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1 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FEVEREIRO 2012 PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DO SISTEMA FECOMÉRCIO MATO GROSSO DO SUL | ANO 2 | EDIÇÃO Nº 6 | JANEIRO/FEVEREIRO 2012 Shopping ou Centro O primeiro passo para acertar na escolha do local é analisar o perfil da empresa. Parcerias : Para atender com agilidade um cliente cada vez mais exigente, as parcerias se tornaram vitais. DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS Carreira & Mercado Profissionais com mais de 40 anos estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho de MS Meio Ambiente & Cidadania Cidades Lei que obriga a medir a emissão de gases poluentes começará a ser aplicada em abril. Porta de entrada para o Pantanal, Aquidauana se destaca pelo turismo e é polo comercial.

Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

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Revista do Sistema Fecomércio MS.

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Page 1: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

1COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

P U B L I C A Ç Ã O B I M E S T R A L D O S I S T E M A F E C O M É R C I O M A T O G R O S S O D O S U L | A N O 2 | E D I Ç Ã O N º 6 | J A N E I R O / F E V E R E I R O 2 0 1 2

Shopping ou CentroO primeiro passo para acertar na escolha do local é analisar o perfil da empresa.

Parcerias: Para atender com agilidade um cliente cada vez mais exigente, as parcerias se tornaram vitais.

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

CORREIOS

Carreira & MercadoProfissionais com mais de 40 anos estão cada vez

mais presentes no mercado de trabalho de MS 

Meio Ambiente & CidadaniaCidadesLei que obriga a medir a emissão

de gases poluentes começará a ser aplicada em abril.

Porta de entrada para o Pantanal, Aquidauana se destaca pelo turismo e é polo comercial.

Page 2: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

2 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

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3COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

EDISON FERREIRA DE ARAÚJOPresidente do Sistema Fecomércio

de Mato Grosso do Sul

Começar um novo ano é sempre um desafio, principalmente quando se acumu-lam resultados positivos de anos anteriores. Em 2010 alcançamos números jamais vistos, tanto na geração de empregos e renda quanto nas vendas do comércio va-rejista. Também podemos comemorar o saldo de 2011, ainda que com resultados mais modestos, considerando que já partimos de um patamar elevado.

Ao que tudo indica, as vendas no mês do Natal reagiram de 4% a 5%, um número significativo se pensarmos que tivemos em 2010 o melhor Natal em 10 anos. O consumidor está mais planejado, a pesquisa da Confederação Nacional do Co-mércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) de dezembro apontou que o índice de famílias endividadas em Campo Grande atingiu 43,1%, o menor patamar do ano.

O saldo de empregos também se manteve alto, com acréscimo de mais de 32 mil vagas até novembro, praticamente a metade no setor terciário. O que podemos esperar daqui para frente e como ser assertivo na decisão de abrir ou expandir a empresa? Preparamos esta edição da Revista Comércio & Cia com opinião de es-pecialistas e cases de sucesso que podem ajudar a dirimir essas dúvidas. Em um cenário de investimentos pesados em infraestrutura, esperamos para 2012 bons resultados na geração de empregos, inclusive com a valorização daqueles profis-sionais “maduros”, com idade acima dos 40 anos, antes praticamente à margem do mercado de trabalho.

Mas para que a geração de vagas esteja em alta é preciso que os empregado-res sejam bem-sucedidos em seus negócios e o primeiro passo nesta trajetória é acertar na escolha do local que vai abrigar o empreendimento. Centro ou shop-ping? Elencamos as vantagens, desvantagens e o ponto crucial para a tomada de decisão: definir o público-alvo. Seja qual for, a clientela é cada vez mais exigente, quer qualidade e velocidade de atendimento, um perfil que estabeleceu um mo-delo cada vez mais utilizado de atuação no setor terciário: as parcerias.

A edição também traz um apanhado das ações do Sistema Fecomércio MS em suas bases, ouvindo os sindicatos em seus municípios, recebendo suas sugestões e encaminhando demandas. Entre os municípios pujantes de nosso Estado, desta vez destacamos Aquidauana, considerada porta de entrada para o Panta-nal, com a economia baseada no campo e no comércio.

Enfim, preparamos com muito zelo esta nova edição, que traz um farto “cardápio” de notícias no intuito de contribuir com o nosso setor e também reforçar que o ambiente é de otimismo para este início de ano. A equipe da Revista Comércio & Cia pede licença para entrar na sua empresa e deseja uma ótima leitura.

Palavra do Presidente

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4 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

SumárioP U B L I C A Ç Ã O B I M E S T R A L D O S I S T E M A F E C O M É R C I O M A T O G R O S S O D O S U L | A N O 2 | E D I Ç Ã O N º 6 | J A N E I R O / F E V E R E I R O 2 0 1 2

Comerciantes abordam vantagens e desvantagens nos empreendimentos localizados em ruas e avenidas e também nos shopping centers.

Aquidauana passa por mudanças econômicas e sociais. Com forte vocação turística, empreendedores investem no segmento e também no setor terciário.

O superintendente regional do trabalho Anízio Pereira Tiago aposta no aquecimento da economia e fala, ainda, sobre os desafios para 2012.

06 14 18Capa

10. Economia MS Filiais. A expansão geográfica revela o vigor do comércio varejista. O número de filiais aumentou quase 14% em 2011 comparado a 2010.

22. Comércio & Serviços Aumenta o número de serviços personalizados direcionados para uma clientela que busca agilidade e qualidade no atendimento.

26. Estratégia Reuniões de planejamento melhoram o atendimento, mostram o potencial da equipe, lançam metas e desafios. Se a empresa já faz, pode melhorar; se não, é a hora de começar.

28. Carreira & Mercado Em 2011, pessoas com mais de 40 anos foram contratadas 15,4% a mais do que 2009. Por que as empresas estão oferecendo mais oportunidades para eles?

34. Tecnologia & Inovação “Quem não é visto não é lembrado.” Empreendedores têm de investir no ambiente virtual para não serem massacrados pelos concorrentes.

36. Ponto de Vista Alvira Melos explica como a Feira Turística e Central de Campo Grande se prepara para o futuro e se tornar mais do que uma referência para a capital.

38. Empresário do Mês Roberto Rech, um dos sócios da PANAM, conta a trajetória do empreendimento no Estado e as expectativas para 2012.

Cidades Entrevista

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5COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO/MSEdison Ferreira de Araújo

DIRETORIA

1° VICE-PRESIDENTEDenire Carvalho

2° VICE-PRESIDENTEJosé Alcides dos Santos

1° SECRETÁRIOHilário Pistori

2° SECRETÁRIOManoel Ribeiro Bezerra

1° TESOUREIROSebastião José da Silva

2° TESOUREIRORoberto Rech

SUPLENTES DA DIRETORIARicardo Massaharu Kuninari; Valdir Jair da

Silva; Carlos Roberto Bellin; Benjamin Chaia; Álvaro José Fialho; Cláudio Barros Lopes

SINDICATOS REPRESENTADOS PELA FECOMÉRCIO/MS

Sind. do Com. Atacadista e Varejista de Dourados; Sind. do Com. Varejista de Amambai; Sind. do Com. Varejista de

Aquidauana e Anastácio; Sind. do Com. Varejista de Campo Grande; Sind. do Com.

Varejista de Corumbá; Sind. do Com. Varejista de Gêneros Alimentícios de Campo Grande;

Sind. do Com. Atacadista e Varejista de Materiais de Construção de Campo Grande;

Sind. do Com. Varejista de Naviraí; Sind. do Com. Varejista de Paranaíba; Sind. do Com. Varejista de Três Lagoas; Sind. do

Com. Varejista de Ponta Porã; Sind. do Com. Varejista de Produtos Farmacêuticos de MS; Sind. dos Despachantes Documentalistas do

Estado de Mato Grosso do Sul;Sind. dos Representantes Comerciais do Estado de Mato Grosso do Sul; Sind. dos Centros de Formação de Condutores de

Veículos do MS; Sind. dos Revendedores de Veículos Automotores de C. Grande

SUPERINTENDENTE DA FECOMÉRCIO/MSReginaldo Henrique Soares Lima

DIRETOR SUPERINTENDENTE IFMSThales de Souza Campos

DIRETOR REGIONAL DO SENAC/MSVitor Mello

DIRETORA REGIONAL DO SESC/MSRegina Ferro

COORDENADORA DE COMUNICAÇÃONúbia Cunha

Visitas a sindicatos do comércio varejista oportunizam a troca de conhecimento sobre as ações e os serviços do Sistema S e de cada categoria.

O PRONATEC, do Governo Federal, vai oferecer qualificação para alunos do ensino médio e para beneficiários do seguro- desemprego e do bolsa-família.

32 Fecomércio MS

46. Legislação Dispensar funcionários deve ser um ato de gestão bem pensado, pois a Lei do Aviso Prévio impõe regras que podem onerar o financeiro da empresa.

48. Nosso Ambiente & Cidadania Lei sobre Inspeção Veicular deve ser aprovada neste semestre e MS será um dos primeiros estados a aderir.

52. Parcerias Empresas com o mesmo público-alvo unem esforços para oferecer variedade de serviços, com qualidade e agilidade. Uma tendência que só tem a crescer.

54. Gestão & Finanças As despesas de início de ano devem ser previstas pelas empresas para não desequilibrar o caixa. Planejamento e organização ajudam os empresários.

56. Sindical Trabalho em conjunto com empresas públicas e privadas irá fortalecer as ações do Sindicato do Comércio Varejista de Aquidauana e Anastácio.

58. Artigo Presidente da CNC Antonio Oliveira Santos fala sobre as taxas de juros.

42 Senac/MS

EDIÇÃO: Infinito Comunicação [email protected]

EDITORA-CHEFE: Neusa Pavão MTB/MS 035

REPORTAGEM: Neusa Pavão, Fernanda Mathias MTB/MS 041, Marineiva Rodrigues MTB/MS 114, Rosana Siqueira MTB/MS 08, Diogo Rondon, Michele Abreu

REVISÃO: Vanderlei Verdoim

FOTOS: Mário Bueno MTB/MS 166; Edson Ribeiro MTB 050

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Futura Marketing e Propaganda

COMERCIALIZAÇÃO: Departamento de Relações com o Mercado - FECOMÉRCIO/MS

PUBLICIDADE: Cândido da Costa Silva

GESTORA DE RELAÇÕES COM O MERCADO: Ionise Catarina Piazzi Tavares

CONSULTORA DE RELAÇÕES COM O MERCADO: Cátia de [email protected]

Rua Almirante Barroso, 52, Bairro Amambaí, CEP: 79008-300, Campo Grande/MS Fone: (67) 3321-6292 / Fax: (67) 3321-6310

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6 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Capa

Fator de diferenciação que pode ser o primeiro passo para o sucessoMuitos brasileiros sonham em abrir o próprio negócio, mas não sabem por onde começar. Escolher o ponto comercial é o primeiro passo, mas nessa hora também surge a dúvida: abrir uma loja nas vias centrais da cidade ou em shopping centers? Uma boa localização do comércio pode ser a chave para alcançar o sucesso.

Escolha do ponto

Segundo estudo feito pelo Centro de Excelência em Vare-

jo da FGV/EAESP, o primeiro passo é analisar qual o perfil

do negócio. Isso significa saber quem é o público-alvo e que

produto ou serviço se deseja vender, além de avaliar os prós

e os contras de cada situação antes de decidir. Outra dica é

analisar as possibilidades, pois cada local tem vantagens e

desvantagens.

No momento da escolha é importante observar também

se o negócio se encaixa no perfil do lugar. Além de oferecer a

infraestrutura apropriada e permitir que o comércio expan-

da, caso seja necessário, a localidade deve ser de fácil acesso

aos clientes e fornecedores.

O estudo da FGV aponta que, ao comparar os espaços

disponíveis nas ruas e em shoppings, os empresários usam o

item “custo” como fator preponderante - e, para muitos, usa-

do como critério definitivo - já que há uma notável diferença

de valores entre as duas opções.

Deixando esse indicador de lado, outro ponto a ser consi-

derado é se o produto ou serviço a ser oferecido é adquirido

de forma planejada ou se é algo que costuma ser comprado

por impulso. Em se tratando de uma compra planejada, a

melhor opção são as lojas nas ruas ou avenidas da cidade.

Mesma orientação quando os produtos têm menor valor

agregado, cuja margem de lucro é mais baixa. Agora, se a

intenção é atrair consumidores dispostos a gastar por com-

pulsão, o shopping é a melhor alternativa.

Segundo o consultor em Empreendedorismo Cláudio

Forner, na hora de abrir um estabelecimento, seja uma loja

em via pública ou em shopping center, é preciso considerar

determinadas características de segmentação ou mix de lo-

jas e serviços. Outro ponto a ser levado em conta, segundo o

consultor, é a classe social dos frequentadores de ambos os

locais. “Isso é determinante para o sucesso de um empreen-

dimento na área do varejo.”

SEGURANÇA

Ricardo Kuninari, dono da rede de franquias Le Postiche

em MS, acredita que o item segurança é um dos fatores pri-

mordiais na hora de escolher um ponto comercial, e que o

comércio nas ruas ou avenidas sai em desvantagem nesse

quesito. Apesar disso, o empresário aposta na diversificação

dos pontos para atender bem o cliente e garantir o sucesso

da marca e o retorno nas vendas.

“Tenho oito lojas em Campo Grande e uma em Dourados.

Minhas lojas estão espalhadas pela cidade, pois minha prio-

ridade é atender a todas as faixas de públicos e, de preferên-

cia, em momentos e horários que eles possam ir até as lojas.

Quanto mais opções eu ofereço, melhor para ambas as partes.

Para ter um comércio, independentemente do local, é preciso

estar preparado. Foco e dinamismo fazem a diferença.”

Em relação ao comércio no centro, Kuninari diz que um

dos aspectos positivos é o fluxo de pessoas, principalmente

com a “hora extra” durante o horário de verão. “As pessoas

saem dos seus trabalhos mais dispostas a ficar na rua. Elas

aproveitam o sol para seus afazeres antes de irem para casa e

fazer compras é um deles.”

ORGANIZAÇÃO

Já a rede de lojas Riachuelo prefere investir em shopping

centers, segundo o gerente de Expansão Marcos Tadeu. “Nos-

so foco é em shopping centers por serem um centro comercial

organizado. Temos a garantia de que a administração centra-

lizada cuidará do mix de lojas, da segurança, limpeza, entre

outros. A principal desvantagem, se é que podemos classifi-

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7COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

car desta forma, é termos que contar com a capacidade de

gestão dos administradores do shopping, mas isto não tem

sido problema”.

Segundo o gerente, as lojas nas vias públicas são esco-

lhidas por oportunidades ou em casos específicos. Ele diz

que a principal vantagem desse ponto comercial é a pre-

sença de grande fluxo de pessoas dispostas a comprar e

não apenas passear. “A maior desvantagem é a falta de uma

gestão centralizada, o que pode comprometer a qualidade

do entorno, principalmente se o poder público não atuar”.

DIVERSIFICAÇÃO

Após dois anos trabalhando apenas com uma loja na

área central de Campo Grande, a empresária Luciana Fer-

reira Tondati, dona da loja de roupas feminina Cianitta, em

Campo Grande, resolveu abrir uma filial em um shopping

da cidade. Ela acredita que os dois pontos têm aspectos po-

sitivos e negativos. “No shopping, a principal vantagem é a

concentração maior do público, quase que constante, além

do fator segurança. As lojas centrais têm sofrido com o van-

dalismo. A vantagem do centro, com certeza, é o custo, que

é bem menor.”

