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Revista Científica da FHO|UNIARARAS v. 3, n. 1/2015 http://www.uniararas.br/revistacientifica 1 ORNITOFAUNA DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL (RPPN) DO SESC PANTANAL DE POCONÉ/MT AVIFAUNA OF THE RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL (RPPN) FROM SESC PANTANAL IN POCONÉ/MT Priscilla Deluqui MORALECO 1 ; Carla Flávia Matos MENDEZ 2; 3 ; Alex Sandro Henrique Jesus de FREITAS 2; 4 ; Jennifer Rafaella Esteves de SOUSA 1; 5 ; Victor Hugo de Oliveira HENRIQUE 1; 6 ; Ana Sophia Haagsma SIMM 2 ; Diogo Diógenes Ribeiro BARBOSA 2 ; Mackson ALEXANDRE 2 . 1 Graduado (a) em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso UFMT. 2 Graduando (a) em Ciências Biológicas pela UFMT. 3 Mestranda em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo INPA. 4 Mestrando em Botânica pelo INPA. 5 Aluna de Especialização em Gestão e Perícia Ambiental pela UFMT. 6 Mestrando em Educação Ambiental pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” UNESP. Autor responsável: Victor Hugo de Oliveira Henrique. Laboratório de Ecologia Aquática, Instituto de Biociências da UFMT. Endereço: Av. Fernando Corrêa da Costa, n. 2.367, Boa Esperança Cuiabá/MT. CEP 78.060-900, e-mail: <[email protected]>.

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Revista Científica da FHO|UNIARARAS v. 3, n. 1/2015

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1

ORNITOFAUNA DA RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL (RPPN) DO SESC PANTANAL DE POCONÉ/MT AVIFAUNA OF THE RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL (RPPN) FROM SESC PANTANAL IN POCONÉ/MT

Priscilla Deluqui MORALECO1; Carla Flávia Matos MENDEZ2; 3; Alex Sandro Henrique Jesus de

FREITAS2; 4; Jennifer Rafaella Esteves de SOUSA1; 5; Victor Hugo de Oliveira HENRIQUE1; 6; Ana

Sophia Haagsma SIMM2; Diogo Diógenes Ribeiro BARBOSA2; Mackson ALEXANDRE2.

1Graduado (a) em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT.

2Graduando (a) em Ciências Biológicas pela UFMT.

3Mestranda em Biologia de Água Doce e Pesca Interior pelo INPA.

4Mestrando em Botânica pelo INPA.

5Aluna de Especialização em Gestão e Perícia Ambiental pela UFMT.

6Mestrando em Educação Ambiental pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” –

UNESP.

Autor responsável: Victor Hugo de Oliveira Henrique. Laboratório de Ecologia Aquática, Instituto de

Biociências da UFMT. Endereço: Av. Fernando Corrêa da Costa, n. 2.367, Boa Esperança – Cuiabá/MT.

CEP 78.060-900, e-mail: <[email protected]>.

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RESUMO

A área estudada é notória pela diversidade e abundância

de sua ornitofauna, podendo ser considerada a área

úmida com maior diversidade de espécies de aves no

mundo. O trabalho objetivou analisar as parcelas de

espécies avistadas e ouvidas na RPPN do SESC

Pantanal. Foram feitas observações durante quatro dias

no mês de abril de 2013 por transecto linear em catorze

pontos, com distância de 200 metros e duração de 15

minutos de observação. Para análise dos dados, foi

utilizado o estimador de riqueza Jackknife de primeira

ordem para a curva do coletor. Foram observadas 40

famílias, 108 espécies e 1029 indivíduos, sendo as

famílias Ardeidae, Icteridae e Tyrannidae que

apresentaram as maiores riquezas de espécie. As

espécies Aratinga aurea (GMELIN, 1788), Coragyps

atratus (BECHSTEIN, 1793) e Leptotila verreauxi

(BONAPARTE, 1855) apresentaram maior abundância.

Os pontos de amostragem que apresentaram maior

riqueza foram 1, 2, 3 e 4, com 31, 35, 44 e 28 espécies

respectivamente. Das cinco espécies mais abundantes

por pontos de amostragem, quatro foram encontradas

em três dos catorze pontos amostrados. As cinco

espécies mais abundantes são Aratinga aurea

(GMELIN, 1788) (P1, P2, P3), Ortalis canicollis (P6,

P7, P12), Theristicus caudatus (P9, P10, P11), Leptotila

verreauxi (P5, P10, P12) e Rosthramus sociabilis (P8,

P11, P14). Em decorrência do tempo e do tamanho da

área amostrada, não foi possível estimar o número total

de espécies da comunidade de ornitofauna na RPPN.

Entretanto, houve uma representatividade significante

das aves avistadas e vocalizadas na área amostrada.

Palavras-chave: Ornitofauna. Pantanal. Biodi-

versidade.

ABSTRACT

The studied area is well known due to the diversity and

abundance of its avifauna, which is recognized as the

humid area with the widest variety of bird species in the

world. This work aimed to investigate the types of heard

and sighted species in the RPPN from SESC Pantanal.

Sightings happened during four days in April 2013

through line transect in fourteen points at a distance of

200 meters during a 15-minute sighting. In order to

analyze data, the first-order jackknife richness estimator

was used to the accumulation curve.

40 families, 108 species and 1029 individuals were

seen, and the families that demonstrated the largest

specie richness are Ardeidae, Icteridae and Tyrannidae.

The species that demonstrated the widest diversity are

Aratinga aurea (GMELIN, 1788), Coragyps atratus

(BECHSTEIN, 1793) and Leptotila verreauxi

(BONAPARTE, 1855).

The sampling points that showed more richness were 1,

2, 3 and 4, with 31, 35, 44 and 28 species, respectively.

