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Vida Consagrada
Ano
XIII
- N
º 17
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o Pai me aColHe, me iNstRui e me CoNsola p. 08
2 Revista Canção Nova Agosto 2015
3Revista Canção Nova Agosto 2015
CaRta ao leitoR
osvaldo luizJornalista Responsáveltwitter.com/osvaldoluiz_
Cachoeira Paulista- SP - BrasilCaixa Postal 57 CEP 12630-900Tel: 55 (12) 3186 2600 [email protected]
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sANTANDer
FuNdadoR da ComuNidade CaNção Nova e PResideNte da FjPii: Monsenhor Jonas Abib diRetoR exeCutivo da FjPii: Wellington Silva JardimjoRNalista ResPoNsável: Osvaldo Luiz/MTB 23094CooRdeNação: Marelena RibeiroassisteNte de CooRdeNação: Joel Prado nettoPRodução e assessoRia: Lucas Mendes, Mariana nepomuceno e Gabriela BrombiniRevisão oRtoGRáFiCa: Reinaldo CésardiReção de aRte: Agência de Publicidade PRojeto GRáFiCo: Maria Alice figueira Campos e Mariana BuenodiaGRamação: felipe Marcondes M. AlvesdesiGNeRs: felipe Marcondes M. Alves, Larissa Carvalho, Leonardo Augusto, Maria Alice figueira Campos e Sebastião Almeida ComPosição da CaPa: felipe Marcondes M. Alves
CoNtRiBua tamBém Pelo CaRtão de CRédito ou Boleto oNliNe No site clube.cancaonova.com
Agosto é tempo de reflexão. De olharmos nossa vida sob a perspectiva do Reino de Deus. Tenho
correspondido ao chamado a uma vida de justiça e amor? Padre Jonas, em sua carta, ressalta a importância da oração e, a partir do evangelho da Transfiguração, nos ensina: a “oração é entrar em Deus, entrar na divindade, na Sua santidade, no esplendor de Sua glória”.
Padre Fabrício destaca a necessidade da paciência do agricultor que contrasta com a pressa do consumidor: ser amigo do tempo, cultivando com perseverança para que o fruto apareça. Esta crença inabalável faz lembrar Dom Bosco, que comemoramos neste mês seus 200 anos de nascimento (Ação Jovem). O santo do sorriso acreditava em seus jovens, na mudança através do amor expressado.
Portanto, chegamos já a um tripé fundamental para encontrarmos nossa missão: oração, perseverança e amor. A partir daí, podemos dar passos e refletir com a matéria central sobre o Ano da Vida Consagrada. Junto com o Eto repensar a figura dos pais, que têm no Pai das Misericórdias o grande modelo que “me acolhe, me
instrui, me consola e me faz forte na minha fraqueza”. O artigo de Luzia Santiago fala da presença das Novas Comunidades, “um estilo particular de vida adaptado às exigências da sociedade atual, cujo fim apostólico atende às solicitações da Nova Evangelização”.
A intenção é que se possa chegar à convicção, à maturidade testemunhada pelo professor Felipe no artigo “O cristão no mundo”: “Não me deixo ser tentado a adaptar-me ao ‘gosto da maioria’, como se a Verdade e o Bem dependessem de plebiscito. Se o sal perder o seu sabor, com que o salgarão?”.
Que Maria nos auxilie nesta caminhada. Pois, como disse Dom João Inácio no texto sobre Nossa Senhora da Piedade: “É bom demorar-se ali, ali no colo da Senhora da Piedade. É um colo que embala para a ressurreição, para um começar de novo, com fé e força redobrada”.
Boa leitura!
oRação, PeRseveRaNça e amoR
4 Revista Canção Nova Agosto 20154 Revista Canção Nova Agosto 2015
5Revista Canção Nova Agosto 2015
PalavRa do FuNdadoR
moNseNHoR joNas aBiB fundador da Comunidade Canção nova
padrejonas.cancaonova.com twitter.com/padrejonasabib
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Você pode e precisa ser transfi -gurado como Jesus transfi gu-
rou-se diante dos seus apóstolos. O Senhor vem nos dizer: “Meu fi lho, estou lhe apresentando uma reali-dade que talvez você desconheces-se, mas você pode transfi gurar-se e Eu preciso que você se transfi gure”.
Jesus foi para o alto daque-le monte para orar e, buscando o Pai, se transfi gurou. De modo que quando os apóstolos viram Ele es-tava esplendoroso, translúcido, a luz como que saía do corpo d’Ele e vinha para fora, Jesus estava todo iluminado, as suas vestes eram de uma alvura incomparável, e Ele era um esplendor só. E, além disso, o Pai fala: “este é o meu Filho muito amado no qual eu coloco toda a mi-nha afeição. Escutai-o”.
Meus irmãos, esta é a verdade que o Senhor está nos ensinando, esse é o caminho para nossa trans-fi guração: a oração. Que não é sim-plesmente dizermos palavras, repe-tir fórmulas, mas entrar em Deus, entrar na divindade, na Sua santi-
dade, no esplendor de Sua glória.Na oração usamos de palavras,
expressões, gestos - como a liturgia que celebramos -, mas são apenas os meios. O objetivo é vivenciar a verdadeira oração, é entrarmos, pe-netrarmos, como uma bola de fogo, fi cando, de tal maneira, todo “enfo-gueado”.
