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Sumário
O NASCIMENTO DE UMA
NOVA NAÇÃO ................ 2
OSCAR NIEMEYER ........ 2
LÚCIO COSTA ................ 2
PERFIS DE BRASÍLIA .... 2
CAIXA PRETA DE
BRASÍLIA ........................ 2
RAÍZES DE OSCAR
NIEMEYER E LUCIO
COSTA ............................ 2
VIDA SEM MUROS ......... 2
―CIDADE FLUTUANTE‖ .. 2
BRASÍLIA DEPOIS DE
CONSTRUÍDA................. 2
BIBLIOGRAFIA ............... 2
SUMÁRIO
3
No século XVI, a cidade de
Salvador, localizada no atual estado
da Bahia, era a capital do Brasil.
Naquele tempo o nordeste era a
região de maior produção de cana-
de-açúcar e, para facilitar todas as
negociações e controlar o comércio,
a capital do Brasil instalou-se em
Salvador.
Em meados do século XVIII,
a capital administrativa do país
acabou sendo transferida para a
cidade do Rio de Janeiro por conta
também do comércio. Essa
mudança foi uma consequência da
nova realidade econômica da
colônia, pois no fim do século, a
extração de metais preciosos
tornou-se mais lucrativa do que a
produção de açúcar. Portanto, a
nova capital estava próxima de
possíveis centros lucrativos como
Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Visando assim, ter os lucros da
mineração regulados e uma maior
rapidez na chegada de tais pedras
preciosas em Portugal.
Com a vinda da Família Real
Portuguesa para o Brasil, no ano de
1808, o Rio de Janeiro passou por
grandes transformações para
tornar-se uma capital apta a abrigar
o rei de Portugal e seus vários
súditos. A partir desse momento, a
Capital brasileira foi tomada por
construções e reformas que
modernizaram sua arquitetura. O
primeiro ministro de Portugal,
marquês de Pombal desejava, de
uma vez, levar a capital para o
interior da colônia, deixando a orla
marítima aos cuidados da defesa
naval, mas preservando a chefia do
governo em local distante do mar.
Em abril de 1955, o candidato
a presidência da república Juscelino
Kubitschek (também chamado de
JK) em campanha eleitoral,
prometeu a construção de Brasília.
No ano seguinte já como
presidente, consegue a aprovação
por parte do congresso brasileiro a
criação da lei nº 2.874 que cria a
companhia de urbanização da nova
capital a NOVACAP e intitula
―Brasília‖ como nome da nova
capital.Lucio Costa, ganhador
do concursoproposto pelo governo,
foi o principal urbanista da cidade.
Oscar Niemeyer a convite de JK foi
o principal arquiteto da maioria das
estruturas administrativas e edifícios
públicos. Roberto Burle Max foi o
responsável pelo desenho das
O NASCIMENTO DE UMA
NOVA NAÇÃO Uma nova capital que trouxe novas culturas, novos povos e novas
realidades.
4
paisagens e zonas verdes da
cidade.
No litoral, adversários de JK
duvidavam de que ele concluísse a
tempo a construção da cidade. Os
prazos, porém, foram pontualmente
observados. Em setembro de 1956
começaram as obras, sob a
coordenação de Israel Pinheiro o
Planalto Central brasileiro se
encheu de ―candangos‖ (operários e
trabalhadores vindos em sua
maioria do norte e nordeste
brasileiro) e, emapenas um ano, se
fez o Palácio da Alvorada. Em
seguida, concluiu-se o Palácio do
Planalto, as duas cuias e os prédios
gêmeos do Congresso Nacional, a
Praça dos Três Poderes e edifícios
dos ministérios.
No dia 21 de abril de 1960,
Brasília é inaugurada, depois de
três anos de construção, como
capital da República. Depois dessa
data, os principais órgãos do
governo começaram a ser
transferidos para a capital federal,
os poderes Executivos, Judiciários e
Legislativos agora estavam situados
na nova capital brasileira
Depois de diversas
transformações, no dia da
instalação do Poder Executivo no
Planalto, já na nova capital
brasileira, Juscelino declarou:
―Brasília já vem sendo
apontada como demonstração
pujante de nossa vontade de
progresso, como índice do alto grau
de nossa civilização. Já a envolve a
certeza de uma época de maior
dinamismo, de maior dedicação ao
trabalho e à Pátria, despertada,
enfim para seu irresistível destino
de criação e força construtiva‖.
Construção da Catedral de Brasília
“No litoral, adversários de JK
duvidavam de que ele concluísse a
tempo a construção da cidade. Os
prazos, porém, foram pontualmente
observados.”
5
A foto ao lado é do
edifício do Congresso
Nacional, anos depois
da inauguração de
Brasília e, abaixo, a
construção do mesmo
6
“DESDE PLANALTO CONTRAL, DESTA
SOLIDÃO QUE EM BREVE SE
TRANSFORMARÁ EM CÉREBRO DAS
ALTAS DECISÕES NACIONAIS, LANÇO OS
OLHOS MAIS UMA VEZ SOBRE O AMANHÃ
DO MEU PAÍS E ANTEVEJO ESTA
ALVORADA COM FÉ INQUEBRANTÁVEL E
UMA CONFIANÇA SEM LIMITES NO SEU
GRANDE DESTINO”.
7
1907 O poeta do concreto nasceu em 15 de
dezembro, no bairro carioca de Laranjeiras
1928 Conclui o curso secundário no Colégio
Santo Antônio Maria Zaccaria.
