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ISSN 1679-2645 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA SISTEMA FIEB Bahia ANO XXIII Nº 241 2016 DESAFIOS LOGíSTICOS Documento divulgado pela CNI aponta fatores que impedem o país de investir em infraestrutura

Revista Bahia Indústria - Edição 241

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Desafios logísticos Documento divulgado pela CNI aponta fatores que impedem o país de investir em infraestrutura

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Page 1: Revista Bahia Indústria - Edição 241

ISSN 1679-2645

Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB

Bahia

aNo XXIII Nº 241 2016

Desafios logísticos

Documento divulgado pela CNI aponta fatores que impedem o país

de investir em infraestrutura

Page 2: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Curso de

GESTÃO DEnegóciosAmplie o seu conhecimento e fique sempre à frente.

Uma oportunidade para você aprimorar suas competências em gestão e liderança. Seus módulos contemplam ferramentas e técnicas em seus aspectos teóricos e práticos, com ênfase em atividades vivenciais e participativas. E, por meio de uma rica metodologia, será desenvolvida a promoção do aprendizado de conceitos adotados no dia a dia dos maiores líderes de mercado.

Módulos PresenciaisTurma com, no máximo, 25 participantes.

1

2

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5

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7

MÓDULO 2Auto Liderança

(08 horas)

MÓDULO 1Cenários

Econômicos(08 horas)

MÓDULO 4Gestão de Processos(16 horas)

MÓDULO 3Gestão

Estratégica(16 horas)

MÓDULO 6Gestão Econômico

Financeira(16 horas)

MÓDULO 5Liderança e Gestão

de Pessoas(16 horas)

MÓDULO 7Pró Atividade de

Mercado(16 horas)

Previsão de início:15 de abril de 2016

INSCRIÇÕES PRORRAGADAS ATÉ 15/03. ACESSE: www.fieb.org.br/gestaodenegocios(71) 3343-1495 | (71) 3343-1226 | educaiel@�eb.org.br

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Investimento

R$ 17.000,00Ou entrada de R$3.000,00+ 7 parcelas R$ 2.000,00

*10% de desconto para associados FIEB e CIEB.**5% de desconto para pagamento à vista

Page 3: Revista Bahia Indústria - Edição 241

eDitoRial

Razões para o corte nos investimentos

A equação é mais ou menos assim: o governo não investe em

infraestrutura, o país não atrai novos empreendimentos,

que poderiam gerar empregos, receitas, sob a forma de tri-

butos, e, principalmente, desenvolvimento regional. Com isso, o

Brasil, apesar do seu enorme potencial, vai ficando para trás com

relação às nações com perfil econômico similar ao seu.

O documento Por que o Brasil investe pouco em infraestrutura?,

publicado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), é es-

clarecedor neste sentido, ao trazer o foco de luz para a questão e

apontar soluções. Flexibilizar a execução orçamentária, reduzir o

custeio da máquina pública, rever a política de incentivos fiscais,

são algumas destas sugestões.

Ouvidos, os coordenadores dos Conselhos de Portos e de In-

fraestrutura da Federação das Indústrias do Estado da Bahia são

unânimes em afirmar que o relatório chega para mostrar com nú-

meros onde está o cerne da questão. Para eles, a revisão de algu-

mas regras vigentes a partir da Constituição Federal de 1988 pode

ser a chave para tornar a gestão do orçamento público mais flexí-

vel, mas eles também cobram do governo maior compromisso na

gestão dos recursos públicos e adoção de regras mais rígidas ao

lidar com o dinheiro do contribuinte. A receita é aquela bastante

conhecida no dia a dia das empresas: é preciso racionalidade nos

gastos e combate ao desperdício.

O governo precisa aprender que a falta de dinheiro em caixa

vai exigir sacrifício. Não dá para emitir moeda a cada aperto de

caixa, nem aumentar a carga tributária asfixiando o setor pro-

dutivo e o cidadão comum, que, no final, é quem vai pagar esta

conta.

Alguns números do estudo são esclarecedores para entender

o que está acontecendo hoje no país. Entre 1971/1980 e os anos

2000, os investimentos em infraestrutura recuaram de 5,42% pa-

ra 2,12% do Produto Interno Bruto (PIB) e entre 2011 e 2014, o nível

médio de investimento recuou ao padrão negativo da década de

1990: -2,27% do PIB.

O Brasil também perde feio na comparação com outras econo-

mias de perfil similar ao seu ou mais avançadas. Ocupamos, por

exemplo, a décima posição em um ranking mundial, com a apli-

cação de apenas 1,47% de recursos do Orçamento da União.

O documento é a constatação da incapacidade do governo bra-

sileiro e de suas esferas de realizar investimentos em infraestru-

tura. Caberá agora aos agentes institucionais, políticos e a socie-

dade em geral saber fazer desse limão uma limonada.

Entre 1971/1980 e os anos 2000, os investimentos em infraestrutura recuaram de 5,42% para 2,12% do PIB e entre 2011 e 2014 recuou ao padrão negativo da década de 1990: -2,27% do PIB

Obras estruturantes são fundamentais para assegurar o desenvolvimento e o crescimento do país

joão a

lvarEz

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IEB

Page 4: Revista Bahia Indústria - Edição 241

4 Bahia Indústria

SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e

tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria

do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS VegetaiS

e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e de BeBi-

daS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de madeira

Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo, milho,

mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de minera-

ção de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eStado da Bahia,

[email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS,

detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS

de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto.

antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria da cidade do SalVador, [email protected]

/ Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] /

Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Produ-

toS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS

do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eS-

tado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia,

[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS

indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eS-

tado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica

e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de tele-

comunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material

elétrico de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eS-

tado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFa-

toS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS

de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato

da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da

conStrução e reParação naVal e oFFShore (SinaVal) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria

do eStado da Bahia, [email protected]

Filiada à

Bahia

fiEBPRESIDENTE antonio ricardo alvarez alban. 1° VICE-

-PRESIDENTE Carlos Henrique jorge Gantois. VICE-

-PRESIDENTES josair Santos Bastos; mário augusto

rocha Pithon; Edison virginio Nogueira Correia;

alexi Pelagio Gonçalves Portela junior. DIRETORES

TITULARES Eduardo Catharino Gordilho; alberto

Cánovas ruiz; Eduardo meirelles valente; renata

lomanto Carneiro müller; leovegildo oliveira de

Sousa; Fernando luiz Fernandes; juan jose rosario

lorenzo; theofilo de menezes Neto; josé Carlos

telles Soares; angelo Calmon de Sa junior; jeffer-

son Noya Costa lima; Fernando alberto Fraga; luiz

Fernando Kunrath; joão Schaun Schnitmam. DIRE-

TORES SUPLENTES mauricio toledo de Freitas; Gui-

lherme moura Costa e Costa; Gladston josé Dantas

Campêlo Waldomiro vidal de araújo Filho; Cléber

Guimarães Bastos; jorge Catharino Gordilho; marce-

lo Passos de araújo; antonio Geraldo moraes Pires;

roberto mário Dantas de Farias

conSElhoSCONSELhO DA MICRO E PEqUENA EMPRESA INDUS-

TRIAL Carlos Henrique jorge Gantois; CONSELhO DE

ASSUNTOS FISCAIS E TRIbUTáRIOS mário augusto

rocha Pithon; CONSELhO DE COMéRCIO ExTERIOR an-

gelo Calmon de Sá junior; CONSELhO DE ECONOMIA

E DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL antonio Sergio ali-

pio; CONSELhO DE INFRAESTRUTURA marcos Galindo

Pereira lopes; CONSELhO DE INOVAçãO E TECNOLO-

gIA josé luis Gonçalves de almeida; CONSELhO

DE MEIO AMbIENTE jorge Emanuel reis Cajazeira;

CONSELhO DE RELAçõES TRAbALhISTAS Homero ru-

ben rocha arandas; CONSELhO DE RESPONSAbILIDA-

DE SOCIAL EMPRESARIAL marconi andraos oliveira;

CONSELhO DE JOVENS LIDERANçAS INDUSTRIAIS Naya-

na Carvalho Pedreira; CONSELhO DE PETRóLEO, gáS

E NAVAL Humberto Campos rangel; CONSELhO DE

PORTOS Sérgio Fraga Santos Faria

ciEBPRESIDENTE reginaldo rossi. 1º VICE-PRESIDENTE

jorge Emanuel r. Cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE Car-

los antonio B. Cohim da Silva. 3º VICE-PRESIDENTE

roberto Fiamenghi. DIRETORES TITULARES arlene

aparecida vilpert; Benedito almeida Carneiro Filho;

Cleber Guimarães Bastos; luiz da Costa Neto; luis

Fernando Galvão de almeida; marcelo Passos de

araújo; mauricio lassmann; Paula Cristina Cánovas

amorim; Hilton moraes lima; thomas Campagna

Kunrath; Walter josé Papi; Wesley Kelly Felix Carva-

lho. DIRETORES SUPLENTES antonio Fernando Suzart

almeida; Carlos antônio Unterberger Cerentini; Dé-

cio alves Barreto junior; jorge robledo de oliveira

Chiachio; Fernando Elias Salamoni Cassis; josé luiz

Poças leitão Filho; mauricio Carvalho Campos; Su-

dário martins da Costa; CONSELhO FISCAL - EFETIVOS

luiz augusto Gantois de Carvalho; rafael C. valen-

te; roberto Ibrahim Uehbe. CONSELhO FISCAL – SU-

PLENTES Felipe Pôrto dos anjos; rodolpho Caribé de

araújo Pinho Neto; thiago motta da Costa

SESiPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL

antonio ricardo alvarez alban.

SUPERINTENDENTE armando da Costa Neto

SEnaiPRESIDENTE DO CONSELhO antonio ricardo a. alban.

DIRETOR REgIONAL luís alberto Breda

DIRETOR DE TEC. E INOVAçãO leone Peter andrade

iElPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL

antonio ricardo alvarez alban.

SUPERINTENDENTE Evandro mazo

DIRETOR ExECUTIVO DA FIEb

vladson menezes

Informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato

UNIDADES DO SISTEMA FIEb

sistema fieb nas mídias sociais

Editada pela Gerência de Comunicação Institucional

do Sistema Fieb

CONSELhO EDITORIAL mônica mello, Cleber Borges e Patrícia moreira. COORDENAçãO EDITO-

RIAL Cleber Borges. EDITORA

Patrícia moreira. REPORTAgEM

Patrícia moreira, Carolina men-donça, marta Erhardt, luciane vivas (colaboração) e Décio Esquivel (estagiário). PROJETO

gRáFICO E DIAgRAMAçãO ana Clélia rebouças. FOTOgRAFIA Coperphoto. ILUSTRAçãO E IN-

FOgRAFIA Bamboo Editora. IM-

PRESSãO Gráfica trio.

FEDERAçãO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA bAhIA

rua Edístio Pondé, 342 – Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone:

71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_indus-

tria_online

as opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da FIEB.

fieB – feDeRação Das inDústRias Do estaDo Da Bahia

sede: (71) 3343-1200

sesi – seRviço social Da inDústRia

sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9930@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

senai – seRviço nacional De apRenDizagem inDustRial

sede: 71 3534-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609@Barreiras: (77) 3612-2188

iel – instituto euvalDo loDi

sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

cieB - centRo Das inDústRias Do estaDo Da Bahia

sede: (71) 3343-1214

Page 5: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Especialista

finlandês fala dos

avanços

internacionais em

saúde ocupacional

Saúde e trabalho

As federações da Indústria e do

Comércio aderiram oficialmente à

convocação do governador Rui

Costa para mobilizar os empresários

no combate ao mosquito

SiStema Fieb adere ao combate ao aedeS aegypti

Cenário econômico abre novas

oportunidades para as empresas

brasileiras que buscam o apoio do

CIN/FIEB para desbravar o mercado

externo e expandir seus negócios

Foco no mercado internacional

sumáRio

8

Foto de João Alvareznº 241 Jan/Fev.2016

6

Levantamento realizado pela CNI esclarece as razões do atraso do país em infraestrutura

DIagNóstICo preoCupaNte

16

22

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ElóI CorrEa/SECom-Ba

Page 6: Revista Bahia Indústria - Edição 241

6 Bahia Indústria

entRevista KaRI-PeKKa MaRtIMo

por patrícia moreira e marta erhardt

O Serviço Social da Indústria (SESI) mantém

desde 2014 parceria com o Finnish Institute

of Occupational Health (Fioh), da Finlân-

dia. O Fioh é instituição internacional de

referência em saúde ocupacional e está colaborando

com o SESI para desenvolver soluções voltadas para

a gestão do absenteísmo no ambiente de trabalho, a

exemplo do Portfólio de Gestão do Absenteísmo, lan-

çado em dezembro do ano passado.