There are five most common species according to the

sampling points, and amongst them, four species were

found in three of fourteen sampling points. The top five

most common Species are Aratinga aurea (GMELIN,

1788) (P1, P2, P3), Ortalis canicollis (P6, P7, P12),

Theristicus caudatus (P9, P10, P11), Leptotila

verreauxi (P5, P10, P12) and Rosthramus sociabilis (P8,

P11, P14). It was not possible to calculate the total

number of species corresponding to the RPPN avifauna

due to time factor and area size. However, there was a

considerable presence of heard and sighted birds in the

sampling area.

Keywords: Avifauna. Pantanal. Biodiversity.

INTRODUÇÃO

O Pantanal é considerado a maior planície

alagável do mundo, com cerca de 140.000 km² e está

localizado entre os Estados do Mato Grosso e Mato

Grosso do Sul. Anualmente, a região passa por

períodos de inundação, o que torna o sistema

complexo por apresentar uma variação no

tempo/espaço (OLIVEIRA, 2011). Dentro desse

bioma, está localizada a Reserva Particular do

Patrimônio Natural (RPPN), uma unidade de

conservação de domínio privado e de uso

sustentável, a qual possui cerca de 106.644 hectares

de superfície e um perímetro de 227 km, dos quais

110 km estão às margens dos rios Cuiabá e São

Lourenço. Essa é a maior reserva particular natural

do Brasil, criada inicialmente para preservar

espécies raras, endêmicas e que correm riscos de

extinção, além de permitir um enfoque na educação

ambiental. (SESC PANTANAL, 2011).

O Pantanal pode ser considerado uma das

ecorregiões mais ricas em termos de origem da sua

flora e fauna por receber influência de três

importantes biomas da América do Sul: o cerrado,

a Amazônia e o Chaco paraguaio (UBAID et al,

2011). A relação da heterogeneidade da paisagem

e a variedade na formação da vegetação se devem

às características dos solos, à baixa altitude, à

pouca declividade, à alternância de períodos de

cheias e secas, às grandes amplitudes térmicas

anuais, aos padrões sazonais de precipitação e à

variação plurianual de cheias (POTT e

ADAMOLI, 1999).

A vegetação pantaneira sofre influência de

fatores, como cheias, topografia e solo, que

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ocorrem como mosaicos diversificados, contendo

florestas (matas semidecíduas, cerradão, cerrado e

cerrado de murundu), ambientes aquáticos (rios,

corixós, vazantes, baías, salinas, brejos e campos

inundados) e habitats abertos (campos de

pastagens nativas e/ou introduzidas e campos

inundáveis), que convergem para a planície

(BROWN JR., 1986; NUNES e TOMAS, 2004).

No Pantanal, a estrutura e a dinâmica das

comunidades de aves estão relacionadas à

heterogeneidade do ambiente e aos pulsos de

inundação (FIGUEIRA et al., 2006). A planície

pantaneira atua como um importante sítio de

invernada para milhares de aves de várias espécies

oriundas de locais, como o Hemisfério Norte, o

Cone Sul, a região Norte da América do Sul, a

Bolívia e o Paraguai (NUNES e TOMAS, 2008).

A região pantaneira é notória pela diversidade

e abundância de sua avifauna, podendo ser

considerada a área úmida com maior diversidade de

espécies de aves no mundo (TUBELIS e TOMAS,

2003). De acordo com a lista do plano de manejo da

RPPN do SESC Pantanal, há 340 espécies de aves

identificadas na reserva contra 463 espécies

identificadas na planície pantaneira. A listagem de

espécies corresponde a 52% do total conhecido na

bacia do Alto Paraguai e a 73% das espécies

pertencentes à planície pantaneira.

Este trabalho teve por objetivo contribuir

com a lista das espécies de aves que existem na

RPPN do SESC Pantanal em Poconé/MT. Desta

forma, foi elaborado um inventário das espécies

avistadas e vocalizadas dentro da reserva.

METODOLOGIA

Área de Estudo

O estudo foi realizado na Reserva Particular

do Patrimônio Natural (RPPN) SESC Pantanal, que

é uma unidade de conservação de uso sustentável.

A região possui 106.644 hectares de superfície e

um perímetro de 227 km, dos quais 110 km

constituem as margens dos rios Cuiabá e São

Lourenço. Essa é a maior reserva particular natural

do Brasil e está localizada no município de Barão

de Melgaço (BRANDÃO et al., 2011).

A RPPN SESC Pantanal é uma das zonas-

núcleo da Reserva da Biosfera, tendo sido

reconhecida pela UNESCO em 2000, o que lhe dá

importância global pela expressividade dos

sistemas e processos naturais de seu interior, bem

como pelos efeitos positivos para o seu entorno

(BRANDÃO et al., 2011). Confira a seguir a

imagem da área estudada.

Imagem 1 Área de estudo, registrada pelo Google Earth, mostrando os 14 pontos estudados.

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Métodos

Foram feitas observações durante quatro

dias no mês de abril de 2013 em catorze pontos, os

quais foram classificados com os números de 1 a

14. Os pontos de 1 a 4 estão localizados entre a

Base de Pesquisas Avançadas do Pantanal da

UFMT e o aeródromo do SESC Pantanal, e os

pontos de 5 a 14 vão desde a Base de Pesquisas

Avançadas do Pantanal da UFMT até o haras do

SESC Pantanal. Os pontos distam 200 metros entre

si. As observações por pontos duraram 15 minutos,

tendo sido realizadas nos períodos matutino,

vespertino e noturno.

Descrição dos pontos de amostragem:

Ponto 1 (16º 29' 91" S – 56º 24' 84" W) – pastagem

suja no lado esquerdo, presença de campos

inundáveis com lâminas de água no lado direito.

Ponto 2 (16º 29' 83" S – 56º 24' 95" W) – coberturas

de Thalia geniculata verde, solo inundado, com

flores e sementes no lado direito, havendo

predominância de Thalia geniculata no lado

esquerdo.