1929 Matricula-se na Escola Nacional de
Belas Artes do Rio de Janeiro
1934 Obtém o diploma de engenheiro
arquiteto, no Rio de Janeiro.
1935Inicia sua vida profissional no
escritório de Lucio Costa.
1936participa da equipe que desenvolve o
projeto do Ministério da Educação e Saúde
(MES), junto de Lucio Costa econhece o
arquiteto Le Corbusier.
1937Desenha a Obra do Berço, no Rio de
Janeiro, seu primeiro projeto construído.
1940 Conhece Juscelino Kubitschek, que o
convida a fazer o projeto do Conjunto da
Pampulha.
1955 Funda a revista Módulo, no Rio de
Janeiro.
1956-1958 Convidado pelo presidente
Juscelino Kubitschek para projetar a nova
capital do Brasil, é nomeado diretor do
Departamento de Urbanismo e Arquitetura
da Novacap, empresa responsável pela
construção de Brasília. Em Brasília, executa
os projetos do Palácio da Alvorada, do
Congresso Nacional, do Palácio do Planalto
e do Supremo Tribunal Federal, entre
outros.
1962 É nomeado coordenador da Escola de
Arquitetura, da recém-criada Universidade
de Brasília – UnB.
1967 Impedido de trabalhar no Brasil por
causa da ditadura militar decide instalar-se
em Paris.
1971 É lançadasua primeira incursão no
campo de mobiliário industrializado e
comercializado.
1985 Volta a desenvolver projetos para
Brasília, entre eles o Panteão da Liberdade.
1987 Projeta o Memorial da América
Latina.
2005 Recebe o título de Patrono da
Arquitetura Brasileira, outorgado pela
Câmara dos Deputados, Brasília, Brasil.
2006 É lançado, em setembro, no Festival
do Rio 2006 o filme-documentário Oscar
Niemeyer, a vida é um sopro. Casa-se, no
Rio de Janeiro, com Vera Lúcia G. Niemeyer
2007 Em todo o país são realizadas
diversas exposições, eventos e
homenagens em comemoração ao
centenário de nascimento do arquiteto.
2012 No dia 05 de dezembro, o arquiteto
Oscar Niemeyer falece no Rio de Janeiro
aos 104 anos.
OSCAR NIEMEYER
8
1902 Lúcio Marçal Ferreira Ribeiro Lima
Costa nasceu na cidade de Toulon, na
França, em 27 de fevereiro. Seu pai,
Joaquim Ribeiro da Costa, era almirante e
trabalhava em diversos países, por isso
estudou na cidade.Na área acadêmica foi
influenciado pelo estilo neoclássico, mas
rompeu assumindo as influências da obra
de Le Corbusier, arquiteto franco-suíço.
1917 Retornou ao Brasil para estudar
arquitetura e pintura na Escola Nacional de
Belas Artes.
1920 Castelo de Itaipava, projetado pelo
arquiteto Lúcio Costa e seu amigo
Fernando Valentim
1924 Concluiu os estudos
1928 Se casa com Julieta Guimarães
(esposa que faleceria em 1954).
1930 Foi incumbido pelo governo Vargas
da reformulação do ensino na Escola
Nacional de Belas Artes, sua presença foi
fundamental na eclosão e consolidação da
arquitetura moderna brasileira. Foi
nomeado como diretor da Escola de Belas
Artes, nesse ano também. Depois, ao lado
de Oscar Niemeyer,
projetou o pavilhão
do Brasil na Feira
Universal de Nova
York.
1936 Projeto do edifício-sede do Ministério
da Educação e Saúde Pública, atual Palácio
Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, com
equipe de arquitetos cariocas;
1937 Ingressou Serviço do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, permaneceu
até se aposentar. Assim, contribuiu
decisivamente para o estabelecimento do
diálogo e do vínculo entre tradição e
modernidade
1938 Com o Pavilhão do Brasil na Feira
Mundial de Nova York, com a colaboração
de Oscar Niemeyer.
1952 Projetou a Casa do Brasil, na Cité
Internationale Universitaire de
Paris de Paris
1956 Projetou a sede social do Jockey Club
do Brasil, no centro da cidade do Rio de
Janeiro;
1957 Lúcio Costa enviou um anteprojeto
que contrariava as normas de
inscrição.Venceu o concurso, e
desenvolveu o Plano Piloto da nova capital
ao lado de Niemeyer, mais uma vez.
1964 Integrou a equipe de reconstrução da
cidade italiana de Florença, vitima de uma
inundação
1998 Faleceu aos 96 anos, no Rio de
Janeiro, em 13 de junho. Faleceu no Rio de
Janeiro, deixando duas filhas, Maria Elisa
Costa, que se tornou arquiteta, e Helena.
LÚCIO COSTA
9
Burle Marx,
O paisagista
Nascido em São Paulo, em quatro de
agosto de 1909, foi um artista plástico,
mas reconhecido por exercer a
profissão de arquiteto-paisagista.
Formou-se na em arquitetura na
Escola Nacional de Belas Artes no Rio
de Janeiro.
Sintetizou uma das grandezas do
paisagismo: projetar áreas verdes
como quem pinta um quadro. Foi
deste modo que o artista ganhou
renome internacional e conseguiu
aliar o seu talento aos traços
modernos da nova Capital Federal. O
artista deixou marcas de sua matéria-
prima viva no Plano Piloto e inovou a
ousar o buriti – uma espécie de
palmeira – nos espaços urbanos.