A empresária cita ainda outro fator que considera van-

tajoso para as lojas nas ruas ou avenidas. “Percebo que

no centro as pessoas entram de fato para comprar; já na

loja do shopping existe muita especulação; creio que pela

quantidade de lojas do mesmo segmento tão próximas. A

concorrência é acirrada.” Luciana Tondati está otimista com

o novo empreendimento e já faz planos para ampliar. “Es-

tamos em fase de estudo para ver qual região comportaria

mais uma loja.”

TRATAMENTO DIFERENCIADO

Para garantir o sucesso em todos os locais é preciso

estar atento às necessidades do cliente e oferecer como-

didade na hora da compra. Com esse pensamento, a dro-

garia São Leopoldo, em Campo Grande, saiu à frente e vem

agradando o público com um tratamento diferenciado. Ao

perceber que seus clientes tinham dificuldade para encon-

trar estacionamento, a farmácia passou a oferecer o serviço

de manobristas. “Alguns desistiam de fazer a compra por

esse motivo. Mudamos o atendimento lá fora e o retorno foi

extremamente positivo”, explica o gerente geral Lindomar

Matos Fernandes.

NA RIACHUELO, A ORGANIZAÇÃO DE UMA ADMINISTRAÇÃO DO SHOPPING É APONTADA COMO VANTAGEM, MAS,

NAS RUAS, A DIREÇÃO SABE QUE AS PESSOAS ENTRAM NAS LOJAS PARA

CONSUMIR E NÃO, APENAS, PASSEAR

A EMPRESÁRIA LUCIANA TONDATI DIZ QUE, NO SHOPPING, A CONCENTRAÇÃO DO PÚBLICO É MAIOR; NA

LOJA DO CENTRO, QUEM ENTRA SEMPRE COMPRA, MAS A FALTA DE SEGURANÇA AINDA É O ASPECTO NEGATIVO

A REDE LE POSTICHE TEM OITO LOJAS ESPALHADAS POR RUAS CENTRAIS E SHOPPING; DIVERSIFICAÇÃO PARA ATENDER BEM O CLIENTE

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8 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Outro diferencial, segundo Fernandes, é percebido logo

na entrada da drogaria. “Todo mundo gosta de ser bem-

atendido e receber a devida atenção na hora de gastar o

seu dinheiro é o mínimo que o cliente pode levar do seu

estabelecimento. Acreditando nessa ideia, nós investimos

em treinamento para o nosso pessoal, para que eles estejam

sempre atualizados nas técnicas de vendas e atendimento

ao cliente.”

As necessidades dos clientes foram sendo percebidas e

as ações colocadas em prática. “Usamos de sensibilidade e

colocamos em prática, efetuando treinamentos para nossos

colaboradores. Foi uma forma que encontramos de valorizar

a equipe, também fundamental para um empreendimento

de sucesso.”

CENTROS DE COMPRAS

Nos últimos anos, o número de shopping centers vem

crescendo no Brasil e isso está mudando os hábitos dos

consumidores brasileiros. As lojas nas ruas e avenidas, an-

tes absolutas, passaram a enfrentar a concorrência das uni-

dades de shoppings. Em 2010, a indústria de malls fechou

o ano com um faturamento de R$ 87 bilhões, ante os R$

74 bilhões de 2009, um aumento de 17,5% no período, se-

gundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers

(Abrasce). Conforme o mesmo estudo, cerca de 329 milhões

de pessoas visitaram os shoppings em 2010. A expectativa é

de mais crescimento, na medida em que devem ser inaugu-

rados mais de 50 empreendimentos no Brasil, nos próximos

dezoito meses.

Também em 2010, segundo o mesmo levantamento,

foram inaugurados 16 empreendimentos, que, somados

aos  dez inaugurados até meados de 2011, totalizam 418

centros de compras desse tipo no Brasil. Juntos, empregam

mais de 720 mil pessoas. Em Mato Grosso do Sul são três

shoppings de grande e médio porte. Só em Campo Grande

dois enquadram-se em grande porte e há mais um sendo

construído. O terceiro fica na cidade de Dourados, consi-

derado de médio porte. O mercado de Shopping Centers é

responsável por 18,3% do varejo nacional e por 2% do PIB.

VANTAGENS X DESVANTAGENS

O avanço dos shoppings não destruiu o comércio nas

ruas e avenidas, como alguns temiam, mas colaborou para

a modernização do ambiente a céu aberto. Apesar da “fe-

bre” inicial pelos shoppings, o fato é que eles terminam po-

tencializando certos nichos de comércio de rua.

O consultor Cláudio Forner elenca alguns pontos que

devem ser considerados antes de abrir um comércio na

área central ou em um shopping. Entre as vantagens de

um centro comercial fechado, ele destaca itens como se-

gurança, diversidade de lojas, conforto, acessibilidade, es-

tacionamento, conforto térmico e proteção contra chuva,

praça de alimentação com mix variados e entretenimento

para crianças, funcionamento em horários mais elásticos e

também aos domingos e feriados, além dos cinemas.

Já as principais desvantagens, ele cita os custos de loca-

ção e operacionais mais elevados, limitações em termos de

projetos, que precisam passar por aprovação da administra-

ção do shopping, alteração de mix, segundo os interesses,

que muitas vezes são contrários aos dos lojistas, contratos

extremamente complexos, com previsões de multas pesa-

das em caso de descumprimento de cláusulas e normas,

baixo poder de negociação perante as regras rígidas, além

do fato de as administrações dos shoppings dificultarem a

auditoria das contas do condomínio.

Em relação ao comércio na área central, Forner destaca

como vantagens a liberdade de gestão sobre o funciona-

mento do estabelecimento e custos operacionais menores.

Em contrapartida, tem como desvantagens o período de

funcionamento menor, além dos problemas de segurança

e de clima.

REALIDADE DE MS

O fato é que há espaço no varejo para todo o tipo de seg-

mento. Em relação ao cenário pelo qual o Estado está pas-

sando, principalmente a capital Campo Grande, o consul-

tor diz que é preciso cautela. “Basicamente, esse setor tem

crescido de forma muito acelerada. Contudo, nem sempre

os objetivos dos empreendedores de shopping centers são

sinérgicos com o potencial de cada região. Ao competirem

entre si, muitas vezes ocorre a divisão de público, levando

prejuízos aos lojistas locais. Vale fazer uma avaliação deta-

lhada do cenário e do tempo de consolidação do negócio

que, via de regra, demanda três anos.”

UMA MANOBRA QUE DEU CERTO: FARMÁCIA SÃO LEOPOLDO CONTRATOU

FUNCIONÁRIOS QUE ESTACIONAM OS CARROS PARA OS CLIENTES EM RUA

MOVIMENTADA DO CENTRO DA CAPITAL

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9COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

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10 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Economia MS

Filiais “brotam” a cada dia e atestam o vigor do comércio em MSQuando os negócios vão bem, há um momento no qual crescer deixa de ser uma opção e se torna inevitá-vel. Para atender bem ao público e se posicionar geográfica e estrategicamente para aumentar a clientela, cada dia é maior o número de filiais, que são termômetros de solidez e vigor das empresas. Dados da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul mostram que, de janeiro a dezembro do ano passado, o número de filiais constituídas havia crescido 14% comparado a 2010, ao passo em que o número geral de empresas que inicia-ram atividades cresceu 4%. São 1.469 filiais constituídas em 12 meses, o que equivale a dizer que a cada dia quatro unidades entram em funcionamento.

NÚMERO DE FILIAIS CRESCEU 14% NO ANO DE 2011,

ENQUANTO O TOTAL DE EMPRESAS CONSTITUÍDAS

SUBIU 4%

Page 11: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

11COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Mas como definir o momento ideal para dar esse gran-

de passo e o que o empresário que pretende se lançar

na empreitada precisa ter em mente? Para os economistas,

o principal é dimensionar o mercado e os custos fixos dessa

nova unidade. O economista Sérgio Rocha Bastos lembra

que a expansão deriva do crescimento econômico do Es-

tado e da identificação de oportunidades, tanto na Capital

quanto em cidades do interior. “Quando se faz uma compa-

ração com a última década, as transformações foram gran-

des e tivemos um crescimento acima da média nacional,

com fortalecimento do setor de serviços e da indústria.” O

comércio acompanha este crescimento, que se traduz em

um aumento gradativo no número de empresas.

CRESCER COM ESTRATÉGIA

Expansão esta que precisa estar calçada em uma boa

avaliação e estudo de mercado. “Se a empresa mobilizar

estrutura e a filial não vingar, o prejuízo é muito grande.

A pesquisa de mercado é essencial”, diz Sérgio. Áureo Tor-

res, que também é economista, lembra que o know-how

de quem já está no mercado ajuda nesse processo. “Ter

conhecimento das demandas e das receitas e dos custos

de instalação de uma empresa, estar mais informado e ter

poder de decisão maior na hora de investir é fundamental.

O conhecimento nesse caso tem muito valor.” Áureo orien-

ta que na abertura de filial seja considerada que a unidade

tem que se manter sem demandar receita da matriz. “Para

quem está iniciando é importante ter atenção aos custos

fixos variáveis na instalação dessa nova unidade.”

Já o economista Ricardo Senna reforça que é importan-

te considerar também se na região onde se pretende abrir

a filial há um concorrente instalado e com maior poder de

mercado. “Deve, enfim, expandir-se de forma organizada e

racionalmente planejada.”

EXPANSÃO RÁPIDA

A rede de lojas de confecção Farfalla figura entre uma

das que mais cresceram nos últimos anos em Campo Gran-

de. Focada na “nova classe C”, que representa hoje 51% da

população brasileira, com um potencial de consumo bilio-

nário, a Farfalla instalou sua primeira loja em dezembro de

2009 e, hoje, apenas dois anos depois, já conta com oito

unidades, várias delas montadas em hipermercados.

ÁUREO TORRES: TER CONHECIMENTO DAS

DEMANDAS E DAS RECEITAS E CUSTO DE INSTALAÇÃO

DE UMA EMPRESA PARA GARANTIR MAIS PODER DE

DECISÃO EM COMO INVESTIR

PARA RICARDO SENNA, É PRECISO SABER – TAMBÉM - SE NA REGIÃO ONDE SE PRETENDE ABRIR A FILIAL HÁ UM CONCORRENTE JÁ INSTALADO E COM MAIOR PODER DE MERCADO

A REDE DE LOJAS FARFALLA TEVE UM CRESCIMENTO EXPRESSIVO EM POUCO TEMPO: EM 2 ANOS DE EXISTÊNCIA, 8 UNIDADES EM CAMPO GRANDE

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12 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

A coordenadora das lojas Nayara da

Rosa Gonçalves conta que o crescimento

foi cuidadosamente planejado. “Tivemos

fortes indicadores que sinalizaram positi-

vamente para nossa tomada de decisão,

pois o mercado estava muito favorável a

uma política de expansão.” Ela conta que a

escolha de hipermercados para instalação

das filiais segue uma leitura de tendências

dos novos negócios, em constante muta-

ção mercadológica. “Os hipermercados e

shoppings de bairros construídos em áreas

de alta densidade demográfica confirma-

ram isso.” Agora, diz a gerente, o foco é

consolidar a marca, investir na capacita-

ção dos vendedores e, por que não, abrir

mais lojas, se o mercado permitir.

NAYARA ROSA

Foi-se o tempo em que para construir ou reformar em Aquidauana com rapidez, qualidade e economia era preciso ir a Campo Grande.

A Paulista decretou o fim do desperdício de tempo, dinheiro e de material de construção em Aquidauana. Agora é assim:

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Page 13: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

13COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Foi-se o tempo em que para construir ou reformar em Aquidauana com rapidez, qualidade e economia era preciso ir a Campo Grande.

A Paulista decretou o fim do desperdício de tempo, dinheiro e de material de construção em Aquidauana. Agora é assim:

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Page 14: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

14 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Cidades

Situada na Serra de Maracaju, a 139 km da Capital, Aquidauana é conhecida como a porta de entrada do Pantanal sul-mato-grossense. A cidade é opção de turismo para muitos, por sua diversidade de flora e fauna característica do Estado. Com uma população de aproximadamente 45.614 habitantes (IBGE, 2010), possui muitas atrações e propor-ciona excelente vista da planície, a partir da serra de Piraputanga e Maracaju. Os rios da região estão entre os mais piscosos do país e diversos pontos para safáris fotográficos e passeios ecológicos.

Aquidauana investe em turismo ecológico e quer desenvolver a economia

PONTE ROLDÃO DE OLIVEIRA SOBRE O RIO AQUIDAUANA; AO FUNDO, A IGREJA MATRIZ: LOCAIS DE VISITAÇÃO TURÍSTICA

Page 15: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

15COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Aquidauana foi fundada em 15 de

agosto de 1892 às margens do

Rio Aquidauana (em Guaicuru, signifi-

ca rio estreito) e hoje é a sexta maior

cidade do Estado em índice popula-

cional. Com fortes tradições indígenas

das nove aldeias da etnia Terena, Aqui-

dauana tem uma população nativa de

5.813 indígenas. A maior delas, Limão

Verde, comporta 1.237 pessoas, segun-

do a Funai. As aldeias se destacam pela

agricultura familiar.

O município comporta, ainda, 4

distritos: Taunay, Camisão, Cipolândia

e Piraputanga. As belezas naturais da

região chamam a atenção de turistas,

vindos de toda parte do Brasil. De acor-

do com a prefeitura, 98% dos domicí-

lios são atendidos por rede de água,

14% por rede de esgoto e 100% das

residências são atendidas por energia

elétrica na área urbana. A linha férrea

separa o centro da cidade dos bairros,

que também são cortados pelos córre-

gos João Dias e Guanandi. Outras áreas

marcam presença na cidade como o

Parque Municipal da Lagoa Comprida.

BASES DA ECONOMIA

Segundo levantamento do Institu-

to de Pesquisa Aplicada (IPEA, 2010),

o Produto Interno Bruto (PIB) de Aqui-

dauana cresceu 58,23% entre os anos

de 1996 e 2007. O levantamento de

2008 do IBGE mostra que Aquidauana

possui um PIB de R$ 398,9 milhões.

As atividades relacionadas ao co-

mércio e à agropecuária são a base da

economia de Aquidauana. Na agricul-

tura, atualmente, a cidade possui uma

área de lavoura temporária de 9.492

hectares onde se destaca o cultivo de

milho, mandioca e hortaliças. O mes-

mo acontece na pecuária, com desta-

que para a de corte, em uma área de

949.694 ha de pastagem e 810.790 ca-

beças de bovinos, segundo dados do

IBGE. A Agropecuária gerou em 2008

R$ 101 milhões de acordo com a Se-

cretaria de Estado de Meio Ambiente,

do Planejamento, da Ciência e Tecno-

logia (SEMAC).

Os cursos superiores, nas universi-

dades da região, como UEMS, UFMS,

UNIDERP, UNIGRAN e cursos técnicos

também apontam para uma cidade

com mão de obra cada vez mais capa-

citada, além de contínuos investimen-

tos em ensino, ciência e tecnologia.