Dessa forma nos tornamos di-vinos, sem nos tornarmos deuses, porque seremos sempre criaturas. Mas nós somos divinizados. Essa é a transfi guração da qual Jesus nos fala; Ele nos diz: “Meus fi lhos, isso é possível, está ao alcance de vocês”. Busquemos isso, pois que-rendo essa transfi guração, faremos da oração este penetrar fundo na divindade do Senhor.
Precisamos ser pessoas de con-tínua busca, pois o mundo semeia vias para nos afastarmos disso, para acabarmos com as coisas logo, depressa. Dizem que já rezamos o sufi ciente e que não devemos insis-tir demais.
a tRaNsFiGuRação tamBém é PaRa NÓsSe de tal maneira possuímos es-
tas ideias e pensamos que é assim: buscarmos um pouquinho e depois já estamos satisfeitos, nos conten-tamos com migalhas. Rezamos um pouco e já estamos satisfeitos.
Deus nos fala que não é assim: nós precisamos buscar mais porque Ele nos quer dar mais. Queiram mais! Saibam que vocês podem conquistar mais. Querem mais? Busquem mais e aventurem-se nes-ta busca. Você precisa ir fundo na oração!
A gente vai para Deus e se ati-ra na oração sem olhar para nossas necessidades, sem olhar para os nossos problemas. A gente busca a Deus, somente e unicamente a Ele. Quando nos jogamos em Deus, es-tamos nos jogando no sumo Bem, e n’Ele estão todos os bens, e assim as graças e bênçãos também vêm.
6 Revista Canção Nova Agosto 2015
dom joão iNáCio mÜlleR Bispo da diocese de Lorena – SP
PalavRa da iGRejaFo
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Nossa Senhora da Piedade é a Mãe de Jesus assentada ao pé da Cruz, tendo nos braços o seu Divino Filho
morto, depois de retirado da cruz.A Mãe da Piedade sempre foi muito procurada pela fé
cristã. Ali, os fi éis encontram grande consolo para os seus sofrimentos. Há sintonia entre os sofrimentos da Mãe da Piedade e os nossos sofrimentos. E quem não tem os seus sofrimentos? Eis que o olhar dos fi lhos encontra com-preensão e consolo no coração da Piedosa Mãe, coração cheio de dores, cheio das dores que levaram o seu Filho bendito à morte ultrajante na cruz.
Nossa Senhora da Piedade é a Mãe das Dores que en-tende as dores de seus fi lhos. É a Mãe das Dores que aco-lhe em seus braços as dores de cada mãe que sofre, de todo fi lho sofredor. É a Mãe de Jesus, a Mãe de Deus e Nossa Mãe, experimentada e consumida na dor. É a Mãe da consolação, a Mãe da compaixão, a Mãe do silêncio sofredor, a Mãe solidária com a dor de cada sofredor: é a Mãe que entende o coração que sofre. No colo desta Mãe da Piedade cabe também nossa dor, cabem nossas perdas. Ela tudo segura, tudo carrega e tudo ao Pai apresenta.
Nossa Senhora da Piedade, porque toda Ela não é senão compaixão. Compaixão do Filho. Compaixão dos fi lhos: tornou-se Mãe de todas as pessoas. Em momentos de dor, os fi lhos podem se achegar ao colo da Mãe da Piedade. Ela acolhe e afaga; consola e entende: ama e compartilha
Nossa seNHoRa da Piedade
a dor de seus fi lhos e fi lhas. É bom demorar-se ali, no colo da Senhora da Piedade. É um colo que embala para a ressurreição, para um começar de novo, com fé e força redobrada. Ela toma nossa dor e oferece da sua fortaleza de Mãe geradora de vida.
A Senhora da Piedade é a Mãe das dores. É um títu-lo que nós difi cilmente daríamos às nossas mães, embo-ra muitas delas tenham sofrido, ou ainda sofram, muito. Mas, em Maria, o sofrimento foi parte de sua vida, vive a ‘compaixão’ com seu Filho, o Homem das dores.
O sofrimento de Maria, com e por Jesus, começou mui-to cedo, desde o mistério da Encarnação, nascimento e vida itinerante de seu Filho Jesus. Mas, especialmente, Maria sofre ao ver seu Filho morrer e, fi nalmente, quando o recebe sem vida em seu colo.
Jesus é entregue à sua Mãe, que recebe em seu colo o Filho morto: inocente e condenado, estraçalhado, feito pe-daços e, ainda mais, o coração atravessado pela lança, de onde escorria, ainda, um pouco de sangue e água. Ele já não sofre; a Mãe, porém, sim. Levam Jesus para o sepul-cro, sela-se a pedra, e Maria vai para a sua casa, choran-do, silenciosa. Mas esta grande mulher de fé, “meditando sobre os acontecimentos que conservara em seu coração” (cf. Lc 2,19), compreende que em breve virá o grande anúncio da Ressurreição. Durante o silêncio do Sábado Santo, ela foi a única que acreditou e esperou.
“Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” (Lc 1,45).
Ó Senhora da Piedade! Que aprendamos de Vós a compaixão, a solidariedade e a misericórdia, derramando bálsamo nas feridas da humanidade.
