprimoramento nocontrole de qualidade da farmácia naúltima década. “Vários critériosdevem ser observados e consideradosquando precisamos atender às nor-mas que asseguram a qualidade dosserviços hospitalares”, ressalta ocoordenador. “Trabalhamos com ametodologia da Gestão pela Quali-dade há cerca de dez anos. Desdeentão, percebemos a importância dadefinição de metas, da integração daequipe ao programa de qualidade edo esforço coletivo em busca de umresultado satisfatório para toda ainstituição.”

O processo de mudança foi conside-rado longo e árduo, uma vez que exigiudedicação e coragem para a realiza-ção das transformações necessáriasna cultura da organização desde aopção por adotar o modelo de Gestãode Qualidade. “Tivemos que capacitar

todo o quadro de funcionários, desdeos que trabalham no apoio até aequipe de assistência. Enfim, inclui-mos todos os profissionais quereforçaram o compromisso com aqualidade, estando sempre alerta paraque a metodologia seja cumprida.”

Nesse trajeto do Hospital JorgeValente rumo à qualidade, a primeiracertificação aconteceu em novembrode 2004, quando a instituição obtevea certificação de Acreditado Pleno,que corresponde ao nível 2 nametodologia de Acreditação Hospi-talar. “Nesse nível, atuamos comcritérios estabelecidos pela Fama-covigilância, com foco na AtençãoFarmacêutica, orientando a dispensa-ção, a unitarização do medicamentoe a sua distribuição”, explica Dr.Eduardo Silveira.

Ao alcançar a certificação deAcreditado com Excelência em 2006,que corresponde ao nível 3, o HospitalJorge Valente passou a ser umareferência no Estado. “Hoje, somosreferência no Estado, no Norte e no

A Organização Nacional de Acreditação (ONA), atravésdo Instituto Qualisa de Gestão, concedeu, em 2006,certificado de Excelência para o Hospital JorgeValente. A partir dessa conquista, os serviços dohospital, a exemplo dos prestados na Farmácia, sob acoordenação do farmacêutico Dr. EduardoSilveira(foto), alcançaram posição de destaque entreos melhores estabelecimentos de instituiçõeshospitalares, não só na Bahia mas também no Norte eNordeste do país.

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CRF-BA em Revista

Nordeste. Para alcançar a excelência,muitas exigências foram cumpridase isso significa que a Farmácia Hos-pitalar Jorge Valente atende aoscritérios que envolvem desde o corpotécnico habilitado, atuando no con-trole de medicamentos e correlatosquanto ao armazenamento, na admi-nistração de estoques satélites e nadistribuição para as unidades deinternação, além da implementaçãodo programa de atenção farma-cêutica.”

A importância do empenho de todaa equipe é um dos pontos conside-rados de extrema relevância pelo Dr.Eduardo Silveira. Ele destaca que, paraalcançar a qualidade no serviço hos-pitalar, deve haver um cuidado especialcom as normas previamente estabele-cidas pelo programa de qualidade.

“A metodologia da AcreditaçãoHospitalar está relacionada com asexigências da ANVISA. Portanto, nósenquanto profissionais comprome-tidos com a qualidade do serviço,temos o papel de atender a todos osrequisitos exigidos para que se possater um excelente desempenho noserviço de farmácia.”

O farmacêutico atua comfoco na qualidade

Após a implantação da metodologiada Acreditação Hospitalar, o farma-cêutico passou a ser visto com outrofoco na instituição, ampliando o seuespaço profissional para direcionar oserviço de Assistência Farmacêutica dequalidade. “Temos sido muito soli-citados pelo corpo clínico na hora das

garantem uma melhor segurança naadministração do medicamento. Eacompanhamos o serviço de enfer-magem, orientando no aprazamento,no preparo, na administração e nosdemais procedimentos que sãorealizados com a orientação dofarmacêutico.”

A certificação da Farmácia Hos-pitalar do Jorge Valente resultou naampliação da equipe de trabalho,que antes era composta por apenasdois farmacêuticos, e agora tem, nomínimo, cinco profissionais. “Temosa comprovação de que esse inves-timento em qualidade promove amelhoria no serviço prestado.”