Com cerca de 1.500 empresas, o co-

mércio de Aquidauana movimenta R$

214 milhões e se destaca como um cen-

tro de abastecimento regional. “O co-

mércio aquidauanense gera emprego

e crescimento econômico com o intuito

de se fortalecer e se desenvolver cada

vez mais. O Sindicato do Comércio Vare-

jista de Aquidauana, Anastácio e Região

vem buscando parcerias com institui-

ções públicas e privadas como o Siste-

ma Fecomércio MS, SESC, SENAC e IF.

Essas parcerias trazem para a população

qualificação de mão de obra com capa-

citação, cursos, treinamentos, benefícios

sociais com o objetivo de atender os co-

merciantes e a população”, afirma o pre-

sidente do Sindicato do Comércio Vare-

jista de Aquidauana, Anastácio e Região,

Denire Carvalho.

AQUIDAUANA É A 6ª MAIOR CIDADE DE MS COM QUASE 46 MIL HABITANTES; TEM 4 DISTRITOS E NOVE ALDEIAS INDÍGENAS

COMÉRCIO E A AGROPECUÁRIA SÃO A BASE DA ECONOMIA DO MUNICÍPIO

SIRN

AY M

ORO

Page 16: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

16 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

PREFEITO FAUZI SULEIMAN: INCENTIVOS PARA IMPLANTAÇÃO DE NOVOS EMPREENDIMENTOS

Para a presidente da Associação Comercial e Empre-

sarial de Aquidauana Adenir Maria Costa, o comércio é a

mola propulsora da economia. “É uma classe que merece

ser valorizada, o comércio de Aquidauana precisa se mo-

dernizar e estar atento ao mercado.”

INCENTIVOS FISCAIS

O município de Aquidauana tem procurado atrair em-

presas comerciais e industriais. De acordo o prefeito mu-

nicipal Fauzi Suleiman, o Programa de Incentivos para o

Desenvolvimento Econômico e Social de Aquidauana

(PRODESA) auxilia na instalação, modernização e amplia-

ção de empresas industriais, comerciais e de prestação

de serviços. “O PRODESA permite a isenção de impostos

e tributos municipais por um período, auxilia no custeio

do aluguel do prédio e oferece a qualificação da mão de

obra. Poderão ser beneficiados projetos de implantação,

modernização, relocalização que garantam o aumento da

contratação do número de trabalhadores locais e da arre-

cadação pública.”

APOSTA NO SETOR

Acreditando no potencial turístico do município e nos

novos caminhos que o Governo Municipal tem traçado, a

empresária Cristina Moreira Bastos, da Pioneiro Turismo,

instalou sua filial em Aquidauana em 2008 e pretende

contribuir significativamente com o processo de desen-

volvimento do turismo local. “O objetivo da empresa é

fazer com que os turistas que passam pelo município

permaneçam mais um pouco, hospedando-se nos hotéis

da cidade, experimentando os pratos típicos, passeando

pelo comércio local, os hotéis, as fazendas e todos os ou-

tros atrativos de Aquidauana.”

O MUNICÍPIO TEM VOCAÇÃO PARA A PECUÁRIA DE CORTE E O TOTAL DO REBANHO É ESTIMADO EM MAIS DE 810 MIL CABEÇAS DE GADO

Page 17: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

17COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

A presença de uma agência de turismo para investir na re-

gião é vista como um fator positivo para incentivar o segmen-

to. O diretor-presidente da Fundação de Turismo de Aquidaua-

na José Luis de Souza afirma que a prefeitura dá incentivos. “É

muito satisfatório ver a iniciativa privada sendo parceira, pois

cada um tem seu papel e função que se complementam para

um objetivo comum. Iniciativas como o da Pioneiro também

demonstram confiança do trade turístico local. O que nos en-

vaidece e, ao mesmo tempo, nos obriga a manter sempre a

busca pela qualidade no turismo de Aquidauana.”

Os empresários têm o desafio de manter os clien-

tes fiéis. “O comércio local já está saturado. Este é um

momento para se preparar para novos investimentos

e novos negócios”, afirma o empresário Cláudio Lopes,

da Casa Portuguesa, há 83 anos no mercado. A loja

oferece mix variado que vai do alimentício, passando

pela construção civil até produtos agropecuários. “Para

manter-se no mercado foi preciso fidelizar o cliente,

fazendo com que cada um seja também um amigo e

tenha confiança em nosso trabalho. Atualmente, com

o grande poder da mídia em divulgar produtos e servi-

ços, o consumidor está mais exigente e é nossa obriga-

ção atender a demanda com qualidade.”

O empresário mineiro Pedro Caldeira de Castro inau-

gurou em dezembro a loja Vertical Material de Constru-

ção. Acreditando na necessidade do mercado local e o

rápido crescimento da construção civil, viu a possibilida-

de de um negócio na região. Está há seis meses em Mato

Grosso do Sul. “Durante viagem de turismo, percebi que

Aquidauana seria celeiro para um novo empreendimen-

to. A cidade é um polo e está em amplo desenvolvimen-

to. Queremos fazer parte desse crescimento.”

UM COMÉRCIO FORTE E COMPETITIVO QUE GERA EMPREGO E RENDA NO MUNICÍPIO

Page 18: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

18 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Entrevista

Para o alto e avante: economia aquecida deve manter geração de empregos Depois de dois anos de sucessivos recordes na geração de empregos com carteira assinada em Mato Grosso do Sul, difícil não perguntar: seriam esses índices sustentáveis? Para o superintendente regional do trabalho Anízio Pereira Tiago, a resposta é positiva, principalmente diante dos fortes investimentos públicos em infraestrutura com vistas nos eventos mundiais programados para 2014 (Copa Mundial de Futebol) e 2016 (Olimpíadas). Formado em Letras e pós-graduado em Administração, Finanças e Controladoria, Anízio fala sobre ações do poder público chancelado por uma larga experiência em órgãos do governo. Foi diretor-presidente da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), diretor-presidente da Agência Estadual de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul), além de ter sido fundador e diretor da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (Agepan). Hoje, além da Superintendência do Trabalho e Emprego, também ocupa a função de membro do Conselho Diretor do SESC e SENAC. Nas linhas que seguem, o superintendente explica o grande potencial de crescimento do estoque de empregos no Estado, fala sobre os indicativos positivos do setor terciário e também sobre desafios, como a desoneração da folha de pagamento.

Comércio & Cia - Após mais um ano de excelentes re-

sultados na geração de empregos formais, o que se

pode esperar para 2012, especialmente quando ana-

lisado o comportamento dos setores econômicos?

Anízio Tiago - Vejo o Brasil com sua economia consoli-

dada internamente. O aumento da renda dos trabalha-

dores, a geração de novos empregos e os programas de

transferências de renda do Governo Federal, em forma

de programas sociais, modificaram o perfil econômico

de grande parte da população brasileira. Nossa capaci-

dade de consumo interno está evidente. As estratégias

que o Governo vem adotando para manter nossa eco-

nomia em escala de crescimento têm surtido bons resul-

tados. As medidas recentes adotadas pelo Banco Central

no sentido de baixar os juros têm demonstrado isto.

Quando analisamos os setores econômicos, obser-

vamos que, momentaneamente, a indústria sofreu uma

queda no índice de produção, operando com 76% de

sua capacidade, abaixo de 50.000 pontos, o que não

significa exatamente um desaquecimento. O bom de-

sempenho dos setores de prestação de serviços e do co-

mércio demonstra que a economia está impulsionada.

Os investimentos em infraestrutura feitos pelo Governo

Federal por conta dos grandes eventos de 2014 e 2016

contribuem diretamente para que o cenário continue

com esse bom ritmo de crescimento. Portanto esta si-

tuação momentânea de refluxo não deve ser motivo

de preocupação.

 

C&C - Qual é o principal sustentáculo dos atuais ní-

veis de geração de emprego? 

São vários: os grandes investimentos que o Governo

Federal vem fazendo na área de infraestrutura, como

Geração de Energia (Usina de Girau, Madeira...), Aero-

portos, Estádios, Mobilidade Urbana, entre outros, com

vistas à realização da Copa do Mundo de 2014 e Jogos

Olímpicos de 2016. Além do desempenho da indústria

da Construção Civil. Adicionado a isto, temos o Banco

Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BN-

DES), em condições de garantir financiamentos de longo

prazo com juros competitivos para projetos da iniciativa

privada. Tendo ainda como complemento, a capacidade

de consumo dos brasileiros. De certa forma, todos os se-

tores da economia têm buscado sua modernização. Isto

demanda investimentos e gera um movimento positivo

para a criação de novos empregos.

Page 19: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

19COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

MÁRI

O BU

ENO

Page 20: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

20 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

C&C - Em Mato Grosso do Sul, a migração da matriz

econômica (do campo para a indústria, comércio e

serviços) tem contribuído com esses números. Qual

a análise que o Ministério do Trabalho faz sobre esta

mudança?

Estamos vivendo um momento de mudanças de para-

digmas na forma de produzir no Brasil. Os agentes eco-

nômicos entenderam que a industrialização de nossa

matéria-prima agrega valores e impulsiona o lucro de

nossas empresas. Mato Grosso do Sul tem experimen-

tado um crescimento vertiginoso no sentido da sua

industrialização. O papel indutor desempenhado pelo

Governo do Estado, com medidas objetivas de apoio ao

empreendedorismo, tem sido fundamental para essas

mudanças. Temos uma grande concentração de indús-

trias no bolsão, onde possuímos uma boa posição de

logística de transporte. O setor sucroenergético vem

cumprindo um grande papel na mudança do perfil da

nossa economia, com mais de

vinte indústrias operando na pro-

dução de açúcar, etanol e energia

elétrica, para citar os mais emble-

máticos. Nem por isso o setor do

Agronegócio tem deixado de dar

a sua valiosa contribuição.

 

C&C - A crise econômica mun-

dial pode surtir efeitos no em-

prego formal do País no ano que se inicia?

O mercado interno brasileiro ainda tem grande poten-

cial para expandir. O consumidor tem capacidade de

absorver a nossa produção, ou seja, não estamos satu-

rados. Nesse sentido, o Governo Federal tem trabalhado

para manter o mercado interno aquecido e em evolu-

ção. Grandes projetos de infraestrura garantem o aque-

cimento da economia. É evidente que em um cenário

globalizado não estamos imunes a crises. O Brasil, por

ter feito a lição de casa, implantando a Lei de Respon-

sabilidade Fiscal, fazendo saneamento do seu sistema

financeiro na década de 1990, acumulando um bom ní-

vel de reservas cambiais, se sente mais confortável. 

 

C&C - Como o senhor avalia o crescimento do mer-

cado formal no Centro-Oeste e em Mato Grosso do

Sul, que, nos últimos anos, passaram por processo

acelerado de desenvolvimento? Há espaço para

crescer mais?

O nível de industrialização no Centro-Oeste ainda é

muito baixo. Temos muito espaço para crescimento. A

indústria do Agronegócio está em expansão e este é o

nosso grande trunfo. MS tem uma posição geográfica

estratégica, tanto para economia interna, como para

exportação. Tudo isto, aliado ao bom planejamento

estratégico do governo Estadual, permite que esse au-

mento ocorra e de forma acelerada. Existe foco muito

bem definido por parte do agente político estadual.

Por isso, a indução ao desenvolvimento se torna mais

prática. O investidor tem percebido isto e apostado

muito no Estado.

 

C&C - A falta de qualificação de mão de obra ainda

é uma das grandes barreiras para o “casamento”

entre vagas e candidatos. Problemas que sabemos

não ser exclusivo do nosso Estado. O que o Minis-

tério do Trabalho e Emprego planeja para 2012 em

termos de qualificação de mão

de obra?

O Governo Federal tem intensifi-

cado seus esforços no sentido de

melhor capacitar o trabalhador

brasileiro. A criação do Progra-

ma Nacional de Acesso ao Ensino

Técnico e Emprego (Pronatec) é

uma demonstração disso. Até o

final de 2014, teremos mais de

400 unidades de escolas técnicas profissionalizantes

operando em todo o País. Pretendemos capacitar 600

mil trabalhadores. Aqui em MS, por Convênio de Dele-

gação, o SINE, representado pela Fundação do Traba-

lho (Governo do Estado), é quem cuida do atendimento

das demandas por preparação de mão de obra. Lógico,

com recursos federais. Procuraremos estabelecer uma

parceria abrangente no sentido de ampliar ao máximo

o atendimento de nossas demandas, contemplando to-

das as atividades econômicas e regiões do Estado.

 

C&C - Qual a importância da participação efetiva da

iniciativa privada neste processo e parceiros como o

SESC e SENAC?

Nossas parcerias com a iniciativa privada nos deixa

muito confortável no campo da qualificação dos tra-

balhadores. Os Planos Setoriais de Formação de Mão

de Obra (PlanSeQs) têm sido bastante incentivados.

O Sistema “S” tem uma grande experiência nesta área.

Page 21: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

21COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Com a nova formatação de capacitação dos trabalha-

dores, serão atores principais nesse processo. O SESC

e o SENAC já participam das primeiras etapas desses

programas. O Governo tem a clara compreensão que

essas demandas devem ser enfrentadas pelos diversos

agentes.

 

C&C - Em sua avaliação, quais

os principais ganhos que

os trabalhadores tiveram

em 2011?

Creio que a grande oferta de

vagas no mercado de trabalho.

São ganhos de oportunidades.

O nível de renda média dos tra-

balhadores teve uma pequena variação positiva nos úl-

timos três anos: PIB 12,31% e ganhos reais de salários,

3,13%, indicando que a remuneração média não vem

acompanhando o desempenho da economia. A massa

salarial aumentou em 81,6% em comparação com 2001,

porém a remuneração média do período evoluiu ape-

nas 13,10%. Nesse sentido, o Governo tem estimulado

o diálogo social entre empregadores e empregados, de

modo a permitir que a evolução da remuneração dos

trabalhadores acompanhe a mesma intensidade da ge-

ração de empregos e o desempenho da economia.

 

C&C - Como está a política de incentivo ao empre-

gador e de que forma o MTE

enxerga a discussão sobre a de-

soneração da folha como forma

de incentivar a geração de em-

pregos?

Realizamos em 2011, as Conferên-

cias Regionais de Trabalho e Em-

prego Decente. É uma discussão

tripartite - governo, empregado-

res e trabalhadores. Neste ano de

2012, faremos a Conferência Nacional. Os debates reali-

zados até agora mostram uma grande preocupação dos

empregadores com os custos de folha de pagamento.

A realização dos eventos faz parte de um esforço que o

Governo está fazendo para modernizar as relações de

trabalho no Brasil. Como uma das grandes economias

mundial e mercado globalizado, precisamos nos ajus-

tar a esta realidade.

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Page 22: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

22 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Comércio & Serviços

Serviços personalizados atraem clientela que busca agilidade e que dispõe de pouco tempoO tempo não para. O dia a dia das pessoas requer agilidade para tocar a vida em frente. É o mercado de trabalho que exige profissionais mais qualificados e com melhor nível de estudo; é a família, filhos e a casa que precisam de dedicação, principalmente em períodos em que as responsabilidades domésticas e profissionais estão divididas entre homem e mulher, na igualdade de direitos.

O corre-corre repercute na qualidade de vida

de algumas pessoas que têm pouco tem-

po para se dedicarem às atividades de lazer e

de saúde. Momentos importantes para o bem-

-estar mental e físico. Alguns profissionais não

abrem mão de “um tempo só seu” e conseguem

um horário na agenda para se dedicar ao que

gostam ou que precisam. Esse filão de consumi-

dores não passou despercebido pelos especia-

listas, que têm oferecido trabalho personaliza-

do, e a demanda só aumenta.