Anísio Teixeira,
O educador
Anísio Spínola Teixeira, nascido no
Rio de Janeiro, em 12 de julho de
1900, foi jurista, intelectual, educador
e escritor brasileiro. Ele foi um dos
principais pensadores envolvidos no
projeto da criação da Universidade de
Brasília, modelo de educação do
futuro, criada em 15 de dezembro de
1961. Em 1963, assumiu o cargo de
Reitor da Universidade de Brasília
(UnB), quando, em discurso, expõe
seus ideais de progresso e liberdade:
"(...) Desejo que esse meu período de
administração não seja uma pausa,
mas uma contribuição de continuidade
à obra de Darcy Ribeiro (...)".
PERFIS DE BRASÍLIA
10
Athos Bulcão,
O coloridor
Nasceu no Rio de janeiro, em 1918.
Cursou medicina durante três anos,
mas abandonou e dedicou-se a
pintura. Frequentou cursos de
desenho na Académie de la Grande
Chaumièrie, em Paris com bolsa de
estudos dada pelo próprio governo
francês.
Em 1958, entusiasmado com o sonho
de Juscelino Kubitschek, transferiu-se
para a nova capital, onde deu vazão a
todo seu talento. Com Niemeyer, deu
luz, cor e vida a Brasília, colaborando
para as mundialmente reconhecidas
formas e a inovação da capital
brasileira.
Bernardo Sayão,
O “desbravador de floresta”
O futuro engenheiro e político nasceu
em 18 de junho de 1901, no Rio de
Janeiro, e se formou na Escola
Superior de Agronomia e Medicina
Veterinária de Belo Horizonte. Ficou
conhecido como "Desbravador da
floresta", pois ficou encarregado pelo
presidente Juscelino Kubitschek de
construir a estrada Transbrasiliana
(Belém-Brasília), que passaria a ligar
a capital e o Norte do país. Com um
machado na mão, encorajava
milhares de trabalhadores a enfrentar
os perigos da floresta.
11
Ernesto Silva,
“O Pioneiro do Antes”
Médico e oficial do exército brasileiro,
nascido em 17 de setembro de 1914
no Rio de Janeiro, ficou conhecido
como "Pioneiro do Antes". Afinal, ele
foi um dos primeiros homens a vir
para o Planalto Central, antes mesmo
de Juscelino Kubitschek. Ao lado do
Marechal José Pessoa, o médico
participou da Comissão de
Localização da Nova Capital Federal,
entre 1954 e 1956, e presidiu a
Comissão de Planejamento da
Construção e da Mudança da Capital
Federal.
Na área de saúde de Brasília, ganhou
titulo de Primeiro Pediatra da Capital,
e, portanto, embalou as primeiras
gerações de brasilienses, criação do
Hospital de Base.
Israel Pinheiro,
O administrador.
Nascido em Minas Gerais, em 4 de
janeiro de 1896, foi político e
responsável pela construção de
Brasília e seu primeiro administrador.
Israel Pinheiro foi vereador e prefeito
de Caeté (MG. A partir de então,
sempre esteve envolvido com projetos
de desenvolvimento e, principalmente,
defendendo incansavelmente a ideia
da transferência da capital do Brasil
para a região central. Em Brasília, seu
nome está em um grande viaduto, em
um centro de convenções e no
Espaço Israel Pinheiro, localizado na
Praça dos Três Poderes. O local tem
como proposta levar a todos os
visitantes a esperança de um futuro
de sustentabilidade e produtividade.
12
João Filgueiras,
O mestre de obras
Carioca nascido em 1932, no dia 10
de janeiro, formou-se arquiteto na
Universidade do Brasil. É conhecido
popularmente por Lelé.
O arquiteto Oscar Niemeyer é o
grande responsável pelos desenhos
modernos de Brasília, mas o
construtor da Capital Federal foi Lelé.
Juntos, deram formas grandiosas aos
principais monumentos da cidade.
Ainda recém-formado, recebeu a
incumbência de desenvolver e
acompanhar a construção de
alojamentos dos operários, e
comandou, também, o projeto da
Superquadra 108 Sul.
Joaquim Cardozo,
O reinventor da engenharia
Nasceu em Recife, em 26 de agosto
de 1897, apesar de ter exercido
diversas profissões, foi engenheiro
calculista das diversas edificações de
Brasília, assim, deu formas sensíveis
à arquitetura de várias edificações.
Grande estudioso e conhecedor da
Matemática inovou os métodos
tradicionais do cálculo estrutural no
Brasil. Para viabilizar as obras de
palácios e monumentos precisou
ousar na maneira de calcular, quebrou
regras de Engenharia, como a que
estabelecia o uso de no máximo 6%
de barras de ferro nas estruturas de
concreto. Na trama das colunas do
Palácio da Alvorada, Joaquim colocou
20% de ferro e conseguiu o efeito de
as colunas parecerem apenas tocar
no chão. Foi intuindo e reinventando a
maneira de calcular que o engenheiro
possibilitou que os prédios
adquirissem a beleza idealizada.
13
José Aparecido,
O governador.