Em uma de suas passagens pela Bahia, para par-

ticipar de reuniões de trabalho, o diretor do Centro

de Colaboração para Saúde Ocupacional do Fioh,

Kari-Pekka Martimo, concedeu esta entrevista à Re-

vista Bahia Indústria.

Entre os conceitos que ele propaga, está o de que

o trabalho reabilita, embora comumente seja visto

como fator de incapacitação. A nova abordagem vem

dominando a política das empresas e das nações mais

avançadas e está sendo trazido para o Brasil pelo SE-

SI. No país, o SESI Bahia está conduzindo a constru-

ção do novo portfólio em Gestão do Absenteísmo e

Reabilitação.

O brasil vem registrando uma alteração na curva de

envelhecimento da população, o que exigirá dos go-

vernos e das instituições políticas ações para lidar

com um trabalhador mais idoso. Dentro deste contex-

to, o senhor considera o momento oportuno para se

apostar em um programa de ges-

tão de Absenteísmo?

Acredito que o contexto é favo-

rável para acontecer essa imple-

mentação, pois estive em contato

com algumas empresas da Bahia,

capital e interior, além de empre-

sas nacionais, e elas veem que é

factível e estão interessadas em

implementar as mudanças. Essa

relação entre capacidade de traba-

lho e produtividade. O Fioh tem o

mesmo papel que o SESI, tem ex-

pertise interna para desenvolver a

apoiar as empresas em SST.

O que é importante dizer às em-

presas sobre esse tema?

Se a empresa quer aumentar sua

produtividade, relacionada aos

indivíduos que trabalham, ela tem

dois caminhos. Um deles é reduzir

custos com acidentes de trabalho

e doenças ocupacionais. O outro

é investir em inovações relaciona-

das ao ambiente de trabalho e ao

bem-estar do trabalhador, bem co-

mo na prevenção da incapacidade

no trabalho. Quando as pessoas se

“O trabalho contribui para reabilitar doentes crônicos”

sentem bem em seu trabalho, elas

produzem mais. O trabalhador sa-

tisfeito é mais produtivo.

qual o sinal de alerta para que o

empresário perceba que ele tem

que investir nesta área?

Quando você cuida das máquinas

visa ao aumento da produtividade.

Mas existe outra forma de investir

em produtividade, que é incluir

os trabalhadores que operam as

máquinas. Os trabalhadores com

problemas de saúde não necessa-

riamente são improdutivos. Se as

empresas conseguem lidar com

esse trabalhador que tem problema

de saúde, ele torna-se produtivo.

Muitas vezes, as empresas estão

preocupadas apenas com produti-

vidade e, ao não pensar na relação

com os trabalhadores com proble-

mas de saúde, acabam tendo per-

das de produtividade. É necessário

incluir essa perspectiva. Quando

uma máquina tem um problema,

não se descarta a máquina, se

conserta. No caso do trabalhador,

quando ele tem um problema de

a declaração do especialista finlandês traduz o conceito que o SESI está trazendo para o Brasil na abordagem das doenças ocupacionais

Page 7: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Bahia Indústria 7

aNGElo PoNtES/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

Os trabalhadores com problemas de saúde não necessariamente são improdutivos. Se as empresas conseguem lidar com esse trabalhador que tem problema de saúde, ele torna-se produtivo

O envelhecimento da população ativa tem relação

com este problema?

Na Finlândia, a população envelheceu e, quanto mais

a população envelhece, mais chance de ter doenças

crônicas. Hoje nós tratamos essas doenças como se

elas incapacitassem o trabalhador. Os países que já

têm esse histórico sabem que as doenças crônicas

não devem ser tratadas com a exclusão do ambiente

de trabalho, pois isto implica em custos. Temos da-

dos que comprovam que quando são mantidas no

ambiente de trabalho, elas se recuperam mais facil-

mente. Podemos dizer que o trabalho colabora para a

reabilitação, além do que, também permite reduzir o

custo do tratamento para o próprio empregador.

A partir desta perspectiva de que o trabalho reabili-

ta, até que ponto isso vai revolucionar o mundo do

trabalho?

Hoje, na verdade, esse conceito já revolucionou o

tratamento dispensado a doenças mentais, muscu-

loesqueléticas e cardiovasculares. O trabalho é bom

para o tratamento destes tipos de doença, desde que

seja adaptado. É aí que entra o trabalho que o Fioh

realiza em parceria com o SESI. O que trabalhamos

neste projeto é como fazer com o que o trabalho seja

reparador. Isso exige uma equipe multidisciplinar e o

SESI tem um corpo profissional que atua em diversas

áreas, o que facilita a colocação em prática desta no-

va forma de atuar. [bi]

saúde crônico, há ainda nele alguma capacidade para o trabalho. É mais

econômico para a empresa manter esse trabalhador do que ficar em um

processo de turn over (processo de troca de trabalhadores).

De uma forma geral, o mundo está percebendo esta necessidade?

O aumento de pessoas com incapacidade para o trabalho, excluídas do

processo de produção, tem gerado custos para a sociedade, para a em-

presa e para os indivíduos. Tem aumentado o número de pessoas afas-

tadas que poderiam continuar ativas. É justamente isso que tem levado

países como Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, Finlândia, Noruega,

Suíça e Holanda a prestarem mais atenção na prevenção. A competiti-

vidade dos países industrializados depende muito da sua capacidade

de encontrar soluções para este tipo de problema. Mas muitas empresas

não estão se dando conta que os custos com o sistema de Previdência de-

pendem de como elas estão lidando com a incapacidade para o trabalho.

Lidar com a prevenção e a gestão da incapacidade vai além de prevenir

acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.

Page 8: Revista Bahia Indústria - Edição 241

8 Bahia Indústria

aNGElo PoNtES/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

Em encontro realizado em 23

de fevereiro, no auditório do

Cimatec, representantes de

entidades do setor produtivo e o

governador Rui Costa mobiliza-

ram líderes empresariais para pe-

dir sua ativa participação no com-

bate à tríplice epidemia de zika,

dengue e chikungunya. Durante o

encontro com o empresariado baia-

no, o gestor apresentou propostas

para intensificar o controle e evitar

a proliferação do mosquito.

Rui Costa pediu apoio dos em-

presários para que estes realizem

ações de combate e educação com

a força laboral. Ele lembrou que,

para as empresas, as doenças

transmitidas pelo mosquito po-

Empresários entramno combate ao aedesGestores e representantes do setor produtivo se engajamna luta contra a tríplice epidemia causada pelo mosquito

dem representar ausência de em-

pregados, queda no desempenho

produtivo e aumento de custos.

“Os segmentos produtivos têm um

alcance enorme, daí a importân-

cia desta participação. Cada um

da sua forma, com criatividade,

pode contribuir. Esta é uma luta

de toda sociedade”, disse.

O presidente da Federação das

Indústrias da Bahia (FIEB), Ricardo

Alban, falou da campanha em cur-

so no âmbito do Sistema Indústria:

um conjunto de ações de mobiliza-

ção e capacitação que vai alcançar

cerca de 500 empresas e quase 31

mil pessoas entre trabalhadores da

indústria, do próprio Sistema e es-

tudantes. “Serão promovidos trei-

Em evento com

o governador,

Alban citou

as ações

realizadas

pelo Sistema

namentos com dois mil multiplica-

dores, reprodução de 65 mil peças

das campanhas dos governos fede-

ral e estadual, além da encenação

de um esquete teatral para que o

tema seja entendido.”

Carlos Andrade, presidente da

Federação do Comércio de Bens,

Serviços e Turismo do Estado da

Bahia (Fecomércio), garantiu a

participação do segmento na mo-

bilização. “Hoje, a federação tem

85% das lojas comerciais e 92%

dos empregados filiados. Vamos

fazer um trabalho amplo, com

campanha de conscientização.

Será um trabalho muito proveito-

so junto com as outras entidades e

com a população”, assegurou. [bi]

Page 9: Revista Bahia Indústria - Edição 241

circuito

Bahia Indústria 9

por cleber borgeS

Longe da meta de universalização O abastecimento de água, a coleta

e o tratamento de esgotos

deveriam chegar a todos os lares

do Brasil em 2033, mas ocorrerá

com 21 anos de atraso, em 2054.

Estudo da CNI, denominado

Burocracia e Entraves no Setor de

Saneamento, aponta que a

perspectiva de atraso no

cumprimento da meta do Plano

Nacional de Saneamento Básico

se deve à baixa média histórica de

investimentos no setor, de R$ 7,6

bilhões por ano, no período

2002-2012. Para universalizar os

serviços em 2033, seria preciso

elevar essa média para R$ 15,2

bilhões anuais.

Empresário defende a baixa dos jurosA indústria considera inaceitável a

inflação de dois dígitos. Os

aumentos recentes dos índices são

resultado dos reajustes dos preços

administrados, das expectativas

negativas e da inércia

inflacionária. O uso da taxa de

juros como único instrumento de

controle da inflação é pouco

efetivo e aprofunda a recessão.

Esse é o entendimento da CNI para

quem a solução para a crise, o

êxito no combate à inflação e o

restabelecimento da confiança no

país dependem da consolidação de

um ajuste fiscal permanente, com

mecanismos de controle efetivo

dos gastos públicos e de reformas

que melhorem o ambiente de

negócios e a produtividade das

empresas. Entre as medidas

inadiáveis estão a revisão da

Previdência Social, a

modernização das leis do trabalho

e a redução da burocracia.

Corrupção é o que mais preocupa o brasileiroNem as drogas, nem a

violência. O que mais preocupa

o brasileiro é a corrupção,

aponta a pesquisa Retratos da

Sociedade Brasileira e

Prioridades para 2016, da

Confederação Nacional da

Indústria (CNI). De acordo com

o levantamento, 65% das

pessoas consideram a

corrupção o principal problema

do Brasil. Em 2014, ocupava a

3ª posição na mesma pesquisa

e, em 2012, a 4ª. As drogas e a

violência aparecem em 2º e 3º

lugares entre os problemas

extremamente graves, citados

por 61% e 57% dos

entrevistados,

respectivamente. A lentidão/

impunidade também cresceu

no ranking e passou do 6º para

o 4º lugar de 2014 para 2015. A

saúde veio em 5º. A CNI

entrevistou 2.002 pessoas, em

143 municípios brasileiros.

Preocupada com a crise

econômica, a população

também passou a se

incomodar mais com a

inflação. Esta, que chegou a

ocupar a 16ª posição entre os

principais problemas em 2012,

em 2014, foi o 5º principal e,

em 2015, passou a ser o 6º.

20% dos acidentes de trabalho no brasil ocorrem no trajetoO número de acidentes no percurso casa-trabalho-casa cresceu 41,2%, entre 2007 e

2013. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria, com base em

estatísticas da Previdência Social, mostra que os acidentes de trajeto subiram muito

acima da média nacional de acidentes de trabalho, de 7,8% no período, e já

respondem por 20% das ocorrências registradas no Brasil. “O dado é preocupante

porque, embora sejam classificados como acidentes de trabalho, uma solução está

fora do alcance de programas de prevenção, segurança e saúde das empresas”,

afirma a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg.

“Inflação é taxação sem legIslação"Milton Friedman (1912-2006), economista liberal americano, vencedor do Nobel de Economia, de 1976, por suas contribuições na análise do consumo e da teoria monetária.