MONITORAR CORPO E HORÁRIO

Um dos segmentos que estão passando por

um boom é o de estúdio de personal trainer,

locais que já substituem as tradicionais acade-

mias. De acordo com o Conselho Regional de

Educação Física de MS (CREF), o mercado é mui-

to promissor. Atualmente existem 61 empreen-

dimentos como este no Estado.

Cyntia Xavier e Thiago Benevides optaram

por abrir um estúdio para atender a um pú-

blico exigente, com pouco tempo, mas que

se preocupa com a saúde corporal. “Nos ade-

quamos às necessidades do aluno. Os horários

são mais flexíveis para melhor atendê-lo. Os

LILIAN E ROSA MARIA: PRATOS SOB MEDIDA PARA UMA CLIENTELA QUE QUER

QUALIDADE E PRECISÃO EM CADA PORÇÃO

Page 23: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

23COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

estúdios também atraem aqueles que buscam resultados mais

rápidos para modelar o corpo”, explica Cyntia. Ela aponta outro

benefício: “Temos total controle sobre o treinamento de nossos

clientes, orientando-os sobre como deve ser feito cada exercício.

O acompanhamento é mais próximo.”

A produtora rural Maria José Falcão frequenta o estúdio há três

meses e se diz satisfeita com o serviço. “Meu tempo é valioso. Só

tenho uma hora do meu dia para me dedicar às atividades físicas,

e com o atendimento personalizado temos mais liberdade para

adequar meu horário e o resultado final tem sido satisfatório.”

CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO

Um hábito que a correria do dia a dia tem alterado nas famílias

é o da alimentação. O costume de comer qualquer “coisinha” na

rua e a opção pelos fast foods preocupam aqueles que querem

ficar de bem com a balança e também desejam optar por uma

comida mais balanceada.

Para clientelas com perfis parecidos com esses, a nutricionista

Lílian Keller Herrera e a chef de cozinha Rosa Maria Landin Justi,

que também é nutricionista, propõem o Personal Diet, serviço in-

dividualizado no qual a pessoa recebe orientação nutricional e o

melhor: os alimentos já estão prontos e na quantidade indicada

pela nutricionista. “Pesquisamos os hábitos alimentar e cotidiano.

Organizamos a dieta que esta pessoa deva seguir e ela já é enca-

minhada para a chef de cozinha, que prepara as refeições para o

café da manhã, lanche da manhã, almoço, café da tarde e jantar.

Quatro porções que todos deveríamos ingerir diariamente.”

MARIA JOSÉ FALCÃO BUSCOU O SERVIÇO INDIVIDUAL DO ESTÚDIO DE PERSONAL PARA CONSEGUIR FLEXIBILIDADE NO ATENDIMENTO E RESULTADOS MAIS RÁPIDOS

Page 24: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

24 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Cada cliente tem necessidades diferentes,

de acordo com Lílian: “Calculamos o gasto

metabólico, identificamos os alimentos que

ele pode e gosta de comer e cruzamos essas

informações com a rotina diária, para definir-

mos - em parceria - os melhores horários para

as refeições. “Os resultados são extremamente

positivos: em poucas semanas temos relato so-

bre a melhoria da saúde. O intestino começou

a funcionar melhor, a pele ficou mais bonita,

a qualidade do sono ficou boa. Enfim, somos

aquilo que comemos.”

Rosa Maria destaca outro benefício: quem

quer emagrecer e ter uma vida mais saudável

não precisa se preocupar em comprar todos

os alimentos prescritos nem com os pesos de

cada porção. Tudo já vem pronto. Basta des-

congelar e a dieta será cumprida”, explica a chef

de cozinha.

MODA PERSONALIZADA

Esses serviços direcionados também já

são realidade no mundo da moda. O personal

stylist Elvir Mar Hoffner atua no ramo há cinco

anos. “Temos bastante procura por pessoas

que tiveram uma promoção no serviço ou que

subiram de classe social. Elas querem se mol-

dar a essas novas condições.” O trabalho, que

pode parecer simples, é feito com muito crité-

rio. Hoffner, formado em Designer de Moda,

ensina: “O primeiro passo é analisar as carac-

terísticas de cada cliente, a estrutura física,

condição econômica, local de trabalho e onde

costuma frequentar e, principalmente, a perso-

nalidade. Com tais informações, oriento sobre

o que pode ser usado para cada ocasião, o que

vai surtir uma mensagem positiva quando esse

cliente estiver usando as roupas.”

Segundo o personal stylist, o atendimento é

único e exclusivo, pois até pequenos detalhes

são observados, como o jeito de andar, de falar,

os trejeitos. “É por meio dessa análise que ali-

nhamos o que o cliente deseja com aquilo que

vai trazer um resultado mais positivo.”

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, PESSOAIS E LOCAIS ONDE FREQUENTAM SÃO AS INFORMAÇÕES

USADAS PELO PERSONAL STYLIST PARA PROPOR UM VISUAL PERSONALIZADO

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25COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

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26 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Estratégia

Conhecer o potencial das equipes, lançar metas, desafios e alinhavar as ações. A reunião de planejamento é indispensável, assim como as de avaliação, ao fim de cada período. “Essa organização é um longo trabalho de construção coletiva, sem imposições de cima para baixo, é tudo negociado. Absolutamente todos da empresa devem estar envolvidos, com participação ativa”, orienta o presidente do Conselho Regional de  Administração Harduin Reichel.

No planejamento estratégico é preciso considerar o

aspecto operacional de cada departamento, para

depois construir o planejamento tático. É o momento

de a empresa mostrar o que espera de cada um e quais

são as metas de cada setor. “É tão importante que mui-

tos autores afirmam que é uma verdadeira ciência”, diz

Harduin. Não há uma fórmula para esse planejamento.

Cada empresa precisa estudar o seu produto, merca-

do, fornecedor e logística e é sempre válido conside-

rar dados históricos e comportamentais da clientela,

além do cenário econômico, para montar a previsão

de compras de estoque e vendas. “No Planejamento

Estratégico do varejo, por exemplo, o empresário tem

que estar também muito atento às tendências como

moda e inovação de produtos.”

NA ROTINA

Na escola Mace, em Campo Grande, as reuniões

de planejamento estão integradas à rotina, uma exi-

gência do próprio serviço oferecido. “O processo edu-

cativo requer a constante capacitação para o aperfei-

çoamento das técnicas pedagógicas. Implemento de

novas ações e revisão de melhorias dos itens já traba-

lhados. Essa necessidade chega ao administrativo uma

vez que a equipe sempre deve estar coesa nas deman-

das definidas, pelo projeto pedagógico e pelas linhas

administrativas”, explica o vice-diretor pedagógico

Wilson Buzinaro.

Do aperfeiçoamento profissional às palestras de

autoestima e comportamento, as ações visam ao

avanço da equipe em sintonia com as prioridades es-

tabelecidas com o planejamento anual da escola. “São

nesses encontros que a empresa consegue organizar

e estabelecer suas metas, tendo o grupo como funda-

mento de todo o trabalho, valorizando as competên-

cias individuais.” Ao fim do período proposto, a escola

também faz reuniões de avaliações para verificar se as

metas lançadas foram cumpridas e, no caso contrário,

identificar os motivos que prejudicaram o processo,

para redirecionar novas ações.

Mais um ano começa e a tônica é planejar

PARA HARDUIN REICHEL, PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO É UMA CIÊNCIA, O MOMENTO DE A EMPRESA ESTUDAR DADOS COMPORTAMENTAIS E HISTÓRICOS DA CLIENTELA, DOS FORNECEDORES E ATÉ DO CENÁRIO ECONÔMICO

ORGANIZAÇÃO E ESTABELECIMENTO DE METAS PARA VALORIZAR

COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS E TAMBÉM REALINHAR ESTRATÉGIA PARA O NOVO ANO SÃO TÔNICAS DAS REUNIÕES NA ESCOLA MACE

Page 27: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

27COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

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28 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Quarentões ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho

Eles já não são mais tão jovens para concorrer em um mercado de trabalho cada vez mais com-petitivo, mas também não estão tão velhos para serem colocados de lado. Longe desse dilema, os “quarentões” ou profissionais acima dos 40 anos estão ampliando seu espaço nas empresas de Mato Grosso do Sul. É o que mostra o Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda 2010/2011 divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). Os dados apontam que, no ano passado, profissionais nessa faixa etária responderam por 15,4% dos inseridos no mercado de trabalho pelo Sine no Estado.

Carreira & Mercado

Na Fundação de Estado do Trabalho (Funtrab), os números da empregabilidade com base no Cadastro Geral de Em-

prego e Desemprego (CAGED) são ainda mais expressivos. Em 2009 foram 28.019 contratações em MS na faixa etária entre 40 e 49 anos e, no ano passado, o montante subiu para 30.829, com expansão de 10%. Em 2011, o volume supera o resultado de 2009, e já são 28.572 trabalhadores “quarentões” que entra-

ram no mercado. O comércio é o setor que mais emprega esses profissionais, principalmente em cargos de gerência e chefia. Para a coordenadora de intermediação de empregos da Funtrab, a psicóloga Elen Souza, os dados denotam uma supe-ração por parte das empresas que ampliaram a contratação de pessoas mais velhas. “Percebemos que, quando as empresas postam as vagas não há mais aquela delimitação de faixa etá-

VIRGÍNIA LAYNE CABRAL CONSEGUIU TRABALHO PERTO DE CASA E COM HORÁRIOS MAIS FLEXÍVEIS

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29COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

ria. Hoje elas querem profissionais com experiência para tra-balhar na função. A experiência nas relações interpessoais no trabalho, flexibilidade e, sobretudo, fidelidade na carreira são atributos que as empresas buscam ao contratar os fun-cionários nesta faixa etária.” A coordenadora explica que as limitações no mercado de quem já passou dos “enta” são trabalhos que exigem esforço físico maior. “Naquilo que requer inteligência emocional o profissional com mais de 40 anos é muito privilegiado. Ele tem boas relações interpessoais, ou seja, tem um know-how no tratamento com pessoas. Temos percebido que a gera-ção chamada de “ X e Y” é muito imediatista na carreira. Isso implica não ficar muito tempo na empresa, que vê mais es-tabilidade em contratar um profissional mais maduro. É uma situação que dá mais segurança para as organizações.” Entre os atributos que garantem um emprego para os profissionais de 40 anos, as empresas elencam o compro-metimento e a facilidade de estar sempre aprendendo. “Na empresa damos oportunidades para pessoas dessa faixa etária”, diz o gerente de RH, da Rede Sertão, Roni Soares. “Ao contrário dessa nova geração, o profissional com mais de 40 anos, no caso de vendas, por exemplo, conhece bem os pro-dutos e ainda gosta de ensinar os outros colaboradores.”

OPORTUNIDADE A auxiliar de escritório Virgínia Layne Cabral, de 43 anos, é uma dessas profissionais que recentemente retornou ao mercado. Formada em turismo, mãe de três filhos crescidos de 21,18 e 14 anos, sentia muita vontade trabalhar. No en-tanto, encontrar uma colocação estava difícil. “Sempre quis voltar ao mercado de trabalho, porém não foi fácil encon-trar uma oportunidade. Penso que por causa da idade, isso influencia muito.” A chance de uma vaga surgiu na própria vizinhança. “Certo dia, comemorando o aniversário do meu filho em um restaurante, um amigo comentou que estava precisando de uma secretária e perguntou se eu conhecia alguém. Respondi: conheço. Eu. Assim voltei.” Virgínia Layne trabalha com horários bem flexíveis. “Meus filhos não exigem tanto minha presença e posso me dedicar a novos desafios. Além disso, o serviço está situado ao lado da minha casa”, alega a auxiliar que afirma estar sempre es-tudando, mesmo no período em que estava desempregada. O motorista José Luiz Gonçalves Reginaldo, de 40 anos, conseguiu um novo emprego há dois meses em uma em-presa de transportes de Campo Grande. Antes, ele trabalha-va como autônomo. A vaga foi obtida por meio de interme-diação na Funtrab. Mesmo assim ele diz que nunca achou dificuldades em concorrer neste mercado de trabalho por conta da idade. “Para mim não faz diferença. Mas eu acho que existe um certo preconceito com os trabalhadores por causa da idade, sim.”

DETERMINAÇÃO A escolaridade continua sendo um item importante para os candidatos na hora de conseguir um emprego. Estar es-tudando é muito importante. Isso garante galgar um bom emprego. Outro ponto fundamental é a determinação. “No currículo não deve ser colocado a idade de imediato, mas sim a qualificação profissional, pois é ela que habilita o profissio-nal a disputar uma vaga no mercado de trabalho”, orienta a coordenadora da Funtrab. Ela ainda destaca que vale explorar melhor a experiência de vida e a capacidade de adaptar-se a ambientes de mudan-ças e pressão. “É importante procurar as formas corretas de prospecção,utilizar o site www.portalmaisemprego.mte.gov.br é uma maneira de ser convocado a uma oportunidade de emprego. É um cadastro nacional que oferta vagas de traba-lho em diversas regiões. A idade em que o candidato se en-contra com certa estabilidade para se decidir por mudança de cidade ou Estado é um ponto a favor.

SERVIÇO A Funtrab disponibiliza diariamente vagas para os pro-fissionais. Para isso basta entrar no site  www.portalmai-semprego.mte.gov.br  ou comparecer pessoalmente com a carteira de trabalho na Rua 14 de Julho, 992 para fazer o cadastro nacional.

ELEN SOUZA, DA FUNTRAB, ACREDITA QUE AS EMPRESAS BUSCAM MAIS COMPROMETIMENTO E CONHECIMENTO, AO

CONTRATAR PROFISSIONAIS ACIMA DOS 40 ANOS DE IDADE

INGRESSO NO MERCADO DE TRABALHO PARA PESSOAS NA FAIXA ETÁRIA DOS 40 A 49 ANOS EM MS

ANO

2009

2010

2011*

28.019 trabalhadores

30.829 trabalhadores

28.572 trabalhadores

CONTRATAÇÕES

*até outubro/2011 - Fonte: Funtrab MS

Page 30: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

30 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

SESC Camillo BoniAv. Afonso Pena, 3.469 - Jd. dos Estados - Tel.: (67) 3357-1100

SESC DouradosR. Toshinobu Katayama, 178 - Centro - Tel.: (67) 3410-0700

Empresa saudável é com o SESC

Trabalhar com qualidade de vida é fundamental para

a produtividade. Por meio do Programa Educação em

Saúde, o SESC avalia as necessidades da sua

empresa e oferece palestras e atividades educativas.

Consulte-nos e proporcione qualidade de vida ao

dia a dia dos seus funcionários.

Educação em Saúde SESC Empresa.Um programa que leva mais saúde para seus colaboradores.

Etapas1ª Etapa: Coleta de dados na empresa feita pela equipe SESC2ª Etapa: Identificação do perfil da empresa - Elaboração de um programa com ações que incluem palestras e atividades para sanar possíveis problemas ou prevení-los

Requisitos• Empresa acima de 50 funcionários• Agendamento prévio de 3 semanas • Envio de e-mail com questionário eletrônico de coleta de dados respondido com 1 semana de antecedência a data da ação

Serviços AdicionaisO SESC Empresa oferece cursos com investimentos econômicos para grupos fechados sobre os temas: primeiros socorros e SPA Urbano.