O primeiro governador do Distrito
Federal, nascido em São Sebastião
do Rio Preto, em 17 de fevereiro de
1929. Durante seu governo retomou o
projeto de Lúcio Costa e Oscar
Niemeyer da construção de Brasília e
ajudou conquistar para a cidade o
título de Patrimônio Cultural da
Humanidade. É conhecido por ser um
dos governadores que mais fez pelo
desenvolvimento e progresso da
capital. Preocupado com os
problemas estruturais que se
apresentavam, iniciou, entre outras
coisas, a despoluição do Lago
Paranoá, lutou pela preservação do
solo e começou os estudos para a
construção do metrô. Construiu a
cidade-satélite de Samambaia e o
Jardim Botânico.
Marechal José Pessoa,
O examinador.
Brasília foi construída em três anos e
meio. Mas antes mesmo do início das
obras, uma equipe de especialistas
recebeu o desafio de localizar e
preparar o terreno para a construção
da nova Capital Federal. O líder da
missão, marechal José Pessoa
Cavalcanti Albuquerque, nascido na
Paraíba em 12 de setembro de 1885,
desbravou o Planalto Central de Jipe
até fincar uma cruz de madeira no
ponto mais alto do cerrado. O local,
hoje conhecido como Praça do
Cruzeiro, virou o marco da cidade e
recebeu a primeira missa em
homenagem aos pioneiros, em maio
de 1957.
14
Juscelino Kubitschek, O
concluidor da ideia.
Nascido em Diamantina, no dia 12 de
setembro de 1902, formado em
medicina, mas conhecido por ser o
vigésimo primeiro presidente do
Brasil. Em 1955, Juscelino Kubitschek
foi eleito Presidente do país, e tomou
a decisão de realizar a mudança da
capital, e, em apenas cinco anos,
solidificou o que seria chamada de a
maior obra do século XX, cumprindo,
assim, a promessa que fizera em
Jataí, durante um comício no dia 4 de
abril de 1955. No dia da inauguração
da nova capital, orgulhado disse
"Sinto-me satisfeito em poder
proclamar que, na Presidência da
República, não faltei a um só dos
compromissos que assumi como
candidato. Mercê de Deus, em muitos
setores realizei além do que prometi,
fazendo o Brasil avançar, pelo menos,
cinquenta anos de progresso em
cinco anos de governo...".
16
Nas eleições de 1955, o candidato
Juscelino Kubistchek prometeu em
campanha eleitoral a construção de
uma nova capital para o país. No ano
seguinte, ao assumir a presidência da
república, iniciou o planejamento da
nova capital com a ajuda de Oscar
Niemeyer, o principal arquiteto da
maioria das edificações, culpado pelo
uso da estética modernista, e Lucio
Costa, o principal urbanista, culpado
pelo Plano Piloto.
URBANIZAÇÃO:
O nome Plano Piloto é toda a área
construída em decorrência deste
plano inicial, que tem seus limites
definidos pelo Lago Paranoá a leste,
pelo córrego Vicente Pires ao sul, pela
estrada Parque Indústria e o
Abastecimento (EPIPA) a oeste, e
pelo córrego Bananal ao norte. O
plano junto e o Parque Nacional de
Brasília formam o que nós
conhecemos hoje por Distrito Federal
O projeto do urbanista teve sua forma
inspirada pelo sinal da cruz e
popularmente comparada ao projeto
de um avião. O urbanista partiu do
traçado de dois eixos de ângulo reto,
que são avenidas largas chamadas de
Eixo Rodoviário, no sentido norte-sul,
e Eixo Monumental, no sentido leste-
oeste.
O Eixo Rodoviário formou as asas
Norte e Sul. A asa Norteé composta
pelas superquadras residenciais,
comerciais e de lazer. A asa Sul é
onde estão localizados os órgãos do
governo federal, como embaixadas,
prédios públicos e residências oficiais.
Sob o cruzamento dessas asas
formou-se a rodoviária, por isso o eixo
ganhou esse nome.
Já o Eixo Monumental, é composto
pela Esplanada dos Ministérios e pela
Praça dos Três Poderes. Brasília é
dividida em áreas para facilitar a
concentração de empresas da mesma
categoria, e a leste desse eixo se
encontra os setores de autarquia,
comerciais, de diversão e o hoteleiro,
além da rodoviária. A oeste se
encontra o setor de esportes, a torre
de televisão e a Praça Buriti, onde
esta a sede do Distrito Federal.
CAIXA PRETA DE
BRASÍLIA O plano principal do urbanista e do arquiteto
17
ARQUITETURA:
Seguindo as vontades do novo
presidente, Niemeyer abordou em
todas as suas edificações e esculturas
a arquitetura moderna, ou o que
podemos chamar também de estética
modernista. Preocupava-se em construir
prédios diferentes, que fossem ―fora da
rotina‖, e que fariam os visitantes da nova
capital se surpreenderem, buscando de
formas claras e livres, considerando o
aspecto funcional
Em suas edificações, Niemeyer não
separava a estrutura resistente de sua
estrutura formal, elas fundiam-se e
confundiam-se. Eram resolvidas ao
mesmo tempo, porque para o
arquiteto era uma única coisa.
As obras da maioria dos arquitetos
modernistas se caracterizam pela
constância de seu estilo em suas
obras. Porém, o traço característico
de Niemeyer é a recorrência
reutilização de soluções próprias ou
de outros artistas, como foi o caso
com a obra de Le Corbusier.