Page 10: Revista Bahia Indústria - Edição 241

10 Bahia Indústria

sindicatos aNGElo PoNtES/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

Empresários e representantes de indústrias participaram dia 14.12, na

FIEB, do curso Como fazer gestão de SST na era do eSocial?. A capital

baiana foi escolhida pela CNI para sediar a primeira turma da

capacitação. O médico do trabalho e consultor, Paulo Reis, abordou as

exigências do eSocial e os impactos do novo sistema na gestão de

Segurança e Saúde no Trabalho, destacando a necessidade das

empresas adotarem uma cuidadosa gestão de SST para o registro

adequado das informações. “Com a mudança para a fiscalização

eletrônica, as empresas passam para uma situação ativa, na qual terão

que informar quais são as práticas de segurança e saúde adotadas e a

fiscalização vai avaliar se estão sendo feitas de forma correta”, explica.

Fieb debate gestão de SSt e exigências do eSocial

Um grupo de doze consumidores baianos

integrou o Júri Popular para seleção dos

11 lotes finalistas do 12º Concurso

Nacional ABIC de Qualidade do Café.

Idealizado pela Associação Brasileira da

Indústria de Café, o Júri, que também foi

feito em São Paulo, Paraná, Minas Gerais

e Espírito Santo, tem o objetivo de incluir

a opinião de pessoas que gostam de café,

na escolha dos melhores grãos do Brasil.

Na Bahia, a avaliação foi realizada dia

10.12, na FIEB, com o apoio do Sincafé-

BA. As notas complementarão a análise

do Júri Técnico. Dois produtores baianos

participam da seleção.

Sindicatos participam de construção da Agenda LegislativaA Confederação Nacional da

Indústrias (CNI) iniciou o

processo de construção da

Agenda Legislativa da

Indústria para 2016,

elaborada com a

participação da FIEB e

sindicatos filiados. A Agenda

está em sua 21ª edição,

registrando os conceitos,

posicionamentos e temas

priorizados pelo setor para

ações de defesa de

interesses, junto ao

Congresso. A partir das

contribuições recebidas, a

CNI consolidará o

posicionamento da indústria

para os temas abordados na

publicação, que será

apresentada aos deputados

federais e senadores a partir

de março deste ano.

Sindileite lança aplicativo para celular O Sindileite-BA criou uma

nova ferramenta de interação

com as empresas, com o

lançamento de um aplicativo

para celular. Disponível para

download nos sistemas

operacionais Android e iOS,

a ferramenta disponibiliza,

de forma fácil e dinâmica,

informações como cotações,

compra e venda de

equipamentos, notícias de

interesse dos laticinistas,

documentos e informações

sobre o Encontro Baiano dos

Laticinistas, promovido

anualmente pelo sindicato.

consumidores baianos ajudam na seleção dos melhores cafés do brasil

aNGElo PoNtES/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

O consultor da

CNI, Paulo Reis,

ministrou a

capacitação

Avaliação foi realizada na FIEb

Page 11: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Bahia Indústria 11

Foto

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Nos dias 12 e 13.12 foi realizada a 9ª edição dos Jogos

da Construção que reuniu, no SESI Simões Filho,

mais de mil participantes. O evento, promovido pelo

Sinduscon-BA desde 2007, em parceria com o

SESI-BA, é uma das principais ações do sindicato

nos campos de Saúde e Qualidade de Vida. Os

atletas participaram de disputas em 14 modalidades.

Para o presidente do sindicato, Carlos Henrique

Passos, o objetivo do evento é promover a integração

entre os trabalhadores e as empresas.

eleições

Jogos da construção reúnem trabalhadores

Atletas

participaram

de disputas

em 14

modalidades

esportivas

sinDuscon • A diretoria reeleita do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-BA) tomou posse em evento que reuniu autoridades, dirigentes e empresários do setor, na sede do sindicato. O presidente Carlos Henrique Passos apresentou um balanço das principais realizações, dando ênfase ao ENIC, evento que reuniu representantes da cadeia produtiva nacional em Salvador; as ações de Saúde e Segurança no Trabalho e de gestão das empresas; e as principais lutas junto ao Legislativo, como as relativas à terceirização, que tramita no Congresso.

sinDsucos • Tomou posse, em novembro, a nova diretoria do Sindicato da Indústria Alimentar de Congelados, Sorvetes e Sucos (Sindsucos-BA). À frente da entidade até 2018, o presidente eleito, Luiz Hermida, explica que serão priorizadas três vertentes de atuação: ações estratégicas junto ao Governo do Estado para fortalecer a cadeia produtiva e de transformação de frutas; criação de condições para a Bahia voltar a ser um importante Estado exportador de sucos tropicais e de laranja; e busca da adequação das indústrias de sorvetes às normas de vigilância sanitária, em Salvador.

sinpRocim • O Sindicato das Indústrias de Produto de Cimento no Estado da Bahia (Sinprocim-BA) realizou a cerimônia de posse da diretoria reeleita, dia 10.12, no hotel Deville. A cerimônia contou com a presença de empresários e fornecedores do setor, representantes de entidades

parceiras, presidentes de sindicatos, do presidente da FIEB, Ricardo Alban, além do superintendente da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, Paulo Sérgio Ferraro. O presidente José Carlos Telles Soares, segue à frente da entidade até 2018.

sinDiRepa • Estimular a participação dos empresários do setor junto à entidade, ampliando em pelo menos 50% o quadro de empresas associadas ao sindicato. Esta é uma das metas da diretoria eleita do Sindicato das Indústrias da Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia (Sindirepa-BA). “Queremos fazer um mandato com maior envolvimento dos empresários, ouvir suas sugestões e anseios”, destacou o presidente eleito, Maurício Toledo de Freitas. A nova diretoria tomou posse em novembro, para mandato até 2018.

simmeB • Com a responsabilidade de lutar pela sustentabilidade de um dos setores de maior contribuição para o PIB baiano, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simmeb), empossou, em dezembro, sua diretoria. À frente da entidade até 2018, o presidente reeleito Alberto Canovas, afirmou que, num momento de crise, a responsabilidade é maior. “Temos pela frente um período de grande apreensão, com a economia brasileira apresentando sinais de desgaste e de uma crise política sem sinais de solução a curto prazo”.

Executivo relata experiência sindical em Maceió

Convidado para compartilhar experiências do

Simagran-BA, o gerente de relacionamento da

entidade, Bruno Reis, falou para dirigentes e

executivos de sindicatos em evento na Federação

das Indústrias de Alagoas (FIEA). Durante a

mesa-redonda do PDA Como alavancar a gestão do

seu sindicato?, o executivo abordou as estratégias

para ampliação do número de associados, o

relacionamento com parceiros, visitação às

empresas do interior e ações de comunicação.

Page 12: Revista Bahia Indústria - Edição 241

12 Bahia Indústria

aNGElo PoNtES / CoPErPHoto / SIStEma FIEB

Page 13: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Bahia Indústria 13

por patrícia moreira

Duas equipes do SESI vão representar a Bahia na etapa nacional do torneio de robótica que está marcada para acontecer de 18 a 20 de março em Brasília

Aluno da

Techcoe, do

Coesi, de

Sergipe, faz

ajustes no

robô durante

a competição

Bahia tem duas equipes na final do FLL

As equipes Tecnomaníacos, da Escola Reitor

Miguel Calmon, do SESI Retiro, e a Gênius,

da escola do SESI Candeias, vão representar

a Bahia na etapa nacional do Torneio de Ro-

bótica First Lego League (FLL), que acontece em Bra-

sília, no período de 18 a 20 de março, no SESI Tagua-

tinga. Outras cinco selecionadas vão representar o

Norte e Nordeste em Brasília, sendo três equipes de

Sergipe (Techcoe, Robocoe e Robotech) e duas de

Alagoas: Atabótica e Tecmade. Os melhores times

da etapa regional conquistam vaga para disputar

um dos cinco torneios internacionais que serão dis-

putados nos Estados Unidos, Austrália, Espanha e

nas Filipinas.

A delegação baiana é composta de 20 alunos, cin-

co técnicos e pelo coordenador Fernando Didier, que

alimenta boas expectativas em relação à participa-

ção da Bahia em mais uma etapa do torneio de robó-

tica, promovido no Brasil pelo SESI em parceria com

a First Lego League.

As equipes foram classificadas durante a etapa

regional da competição, realizada nos dias 4 e 5 de

dezembro, na Escola Djalma Pessoa, no SESI Piatã,

em Salvador. O torneio regional reuniu equipes de

11 escolas públicas (sendo cinco delas apoiadas pelo

SESI com equipamentos e treinamentos), cinco es-

colas particulares, oito escolas do SESI e SENAI e

uma equipe de garagem. A competição contou com

escolas de cinco estados do Nordeste. No comparati-

vo com o torneio de 2014, a etapa regional ampliou

de 26 para 36 equipes participantes, e quase dobrou

o número de competidores de 277 para 432. Durante

a competição na Bahia, também foram capacitados

45 juízes de arena, que atuaram na etapa regional

e também se prepararam para outras competições.

Fernando Didier revela que foi possível introdu-

zir algumas inovações na disputa regional, visando

estimular a participação dos competidores e dos vi-

sitantes. Uma destas iniciativas foi o Meu Robô Favo-

rito, uma votação popular para eleger o equipamento

mais interessante. O escolhido foi o da equipe Auto-

bot, do Instituto Federal Bahia (Ifba). O SESI também

conseguiu o apoio de outras instituições de ensino

que atuam com robótica, a exemplo da Devry/Área1,

Uneb, Ifba e SENAI.

Outra novidade foi a presença dos representan-

tes do Aprenda Robótica, blog criado por dois enge-

nheiros, Guilherme Lima e Guilherme Constatino. A

proposta do blog é contribuir para o crescimento da

robótica educacional no país. Para isso, eles contam

Page 14: Revista Bahia Indústria - Edição 241

14 Bahia Indústria

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jEFFErSoN PEIxoto/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

com uma equipe de oito voluntários que acreditam

que a robótica pode fazer a diferença ao transformar

o processo educativo em algo lúdico.

A avaliação de Fernando Didier é que o balanço

foi positivo. “O FLL já está consolidado na Bahia,

em especial, nas escolas do SESI, enquanto prática

pedagógica que faz parte do planejamento curricu-

lar, desenvolvendo habilidades cognitivas e sociais,

comportamentais e despertando o interesse dos alu-

nos pela ciência.”

classificaDosA grande campeã da etapa regional foi a equipe Te-

chcoe, da escola Coesi, de Sergipe. Ela ficou em 1º

lugar na categoria Champions Awards, por obter o

melhor desempenho em todas as premiações da com-

petição. Em 2º lugar venceu a Robocoe, também da

Coesi/Sergipe, e a Tecnomaníacos, do SESI/BA, uni-

dade Retiro, que ficou com o 3º lugar.

A Robocoe também venceu em primeiro lugar nas

finais de robôs. Na categoria Desempenho de Robôs

foram premiadas a Techcoe (1º lugar) e a Robocoe

(2º lugar). Em Design Mecânico venceu a Robotech;

em Programação, a Autobot (Ifba), em Estratégia e

Inovação a Dinasty (SESI/BA - Piatã); em pesquisa

a Tecmade (SESI/AL); em Solução Inovadora a Ata-

bótica (AL) e em processo de Pesquisa a Equipe F5,

do SESI/BA.

Trinta e seis equipes de cinco estados do Nordes-

te participaram de dois dias de prova, incluindo a

disputa de robôs e apresentação dos projetos de

pesquisa sobre o tema da temporada Trash Trek. A

proposta era que os estudantes identificassem pro-

blemas relacionados ao lixo e apontassem soluções

inovadoras para diminuir sua produção, indicar

maneiras eficientes de realizar o reaproveitamento

de resíduos, bem como o transporte e o armazena-

mento desses resíduos.