Ponto 3 (16º 29' 75" S – 56º 25' 03" W) –

predominância de Thalia geniculata no lado

direito, havendo predominância de Combretum

lanceolatum no lado esquerdo, sem flores e frutos.

Ponto 4 (16º 29' 66" S – 56º 25' 17" W) –

predominância de Thalia geniculata, tanto no lado

esquerdo como no lado direito, e alagado.

Ponto 5 (16º 30' 06" S – 56º 24' 37" W) – vegetação

de pastagem entremeada por Thalia geniculata no

lado esquerdo, havendo um sub-bosque mais

fechado com predominância de acuris no lado

direito.

Ponto 6 (16º 30' 16" S – 56º 62' 48,33" W) –

pastagem limpa no lado direito, com a

monodominância de caités no lado esquerdo.

Ponto 7 (16º 30' 26,9" S – 56º 24' 79,3" W) –

pastagem suja no lado direito, havendo um campo

sujo no lado esquerdo.

Ponto 8 (16º 30' 41,2" S – 56º 24' 79,3" W) – área

antropizada, com animais domésticos, haras e

construções.

Ponto 9 (16º 30' 45,7" S – 56º 24' 66,2" W) –

vegetação de sub-bosque e cordilheiras.

Ponto 10 (16º 30' 27,86" S – 56º 24' 37,82" W) –

vegetação de sub-bosque e cordilheiras.

Ponto 11 (16º 30' 47,8" S – 56º 24,4' 85"W) –

vegetação de sub-bosque e cordilheiras.

Ponto 12 (16º 30' 46,5" S – 56º 24' 38,1" W) –

vegetação de sub-bosque e cordilheiras.

Ponto 13 (16º 30' 33,9" S – 56º 24' 35,9" W) –

paisagem de sub-bosque e vegetação alagada no

lado direito, havendo macrófitas aquáticas no lado

esquerdo.

Ponto 14 (16º 30' 23,2" S – 56º 24' 34" W) –

paisagem de acorizal, açori e área alagada.

O método utilizado para observação e

coleta dos dados foi o transecto linear. Segundo

Garcia e Lobo-Faria (2009), esse método é

amplamente usado para levantamento da fauna,

sendo caracterizado pelo estabelecimento de faixas

de comprimento conhecidas ao longo da área

amostral, as quais foram acompanhadas por

“caminhadas sazonais” durante o percurso do

transecto. Foram anotadas as espécies identificadas

por meio de avistamento e de vocalização.

Durante a coleta de dados, foram usados os

seguintes instrumentos: binóculos, gravador de

áudio, GPS, câmera fotográfica, caderno de

anotações e guias de campo das espécies da região

do Pantanal. Para a análise da riqueza dos dados,

foi utilizado o estimador Jackknife de 1ª ordem

para a curva do coletor.

RESULTADOS

Foram registrados 1029 indivíduos, os

quais foram distribuídos em 40 famílias e em 108

espécies. Das 40 famílias registradas na RPPN do

SESC Pantanal, Ardeidae (n = 8), Icteridae (n = 7)

e Tyrannidae (n = 6) apresentaram as maiores

riquezas de espécies, conforme dados apresentados

no Gráfico 1 a seguir.

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Gráfico 1 Riqueza das espécies amostradas na RPPN do SESC Pantanal, no município de Poconé/MT.

Das 108 espécies registradas, Aratinga

aurea (GMELIN, 1788) (n = 136), Coragyps

atratus (BECHSTEIN, 1793) (n = 89) e Leptotila

verreauxi (BONAPARTE, 1856) (n = 64) foram as

que apresentaram maior abundância, conforme

dados apresentados no gráfico a seguir.

Gráfico 2 Abundância relativa das espécies amostradas na RPPN SESC Pantanal, Poconé/MT, 2013.

Os pontos de amostragem que apresentaram

maior riqueza de espécies foram os representados

pelos números 1, 2, 3, e 4, com 31, 35, 44 e 28

espécies respectivamente, e a família melhor

representada em número de espécies foi a Ardeidae

(n = 9), conforme dados apresentados no gráfico a

seguir.

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Gráfico 3 Riqueza das espécies por pontos de amostragem, RPPN SESC Pantanal, Poconé/MT, 2013.

A curva ascendente de acumulação de

espécies não indicou tendência à estabilização, o

que demonstra a existência de espécies na

comunidade que não foram amostradas, conforme

dados apresentados no gráfico a seguir.

Gráfico 4 Acúmulo de espécies observadas nos pontos amostrados na RPPN SESC Pantanal, Poconé/MT.

As espécies mais abundantes por pontos

foram Coragyps atratus (BECHSTEIN, 1793) (P1),

Aratinga aurea (GMELIN, 1788) (P2), Molothrus

bonariensis (GMELIN, 1789) (P3), Myiopsitta

monachus (BODDAERT, 1783) (P4), Dendrocygna

autumnalis (LINNAEUS, 1758) (P5), Columbina

minuta (LINNAEUS, 1766) (P6), Ortalis canicollis

(WAGLER, 1830) (P7), Psarocolius decumanus

(PALLAS, 1769) (P8), Theristicus caudatus

(BODDAERT, 1783) (P9), Leptotila verreauxi

(BONAPARTE, 1855) (P10), Theristicus caudatus

(BODDAERT, 1783) (P11), Leptotila verreauxi

(BONAPARTE, 1855) (P12), Ramphocelus carbo

(PALLAS, 1764) (P13), Paroaria capitata

(D'ORBIGNY e LAFRESNAYE, 1837) (P14),

conforme dados apresentados na Tabela 1.