No Brasil, existem atualmente 89serviços hospitalares certificados nametodologia da Acreditação Hos-pitalar, sendo 24 hospitais de nível1, 38 hospitais de nível 2, e apenas27 hospitais em todo o país con-quistaram o nível 3, tendo sidoacreditados com excelência. Dentreesses, o Hospital Jorge Valente foi oprimeiro da Bahia e continua sendode todo o Norte e Nordeste a obter acertificação.

O desafio do Hospital JorgeValente para o ano de 2008 seráa implantação do gerenciamentode risco, que consiste em adotarmedidas de prevenção ou decontrole para eliminar, previnir ouminimizar um ou vários pontos derisco no processo assistencial.

A idéia principal do geren-ciamento de risco reforça a culturada prevenção e da metodologia daqualidade que se fundamenta naanálise criteriosa dos eventos,utilizando os modos e ferramentasda qualidade para avaliar a efici-ência dos processos e garantir asegurança para clientes internos eexternos.

O Manual Brasileiro deO Manual Brasileiro deO Manual Brasileiro deO Manual Brasileiro deO Manual Brasileiro deAcreditação HospitalarAcreditação HospitalarAcreditação HospitalarAcreditação HospitalarAcreditação Hospitalarestabelece três níveis para aestabelece três níveis para aestabelece três níveis para aestabelece três níveis para aestabelece três níveis para averificação da conformidadeverificação da conformidadeverificação da conformidadeverificação da conformidadeverificação da conformidadeda instituição em relação àda instituição em relação àda instituição em relação àda instituição em relação àda instituição em relação àestrutura, processos e resultados.estrutura, processos e resultados.estrutura, processos e resultados.estrutura, processos e resultados.estrutura, processos e resultados.

Nível 1 –Nível 1 –Nível 1 –Nível 1 –Nível 1 – observa-se a segurança ea estrutura hospitalar, através docontrole de risco sanitário, ocupa-cional e ambiental, a exemplo darastreabilidade do medicamento.

Nível 2 –Nível 2 –Nível 2 –Nível 2 –Nível 2 – avaliam os processos e aorganização da gestão através dostreinamentos, padronização, rotinase utilização das ferramentas daqualidade. No serviço de Farmácia,atividades que envolvem a Farmacovi-gilância e a Atenção Farmacêutica são

avaliados nesse nível.

Nível 3 –Nível 3 –Nível 3 –Nível 3 –Nível 3 – consiste na avaliaçãodos resultados decorrentes daprática de gestão pela qualidade,através do monitoramento dosindicadores de desempenho, dasrelações entre clientes e fornedorese da implantação de ciclos demelhoria. A conquista de nível 1de excelência significa, sobretudo,a necessidade da vista sistemáticae da interação entre as diversasáreas da instituição, para fun-damentar o planejamento estraté-gico, a absorção de novas tecno-logias, a adequação de estruturasorganizacionais da promoção demelhorias com impacto sistêmico.

Excelência em nível 3

discussões sobre os casos de pacientesinternados. A implementação daFarmacovigilância no hospital é umprograma reconhecido por todos osprofissionais de saúde que atuam nainstituição. Temos um sistema deacompanhamento de interações que

Rastreamento é feito através do código de barra

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CRF-BA em Revista

em destaque

Aconteceu, no mês de agosto, uma reunião com os farma-

cêuticos do município de Livra-

LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA

Criação da associação foi tema de reunião

O Termo de Ajustamento de Conduta para os estabele-

cimentos farmacêuticos dacidade de Lícinio de Almeida foiassinado no mês de agosto,com a presença do presidentedo CRF/BA, Dr. Altamiro Santos,do secretário de Saúde munici-pal, Dr. Claudenor RodriguesSantos, do chefe da VigilânciaSanitária daquela cidade, e dosecretário-administrativo doMinistério Público.