A abertura do evento contou com a presença do

superintendente do SESI Bahia, Armando Neto, da re-

presentante do Departamento Nacional do SESI, Bár-

bara Trajano, além da gerente de educação do SESI,

Cléssia Lobo, que também participou da cerimônia de

premiação. Armando Neto convocou os participantes a

tirarem proveito daquela experiência, que é uma opor-

tunidade especial de aprendizado. “Esperamos que

vocês possam sair daqui mais maduros e levem esta

experiência para suas vidas. Aproveitem a ajuda dos

juízes, dos colegas para aprender sempre mais”. [bi]

As equipes

Tecnomaníacos

(SESI-bA), Techcoe e

Robocoe (Coesi-SE);

cerimônia de abertura

e dupla de

juízes avaliando

o desempenho

de uma equipe

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Page 15: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Bahia Indústria 15

Oito estudantes do programa

de intercâmbio do Serviço

Social da Indústria (SESI)

e do Serviço Nacional de Aprendi-

zagem Industrial (SENAI), o Cone-

xão Mundo, embarcaram no dia 30

de janeiro para os Estados Unidos.

Eles foram participar de viagem de

imersão linguística com duração

de duas semanas, na cidade de

Denver, estado do Colorado.

Durante o período de inter-

câmbio no exterior, os estudantes

ficam hospedados em casas de fa-

mílias norte-americanas, visitam

escolas, conhecem universidades

e empresas, participando de vá-

rias atividades, acompanhados

da coordenadora pedagógica do

SESI, Karla Andrade.

O Conexão Mundo é um pro-

grama de intercâmbio que atende

cerca de dois mil alunos brasilei-

Intercâmbio linguísticoPrograma Conexão mundo leva oito estudantes do SESI-SENaI para aulas de imersão nos EUa

valtEr PoNtES/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

grupo de

estudantes

selecionados

embarca no

Aeroporto de

Salvador rumo

aos Estados

Unidos

ros de ensino médio e técnico que

estudam inglês utilizando as re-

des sociais como suporte didático

e com o auxílio de 200 monitores

norte-americanos. Na Bahia, em

2015, o programa atendeu 156 estu-

dantes do 3ª ano do ensino médio

da Escola Djalma Pessoa, do SESI

Piatã, que cursaram o ensino arti-

culado SESI/SENAI.

capacitaçãoO curso de inglês oferecido no Co-

nexão Mundo é dividido em três

etapas. Na primeira, com duração

de oito semanas, alunos e moni-

tores norte-americanos se comu-

nicam em inglês, a distância, por

meio das redes sociais e progra-

mas de conversação em vídeo em

tempo real e pela plataforma de

aulas Longman, um portal espe-

cializado no ensino do inglês.

Na segunda fase, os monito-

res vêm ao Brasil, onde durante

quatro semanas participam de

aulas e atividades presenciais na

Escola Djalma Pessoa, em Piatã.

A terceira fase também é a dis-

tância, com atividades e práticas

do idioma, e dura seis semanas,

nos mesmo moldes da primeira

etapa. Os estudantes com melhor

aproveitamento e progressão no

aprendizado do inglês participam

de uma seleção para fazer a via-

gem aos Estados Unidos.

O programa é fruto de uma

parceria entre a Confederação

Nacional da Indústria (CNI), SESI

e SENAI, e a organização não go-

vernamental US-Brasil Connect. A

proposta tem como objetivo o ensi-

no e aperfeiçoamento do domínio

da língua inglesa de maneira lúdi-

ca e interativa. [bi]

Page 16: Revista Bahia Indústria - Edição 241

16 Bahia Indústria

por patrícia moreira

om uma pergunta – Por que o Brasil investe pouco em

infraestrutura? – a Confederação Nacional da Indús-

tria (CNI) procurou respostas para um problema que

há décadas inquieta o setor produtivo e suas respec-

tivas entidades representativas. Reconhecidamente

obsoleta e precária, a infraestrutura nacional pode-

ria alavancar o crescimento econômico e o desen-

volvimento do país, desde que fossem assegurados

os aportes necessários por parte do poder público,

associados a uma política clara de atração de inves-

timentos e segurança jurídica. Mas não é bem assim

que vem acontecendo.

infRaestRutuRa foRa Dos tRilhos

Documento da CNI mergulha no diagnóstico das causas que conduzem o país a um

risco de colapso na infraestrutura

Operários trabalham

nas obras da Ferrovia

Oeste Leste, no

município de brumado

Page 17: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Bahia Indústria 17

ElóI CorrEa/SECom-Ba

O estudo da CNI traz algumas respostas, levando em conta um cenário de crise fiscal e

de vulnerabilidade das contas públicas, em que a elevação dos gastos normalmente não

vem acompanhada do aumento de receitas. Entre 1971/1980 e os anos 2000, os investi-

mentos em infraestrutura recuaram de 5,42% para 2,12% do Produto Interno Bruto (PIB)

e entre 2011 e 2014, o nível médio de investimento recuou ao padrão negativo da década

de 1990: -2,27% do PIB.

O Brasil também é uma nota dissonante quando se comparam os investimentos em in-

fraestrutura com outros países. Em 2014, o Brasil ocupou a décima posição (ver infográfico)

com a aplicação de apenas 1,47% de recursos do Orçamento da União, ficando com o pior

desempenho na lista de 10 países de economia avançada ou emergente. Na América do Sul,

Peru e Colômbia alocam, respectivamente, 8 e 3 vezes mais recursos federais que o Brasil.

Até mesmo os Estados Unidos, onde parte significativa da infraestrutura já está construída

Page 18: Revista Bahia Indústria - Edição 241

18 Bahia Indústria

Porto de

Salvador: setor

é um dos que

demandam

investimentos

e onde dois terços dos gastos são de responsabilidade

de estados, condados e cidades, a proporção assegu-

rada do orçamento federal chega a ser 55% superior à

do orçamento brasileiro.

Se a alocação de recursos é um problema, fazer

com que o orçamento deixe de ser uma peça de ficção

e os recursos destinados a investimentos sejam exe-

cutados, é um outro desafio. Até o final do primeiro

semestre de 2015, apenas 23% dos investimentos pre-

vistos haviam sido executados.

avaliaçãoO documento preparado pela CNI é esclarecedor, na

avaliação dos coordenadores dos conselhos de Portos

e de Infraestrutura da Federação das Indústrias do

Estado da Bahia (FIEB), Sérgio Faria e Marcos Galin-

do, respectivamente. “Basicamente o documento é a

constatação da incapacidade do governo brasileiro e

de suas esferas de realizar investimentos em infraes-

trutura”, complementa Marcos Galindo. Segundo ele,

o investimento em infraestrutura nesta última déca-

da está em torno de 2% do PIB, o que é muito pouco

para um país como o Brasil que tem um déficit tão

grande nesta área. “O que governo investe é fazendo

déficit no orçamento”, destaca.

Sérgio Faria observa que o relatório trouxe uma

base numérica para algo que já era percebido pela

sociedade e revelou o quanto a Constituição de 1988

contribuiu para acentuar essa retração nos investi-

mentos federais em infraestrutura. O coordenador

do Conselho de Portos reconhece que a Carta de 1988

trouxe importantes avanços sociais, mas tornou o or-

çamento muito inflexível. Ele observa que o problema

não é tão evidente porque o país não está crescendo.

“Se estivesse crescendo no ritmo médio de 5% ao ano

o colapso seria evidente”, alerta.

O que preocupa, na opinião de Sérgio Faria, é que

o governo gasta mal os seus recursos e elege como al-

ternativa para fazer face ao seu custeio, o aumento da

carga tributária. “É preciso rever o conceito de gestão

do Estado. O governo tem que pensar como empresa:

gastar menos, reduzir o desperdício, combater a cor-

rupção e tornar-se mais eficiente”, arremata.

A situação agrava-se quando se considera que

95% do comércio externo nacional se dá por via por-

tuária. Portos eficientes são fundamentais em uma

economia globalizada, o que não acontece no Brasil.

“O produto nacional paga um imposto adicional que

é a ineficiência do sistema portuário. Ele é repassado

ao preço final, reduzindo nossa competitividade”.

joão alvarEz/SIStEma FIEB/arqUIvo

Page 19: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Bahia Indústria 19

Rodovias

federais

respondem

pelo grande

fluxo de cargas

PIB

DISTRIBUIÇÃO DA ARRECADAÇÃO FEDERAL - 2014

DESEMPENHO DOS SETORES DE INFRAESTRUTURA EM 2015

pagos sob a forma de juros e amortização da dívida, restando um saldo negativo de 0,7% do PIB para a União lidar com os demais gastos.

foram transferi-dos para estados e municípios.

direcionados necessariamente para gastos sociais (seguridade social e educação).

A União enfrentou um déficit nominal de 0,7% do PIB antes mesmo de considerar os gastos com as funções não relacionadas à dimensão social do orçamento.

4,65% 12,12% 6,1%

22,17%

Valor executado dos investimentos em infraestrutura sobre o orçamento total foi de

0,45%, compara-do a 2,72% para o conjunto dos investi-mentos federais.

Taxa é inferior à execução do conjunto dos

investimentos federais, que foi

de 25,3%.

Apenas 23% dos investimentos propostos foram executados até o final do primeiro semestre.

FoNtE: CNI

O relatório mostra ainda que 54% dos investimen-

tos em infraestrutura no país estão sendo feitos pela

iniciativa privada. “O Estado transferiu este papel,

mas ao mesmo tempo, não evoluiu na regulamenta-

ção destas contratações. Esta situação gera incerteza

jurídica e acaba impedindo a atração de novos inves-

timentos”, destaca Sérgio Faria.

A falta de regras claras é apontada como responsá-

vel pelo atraso logístico. “O governo muda constante-

mente as diretrizes no setor portuário, por exemplo.

Isso inibe a iniciativa privada e desestimula o investi-

dor estrangeiro diante da falta de clareza das regras”,

acrescenta Faria.

BahiaConsiderando este cenário pouco animador, a situa-

ção da Bahia é ainda mais delicada, na avaliação de

Marcos Galindo. “A Bahia está muito mal contempla-

da no Plano Integrado de Logística (PIL). A não ser

em logística portuária, cujos investimentos estão a

caminho de se concretizar, não vejo a Bahia bene-

ficiada com investimentos federais em logística e

transporte. A exceção é a obra do metrô, uma dívida

muito antiga, mas que é uma obra urbana”, lembra.

Em relação aos investimentos previstos, a Ferrovia

joão alvarEz/SIStEma FIEB/arqUIvo

Page 20: Revista Bahia Indústria - Edição 241

20 Bahia Indústria

marCElo GaNDra/CoPErPHoto/SIStEma FIEBroBErto aBrEU/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

de Integração Leste Oeste (Fiol) es-

tá praticamente parada, apesar de

ser um empreendimento com alto

potencial de alavancar novos in-

vestimentos. Galindo explica que

o Porto Sul precisa encontrar uma

fórmula que o viabilize para atrair

a iniciativa privada. O principal

avanço registrado no Estado é na

implantação dos parques eólicos,

uma política que ele considera

acertada, mas que está sendo via-

bilizada com investimento priva-

do. O entrave reside na execução

das linhas de transmissão, sob a

responsabilidade do setor público.

A consequência é perda da capa-

cidade do estado de atrair novos in-

vestimentos. “O investimento che-

ga, mas o empresário não encontra

na infraestrutura disponível meios

eficientes de escoar seus produtos e

receber matérias primas”, observa

Galindo. E acrescenta: “Por não co-

nhecermos o que deixou de ser in-

vestido, não percebemos o quanto

perdemos de oportunidades. Gran-

de quantidade de empresas deixa

de vir para cá porque na Bahia não

há energia, porto, rodovia e ferro-

via”, arremata o representante do

Coinfra.

Marcos Galindo lembra que o

estudo realizado pela CNI coloca

várias propostas para reverter o

atual cenário. “Reduzir as vincu-

lações do orçamento, em especial

os gastos obrigatórios, é uma das

propostas, mas ela não vai acon-

tecer da noite para o dia e vai de-

pender de uma mobilização por

parte do Congresso, população e

agentes econômicos. Se isso não

mudar, não vamos progredir na

infraestrutura”, defende.