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luzia saNtiaGo Cofundadora da Comunidade
Canção nova twitter.com/luziasantiago
luziasantiago.cancaonova.com
PalavRa em destaqueFo
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Novas comunidades são um novo tipo de vida comunitária que tem como fonte o Movimento da Renovação Carismática e que constituem novas formas de vida na Igreja. São realidades crescen-tes em todo o mundo. No Brasil, cerca de 700 novas comunidades estão comprometidas com a Nova Evangelização e o testemunho cristão como as primeiras comu-nidades cristãs. A Canção Nova é
a pioneira no país. Foi fundada em 1978 por Monsenhor Jonas Abib que, com seu ardor apostólico, ca-rismático, sua vivência, tem pas-sado aos membros a razão de ser do carisma da nossa Comunida-de: a experiência com o amor de Deus, o anúncio de Jesus Cristo e a vida nova que Ele nos oferece.
Conforme descritas por João Paulo II, a originalidade destas Novas Comunidades consiste no fato de se tratar de grupos com-postos de homens e mulheres, clé-rigos e leigos, casados e solteiros, que seguem um estilo particular
de vida adaptado às exigências da sociedade atual, cujo fim apos-tólico atende as solicitações da Nova Evangelização. Tais expe-riências foram favorecidas pelo Concílio Vaticano II (1962-1965) que pedia uma Igreja inserida no mundo, capaz de responder aos desafios de seu tempo. Em 1998, João Paulo II convocou represen-tantes das Novas Comunidades e Movimentos para uma vigília de
Pentecostes, na Praça São Pedro. Na ocasião, afirmou que os Movi-mentos e as Novas Comunidades são a resposta suscitada pelo Es-pírito Santo para o nosso tempo.
“O Espírito não cessa de as-sistir a Igreja distribuindo novos carismas a homens e mulheres do nosso tempo, para que deem vida a instituições adequadas aos desa-fios de hoje”, afirma João Paulo II na Exortação Apostólica Vida Consagrada. “Ide pelo mundo in-teiro” (Mc 16,15) foi a ordem de Jesus aos seus discípulos. Mais do que nunca, a humanidade inteira
aguarda esse anúncio. As Novas Comunidades surgem como es-perança, uma resposta ao sopro do Espírito Santo para os nossos tempos.
Maria, primeira discípula de seu Filho, Mãe da Igreja, rogai por nós!
deus CoNtiNua susCitaR Coisas Novas
Agosto é lembrado como o mês das vocações. Por isso,
gostaria de refletir aqui sobre a vocação das Novas Comunidades. Sua vivência expressa a alegria do Evangelho e uma maneira nova de entrega a Deus em sintonia com todas as vocações na Igreja. Neste ano dedicado à Vida Con-sagrada, o Papa Francisco enviou uma mensagem ao mundo na qual reconhece que cada forma de vida consagrada nasceu do chamado do Espírito para seguir a Cristo, segundo o ensinamento do Evan-gelho.
Da esquerda para a direita Padre Reinaldo Cazumba, membro da Com. Canção Nova / Guilherme Zapparoli, jovem solteiro e membro da Com. Canção Nova / Marlúcia Carvalho, celibatária e membro da Com. Canção Nova / Frederico e Edilma de Oliveira membros da Com. Canção Nova, com seus filhos Francesco Sávio e Maria de Fátima.
8 Revista Canção Nova Agosto 2015
WelliNGtoN silva jaRdim Cofundador da Comunidade
Canção nova twitter.com/etocn
eto.cancaonova.com
admiNistRação e vidaFo
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Meus amigos,
Agosto é o mês em que nos lem-bramos de nossos pais, nossos
avós, daquele professor que, de certa forma, foi um pai em nossas vidas e, por que não, daquele padre que tam-bém fez, muitas vezes, o papel de pai nos aconselhando, nos acolhendo?
Mas, hoje, a lembrança que já está gravada em meu coração e em minha mente é a fi gura do “pai misericor-dioso” do mosaico do Santuário do Pai das Misericórdias. Muitas vezes, sou a fi gura daquele fi lho pródigo que volta correndo para o abraço do Pai! Mesmo estando cheio de preo-cupação, às vezes, com o coração fe-rido e fechado em mim mesmo, o Pai me acolhe, me instrui, me consola e me faz forte na minha fraqueza.
Outras vezes, me coloco no lu-
gar do pai. O pai que oferece seus braços aos fi lhos. Você sabe, graças a Deus, tenho dois fi lhos biológi-cos e muitos outros que considero também fi lhos, aqui na comunidade Canção Nova. São mais que irmãos de comunidade, são como se fossem meus fi lhos. O ouvir, o abraço, a presença, o trabalho, a oração... Ca-minhamos sempre muito próximos aqui na comunidade!
E qual é a chave de toda educa-ção, de todo amor do pai para com o fi lho? Nós, pais, devemos refl etir sobre quem somos, como devería-mos ter sido e o que ainda vamos ser diante de nossos fi lhos. Aí está a chave! Um pai não quer que os fi -lhos cometam os mesmos erros que cometeu, por exemplo. E um “fi lho sábio atende a instrução do pai”, como diz o versículo 1, em Provér-
o Pai me aColHe, me iNstRui e me CoNsola
bios 13.Peçamos ao Pai das Misericór-
dias que possamos ser compreen-síveis, amáveis, misericordiosos e atenciosos com nossos fi lhos.