LICÍNIO DE ALMEIDA

Autoridadessanitárias assinamTAC

Representação de farmacêuticos emLicínio de Almeida

Treinamento SNGPC

O Conselho Regional de Farmácia doEstado da Bahia pro-moveu, no dia 27 dejulho, na cidade deGuanambi, um treina-mento sobre o SistemaNacional de Gerencia-mento de ProdutosControlados (SNGPC),tendo como convida-do o farmacêutico Dr. LavoisierDiniz Cipriano de Souza. “O trei-namento atende às solicitações defarmacêuticos em várias regiões do

GUANAMBI

Estado e contribui para tirar dúvidase apresentar sugestões que pos-sam melhorar, cada vez, mais, essesistema criado pela ANVISA”, disseDr. Altamiro Santos, presidente doCRF/BA.

Na oportunidade, foi realizadauma reunião para tratar da reor-ganização da associação de far-macêuticos, antiga reivindicaçãoda categoria.Evento atrai farmacêuticos

mento de Nossa Senhorae a Direção do CRF/BA,representada pelo seupresidente Dr. AltamiroSantos. Foram colocadasem pauta questões rela-cionadas com a profis-são, além da criação daassociação de farmacêu-ticos da região. Foi unifi-cada a proposta da orga-

nização da associação, diante daimportância para a capacitação ea valorização profissional.

Dr. Altamiro Santos fala da importância das associações

Farmacêuticos promovem treinamento do SNGPC

A Toxicologia Forense foi tema do curso promovido pelos estudantes de Farmácia, nos

dias 23 a 30 de agosto, na FTC. Oevento foi ministrado pelo Dr.Jacob Cabus, diretor do CRF/BAe perito criminalista do Depar-tamento de Polícia Técnica.

Curso de ToxicologiaForense na FTC

SALVADOR

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CRF-BA em Revista

CACULÉ

Produtos controlados

No dia 26 de julho passado, foi realizado o treinamento sobre

o Sistema Nacional de Gerencia-mento de Produtos Controlados(SNGPC) com a participação dofarmacêutico Dr. Lavoisier DinizCipriano de Souza. Ele abordou arastreabilidade dos medicamentoscomo garantia de que medica-mentos falsos, roubados ou comproblema de fabricação possamser retirados do mercado, ocasio-nando a adoção das devidas pro-

vidências legais necessárias. ParaDr. Altamiro Santos, presidente doCRF/BA, a principal vantagem dosistema é a substituição da escri- Farmacêuticos são treinados sobre o SNGPC

Dr. Altamiro Santos abre atividade

A Associação de Farmacêuticos da cidade de Jacobina foi

empossada no dia 28 de agosto.E no dia 29 de agosto, foi a vez

dos farmacêuticos de Jacobinaparticiparem do curso sobre onovo Sistema Nacional de Gerenci-amento de Produtos Controlados(SNGPC). O treinamento foi minis-trado pelo farmacêutico Dr.Lavoisier Diniz Cipriano de Souza.

O treinamento sobre o novo Sistema Nacional de Geren-

ciamento de Produtos Controlados(SNGPC) para os farmacêuticos deIlhéus e Itabuna (foto), foi umainiciativa da associação dos farma-cêuticos. Foi grande a participaçãode estudantes de Farmácia daUNIME e dos farmacêuticos nocurso ministrado pela Dra. SimoneSoares. Na ocasião, o presidente doCRF/BA, Dr. Altamiro Santos,apresentou a Comissão de Ética,primeira criada na região, formadapela Dra. Simone Soares, Dra.Maria Cristina Câmara e Dra.Mariza Mesquita. Também foiapresentado o novo fiscal do CRF/BA para a região, o farmacêutico

Vitor Bautista, que atuará jun-tamente com uma estagiária deDireito, com a Comissão de Ética ecom a funcionária administrativaVanuza Espírito Santos da Glória.

“O CRF/BA tem se estruturadopara atender às necessidades dacapital e dos municípios. Esseinvestimento vai dar mais cele-ridade na tramitação dos pro-cessos”, argumenta Dr. AltamiroSantos.

JACOBINA

Posse da associação

O treinamento contou com muitos farmacêuticos

Dr. Lavoisier detalha sobre o SNGPC

ILHÉUS E ITABUNA

Comissão de ética

Convidados debatem o SNGPC

Representação de Itabuna e Ilhéus

turação manual pela escrituraçãodigital. A medida facilita o controledo estoque através do registro daentrada de notas e saídas de re-ceitas.