Niemeyer desenvolveu assim um jeito
próprio de fazer as suas
obras,ampliando seu repertorio,
adaptando e reciclando seus
métodos. Com isso, suas obras
parecem sempre uma inovação, mas
ele nunca perde o estilo e a
originalidade.
Arquitetura moderna:
A arquitetura moderna veio do
movimento modernista que foi um
conjunto de movimentos culturais da
primeira metade do século XX, tinha o
objetivo de ampliar os horizontes para
além dos padrões acadêmicos,
renovando as formas tradicionais de
artes plásticas, literatura, do design, da
organização social e da vida cotidiana. O
principal marco do modernismo foram os
gigantescos arranha-céus. No Brasil as
primeiras tentativas em construções em
estilo moderno apareceram na época do
presidente Getulio Vargas. Porém, como
não havia matéria-prima disponível no
Brasil, o modernismo só foi desenvolvido
depois do processo de industrialização
nos anos 50 e a partir daí deslanchou,
Edifício do Congresso Nacional de
Brasília, foto tirada pelo grupo.
19
Apesar de ser modernista, Niemeyer
apresenta em suas obras uma
característica do neoclassicismo: a
capacidade de reversibilidades, elas
são aptas a mudanças de programa.
Isso que dizer, que muitas delas
forma construídas para abrigarem
atividades que não são as quais estão
abrigando atualmente e não
precisaram ser reformadas ou
modificadas de algum modo. Como
exemplo, o edifício do Museu Oscar
Niemeyer de Curitiba, que foi
projetado para ser uma escola, e
também foi usado por muito tempo
como a sede das secretarias de
Estado. Em nenhum momento o
edifício precisou que sua estrutura
fosse alterada.
É aparente a característica de
construção de Niemeyer em todas as
edificações de Brasília. As curvas
ousadas, o concreto, as formas, os
tons de cores pouco variáveis, os
pilares, todos esses são fatores que,
apesar de sua simplicidade
isoladamente, junta formam a
identidade do arquiteto e decoram a
Capital.
Primeira foto é o edifício do Museu Oscar
Niemeyer, em Curitiba. Em seguida, uma foto
da parede da Catedral de Brasília ilustrando a
característica principal de Niemeyer: a curva. E
por fim, o supremo tribunal federal, todas estas
tiradas pelo grupo durante a viagem.
“Porém, o traço característico
de Niemeyer é a recorrência
reutilização de soluções
próprias ou de outros artistas,
como foi o caso com a obra de
Le Corbusier.”
20
O que sempre atraiu Oscar Niemeyer
a fazer suas obras foi a forma
arredondada e cheia de curvas, queria
sempre inovar e fazer tudo de um jeito
diferenciado. Muitos dizem que sua
arquitetura era fria, a base de
concreto, e não percebiam o quanto
ela poderia se tornar significante para
o Brasil. As obras de Oscar Niemeyer
tem uma grande semelhança com as
de Le Corbusier, como por exemplo a
obra Unité d'Habitation. Niemeyer
baseou-se nessa obra a partir das
superquadras de Brasília e também
fez na robustez da tecnologia
moderna e demonstrando o novo
esplendor de concreto bruto. Le
Corbusier, mais que qualquer outro
arquiteto do Movimento Moderno,
influenciou os arquitetos brasileiros do
século XX.
Outro arquiteto que tem certa relação
com as superquadras de Brasília é
James Holston, que desenvolveu
certa pesquisa sobre Brasil e
aprensentou Brasília como o exemplo
mais acabado do urbanismo e
ressalta que ―a superquadra, em si, só
existe em Brasília.‖ Para Holston, a
sua solução proporciona um
estranhamento à maioria de seus
moradores, afirmação baseada em
uma detalhada descrição da estrutura
social e físico-espacial da
superquadra, na qual busca
demonstrar o descompasso entre o
projeto do plano piloto e a realidade
sócio-espacial do Brasília.
Há outros muitos
planejamentos pelo mundo que tem
certa semelhança com as
superquadras de Brasília. Como,
Neighbourhoodunit,projetada por
Clarence Perry. Um modelo de
planejamento de esquemas para
desenvolvimento residencial em áreas
metropolitanas, com o intuito de atuar
como um quadro de planejadores
urbanos que tentam projetar bairros
funcionais, auto-suficiente.
Lucio Costa também tem uma
relação com Corbusier, convidou o
arquiteto suíço para vir avaliar o
projeto do edifício-sede do Ministério
da Educação, no Rio de Janeiro. O
projeto realizado reflete a tentativa do
grupo de arquitetos brasileiros de
incorporar os preceitos racionais da
arquitetura corbusiana: a adoção de
formas simples e geométricas, o
térreo com pilotis, os terraços-jardim,
a fachada envidraçada, as aberturas
horizontais, a integração dos espaços
interno e externo, o aproveitamento
da ventilação e luz naturais por meio
do uso de lâminas móveis e o trabalho
com volumes puros, a partir do
cruzamento de um corpo horizontal e
de um vertical. As modificações feitas
pelo grupo de Lucio Costa dão origem
a um resultado novo, fruto da
combinação entre o léxico do
racionalismo arquitetônico
internacional e as experiências até
então realizadas pela escola carioca.