Temas exploradosObesidade l Diabetes l Saúde Bucal l Alimentação Saudável l Doenças cardiovasculares l Higiene pessoal e coletiva l Importância da prática de atividades físicas

Page 31: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

31COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

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Temas exploradosObesidade l Diabetes l Saúde Bucal l Alimentação Saudável l Doenças cardiovasculares l Higiene pessoal e coletiva l Importância da prática de atividades físicas

Page 32: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

32 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Visitas a sindicatos do setor terciário promovem troca de conhecimento e ações voltadas para o segmento

Fecomércio MS

A Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul, com o intuito de estreitar o relacionamento com os sindicatos, sendo mais participativa no dia a dia da organização, realizou visitas aos sindicatos filiados apresentando os trabalhos e ações do Sistema Fecomércio MS (SESC, Senac e Instituto Fecomércio). Em contrapartida, conheceu o funcionamento, processos, atividades, ações e, ainda, as necessidades das organizações patronais.

O presidente do Sistema Fecomércio MS Edison Araú-jo liderou uma equipe de gestores que visitou os

seguintes sindicatos: do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Campo Grande; do Comércio Varejista de Materiais de Construção de Campo Grande; do Sindi-cato dos Representantes Comerciais Autônomos e Em-presas Comerciais do Estado de Mato Grosso do Sul; do Sindicato dos Varejistas de Produtos Farmacêuticos de MS; do Comércio Varejista de Três Lagoas; do Comércio Atacadista e Varejista de Dourados; do Comércio Varejis-ta de Ponta Porã; do Sindicato do Comércio Varejista de Aquidauana, Anstácio e Região e do Sindicato dos Cen-tros de Formação de Condutores de Mato Grosso do Sul e Despachantes no Estado de Mato Grosso do Sul. Segundo o superintendente da Fecomércio MS Re-ginaldo Henrique Soares Lima, a iniciativa foi extrema-

mente positiva. “Mostramos os principais produtos de nosso Sistema nas áreas de saúde, lazer, assistência social, educação, cultura, representação, além dos cur-sos profissionalizantes e como eles podem atender às demandas dos sindicatos e das empresas. Nas reuniões, os presidentes e diretores dos sindicatos também pude-rem reivindicar serviços e ações que foram analisadas pelos gestores das instituições do Sistema Fecomércio para que fossem adotadas as providências cabíveis.”

REIVINDICAÇÕES O Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista de Dourados, que recebeu a comitiva da Fecomércio na sede do Sindicato em Dourados, em 2011, reivindicou apoio ao Senac MS para a realização de um Curso de Vendas para os trabalhadores que pretendem conquis-

EM AQUIDAUANA, A REIVINDICAÇÃO FOI PELA PRESENÇA DA CARRETA DO ODONTOSESC, QUE ATENDERÁ TRABALHADORES DO COMÉRCIO POR 4 MESES

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33COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

tar uma vaga de emprego temporário no período de fim de ano. Segundo a gerente executiva do sindicato Vanielle Estrada, 60 pessoas concluíram o curso que foi realizado em parceria entre o Sindicato e com to-tal apoio do Senac. Para a gerente do departamento de educação profissional do Senac MS Jordana Due-nha, os encontros têm sido de grande valia. “Além de nos aproximarmos dos empresários de cada segmen-to, permitiram conhecer melhor as especificidades de cada negócio e, assim, passar a planejar ações de educação profissional mais alinhadas aos interesses e necessidades dos comerciantes. Foi uma ação estra-tégica, também.” O Sindicato dos Representantes Comerciais Au-tônomos e Empresas Comerciais do Estado de MS solicitou apoio do Sistema em uma questão tributá-ria que aflige o setor há vários anos: a tributação em cima do mostruários dos revendedores autônomos é um custo que onera os trabalhadores. “Precisamos da isenção de impostos sobre o mostruário já que este não será comercializado. É usado apenas como um catálogo. Nós, com a Fecomércio MS, encaminhamos à Secretaria de Fazenda uma proposta mostrando alternativas para a isenção”, conta o presidente José Alcides dos Santos. O pleito está em análise. Os dirigentes do SESC MS atenderam à solicitação do Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção de Campo Grande que pediu apoio para a organização de um Campeonato de Futsal entre as lojas de materiais de construção. O evento foi re-alizado de 23 de outubro a 27 de novembro de 2011 com a participação de empresários e trabalhadores do segmento. “O SESC cedeu o ginásio de esportes e ofereceu suporte técnico na organização e realização das par-tidas. Além disso, a pedido dos empresários, efetuou

matrícula dos trabalhadores no próprio local de tra-balho. “Estamos cada vez mais presentes no dia a dia das empresas”, afirma a Assessora Técnica e de Plane-jamento do SESC MS Maria das Graças Simões Santos.

DANDO O EXEMPLO Para o presidente da Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul Edison Ferreira de Araújo, as vi-sitas têm ainda uma objetivo maior: estimular que os sindicatos procurem as empresas de seus segmentos. “Que ouçam as reivindicações dos lojistas, conheçam melhor como trabalham, fortalecendo a representati-vidade dessas organizações. Enfim, que cada sindica-to também esteja mais próximo, atendendo aos inte-resses de seus filiados.” A ação, segundo Edison de Araújo, está alinhada a um dos critérios do Sistema de Excelência em Gestão Sindical (SEGS) que preconiza que as entidades ou-çam seus filiados para melhor atendê-los.” O objetivo é que todos os sindicatos da base da Federação sejam visitados no segundo semestre de 2012.

ENCONTROS PROMOVEM A TROCA DE CONHECIMENTO DO PROCESSO DAS INSTITUIÇÕES E FAZEM PARTE DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA FECOMÉRCIO MS

A REALIZAÇÃO DE UM TORNEIO DE FUTSAL FOI SOLICITADA EM ENCONTRO ENTRE SINDICATO DO COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

DE CAMPO GRANDE E DIRIGENTES DO SISTEMA FECOMÉRCIO MS

COMITIVA DO SISTEMA FECOMÉRCIO CONTA COM PRINCIPAIS LIDERANÇAS DA FEDERAÇÃO, SESC E SENAC E É RECEPCIONADA POR EMPRESÁRIOS DO SINDICATO LOCAL; NA FOTO, COM O SINDICOM

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34 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Tecnologia & Inovação

Empresa sem website perde mercado e pode ficar “invisível”Na era digital, as vitrines das lojas extrapolam os limites físicos e os websites se tornaram indispensáveis para divulgar, fixar marcas, estabelecer relacionamento com o público-alvo e, principalmente, vender. Com o cresci-mento galopante do acesso à internet, quem não está estabelecido em ambiente virtual tem evidente desvanta-gem com a concorrência. De acordo com pesquisa realizada pela Fecomércio/RJ, em parceria com o Instituto Ipsos, o percentual de brasileiros conectados à internet aumentou de 27% para 48%, entre 2007 e 2011, um índice que acompanha também o aumento do poder de compra das classes C e D. 

O Brasil é o 5º país com o maior número de

conexões à internet. São quase oitenta

milhões de internautas e, acompanhando

esses dados, as compras on line também são

vultosas. O percentual de brasileiros que fazem

compras pela internet passou de 13% em 2007

para 20% em 2011. De acordo com a empresa

E-bit, em 2010 as compras pela internet

atingiram R$ 14,8 bilhões, crescimento de

nada menos que 80% em relação a apenas dois

anos antes. Tamanho salto não deixa dúvidas:

se a empresa ainda não tem seu website está

mais do que na hora de criar um. Mas quais

ferramentas são necessárias para que a página

cumpra com seu propósito, seja ele de fixar a

marca ou de comercializar produtos?

NAVEGABILIDADE

Com 15 anos de experiência no mercado de

sites e sistemas, Eduardo Potumati, da Equipe

A, lembra que, além de correr o risco de cair

no esquecimento, a empresa que não tem site

também perde pontos importantes com o

consumidor. “O consumidor quer informação,

quer comprar produtos e empresas, o primeiro

lugar onde ele procura é a internet. Se não

encontra informações sobre determinado

produto, não há credibilidade. É muito difícil

Page 35: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

35COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

uma empresa se manter atualizada e

lembrada sem ter site. É o cartão de

visita da empresa na internet. Além, é

claro, das redes sociais.”

Quando se pensa em um site insti-

tucional, o ponto principal é informar

o visitante, mostrar o que é a em-

presa e o que ela tem para oferecer.

Eduardo complementa: “No caso do

comércio eletrônico, o foco é mostrar

rapidez tanto ao navegar no site como

na entrega do produto. Em ambos os

casos, é importante manter um canal

de comunicação entre o visitante e a

empresa. Dessa forma, além de trans-

mitir confiança ao cliente, a empresa

evita repercussão negativa nas redes

sociais.” A funcionalidade é um pon-

to fundamental na concepção do site.

Quando o cliente tem dificuldades

para navegar, acaba se irritando e cria

uma visão ruim da empresa. “Criativi-

dade é importante para atrair novos

visitantes, mas se houver dificuldade

em navegar no site, gera uma ima-

gem negativa. Também é importante

mantê-lo sempre atualizado, quando

um cliente visita duas vezes o site e

vê as mesmas informações, a tendên-

cia é não retornar.” Em resumo, a tô-

nica para manter o visitante no site é

criar ícones atrativos, mas simples de

navegação. Outra dica de Eduardo é

que o layout traga as mesmas cores

da logomarca da empresa para faci-

litar a fixação da marca.

CASE DE SUCESSO

Dos catálogos para a tela do com-

putador, a Anita Online é um exem-

plo positivo na implantação de site de

vendas. Hoje responde por 15% dos

produtos comercializados pela rede

de calçados, que tem 25 lojas entre

Campo Grande e Cuiabá (MT). São

30 mil pares comercializados pelo

sistema eletrônico, conta o diretor da

Anita Online Tiago Bellin. “A criação

do e-commerce surgiu há três anos,

motivada pela grande quantidade de

compras que era feita no interior via

catálogos e pedidos telefônicos. Com

uma base de mais de 500 mil clientes,

a Anita Online hoje contribui para os

resultados da rede. Nunca deixamos

de atingir as metas estabelecidas.”

Funcional e prático, o site informa

em detalhes as características dos

AS VENDAS ON LINE DA ANITA CALÇADOS SÃO RESPONSÁVEIS

POR 15% DOS PRODUTOS COMERCIALIZADOS PELA REDE

produtos em oferta, desde medidas,

aos materiais e também informa cam-

panhas promocionais. “O atendimen-

to via chat, telefone e redes sociais

também é fundamental para que o

consumidor tenha a exata noção do

que está adquirindo. Nesse sentido,

nossa equipe de atendimento recebe

treinamento de produto e moda se-

manalmente”, conta Tiago Bellin. Os

cuidados com o comércio eletrônico

se traduzem em números, são 160 mil

acessos médios por dia e o site já está

em 4º lugar em vendas de calçados

no País, segundo uma pesquisa feita

pela WBI Brasil - Agência de Comuni-

cação Digital.

EDUARDO POTUMATI DIZ QUE O RISCO DE CAIR NO ESQUECIMENTO É GRANDE PARA EMPRESAS QUE NÃO ESTÃO NA WEB

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36 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

ALVIRA APPEL MELOS

Associação da Feira Central e Turística de Campo

Grande - AFECETUR Ponto de encontro tradicional e movimentado no centro da Ca-

pital Morena, a Feira Central e Turística de Campo Grande-MS,

fundada em 1925, comemora seus 86 anos com exuberância, sim-

plicidade, beleza e liberdade. Acolhe raças, credos e cores, promo-

ve matizes e fragrâncias e garante a diversidade, tornando a vida

dos seus frequentadores mais humana.

Lugar de direito a expressão popular, tornou-se com o passar

dos anos um ponto de manifestação cultural espontâneo e acolhe-

dor, no qual as diversas gerações convivem em harmonia.

É o espaço do lazer em família, das compras, das manifestações

artísticas, da gastronomia e do artesanato; dos festivais que enalte-

cem a nossa cultura e os produtos com a marca sul-mato-grossense,

gerando sustentabilidade, a exemplo do sobá e do peixe da região.

Da lona para o prédio de arquitetura arrojada. Da caixa de iso-

por para o uso de equipamentos com tecnologias modernas. As

transformações na Feira Central nos últimos anos melhoraram as

condições de trabalho do feirante e o atendimento ao cliente. A

mudança é notável em termos materiais e visuais. Ao mesmo tem-

po, a Feira conserva o orgulho e o envolvimento do ser humano,

como trabalhador com renda garantida e autoestima elevada, o

que significa famílias mais felizes.

Este é o crescimento esperado, a luta é vencida a cada novo

cidadão qualificado. As parcerias estabelecidas com várias institui-

ções públicas e privadas são colunas de sustentação para as me-

lhorias dos hoje já empresários, estabelecidos na Feira Central.

Campo Grande cresce com força em todos os aspectos e acom-

panhar essa evolução é um desafio para os trabalhadores da Feira.

Assim, é necessário oportunizar aos empresários da Feira Central

o crescimento por meio da permanente qualificação para melhor

servir, integrando comércio, turismo e cultura.

“Prosa, pratos e presentes... Feira Central é o lugar da gente!”

Ponto de Vista

Page 37: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

37COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

A Prefeitura de Aquidauana abre novas janelasde oportunidades para investimentos empresariais.Novas condições e incentivos especiais para quem deseja investir com segurança em um mercado em plena expansão e com perspecti-vas altamente promissoras. Confira no endereço:

No endereço eletrônico da Prefeitura de Aquidauana você vai conhecer o Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social de Aquidauana (PRODESA) que foca a oferta de condições e incentivos especiais para que empresários possam instalar novos empreendimentos de sucesso na cidade...

... e encontra também o nosso PORTFÓLIO - Onde o Trabalho Encontra o Desen-volvimento com o perfil demográfico, político, social e econômico completo e atualizado do Município de Aquidauana e todo o seu potencial.

AQUIDAUANA. Conheça e invista.

Page 38: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

38 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Empresário do Mês

Da coragem e visão empreendedora, surge uma das redes mais sólidas de MSA coragem foi o ingrediente principal para que três amigos gaúchos se lançassem no desafio de implantar uma nova marca em um mercado ainda desconhecido. E a aposta foi certeira,  resultou em um negócio sólido: a rede PANAN. O empresário Roberto Rech, que com seus dois sócios veio para Campo Grande no início da década de 1980, conta essa tra-jetória de sucesso. A rede, que começou pequena, com uma loja de apenas 70 m², hoje está presente em quatro cidades de Mato Grosso do Sul e em outras três do Mato Grosso. Além de ser referência em seu segmento de atuação, também tem uma postura exemplar no acompanhamento das transformações do mercado, seja na capacitação dos funcionários ou na modernização da fachada e da disposição dos produtos, que deve ser sempre agradável aos olhos dos clientes.

INICIATIVA DE INVESTIR EM OUTRA REGIÃO FIZERAM DE ROBERTO RECH E

SÓCIOS DONOS DE UMA DAS MAIORES REDE DE REFRIGERAÇÃO DO ESTADO

Page 39: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

39COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Comércio & Cia - Como foi o início da PA-

NAN em Campo Grande?