O estudo também sugere conter

as despesas correntes, que cresce-

ram nos últimos os anos e que aca-

bam elevando acima da inflação

Peru 2014 11,00

Paraguai 2013 11,00

Índia 2014/2015 8,32

Portugal 2014 7,23

Colômbia 2014 4,44

Malásia 2014 3,20

Reino Unido 2014 2,86

México 2013 2,65

Estados Unidos* 2014 2,64

brasil** 2014 1,47

Fontes: Siafi; SIGA Brasil, Secretaria do Tesouro; BID, Banco Mundial.* Os investimentos de infraestrutura nos EUA são descentralizados. Todas as instâncias de governo gastaram 7,76% do orçamento agregado ou total. Relativamente ao Governo Federal,os estados (principalmente), condados e cidades dos EUA gastam substancialmente mais; em relação ao orçamento total de todos os entes da União, por ser um sistema federativo.Assim, o Governo Federal despende 1,66% do orçamento total ou agregado de todos os entes (2,64% em relação ao Orçamento Federal, conforme o Quadro 18, e os estados emunicípios, 6,1%).** A porcentagem é em relação ao somatório do Orçamento Federal e do Orçamento de Investimentos. Elaboração: Inter.B.

Investimento em infraestrutura do Governo Federal de cada país em relação ao Orçamento Federal(Em %, ano mais recente disponível)

país ano investimentos em infRaestRutuRa

setoR/peRíoDo 1971/1980 1981/1990 1991/2000 2001/2010 2011/2014 2011/2014

Transportes 2,03 1,48 0,63 0,63 0,89 -55,6%

Eletricidade 2,13 1,47 0,76 0,62 0,70 -67,1%

Telecomunicações 0,80 0,43 0,73 0,69 0,48 -38,8%

Saneamento 0,46 0,24 0,15 0,18 0,19 -58,7%

Total 5,42 3,62 2,27 2,12 2,26 -57,8%

Pinheiro e Giambiagi (2012), Frischtak (2011) e Inter.B (2014)

Investimentos em infraestrutura por setor (% do PIB)

Marcos galindo, do Coinfra, e Sérgio Faria, do Conselho de Portos, avaliaram o estudo

os gastos correntes. Outro ponto

negativo e que precisa ser corri-

gido, de acordo com o estudo, é a

revisão da política de incentivos

fiscais. “O governo investe em um

conjunto de incentivos e desone-

rações que beneficiam alguns se-

tores, mas deixa de arrecadar bi-

lhões que poderiam ser investidos

em infraestrutura e gerar riqueza

para melhorar a economia”, acres-

centa Galindo. O coordenador do

Coinfra reitera que o poder público

precisa adotar mais racionalidade

nos gastos e combater o desperdí-

cio. “A iniciativa privada faz isso o

tempo todo porque é a saída para

a sobrevivência. Já o poder públi-

co está sempre emitindo moeda,

aumentando a carga tributária.

Fica um nível de conforto do gasto

público que não dá mais para sus-

tentar”, acrescenta. [bi]

Page 21: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Bahia Indústria 21

conselhos

Com o objetivo de promover a melhoria da

competitividade das empresas industriais baianas,

contribuindo para o desenvolvimento econômico e

social do estado, o Programa de Investimento e

Inovação na Indústria da Bahia foi apresentado na

Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB),

em janeiro, durante reunião do Conselho de

Inovação e Tecnologia (Citec).

Participaram do encontro o secretário de Ciência,

Tecnologia e Inovação, Manoel Mendonça, o

superintendente de Inovação, Thomas Buck, a

diretora de Inovação e Competitividade, Mara Souza,

e a assessora técnica de Inovação e Competitividade,

Leila Bastos, todos da Secti.

O programa foi trabalhado ao longo de 2015 pela

Secretaria e contou com a colaboração de

instituições baianas ligadas à inovação, a exemplo

do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/BA), Fundação de

Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb),

Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e

Agência de Fomento do Estado da Bahia

(Desenbahia). A previsão é que o Programa de

Investimento e Inovação na Indústria da Bahia seja

lançado em abril deste ano.

programa de investimento e inovação é apresentado na Fieb

Secretário

de Ciência,

Tecnologia

e Inovação,

Manoel

Mendonça

valtEr PoNtES/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

Sancionado novo marco legal da Ciência, Tecnologia e InovaçãoO Conselho de Inovação e Tecnologia da FIEB

(Citec) acompanha e participa com sugestões do

novo marco legal da Ciência, Tecnologia e

Inovação, que foi sancionado no dia 11 de

janeiro de 2016 pela presidenta Dilma Rousseff,

com vetos parciais. O Projeto de Lei da Câmara

(PLC) 77/2015, aprovado pelo Senado Federal em

9 de dezembro de 2015, estabelece o novo marco

legal da Ciência, Tecnologia e Inovação que

dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento

científico, à pesquisa, à capacitação científica e

tecnológica e à inovação.

Desafios e perspectivas do Comércio Exterior são discutidosUma alternativa para driblar o atual cenário

econômico, a internacionalização, por meio

da exportação, será tema de evento promovido

pela Federação das Indústrias do Estado da

Bahia (FIEB), através do Conselho de

Comércio Exterior (Comex) e do Centro

Internacional de Negócios (CIN/FIEB), em

parceria com o Corpo Consular na Bahia e

com a Comissão de Comércio Exterior e de

Relações Internacionais da Associação

Comercial da Bahia (ACB). A iniciativa, que

acontecerá no dia 5 de abril, vai discutir os

desafios e perspectivas do comércio exterior.

IEL e CJLI lançam curso de gestão de Negócios para empresáriosCapacitação empresarial e excelência na gestão

posicionam-se como ferramentas

indispensáveis ao crescimento e à

competitividade da Indústria. Pensando nisso,

o IEL e o Conselho de Jovens Lideranças

Industriais (CJLI), em parceria com a Fundação

Dom Cabral, trazem à Bahia o curso Gestão de

Negócios, cujas aulas devem iniciar-se em

2016. Com abordagem prática e conteúdo

exclusivo, o programa é destinado a jovens

empresários e executivos com experiência de

mercado. Mais informações pelo e-mail

[email protected].

Page 22: Revista Bahia Indústria - Edição 241

22 Bahia Indústria

por maRta eRhaRDt

Com a desvalorização do Real frente ao dólar

e a retração da demanda interna, exportar é

um dos caminhos buscados pelas indústrias

para enfrentar o atual cenário econômico

brasileiro. Pesquisa divulgada em dezembro pela

Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta

esta tendência. O levantamento mostra que 57% das

indústrias que exportaram no último ano pretendem

elevar as vendas para o exterior nos próximos 12 me-

ses. Entre as que pretendem exportar, 42% acreditam

que as exportações vão aumentar a participação em

seu faturamento bruto. Outras 45% esperam estabili-

dade, e 12%, queda. A CNI ouviu 2.344 empresas en-

tre 1º e 13 de julho de 2015.

Para auxiliar as empresas baianas neste cami-

nho, o Centro Internacional de Negócios da Federa-

ção das Indústrias do Estado da Bahia (CIN/FIEB)

desenvolve, desde 2012, o Programa de Competiti-

De olho no meRcaDo exteRnoEmpresas baianas contam com apoio do Centro Internacional de Negócios da FIEB

vidade para Internacionalização

(PCI), que visa preparar as em-

presas baianas para que tenham

condições de competir no mer-

cado internacional e no mercado

interno, também disputado por

empresas estrangeiras.

Realizado em parceria com

entidades do Sistema FIEB, insti-

tuições brasileiras (CNI, Sebrae,

Apex – Brasil, entre outros) e in-

ternacionais, o programa conta,

atualmente, com 430 empresas em

atendimento. Em 2015, o PCI rea-

lizou cerca de 200 atendimentos,

entre ações de análise do perfil

empresarial (elaboração, execu-

ção e monitoramento do Plano de

aNGElo PoNtES/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

Ação Individual), serviços de inte-

ligência comercial, capacitações e

promoção comercial.

“Apoiamos as empresas na

avaliação das necessidades que

elas têm para vencer barreiras

do mercado internacional, o que

envolve, por exemplo, desenvol-

vimento de produto, melhoria de

gestão, formatação de preço e de-

finição de mercado”, explica a ge-

rente do CIN, Patrícia Orrico, que

lembra, ainda, que as empresas

interessadas no mercado exterior

precisam investir continuamen-

te, melhorando seus produtos e

adequando-os ao mercado que

almejam.

Cerca de 150 empresários e

representantes de empresas par-

ticiparam das capacitações pro-

movidas pelo CIN em 2015. Os

cursos abordaram as temáticas:

Planejamento Estratégico para

Exportação, Exportação Passo a

Passo, Preparação para o PITCH,

Formação do Preço para Exporta-

ção e Tributos, Marketing Inter-

nacional, Negociação Internacio-

Page 23: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Bahia Indústria 23

nal e Importação e exportação de

serviços.

Participante do programa, a

BMD Têxteis já tem experiência no

mercado internacional. A empre-

sa começou a exportar em 2010,

mas passou a sofrer concorrên-

cia dos tecidos chineses e viu a

demanda por tecido cru cair. De

olho em novos mercados, a em-

presa desenvolveu novos produ-

tos, como telas para a construção

civil e agronegócio, e tem buscado

apoio, especialmente na área de

promoção comercial. “Queremos

que o processo de exportação seja

contínuo”, ressalta a analista de

comércio exterior da BMD Têxteis,

Elizabeth Santana.

pRomoção comeRcialEntre as ações de promoção co-

mercial, destacam-se as rodadas

de negócios. A última, a Rodada

de Negócios Brasil Trade, foi rea-

lizada em outubro, em parceria

com a Agência Brasileira de Pro-

moção de Exportações e Investi-

mentos (Apex-Brasil) e o Instituto

Euvaldo Lodi (IEL/BA). Empresas

baianas, comerciais exportadoras

e empresas compradoras da Bolí-

via, Colômbia e Uruguai participa-

ram do evento, que movimentou

US$ 3,2 milhões, segundo dados

da Apex-Brasil, que estimou, ain-

da, a geração de US$ 4,8 milhões

em negócios futuros a partir dos

130 atendimentos realizados du-

rante o evento.

Ainda nesta linha de atuação, o

CIN organizou, em parceria com a

Rede CIN, da CNI, missões empre-

sariais prospectivas e comerciais,

no Brasil e no exterior. Sindicatos

filiados à FIEB participaram de

eventos fora do país, a exemplo

do Sindicato das Indústrias de

Tabaco no Estado da Bahia (Sin-

ditabaco-BA), que esteve presente

pela segunda vez na InterTabac,

em Dortmund, na Alemanha, e do

Sindicato das Indústrias de Laticí-

nios e Produtos Derivados do Leite

do Estado da Bahia (Sindileite-

-BA), que levou laticinistas baia-

nos à Alemanha para participar

da Feira Anuga, considerada um

Visitas

técnicas e

capacitações

são iniciativas

para apoiar as

empresas

dos eventos mais importantes do

setor de alimentos e bebidas.

atRação De investimentosA gerente do CIN também destaca

as ações de atração de investimen-

tos, como a missão Governamen-

tal / Empresarial da Bahia à Itália,

realizada pelo governo do estado e

FIEB que teve, entre os objetivos,

a prospecção de oportunidades de

negócios, de acordos de coopera-

ção empresarial e institucional e

o conhecimento de novas tecnolo-

gias e práticas de inovação.

Também com foco na atração de

investimentos, o CIN organiza mis-

sões receptivas, a exemplo da rea-

lizada em janeiro para a empresa

italiana LITEK, reconhecida como

pioneira na produção de lâmpa-

das utilizando a tecnologia de LED

e que pretende investir no Brasil.

A programação incluiu encontro

com representantes da Secretaria

de Desenvolvimento Econômico da

Bahia, workshop com potenciais

parceiros e visita técnica às insta-

lações do SENAI Cimatec. [bi]

HarolDo aBraNtES/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

Page 24: Revista Bahia Indústria - Edição 241

24 Bahia Indústria

por marta erhardt

Novas ações do PDArealizado em parceria com a CNI, o Programa de Desenvolvimento associativo terá rodada de Negócios e curso sobre eSocial para empresários

Com foco no fortalecimento da representação

sindical empresarial e o estímulo ao associa-

tivismo, o Programa de Desenvolvimento As-

sociativo (PDA) terá novidades em 2016. Entre

elas está a Rodada Sindical - Avança Indústria, pro-

jeto inovador da Confederação Nacional da Indústria

(CNI) com a Federação das Indústrias do Estado da

Bahia (FIEB), que será realizada em março, em Sal-

vador, com apoio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-BA).