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CRF-BA em Revista

O Programa de Farmácias No- tificadoras tem o objetivo

de ampliar as fontes de noti-ficação de casos suspeitos deefeitos adversos e de queixastécnicas. Diante da relevânciadesse programa para os farma-cêuticos, o Conselho Regionalde Farmácia do Estado daBahia e a Divisão de VigilânciaSanitária Estadual convidaramo gerente-geral de Farmacovi-gilância da ANVISA, Dr. MurilloFreitas, para ministrar o cursono dia 9 de julho passado, emSalvador.

O Programa deFarmácias no-tificadoras per-mite a vigilânciade medicamentosna identificaçãoprecoce de ris-cos, intervençãooportuna no mer-cado, gerencia-mento de crise,promoção do usoseguro e racional e aprendi-zado organizacional.

Para o Dr. Altamiro Santos,presidente do CRF/BA, a capa-citação tem o objetivo de incluiro farmacêutico como agente desaúde no Sistema de VigilânciaSanitária, além de notificadorativo dos problemas commedicamentos. A proposta visamelhorar a segurança e quali-dade dos medicamentos, bemcomo seu uso racional, prote-gendo a saúde pública deriscos reais ou potenciais.

“Devem ser notificadas rea-ções adversas, desvios de

qualidade, perda da eficácia,interações medicamentosas,uso não-autorizado; uso abu-sivo, erro de medicação, entreoutros problemas.”

Para as farmácias aderiramao programa, é necessárioestar de acordo com as exi-gências da VISA e do CRF. Oprofissional farmacêutico deveestar presente durante todo ohorário de funcionamento e terparticipado da capacitação,além de o estabelecimentofirmar termo de cooperação.

Os fiscais do CRF/BA e a Vigilância Sanitária estadual interditaram

dez estabelecimentos farmacêuticosnos bairros de Brotas, MarechalRondon, Canabrava, Pau Miúdo ePaulo da Lima.

As farmácias estavam irregu-lares sem alvará de funcionamentoe sem o responsável técnico, agre-dindo com essas infrações a legis-lação sanitária.

A Sociedade Brasileira de Aná- lises Clínicas/Regional Bahia

(SBAC) e o Conselho Regional deFarmácia do Estado da Bahia (CRF/BA) promoveram o seminário quediscutiu os preços éticos em labo-ratórios, no dia 13 de agosto, noOndina Apart-Hotel. Além dapalestrante convidada, Dra. Lenirada Silva Costa (foto), presidenteda Comissão de Análises Clínicasdo Conselho Federal de Farmácia,participaram outros farmacêuticosbioquímicos e vários proprietáriosde laboratórios clínicos de Salvador.

Dr. Altamiro Santos, presidentedo CRF/BA, espera que a propostaevolua para unificação de umatabela, envolvendo biomédicos emédicos.

SALVADOR

Interdição defarmácias

Programa Farmácias Notificadorascapacita farmacêutico

Preços éticos emlaboratórios clínicosforam debatidos

A Farmacovigilância é aresponsável pela detecção,avaliação, compreensão eprevenção dos efeitos adver-sos e quaisquer outros pro-blemas associados a medi-camentos. A reação adversaa medicamentos é umaresposta nociva, e não-intencional ao uso de medi-camento e que ocorre emdose normalmente utilizadasem seres humanos paraprofilaxia, diagnóstico outratamento de doenças.

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CRF-BA em Revista

1. A Anvisa publicou1. A Anvisa publicou1. A Anvisa publicou1. A Anvisa publicou1. A Anvisa publicouconsulta pública paraconsulta pública paraconsulta pública paraconsulta pública paraconsulta pública paradefinir definir definir definir definir mecanismos demecanismos demecanismos demecanismos demecanismos derastreabilidaderastreabilidaderastreabilidaderastreabilidaderastreabilidade e e e e eautenticidade deautenticidade deautenticidade deautenticidade deautenticidade demedicamentos. Qual amedicamentos. Qual amedicamentos. Qual amedicamentos. Qual amedicamentos. Qual aopinião do senhor sobre aopinião do senhor sobre aopinião do senhor sobre aopinião do senhor sobre aopinião do senhor sobre anovidade?novidade?novidade?novidade?novidade?