Quando levadas em consideração as cinco

espécies mais abundantes por pontos de

amostragem, quatro delas foram encontradas em três

dos catorze pontos amostrados, sendo elas Aratinga

Aurea (GMELIN, 1788) (P1, P2 e P3), Ortalis

canicollis (WAGLER, 1830) (P6, P7 e P12),

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Theristicus caudatus (BODDAERT, 1783) (P9, P10

e P11), Leptotila verreauxi (BONAPARTE, 1855)

(P5, P10 e P12) e Rostrhamus sociabilis

(VIEILLOT, 1817) (P8, P11 e P14), conforme

dados apresentados na tabela a seguir.

Tabela 1 Listagem da abundância de espécies registradas por avistamento e vocalização na RPPN SESC Pantanal

Poconé/MT. Taxonomia e sequência sistemática de acordo com o CBRO (2011).

Família/Espécie P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 Tot.

Tinamidae

Crypturellus undulatus - - 2 - - - 1 - - - 1 - 1 - 5

Anatidae

Dendrocygna viduata 1 - - 13 - - - - - - - - - - 14

Dendrocygna

autumnalis 3 2 17 2 26 5 - - - - - - - - 55

Cairina moschata 1 6 - - - - - 2 - - - - - - 9

Cracidae

Ortalis canicollis - 2 - 1 3 4 5 1 1 - - 4 - - 21

Penelope ochrogaster - - 1 - - - - - - - - - - - 1

Crax fasciolata - - - 1 - - - - - - - - - - 1

Aburria cumanensis - - - - - - - 1 - - - - - - 1

Ciconiidae

Mycteria americana - 1 - - - - - - - - - - - 1 2

Phalacrocoracidae

Phalacrocorax

brasilianus - - - 1 - - 1 5 - - - - - 1 8

Ardeidae

Tigrisoma lineatum 1 - - 1 - - - - - 1 - - - 1 4

Ixobrychus exilis - - - 3 - - - - - - - - - - 3

Butorides striata 1 3 1 - 1 - 1 1 - - - - - - 8

Bubulcus ibis - - - - - - 1 - - - - - - - 1

Ardea cocoi - 2 1 - - - - - - 1 - - - - 4

Ardea alba - 18 5 - 2 - 1 - - - - - - - 26

Syrigma sibilatrix - - 2 - - - - - - - - - - - 2

Pilherodius pileatus - - - - - 1 - - - - 1 - - - 2

Egretta thula 2 2 1 - - - - - - - - - - - 5

Threskiornithidae

Mesembrinibis

cayennensis - - 1 4 1 4 - - - 1 1 - - - 12

Phimosus infuscatus - 1 - - - - - - - - - - - - 1

Theristicus

caerulescens - 1 3 - - - - - - 2 - - - - 6

Theristicus caudatus - - 2 1 - - - 2 2 4 3 - - - 14

Platalea ajaja - - - 7 - - - - - - - - - - 7

Cathartidae

Cathartes aura 3 - - 4 - - 1 1 1 - - - 1 1 12

Coragyps atratus 45 30 3 2 6 2 - - - 1 - - - - 89

Accipitridae

Accipiter striatus 1 - - - - - - - - - - - - - 1

Busarellus nigricollis 0 1 - - - - 1 - - - - - - - 2

Rostrhamus sociabilis 2 11 - 1 - - - 15 1 - 2 1 - 2 35

Heterospizias

meridionalis - 4 1 - - 1 - - - - - - - - 6

Rupornis magnirostris - - - - - - 1 - - 1 1 2 - - 5

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Família/Espécie P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 Tot.

Falconidae

Caracara plancus 2 1 5 6 7 - - 2 - - - - - - 23

Herpetotheres

cachinnans - - - - - 1 - - - - - - - - 1

Aramidae

Aramus guarauna - 2 1 - 2 - - - - - - - - - 5

Rallidae

Aramides cajanea 4 - - - 2 - - 1 - - - - - - 7

Porphyrio martinica - 6 8 6 - - - - - - - - 1 1 22

Charadriidae

Vanellus chilensis - 2 - - - - - - - 2 - - - - 4

Jacanidae

Jacana jacana - - 4 - - - - - - - - - - - 4

Sternidae

Sternula superciliaris 1 - - 2 - - - - - - - - - - 3

Columbidae

Columbina minuta - - - - 2 6 - - - - - - - - 8

Columbina talpacoti - - - - - - - - - - 2 - - - 2

Uropelia campestris - - - - - - - - 2 - - - - - 2

Zenaida auriculata - 1 29 - 2 - - - - - - - - 50

Leptotila verreauxi - - - - 8 1 - - - 50 - 5 - - 64

Psittacidae

Aratinga aurea 14 90 32 - - - - - - - - - - - 136

Myiopsitta monachus 14 2 21 15 - - - - - - 1 - - - 53

Brotogeris chiriri - 14 - 2 - - 4 - - - - - - - 20

Amazona aestiva - 18 - - - 2 - 1 - - - - - - 21

Cuculidae

Piaya cayana - - - - - 1 - - - - 1 - - 1 3

Crotophaga major - - - 3 - 3 3 3 - - - - - - 12

Crotophaga ani 2 2 1 - - - - - - - - - - - 5

Guira guira - 1 - - - - - - - - - - - - 1

Tapera naevia 1 - - - - - - - - - - - - - 1

Strigidae

Strix virgata - - - - 1 - - - - - - - - - 1

Glaucidium

brasilianum 1 2 - 1 2 - - 2 1 1 - - - - 10

Caprimulgidae

Hydropsalis anomala - - - - 2 - - 2 - 1 - - - - 5

Trochilidae

Phaethornis pretrei - - - - - - 1 - - - - - 1 1 3

Amazilia fimbriata - - - - 1 1 - - - - - - - - 2

Trogonidae

Trogon curucui - - - - - - - 3 1 - - - 1 - 5

Alcedinidae

Megaceryle torquata - 1 1 6 1 - - 6 - - - - - - 15

Chloroceryle

americana - - - - - - - 1 - - - - - 1

Momotidae

Momotus momota - - - - - - - - - - 1 - - - 1

Bucconidae

Monasa nigrifrons - - - - - - - - 1 1 - - - - 2

Ramphastidae

Ramphastos toco - - - - 2 2 - - - - - - - - 4

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Família/Espécie P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 Tot.