Pra você que é um pai que ajuda a Canção Nova, um pai sócio-evan-gelizador, que o bom Deus lhe dê a graça de rezar junto do seu fi lho. E o meu muito obrigado por nos ajudar a manter essa Obra de evangelização.
Com meu carinho paterno,
Eto
8 Revista Canção Nova Agosto 2015
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Pe. FaBRÍCio aNdRade formador Geral da Comunidade
Canção nova twitter.com/pefabriciocn
a BÍBlia Foi esCRita PaRa voCê
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CoNsumidoRes ou aGRiCultoRes: a deCisão é sua!
A cada mês, por meio da Revista Canção Nova, eu e você temos a
oportunidade de meditar a Palavra de Deus que é sempre viva e dinâmica. Quando acolhemos essa Palavra em nossos corações, os frutos sempre são produzidos, primeiro por graça de Deus e depois pelo desejo de correspondência a essa iniciativa de amor e paciência de Deus para com cada um de nós! Vamos, neste mês, meditar o evangelho de Marcos 12,41-44. A leitura orante precisa de silêncio, atenção, coração aberto e nosso compromisso de concretizar na vida a mensagem do Evangelho. Você não está dispensado da leitura do Evangelho! Pegue a sua bíblia e, antes de continuar a ler esse texto, tenha seu contato pessoal com a Sagrada Escritura.
Agora que você já leu o texto do evangelho, podemos juntos tentar refletir alguns aspectos, não todos, desse trecho que tomamos de São Marcos. A parábola contada por Jesus diz sobre uma figueira que foi plantada numa vinha. Mesmo que esteja rodeada pela vinha, a natureza da figueira é produzir figos e não uvas. A figueira era única em meio a toda a vinha, mas isso não podia mudar sua “identidade natural”, ela permanecia uma figueira que devia produzir figos. Muitas vezes, nós deixamos que a grande maioria à nossa volta “deforme” nossa identidade, passamos a buscar ser como a maioria e traímos nossa verdadeira identidade.
Quando o homem se dirige até a figueira à procura de figos, claro, ele não os encontra. Por três anos, ele buscou esses frutos e nada encontrou. Aí decide cortar a figueira acreditando
que ela ocupa inutilmente aquela terra. Parece que era o fim daquela figueira, condenada por não dar os frutos esperados. Mas o “agricultor” busca defender a figueira e pede ao dono da vinha que lhe dê o prazo e se compromete a cultivar e adubar aquela árvore, por mais um ano, renovando sua esperança de que ela venha a dar frutos.
Eu e você, muitas vezes, já fizemos o papel desse senhor que vai buscar os frutos e exige encontrá-los. Entretanto, hoje, quero convidar-lhe a olhar para a figura do agricultor, que tem a coragem de se dispor a mais um ano de cultivo, “cavando em volta e pondo adubo”, cheio de esperança de que
os frutos viriam. É muito mais fácil sermos os “consumidores” dos frutos e, assim, passamos a exigi-los de todos chegando até a irritação quando não os encontramos. Isso acontece em muitos relacionamentos e em muitas realidades das nossas vidas.
O grande desafio é passarmos de uma postura de simples “consumidores” para comprometidos “agricultores”, que se lançam com esperança e disposição para o trabalho, sabendo que, com um pouco de paciência, os frutos poderão, sim, se tornar realidade. Será que hoje na sua vida não existem pessoas e realidades que precisam de mais uma chance, de mais um pouco de tempo, antes que você resolva acabar com tudo? Você está sendo desafiado, desafiada, a assumir a postura de um “agricultor da esperança”, cavar mais fundo em direção às raízes e colocar ali um adubo que fortalecerá cada situação que você vive. Fazendo a sua parte, você ainda precisará esperar com paciência o passar do tempo, para que possamos experimentar os frutos. Afinal, o bom agricultor sabe que precisa ser amigo do tempo!
Antes de tomar a decisão de cortar, eliminar ou destruir alguma realidade ou pessoas da sua vida, aprenda com o paciente agricultor do Evangelho, pois sempre há esperança de que os frutos podem aparecer, mas você vai precisar se comprometer a ser mais cultivador do que um exigente consumidor. Pense nisso, reze com isso.
Que seria da Igreja sem São Bento e São Basílio, sem
Santo Agostinho e São Bernardo, sem São Francisco e São Domin-gos, sem Santo Inácio de Loyola e Santa Teresa de Ávila, sem Santa Ângela Merícia e São Vicente de Paulo? E a lista tornar-se-ia qua-se infi nita, até São João Bosco e a Beata Teresa de Calcutá”.
Este é o trecho da carta que o Papa Francisco escreveu por oca-sião do Ano da Vida Consagrada, data que vai de 14 de novembro de 2014 a 2 de fevereiro de 2016. De fato, como o próprio Pontífi ce recorda: “Sem este sinal concreto (os grandes santos e consagrados que fi zeram a história do cristia-nismo), a caridade que anima a Igreja inteira correria o risco de se resfriar, o paradoxo salvífi co do Evangelho de se atenuar, o “sal” da fé de se diluir num mundo em fase de secularização”.
É certo que cada um de nós, pelo batismo, é chamado a ser consagrado! No entanto, há quem tenha uma vocação mais específi -ca: a vida religiosa, propriamente dita! Movidas pelo próprio Deus, algumas pessoas são chamadas a, como diz a Palavra, “deixar casa, irmãos, pai, mãe e terras por causa do Evangelho”.