Acho que a resolução é extrema-mente importante para a população.Sabemos que a saúde é direito detodos e dever do estado brasileiro eque as ações e serviços e serviços desaúde são de interesse e de relevânciapública. Assim, considero que a me-dida evitará e coibirá muitas distor-ções que vêm ocorrendo, além deacabar com o comércio ilegal demedicamentos e o descumprimentode lei sanitária.

2. No Brasil, o controle e a2. No Brasil, o controle e a2. No Brasil, o controle e a2. No Brasil, o controle e a2. No Brasil, o controle e afiscalização do comércio defiscalização do comércio defiscalização do comércio defiscalização do comércio defiscalização do comércio dedrogas, medicamentos edrogas, medicamentos edrogas, medicamentos edrogas, medicamentos edrogas, medicamentos einsumos farmacêuticos einsumos farmacêuticos einsumos farmacêuticos einsumos farmacêuticos einsumos farmacêuticos ecorrelatos são consideradoscorrelatos são consideradoscorrelatos são consideradoscorrelatos são consideradoscorrelatos são consideradosineficientes?ineficientes?ineficientes?ineficientes?ineficientes?

Sim. O país é muito grande. Essagrande dimensão geográfica facilitaa ocorrência dos mais variados tiposde desmandos. Nas grandes capitais,

Medicamentos serãorastreados em 2009

os órgãos fiscalizadores têm umacondição melhor de atuação e,consequentemente, de manter ummaior controle sanitário. Mas épreciso haver um contingente maiorde pessoal qualificado que possa agirna solução da questão. Deve havergarantia da identidade, eficácia,qualidade e segurança dos produtosfarmacêuticos pelo Estado brasileiro,sendo responsável solidário todo osegmento de produção, distribuição,transporte e armazenamento. Amedida será eficaz. É importante res-saltar que os profissionais de saúdetêm responsabilidade sobre o sucessodessa medida e certamente estarãocontribuindo com a fiscalização emprol da saúde pública e contra asilegalidades.

3. O senhor c3. O senhor c3. O senhor c3. O senhor c3. O senhor considera queonsidera queonsidera queonsidera queonsidera queessa medida irá, de fato,essa medida irá, de fato,essa medida irá, de fato,essa medida irá, de fato,essa medida irá, de fato,combater a produção decombater a produção decombater a produção decombater a produção decombater a produção demedicamentos falsificados,medicamentos falsificados,medicamentos falsificados,medicamentos falsificados,medicamentos falsificados,além da expansão doalém da expansão doalém da expansão doalém da expansão doalém da expansão domercado informmercado informmercado informmercado informmercado informal?al?al?al?al?

Sim. Essa medida resultará em umaação eficaz no combate à falsificaçãoe da informalidade. Além da falsifi-cação, serão cometidos os crimes de

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)divulgou consulta pública de nº 8, realizada em 4 demarço de 2008, que trata sobre os mecanismos derastreabilidade de medicamentos. Diante da novidade,Dr. Jacob Cabus, diretor do CRF/BA, analisa o quantoo rastreamento será um poderoso mecanismo decontrole da autenticidade dos produtoscomercializados, combatendo a venda ilegal e afalsificação.

contrabando e descaminho de medi-camentos. Acredito também quediminuirão os roubos e cargas demedicamentos que assolam o país eabastece a grande maioria das far-mácias clandestinas. Quem produzire vender produtos farmacêuticosfalsificados, além da venda irregularde medicamentos, está pondo emrisco a sua liberdade. As distribuido-ras serão penalizadas, e o comérciolocal também. Essa é uma ação queatingirá a todos os integrantes dacadeia produtiva de fármacos.