Pteroglossus

castanotis - - - - - - - - - - - - - 1 1

Picidae

Campephilus

melanoleucos - - 2 - - - - - - - - - - - 2

Thamnophilidae

Herpsilochmus

atricapillus - 3 - - 2 - - - - - - - - - 5

Thamnophilus doliatus - - - 1 1 1 - - - 1 1 - - - 5

Taraba major - - - - - - - - - - 1 - - - 1

Cercomacra melanaria - - - - - 1 1 - - - - - - - 2

Dendrocolaptidae

Sittasomus

griseicapillus - - - - - - - - - - 1 - - - 1

Dendroplex picus - - - - - - - - 1 1 - - - - 2

Furnariidae

Furnarius leucopus - - 1 - - - - - - - - - - - 1

Furnarius rufus 3 1 3 2 - - - - - - - - - - 9

Pseudoseisura unirufa - - - - - - - - - 2 - - - - 2

Phacellodomus ruber - - - - - - - - - - - - - 1 1

Synallaxis albilora - - - - - - - - 1 - - - - - 1

Tityridae

Tityra cayana - - - - - - 2 - - 3 - - - - 5

Tyrannidae

Suiriri suiriri - - - - - - - 2 - - - - - - 2

Pitangus sulphuratus - 2 - 1 - - - - - - - - - - 3

Philohydor lictor - 1 - - - - - - - - - - - - 1

Machetornis rixosa 1 1 1 5 - - - - - - - - - - 8

Megarynchus pitangua - - 1 - - - - - - - - - - - 1

Myiozetetes cayanensis 1 - - - - - - 1 - - - - - - 2

Camptostoma

obsoletum 1 - - - - - - - - - - - - - 1

Tyrannus

melancholicus - - 1 1 - 2 - - - - - 1 - - 5

Corvidae

Cyanocorax

cyanomelas 1 - - - - 2 - - - - - - - - 3

Troglodytidae

Campylorhynchus

turdinus 1 - 2 3 2 - 1 - - - - - - - 9

Cantorchilus leucotis - 2 - - - - - - - - - - - - 2

Donacobiidae

Donacobius atricapilla - - 1 - - - - 1 - - - - - - 2

Polioptilidae

Polioptila dumicola 2 - - - - - - - - - - - - - 2

Thraupidae

Saltator coerulescens - - 2 - - - - - - 1 - - - - 3

Ramphocelus carbo - - - - - - - - 1 1 3 1 - 6

Tangara sayaca - - - - - - - - - - - - - 2 2

Tangara palmarum - - 1 - - 2 - - - - - - - - 3

Paroaria coronata 1 - - - - - - - - - - - - - 1

Paroaria capitata 2 - 2 - - - - 4 - 1 - - - 3 12

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Família/Espécie P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 Tot.

Emberizidae

Sicalis flaveola - - - - - - 1 - - - - - - - 1

Volatinia jacarina - - 2 - - - - - - - - - - - 2

Sporophila angolensis - - - - - - - - - - - - - 1 1

Icteridae

Psarocolius

decumanus 3 25 - - 1 - - 20 - - 1 - - - 50

Cacicus cela - 4 1 1 3 4 1 - - - - - - 14

Icterus cayanensis - - 2 - - - - - - - - - - - 2

Gnorimopsar chopi 5 - - - - - - - - - - - - - 5

Agelaioides badius 1 2 - - - - - - - - - - - - 3

Molothrus oryzivorus - - 12 - - - - - - 2 - - - - 14

Molothrus bonariensis - - 45 - - - - - - 1 - - - - 46

Fringillidae

Euphonia chlorotica 1 - - - - - - - - - - - - - 1

As espécies registradas são todas residentes,

exceto a Penelope ochrogaster (PELZELN, 1870),

que é endêmica da região central do Brasil. Confira

a tabela a seguir.

Tabela 2 Lista de aves registradas na RPPN SESC Pantanal, Poconé/MT, 2013.

Status: R = residente (evidências de reprodução no país disponíveis); E = espécie endêmica do Brasil.

Família/Espécie Nome popular Status

Tinamidae

Crypturellus undulatus (Temminck, 1815)

Jaó R

Anatidae

Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) Irerê R

Dendrocygna autumnalis (Linnaeus, 1758) Asa-branca R

Cairina moschata (Linnaeus, 1758) Pato-do-mato R

Cracidae

Ortalis canicollis (Wagler, 1830) Aracuã-do-pantanal R

Penelope ochrogaster Pelzeln, 1870 Jacu-de-barriga-castanha R,E

Crax fasciolata Spix, 1825 Mutum-de-penacho R

Aburria cumanensis (Jacquin, 1784) Jacutinga-de-garganta-castanha R

Ciconiidae

Mycteria americana Linnaeus, 1758 Cabeça-seca R

Phalacrocoracidae

Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) Biguá R

Ardeidae

Tigrisoma lineatum (Boddaert, 1783) Socó-boi R

Ixobrychus exilis (Gmelin, 1789) Socói-vermelho R

Butorides striata (Linnaeus, 1758) Socozinho R

Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) Garça-vaqueira R

Ardea cocoi Linnaeus, 1766 Garça-moura R

Ardea alba Linnaeus, 1758 Garça-branca-grande R

Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) Maria-faceira R

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Família/Espécie Nome popular Status