RAÍZES DE OSCAR
NIEMEYER E LUCIO COSTA
21
Edificio da Unité d'habitation na França, de Le Corbrusier feito em 1945
Edifício de uma superquadra de Brasília, produzido por Lucio Costa
22
Lúcio Costa praticou a
arquitetura neoclássica durante seus
primeiros anos de trabalho,
defendendo, em certos momentos,
uma arquitetura neocolonial. A partir
da influência de Le Corbusier, Lúcio
Costa rompeu com esse estilo. Fez
também parceria com o arquiteto
ucraniano Gregori Warchavchik, que
construiu a primeira residência
considerada moderna no Brasil.
Holston não só se referiu as
superquadras de Brasília, mais
também falou sobre o plano piloto
feito por Lucio Costa que, segundo
James,foi elaborado no ―intuito de
espelhar para o resto do país a nação
moderna que o Brasil se tornaria‖.
Lucio Costa, ao elaborar sua
proposta, tinha a seu dispor um
variado leque de experiências
modernistas idealizadas ou mesmo já
construídas no exterior desde o
primeiro pós-guerra, principalmente
no que se refere a conjuntos
habitacionais.
Superquadra de Brasília visão aérea
Superquadra de Brasília
23
As superquadras, inseridas numa
sucessão de quadriláteros dispostos
ao longo do Setor de Habitação
Coletiva do Plano Piloto, são
reconhecidas individualmente.
Têm endereços semelhantes – letras
e números que orientam e informam o
seu posicionamento no desenho da
cidade.
O conceito de ―super-quadra‖ como
extensão residencial aberta ao
público, em contraposição ao de
―condomínio‖ como área fechada e
privativa, foi inovador e revelou-se
válido e civilizado.
A asa Sul e a Norte - Ambas são
formadas por Quadras, Superquadras
e Entrequadras, numeradas de 201 a
216, 402 a 416, 601 a 616 e 801 a
816 na parte leste do eixão e 101 a
116, 301 a 316, 501 a 516, 702 a 716
e 901 a 916 na parte oeste do eixão.
Cada Superquadra (SQS -
Superquadra Sul) tem edifícios de
apartamentos, chamados de blocos.
As SQS 100, 200 e 300, são
constituídas de 11 prédios
residenciais de seis andares,
idealizados por Lúcio Costa à imagem
e concepção dos prédios
haussmanianos com seis andares de
Paris; nas SQS 400 (desde a SQS
402 até a SQS 416) os blocos tem 3
andares e podem existir até 20 em
cada quadra; já nas Quadras 700
existem casas, exceção na SHIGS
714, onde há também blocos de
apartamentos de 2 andares. Entre as
Superquadras residenciais, há as
Quadras Comerciais, cujas lojas,
bares, restaurantes e boates atraem
brasilienses de todos os bairros da
Cidade. As superquadras possuem
prédios exatamente com o mesmo
projeto arquitetônico, a depender do
Órgão da Administração Federal
responsável por sua construção no
início de Brasília
VIDA SEM MUROS
Prédio haussmaniano:
A maioria dos prédios em Paris data de
100, 200, até 300 anos. Quando foram
construídos, o mundo era outro; os hábitos,
os desejos e as necessidades, também.
Para se ter uma idéia, a maioria dos
prédios não tem elevador. Se tem, é um
minúsculo elevador adaptado no vão da
escada. Não têm garagem – para-se o
carro nas ruas ou no estacionamento mais
perto de casa (a um preço exorbitante). As
escadas costumam ser inacreditavelmente
tortas e estreitas.
Pilotis:
Os pilotis podem ser considerados
como um sistema
construtivo baseado na sustentação
de uma edificação através de uma
grelha de pilares (ou colunas) em
seu pavimento térreo. O uso
dos pilotis tornou-se uma das
características fundamentais da
arquitetura moderna do século XX2 .
A vida em Brasília
24
O acesso é livre, não há grades nem
guaritas. Os prédios têm altura
limitada e foram construídos sobre
pilotis, para que os pedestres circulem
livremente. O verde está por toda
parte: nos jardins bem cultivados pela
comunidade ou nas árvores frondosas
que cercam os edifícios. Os carros
transitam em baixa velocidade,
garantindo a segurança das crianças
que brincam pela região. O projeto do
urbanista Lucio Costa para as
superquadras residenciais trouxe
qualidade de vida para os moradores
da cidade e hoje resume com
perfeição o espírito da capital federal.
Essa nova e peculiar maneira de viver
é um dos símbolos de Brasília. Em
meio a tantas siglas de endereços,
SQN, SQS e SQSW são letras que já
entraram no cotidiano dos
brasilienses. Enquanto a maioria das
cidades brasileiras se refugia em
condomínios fechados, as
superquadras de Brasília — abertas e
democráticas — estão mais
valorizadas do que nunca. Ao mesmo
tempo em que permite a circulação de
pessoas, o pilotis dos prédios garante
a visibilidade e, portanto, a segurança.
Nas quadras do Plano Piloto, o ―chão
é livre‖, como definiu Lucio Costa.
Não há restrições de acesso, e o
espaço desobstruído embaixo dos
prédios dá sensação de liberdade.
Cada unidade residencial tem um
único acesso para os carros, o que
garante o trânsito de veículos com
velocidade mais baixa. Ao lado de
cada conjunto de 11 prédios, há uma
rua comercial, onde a comunidade
pode fazer compras e ter acesso aos
serviços de primeira necessidade. A
arquiteta Maria Elisa Costa, filha do
urbanista
Lucio Costa, afirma que o modelo de
superquadra ―talvez seja uma das
mais inovadoras e acertadas
contribuições atuais para a habitação
multifamiliar‖.