Roberto Rech - Com coragem, ousadia

e muita disposição em vencer em Mato

Grosso do Sul. Eu e os meus sócios Ger-

vásio e Ivanor Peruzzo somos oriundos

do Rio Grande Sul, onde trabalhávamos

como funcionários de uma indústria em

Caxias do Sul, que muito nos incentivou

a vir e a estabelecer o nosso negócio em

Campo Grande. Tanto que, em homena-

gem ao antigo emprego, adotamos ini-

cialmente o nome de Refrigeração Pana-

mante ao nosso empreendimento, uma

pequena loja de 70 m² na Rua 14 de Julho,

inaugurada em março de 1981.

C&C - O que marcou esse começo e de

que forma a empresa consolidou seu

nome no mercado?

O que marcou foi o desafio de superar as

barreiras do total desconhecimento do

mercado local alinhado à marca que está-

vamos implantando, também totalmente

desconhecida. Competir com empresas

que trabalhavam a mesma base comercial

há mais tempo, por si só, já é muito difícil.

Se somarmos a isso a nossa falta de rela-

cionamento, tanto no segmento como na

sociedade, a dificuldade duplica. Isso exi-

giu de nós planejamento em curto, médio

e longo prazo, bem como divisão de ta-

refas. Os resultados, por nós atingidos ao

longo dessas três décadas, obviamente

apontam assertivas e nos animam em di-

reção a um futuro ainda mais promissor.

C&C - Hoje, quais são os números da

rede (de lojas, funcionários, mix...)?

Em quaisquer negócios tudo ocorre den-

tro de determinado tempo, desde que

siga com determinação os planos traçados e se

estabeleçam metas a perseguir. Trabalhando com

máquinas e equipamentos para supermercados,

padarias, casas de carne, bares, hotéis, restauran-

tes e conveniências, começamos, como já disse,

com uma pequena loja onde, além dos dois só-

cios, havia dois colaboradores. Hoje, graças ao

trabalho sério e de verdadeira parceria com os

nossos clientes e amigos, implantamos uma uni-

dade industrial em Campo Grande e promovemos

a expansão do negócio para as cidades de Doura-

dos, Três Lagoas e Corumbá, além de chegarmos

também ao Estado de Mato Grosso, instalando a

marca PANAN nas cidades de Cuiabá, Rondonópo-

lis e Sinop. Evidentemente, que o crescimento da

empresa deve-se aos recursos humanos que nos

atendem, totalizando 150 colaboradores.

C&C - Percebemos que a empresa é muito pre-

ocupada com a formação dos profissionais, por

isso investe em eventos e cursos. Na prática,

“NOSSA CLIENTELA É FORMADA POR EMPREENDEDORES QUE AUMENTARAM SUAS VENDAS E INVESTEM EM NOVOS

PRODUTOS E EQUIPAMENTOS PARA VALORIZAR SEUS CLIENTES”

Page 40: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

40 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

como a atualização dos funcionários reflete nos resul-

tados da rede?

A capacitação profissional hoje é intrínseca a qualquer

ramo de negócio. Tudo muda muito rapidamente. E esse

segmento em que atuamos é muito dinâmico e dos que

mais enfrentam concorrência. Desta feita, a empresa que

não investe na atualização de seus colaboradores não

cresce e fica sujeita a desaparecer de um mercado no qual

os clientes estão cada vez mais exigentes. Cursos especí-

ficos, participação em feiras e congressos, treinamentos

e outros proporcionam crescimento empresarial e, prin-

cipalmente, profissional para o colaborador. É uma busca

constante de soluções para aumentar a qualidade do nos-

so atendimento e a produtividade. O resultado,

evidentemente, é a expansão, abertura de novas

lojas e de novas oportunidades de emprego pela

PANAN.

 C&C - Como é feita a seleção de pessoal?

Analisando os candidatos e escolhendo os que

apresentam as melhores condições, dentro do perfil

e das competências definidas, para ocupar a vaga

que porventura esteja sendo oferecida.

C&C - No ano passado houve uma reformulação

total no layout e na estrutura da matriz. Como

foi essa iniciativa e o que  orientou o atual for-

mato da PANAN?

Ao longo desses 30 anos, a empresa tem buscado

estar sempre “jovem” tanto no seu layout quan-

to em seu sistema administrativo. Se o mundo

caracteriza-se por constantes mudanças, por que

não mudar a organização para atrair e dar mais

conforto aos clientes e motivar os colaboradores?

É gerador de mais negócios e, no caso específico

da matriz, que ainda não está totalmente com a

reforma concluída, já está sendo um ponto de re-

ferência para quem mora ou visita Campo Grande.

C&C - Essas mudanças já trouxeram reflexo em

termos de venda? De que forma? Como foi a

aceitação?

Layout mais atrativo, mudança no ambiente sem-

pre refletem em bons resultados sobre as ven-

das. Estamos oferecendo ambiente totalmente

climatizado, novas seções, como a de utilidades,

aumento no número de mix de produtos, amplo

estacionamento e outros. Enfim, o retorno que os

clientes nos proporcionam é altamente positivo.

C&C - Como o senhor analisa a proposta da re-

vitalização e a despoluição da região central de

Campo Grande?

O nosso centro comercial só tem a ganhar com o vi-

sual de fachadas limpas e padronizadas. Ganham os

empresários, pois haverá um aumento no fluxo de

pessoas atraídas pela nova roupagem, e a popula-

ção que terá um bem-estar estético e cultural, con-

forme  o próprio objetivo do projeto da Prefeitura

de Campo Grande.

Page 41: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

41COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

DIVERSIFICAÇÃO DE PRODUTOS, INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIAS ATUAIS E MUDANÇA DE LAYOUT SÃO ARTIFÍCIOS PARA ESTAR SEMPRE CHAMANDO A ATENÇÃO DA CLIENTELA

C&C - Hoje qual é o principal desafio do empresário

deste segmento?

O maior desafio de qualquer organização é manter-se

no mercado. O avanço tecnológico coloca o mundo

nas pontas dos nossos dedos, tamanha é a velocidade

de informações e mudanças a que estamos expostos

neste mundo globalizado. O plano que traçamos hoje

pode não ser o ideal amanhã, pois novas situações po-

dem surgir inesperadamente. Devemos ter uma visão

holística não apenas no contexto interno da empresa,

mas também no externo, e buscar, com a rapidez que o

mercado exige, soluções favoráveis ao nosso negócio.

A alta carga tributária que afeta os brasileiros é ape-

nas um item, no rol de desafios que aqui poderíamos

enumerar. Podemos juntar a falta da mão de obra qua-

lificada e a quantidade imensa de leis que emperra o

crescimento mais acelerado das empresas.

C&C - Como a cobrança do ICMS do comércio eletrô-

nico está refletindo nas empresas que, como a PA-

NAN, estão sediadas em nosso Estado?

O produto adquirido pelo sistema on-line chega ao

consumidor por um custo bem mais inferior se com-

parado com o comércio local, porque as alíquotas de

ICMS de outros estados são menores do que é cobrado

em Mato Grosso do Sul. É  uma operação que consi-

deramos desleal, pois não gera impostos, empregos  e

serviços para nosso Estado. Portanto, o governo age

com justiça ao cobrar o ICMS na entrada dessas mer-

cadorias, condicionando igualdade com as empresas

aqui sediadas. Com isso ganham o comércio, que pas-

sa a ter igualdade na concorrência, e a população, mais

benefícios gerados com o aumento na arrecadação

estadual.

C&C - Falando em mudança de hábito, como o au-

mento do poder de consumo das classes C  e D tem

refletido no movimento da PANAN?

Com o poder de compra das classes emergentes

surgem, evidentemente, novas oportunidades de

negócios para a PANAN. Os nossos clientes são em-

preendedores, donos de padarias, supermercados,

restaurantes, hotéis e outros, que aumentam suas ven-

das e, na corrida para não perderem a nova clientela,

fazem investimentos em novos produtos e equipa-

mentos. Temos traçado estratégias para que a marca

PANAN seja sempre lembrada na decisão de compra.

C&C - E o mix de produtos? De que forma

que é escolhido diante da velocidade nos

avanços tecnológicos? A rede faz pesquisa

de demanda para definir esse mix?

Estamos sempre participando de feiras na-

cionais e internacionais de produtos e ser-

viços que nos oferecem novos lançamentos

e as tendências. É claro que a PANAN consi-

dera em primeiro lugar a vontade e o desejo

do cliente, embora orientamos em direção a

equipamentos com melhor custo/benefício.

C&C - Quais os projetos da PANAN e plane-

jamento para este ano de 2012?

Manter a equipe de colaboradores sempre

motivada e concluir a ampliação da loja ma-

triz em Campo Grande, o que irá nos pro-

porcionar um aumento na área de vendas e

no número do mix de produtos. Fatores que

irão proporcionar condições superiores de

atendimento às que já praticamos aos nos-

sos clientes, razão principal da existência de

nossa empresa.

Page 42: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

42 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

SENAC MS

Gov. Federal e Senac oferecem mão de obra qualificada e cursos profissionalizantes por meio do PRONATEC

A carência de mão de obra qualificada é fato no Brasil. No entanto, o pro-

cesso de capacitação enfrenta dificuldades diversas que vão desde a

baixa qualidade da educação básica até a falta de cursos adequados às ne-

cessidades dos empresários dos diversos segmentos produtivos. Para con-

tornar esse problema, o Governo Federal investirá R$ 24 bilhões até 2014

para gerar 8 milhões de vagas em cursos de formação técnica e profissional

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) é um conjunto de ações que visam ampliar a oferta de vagas na Educação Profissional e Tecnológica (EPT) melhorando as condições de inserção de seus beneficiários no mercado de trabalho.

EM MS, ESTÃO DISPONIBILIZADAS 2.641 VAGAS PARA ATENDER ALUNOS INTERESSADOS EM CURSOS VARIADOS

Page 43: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

43COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino

Técnico e Emprego, destinados a estudantes e tra-

balhadores. Segundo o Governo, serão 5,6 milhões

de vagas para cursos de curta duração e 2,4 milhões

para as de cursos técnicos, com carga horária mais

longa, de - em média - um ano.

O Sistema S (SENAC, SESC, SENAI e SESI) terá pa-

pel decisivo no PRONATEC e o SENAC será um dos

parceiros mais atuantes pois, além de possuir know-

how, docentes altamente capacitados, tem estrutura

física para atender a demanda por vagas. Para garan-

tir a expansão imediata do número de matrículas, as

unidades da Instituição serão ampliadas.

Em Mato Grosso do Sul, o SENAC ampliou a ofer-

ta de vagas para receber os alunos que vão com-

plementar formação educacional com capacitação

técnica e profissional. De acordo com o diretor re-

gional do SENAC MS Vitor Mello, a instituição dis-

ponibilizou 2.641 vagas para 2012. “Direcionamos

cursos que atendem as necessidades das empresas

do segmento do comércio de bens, serviços e turis-

mo. Será possível melhorarmos a empregabilidade

das pessoas que passarem pelas nossas escolas e,

consequentemente, a qualidade dos serviços e a

produtividade das empresas também, por meio de

um quadro de colaboradores mais preparado.”

DESENVOLVENDO CIDADÃOS E

O ESTADO

Uma pesquisa da Confederação Nacional das In-

dústrias (CNI) mostra que as empresas localizadas

na região Centro-Oeste são as que mais apresentam

dificuldades com a falta de mão de obra qualificada.

Esse tema é considerado um problema para 64% das

empresas da região. A demanda por profissionais

qualificados, que contribuam para o aumento da

competitividade, faz com que as chances para quem

quer entrar no mercado de trabalho aumentem.

O comércio é um dos segmentos mais competiti-

vos para quem quer crescer profissionalmente. Para

contribuir com esse processo, o SENAC MS disponi-

biliza cursos gratuitos de educação profissional nos

municípios de Campo Grande, Corumbá, Dourados

e Três Lagoas, sendo cursos de qualificação e nível

técnico. O diretor do SENAC MS conta que a partir de

2013 essa oferta será ampliada para outros municí-

pios do Estado. Vale lembrar ainda que os alunos re-

ceberão todo o material didático necessário para as

aulas, além do vale-transporte para deslocamento,

lanche, e outros itens necessários. “Podemos dizer

que se trata de um ciclo virtuoso: ao mesmo tempo

em que apoiaremos a entrada ou recolocação de mi-

lhares de pessoas no mercado de trabalho, dando a

elas condição de renda e manutenção de uma vida

digna, contribuiremos com o desenvolvimento eco-

nômico do nosso Estado por meio do aumento da

competitividade de nossas empresas.”

COMO PARTICIPAR

O PRONATEC trabalhará com duas modalidades

de formação. A Bolsa Formação Estudante, destina-

da a alunos do Ensino Médio de escolas públicas, vai

ofertar cursos de formação técnica de nível médio.

Nesse caso, o grande parceiro na captação e seleção

de alunos será a Secretaria Estadual de Educação.

Em Mato Grosso do Sul foi realizado o processo de

seleção em dezembro e a previsão é que as aulas co-

mecem no dia 5 de março nas unidades do SENAC.

A outra modalidade será a Bolsa Formação Tra-

balhador. O Ministério do Trabalho e Emprego

(MTE) será parceiro demandante dessa modalidade

e oferecerá vagas para os beneficiários do Seguro-

-Desemprego por intermédio dos postos do Sistema

Nacional de Emprego (SINE). Nesse caso, os benefi-

ciários serão trabalhadores que estejam solicitando

o Seguro-Desemprego. Para esse público serão ofer-

tados cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC),

capacitações com no mínimo 160 horas. A princípio,

o processo de seleção não envolverá a aplicação

de provas, mas dependerá do encaminhamento do

MTE e a quantidade de vagas disponibilizadas pelas

escolas ofertantes, incluindo o SENAC.

Page 44: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

44 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

OPORTUNIDADE

Desde o ano de 2008 o SENAC

é parceiro do Governo Federal

no que diz respeito às Políticas

Públicas de Inclusão Social, com-

prometendo-se a aumentar sig-

nificativamente sua oferta social

por meio do Programa SENAC

de Gratuidade (PSG). O PRONA-

TEC é outro programa que vai

democratizar a oferta de cursos

técnicos e profissionais de nível

médio, e de cursos de formação

inicial e continuada, sem custo

para os alunos. “Ao mesmo tem-

po em que desempenhamos a

nossa missão - que é ‘Educar para

o trabalho’ - participaremos da

mudança de vida de milhares de

pessoas que terão a oportunida-

de de se qualificar, conseguir um

emprego, gerar renda e ganhar

mais dignidade e qualidade de

vida”, explica Vitor Mello.

Mato Grosso do Sul, por meio

do SENAC, foi escolhido para de-

senvolver o curso Técnico em

Logística, oferecido como piloto,

em um dos eixos do PRONATEC,

que beneficia estudantes do en-

sino médio das redes públicas. O

curso atende 40 alunos da escola

estadual Padre José Scampini, em

Campo Grande. Ianca Matos Fer-

reira, de 16 anos, faz parte dessa

turma piloto e afirma: com o cur-

so ampliou a própria visão a res-

peito do seu futuro profissional.

“Quando comecei o curso, não

imaginava que me poderia sentir

tão capacitada a colocar teoria

em prática. Consigo perceber que

a área de atuação é muito gran-

de, posso ter novos horizontes.