Pilherodius pileatus (Boddaert, 1783) Garça-real R

Egretta thula (Molina, 1782) Garça-branca-pequena R

Threskiornithidae

Mesembrinibis cayennensis (Gmelin, 1789) Coró-coró R

Phimosus infuscatus (Lichtenstein, 1823) Tapicuru-de-cara-pelada R

Theristicus caerulescens (Vieillot, 1817) Maçarico-real R

Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) Curicaca R

Platalea ajaja Linnaeus, 1758 Colhereiro R

Cathartidae

Cathartes aura (Linnaeus, 1758) Urubu-de-cabeça-vermelha R

Coragyps atratus (Bechstein, 1793) Urubu-de-cabeça-preta R

Accipitridae

Accipiter striatus Vieillot, 1808 Gavião-miúdo R

Busarellus nigricollis (Latham, 1790) Gavião-belo R

Rostrhamus sociabilis (Vieillot, 1817) Gavião-caramujeiro R

Heterospizias meridionalis (Latham, 1790) Gavião-caboclo R

Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) Gavião-carijó R

Falconidae

Caracara plancus (Miller, 1777) Caracará R

Herpetotheres cachinnans (Linnaeus, 1758) Acauã R

Aramidae

Aramus guarauna (Linnaeus, 1766) Carão R

Rallidae

Aramides cajanea (Statius Muller, 1776) Saracura-três-potes R

Porphyrio martinica (Linnaeus, 1766) Frango-d'água-azul R

Charadriidae

Vanellus chilensis (Molina, 1782) Quero-quero R

Jacanidae

Jacana jacana (Linnaeus, 1766) Jaçanã R

Sternidae

Sternula superciliaris (Vieillot, 1819) Trinta-réis-anão R

Columbidae

Columbina minuta (Linnaeus, 1766) Rolinha-de-asa-canela R

Columbina talpacoti (Temminck, 1811) Rolinha-roxa R

Uropelia campestris (Spix, 1825) Rolinha-vaqueira R

Zenaida auriculata (Des Murs, 1847) Pomba-de-bando R

Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 Juriti-pupu R

Psittacidae

Aratinga aurea (Gmelin, 1788) Periquito-rei R

Myiopsitta monachus (Boddaert, 1783) Caturrita R

Brotogeris chiriri (Vieillot, 1818) Periquito-de-encontro-amarelo R

Amazona aestiva (Linnaeus, 1758) Papagaio-verdadeiro R

Cuculidae

Piaya cayana (Linnaeus, 1766) Alma-de-gato R

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Família/Espécie Nome popular Status

Crotophaga major Gmelin, 1788 Anu-coroca R

Crotophaga ani Linnaeus, 1758 Anu-preto R

Guira guira (Gmelin, 1788) Anu-branco R

Tapera naevia (Linnaeus, 1766) Saci R

Strigidae

Strix virgata (Cassin, 1849) Coruja-do-mato R

Glaucidium brasilianum (Gmelin, 1788) Caburé R

Caprimulgidae

Hydropsalis anomala (Gould, 1838) Curiango-do-banhado R

Trochilidae

Phaethornis pretrei (Lesson & Delattre, 1839) Rabo-branco-acanelado R

Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) Beija-flor-de-garganta-verde R

Trogonidae

Trogon curucui Linnaeus, 1766 Surucuá-de-barriga-vermelha R

Alcedinidae

Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) Martim-pescador-grande R

Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) Martim-pescador-pequeno R

Momotidae

Momotus momota (Linnaeus, 1766) Udu-de-coroa-azul R

Bucconidae

Monasa nigrifrons (Spix, 1824) Chora-chuva-preto R

Ramphastidae

Ramphastos toco Statius Muller, 1776 Tucanuçu R

Pteroglossus castanotis Gould, 1834 Araçari-castanho R

Picidae

Campephilus melanoleucos (Gmelin, 1788) Pica-pau-de-topete-vermelho R

Thamnophilidae

Herpsilochmus atricapillus Pelzeln, 1868 Chorozinho-de-chapéu-preto R

Thamnophilus doliatus (Linnaeus, 1764) Choca-barrada R

Taraba major (Vieillot, 1816) Choró-boi R

Cercomacra melanaria (Ménétriès, 1835) Chororó-do-pantanal R

Dendrocolaptidae

Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) Arapaçu-verde R

Dendroplex picus (Gmelin, 1788) Arapaçu-de-bico-branco R

Furnariidae

Furnarius leucopus Swainson, 1838 Casaca-de-couro-amarelo R

Furnarius rufus (Gmelin, 1788) João-de-barro R

Pseudoseisura unirufa (d'Orbigny & Lafresnaye, 1838) Casaca-de-couro-crista-cinza R

Phacellodomus ruber (Vieillot, 1817) Graveteiro R

Synallaxis albilora Pelzeln, 1856 João-do-pantanal R

Tityridae

Tityra cayana (Linnaeus, 1766) Anambé-branco-de-bochecha-parda R

Tyrannidae

Suiriri suiriri (Vieillot, 1818) Suiriri-cinzento R

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Família/Espécie Nome popular Status

Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) Bentevizinho-do-brejo R

Philohydor lictor (Lichtenstein, 1823) Bentevizinho-do-brejo R

Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) Suiriri-cavaleiro R

Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) Neinei R

Myiozetetes cayanensis (Linnaeus, 1766) Bentevizinho-de-asa-ferrugínea R

Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) Risadinha R

Tyrannus melancholicus (Vieillot, 1819) Suiriri R

Corvidae

Cyanocorax cyanomelas (Vieillot, 1818) Gralha-do-pantanal R

Troglodytidae

Campylorhynchus turdinus (Wied, 1831) Catatau R

Cantorchilus leucotis (Lafresnaye, 1845) Garrinchão-de-barriga-vermelha R

Donacobiidae

Donacobius atricapilla (Linnaeus, 1766) Japacanim R

Polioptilidae

Polioptila dumicola (Vieillot, 1817) Balança-rabo-de-máscara R

Thraupidae

Saltator coerulescens Vieillot, 1817 Sabiá-gongá R

Ramphocelus carbo (Pallas, 1764) Pipira-vermelha R

Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) Sanhaçu-cinzento R

Tangara palmarum (Wied, 1823) Sanhaçu-do-coqueiro R

Paroaria coronata (Miller, 1776) Cardeal R

Paroaria capitata (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837) Cavalaria R