Estruturalmente, uma superquadra é
um conjunto de edifícios residenciais
sobre pilotis, ligados entre si pelo fato
de terem um acesso comum e de
ocuparem uma área delimitada. ―O
chão é público — os moradores
pertencem à quadra, mas a quadra
não lhes pertence — e é essa a
grande diferença entre superquadra e
condomínio‖, explicou Maria Elisa, em
um texto publicado no livro Registros
de uma vivência, a autobiografia de
Lucio Costa.
BAIRROS
Menos seguros Semi- autarquía
Não tem tudo que precisamos,
por isso as vezes temos que nos
deslocar
Tudo que você precisa esta na
superquadra, você não precisa sair
As pessoas conhecem outros
lugares
Isso faz com que as pessoas não saiam
SUPERQUADRAS
25
Quando falei para minha família
que eu iria a Brasília, a primeira coisa
que ouvi foi: ―Brasília, a cidade sem
esquinas‖ ou ―A cidade das largas
avenidas‖. Porém, ninguém me avisou
que Brasília também era a cidade sem
muros. Quando desci do ônibus para
mais um dia de estudos, pude
observar a Superquadra 108. Nos
prédios havia um vão livre embaixo,
por onde qualquer um poderia passar.
A ideia de Niemeyer era fazer dos
prédios lugares públicos, mas isso
não tiraria um pouco da privacidade
dos moradores?
Não é só em Brasília que existe
esse tipo de prédio. Aqui mesmo, em
São Paulo, há o MASP, que foi
projetado pela arquiteta modernista
Lina Bo Bardi. Para ela, em cidades
grandes, como São Paulo, todos os
prédios deveriam ter vãos para
garantir a circulação de ar. Além
disso, no caso do MASP, havia
também a questão de garantir que a
vista da Avenida Paulista para o
centro da cidade não fosse
bloqueada. Talvez essa fosse a ideia
de Niemeyer: fazer uma cidade
arejada que não tivesse sua paisagem
obstruída por blocos de cimento.
Sobre esses espaços livres,
também há as questões cultural e
política. De acordo com Sérgio de Sá,
jornalista e professor da Universidade
Católica de Brasília, foi nesse espaço
urbano público que, no final dos anos
70, o rock surgiu como uma
manifestação cultural para mostrar
que Brasília ―existia fora da Praça dos
Três Poderes e que, além disso,
estava viva‖. Esses vãos são
símbolos para mostrar que o poder é
público e que, em uma cidade
perfeita, muros não são necessários.
Quem nunca foi a Brasília tem
a impressão de que lá só vivem
corruptos que não fazem nada além
de roubar. Mas, como disse Bianca
Lumière, ―Brasília já foi mais que um
aglomerado de prédios, funcionários
públicos e escândalos.‖. Ela já foi um
sonho utópico de pessoas que
acreditaram que uma cidade poderia
flutuar, e que, para isso, as
construções não poderiam tocar o
chão mais do que o necessário. E,
portanto, quem aceita viver nessa
cidade, deve aceitar ter parte da sua
privacidade comprometida pela
concretização desse sonho.
―CIDADE FLUTUANTE‖ Crônica da aluna Beatriz Peixinho
“Quem nunca foi a Brasília tem a
impressão de que lá só vivem corruptos
que não fazem nada além de roubar”
26
Construída em três anos e dez
meses, Brasília é definida como uma
obra urbanística que sintetizou as
idéias e os projetos, sobre a mudança
da capital, e que aparentava ser
utópica. Porém, o seu grande
arquiteto Lúcio Costa, falhou ao
projetar uma cidade para apenas 500
mil habitantes, sem imaginar que ela,
hoje, abriga aproximadamente 2,6
milhões.
No planejamento do projeto do Plano
Piloto da cidade de Brasília, vieram
pessoas de várias regiões do país em
busca de melhores condições de vida,
deslumbrados pela possibilidade de
trabalho e atraídos pela proposta de
uma remuneração melhor. Assim, a
cidade recebeu sotaques, cultura e
costumes de indivíduos que vinham
de todas as regiões do Brasil. O que
não sabiam é que não teriam espaço
dentro do Plano Piloto. O projeto não
incluía espaço e moradia para os
milhões de operários que migraram
para onde, hoje, é a capital do Brasil.
Dessa forma os trabalhadores foram à
procura de lugares para instalarem-
se. Assim, com a capital já ocupada
por trabalhadores do governo e pela
elite brasiliense, tiveram que se
instalar nas zonas periféricas,
originando as cidades-satélites.
Segundo o IBGE, o IDH do Distrito
Federal é 0,844 e o das cidades-
satélites é de 0,713, o que é uma
diferença muito significativa. A
pobreza extrema desses locais se dá
por uma forte concentração de
investimento e renda na capital,
deixando as cidades-satélites sem
recursos. Um efeito disso é uma
grande diferença do IDH (Índice de
desenvolvimento Humano) entre o
Distrito Federal e as cidades ao seu
redor.
BRASÍLIA DEPOIS DE
CONSTRUÍDA
Ao lado do Congresso Nacional,
cidadãos protestam por uma Brasília, e
um Brasil melhor. Foto tirada pelo grupo
Apesar da belíssima arquitetura, a cidade apresenta
problemas como outra qualquer
27
Brasília é uma das poucas
cidades do mundo que foi projetada e,
por isso, tinha tudo para ser uma
cidade ideal. No entanto, apresenta
diversas falhas, da mesma forma que
ocorre em São Paulo e no Rio de
Janeiro. Cabe a nós refletir por que
isso ocorreu e balancear o que deve
ser mais relevante: a arquitetura e a
beleza ou o crescimento e a qualidade
de vida da população?