Trata-se de uma rodada de negócios – metodologia

em que o IEL tem expertise – envolvendo empresas

associadas e não associadas e as entidades do Siste-

ma FIEB, além de parceiros como Serviço Brasileiro

de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e

Page 25: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Bahia Indústria 25

aNGEl

o P

oNtE

S/C

oPEr

PHo

to/S

IStE

ma F

IEB tante demandadas pelo público e abordam assuntos

de interesse da indústria, a exemplo dos temas Como

evitar problemas trabalhistas? e Como prevenir pro-

blemas ambientais?. Em 2015, sindicatos patronais

firmaram parceria com a FIEB para realizar essas

capacitações no interior do estado e a expectativa é

avançar com essas ações em 2016.

Outra novidade é o Modelo de Atuação Articulada,

iniciativa da Gerência de Desenvolvimento Associati-

vo e da Unidade de Relações Com o Mercado (UniMer-

cado) do Sistema Indústria, que será testada como

piloto na Bahia e no Paraná. A ideia é otimizar os

esforços dos sindicatos e dos agentes de mercado do

SESI, SENAI e IEL, que lidam com o mesmo público:

os empresários. “A expectativa é que, a partir dessa

parceria entre agentes de mercados e sindicatos, a

gente consiga ampliar o associativismo, fortalecer o

papel dos sindicatos como articuladores de deman-

das e ampliar o acesso das empresas associadas e

não associadas aos serviços oferecidos pelo Sistema

FIEB”, esclarece Manuela Martinez, destacando que

o projeto ocorrerá durante todo o ano e vai contar com

consultoria da CNI.

Já no eixo de atuação Avança Sindicato, que tem

foco no fortalecimento da gestão dos sindicatos pa-

tronais da indústria, a novidade para 2016 é o Bate-

-Papo Sindical, que vai trazer para Salvador um pre-

sidente de sindicato de outro estado para apresentar

sua experiência de gestão. “Vamos proporcionar um

momento para que os presidentes e executivos dos

sindicatos possam discutir defesa de interesses e bo-

as práticas de gestão”, ressalta a gerente de Relações

Sindicais da FIEB. [bi]

Curso piloto

sobre eSocial

foi realizado

em Salvador

instituições bancárias. O evento vai abordar temas

como acesso ao crédito, tecnologia e inovação, gestão

empresarial e acesso a mercado, saúde e segurança

no trabalho e gestão ambiental.

“Consultores do IEL vão visitar as empresas ins-

critas para mapear as necessidades das mesmas e

agendar, em uma tarde, encontros de negócios com

representantes das instituições que ofertam as solu-

ções mais adequadas”, explica a gerente de Relações

Sindicais da FIEB, Manuela Martinez, que estima cer-

ca de 200 atendimentos durante o evento. As empre-

sas participantes também serão informadas sobre os

benefícios oferecidos às associadas dos 44 sindicatos

filiados à FIEB.

Uma iniciativa da CNI, em parceria com as Fe-

derações da Indústria, o PDA é dividido em duas

linhas de atuação: Avança Sindicato e Associa In-

dústria. O estímulo à ação empresarial coletiva, por

meio do Sistema de Representação da Indústria, é o

foco do Associa Indústria, fruto de uma parceria en-

tre CNI e Sebrae.

novo cuRsoEntre as ações desta vertente, um novo curso será in-

cluído no portfólio de capacitações voltadas a empre-

sários. A capacitação Como fazer gestão de SST na era

do eSocial? vai abordar as exigências do novo sistema

e seus impactos na gestão de Segurança e Saúde no

Trabalho (SST). Em dezembro, a capital baiana sediou

uma turma piloto do curso, desenvolvido em conjun-

to pela Gerência de Desenvolvimento Associativo e a

Gerência-Executiva de Relações do Trabalho da CNI.

As capacitações voltadas aos empresários são bas-

200atendimentos é a expectativa da rodada Sindical – avança Indústria, que será realizada em março em Salvador

Page 26: Revista Bahia Indústria - Edição 241

26 Bahia Indústria

UrBINo BrIto/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

Luiz Antônio,

Fernando

Ronney, sócios

da Satellite

Topografia

Com expertise na área de levantamentos topo-

gráficos, Luiz Antônio dos Santos, Ronney Vala-

miel e Fernando dos Santos fundaram a empre-

sa Satelitte Topografia, no município de Eunápolis,

no extremo-sul da Bahia. Um ano depois, os sócios

sentiram necessidade de aprimorar os conhecimen-

tos em gestão empresarial e participaram de cursos

e capacitações na área. O resultado deste investi-

mento tem sido reconhecido em diversas premiações

conquistadas pela empresa, a exemplo do Prêmio de

Competitividade para Micro e Pequenas Empresas

(MPE Brasil), em dezembro.

A premiação, realizada pelo Sebrae, com apoio

institucional da FIEB, reconhece micro e pequenas

empresas que promovem o aumento da qualidade, da

produtividade e da competitividade, pela dissemina-

ção de conceitos e práticas de gestão. Agora, a Satelli-

te concorre à etapa nacional.

“O prêmio veio coroar um esforço que a gente já faz

ao longo desses anos, buscando a melhoria contínua

dos nossos serviços”, comemora o diretor comercial

da empresa, Luiz Antônio dos Santos.

Esse esforço teve início cerca de um ano após a

Gestão premiada Participante do Programa de qualificação de Fornecedores, empresa Satellite topografia se destaca com premiações na área de gestão

fundação da empresa. “A gente conseguia produ-

zir, mas os resultados não apareciam porque não

tínhamos planejamento, controle”, recorda o diretor-

-financeiro Ronney Valamiel. Na época, os diretores

identificaram a oportunidade de alcançar novos mer-

cados e buscaram soluções para melhoria da gestão

empresarial.

capacitaçãoHá 14 anos no mercado, a empresa participa, desde

2009, do Programa de Qualificação de Fornecedo-

res (PQF), desenvolvido pelo Instituto Euvaldo Lodi

(IEL/BA) com o objetivo fortalecer a cadeia produtiva

e promover o desenvolvimento local, com a capacita-

ção de empresas para atender às exigências de gran-

des empreendimentos implantados na Bahia.

A Satellite Topografia participou dos três ciclos do

programa – realizados em parceria com a Veracel –

e atingiu o certificado Diamante, concedido àquelas

que atendem 100% dos critérios avaliados, que estão

embasados em normas internacionais de qualidade,

englobando áreas como Gestão Empresarial, Segu-

rança e Saúde no Trabalho (SST), Responsabilidade

Social e Gestão da Qualidade.

“A empresa evoluiu na implementação de proces-

sos para desenvolvimento do seu modelo de gestão. O

compromisso dos gestores é um diferencial que con-

tribui bastante para este desenvolvimento. Perceber

que o PQF foi uma base de apoio para que a empresa

alcançasse esse reconhecimento é muito gratifican-

te”, ressalta a gerente do IEL Regional Sul e Extremo-

Sul, Fernanda Moreira.

De acordo com os sócios, a partir dos treinamentos

e consultorias foram implementadas melhorias como

uma atuação mais focada na área de SST, com reu-

niões mensais voltadas para a prevenção de aciden-

tes e a adoção da ginástica laboral. Também foram

adotadas ferramentas de publicidade e divulgação. A

empresa aprimorou, ainda, a atuação em Responsa-

bilidade Social e atualmente desenvolve um projeto

social que beneficia o Recanto dos Idosos, situado no

município de Eunápolis. [bi]

Page 27: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Bahia Indústria 27

Magda

Chambriard

destacou o

potencial que o

SENAI Cimatec

oferece à

inovação e à

tecnologia

No dia 15 de fevereiro, a Facul-

dade de Tecnologia SENAI

Cimatec recebeu a diretora-

-geral da Agência Nacional do Pe-

tróleo, Gás Natural e Biocombus-

tíveis (ANP), Magda Chambriard,

para ministrar a aula magna de

2016 da instituição. O evento mar-

cou o início do ano letivo dos alu-

nos dos cursos de nível superior

oferecidos na unidade mais avan-

çada do SENAI no Brasil.

“É nítido o progresso e a tecno-

logia que a instituição está entre-

gando e uma oportunidade que vo-

cês estão tendo de começar a estu-

dar numa instituição como essa só

pode resultar na cobrança de uma

postura para o desenvolvimento

de um país melhor, na cobrança de

um resultado que é a construção do

nosso país, com muita tecnologia,

dedicação, empenho e planeja-

mento”, disse Magda Chambriard

aos estudantes.

Presente ao evento, o chefe de

gabinete da Secretaria de Ciência,

Tecnologia e Inovação do Estado

da Bahia (Secti), Roberto Dantas

de Pinho, destacou que “o SENAI

Cimatec representa um espaço

físico e conceitual de interação

entre CTI, onde empresas, aca-

demia, estudantes, professores,

engenheiros e técnicos podem tra-

balhar em conjunto para a solução

de problemas, para o desenvolvi-

mento da inovação e para o pro-

gresso do país”.

O Cimatec desenvolve proje-

tos em conjunto com agências

de fomento à pesquisa, fundos

Educação de pontaDiretora-geral da aNP, magda Chambriard, ministra aula magna da Faculdade SENaI Cimatec e destaca qualidade da instituição

setoriais do Ministério de Ciência

e Tecnologia, a Financiadora de

Estudos e Projetos (Finep), entre

outros órgãos, em parceria com

empresas e organizações com for-

te base tecnológica. Há também

cooperação ativa em pesquisas

com universidades e intercâm-

bios para transferência de tecno-

logia com institutos de pesquisa

renomados mundialmente.

O diretor de Tecnologia e Ino-

vação do SENAI Cimatec, Leone

Peter Andrade, destaca a estru-

tura laboratorial ímpar em âm-

bito nacional de que dispõe a

instituição, sobretudo em áreas

específicas e acrescenta: “Temos

outro enorme diferencial que é

o fato de o nosso corpo docente

estar envolvido em consultorias

e projetos voltados à indústria. A

nossa pós-graduação, seja Lato

ou Stricto Sensu, contribui inten-

samente com as oportunidades

de pesquisa e iniciação científica.

Vamos fazer o melhor para conti-

nuar sendo a melhor instituição

de ensino superior de Engenharia

do Norte/Nordeste”, afirma. [bi]

valtEr PoNtES/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

Page 28: Revista Bahia Indústria - Edição 241

28 Bahia Indústria

JAN

JUL

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)

115

110

105

100

95

90

85

80

75

70

2014

2013

2015

Bahia - Produção Física da indústria de Transformação (2013-2015)

inDicaDoRes Números da Indústria

PRODUçãO INDUSTRIAL MANTéM TENDêNCIA à DESACELERAçãOBalanço revela que a produção física da indústria da Bahia registrou queda de 7% em 2015

A produção física da Indús-

tria de Transformação da

Bahia encerrou o ano de

2015 com queda de 7%,

repetindo o resultado negativo re-

gistrado em 2014 (-3,1%). Apesar

da piora, a Bahia manteve-se no

6º lugar no ranking dos 14 esta-

dos que participam da PIM PF-R,

do qual apenas Mato Grosso e Es-

pírito Santo apresentaram resul-

tados positivos (4,7% e 1,4%, res-

pectivamente). Os outros estados

registraram resultados negativos:

Amazonas (-17,7%), Rio Grande

do Sul (-11,8%), Rio de Janeiro

(-11,2%), São Paulo (-11%), Minas

Gerais (-10,1%), Ceará (-9,7%),

Paraná (-9,6%), Santa Catarina

(-7,9%), Pará (-3,6%), Pernambuco

(-3,5%) e Goiás (-2,3%).