UM GRANDE MOSAICO
Podemos dizer que nos cinco continentes é possível contemplar um verdadeiro mosaico religioso no qual cada “pedrinha” tem seu valor! Os últimos dados da Igreja apontam que hoje existem quase 120 mil sacerdotes e 700 mil reli-giosas em todo o mundo!
Ao caminhar em Roma, nas proximidades do Vaticano, onde a maioria das congregações tem uma casa, nos deparamos com uma infi nidade de “estilos” re-ligiosos! Ao ver tantas cores e
formas de hábitos e véus, vislum-bramos a beleza da Igreja através da diversidade dos carismas. Um verdadeiro “mundo” diante do qual a Igreja está atenta!
“Papa Francisco sente muito de perto a vida consagrada e ele quer que ela vá na direção que o Evangelho pede. Ele é muito con-creto. Ele quer vida evangélica na vida consagrada”, afi rmou em en-trevista à nossa equipe o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal João Braz de Aviz.
O QUE A IGREJA ESPERA DOS CONSAGRADOS?
Dom João nos explica que, com o Concílio Vaticano II, fi cou claro que os consagrados são parte da Igreja e também parte do povo de Deus como um todo e menciona o documento Perfectae Caristatis – texto até hoje muito atual, em que os padres conciliares fazem aos consagrados três convites es-
peciais:1) Serem discípulos de Jesus e
viver o Evangelho;2) Voltarem-se aos aspectos
mais essenciais, autênticos e pro-fundos dos fundadores, de forma a seguir o carisma com fi delidade;
3) Olharem para a cultura atu-al porque é preciso que o carisma fale para o homem e às mulheres dos dias de hoje.
Consagrados para com alegria, evangelizar!
10 Revista Canção Nova Agosto 2015
matéRia esPeCial
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AMOR E COMUNHÃO X CUL-TURA DO INDIVIDUALISMO
A estes convites, o cardeal acrescenta um item: “o amor”. “É necessário fi xar o olhar na Santís-sima Trindade que traz para nós aquilo que é o centro da vida do cristianismo: o amor. Deus é amor e a Igreja também é amor”.
Em cada tempo Deus suscita formas de vida consagrada que vão ao encontro das necessidades de seu povo! Dentro da diversida-de, porém, encontramos tesouros e uma necessidade: viver a co-
munhão! Como diz o salmo 132: “Oh, como é bom, como é agra-dável para irmãos unidos viverem juntos”.
Dom João assinala: “O carisma não vive sozinho, ele vive inseri-do na Igreja e todo carisma que se isola morre, desaparece, sai do equilíbrio. E nós precisamos sempre ter essa atenção de viver dentro da comunidade. Quem nos dá essa garantia são o Papa e os bispos e nós precisamos disso”.
Nas congregações e comunida-des, a comunhão começa dentro de casa. É vivida, primeiro entre os membros para, depois, trans-bordar no relacionamento com o povo e com a própria Igreja! Centrada em Deus e no próximo, torna-se um grande exemplo para a sociedade atual na qual a cultura do egoísmo e do individualismo está tão evidente.
CONTÁGIO
O Papa Francisco escreveu a Exortação Apostólica “A alegria do Evangelho” na qual convida os
cristãos a viverem a fé com ale-gria. E isso é contagiante! Como já dizia o Papa Emérito Bento XVI e tem afi rmado o atual Pontí-fi ce: “A Igreja não cresce por pro-selitismo, mas por atração”.
Na Encíclica, o Papa dirige-se aos leigos e aos consagrados! Diante disso, Dom João considera que o testemunho do Evangelho, por si mesmo, desperta o cresci-mento da Igreja. “Quando não tes-temunhamos, ao contrário, afasta-mos as pessoas”, considera.
São Bento e São Basílio, Santo Agostinho e São Bernardo, São Francisco e São Domingos, Santo Inácio de Loyola e Santa Teresa de Ávila, Santa Ângela Merícia e São Vicente de Paulo contagia-ram o mundo com sua consagra-ção. Da mesma forma, São João Bosco, a Beata Teresa de Calcutá e tantos santos que poderia men-cionar. Eles viveram a alegria do Evangelho que enche o coração e a vida inteira daqueles que têm um encontro com Jesus. Uma pro-posta que se estende aos consa-grados dos dias atuais!
Que o Ano da Vida Consagra-da seja, portanto, como pede o Sucessor de Pedro, ocasião para gritar ao mundo com força e tes-temunhar com alegria a santidade e a vitalidade presente na maio-ria daqueles que foram (e são) chamados a seguir Cristo na vida consagrada!
Consagrados para com alegria, evangelizar!