As falhas nos levam a questionar
sobre outro aspecto, também ligado a
qualidade de vida da população de
Brasília: a desigualdade. Elas afetam
principalmente a população das áreas
periféricas do Plano Piloto, áreas que
sofrem ausência de investimento e
que não estavam no planejamento de
Lucio Costa. Essa desigualdade ficou
clara quando comparamos a opinião
de uma moradora do Plano Piloto e
uma que trabalha no Plano Piloto,
mas mora em uma Cidade Satélite
Congestionamento de carros que ocorre no dia a dia dos brasilienses
28
Goiania
Localizada no centro do seu estado,
foi planejada e construída para ser a
capital política e administrativa de
Goiás sob influência da Marcha para o
Oeste, política desenvolvida pelo
governo Vargaspara acelerar o
desenvolvimento e incentivar a
ocupação do Centro-Oeste brasileiro.
Sofreu um acelerado crescimento
populacional desde a década de
1960, atingindo um milhão de
habitantes cerca de sessenta anos
depois de sua fundação. Desde seu
início, a sua arquitetura teve influência
do Art Déco, que definiu a fisionomia
dos primeiros prédios da cidade.
Situa-se no Planalto Central e é um
importante polo econômico da região,
sendo considerado um centro
estratégico para áreas como indústria,
medicina, moda e agricultura. Goiânia
destaca-se entre as capitais
brasileiras por possuir o maior índice
de área verde por habitante do Brasil
e, também, do mundo.
Tel Aviv, Isreal
Oficialmente fundada no dia 11 de
abril de 1909, Tel Aviv – que quer
dizer Colina da Primavera - é fruto da
obstinação de um grupo de judeus
vindos da Europa Oriental. Queriam
construir na terra de seus ancestrais,
uma cidade moderna, símbolo vivo do
sonho sionista. Sem sombra de
dúvida, o nascimento de Tel Aviv teve
grande impacto na história de Israel,
pois desde os seus primeiros anos a
cidade surgiu como centro urbano e
contou com investimentos privados
que garantissem o seu
desenvolvimento. Tal formato era
diametralmente oposto ao modelo
tradicional das comunidades agrícolas
sionistas, os kibutzim, fundadas
segundo a visão socialista de vida
comunitária. Hoje é a maior cidade de
Israel, contando com uma população
que ultrapassa um milhão e meio de
habitantes, é também um dos maiores
centros de negócios da região.
Além de Brasília existem outras cidades que foram
planejadas ao redor do mundo.
29
Chicago, Estados Unidos
No de ano de 1871, ococrreu um
grandeincendioquecomeçouem um
estabulo e terminoudestruindo o
curacao da cidadeestadounidense. O
incendioacabaou com grandemaioria
das edificações era feita de madeira.
O fogo se alastrourápido, destruindo
cinco km² da área central, deixando
300 mortos e um terço da
populaçãosemterondemorar.
Aquela noite significou a ruína e a
glória de Chicago. A cidade, que já
estava em fraco crescimento, ganhou
ainda mais subsídios para sua
reconstrução. O que ninguém
imaginava era o tamanho da ousadia
de engenheiros e arquitetos, que
aproveitar uma oportunidade para
criar alguns dos edifícios mais altos
do mundo.
A reconstrução de Chicago
transformou a cidade em referência
na arquitetura. A cidade ganhou
prédios com mais de 50 andares,
estrutura metálica como esqueleto e a
pele de vidro em traços retos e
simples: "Menos é mais", dizia Van
der Rohe, o arquiteto encarregado da
reconstrução da cidade.
38 anos depois do incêndio, Chicago
continua a se reinventar. A maioria
dos antigos arranha-céus foi
substituída por outros ainda maiores e
a cidade parece estar numa constante
reconstrução.
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O Nascimento de uma Nova Nação (texto e foto)
http://www.brasilia50.info/pt/historiabrasilia.php
Oscar Niemeyer
http://www.niemeyer.org.br/biografia/2005-2012
Lucio Costa
www.casadeluciocosta.org
Perfis de Brasília (texto e fotos)
http://www.museuvirtualbrasilia.org.br/PT/personalidades.php?ator=joao
Caixa Preta de Brasília/ Vida Sem Muros
http://www.museuvirtualbrasilia.org.br/PT/plano_piloto.html
http://www.revistaau.com.br/
http://www.iau.usp.br/revista_risco/Risco2-pdf/art1_risco2.pdf
Raizes de Oscar Niemeyer e Lucios Costa (texto e foto)
http://www.fondationlecorbusier.fr/corbuweb/morpheus.aspx?sysId=13&IrisObje
ctId=5234&sysLanguage=en-
en&itemPos=58&itemCount=78&sysParentName=home&sysParentId=64
Brasília Depois de Constuida
Pesquisas tirasdas das entrevistas feitas com moradores de Brasília
Curiosidades (texto e foto)
Goiania: www.turismo.gov.br/
Chicago: www.cityofchicago.org
Tel Aviv: www.tel-aviv.gov.il/eng/
BIBLIOGRAFIA