Emberizidae

Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) Canário-da-terra-verdadeiro R

Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) Tiziu R

Sporophila angolensis (Linnaeus, 1766) Curió R

Icteridae

Psarocolius decumanus (Pallas, 1769) Japu R

Cacicus cela (Linnaeus, 1758) Xexéu R

Icterus cayanensis (Linnaeus, 1766) Inhapim R

Gnorimopsar chopi (Vieillot, 1819) Graúna R

Agelaioides badius (Vieillot, 1819) Asa-de-telha R

Molothrus oryzivorus (Gmelin, 1788) Iraúna-grande R

Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) Vira-bosta R

Fringillidae

Euphonia chlorotica (Linnaeus, 1766) Fim-fim R

DISCUSSÃO

Os dados que evidenciam as 3 famílias com

maior riqueza de espécies corroboram com os

dados do Plano de Manejo da Reserva Particular do

Patrimônio Natural do SESC Pantanal, o qual lista

uma riqueza de espécies para essas famílias. Cintra

e Yamashita (1990) registraram um total de 317

espécies para o Pantanal de Poconé/MT. Brown Jr.

(1986) elaborou uma das primeiras listas de aves do

Pantanal, com 346 espécies.

Composto por socós e garças, os indivíduos

da família Ardeidae vivem em bandos e em áreas

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de brejos, como o Pantanal, lugar que possui um

rico complexo hidrológico dentro de uma área de

várzea, propiciando habitats característicos dessa

família (ANTAS, 2009; FIGUEIRA et al., 2006).

Uma das espécies mais abundantes

amostradas foi a Butorides striata (LINNAEUS,

1758) (Tabela 1), o socozinho, presente nas

Américas (do Sul, Central e do Norte), bem como

na África, Ásia, Austrália, ilhas do Oeste do

Pacífico e no Sul da Europa (KUSHLAN, 2007).

Essa espécie prefere habitats úmidos em bosques

ou em vegetação densa às margens de rios, às

vezes, em áreas abertas, como pântanos

(MARTÍNEZ-VILALTA e MOTIS, 1992;

ALMEIDA et al., 2012), conforme observado

durante o estudo. De acordo com Junk et al.,

(2006), a comunidade de espécies aquáticas

presente na planície pantaneira é similar àquela

encontrada em outras áreas úmidas da América do

Sul, como Amazônia e Rio Orinoco.

Indivíduos da família Icteridae, os quais

habitam regiões que vão desde as temperadas até a

equatorial, alimentam-se principalmente de

sementes e frutos. Alguns se alimentam de

invertebrados. Esses indivíduos vivem solitários ou

em pequenos bandos e são encontrados em copas

ou bordas de florestas, campos com árvores,

cerrado e floresta de galeria, podendo habitar áreas

campestres e pastos, geralmente, perto de gado,

cavalos e porcos, dos quais eles retiram carrapatos.

(ANTAS, 2009; WIKI AVES, s/d; BRANDÃO et

al., 2011). Durante o transecto, observou-se em um

dos pontos a presença de uma área antropizada,

com animais domésticos, haras e construções,

proporcionando habitats favoráveis a esse grupo.

A terceira maior família, Tyrannidae,

possui o maior número de espécies no continente

sul-americano (ANTAS, 2009), sendo a mais

representativa na categoria de migrantes

intracontinentais, na qual alguns grupos podem ser

sedentários no Pantanal (NUNES, 2008). Espécies

dessa família chegam ao Brasil em abril no período

de inverno austral em suas áreas de reprodução

(ANTAS, 1986; NUNES e TOMAS, 2004). Essa

foi a família mais bem representada por Pinho

(2005) na região do Pirizal, em Poconé/MT.

Outra espécie avistada foi a Tyrannus

melancholicus (VIEILLOT, 1819), que é

caracterizada por habitar regiões mais meridionais

da América do Sul, como o Sul do Brasil,

Argentina, Uruguai, Paraguai e Sudeste da Bolívia,

passando pelo Pantanal durante o processo

migratório, mesmo não se reproduzindo nessa

região (ANTAS e PALO JR., 2004).

Representada pelo periquito-rei, a espécie

Aratinga aurea (GMELIN, 1788), da família

Psittacidae, é uma das mais conhecidas e

abundantes no Brasil (WIKI AVES, s/d), tendo

sido encontrada com frequência na região Centro-

Oeste, com grandes populações em toda a planície

pantaneira (ANTAS, 2009), sendo a espécie com

maior abundância, conforme observado neste

estudo. Essa espécie está presente em vários

habitats, como cerrados, buritizais, manguezais,

brejos e cambarazais, e voa em grandes bandos

para locais de alimentação onde passa o dia. Esses

deslocamentos cobrem com facilidade a área da

RPPN, possibilitando a sua observação em

qualquer ponto da reserva (ANTAS, 2009; ANTAS

e PALO JR., 2004), o que proporciona grande

número de avistamentos.

Esses deslocamentos em busca de alimento

também sugerem que a A. aurea (GMELIN, 1788)

seja uma espécie dispersora de semente. Para

Paranhos, Araújo e Marcondes-Machado (2009), a

observação de voo com sementes indica que essa

espécie pode contribuir para a dispersão de

sementes, tal como sugerido em outros estudos

(MARCONDES-MACHADO e OLIVEIRA,

1988; OLIVEIRA, 1999).