4. A definição de4. A definição de4. A definição de4. A definição de4. A definição demecanismos demecanismos demecanismos demecanismos demecanismos derastreabilidade erastreabilidade erastreabilidade erastreabilidade erastreabilidade eautenticidade deautenticidade deautenticidade deautenticidade deautenticidade demedicamentos foi uma açãomedicamentos foi uma açãomedicamentos foi uma açãomedicamentos foi uma açãomedicamentos foi uma açãoapresentada pelo governoapresentada pelo governoapresentada pelo governoapresentada pelo governoapresentada pelo governofederal?federal?federal?federal?federal?

Essa proposta foi defendida emvários fóruns de saúde realizadospelo país e envolvendo váriasentidades farmacêuticas. Felizmente,estamos saindo do discurso e par-tindo para uma boa prática queresultará em boa qualidade e granderepercussão para a política sanitáriado Brasil.

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CRF-BA em Revista

programe-seprograme-seprograme-seprograme-seprograme-se

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CRF-BA em Revista

Farmapolis – 14ª EdiçãoEncontro com a SaúdeQuando:Quando:Quando:Quando:Quando: 26 a 29 de novembroOnde:Onde:Onde:Onde:Onde: Florionópolis/SCInformações:Informações:Informações:Informações:Informações: [email protected] através do fone (48) 3224-0232

1º Congresso Brasileiro de GestãoFarmacêuticaOnde:Onde:Onde:Onde:Onde: Centro de Convenções – São Paulo/SPQuando:Quando:Quando:Quando:Quando: 23 a 25 de outubroInformações:Informações:Informações:Informações:Informações: Fone (11) 5070-1082www.cbgf.com.br / [email protected]

VII Congresso Brasileiro de FarmáciaHospitalar, IV Encontro de Professores deFarmácia Hospitalar, II Encontro Brasileirode Residências em Farmácia HospitalarOnde:Onde:Onde:Onde:Onde: Minascentro – Belo Horizonte/MGQuando:Quando:Quando:Quando:Quando: 11 a 13 de junho de 2009Informações:Informações:Informações:Informações:Informações: Fone: (31) 2526-10022526-1001/ [email protected]

Curso de Especialização em FarmacologiaClínicaCoordenação:Coordenação:Coordenação:Coordenação:Coordenação: Dra. Luciene Cruz LopesOnde:Onde:Onde:Onde:Onde: Itabuna – UNIMEAula Inaugural:Aula Inaugural:Aula Inaugural:Aula Inaugural:Aula Inaugural: 7/11/08 Campus 2 UNIMEInscrições:Inscrições:Inscrições:Inscrições:Inscrições: (73) - [email protected]

O problema da adesão à farmacoterapia:O que fazer? Desafios e oportunidades para osprofissionais de saúde

Quando:Quando:Quando:Quando:Quando: 18 de outubro, às 8h30Onde:Onde:Onde:Onde:Onde: Auditório Hotel Marazul - Av. Sete deSetembro, 3937 - Barra - Salvador - BahiaInscrições:Inscrições:Inscrições:Inscrições:Inscrições: CRF/BA: (71) 3368-8813 /3368-8800 (Cristina Cedraz)

Fitoterapia e Outras PráticasComplementaresQuando:Quando:Quando:Quando:Quando: OutubroOnde: Onde: Onde: Onde: Onde: Faculdade de Farmácia UFBAInformações: Informações: Informações: Informações: Informações: (71) [email protected]

Simpósio sobre Boas Práticas eBiossegurança em Estética e BelezaQuando:Quando:Quando:Quando:Quando: 20 de outubro/2008, das 8 às 18hOnde:Onde:Onde:Onde:Onde: Hotel Blue Tree TowersInscrições e Informações:Inscrições e Informações:Inscrições e Informações:Inscrições e Informações:Inscrições e Informações: Tel. 3368-8800CRF/BA (Nádia)

Semana Científica dos 10 Anos do Curso deCiências Farmacêuticas, V SemanaAcadêmica do Curso de CiênciasFarmacêuticas, Seminário VivendoFarmácia

Onde:Onde:Onde:Onde:Onde: Campus da UEFSQuando:Quando:Quando:Quando:Quando: 20 a 24 de outubroInformações:Informações:Informações:Informações:Informações: (75) 3224-6346/ 8809-0825/8822-6752 / www.uefs.br/semacif

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