Apesar de ser certificada apenas

no segundo semestre, já me sinto

capacitada e pronta para traba-

lhar na área.” A faculdade de Di-

reito estava nos planos da aluna,

mas é parte do passado, segundo

Ianca. “A área de Logística é mui-

to carente aqui em MS. Com a

experiência que tenho pretendo

somar a um curso de graduação

de Engenharia de Produção para

- quem sabe, no futuro - ter mais

oportunidades de trabalho.”

SENAC MS: ALÉM DE POSSUIR DOCENTES ALTAMENTE CAPACITADOS, KNOW-HOW, TEM

ESTRUTURA FÍSICA QUE PODE SER AMPLIADA PARA ATENDER NOVAS DEMANDAS

Page 45: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

45COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

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Page 46: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

46 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Legislação

Desde o último trimestre do ano passado, os empresários estão tendo de se adequar a Lei nº 12.506 que regulamenta o aviso-prévio de acordo com o tempo de serviço do trabalhador. A Lei determina que sejam acrescentados três dias de trabalho para cada ano de serviço até o limite máximo de 90 dias para aqueles que têm mais de 21 anos na mesma empresa.

Passados alguns meses, algumas

dúvidas são recorrentes para em-

presários, contadores e empregados.

O trabalhador que antes cumpria

aviso-prévio de 30 dias tinha como

direito reduzir duas horas diárias de

sua jornada de trabalho ou então ser

dispensado de seus serviços na últi-

ma semana que estivesse cumprindo

a determinação trabalhista. Com o

aviso-prévio de até 90 dias, o benefí-

cio vai ter alterações.

De acordo com o consultor sin-

dical da Federação do Comércio de

Mato Grosso do Sul (Fecomércio MS),

Fernando Camilo “As demais exi-

gências do Capítulo VI do Título IV

da Consolidação das Leis do Traba-

lho (CLT) continuam inalteradas, tais

como: reflexos no tempo de serviço

e indenização de férias e 13º salários.

Assim, nos casos em que o funcioná-

rio for dispensado do cumprimento

do aviso prévio, ele deverá ser remu-

nerado pelo tempo correspondente

ao período projetado”. Ou seja: o cál-

culo referente a férias e ao 13º salário

deverá contabilizar valores de acordo

com o tempo de aviso-prévio que

esse trabalhador deveria cumprir.

“A demissão de funcionário deve-

rá ser feita com muito planejamento,

a fim de que não se onere o financei-

ro da empresa nem que se abra uma

brecha para que o trabalhador ques-

tione os valores na Justiça do Traba-

lho”, orienta o consultor.

IMAGEM COMPROMETIDA

A psicóloga Marialva Pereira Do-

mingues acredita que a Lei não irá

resolver o problema da rotatividade

de empregados nas empresas e pode,

ainda, criar a “indústria da demissão”,

quando um colaborador forçar a pró-

pria demissão para que receba os 90

dias de aviso, mais salário desempre-

go e fundo de garantia.

Ela cita outro aspecto resultante

da Lei. O aumento de dias a serem

cumpridos pode se tornar uma pro-

longação do sofrimento e mal-estar

entre trabalhador e instituição, nos

casos em que as partes estão descon-

tentes com a permanência do funcio-

nário na empresa. “Se uma empresa

demite ou a pessoa deseja sair, a rela-

ção entre colaborador e organização

não está mais em sintonia. Se em 30

dias o emocional do empregado já

pode ficar abalado, com até 90 dias

a pessoa poderá ficar ainda mais des-

motivada. Em alguns casos a imagem

da empresa estará comprometida.

Por exemplo, se uma atendente de

loja que esteja cumprindo o aviso não

tratar a clientela com o mesmo empe-

nho. Isso prejudica a empresa.”

FUNCIONÁRIOS COM ATÉ TEMPO DE AVISO PRÉVIO

COMO É CALCULADO O AVISO-PRÉVIO:

1 ano de serviço

33 dias

36 dias

42 dias

57 dias10 anos de serviço

72 dias

90 dias

15 anos de serviço

21 anos ou mais

84 dias

30 dias

2 anos de serviço

3 anos de serviço

19 anos de serviço

5 anos de serviço

20 anos de serviço 87 dias

Planejamento financeiro e cumprimento da Lei são palavras-chave na hora de dispensar funcionários

Page 47: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

47COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

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Page 48: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

48 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Mato Grosso do Sul deve ser um dos primeiros Estados a implementar a Lei sobre Inspeção Veicular

Nosso Ambiente & Cidadania

Medir a emissão de poluentes pelos veículos automotores , verificando se os níveis estão dentro de pa-drões definidos como aceitáveis, diminuindo assim a poluição dos grandes centros. Este é o objetivo da nova Lei sobre a Inspeção Veicular a qual Campo Grande deverá adotar, seguindo o exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro, locais onde a inspeção já é obrigatória a todos os veículos.

A elaboração das propostas foi determinada

aos Estados pelo Conselho Nacional de Meio

Ambiente (Conama) por meio da Resolução n°

418, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambien-

te. Na maior parte dos casos, as propostas ainda

dependem de aprovação dos conselhos estaduais

de meio ambiente e de aprovação de leis nas as-

sembleias legislativas para serem implantadas. To-

dos os Estados tiveram o prazo de até 30 de junho

de 2011 para entregarem os planos de controle

de poluição veicular para os conselhos estaduais

de meio ambiente. Segundo dados do Conama,

os Estados que optaram pela inspeção devem im-

plantar o programa até o dia 25 de abril de 2012.

AS OFICINAS DE CAMPO GRANDE TERÃO DE SE ADEQUAR À LEI AINDA EM 2012; CAPITAL É UMA DAS PRIMEIRAS CIDADES A IMPLANTAR LEGISLAÇÃO SOBRE INSPEÇÃO VEICULAR

Page 49: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

49COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

COMEÇARÁ PELA CAPITAL

É o caso de Mato Grosso do Sul e mais nove Es-

tados que adotarão o Plano de Controle da Polui-

ção Veicular (PCPV). Campo Grande será o primeiro

município a começar as inspeções. Possui cerca de

40% de toda a frota do Estado (400 mil veículos), o

que o coloca em lugar de destaque, mas que tam-

bém necessita de uma atenção especial. O Secretá-

rio Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimen-

to Urbano Marcos Antônio Moura Cristaldo explica

que “foi firmado um Termo de Cooperação Técnica

entre a prefeitura e o Governo do Estado que esta-

belece que a capital adote a inspeção a partir de

abril de 2012.” O prefeito da Capital sancionou a

Lei sobre o Plano de Controle de Poluição Veicular,

aprovada pela Câmara de Vereadores.

O secretário explica que será realizada licitação

para contratação de uma empresa especializada

no serviço e somente após esse processo será fi-

xada uma taxa a ser paga. “A inspeção será anual e

poderá ser feita até três meses antes do vencimen-

to da licença do veículo.”

De acordo com o PCPV, em janeiro de 2013,

Dourados e Três Lagoas também irão aderir ao

procedimento, e, a partir do ano seguinte, todos os

municípios de MS.

Segundo o presidente da Associação das Ofici-

nas Reparadoras de Veículos Automotores de MS

(Assorauto) Edivaldo Matos Martins, há dois anos

já vem sendo feita uma conscientização com as

oficinas quanto ao controle de gases poluentes ex-

pelidos pelos veículos. “Estamos conscientizando

e orientando os proprietários de que a inspeção

veicular, além de contribuir para o meio ambien-

te, também irá aumentar em cerca de 30% o mo-

vimento, já que os veículos terão que ser testados

para poder voltar a circular.”

LOGÍSTICA REVERSA

Outra ação que está em pleno desenvolvimento

é a questão da logística reversa, que consiste em dar

destino apropriado a materiais como óleo, estopa,

filtros, baterias, além de outros elementos utilizados

pelos centros automotivos.

Para garantir que esses materiais não prejudi-

quem o meio ambiente, a prefeitura de Campo

Grande incentivou a instalação de uma empresa

especializada no recolhimento dos produtos. “Este

procedimento faz parte da Política Municipal de Re-

síduos Sólidos. Para que a oficina obtenha o alvará,

precisa da Licença Ambiental, e esta exige que as

oficinas apresentem relatórios de como estão des-

cartando o “lixo”. Caso os produtos estejam sendo

dispensados de forma incorreta, o estabelecimento

pode ter o alvará cassado”, explica Marcos Antonio.

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

A logística reversa deverá entrar em vigor em

breve, já que o projeto de lei deverá ser votado

pela Câmara de Vereadores ainda neste semestre.

Mesmo onerando custos, já que é o proprietário

da oficina que paga para a empresa descartar os

resíduos, o presidente da Assorauto garante que

a ação é extremamente positiva.“ É uma preocu-

pação não só com o meio ambiente, mas também

com a saúde de nossos funcionários. As pessoas es-

tão mais conscientes com as questões ambientais

e estão dando preferência por estabelecimentos

que tenham este cuidado.”

PRODUTOS E MATERIAIS QUE IRIAM PARA O LIXO COMUM VÃO SER RECOLHIDOS POR UMA EMPRESA ESPECIALIZADA EM DAR DESTINO APROPRIADO E,

COM ISSO, PRESERVAR O MEIO AMBIENTE

Page 50: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

50 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Page 51: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

51COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Page 52: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

52 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Parcerias multiplicam forças e fazem empresas cresceremReunião de indivíduos para certo fim com interesse comum. Sociedade, companhia. Essas são algumas definições para a palavra “parceria” nos dicionários. Em um contexto no qual o cliente é cada vez mais exigente e quer ser bem-atendido no menor espaço de tempo possível, a parceria ganhou um significado ainda mais amplo. É sinônimo de sobrevivência.

O sociólogo Paulo Cabral avalia que esse modelo

é resultante do processo de especialização. Ele

toma como exemplo o período pós-revolução indus-

trial, quando se percebeu que a divisão técnica do

trabalho poderia aumentar a produtividade e otimi-

zar o tempo. “É um processo que vai se expandindo ao

infinito. Quanto mais o mercado cresce, tanto maior

será a especialização.” Depois de amplamente explo-

rada no setor secundário, a parceria também passou

a ser cada vez mais difundida no terciário, em espe-

cial na prestação de serviços. “Enxergo esse fenôme-

no fundamentalmente como um desdobramento do

processo de especialização e tende a se tornar cada

vez mais radical à medida que a humanidade cresce

e os negócios se multiplicam. É uma gama imensa

de especializações. Conheci uma empresa de gestão

de documentos, que faz não só o processamento

de documentação como também guarda os papéis,

liberando espaço nas empresas”, exemplifica o soci-

ólogo. Para Cabral, o importante, nesse processo, é

não perder o foco da articulação do negócio como

um todo e acompanhar as mudanças que ocorrem a

todo o momento e em ritmo

acelerado.

Entre corretores de imó-

veis é comum que os negó-

cios sejam feitos no siste-

ma de parceria. Por isso até

mesmo a tabela de honorá-

rios da categoria disciplina

a divisão de ganhos nesse

sistema. O presidente do

Conselho Regional dos Cor-

retores de Imóveis Eduardo

Francisco Castro diz que

em seu escritório, no qual

atua com o filho Eduardo e

a esposa Ana Margarida, de

70% a 80% dos negócios são

feitos em parceria. “O mun-

do hoje é globalizado e não

tem como ficar isolado. Não

adianta o corretor de imó-

Parcerias

CORRETORES DE IMÓVEIS JÁ ESTÃO HABITUADOS A TRABALHAR EM SISTEMA DE PARCERIA PARA DAR RAPIDEZ AOS NEGÓCIOS E SATISFAZER A CLIENTELA

Page 53: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

53COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

veis insistir em vender sozinho para ganhar todos os ho-

norários, porque vence o prazo estipulado no contrato de

exclusividade e ele não atende o cliente, que acaba passan-

do o imóvel para outro.” A corretora de imóveis Laurenice

Rodrigues Pagot, que é uma das parceiras do escritório de

Eduardo, há quatro anos atua na área e sempre associada a

outros colegas. “Este tipo de relacionamento amplia meu

leque de produtos, não fico limitada. É importante ter par-

ceiros porque nem todas as horas a gente tem o produto

para o cliente.”

A trajetória de um dos laboratórios mais conceituados e

procurados da Capital, o Biodiagnostic, também está calca-

da nesse modelo de parceria. Desde 1993 no mercado, foi

há 13 anos que o laboratório deu o grande salto, quando

encontrou um importante parceiro: Ultramedical Centro

de Diagnóstico. O farmacêutico e sócio-proprietário Anisio

Aparecido Chacom conta que a facilidade dos pacientes

em fazer todos os exames em apenas um local foi a chave

do sucesso e o início para outras parcerias. A empresa in-

vestiu em postos de coleta no Bairro das Moreninhas e nas

Ruas Marechal Deodoro e Humberto de Campos, e na Ave-

nida Júlio de Castilho, além da filial. Hoje a empresa, que

conta com 35 funcionários, planeja alçar voo maior e im-

plantar uma nova sede, com área construída de 1,5 mil m² e

três pavimentos, mas a unidade da Ultramedical continuará

sendo “um braço forte”, como define Chacom. O adminis-

trador geral da Ultramedical Gil Mário Soares Calado avalia

que a parceria foi a chave para conquistar a preferência dos

pacientes. “Antes eles tinham que correr de um lado para o

outro e aqui podem fazer exames médicos e laboratoriais. A

parceria é salutar para a sobrevivência das duas empresas.”

E não para por aí, Chacom explica que, para os laborató-

rios, também é fundamental a atuação conjunta com outras

empresas que fazem exames específicos, um exemplo claro

do processo de especialização citado pelo sociólogo Paulo

Cabral. “Existem laboratórios no País que fazem só deter-

minados tipos de exame e se tornam referência. Eles são

centros especializados. Nós fazemos a coleta e mandamos

para esses locais. Como o exame de DNA, por exemplo. Não

compensaria montar um centro para esse tipo de exame

porque a nossa demanda ainda é pequena e a tecnologia

empregada é dispendiosa.”

O LABORATÓRIO BIODIGNOSTIC FORMA UMA PARCERIA DE MAIS DE

UMA DÉCADA COM O CENTRO DE DIAGNÓSTICO ULTRAMEDICAL PARA

AGILIZAR ATENDIMENTO A PACIENTES

PARA O SOCIÓLOGO PAULO CABRAL, A UNIÃO ENTRE EMPRESAS QUE TÊM O MESMO PÚBLICO-ALVO É UM DESDOBRAMENTO DO PROCESSO DE ESPECIALIZAÇÃO E SERÁ CADA VEZ MAIS COMUM

Page 54: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

54 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Gestão & Finanças

Depois do Natal, o desafio: como iniciar o ano com o caixa equilibrado?

O começo de ano é sempre um desafio às finanças das em-

presas. Depois do pagamento da folha de funcionários

dobrada pelo décimo terceiro salário, vêm os impostos e as

faturas. Nessas horas, o crédito pode ser a solução para não

desequilibrar o caixa. O advogado e contador Clauber Neckel,

da Neckel Contabilidade e Assessoria Jurídica, é enfático: “É,

indiscutivelmente, mais interessante fazer um empréstimo

bancário do que deixar os pagamentos de impostos atrasados. 

As multas e as correções de impostos são pesadas e também

há restrições, a empresa inadimplente não pode gerar certidão

negativa e não consegue participar de licitação”. Neckel lembra

que, além do baque causado pelo custo elevado do benefício

natalino, as empresas também se deparam em janeiro com

custos operacionais maiores,   como despesas com temporá-

rios, consumo maior de água e luz, resultado da atividade pro-

longada no mês de dezembro.