O urubu-de-cabeça-preta, Coragyps atratus

(BECHSTEIN, 1793), pertencente à família

Cathartidae, é a segunda espécie mais abundante no

local estudado. É uma das aves mais comuns em

qualquer região do Brasil, exceto em áreas

florestadas e com pouca presença humana, estando

presente também desde a região central dos Estados

Unidos até toda a América do Sul, sendo

encontrada em cidades, fazendas e áreas abertas

(WIKI AVES, s/d; BRANDÃO et al, 2011). Essa

espécie pode ser observada em brejos, campos,

cerrado, mata ciliar do Rio Cuiabá, corixós e baias,

(ANTAS, 2009), habitando também áreas

antropizadas na região da RPPN do SESC

Pantanal. O urubu-de-cabeça-preta se alimenta de

matéria orgânica em decomposição, de pequenos

invertebrados, de ovos e de animais vivos

impedidos de fugir, como filhotes de tartaruga e

outras aves (WIKI AVES, s/d). Essa é a espécie de

urubu mais adaptada à presença humana, a qual

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vive próximo a residências na busca por restos de

alimentos e por carcaças de animais domésticos,

habitando também todos os ambientes abertos da

RPPN. A espécie evita as áreas florestadas mais

densas, sendo frequentemente encontrada ao longo

do Rio Cuiabá, nas casas de Porto Cercado e nos

acampamentos de pescadores (ANTAS, 2004).

A terceira espécie mais abundante é a

Leptotila verreauxi, a qual pertence à família

Columbidae, sendo conhecida como juriti-pupu.

Presente em quase todo o Brasil e em regiões que

vão desde o Sul dos Estados Unidos até a Argentina,

essa espécie vive em matas e em ambientes bem

arborizados, podendo ser encontrada solitária ou em

pares. Ela se alimenta de vegetais, como sementes,

frutos e grãos (WIKI AVES, s/d). Durante o

transecto, observou-se, entre as características da

vegetação, a presença de coberturas de Thalia

geniculata L. com flores e sementes que propiciam

um ambiente favorável à presença dessa espécie, a

qual pode ser encontrada em áreas abertas, pois ela

frequenta cerradões e matas pouco extensas, muito

comuns no Pantanal. A espécie está presente em

toda a RPPN. Ela se aproxima das habitações e pode

ser encontrada nos jardins do hotel em Porto

Cercado (ANTAS, 2009).

A maior riqueza de aves registradas entre os

pontos de 1 a 4 está relacionada aos ambientes

encontrados no entorno dessas áreas e aos seus

recursos alimentares. Essas áreas são alagadas,

cobertas por plantas aquáticas, como a Thalia

geniculata L. e a Combretum lanceolatum Pohl,

que porventura estavam em estado de floração e

frutificação. No Pantanal de Mato Grosso há uma

atração toda especial representada pelos capões

onde se concentram as aves paludícolas de grande

porte, como garças, colhereiros, cabeças-secas,

jaburus, biguás, biguá-tingas, carão etc. (SICK,

1997; PINHO, 2005).

Portanto, há uma ligação direta entre as

espécies encontradas nesses pontos e a vegetação

do ambiente, além de recursos alimentares, como

peixes, crustáceos, gastrópodes aquáticos, girinos e

pequenos mamíferos não voadores.

A espécie Coragyps atratus (Bechstein,

1793) aparece em todos os ambientes abertos da

RPPN SESC Pantanal, evitando áreas florestais

mais densas (CINTRA e YAMASHITA, 1990).

Essa espécie é muito comum ao longo do Rio

Cuiabá e frequenta as casas de moradores do

entorno da reserva, além de ser encontrada em

acampamentos de pescadores. Quando alguma

carcaça está sendo carregada pelo rio, a espécie

pousa sobre o animal morto e começa a se

alimentar dele antes que ele chegue à margem

(ANTAS, 2004).

A Aratinga Aurea (GMELIN, 1788) é o

psitacídeo mais frequente do Centro-Oeste

brasileiro, com grandes populações em toda a

planície pantaneira. Essa espécie realiza grandes

pousos comunitários em capões de mata ou

cerradões, onde dezenas de jandaias-coroinha

concentram-se para dormir. Na madrugada

seguinte, elas voam em grandes bandos para os

locais de alimentação onde passam o dia (ANTAS,

2009; DONATELLI, 2005; BRANDÃO et al.,

2011). Essa espécie foi registrada no ponto 2, o

qual é uma área inundável coberta por vegetação

aquática que proporciona recursos alimentares.

A Leptotila verreauxi (BONAPARTE,

1855) está vinculada a áreas abertas e frequenta

cerradões e matas pouco extensas. Muito comum

no Pantanal, essa espécie está presente em toda a

RPPN (DONATELLI, 2005). Quando não é

perseguida, ela se aproxima das habitações e pode

ser encontrada nos jardins do hotel em Porto

Cercado. No início da manhã, ou a partir do meio

da tarde, é muito comum que ela caminhe pelas

estradas pantaneiras (PINHO, 2005; BRANDÃO et

al., 2011; CINTRA e YAMASHITA, 1990). O

ponto 12, no qual essa espécie foi registrada, é

caracterizado por sub-bosques e cordilheiras.

Como é uma ave que frequentemente anda no chão

sozinha ou com outras aves de sua espécie, está

relacionada à vegetação do ponto.

Vale ressaltar que, segundo o Ministério do

Meio Ambiente (2003), o jacu-de-barriga-

castanha, Penelope ochrogaster, (PELZELN,

1870), uma das espécies registradas na região, está

presente na lista de extinção. Pertencente à família

Cracidade, essa espécie é encontrada além do

Pantanal mato-grossense, em Minas Gerais e em

Goiás, e ainda há registros de sua presença no

Estado do Tocantins, tendo uma alta densidade na

RPPN SESC Pantanal em Porto Cercado. É uma

espécie endêmica do cerrado (ANTAS, 2004;

PINHO, 2005).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Houve um levantamento significativo das

aves avistadas e vocalizadas, sendo este registro

relevante como suporte para trabalhos posteriores,

mas em razão do tempo de amostragem e da

extensão do território, entendemos que é necessária

a realização de mais trabalhos na área.

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