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daNusa silva do ReGoComunidade Canção novafrente de Missão de Romatwitter.com/danusacnJornalista
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dRa Gisela savioliNutricionista clínica, escritora
blog.cancaonova.com/maissaudetwitter.com/giselasavioli
Revista Canção Nova Agosto 2015Foto
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Quando me pediram para escrever o artigo deste mês so-bre o comportamento alimentar do homem é claro que
fui fazer uma pesquisa na literatura científica, pois sempre escrevo baseada em evidências. Não foi surpresa encontrar a informação de que enquanto as mulheres comem mais frutas, verduras e legumes, o time masculino consome mais carnes, alimentos ricos em gordura e sal. Entretanto, esse padrão alimentar pode variar de acordo com a faixa etária, renda, cultura e escolaridade, mas de um churrasco no do-mingo dificilmente escapam. Quer no restaurante ou reunin-do amigos e familiares, essa iguaria é, indiscutivelmente, a preferida. Mas esse gosto pelo churrasco remonta à época de nossos antepassados, que eram caçadores e cuja ativida-de pertencia exclusivamente ao homem: prover a família de alimento. A mulher ficava protegida em alguma caverna cuidando da prole e conforme foram evoluindo passaram a cuidar (além dos filhos) da agricultura e da criação. O tempo foi passando, mas essa herança per-manece nas entranhas masculinas. Justa-mente por comer mais carne e menos legumes, verduras e frutas, essa ali-mentação é rica em gordura satura-da, extremamente pró-inflamatória levando a diversas complicações de saúde como a própria obesidade que é a mãe hospedeira de diversas doenças como o desenvolvimento da resistência a insulina, gordura no fígado, a famosa esteatose hepática não al-coólica, diabetes tipo 2, pres-são alta, entre outras, e inclusive o câncer, prin-
ComPoRtameNto alimeNtaR dos HomeNs
cipalmente de intestino, pois toda essa gordura em contato com as células intestinais precisam ser emulsificadas pelos ácidos biliares, que se em constante contato com elas pas-sam a ser um agente agressor. Atualmente, graças as insis-tentes esposas preocupadas com a saúde de seus maridos, vem aumentando o consumo de saladas, legumes e frutas. O problema do churrasco é que o contato do sangue que se desprende da carne e cai no carvão, faz subir uma fumaça cheia de componentes cancerígenos. Mas os grelhados tam-bém trazem problemas principalmente para quem prepara e respira aquela fumaça. O fígado é nosso órgão que procu-ra a todo custo eliminar esse tipo de substâncias do nosso corpo. Por isso, a importância no dia do churrasco iniciar a refeição com uma belíssima e suculenta salada cheia de fitoquímicos que darão o esforço necessário para o fígado dar conta do recado. Outra dica está na página 110 do livro “Alimente Bem Suas Emoções” (Ed. Loyola), que traz a fa-
mília dos repolhos e couves, verdadeiros aliados à saúde do fígado. Fora isso segue abaixo minha receita favo-
rita de Sal de Ervas que, além de deliciosa, fará com que seu marido diminua o consumo do sal habitual e suas repercussões negativas. Sal de Ervas: 50g de sal comum; 50g de oréga-no sequinho desidratado; 50g de alecrim sequi-nho desidratado; 50g de gergelim branco tostado. Bata tudo no liquidificador e guarde na geladeira.
Use no lugar do sal habitual. Seus pratos fi-carão muito mais saudáveis, gosto-
sos e funcionais.
14 Revista Canção Nova Agosto 2015
ação jovem
Pe. Nivaldo luiz PessiNattisdB(salesianos de dom Bosco) diretor do Boletim salesiano - Brasil
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São João Bosco, cujo bicentenário de nascimento celebramos em 16 de agosto, foi o fundador de um amplo movimento em
favor da educação e da evangelização da juventude: a Família Salesiana, que hoje conta com 30 grupos e congregações, presentes nos cinco continentes. Entre estes grupos está também um movimento que, inspirado nos ensinamentos de Dom Bosco, nasceu aqui no Brasil: a Comunidade Canção Nova, fundada em 1978 pelo monsenhor Jonas Abib e admitida ofi cialmente na Família Salesiana em 2009.
Em todo o mundo estão sendo realizadas ações para comemorar o bicentenário de Dom Bosco. Esta celebração, entretanto, vai além da festa: é um momento para mostrar a atualidade de Dom Bosco, de sua proposta educativa, de sua dedicação à juventude. Em agosto de 2014, na abertura do ano do bicentenário, o Reitor-mor dos Salesianos, padre Ángel Fernández Artime, enfatizou: “Este bicentenário quer ser, para todos nós, e em todo o mundo salesiano, não tanto um tempo de festejos sem qualquer transcendência, mas uma ocasião preciosa que nos é oferecida para contemplar o passado com gratidão, o presente com confi ança, e sonhar o futuro da missão evangelizadora e educativa de nossa Família Salesiana”.
Mas quem foi afi nal Dom Bosco e qual o legado que ele nos deixou? João Belchior Bosco nasceu em Castelnuovo d’Asti, na Itália, no dia 16 de agosto de 1815. Perdeu o pai muito cedo e sua família enfrentou grandes difi culdades. Aos 9 anos, teve seu primeiro sonho profético, no qual Nossa Senhora lhe mostrava o caminho da conversa e da mansidão para apaziguar os
arruaceiros e domar as feras. Deste sonho, intuiu que deveria se dedicar à educação da juventude, mas de uma maneira diferente: sendo para os jovens um pai e um amigo.
Ordenado sacerdote em 1841, escolheu como lema: “Da mihi animas cetera tolle” (Gn 14, 21), que poderia ser traduzido como “Dai-me almas e fi cai com o resto”. Iniciou o trabalho junto aos jovens mais pobres, com o Oratório, um espaço que ele mesmo defi nia como “casa que acolhe, paróquia que evangeliza, escola que encaminha para a vida e pátio para se encontrarem como amigos e viverem com alegria”.