Na Bahia, dois dos onze seg-

Transformação baiana apresentou

queda de 5,7%. Apenas três dos on-

ze segmentos industriais da Bahia

apresentaram resultados positivos:

Celulose e papel (12,3%), Metalur-

gia (8%) e Bebidas (0,6%).

queDaApresentaram resultados negati-

vos: Equipamentos de Informá-

tica (-58,6%, menor produção de

computadores pessoais de mesa,

peças e acessórios para máqui-

nas para processamento de da-

dos e suas unidades periféricas e

computadores pessoais portáteis

– laptops, notebook, handhelds,

tablets e semelhantes), Veículos

automotores (-23,5%, menor fabri-

cação de automóveis), Couro e Cal-

çados (-18,9%, menor produção de

tênis de material sintético, calça-

mentos pesquisados registraram crescimento: Veí-

culos automotores (6,5%, maior produção de painéis

para instrumentos de veículos automotores e de au-

tomóveis), Celulose e papel (2,1%). Apresentaram

resultados negativos: Equipamentos de Informática

(-54,9%, menor fabricação de computadores pes-

soais de mesa – PC desktops), Refino de petróleo e

biocombustíveis (-13,3%, menor produção de óleos

combustíveis, óleo diesel, naftas para petroquímica

e gasolina automotiva), Metalurgia (-11,8%, menor

fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e

de ligas de cobre, lingotes, blocos e placas de aços

ao carbono, vergalhões de aços ao carbono, ferrocro-

mo e fio-máquina de aços ao carbono), Minerais não

metálicos (-10,7%), Produtos químicos (-4,8%, menor

fabricação de polietileno de alta densidade (PEAD),

policloreto de vinila (PVC), amoníaco e princípios

ativos para herbicidas), Bebidas (-4,2%), Alimentos

(-2,2%), Borracha e plástico (-0,5%) e Couro e Calça-

dos (-0,5%).

Na comparação de dezembro de 2015 com igual

mês do ano anterior, a produção física da Indústria de

Page 29: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Bahia Indústria 29

dos de couro femininos e couros e peles de bovinos

curtidos ao cromo), Minerais não metálicos (-12,5%,

redução na fabricação de ladrilhos, placas e azulejos

de cerâmica para pavimentação ou revestimento, ar-

gamassas e massa de concreto preparada para cons-

trução), Produtos químicos (-7%, menor fabricação

de amoníaco, etileno não-saturado, polietileno de

alta densidade (PEAD), ureia, adubos ou fertilizantes

com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) e princípios

ativos para herbicidas), Borracha e plástico (-6,9%,

menor produção de pneus novos de borracha para

ônibus, caminhões e automóveis e sacos, sacolas e

bolsas de plástico), Refino de petróleo e biocombus-

tíveis (-4,2%, queda na produção de óleos combustí-

veis e naftas para petroquímica) e Alimentos (-2%).

conjuntuRaO setor industrial (brasileiro e baiano) teve um ano

de muita dificuldade, refletindo, sobretudo, uma

conjuntura doméstica de crise, o que acarretou nu-

ma retração econômica grave. Do ponto de vista es-

tadual, o desempenho do ano é reflexo de resultados

negativos de quase todos os segmentos, mas com

influência forte do refino de petróleo e biocombustí-

veis, metalurgia e minerais não metálicos. Por outro

lado, destacamos os resultados positivos dos seto-

res de Veículos automotores e Celulose (voltados à

exportação).

Quanto às perspectivas para 2016, há poucos ele-

mentos que indiquem uma recuperação da indústria

nacional. A estimativa de mercado é de queda da ati-

vidade industrial este ano (-4%), e de modesto cres-

bahia: pim-pf de Outubro 2015

Indústria de Transformação -5,7 -7,0 -7,0

refino de petróleo e biocombustíveis -4,2 -13,3 -13,3

produtos químicos -7,0 -4,8 -4,8

Veículos automotores -23,5 6,5 6,5

alimentos -2,0 -2,2 -2,2

celulose e papel 12,3 2,1 2,1

borracha e plástico -6,9 -0,5 -0,5

metalurgia 8,0 -11,8 -11,8

couro e calçados -18,9 -0,5 -0,5

minerais não metálicos -12,5 -10,7 -10,7

equipamentos de informática -58,6 -54,9 -54,9

bebidas 0,6 -4,2 -4,2

Extrativa Mineral -11,0 -6,5 -6,5

varIação (%)

SETORES DEz15/DEz14 JAN-DEz15/ JAN-DEz15/ JAN-DEz14 JAN-DEz14

Fonte IBGe; elaboração Fieb/SdI

cimento só em 2017 (+1,5%), de acordo com informa-

ções do Banco Central (relatório Focus).

Alguns indicadores ilustram as dificuldades en-

frentadas pela economia nacional: (i) inflação eleva-

da (o IPCA acumulou alta de 10,67% em 2015, contra

um teto de meta de inflação de 6,5% para o ano), em

janeiro esse índice foi de 1,27%, acumulando em 12

meses 10,71%; (ii) constante elevação da taxa de ju-

ros, com a Selic já alcançando 14,25%; e (iii) cresci-

mento do desemprego – segundo a PME (Pesquisa

Mensal de Emprego – IBGE), em dezembro de 2015,

a taxa de desemprego foi de 6,9%, contra 4,3% no

mesmo mês do ano anterior, para o conjunto de seis

regiões metropolitanas investigadas. [bi]

Page 30: Revista Bahia Indústria - Edição 241

30 Bahia Indústria

painel

Prefeito de águeda, Portugal, visita FIEbO presidente da FIEB, Ricardo Alban, recebeu, dia 04.02, na sede da

entidade, o presidente da Câmara Municipal da cidade portuguesa de

Águeda, Gil Nadais. O gestor, cujo cargo equivale ao de prefeito, falou

sobre o uso de tecnologia para a eficiência da gestão pública e mostrou

interesse em firmar parcerias com o SENAI para o desenvolvimento de

soluções inovadoras. A visita de Nadais foi acompanhada pelo

representante da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, Alexandre

Araújo, do diretor do SENAI-BA, Luís Breda Mascarenhas, do

superintendente de Desenvolvimento Industrial da FIEB, Marcus

Verhine, e da gerente do CIN, Patricia Orrico.

aNGElo PoNtES/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

aNGElo PoNtES/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

Ricardo Alban (E) durante encontro com gil Nadais

Formandos receberam certificado de conclusão de curso no SESI Piatã

EJA EAD forma nova turmaEm solenidade realizada em 15 de dezembro, no SESI Piatã, 81

trabalhadores das empresas MRV Engenharia, Incenor, Solven, M.

Dias Branco, Nordeste Pinturas e Revestimento, IBPC Pré-moldados

de Concreto, Novabrink, Lakeland e Ortobom, além de pessoas da

comunidade, receberam o certificado de conclusão do Ensino Médio

pelo programa Educação de Jovens e Adultos a Distância. O programa

do SESI é o único a oferecer este curso na modalidade EAD. O evento

contou com a presença do superintendente do SESI, Armando Neto.

FIEb, Fecomércio e FAEb condenam aumento de juros do FNEA FIEB, a Fecomércio e a FAEB divulgaram, em

janeiro, nota pública, nos principais veículos de

comunicação do Estado, na qual se manifestaram

contra a elevação, de 8,24% para 14,12%, dos juros

do Fundo Constitucional de Financiamento do

Nordeste (FNE) para operações não rurais de micro,

pequenas e médias empresas. O aumento foi

autorizado, no final de 2015, pelo Conselho

Monetário Nacional, por meio da Resolução 4.452,

passando a vigorar a partir de janeiro de 2016.

De acordo com a nota publicada, ao elevar os juros

do FNE, em percentual superior a 71%, o governo

prejudica os Estados do Nordeste, agravando as

disparidades inter-regionais.

Presidente integra Conselho de Desenvolvimento Econômico e SocialO presidente da FIEB, Ricardo Alban, é um dos oito

representantes da Bahia entre os 92 integrantes do

Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social,

reativado em janeiro pela presidente Dilma Rousseff.

Além do presidente da Federação, integram o

conselho, representando a iniciativa privada da

Bahia, o diretor-presidente da Braskem, Carlos

Fadigas e o presidente da Confederação Nacional da

Agricultura, João Martins. O conselho tem 47

empresários e 45 representantes da sociedade civil e

das centrais sindicais.

Projeto de educação ambiental Ford tem recorde de inscritosCom a participação de 40 escolas, 1.294

alunos e 122 educadores, a Ford promoveu

evento de encerramento da edição 2015 do

Programa de Educação Ambiental, no Teatro

a Cidade do Saber, dia 1º de fevereiro. O

evento contou com a presença de diretores e

professores da rede pública de ensino local e

representantes da Ford, da Secretaria

Municipal de Educação e do SESI, que é o

executor do projeto. Parte das ações de

Responsabilidade Social da Ford, na Bahia, a

iniciativa teve este ano o maior número de

participantes desde o início da ação, em 2013.

Page 31: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Bahia Indústria 31

jEFFErSoN PEIxoto/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

O SIStema FIeB apOIOu a expOSIçãO Da VIncI • A mostra

esteve em cartaz no Salvador Shopping entre os meses de novembro

de 2015 e janeiro de 2016. Alunos do SESI e do SENAI tiveram a

oportunidade de conhecer as 60 obras do artista renascentista

Leonardo Da Vinci que integraram a exposição.

tHaIS NUNES/CoPErPHoto/SIStEma FIEB

Ação teve espaço para lazer e atendimentos de saúde

Veracel e SESI promoveram evento para industriário em Porto SeguroA unidade do Serviço Social da Indústria (SESI), no sul do estado,

participou, no final do ano, de evento realizado pela Indústria Veracel,

levando o Circuito de Saúde que realizou exames de Índice de Massa

Corporal (IMC) e de relação cintura/quadril (RCQ) atendimento em

massoterapia. Foi também uma oportunidade para divulgar os serviços

prestados pelo SESI na região em Qualidade de Vida e Educação, além

de apresentar os serviços do SESI Valença, que é clube de lazer onde o

trabalhador da indústria pode ficar hospedado e participar de

atividades esportivas e de ecoturismo em Valença. Cerca de 1500

trabalhadores da indústria participaram das atividades que

aconteceram no Centro Cultural de Eventos do Descobrimento.

Apresentado Atlas Solarimétrico da bahia desenvolvido pelo SENAI Fruto de um convênio assinado entre a Secti, a

Seinfra e o Senai Cimatec, o projeto do Atlas

Solarimétrico foi apresentado no dia 28.01, no

Auditório do Tecnocentro Bautista Vidal. Com

investimento de mais de R$1 milhão, o atlas tem o

objetivo de fomentar o desenvolvimento de

competência científica e tecnológica na área de

energia solar, além do mapeamento de escala

detalhado, bem como atrair investimentos.

Estudantes premiados Concurso Jovem JornalistaCom o artigo Empoderamento do cabelo crespo,

Carina Santana Pimentel, 16, aluna da Escola

Djalma Pessoa, ficou em 1º lugar em premiação

promovida pelo jornal A Tarde. Laryssa Santos de

Gouveia, 12, do SESI Candeias, ficou em 6º lugar,

abordando as diferenças raciais em uma vídeo-

reportagem. Yasmin

Silva Gonzaga, 9, da

Escola Bernardo Martins

Catharino, do SESI

Itapagipe, ficou em 3º

lugar com sua tirinha

que abordou os

desastres da natureza,

com a historinha de mãe

e filha que perderam a casa em uma enchente. A

gerente de Educação do SESI Bahia, Cléssia Lobo,

parabenizou os alunos do SESI pela conquista.

FIEb mobiliza empresários para discutir o Novo Código de MineraçãoEm reunião realizada na FIEB, dia 06.01, deputados

estaduais, representantes da Federação e

empresários do segmento de Mineração da Bahia

discutiram o Substitutivo do Projeto de Lei (PL 37/11)

que dispõe sobre o novo Código de Mineração. A

proposta do deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG)

está em discussão na Câmara dos Deputados,

devendo ser analisada também no Senado Federal. A

previsão é que o texto seja votado ainda no início

deste ano. As principais novidades do Substitutivo

são os aspectos com foco na prevenção de acidentes,

seguro ambiental, gestão de resíduos sólidos e

recuperação ambiental.