PLANEJAMENTO E PRECISÃO

Proprietária da rede Suprimac, que já existe há 26 anos, a

empresária Leila Kemp (que tem 35 de experiência no merca-

do) sabe bem o que é enfrentar fim e início de ano e, em 20

anos que trabalha com operações de crédito, não tem dúvidas

de que “é inviável usar capital próprio para

giro de mercadorias”. Por isso, ela já inclui no

planejamento anual as prestações dos em-

préstimos para giro e também usa linha de

financiamento para o pagamento do décimo

terceiro salário dos 180 funcionários da rede,

que conta com duas filiais e uma distribuidora.

Para compor o estoque para este início de

ano, as compras já começaram bem antes, em

julho do ano passado. Já as despesas com im-

postos, como o Imposto Predial e Territorial

Urbano (IPTU), entram no caixa próprio da

empresa, dentro do calendário anual de com-

promissos.  Leila afirma que o importante é

fazer os cálculos com precisão, e recomenda:

“Há muitas linhas de financiamento com taxas

interessantes. Mas é preciso considerar esses

custos na composição da margem de lucro

dos produtos”.

É, INDISCUTIVELMENTE, MAIS INTERESSANTE FAZER UM EMPRÉSTIMO BANCÁRIO DO QUE

DEIXAR OS PAGAMENTOS DE IMPOSTOS ATRASADOS, AFIRMA CLAUBER NECKEL

LEILA KEMP ENSINA QUE OS CUSTOS COM LINHAS DE FINANCIAMENTO JÁ ESTÃO

PREVISTOS NA MARGEM DE LUCRO DOS PRODUTOS E QUE UTILIZA FINANCIAMENTOS

COM TAXAS “INTERESSANTES”.

FE

CO

RC

IO-M

S

INFORMAÇÕES: (67) 3321-6292 | [email protected]

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VEJA COMO PARTICIPAR:

Os contabilistas deverão apresentar cópia da guia de recolhimento da contribuição sindical patronal exercício 2012 devidamente quitada por seus clientes, contribuíntes dos instituidores e parceiros, no

período de 15 de fevereiro a 10 de abril de 2012, na sede dos instituidores e parceiros, quando

será substituída por cupom numerado.

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ACESSE: www.fecomercio-ms.com.br

SORTEIO DIA 25 DE ABRIL DE 2012

Page 55: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

55COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

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Os contabilistas deverão apresentar cópia da guia de recolhimento da contribuição sindical patronal exercício 2012 devidamente quitada por seus clientes, contribuíntes dos instituidores e parceiros, no

período de 15 de fevereiro a 10 de abril de 2012, na sede dos instituidores e parceiros, quando

será substituída por cupom numerado.

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SORTEIO DIA 25 DE ABRIL DE 2012

Page 56: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

56 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Sindical

Fundado em 25 de julho de 1953, o Sindicato do Comér-

cio Varejista de Aquidauana, Anastácio e Região nasceu

da força e determinação de empreendedores que há déca-

das deram os primeiros passos rumo à consolidação da ati-

vidade varejista da região. Além de atender os municípios

de Aquidauana e Anastácio, o Sindicato acolhe a demanda

dos comerciantes das cidades de Miranda, Bodoquena, Nio-

aque, Jardim, Bonito, Guia Lopes da Laguna e Maracajú, ofe-

recendo aos empresários benefícios como organização de

eventos técnicos com palestras e debates, assessoria técni-

ca com atendimento pessoal e telefônico, auxílio na contra-

tação e reciclagem de funcionários com reuniões mensais

e apoio técnico de profissionais especializados, além dos

cursos e treinamentos do SESC e SENAC.

De acordo com o presidente Denire Carvalho, que está

há sete anos à frente do Sindicato, a mudança mais visí-

vel nos últimos anos foi a construção da sede própria com

apoio da prefeitura e também do SENAC. “Esta nova casa

tornou o Sindicato mais representativo e mais reconhecido.

Ficamos mais próximos do Sistema Fecomércio MS e suas

ações, atividades e serviços e, com isso, temos a oportunida-

de de nos aperfeiçoarmos por meio de cursos e treinamen-

tos oferecidos. Estamos nos tornando a cada dia um porto

seguro para os lojistas, garantindo a eles um ambiente cada

Preparar os empresários para um comércio forte e competitivoO Sindicato do Comércio Varejista de Aquidauana, Anastácio e Região perpetuou e deu origem a um varejo cada vez mais estratégico e tecnológico, se destacando a cada dia por oferecer novas ferramentas, por exemplo, treinamentos e cursos em parceria com o Sistema Fecomércio SESC e SENAC.

vez melhor para uma gestão mais produtiva.”

Ainda de acordo com o Presidente, uma das

melhores estratégias de divulgação das ações

do Sindicato foi a implantação do site. “Por meio

do nosso portal da internet, é possível divul-

gar as ações desenvolvidas pela casa. Além da

transparência, conseguimos levar informações

referentes ao comércio, aos serviços e ao turis-

mo às empresas e dirigentes da região.”

ESTRATÉGIAS PARA 2012

O Sindicato conta com 13 diretores e está

com planos de aumentar a representatividade

da classe neste ano. Para isso, preparou ações

que devem atrair não só empresários, mas toda

a população da região. “Uma sede própria do

SESC e do SENAC será construída para melhorar

SEDE PRÓPRIA, COM APOIO DA PREFEITURA E DO SENAC MS POSSIBILITA A OFERTA DE CURSOS TÉCNICOS PROFISSIONALIZANTES E TAMBÉM MAIOR APROXIMAÇÃO COM O EMPRESARIADO

DENIRE CARVALHO: META EM 2012 SERÁ CAPACITAR LÍDERES E EXECUTIVOS PARA ATUAREM EM PROL DAS EMPRESAS

SIRN

AY M

ORO

Unimed Campo Grande (sede)Rua da Paz, 883 - (67) 3389-2425 / 2421 / 2677Centro Médico Unimed Rua Abrão Júlio Rahe, 1440 - (67) 3321-5600Hospital Unimed Campo GrandeAvenida Mato Grosso, 4.566 - (67) 3318-6610

Um exame preciso contribui para um diagnóstico correto e, logo, um tratamento eficaz.

O Laboratório Unimed Campo Grande possui os equipamentos e profissionais capacitados para realizar exames de análises clínicas em diversas especialidades. E ainda, é o único laboratório do Estado e o primeiro do Sistema Unimed Brasil a receber o selo do PALC – Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos, o maior programa de acreditação do setor na América Latina.

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sua saúde.

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Page 57: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

57COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

o atendimento e a oferta de cursos que vão capacitar funcionários

do comércio.  A doação do terreno foi feita pela prefeitura. Além dis-

so, vamos manter nossa parceria com o Instituto Fecomércio MS para

que sejam realizadas pesquisas sazonais, cujos dados subsidiem os

empresários para a tomada de decisões”, afirma o presidente.

Outro destaque para este ano é a parceria com o SESC MS e a

Prefeitura Municipal. Pelo convênio, o SESC irá oferecer tratamento

dentário gratuito à população com prioridade no atendimento aos

funcionários do comércio varejista. A carreta do OdontoSESC deve

ficar em Aquidauana por 120 dias, a partir de janeiro.

Com a Fecomércio MS, o presidente do Sindicato reafirmou o

compromisso de seguir com as ações do Sistema de Excelência em

Gestão Sindical (SEGS) que no ano passado mostrou resultados favo-

ráveis e aplicáveis aos interesses do Sindicato. “Desejamos contribuir

para a maturidade do Sindicato nos aspectos como associativismo e

serviços oferecidos aos empresários. Neste início de ano nossa meta

será capacitar líderes e executivos para melhor atuarem em prol dos

interesses das empresas que representam.”PARCERIAS COM EMPRESAS PRIVADAS E

PÚBLICAS SÃO ESSENCIAIS PARA TORNAR O TERCEIRO SETOR MAIS ATUANTE

Unimed Campo Grande (sede)Rua da Paz, 883 - (67) 3389-2425 / 2421 / 2677Centro Médico Unimed Rua Abrão Júlio Rahe, 1440 - (67) 3321-5600Hospital Unimed Campo GrandeAvenida Mato Grosso, 4.566 - (67) 3318-6610

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ESTACIONAMENTO PRÓPRIO

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58 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Causa perplexidade a todos os ana-

listas o fato excêntrico de ostentar

o Brasil as mais altas taxas de juros reais

do mundo, tanto para o setor privado

como para os títulos do Tesouro Nacio-

nal. De um modo geral, essas taxas são

“puxadas” pela taxa básica SELIC, fixada

pelo Banco Central, cuja explicação ca-

rece de uma justificação convincente.

Coexistem, no Brasil, duas políticas

monetárias: uma patrocinada pelo Go-

verno, com vistas à expansão dos em-

préstimos do BNDES, CEF e Banco do

Brasil, e outra comandada pelo Banco

Central, que, presumivelmente, atuaria

sobre o sistema de crédito privado. No

fundo, a elevada taxa de juros SELIC,

além de influenciar o custo da colocação

dos títulos públicos, também serve de

parâmetro à captação de recursos pelos

bancos comerciais e de investimentos,

inclusive para os Fundos de Renda Fixa,

que vendem quotas no mercado de

capitais.

A partir daí, é importante ressaltar

que, apesar da ênfase desproporcional

que tem sido dada à taxa SELIC, as taxas

pagas pelos consumidores e empresá-

rios são muito mais elevadas. Isso se

deve à diferença entre a taxa pela qual

os bancos tomam dinheiro emprestado

e a taxa pela qual emprestam dinheiro,

ou seja, o chamado spread bancário. A

taxa de juros média paga pelas pessoas

físicas, no Brasil, é de 46% ao ano e pe-

las pessoas jurídicas, 40% ao ano. Fica

difícil imaginar a viabilidade de algum

projeto perante esse custo de captação.

Daí a corrida aos empréstimos dos ban-

cos públicos.

Mas isto não é tudo, diante dos es-

candalosos juros cobrados dos inocen-

tes consumidores. Parece inacreditável,

mas, segundo a Associação Nacional

dos Executivos de Finanças e Contabi-

lidade (ANEFAC), a taxa média de juros

paga pelo consumidor gira em torno de

6,5% ao mês ou 116% ao ano. No caso

do cheque especial, a taxa média está

em cerca de 8,2% ao mês.

O argumento dos bancos privados,

para justificar tamanha discrepância,

reside no chamado “Custo Brasil”, que

seria o grande culpado pelas taxas es-

tratosféricas cobradas dos clientes. É

útil, então, recorrer-se ao Relatório de

Economia Bancária e Crédito de 2009,

o último divulgado pelo Banco Central,

no qual há uma decomposição do spre-

ad bancário, tornando possível detectar

as causas de seu inchaço.

Como demonstra o Relatório, a car-

ga tributária tem um peso considerável,

respondendo por mais de 24,7% do to-

tal do spread. A inadimplência também

possui um peso grande, sendo respon-

sável por mais de 27% da totalidade.

Além disso, os custos administrativos

dos bancos representam 14,6% do spre-

ad. No entanto, o maior componente

do spread bancário é a margem líquida

dos bancos que responde por mais de

31% do total.

Nesse contexto, a diminuição do

spread não depende apenas da redução

da taxa SELIC, mas também do aumen-

to da eficácia do Sistema Tributário Na-

cional, assim como de uma maior com-

petição no mercado bancário no Brasil,

tornando-o mais eficiente e reduzindo

seus lucros, com o que sairão favoreci-

dos os consumidores, que, no caso, são

tomadores de recursos.

Assim, há um excesso de ênfase, no

Banco Central, quanto à formulação da

política monetária. Muitas das causas

que colocam a inflação acima da meta

fogem ao raio de ação da taxa SELIC. Se-

ria, pois, do melhor alvitre, apostar em

uma maior consonância e consistência

entre a política monetária e a política

fiscal, assim como no encaminhamen-

to das reformas que possam resolver o

problema da indexação e da cunha fis-

cal que pesa sobre os juros bancários.

Adicionalmente, é necessário simpli-

ficar o Sistema Tributário e criar condi-

ções para elevar a competição entre as

instituições financeiras, possibilitando a

redução do spread. Essas medidas con-

tribuiriam, significativamente, para a

queda das taxas de juros no Brasil e não

apenas a queda da taxa SELIC. Isto, além

da correção necessária para impor limi-

tes razoáveis às extravagantes taxas de

juros cobradas na utilização dos cartões

de crédito.

Artigo

As taxas de juros no Brasil Antonio Oliveira Santos, presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC)

LINHA DE CRÉDITO

Juros Comércio 5,60% 5,54% -1,07% -0,06%

10,69% 10,69% 0,00% 0,00%

8,25% 8,23% -0,24% -0,02%

2,29% 2,24% -2,18% -0,05%

4,58% 4,47% -2,40% -0,11%

9,11% 8,94% -1,87% -0,17%

6,75% 6,69% -0,89% -0,06%

238,30% 238,30%

158,90% 158,33%

31,22% 30,45%

71,15% 69,00%

184,69% 179,41%

118,99% 117,51%

92,29% 90,99%

TAXA MÊS

AGOSTO/11 SETEMBRO/11 VARIAÇÃO VARIAÇÃO

% PTOS. PRECENTUAISTAXA ANO TAXA MÊS TAXA ANO

Cartão de Crédito

Cheque Especial

Empréstimo pessoal(bancos)

Empréstimo pessoal (financeiras)

Taxa Média

CDC - bancos

Page 59: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

59COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012

Em 2012, sente-se conosco à mesa de parceria e solidariedade O Programa Mesa Brasil SESC em Mato Grosso do Sul cumpriu à risca com o seu papel de contribuir com a segurança alimentar e nutricional das pessoas em situação de maior vulnerabilidade.

Ao mesmo tempo, atuou na redução do desperdício, mediante a doação de alimentos, no desenvolvimento de ações educativas e na promoção de solidariedade social.

Mais de Hum milhão e setecentos mil quilos de alimentos foram arrecadados e distribuídos em 2011 em Mato Grosso do Sul.

Com doação de 1.777.718 quilos de alimentos, em três municípios: Campo Grande 888.972 quilos; Dourados 687.545 quilos e Três Lagoas 201.201 quilos.

O Programa beneficiou mensalmente 106.656 pessoas em 309 instituições atendidas, Campo Grande 76.716 pessoas, Dourados 26.674 pessoas e Três Lagoas 3.266 pessoas.

Esses números foram alcançados em 2011 com a participação efetiva das empresas parceiras e doadoras. Em Campo Grande foram 153 empresas, Dourados 50 empresas e Três Lagoas 13 empresas, solidárias com as ações do Programa.

Em 2012, venha você também para esta Rede Nacional de Solidariedade contra a Fome e o Desperdício de Alimentos e faça parte desta ação que integra o SESC MS, empresas, instituições sociais e pessoas voluntárias no esforço conjunto para melhoria da qualidade de vida e da cidadania através da responsabilidade e solidariedade social compartilhada.

Informações:Campo Grande: (67) 3384-0050Dourados: (67) 3421-5070Três Lagoas: (67) 3521-6799

Mesa Brasil SESC em Mato Grosso do Sul, busca onde sobra e entrega onde falta.

www.sescms.com.br

Page 60: Revista Comércio & Cia - 6ª Edição

60 COMÉRCIO & CIA JANEIRO/FE VEREIRO 2012