Dom Bosco organizou um sistema educativo que presumia ser melhor educar do que reprimir e que depositava toda confi ança na capacidade e no “bem” existente em cada jovem. Ele dedicou “até o seu último suspiro” aos jovens, e faleceu em 31 de janeiro de 1888. Foi beatifi cado em 2 de junho de 1929 e canonizado em 1º de abril de 1934. No centenário de sua morte, o Papa João Paulo II o proclamou Pai e Mestre da Juventude.
Hoje, os fi lhos e fi lhas espirituais de Dom Bosco - cada grupo, movimento ou instituto à sua maneira - continuam a sua missão, e se colocam, a cada dia, “com os jovens e para os jovens”.
Em 16 de agosto, completam-se 200 anos do nascimento do fundador da família Salesiana: dom Bosco, proclamado Pai e Mestre da Juventude.
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PRoF. FeliPe aquiNo Escritor e apresentador da Tv
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Jesus disse que o cristão deve ser o “sal da terra” e a “luz do mundo”
(cf. Mt 5,13.14), então, procuro viver isso. O mundo vive nas trevas do pecado, que Jesus veio para eliminar e nos devolver a luz divina. Ele é o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1, 29)! Ele veio para “arrancar o pecado do mundo”, através do qual Satanás domina o homem, o acorrenta, o destrói e o lança nas trevas; pois, “o salário do pecado é a morte” (Rom 6,23).
Dois reinos se digladiam, o da luz e o das trevas. São Paulo pergunta: “Que comunhão pode haver entre a luz e as trevas? Que acordo entre Cristo e Belial?” (2 Cor 6,14-15). Procuro lembrar-me sempre disso.
Assim como a Lua refl ete sobre a Terra a luz do Sol, o cristão é aquele que sobre a humanidade refl ete a luz de Cristo; sem medo das trevas. “Não se pode esconder uma cidade situada sobre o monte” (Mt 5,14). Quero ser eu também uma pequenina lua a refl etir a luz de Cristo para quem eu posso. Nada é mais importante.
o CRistão No muNdoTenho procurado em toda a
minha vida, com a graça de Deus, desde os meus 20 anos, quando conheci Monsenhor Jonas, pregar a doutrina de Cristo como a Igreja pede. Deus abriu-me muitas portas para evangelizar: rádio, televisão e eventos da Canção Nova, além de pregações, cursos, aulas, livros, CDs e DVDs pelo mundo afora. Há 23 anos, ensino o Catecismo da Igreja na Canção Nova aos pré-discípulos e discípulos que se preparam para entrar na comunidade; e isto para mim é uma das mais importantes missões que Deus me deu.
Sei da minha responsabilidade diante de Deus e das pessoas, por isso, procuro viver uma vida espiritual, com missa diária, terço, vida sacramental, devoção à Virgem Maria, de modo a superar as tentações do mundo e as minhas misérias. Peço sempre que rezem por mim.
Assim como o sal conserva o alimento, procuro, com a graça de Deus, guardar a Verdade e o Bem. O Papa Francisco disse em Sarajevo
que “o religioso mundano não serve”. Considero-me um religioso, hoje viúvo, após 40 anos de casamento. Sou pai de 5 fi lhos e 11 netos, e vivo no meu “eremitério”. Não me deixo ser tentado a adaptar-me ao “gosto da maioria”, como se a Verdade e o Bem dependessem de plebiscito. “Se o sal perder o seu sabor, com que o salgarão?” (Mt 5, 13).
Sei que se eu falhar na fi delidade à mensagem do Evangelho deixarei uma lacuna. Trabalho para renovar a sociedade, comunicando-lhe os valores de Deus. A presença de um cristão fi el estimula os irmãos a se converterem. Bento XVI disse que hoje devemos estar preparados para enfrentar o “martírio da ridicularização”. Mais do que nunca, nos tempos atuais, em que tanto se fala de corrupção e imoralidade, é hora dos cristãos sanearem o mundo com a luz de Cristo.
18 Revista Canção Nova Agosto 2015
testemuNHo
eNilsoN maRtiNsComunidade Canção nova frente de Missão de São José dos Campos-SP
datas esPeCiais08 - natividade de nossa Senhora 14 - Exaltação da Santa Cruz 15 - nossa Senhora das dores 21 - São Mateus, apóstolo e evangelista
lituRGia
datadia01sábado Lv 25,1.8-17 Sl 66(67) Mt 14,1-12
dia 02domingo Ex 16,2-4.12-15 Sl 77(78) Ef 4,17.