Page 32: Revista Bahia Indústria - Edição 241

32 Bahia Indústria

Convênio ICMS 93/2015 penaliza optantes do Simples Nacional

jurídico

No dia 29 de janeiro deste ano, o

Conselho Federal da Ordem dos

Advogados do Brasil (OAB) ingres-

sou com a Ação Direta de Incons-

titucionalidade nº 5464 junto ao

Supremo Tribunal Federal, objeti-

vando a declaração de inconstitu-

cionalidade da Cláusula Nona do

Convênio ICMS 93/2015 do Confaz,

a qual assegura que as disposi-

ções do Convênio aplicam-se aos

contribuintes optantes do Simples

Nacional, instituído pela Lei Com-

plementar nº 123/06, em relação

ao imposto devido à unidade fede-

rada de destino.

Para a OAB, o dispositivo viola

expressamente as disposições da

LC 123/06, vez que esta não prevê

a incidência de Imposto sobre Cir-

culação de Mercadorias e Serviço

(ICMS) sobre cada operação, mas,

sim, sobre um único fato gerador,

apurado ao final de cada mês,

gerando, deste modo, aumento

do custo operacional dos contri-

buintes, além de desrespeitar di-

versos artigos da CF/88, os quais

garantem tratamento tributário

diferenciado às micro e pequenas

empresas.

Ademais, assegura que o Con-

faz, ao editar o Convênio, modi-

ficou significativamente a siste-

mática de recolhimento do ICMS,

violando o seu poder regulamen-

tar. Qualquer alteração deveria se

dar mediante alteração da LC nº

123/06, em respeito ao princípio

da legalidade.

Assim, a partir de 1º/1/2016, da-

Lei Estadual aumenta alíquota do ICMS na bahiaFoi publicada, em 11 de

janeiro de 2015, a Lei nº

13.461 que alterou legislação

tributária estadual,

especialmente a Lei do

ICMS/BA (Lei nº 7.014/1996).

Dentre as novidades estão o

aumento da alíquota do

imposto de 17% para 18%,

redução de multas e o

acréscimo de 2% destinados

ao Fundo Estadual de

Combate e Erradicação da

Pobreza nas operações com

cosméticos, isotônicos,

energéticos e refrigerantes,

entre outros. Nas operações

com cigarros, cigarrilhas,

charutos e fumos

industrializados, além do

acréscimo de 2% destinados

ao referido Fundo, a alíquota

do imposto passou de 25%

para 28%, totalizando,

portanto, um aumento de 5%.

Lei baiana cria nova taxa estadual no âmbito da Sudic e CISFoi publicada, em 11 de

dezembro de 2015, a Lei nº

13.462, que alterou a Lei

Estadual que trata das taxas

no âmbito do Poder Executivo

(Lei nº 11.631/2009), para

criar a Taxa mensal no

âmbito da Superintendência

de Desenvolvimento

Industrial e Comercial -

SUDIC e do Centro Industrial

do Subaé – CIS e o Fundo

Estadual de Manutenção das

Áreas Industriais da SUDIC

– Funedic.

Tácio Chehab Ribeiro integra a gerência Jurídica da FIeB

ta em que o Convênio entrou em

vigor, as empresas que vendem

para consumidor final de outro es-

tado terão novas obrigações aces-

sórias a cumprir, devendo passar

a calcular o ICMS devido conside-

rando as alíquotas do estado de

destino, interestadual e do estado

de origem.

Como se não bastassem as obri-

gações acessórias já cumpridas no

estado de origem, os contribuintes

passarão a se relacionar com todos

os estados para os quais remetam

bens e serviços a consumidores

finais não contribuintes, arcando

com o ônus do cumprimento das

obrigações principal e acessórias

definidas, também, por cada um

desses estados.

O Convênio ocasionou um des-

proporcional aumento de custo

operacional aos contribuintes, es-

pecialmente os pequenos, indo na

contramão das medidas de redu-

ção de custos para o empresariado

nacional ante o cenário econômi-

co desfavorável.

Atualmente, os efeitos da

Cláusula Nona do Convênio en-

contram-se suspensos em razão

do deferimento pelo Ministro Re-

lator, no último dia 17 de feverei-

ro, da medida liminar formulada

pela OAB.

Outras entidades representati-

vas, a exemplo da Confederação

Nacional das Indústrias – CNI e

do Comércio – CNC, também estu-

dam o manejo de medidas contra

o Convênio.

por tácio chehab ribeiro

Page 33: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Bahia Indústria 33

iDeias

por Flavio marinho

Crise econômica, revoluções tec-

nológicas, novos competidores

internacionais, reorganização de

cadeias produtivas, entre outros

fatores, têm levado empresas a

procurar alternativas para acele-

rar o processo de identificação de

novas oportunidades e promover

a inovação. Por isso, é notória a

movimentação do mercado em um

ritmo mais rápido do que estas po-

dem acompanhar.

Já percebeu quantas ex-star-

tups (Facebook, Apple, Google

etc) passaram a ocupar a lista das

empresas mais valiosas do mun-

do? Quantas empresas líderes no

início do século já não estão nesta

lista e algumas nem mesmo con-

tinuam a existir? Dados recentes

mostram que o Uber (ícone de uma

geração de novos negócios que se

baseiam no compartilhamento de

recursos) já possui um valor de

mercado superior ao da Petrobras

e Vale juntas. Isso pode ir muito

mais longe.

Define-se “startups”, segun-

do Bob Dorf e Steve Blank, como

aquelas organizações formais ou

não, quem têm caráter temporário

e que são formadas com o propósi-

to de criar um novo modelo de ne-

gócio, repetível, escalável e lucra-

tivo. O propósito das startups, por-

tanto, é o de inovar, assim como

perseguem as empresas maduras,

sejam elas de pequeno, médio ou

grande porte. A diferença funda-

mental está no fato de terem sido

criadas com um propósito especí-

fico e, portanto, serem mais ágeis,

focadas e orientadas para a gera-

ção do Novo, sem amarras com a

manutenção de estratégias, pro-

dutos ou estruturas tradicionais.

Uma antítese comum a este mo-

vimento inovador é reconhecido

pela histórica negação de uma ex-

-gigante do mercado fotográfico,

Kodak, à nova tecnologia digital,

no intuito de proteger aquela que

era sua “Vaca Leiteira”: a produ-

ção e venda de filmes e papeis

fotográficos. Como resultado, a

Kodak foi engolida e superada

pelo novo modelo de negócio que

se consolidou, trazendo para celu-

lares, tablets e diversos dispositi-

vos móveis o papel de registrar e

armazenar os momentos especiais

da nossa vida. A tentativa de pre-

servação de um modelo de negó-

cio, como neste exemplo, é um

esforço incompatível com o surgi-

mento da inovação e, na maioria

da vezes, inócuo.

O movimento de startups cres-

ceu muito nos últimos anos, no

Brasil e no mundo, resultando em

um enorme contingente de empre-

sas nascentes, predominantemen-

te formada por jovens que esban-

jam criatividade, desapego às for-

mas tradicionais de se encarar os

negócios e às estruturas clássicas,

além de muito entusiasmo para

transformar o mundo.

No entanto, são carentes de re-

cursos financeiros e tecnológicos,

infraestrutura, acesso a poten-

ciais clientes e parceiros, experi-

ência em negociações, entre ou-

tras tantas necessidades inerentes

à jornada de qualquer novo em-

presário.

Para aproximar o mundo das

startups com o das corporações

maduras, tem sido despertada uma

série de iniciativas de inovação

O SENAI Cimatec tem trazido à indústria baiana e brasileira um conjunto de iniciativas que estimulam, apoiam e conectam startups com investidores e o mundo corporativo

Flávio Marinho é gerente do programa de empreendedo-rismo do seNaI Cimatec

Startups corporativas

aberta, tais como o BraskemLa-

bs, InovaBRA (Bradesco), Natura

Campus, Pitch Corporate, Startup

Food & Drinks (Nutrimental), Coca

Cola Open Up, entre outros.

Trata-se de iniciativas patroci-

nadas por empresas já maduras,

mas que buscam entre seus co-

laboradores ou junto a fontes ex-

ternas (incluindo startups) as al-

ternativas que possam assegurar

sua sobrevivência e crescimento

no futuro. Nestas iniciativas são

oferecidas oportunidades para

que as ideias sejam desenvolvi-

das em condições semelhantes

às do mundo das startups (sem as

amarras dos negócios maduros),

porém usufruindo do que estas

podem oferecer de melhor.

O SENAI Cimatec tem trazido

à indústria baiana e brasileira,

em conjunto com sua destacada

capacidade de apoiar o desenvol-

vimento tecnológico, um conjun-

to de iniciativas que estimulam,

apoiam e conectam startups com

investidores e o mundo corporati-

vo. Essas ações têm se traduzido

em aquisições, fusões, entre ou-

tros tantos casamentos com boas

perspectivas de impactar a nossa

economia regional. [bi]

Page 34: Revista Bahia Indústria - Edição 241

livros

leitura&entretenimento

As armadilhas do livre mercadoRobert J. Shiller e George A. Akerloff,

ganhadores do Nobel em Economia, são os

autores de Pescando Tolos, livro que

aborda um tema nada usual: as fraudes

geradas pelo mercado. Em uma descrição

divertida e espirituosa a dupla detalha que

esses golpes, a que todos estamos sujeitos,

decorrem de incentivos do mercado, da

mesma forma que decorrem as inovações,

a melhoria da qualidade e tantos outros

avanços, dos quais dependemos para uma

vida confortável e plena.

As falhas do capitalismoOs problemas acarretados pelo

capitalismo se mostram evidentes em todo

o mundo. Philip Kotler, doutor em

economia e autor de mais de 50 livros,

discorre no livro Capitalismo em

Confronto sobre esses problemas, listando

14 grandes deficiências, dentre elas, a

persistência da pobreza, a exploração do

meio ambiente e a desigualdade de renda.

Na obra, Kotler coloca o capitalismo em

xeque, analisando suas falhas e

identificando seus pontos positivos.

Pescando Tolos - A Economia da Manipulação e Frauderobert J. Shiller , George a. akerloffeditoria alta Books320 p.R$ 67,41

Capitalismo em confronto – Soluções reais para os problemas de um sistema econômicoPhilip Kotlereditoria Best Business, 336p.R$ 45

34 Bahia Indústria

bululú em cartaz no SESICom três indicações ao Prêmio Braskem de Teatro,

incluindo as categorias Melhor Espetáculo do Ano e

Melhor Ator, o grupo Toca de Teatro volta a cartaz com

Bululú – Estórias da Invenção do Mundo. Interpretado

pelos atores baianos Danilo Cairo e João Guisande, o

espetáculo apresenta uma visão crítica e divertida do

universo do teatro, da realidade, do sonho, da

vida, do ator e do espectador na sociedade

contemporânea. Escrita e dirigida pelo

espanhol Moncho Rodriguez, a peça está em

cartaz no Teatro SESI Rio Vermelho, que realiza

um trabalho de promoção da cultura voltada

para o trabalhador da indústria.

Foto

S DIv

UlG

ação

Detalhes de um corpoO corpo humano visto a partir de uma nova ótica,

como em esculturas em bronze e aço, com detalhes

meticulosos, além de desenhos feitos em carvão sobre

papel e instalações. A exposição "Lendas e

Aparições", do artista francês Daniel Hourdé, revela a

obsessão do artista com uma realidade contundente,

que oscila entre a comédia e a tragédia. São corpos

nus com musculaturas rígidas, com ou sem rosto, mas

com órbitas oculares vazias. Sensível com a forma e a

matéria, Hourdé cria trabalhos meditativos e

instigantes que se alicerçam em todas as exigências

técnicas da modelagem, evidenciando um

conhecimento anatômico realista.

exposição

teatro

não perca Palacete das Artes, até 13.3. Rua da Graça, 284, Graça. Qua a sex, 13h às 19h; sáb., dom. e feriado: das 14h às 19h. Gratuito

não perca Teatro SESI do Rio Vermelho, de 24 a 27.3, às 20h. R. Borges dos Reis, 9, Rio Vermelho. Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Page 35: Revista Bahia Indústria - Edição 241

Bahia Indústria 35

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