20-24 Jo 6,24-35
dia 03segunda-feira nm 11,4b-15 Sl 80(81) Mt 14,13-21
dia 04terça-feira nm 12, 1-13 Sl 50(51) Mt 14, 22-26
dia 05quarta-feira
nm 13,1-2.25-14,1.26-30.34-35 Sl(105)106 Mt 15,21-28
dia 06quinta-feira dn 7,9-10.13-14 Sl 96(97) Mc 9,2-10
dia 07sexta-feira dt 4,32-40 Sl 76(77) Mt 16,24-28
dia 08sábado dt 6,4-13 Sl 17(18) Mt17,14-20
dia 09domingo 1Rs 19,4-8 Sl 33(34) Ef 4,30-5,2 Jo 6,41-51
dia 10segunda-feira 2Cor 9,6-10 Sl 111(112) Jo 12,24-26
dia 11terça-feira dt 31,1-8 dt 32 Mt 18,1-5.10.12-14
dia 12quarta-feira dt 34,1-12 Sl 65(66) Mt 18,15-20
dia 13quinta-feira
Js 3,7-10a.11.13-17 Sl 113(114) Mt18,21-19,1
dia 14sexta-feira Js 24,1-13 Sl 135(136) Mt 19,3,12
dia 15sábado Js 24,14-29 Sl 15(16) Mt 19,13-15
dia 16domingo
Ap 11,19a, 12,1.3-6a.10ab Sl 44(45) 1Cor 15,
20-27a Lc 1,39-56
dia 17segunda-feira Jz 2,11-19 Sl 105(106) Mt 19,16-22
dia 18terça-feira Jz 6,11-24a Sl 84(85) Mt 19,23-30
dia 19quarta-feira Jz 9,6-15 Sl 20(21) Mt 20,1-16a
dia 20quinta-feira Jz 11,29-39a Sl 39(40) Mt 22,1-14
dia 21sexta-feira
Rt 1,1.3-6.14b-16.22 Sl 145(146) Mt 22,34-40
dia 22sábado Is 9,1-6 Sl 112(113) Lc 1,26-38
dia 23domingo
Js 24,1-2a.15-17.18b Sl 33(34) Ef 5,21-32 Jo 6,60-69
dia 24segunda-feira Ap 21,9b-14 Sl 144(145) Jo 1,45-51
dia 25terça-feira 1Ts 2,1-8 Sl 138(139) Mt 23,23-26
dia 26quarta-feira 1Ts 2,9-13 Sl 138(139) Mt 23,27-32
dia 27quinta-feira 1Ts 3,7-13 Sl 89(90) Mt 24,42-51
dia 28sexta-feira 1Ts 4,1-8 Sl 96(97) Mt 25,1-13
dia 29sábado Jr 1,17-19 Sl 70(71) Mc 6,17-29
dia 30domingo dt 4,1-2.6-8 Sl 14(15)
Tg1,17-18.21b-22.27
Mc 7,1-8.14-15.21-23
dia 31segunda-feira 1Ts 4,13-18 Sl 95(96) Lc 4,16-30
már
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njos
27 - dia nacional da Bíblia 29 - São Miguel, São Gabriel e São Rafael, Arcanjos
1ª leitura 2ª leitura EvangelhoSalmo
Eu me chamo Enilson, sou casado e, há 9 anos, missionário na comunidade Canção Nova. Foi
no Ceará, meu estado natal, que muito cedo conheci Monsenhor Jonas Abib e a comunidade, por meio de encontros de oração promovidos pela Renovação Carismática Católica, como o “Queremos Deus” e através das fi tas K7 ‘Boa Semente’, que minha mãe tinha. Nesta época, ainda menino, tinha acabado de fazer a primeira eucaristia. Frequentava a Igreja acompanhando minha mãe no grupo de oração. Com o tempo, acabei participando por conta própria, fasci-nado pela animação e as músicas que se cantavam no grupo. Somente depois descobriria que eram músicas do Monsenhor e de membros da Canção Nova, que estão entre os pioneiros da música católica no con-texto da Renovação Carismática.
Mais tarde, após um tempo de esfriamento na fé, já mais jovem seria novamente alcançado pela Canção Nova num encontro de oração para músicos, com pre-gações de Dunga. Diria que, apesar de praticamente toda a minha adolescência ter frequentado a Igreja e grupos de jovens, foi neste momento que realmente aconteceu o meu encontro pessoal com Cristo.
Anos depois, entraria para a comunidade Canção Nova, onde aprenderia a ser mais de Deus e de oração, e onde vivo nas mãos da Divina Providência. Sinal disso foi quando, há uns três anos, estando em visita à minha família, fui atropelado e me machuquei bastante. Um tempo difícil em que acabei fi cando de “molho”, uma parte na casa dos meus pais, e outra parte já de volta à comunidade, precisando fazer cirurgia, fi sioterapia, enfi m, um bom período de re-cuperação. Isso me fez questionar: “Senhor, por que eu?” Era como que ouvisse de Deus: “E por que, não, você?” Vivemos as mesmas situações que qualquer pessoa comum viveria, mas somos convidados a viver cada situação com fé e esperança, com Deus. São alegrias, conquistas, mas lágrimas, também! Não somos “protegidos” porque entregamos nossa vida, somos escolhidos por Deus, mas vivemos no mundo junto com os outros podendo testemunhar a ação de Deus em nossas vidas. Poderia até dizer que esta foi uma situação pequena em meio a tantas situações de milhares de pessoas, porém pude vivê-la em comuni-dade, vivê-la em Deus.
19Revista Canção Nova Agosto 2015 19Revista Canção Nova Agosto 2015
“Nossa Senhora Desatadora dos Nós”Ó Senhora minha,
sois a minha única consolação dada por Deus,a fortaleza das minhas débeis forças,
a riqueza das minhas misérias, a liberdade,com Cristo, das minhas cadeias.
Ouve minha súplica.Guarda-me, guia-me,
protege-me, ó seguro refúgio!Maria, Desatadora dos Nós, roga por mim.
Oração aPi
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